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239 ANEXO XI Fiscalização e controle exercidos sobre a Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus Parecer da auditoria independente Parecer do Conselho Fiscal da Centrus Relatório da Auditoria Interna do Bacen

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239

ANEXO XI

Fiscalização e controle exercidos sobre a Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus

Parecer da auditoria independente

Parecer do Conselho Fiscal da Centrus Relatório da Auditoria Interna do Bacen

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EM REAIS MILDISCRIMINAÇÃO

2006 2005DISPONÍVEL 132 260

REALIZÁVEL 8.293.123 7.817.316 Programa Previdencial 654.259 999.088 Programa Administrativo 15.611 8.264 Programa de Investimentos 7.623.253 6.809.964 Renda Fixa 3.321.140 2.982.033 Renda Variável 3.620.160 3.170.257 Investimentos Imobiliários 367.484 329.694 Operações com Participantes 314.469 327.980

PERMANENTE 4.256 3.262 Imobilizado 1.455 2.717 Diferido 2.801 545

8.297.511 7.820.838

EXIGÍVEL OPERACIONAL 1.909.736 1.990.251 Programa Previdencial 1.906.500 1.987.202 Programa Administrativo 3.205 3.028 Programa de Investimento 31 21

EXIGÍVEL CONTINGENCIAL 391.709 365.926 Programa Previdencial 2.849 2.452 Programa de Investimento 388.860 363.474

EXIGÍVEL ATUARIAL 2.508.020 2.499.601 PROVISÕES MATEMÁTICAS 2.508.020 2.499.601

Benefícios Concedidos 2.484.323 2.479.669 Benefícios a Conceder 23.697 19.932

RESERVAS E FUNDOS 3.488.046 2.965.060

EQUILÍBRIO TÉCNICO 2.933.834 2.523.447 RESULTADOS REALIZADOS 2.933.834 2.523.447

Superávit Técnico Acumulado 2.933.834 2.523.447

FUNDOS 554.212 441.613 Programa Previdencial 282.655 258.532 Programa Administrativo 267.184 178.633 Programa de Investimento 4.373 4.448

8.297.511 7.820.838

ANTONIO FRANCISCO BERNARDES DE ASSIS DIRETOR DE BENEFÍCIOS

CPF: 152.640.171-15

DASO MARANHÃO COIMBRADIRETOR DE APLICAÇÕES

CPF: 096.831.601-82

ORLINDO BALBINO ARAÚJOCONTADOR - CRC-DF Nº 9.219

CPF: 239.948.001-53

TOTAL DO ATIVO

TOTAL DO PASSIVO

FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - CENTRUSC.N.P.J: 00.580.571/0001-42

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO

Exercícios

DIRETOR DE CONTROLE LOGISTICA E INFORMAÇÃOCPF:308.088.041-20

HÉLIO CESAR BRASILEIROPRESIDENTE

CPF: 146.421.401-82

EDUARDO DE LIMA ROCHA

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2006 2005

PROGRAMA PREVIDENCIAL

Recursos Coletados 196.244 404.052Recursos Utilizados (1.143.618) (832.181)Constituições/Reversões de Contingências 0 0Custeio Administrativo (4.130) (4.267)Recursos Oriundos do Programa Administrativo 0 1.235Resultados dos Investimentos Previdenciais 1.394.432 1.344.305Constituições/Reversões de Provisões Atuariais (8.419) 3.367Constituições/Reversões de Fundos (24.122) (28.153)Operações Transitórias 0 0Superávit (Déficit) Técnico do Exercício 410.387 888.358

PROGRAMA ADMINISTRATIVORecursos Oriundos de Outros Programas 26.486 21.899Receitas 18.515 8.458Despesas (31.543) (25.341)Constituições/Reversões de Contingências 0 0Recursos Transferidos para os Programas Previdencial/Assistencial 0 (1.235)Resultados dos Investimentos Administrativos 75.094 46.564Operações Transitórias 0 0Constituições (Reversões) de Fundos 88.552 50.345

PROGRAMA DE INVESTIMENTOS

Renda Fixa 424.619 431.617Renda Variável 981.108 782.648Investimentos Imobiliários 83.591 29.825Operações com Participantes 28.987 30.646Relacionados com o Disponível 0 0Relacionados com Tributos 0 0Outros Investimentos (667) (686)Constituições/Reversões de Contingências (25.830) 134.380Custeio Administrativo (22.356) (17.632)Resultados Recebidos/Transferidos de Outros Programas (1.469.526) (1.390.869)Operações Transitórias 0 0Constituições (Reversões) de Fundos (74) (71)

DIRETOR DE APLICAÇÕES

ORLINDO BALBINO ARAÚJOCONTADOR - CRC-DF Nº 9.219

CPF: 239.948.001-53

DASO MARANHÃO COIMBRA

CPF: 096.831.601-82

ANTONIO FRANCISCO BERNARDES DE ASSISDIRETOR DE BENEFÍCIOS

CPF: 152.640.171-15

FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - CENTRUSC.N.P.J: 00.580.571/0001-42

D E S C R I Ç Ã O Exercício

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO EM R$ MIL

EDUARDO DE LIMA ROCHA

CPF:308.088.041-20

HÉLIO CESAR BRASILEIRODIRETOR-PRESIDENTE

CPF: 146.421.401-82

DIRETOR DE CONTROLE LOGISTICA E INFORMAÇÃO

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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO FINANCEIRO EM R$ MIL

2006 2005

PROGRAMA PREVIDENCIAL (682.849) (635.992)

ENTRADAS 541.425 338.979 Recursos Coletados 196.244 404.053 Recursos a Receber 344.784 (67.526) Recursos Futuros 0 0 Outros Realizáveis/Exigibilidades 0 0 Constituições/Reversões de Contingências 397 2.452 Operações Transitórias

SAÍDAS (1.224.274) (974.971) Recursos Utilizados (1.143.618) (832.181) Utilizações a Pagar 30 52 Utilizações Futuras 0 (15) Outros Realizáveis/Exigibilidades (80.686) (142.827) Constituições/Reversões de Contingências 0 0 Operações Transitórias

PROGRAMA ADMINISTRATIVO (21.192) (17.083)

ENTRADAS 18.515 8.458 Receitas 18.515 8.458 Receitas a Receber 0 0 Receitas Futuras 0 0 Outros Realizáveis/Exigibilidades 0 0 Constituições/Reversões de Contingências 0 0 Operações Transitórias 0 0

SAÍDAS (39.707) (25.541) Despesas (31.543) (25.341) Despesas a Pagar (177) 47 Despesas Futuras 326 (38) Permanente (994) (148) Outros Realizáveis/Exigibilidades (7.319) (61) Constituições/Reversões de Contingências 0 0 Operações Transitórias

PROGRAMA DE INVESTIMENTOS 703.913 652.866 Renda Fixa 85.512 (152.046) Renda Variável 531.205 744.870 Investimentos Imobiliários 45.800 34.834 Operações com Participantes 42.508 40.439 Relacionados com o Disponível 0 0 Relacionados com Tributos 0 0 Outros Investimentos (667) (686) Constituições/Reversões de Contingências (445) (14.545) Operações Transitórias

FLUXO NAS DISPONIBILIDADES (128) (209)

VARIAÇÃO NAS DISPONIBILIDADES (128) (209)

ORLINDO BALBINO ARAÚJOCONTADOR - CRC-DF Nº 9.219

CPF: 239.948.001-53

DIRETOR DE APLICAÇÕES

CPF: 152.640.171-15

DASO MARANHÃO COIMBRA

CPF: 146.421.401-82

DIRETOR DE CONTROLE LOGISTICA E INFORMAÇÃOEDUARDO DE LIMA ROCHA

CPF: 096.831.601-82

FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - CENTRUSC.N.P.J: 00.580.571/0001-42

ANTONIO FRANCISCO BERNARDES DE ASSISDIRETOR DE BENEFÍCIOS

HÉLIO CESAR BRASILEIRODIRETOR-PRESIDENTE

D E S C R I Ç Ã O

CPF:308.088.041-20

Exercício

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FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - CENTRUSC.N.P.J: 00.580.571/0001-42

DEMONSTRATIVO DA COMPOSIÇÃO CONSOLIDADA DO EXIGÍVEL ATUARIALEM R$ MIL

DESCRIÇÃO Exercício2006 2005

PROVISÕES MATEMÁTICAS 2.508.020 2.499.601

BENEFÍCIOS CONCEDIDOS 2.484.323 2.479.669

Benefícios do Plano 2.575.208 2.574.314

(-) Contribuições do(s) Patrocinador(es) sobre Benefícios (90.885) (94.645)

BENEFÍCIOS A CONCEDER 23.697 19.932

Benefícios do Plano com a Geração Atual 35.524 30.499

Plano de Benefício Definido 35.524 30.499

(-) Contribuições do(s) Patrocinador(es) sobre Benefícios da Geração Atual (2.014) (1.722)

(-) Outras Contribuições da Geração Atual (9.813) (8.845)

TOTAL DO EXIGÍVEL ATUARIAL 2.508.020 2.499.601

HÉLIO CESAR BRASILEIRO ANTONIO FRANCISCO BERNARDES DE ASSISDIRETOR-PRESIDENTE DIRETOR DE BENEFÍCIOS

CPF: 146.421.401-82 CPF: 152.640.171-15

EDUARDO DE LIMA ROCHA DASO MARANHÃO COIMBRADIRETOR DE CONTROLE LOGISTICA E INFORMAÇÃO DIRETOR DE APLICAÇÕES

CPF:308.088.041-20 CPF: 096.831.601-82

ORLINDO BALBINO ARAÚJOCONTADOR - CRC-DF Nº 9.219

CPF: 239.948.001-53

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FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - CENTRUSC.N.P.J: 00.580.571/0001-42

DEMONSTRATIVO DA COMPOSIÇÃO CONSOLIDADA DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOSEM 31 DE DEZEMBRO

Em R$ MilDESCRIÇÃO Exercício

2006 2005

RENDA FIXA 3.321.140 2.982.033

Títulos de Responsabilidade do Governo Federal 2.941.907 2.581.187

Aplicações em Instituições Financeiras 379.233 346.143

Outros Investimentos de Renda Fixa - 54.703

RENDA VARIÁVEL 3.620.159 3.170.257

Mercado de Ações 3.581.437 3.017.208

Fundos de Investimentos 38.722 32.956

Outros Investimentos de Renda Variável - 120.093

INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS 367.484 329.694

Edificações 257.476 239.472

Participações 96.347 90.222

Direitos em Alienações de Investimentos Imobiliários 6.702 -

Outros Investimentos Imobiliários 6.959 -

OPERAÇÕES COM PARTICIPANTES 314.469 327.980

Empréstimos 29.460 24.378

Financiamentos Imobiliários 285.009 303.602

TOTAL DO REALIZÁVEL DO PROGRAMA DE INVESTIMENTOS 7.623.252 6.809.964

HÉLIO CESAR BRASILEIRO ANTONIO FRANCISCO BERNARDES DE ASSISDIRETOR-PRESIDENTE DIRETOR DE BENEFÍCIOS

CPF: 146.421.401-82 CPF: 152.640.171-15

EDUARDO DE LIMA ROCHA DASO MARANHÃO COIMBRADIRETOR DE CONTROLE LOGISTICA E INFORMAÇÃO DIRETOR DE APLICAÇÕES

CPF:308.088.041-20 CPF: 096.831.601-82

ORLINDO BALBINO ARAUJO CONTADOR - CRC-DF Nº 9.219

CPF: 239.948.001-53

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1

FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - CENTRUS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005 1 - CONTEXTO OPERACIONAL A Fundação Banco Central de Previdência Privada - CENTRUS é uma entidade fechada de previdência complementar sem fins lucrativos, regida pelas Leis Complementares 108 e 109, de 29 de maio de 2001, sob a forma de Sociedade Civil, patrocinada pelo Banco Central do Brasil e por ela própria, sendo seu funcionamento autorizado pela Portaria PT-GM nº 2075, de 31 de março de 1980, do Ministério da Previdência Social - MPS, antigo Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS, tendo como objetivo precípuo instituir e executar planos de benefícios de caráter previdenciário complementares ou assemelhados aos da Previdência Oficial, acessíveis aos servidores do Banco Central e aos do seu próprio quadro de empregados. O ingresso de novos participantes ao atual plano de benefício oferecido pela Fundação é facultado apenas aos funcionários da CENTRUS, uma vez que por força de decisão do STF (ADIn 449-2), de 29 de agosto de 1996, ratificada pela Lei 9.650, de 27 de maio de 1998, os funcionários do Banco Central passaram a integrar o Regime Jurídico da União. A Fundação estruturou a implementação do Plano de Contribuição Definida o qual, embora tenha sido aprovado pela Secretaria de Previdência Complementar em dezembro de 2002, encontra-se suspensa em razão de medida liminar, nos autos do processo nº 2002.01.1.042423-8, no Superior Tribunal de Justiça. 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas em atendimento às práticas contábeis adotadas no Brasil e às disposições emanadas dos órgãos normativos e reguladores das atividades das entidades fechadas de previdência complementar, especificamente a Resolução do Conselho de Gestão da Previdência Complementar – CGPC nº 05, de 30 de janeiro de 2002, alterada pela Resolução CGPC nº 10, de 05 de julho de 2002. 3 - DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração do Resultado O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercícios.

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2

b) Realizável Os ativos previdenciais e administrativos são apresentados pelos valores de realização e incluem, quando aplicável, as variações monetárias e os rendimentos proporcionais auferidos. c) Programa de Investimentos Renda Fixa e Renda Variável (i) Títulos para negociação – Os títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem freqüentemente negociados, independentemente do prazo a decorrer da data de aquisição, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período. (ii) Títulos mantidos até o vencimento – Os títulos e valores mobiliários, exceto as ações não resgatáveis, para os quais haja a intenção e capacidade financeira para sua manutenção até o vencimento, são avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.

Nas aplicações em ações, as receitas decorrentes dos dividendos e os juros de capital próprio são contabilizados pelo regime de competência. Investimentos Imobiliários São contabilizados pelo custo de aquisição ou reavaliação e depreciados à taxa de 2% ao ano ou por taxa estabelecida em função da vida útil remanescente constante dos laudos de reavaliações. A última reavaliação foi realizada em agosto 2006. A Fundação procedeu às reavaliações dos investimentos imobiliários, de acordo com o prazo fixado na legislação vigente. Todas as reavaliações foram realizadas, na data base junho/2006, pelas empresas: Market Val Engenharia e Avaliações S/S LTDA, Predictor Avaliações Patrimoniais Consultoria Ltda, Consult – Soluções Patrimoniais, Paulo Gaiga Engenharia e Gestão - Estudos Patrimoniais e de Mercado - cujos laudos apresentados foram elaborados atendendo as exigências da Norma Brasileira NBR 14.653-1 e NBR 14.654-4. O montante da reavaliação dos imóveis foi positivo, tendo sido apropriado nas contas em que são registrados os investimentos imobiliários, em contrapartida da respectiva conta de resultado.

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3

SALDO EM SALDO EM 31/07/2006 31/08/2006 RESULTADO

VALOR VALOR DO VALOR DAS VALOR FINAL DA TOTAL TERRENO CONSTRUÇÕES TOTAL REAVALIAÇÃO

208.886 90.633 160.331 250.964 1 42.078

85.779 19.565 73.954 93.519 2 7.740

15.977 5.864 9.172 15.036 (941)

310.642 116.062 243.457 359.519 48.877

EDIFICAÇÕES PARA USO PRÓPRIO

RESULTADO DA REAVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

INVESTIMENTO EM SHOPPING CENTER

EDIFICAÇÕES PARA RENDA

REAVALIAÇÃO ATUAL

1 – O valor corresponde a inclusão dos valores dos imóveis de outros investimentos imobiliários aos valores dos imóveis locados a terceiros, excluindo as respectivas depreciações, os aluguéis a receber e as provisões; 2 - Excluídos as depreciações, valores a receber e provisões. Operações com participantes Os empréstimos e financiamentos outorgados aos participantes, ativos e aposentados, são contabilizados pelos valores concedidos, acrescidos dos encargos contratuais. A remuneração é calculada em bases mensais e apropriada às contas de resultado.

d) Ativo Permanente Os valores são demonstrados pelo custo de aquisição, depreciados ou amortizados, pelo método linear, às taxas anuais estabelecidas em função da vida útil, fixadas por espécie de bens, como segue:

TAXAS DE DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO DISCRIMINAÇÃO TAXA

Instalações 10%Móveis e Utensílios 10%Máquinas e Equipamentos 10%Computadores e Periféricos 20%Veículos 20%Softwares 20%

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4

e) Fundo do Programa Previdencial e Provisões Matemáticas São estabelecidos e registrados com base em cálculos atuariais, procedidos por atuários externos; e representam os compromissos acumulados no encerramento do exercício quanto aos benefícios concedidos e a conceder aos participantes. No decorrer do exercício os fundos do programa previdencial e as provisões matemáticas foram reavaliados pelo atuário externo e atualizados pela variação do IPCA-IBGE mais 6% a.a., até a data-base de 31 de dezembro, cujo resultado está refletido nas referidas rubricas contábeis. f) Demonstrações de Resultados Os componentes das Demonstrações de Resultados são registrados pelo regime de competência; os encargos referentes à depreciação e a amortização são apurados em registros auxiliares e apresentados pelo valor líquido nas demonstrações, de acordo com a legislação em vigor. O Resultado apurado em cada exercício tem a seguinte destinação: • Havendo Déficit, o valor total é contabilizado na conta "Déficit Técnico Acumulado",

para futuras compensações; • Existindo Superávit, o valor é destinado à formação de Reserva de Contingência,

até o limite de 25% do valor total das Provisões Matemáticas. Ultrapassado este limite, a parcela excedente é contabilizada como “Reserva para Revisão de Planos”, nos termos da Lei Complementar nº 109/2001.

g) Estimativas Contábeis As estimativas contábeis foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis. Os itens significativos sujeitos às referidas estimativas incluem provisões para perdas, provisão para contingências, e ativos e passivos relacionados a benefícios a participantes. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. h) Transferências Interprogramas Os critérios utilizados são aqueles estabelecidos na Resolução CGPC nº 05 de 30 de janeiro de 2002, alterada pela Resolução CGPC nº 10 de 05 de julho de 2002, os quais estão abaixo resumidos:

Programa previdencial

Debitado pela transferência para o programa administrativo, dos recursos relativos à sobrecarga administrativa, conforme previsto no regulamento e avaliação atuarial, para cobertura das despesas administrativas. Creditado pela transferência do

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programa de investimentos dos recursos relativos ao resultado líquido dos investimentos de cada mês.

Programa administrativo

Creditado pela transferência do programa previdencial, dos recursos oriundos da sobrecarga administrativa, para cobertura de despesas administrativas, conforme previsto no regulamento e avaliação atuarial. Creditado pela transferência do Programa de Investimentos, dos recursos necessários para cobertura das despesas administrativas deste. Programa de investimentos

Debitado pela transferência para o programa previdencial, relativo ao resultado líquido dos investimentos de cada mês e para o programa administrativo pelo valor correspondente à cobertura das despesas administrativas dos investimentos.

i) Constituição de Fundos Programa previdencial O Fundo de Cobertura Anti-seleção de Risco foi constituído com o objetivo de resguardar a Fundação dos fatos que porventura possam ocorrer em função dos ditames da Lei 9.650, de 27 de maio de 1998. Programa administrativo O Fundo Administrativo Previdencial foi constituído para suportar as despesas administrativas quando o montante das contribuições recebidas não for suficiente para tal. Programa de investimento O Fundo de Reserva de Garantia foi constituído para fazer face à quitação de empréstimo e financiamento imobiliários, na eventualidade de morte, de invalidez e o Fundo de Cobertura de Resíduo do Saldo Devedor foi constituído para fazer face à cobertura de eventuais saldos residuais dos referidos contratos. j) Custeio Administrativo A metodologia utilizada para o rateio das despesas administrativas é a do custeio por absorção. Portanto, os itens relacionados ao “Custeio Administrativo” apresentam os valores transferidos dos Programas Previdencial e de Investimentos para o Programa Administrativo, para cobertura dos custos administrativos daqueles Programas.

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6

4 - PROGRAMA PREVIDENCIAL Neste grupo patrimonial encontra-se registrado o valor de R$ 651.206 mil (R$ 1.096.372 mil referente ao valor do ativo, menos R$ 445.167 mil referente ao valor da provisão), decorrente do Convênio celebrado em 11 de agosto de 1998 e aditivos, entre a Fundação e o Banco Central do Brasil, referente a obrigações relativas a benefícios complementares devidos a aposentados e pensionistas no Regime Geral de Previdência Social. Neste programa foi constituída provisão, relacionada ao Convênio, conforme apresentado na Nota 06 - Provisão Para Perdas – “Contribuição Conveniada a Receber”. 5 - PROGRAMA DE INVESTIMENTOS a) Composição da Carteira

Em R$ mil

EXERCÍCIO FINDO EM DISCRIMINAÇÃO DAS CONTAS 31.12.06 31.12.05

1 - RENDA FIXA 3.321.140 2.982.033

1.1 - TITULOS DE RESPONSABILIDADE. DO GOVERNO FEDERAL 2.941.907 2.581.187

1.1.1 - Notas do Tesouro Nacional 1.554.874 943.964

1.1.1.1 - Notas do Tesouro Nacional - Série B 1.026.217 186.868

1.1.1.2 - Notas do Tesouro Nacional – Série C 528.657 757.096

1.1.2 - Letras Financeiras do Tesouro Nacional 1.387.033 1.637.223

1.2 - APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 379.233 346.143

1.2.1 - Quotas de Fundos de Investimento Financeiro 379.233 346.143

1.3 - OUTROS INVESTIMENTOS DE RENDA FIXA - 54.703

1.3.1 - Operações Compromissadas - 54.703

2 - RENDA VARIÁVEL 3.620.160 3.170.257

2.1 - MERCADO DE AÇÕES 3.581.438 3.017.208

2.1.1 - Mercado à Vista 3.581.438 3.017.208

2.2 - FUNDOS DE INVESTIMENTOS 38.722 153.049

2.2.1 - Quotas de Fundos de Ações 38.722 32.956

2.2.2 - Outros Investimentos de Renda Variável - 120.093

3 - INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS 367.484 329.694

3.1 - Edificações para Uso Próprio 14.971 13.472

3.2 - Edificações para Renda 242.505 226.000

3.3 - Investimentos em Shopping Center 96.347 90.222

3.4 - Direito de Alienação 6.702 -

3.5 - Outros Investimentos Imobiliários 6.959 -

4 - OPERAÇÕES COM PARTICIPANTES 314.469 327.980

4.1 – EMPRÉSTIMOS 29.460 24.378

4.1.1 - Empréstimo Pessoal/Especial 29.460 24.378

4.2 - FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS 285.009 303.602

4.2.1 - Financiamento Imobiliários 285.009 303.602

TOTAIS 7.623.253 6.809.964

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Os títulos estão custodiados no SELIC – Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, na CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação e na CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. b) Investimento Imobiliário A carteira de Investimento Imobiliário é composta pelos valores dos imóveis e suas respectivas depreciações, bem como os valores a receber de aluguéis e as provisões constituídas em função da inadimplência. b.1) Direito de Alienação Valor correspondente ao saldo das parcelas a receber referente à alienação do imóvel situado na Rua Ataulfo de Paiva, nº 669, no Rio de Janeiro. b.2) Outros Investimentos Imobiliários O valor correspondente ao imóvel Edifício “CAMP TOWER”, situado a Rua Barão de Jaguará nº 901, construído sobre o lote nº 08 do quarteirão nº 1056, na cidade de Campinas, estado de São Paulo, objeto de uma ação expropriatória movida pela União, em 10 de novembro de 1998. Em 04 de dezembro de 2003, foi emitida uma nota técnica – PRESI/AUDIT-2003/011, recomendando a constituição de provisão para perda pela divergência entre os valores da avaliação do Ed. Camp Tower em novembro de 2003 e o valor originalmente depositado em juízo pela União Federal, em 02 de janeiro de 2002, na CEF-SIJUS, acrescidos de atualização monetária. c) Classificação dos Títulos e Valores Mobiliários Em R$ mil

31.12.2006 31.12.2005 Vencimento Valor Valor Valor Valor Ativos

em Dias de Mercado Contabil de Mercado Contabil Ativos para Negociação

Operações Compromissadas 181 a 360 - - 54.703 54.703 Fundo Invest. Renda Fixa Sem Vencimento 379.233 379.233 346.143 346.143 Fundo Invest. Participações 181 a 360 - - 120.093 120.093 Fundo Invest. Ações 181 a 360 38.722 38.722 32.956 32.956 Mercado de ações a vista Sem Vencimento 3.581.437 3.581.437 3.017.208 3.017.208

Total dos Títulos para Negociação ( I ) 3.999.392 3.999.392 3.571.103 3.571.103 Ativos Mantidos até o Vencimento

31 a 180 243.448 243.451 508.515 508.326 181 a 360 88.853 88.747 360.254 357.614 LFT

Acima de 360 1.030.449 1.054.835 775.876 771.283 181 a 360 - - 256.542 261.487 NTN-C

Acima de 360 542.338 528.657 499.420 495.609 181 a 360 - - 186.109 186.868 NTN-B

Acima de 360 1.053.024 1.026.217 - - Total dos Títulos até o Vencimento ( II ) 2.958.112 2.941.907 2.586.716 2.581.187

Total ( I + II ) 6.957.504 6.941.299 6.157.819 6.152.290

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A carteira de títulos públicos está estruturada para permitir à Fundação liquidez no cumprimento de seus compromissos atuariais de médio e longo prazo. Os títulos públicos que compõem a carteira própria estão classificados na categoria “títulos mantidos até o vencimento”. Assim, os títulos estão registrados pelo valor de aquisição acrescidos dos rendimentos incorridos até a data do balanço. A formação da carteira de títulos públicos com base nesse critério foi possível em razão de estudos internos de capacidade financeira, que leva em consideração a concentração da liquidez, do atual portifólio de investimentos, perante as obrigações atuariais. d) Parâmetros de avaliação: Carteira terceirizada Títulos Marcados a Mercado Os ativos que compõem as Carteiras dos Fundos de Investimentos em Renda Fixa e Fundo de Investimentos em Ações estão marcados a mercado, obedecendo aos seguintes critérios:

• Títulos Públicos – Com base nas taxas do mercado secundário divulgadas pela Associação Nacional das Instituições de Mercado Financeiro – Andima.

• Ações de companhias abertas – com base no valor econômico, definido pela IN nº 438, de 12 de julho de 2006, conforme transcrição a seguir: “- Os fundos de investimento constituídos sob a forma de condomínio fechado de prazo de duração igual ou superior a 5 (cinco) anos poderão adotar o valor econômico determinado por empresa independente especializada, para os valores mobiliários de companhias sem mercado ativo em bolsa ou em mercado de balcão organizado.”

Carteira Própria Títulos Mantidos até o Vencimento

• Registrados pelo valor de custo acrescido pelos rendimentos incorridos até a data do balanço.

Ações com negociação em Bolsa de Valores

• Ações de companhias abertas – Pela cotação média disponível no último pregão do mês, ou, na falta desta, a cotação mais recente nos últimos 6 meses. Caso contrário, o menor valor encontrado entre o Valor Patrimonial e o custo de aquisição do título.

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6 - PROVISÕES PARA PERDAS

Para ajustar o ativo à possíveis perdas, a Fundação avalia periodicamente seu patrimônio e constitui as provisões necessárias. Com base nas avaliações realizadas no exercício de 2006, as provisões para perdas foram acrescidas em R$ 450.209 mil, contra uma expectativa de R$ 155.635 mil no exercício de 2005, conforme demonstrado a seguir: Em R$ mil

Empresa Data da

Constituição Exercícios Ajustes

2006 2005 1 - Debêntures não Conversíveis de empresas 1.1 - Iguaçu Celulose, Papel S/A jul/97 46.175 46.175 - 2 - Debêntures não Conversíveis de Instituições Financeiras 2.1 - Crefisul Leasing S/A Arrendamento Mercantil mar/99 8.343 8.343 - 3 - Certificado de Depósito Bancário 3.1 – Banco Santos S/A abr/05 36.367 36.367 - 4 - Recibo de Depósito Bancário 4.1 – Banco Crefisul S/A mar/99 27.921 27.921 - 5 - Ações do Mercado à vista 5.1 - Casa Anglo Brasileira S/A abr/99 15.835 15.835 - 5.2 – Cia Nacional de Álcalis ago/98 3.903 3.903 - 5.3 - Inepar Telecomunicações S/A (ex-Iridium Brasil S/A) out/99 2.477 1.207 1.270 5.4 - Mesbla S/A ago/00 197 197 - 5.5 - Alcanorte S/A dez/98 6.004 6.004 - 5.6 - Sam Indústria S/A dez/98 303 303 - 6 - Investimento Imobiliários 6.1 - Alugueis 3.311 2.888 423 6.2 - AJ Renner S/A fev/02 128 117 11 6.3- Sueli Aparecida Candida Fernandes jun/02 42 42 - 6.4 - Camp Tower dez/03 2.858 2.858 - 7 -Operações com Participantes 7.1 - Empréstimos Pessoais 173 117 56 7.2 - Financiamentos Imobiliários 6.640 3.358 3.282 8 -Contribuição Conveniada a Receber 8.1 - Contribuições Patronais dez/06 445.167 - 445.167

Total 605.844 155.635 450.209 a) Operações com Participantes A Resolução CGPC nº 05 de 30 de janeiro de 2002, alterada pela Resolução nº 10 de 05 de julho de 2002, em seu Anexo “E” item 31 regula a constituição de provisões de ativos decorrentes de operações com participantes da seguinte forma:

a.1) no caso de atraso entre 61 e 120 dias: 25% sobre o valor dos créditos

vencidos e vincendos; a.2) no caso de atraso entre 121 e 240 dias: 50% sobre o valor dos créditos

vencidos e vincendos;

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a.3) no caso de atraso entre 241 a 360 dias: 75% sobre o valor dos créditos vencidos e vincendos;

a.4) no caso de atraso superior a 360 dias: 100% sobre o valor dos créditos vencidos e vincendos.

b) Banco Santos S/A O Banco Santos teve sua falência decretada em 20 de setembro de 2005, pelo MM. Juízo da 2º Vara de Falências e de Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo – Foro Central Civil (processo nº 000.05.065208-7), as aplicações (CDBs) existentes naquela instituição financeira, realizadas em 2004, tiveram seus valores retificados por provisão para fazer face à perda a qual é estimada em 100% do valor do ativo. c) Inepar Telecomunicações S/A O ajuste na provisão para perdas relativa às ações da Inepar Telecomunicações S.A é decorrente do aumento no preço unitário destas ações, apurado conforme Nota 5 – item d. d) Contribuição Conveniada a receber Com fundamento no art. 14, §§ 5º, 6º e 7º, e no art. 22 da Lei 9.650, de 27 de maio de 1998, sucessora das Medidas Provisórias 1.650, 1.641 e 1.535, e após o desenvolvimento de estudos conduzidos por grupo de trabalho instituído pela Portaria 5.413, de 9 de março de 1998, do Sr. Diretor de Administração do BACEN, foi formalizado Convênio entre a citada Autarquia e a CENTRUS, nas condições ali definidas, para a centralização, na Fundação, do pagamento das devoluções e complementações de aposentadorias e pensões, mediante integralização das respectivas reservas matemáticas. A integralização das reservas matemáticas objeto do Convênio firmado em agosto de 1998, no valor de R$ 1.022.686.985,07, foi assim definida: I - R$ 569.067.232,19 – parcela integralizada, correspondente à soma de R$ 10.703.692,55 (compensação com a CENTRUS), R$ 19.095.284,51 (créditos recebidos e compensados com a PREVI), R$ 227.871.610,23 (saldo de contribuições patronais em poder da Fundação) e R$ 311.396.644,90 (recursos orçamentários do BACEN); II - R$ 453.619.752,88 – parcela a ser integralizada em cotas anuais, respeitado o prazo de 10 anos, corrigida pelo Índice Geral de Preços de Mercado - IGP-M e acrescida de juros de 6% a.a. Cumpre enfatizar que, na vigência do Convênio, foram celebrados 5 aditivos contratuais, a seguir apontados com a identificação das correspondentes finalidades: I - Primeiro Termo Aditivo: retificar o prazo para que o Banco Central iniciasse os pagamentos a partir do ano de 2000, resultando, desse modo, na finalização do aludido prazo em 2009;

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II - Segundo Termo Aditivo: introduzir mecanismos de compensação, em exercícios futuros, de eventuais valores pagos a maior pelo BACEN, esclarecido que as compensações seriam efetuadas em termos percentuais, calculados sobre a parcela paga; III - Terceiro Termo Aditivo: conceder prazo ao Banco Central para pagar até 31 de dezembro de 2004, o valor remanescente da parcela devida em 31 de dezembro de 2003, levando-se em conta que os vários pagamentos efetuados no decorrer do exercício de 2003 não foram suficientes para saldar o compromisso total do ano; IV - Quarto Termo Aditivo: prorrogar para 31 de dezembro de 2005, o prazo para pagamento da parcela remanescente de 31 de dezembro de 2003, objeto do Terceiro Termo Aditivo, e da parcela prevista para 31 de dezembro de 2004, tendo em vista a previsão de realização de estudos em 2005, relativamente à atualização atuarial, considerando os impactos provocados pelas alterações implementadas no plano de benefícios; V - Quinto Termo Aditivo: prorrogar para 31 de dezembro de 2006, o prazo para pagamento das parcelas tratadas no Quarto Termo Aditivo e da parcela de 31 de dezembro de 2005, de maneira que, por proposição do BACEN, fosse apresentada manifestação formal da CENTRUS acerca de novo termo aditivo que dimensionasse adequadamente as obrigações do patrocinador. Por oportuno, convém registrar que, durante esse mesmo período, além dos valores inicialmente integralizados, foram repassados pelo Banco Central à Fundação, por conta do parcelamento previsto no Convênio, R$ 296.770.331,97, em valores nominais e, a exemplo dos primeiros aportes, sem qualquer previsão no que se refere ao critério de sua atualização, conforme demonstrado no quadro a seguir:

Data Valor em R$ Data Valor em R$ 01.12.2000 69.000.000,00 13.08.2002 16.774.731,71 29.12.2000 50.000.152,25 10.12.2002 26.981.863,67 11.07.2001 16.830.251,36 06.06.2003 26.000.000,00 21.12.2001 45.000.000,00 01.07.2003 23.900.000,00 27.12.2001 3.284.975,00 17.07.2003 3.401.197,00 28.12.2001 11.000.000,00 01.08.2003 814.485,13 02.01.2002 3.500.000,00 23.12.2003 282.675,85

Em razão desses fatos, a dívida resultante do Convênio, considerados os valores iniciais e os pagamentos realizados pelo BACEN, remunerados na forma pactuada no § 3º de sua cláusula sexta – atualização pelo IGP-M e juros de 6% a.a. –, alcança o montante de R$ 1.096.372.986,55 na data-base de 31 de dezembro de 2006. No curso das discussões envolvendo o Convênio, a aplicação de suas cláusulas e o resultado da apuração do montante da obrigação remanescente para integralização das reservas matemáticas, a Diretoria de Administração do Banco Central do Brasil, por intermédio do Ofício DIRET-2006/1014, de 4 de setembro último, ao tempo em que se coloca acessível para, em havendo acordo entre os partícipes, firmar novo termo aditivo ao Convênio original, pronuncia-se no sentido de suspender os repasses e de

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considerar a dívida extinta, na medida em que o Plano Básico de Benefícios da Centrus vem apresentando, desde 2003, superávits que ultrapassam o montante da obrigação conveniada. Na seqüência, tendo presente esse entendimento manifesto pela Diretoria de Administração do Banco Central, o Conselho Deliberativo desta Fundação decidiu constituir grupo de trabalho com o propósito de se fazer uma profunda avaliação das considerações presentes ao citado Convênio, de forma a construir uma proposta que pudesse atender aos interesses das partes envolvidas. Desse grupo resultou o encaminhamento de proposta, acolhida pelo Conselho Deliberativo em sua reunião ordinária realizada no dia 29 de setembro de 2006, consubstanciada pelo Voto CENTRUS-2006/046, que trata das condições para formalização do sexto termo aditivo ao Convênio e os critérios para ajustamento do valor da dívida. Tendo tomado conhecimento do posicionamento da Centrus e após entendimentos mantidos entre as duas entidades, extraídos de negociações que se realizaram ao longo dos dias que se sucederam, o Banco Central do Brasil, demonstrando a sua intenção de buscar uma solução relativamente ao assunto, decidiu, em 8 de novembro passado, na forma da Portaria 37.186, do Diretor de Administração, constituir grupo de trabalho integrado por funcionários daquela Autarquia e desta Fundação para, no prazo de 15 dias, apresentar opções para o enquadramento de direitos e obrigações oriundos do Convênio. Posteriormente, em 9 de dezembro de 2006, por meio do expediente COFIS-22/2006, o Conselho Fiscal encaminhou ao Conselho Deliberativo da CENTRUS a seguinte recomendação: “Visando fazer com que as demonstrações contábeis reflitam a real situação patrimonial da Fundação, o Conselho Fiscal, por deliberação unânime dos seus membros, recomenda seja constituída a adequada provisão no corrente exercício.” Durante o mês de dezembro tinha-se conhecimento de que o tema, no âmbito do Banco Central do Brasil, não evoluiria para a solução definitiva naquele exercício. Assim, considerando a recomendação do Conselho Fiscal no sentido de se constituir a adequada provisão para ajustar o montante da dívida conveniada ainda em 2006, efetuamos a contabilização da provisão para adequar o saldo do ativo ao montante apurado nos termos da decisão objeto do referido voto Centrus 2006/046. Provisão esta que apresenta saldo de R$ 445.166.608,74, em 31.12.2006. No final de dezembro, o BC propôs a Centrus a prorrogação dos efeitos do último aditivo ao convênio até junho de 2007. A Fundação aceitou a proposta e apresentou, na oportunidade, minuta de novo instrumento para formalização desse acordo.

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7 - PROVISÕES MATEMÁTICAS a) Benefícios Concedidos Correspondem ao valor atual dos compromissos futuros da entidade em relação aos atuais aposentados e pensionistas, excluindo-se as contribuições que por eles e pela patrocinadora venham a ser recolhidas à Fundação. b) Benefícios a Conceder Correspondem à diferença entre o valor atual dos compromissos a serem assumidos pela Entidade, com relação aos participantes e respectivos beneficiários, que ainda não estejam em gozo de suplementação de aposentadorias, e o valor atual das contribuições que por eles e pela patrocinadora venham a ser recolhidas à Fundação para sustentação dos referidos compromissos. A composição das provisões matemáticas encontra-se demonstrada a seguir, registrando em 2006 o crescimento de 0,34% em relação ao exercício anterior.

Em R$ mil

DISCRIMINAÇÃO DAS CONTAS 31.12.2006 31.12.2005 PROVISÕES MATEMÁTICAS 2.508.020 2.499.601 BENEFÍCIOS CONCEDIDOS 2.484.323 2.479.669 Benefícios do Plano 2.575.208 2.574.314 ( - ) Contribuições do(s) Patrocinador(es) sobre Benefícios (90.885) (94.645) BENEFÍCIOS A CONCEDER 23.697 19.932 Benefícios do Plano com a Geração Atual 35.524 30.499 Plano de Benefício Definido 35.524 30.499 ( - ) Contribuições do(s) Patrocinador(es) sobre Benefícios da Geração Atual (2.014) (1.722) ( - ) Outras Contribuições da Geração Atual(1) (9.813) (8.845)TOTAL DO EXIGÍVEL ATUARIAL 2.508.020 2.499.601

(1) refere-se ao percentual médio das contribuições dos participantes, quando ativos, acrescidos do percentual médio das

contribuições dos patrocinadores, deduzindo-se o custo dos benefícios que não são capitalizados (auxílio reclusão e auxílio doença) sobre folha de pagamentos futura

c) Superávit Técnico Acumulado O resultado do exercício de 2006, superavitário em R$ 410.387 mil (R$ 888.358 mil em 2005), juntamente com os resultados acumulados em exercícios anteriores, R$ 2.523.447 mil, perfaz o total de R$ 2.933.834 mil, ao qual foi dada a seguinte destinação: • R$ 627.005 mil, equivalentes a 25% das Provisões Matemáticas, incorporados na

conta Superávit Técnico Acumulado – Reserva de Contingência, e • R$ 2.306.829 mil contabilizados na conta Reserva para Revisão de Planos.

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8 – FRAÇÃO PATRIMONIAL e CONTRIBUIÇÕES A DEVOLVER AO PATROCINADOR E AOS PARTICIPANTES O Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADIn para aplicar aos funcionários do Banco Central as diretrizes do Regime Jurídico Único (RJU). Em atendimento a este preceito, em 30 de outubro de 1997, promoveu-se a contabilização da fração patrimonial a devolver ao Banco Central do Brasil e aos Participantes da Fundação incluídos no Regime Jurídico Único. As contas da fração patrimonial a devolver ao Banco Central e aos participantes apresentaram, no último exercício, a seguinte movimentação: em R$ mil

DISCRIMINAÇÃO DAS CONTAS CONTRIBUIÇÕES A DEVOLVER PESSOAIS PATRONAIS TOTAL SALDO EM 31.12.2005 151.105 1.834.257 1.985.362 Rentabilidade positiva líquida 34.988 354.734 389.722 (-) Taxa de Administração (1.019) - (1.019) (-) Pagamentos Efetuados (15.654) (453.349) (469.003)SALDO EM 31.12.2006 169.420 1.735.642 1.905.062 A Taxa de Administração devida sobre as Contribuições Patronais a Devolver, é repassada anualmente a Centrus, conforme estabelece o termo de acordo firmado entre as partes, cabendo esclarecer que no exercício de 2006 foi contabilizado o valor de R$ 11.677 mil a este título. 9 – AÇÕES JUDICIAIS a) Contingências Trabalhistas Refere-se as ações trabalhistas que pleiteiam judicialmente reenquadramentos e diferenças salariais dos planos Bresser, Verão e outros. Essas ações movidas contra o Banco Central do Brasil por ex-empregados seus, em que a Fundação é intimada para integrar a relação processual na qualidade de litisconsorte passivo. b) Outras Ações Judiciais Em 08 de novembro de 2002, o MM Juiz da 17ª Vara Cívil de Brasília julgou procedente o pedido formulado pela AAFBC – Associação dos Antigos Funcionários do Banco Central do Brasil no sentido de reduzir de 15% para 10% a contribuição devida à Fundação pelos aposentados associados daquela entidade, bem como a restituição da diferença acumulada desde a implantação da paridade constitucional determinada pela Emenda Constitucional nº 20/1998. Em 26 de novembro de 2002, a Fundação interpôs Apelação Cívil contra esta sentença, a qual foi julgada improcedente. Novamente, em 30 de maio de 2004, foram interpostos Recurso Especial e Extraordinário, contra o acórdão que negou provimento à apelação, os quais aguardam julgamento. O valor da contingência para fazer frente a eventuais restituições em 31 de dezembro de 2006 é de R$ 2.849 mil.

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10 - CONTINGÊNCIA FISCAL - IMUNIDADE TRIBUTÁRIA a) Contingência Fiscal - IRRF A Fundação, em janeiro de 1996, teve reconhecida a sua imunidade tributária quanto às obrigações decorrentes da tributação do imposto de renda emergentes do Decreto-Lei nº 2.065/83; Posteriormente, a União Federal impetrou Ação Rescisória junto ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região, tendente a tornar ineficaz o sucesso antes verificado na Certidão da Justiça Federal. A Ação Rescisória foi julgada procedente, em dezembro de 2003, com a publicação do acórdão em fevereiro 2004. Esta decisão ainda aguarda julgamento em decorrência da interposição de Recurso Especial e Recurso Extraordinário, respectivamente, para o Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. A Fundação mantém a contingência no valor do imposto de renda sobre os investimentos em renda fixa e renda variável, conforme Resolução CGPC nº 05 de 30 de janeiro de 2002 alterada pela Resolução CGPC nº 10 de 05 de julho de 2002, item 2.2. O saldo apresentado na conta de Contingência Fiscal - Imposto de Renda na Fonte, é de R$ 297.482 mil, em 31 de dezembro de 2006 (R$ 275.491 mil em 31 de dezembro de 2005), e corresponde aos recolhimentos relativos aos exercícios de 2000 a 2001. b) Contingência Fiscal - PIS e COFINS A Fundação foi autuada em junho de 2001 pelo não recolhimento do PIS e da COFINS. Enquanto permanece no aguardo do julgamento do recurso ao pagamento dos mencionados tributos, estes valores foram contingênciados e corrigidos monetariamente. Tendo em vista que o recurso ao auto de infração lavrado relativo ao PIS e à COFINS não foi julgado, mantêm-se contingênciado o valor de R$ 91.378 mil. 11 – FUNDO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIAL Nos exercícios de 2006 e 2005, o Fundo Administrativo Previdencial apresentou a seguinte movimentação:

DEMONSTRATIVO DO FUNDO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIAL EXERCÍCIOS

DISCRIMINAÇÃO DAS CONTAS 2006 2005 1- SALDO INICIAL 178.633 128.2882 – Movimentação do Fundo 88.551 50.345 2.1 - Constituição do Fundo (aporte) 16.247 4.128 2.2 - Remunerações do Fundo 75.094 51.346 2.3 - Reversões do Fundo (2.790) (5.129)3 - SALDO FINAL 267.184 178.633

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12 - FUNDO PREVIDENCIAL O Fundo Previdencial denominado Fundo para Cobertura de Anti-Seleção de Riscos foi constituído e atualizado com o objetivo de resguardar a Fundação em relação aos fatos que porventura possam ocorrer em decorrência dos ditames da Lei 9.650, de 27 de maio de 1998, sucessora das Medidas Provisórias 1.650 e 1.535, com saldo em 31 de dezembro 2006 de R$ 282.655 mil (R$ 258.532 mil em 31 de dezembro de 2005). 13 - FUNDOS DO PROGRAMA DE INVESTIMENTOS Os fundos do Programa de Investimentos são: Fundo de Reserva de Garantia - constituído para fazer face à quitação dos empréstimos e financiamentos concedidos aos participantes, na eventualidade de falecimento, e Fundo de Cobertura de Resíduo do Saldo Devedor – constituído para garantir a quitação de resíduos porventura existentes após o prazo contratual dos financiamentos. Ao final dos exercícios de 2006 e de 2005, os fundos apresentam os seguintes saldos:

Em R$ mil DEMONSTRAÇÃO DOS FUNDOS DO PROGRAMA DE INVESTIMENTOS

DISCRIMINAÇÃO DAS CONTAS 31.12.2006 31.12.2005

1 – Fundo de Reserva de Garantia 3.145 3.280 2 – Fundo de Cobertura de Resíduo de Saldo Devedor 1.228 1.168

HÉLIO CESAR BRASILEIRO ANTONIO FRANCISCO BERNARDES DE ASSIS Diretor-Presidente Diretor de Benefícios

CPF: 146.421.401-82 CPF: 152.640.171-15

EDUARDO DE LIMA ROCHA DASO MARANHÃO COIMBRA Diretor de Controle, Logística e Informação Diretor de Aplicações

CPF: 308.088.041-20 CPF: 096.831.601-82

ORLINDO BALBINO ARAUJO Contador CRC-DF-9219/0-3

CPF: 239.948.001-53

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VOTO CONSE-2007/001

Assunto: Balanço Patrimonial da Centrus – Exame das Contas – Relatório das Contas da Centrus de 2006.

Senhores Conselheiros,

No desempenho das atribuições legais e estatutárias (Art. 22), examinamos as Demonstrações Financeiras da Fundação Banco Central de Previdência Privada – Centrus, relativas ao exercício findo em 31.12.2006, elaboradas segundo as normas de contabilidade emanadas do Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC), bem como as normas de contabilidade geralmente aceitas, compreendendo: o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração do Fluxo Financeiro, as Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis, o parecer do Atuário, os relatórios e pareceres dos auditores independentes, dos auditores do Banco Central do Brasil e do Conselho Fiscal da Fundação.

Merecem destaque os seguintes fatos ocorridos no exercício de 2006:

I. A constituição de provisão no valor de R$445.166.608,74 para adequar o saldo de R$1.096.372.986,55 do ativo “Contribuições Conveniada a Receber”, em razão de não se ter chegado à solução definitiva das questões que envolvem o convênio celebrado entre a Centrus e o Banco Central do Brasil, para a centralização, na Fundação, do pagamento das devoluções e complementações de aposentadorias e pensões, mediante integralização das respectivas reservas matemáticas. (Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis, item 6-d)

II. O superávit técnico do exercício, de R$410.387 mil, que elevou o superávit acumulado até 31/12/2005, de R$2.523.447 mil, para R$2.933.834 mil, representando 117% do exigível atuarial de R$2.508.020 mil.

III. A rentabilidade de 21,41% auferida pela Fundação no exercício é 12,08 pp acima de seu custo atuarial de 9,33%, correspondente à variação do IPC-A mais 6% a.a.

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No que se refere aos trabalhos de auditoria e avaliação, consignamos que:

I. Em 2006, foi realizada auditoria atuarial pela ATEST Consultoria Atuarial, data-base 2005, visando à constatação do nível de solvência do plano de benefícios da Fundação, cujo resultado, consignado no relatório, é de que o plano de benefícios previdenciários está adequadamente capitalizado frente às necessidades, apresentando equilíbrio financeiro e capacidade de solvência.

O trabalho da ATEST levou em consideração, também, a auditoria de benefícios realizada por Soltz, Mattoso & Mendes Auditoria Independente, que havia concluído pela adequação dos procedimentos de concessão, revisão e manutenção dos benefícios, que guardam conformidade com o regulamento do plano e a legislação.

Da análise desse relatório, a ATEST afirma que o plano está dentro dos padrões de razoabilidade estabelecidos na Resolução CGPC nº. 03/01 (atualmente revogada), não oferecendo reflexos na auditoria atuarial.

II. O parecer do Departamento de Auditoria Interna – Deaud, do Banco Central do Brasil, conclui que as demonstrações contábeis representam adequadamente a posição patrimonial e financeira da Centrus em 31/12/2006, exceto quanto à incerteza da realização dos ativos referentes ao Convênio, questão abordada no item I, do segundo parágrafo deste.

III. O parecer da auditoria independente, KPMG – Auditores Independentes, também atesta que as demonstrações contábeis da Fundação representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a sua posição patrimonial e financeira, em 31/12/2006, o resultado de suas operações e os fluxos financeiros.

Consigna, ainda, que não obstante o saldo registrado no ativo, no valor de R$651 milhões, representar a melhor estimativa possível na circunstância, não é factível nesse momento avaliar qual será o resultado da mencionada negociação e seus efeitos contábeis.

IV. O parecer do Conselho Fiscal conclui que as Demonstrações Financeiras da Fundação, do exercício findo em 31/12/2006, estão em condições de serem submetidas à apreciação deste Conselho, para os fins previstos no art. 22 do Estatuto, enfatizando a questão da incerteza de realização dos valores referentes ao Convênio, questão abordada no item I, do segundo parágrafo deste.

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Da análise dos demais documentos utilizados para subsidiar este voto, concluímos não haver nenhuma ocorrência que possa alterar significativamente a situação refletida nos pareceres aqui mencionados.

Digno de registro, também que, no exercício sob enfoque, foram adotadas várias medidas administrativas, condizentes com as práticas e recomendações de boa governança, tais como a reestruturação de comitês e a constituição do CIG – Comitê de Investimento de Gestão, adesão ao Código de Ética e ao Código Operacional do Mercado, instalação de sistema de registro de comunicações e de monitoramento da mesa de operações e redefinição da subordinação técnica do componente de auditoria interna da Fundação. São medidas importantes para a gestão, consolidando processos de apoio à decisão e de maior segurança operacional, que se refletirão, indubitavelmente em maior transparência e confiabilidade nos registros da Fundação.

Pelo exposto, entendemos que os documentos apresentados para exame representam adequadamente a posição patrimonial e financeira da Fundação Banco Central de Previdência Privada – Centrus, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006. Nessas condições, e em atendimento ao estabelecido no artigo 22 do Estatuto da Fundação, propomos a aprovação das contas da Centrus relativas ao exercício de 2006.

Voto do Conselheiro

José Antonio Marciano

Brasília, 15 de fevereiro de 2007

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ATA Nº 02/2007 REUNIÃO DO CONSELHO FISCAL DA FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - CENTRUS Local: Brasília - Edifício Corporate Financial Center – SCN – Q. 2 – Bl. A – 9º andar. Data: 12 e 13.02.2007.

I - DELIBERAÇÕES E/OU ASSUNTOS TRATADOS 1. Leitura e conhecimento dos seguintes documentos:

- Exp.PRESI-2007/002, de 22.01.2007 – anexa Relatório de Auditoria Interna e Plano Anual de Auditoria Interna – PAAI 2007;

- Exp.PRESI-2007/007, de 02.02.2007 – anexa Relatórios/Mapas Gerenciais mensais e demonstrativos financeiros para análise do Conselho Fiscal – Dezembro/2006;

- Exp.PRESI-2007/009, de 12.02.2007 – anexa Relatórios/Mapas Gerenciais Contábeis de dezembro/2006;

- Exp.CONSE-2007/007, de 16/01/2007 – Atas das reuniões dos Órgãos Estatutários referentes a novembro/2006;

- Exp.CONSE-2007/027, de 08/02/2007 – Atas das reuniões dos Órgãos Estatutários referentes a dezembro/2006;

- Relatório: Revisão Analítica de Saldos, de 02.02.2007, elaborado pela Auditoria Interna da Centrus;

- Parecer da Auditoria Independente, KPMG, relativo às Demonstrações Financeiras de 31/12/2006;

- Relatório e Parecer de Auditoria do Banco Central do Brasil, de 12/02/2007. 2. Análise e aprovação dos demonstrativos contábeis relativos a dezembro/2006, encaminhados pelo Exp. PRESI-2007/007, de 02.02.2007, incluindo Análise Comparativa do Balancete, Balancete Analítico Mensal, Balancete Intermediário, Demonstrativo de Benefícios e Auxílios Pagos, Indicadores Econômicos, Financeiros e Atuariais e Resumo da Carteira de Investimentos. II – ASSUNTO(S) ESPECÍFICO(S) PARA A PRÓXIMA REUNIÃO

1. Análise dos demonstrativos contábeis relativos a janeiro e fevereiro de 2007. III – DATAS PROVÁVEIS PARA A PRÓXIMA REUNIÃO: 29 e 30/03/2007.

Brasília, 13 de fevereiro de 2007.

Mateus Areal Cornélio Farias Pimentel Leopoldo Pinto Monteiro Presidente Conselheiro Conselheiro

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Análise elaborada em fev/2007

1

FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - CENTRUS

Relatório Mensal do Conselho Fiscal – Posição em 31.12.2006 I – ANÁLISE CONTÁBIL – ATIVO

O ATIVO teve o seguinte comportamento (valores em R$ milhões):

ATIVOVALOR % VALOR % NOMINAL %

RENDA FIXA 3.321 40 2.982 36 339 11 - Títulos do Governo Federal 2.942 35 2.581 31 361 14 - FIF 379 5 346 4 33 10 - Op. Compromissadas - - 55 1 (55) - RENDA VARIÁVEL 3.620 44 3.170 38 450 14 - Ações a vista 3.581 43 3.017 36 564 19 - Fundo de Ações 39 0 33 0 6 18 - Fundo Invest. Participações - - 120 1 (120) - INVESTIMENTOS IMOB. 367 4 330 4 37 11 OP. C/ PARTICIPANTES 314 4 328 4 (14) (4) RECURSOS A RECEBER 651 8 996 12 (345) (35) OUTROS ATIVOS 25 0 15 0 10 67 TOTAL 8.298 100 7.821 94 477 6

DEZ/06(A) DEZ/05(A) VARIAÇÃO (A x B)

Ativo Total

-1.0002.0003.0004.0005.0006.0007.0008.0009.000

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Em (R

$ m

ilhõe

s)

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Análise elaborada em fev/2007

2

Programa de Investimentos

Renda Fixa - 40%

Renda Variável - 44%

Inv. Imob.- 4%

Op. c/ Part .- 4%

Rec. a Receber - 8%

Com relação às aplicações da Centrus, em 31.12.2006, cabem os seguintes comentários: 1 - Renda Fixa: R$3.321 milhões

a) a carteira de títulos públicos federais, no montante de R$2.942 milhões, era composta por NTN-C (R$1.555 milhões) e LFT (R$1.387 milhões). Os rendimentos líquidos em 2006 atingiram R$368 milhões;

b) os valores aplicados diretamente em títulos públicos federais correspondem a

171,55% do montante da rubrica Contr. Patronal a Devolver registrada no Exigível Operacional. Segundo o disposto no Decreto nº 2.842, de 16.11.98, os investimentos em títulos públicos federais devem corresponder a 100% do saldo daquela conta de passivo. Portanto, a CENTRUS encontra-se enquadrada na norma citada, mesmo sem contar os valores por ela aplicados indiretamente em títulos públicos, por intermédio dos fundos de investimentos, dos quais possui cotas de participação;

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Análise elaborada em fev/2007

3

c) aplicações em Fundo de Investimentos Financeiros:

SALDO ATUAL

(A)

SALDO ANO

ANTERIOR

(B)

VARIAÇÃO

(A - B)

SALDO

ATUAL

(C)

SALDO

ANTERIOR

(D)

VARIAÇÃO

(C - D)

TOTAL

ATUAL (A

+ C)

Bradesco Foco 188 79 109 6 28 -22 194BB Olimpo 181 86 95 4 27 -23 185Venus Safra 0 61 -61 0 21 -21 0Poland 0 43 -43 0 2 -2 0TOTAL 369 269 100 10 78 -68 379

NOME DO FUNDO

PRINCIPAL ACRESCIMOS

Os rendimentos líquidos desses fundos somaram R$55 milhões no ano;

d) em 31.12.2005 a Centrus mantinha em operações compromissadas-swap

lastreadas em títulos federais – LFT o montante de R$55 milhões. Essas operações foram totalmente resgatadas em 2006, proporcionando um rendimento de R$1 milhão;

e) os investimentos em debêntures e em RDB/CDB permanecem integralmente

provisionados e correspondem às aplicações em Crefisul Leasing (R$8,3 milhões), Iguaçu Celulose Papel (R$46,2 milhões), Banco Crefisul (R$27,9 milhões) e Banco Santos (R$36,4 milhões); e

f) os rendimentos líquidos do total da carteira de renda fixa foi de R$425

milhões no ano de 2006. 2- Renda Variável: R$3.620 milhões

a) a carteira de renda variável é composta de ações à vista (R$3.581 milhões) e

quotas de fundos de ações (R$39 milhões). b) a carteira de ações à vista compreende 29 empresas, sendo a maior parte

delas de grande porte, pertencentes tanto ao setor público quanto ao privado e de variados ramos de atividades. As 5 (cinco) maiores aplicações da carteira de ações à vista somavam R$2.223 milhões, representando 63% da carteira de ações, 61% das aplicações em renda variável e 27% do ativo total, e eram tituladas pelas seguintes empresas: Arcelor Brasil (R$772 milhões), Petrobrás (R$509 milhões), Vale do Rio Doce (R$445 milhões), Ambev (R$296 milhões) e Banco Bradesco (R$200 milhões). Se forem consideradas as dez maiores empresas, o volume aplicado representa 36% do ativo total.

c) a CENTRUS encontra-se enquadrada nas normas em vigor concernentes à

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Análise elaborada em fev/2007

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diversificação de riscos, esceto quanto ao investimento na empresa Arcelor Brasil, cujo limite foi excedido em 0,13%. Os investimentos em ações à vista estão concentrados em um pequeno número de empresas, conforme mencionado na alínea “b” desta análise.

d) O saldo da conta Dividendos/juros/restituição a receber era de R$44 milhões

em dez/2006, e as receitas apropriadas somaram R$154 milhões no ano;

e) a Fundação possui aplicações em quotas do fundo Inv. Instituc. FIA - ex-CVC Opportunity (fundo de ações), no valor de R$38,7 milhões. O valor originalmente aplicado no Opportunity foi de R$50 milhões e, em julho/2004, ocorreu aporte adicional de R$7,5 milhões. O Fia acumulava perdas nominais de R$ 27milhões até novembro de 2006. Conforme exp. DIRAP/GETEC-2007/006, de 15.1.2007, a Centrus apresenta a seguinte posição em 31.12.2006:

POSIÇÃO INTEGRALIZADA

AMORTI-ZAÇÃO

PERDA ACUMULADA

POSIÇÃO ATUAL

Investidores Institucionais Fdo.Inv. Em ações 57,49 6,45 12,32 38,72 T O T A L 57,49 6,45 12,32 38,72

NOME DO FUNDO V A L O R E S (milhões)

Essa posição decorre de deliberação da Assembléia de Cotistas de 11.12.2006, que avaliou as ações sem valor de mercado e integrantes da carteira do fundo, de acordo com o valor econômico, havendo uma majoração de 58,4% no patrimônio líquido do Fundo. Ainda de acordo com o expediente citado, a posição inicial corrigida pelos índices atuariais da Centrus, alcança a cifra de R$ 155,28 milhões.

f) a carteira de renda variável proporcionou receita líquida de R$981 milhões em

2006, correspondendo, basicamente, à variação positiva da carteira de ações (R$806 milhões) e a dividendos apropriados (R$154 milhões). As rubricas Lucro na Venda e Prejuízos na Venda apresentavam saldos de R$15 milhões e R$0,3 milhões, respectivamente. No ano os fundos propiciaram receitas líquidas de R$12 milhões (já incluído nesse montante o rendimento auferido pelo fundo de investimentos em participações Brasil Private, totalmente resgatado no ano de 2006).

g) as contas Lucro na Venda e Prejuízo na Venda apresentam saldos pouco

expressivos na data base sob comentário tendo em vista o reduzido número de negociações no ano de 2006.

h) os investimentos em ações não cotadas em bolsa na posição de dezembro de

2006 correspondiam às aplicações mantidas nas seguintes empresas conforme quadro a seguir (Exp. PRESI-2007/007, de 2.2.2007):

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Análise elaborada em fev/2007

5

Empresa Aquisição

Valor em R$ milhões Valor contabilizado em R$ mil

Alcanorte set/95 R$18 R$6.004 Casa Anglo jan/98 R$30 R$15.835 Álcalis fev/97 R$20 R$3.903 Mesbla jul/97 R$24 R$197 Sam Indústria jun/94 R$5 R$303 Magnesita jun/97 (1) R$391 Inepar Ind. Const. jul/95 R$8 R$5.759 TOTAL R$ 105 R$32.392

(1) ações recebidas em bonificação Os investimentos nas cinco primeiras empresas estão integralmente provisionados. Cabe esclarecer que todas as aplicações listadas são de difícil recuperação em função de as empresas estarem passando por dificuldades variadas.

3 - Investimentos Imobiliários: R$ 367 milhões

a) compreendem aplicações em Edificações (R$257 milhões), Participações (R$96 milhões), Direitos de Alienação em Investimentos Imobiliários (R$7 milhões) e Outros Investimentos Imobiliários – Imóveis – Processo de Desapropriação (R$7 milhões);

b) O item Investimentos Imobiliários não apresentou oscilação significante em

relação ao ano anterior;

c) encontra-se provisionado o montante de R$6,3 milhões (1,9% da carteira); e d) o resultado anual alcançado pela carteira no ano de 2006 foi de R$84

milhões, provenientes, principalmente, de receitas de reavaliação (R$49 milhoes) e de aluguéis (R$40 milhões) e de depreciação (R$6 milhões).

4 - Operações com Participantes: R$314 milhões

a) este ativo decorre de empréstimos (R$29 milhões) e financiamentos imobiliários (R$285 milhões) concedidos a participantes da CENTRUS. Cabe destacar que, no final de 2006, a Fundação mantinha registro de provisão para perdas de R$7 milhões referentes a essas operações (2,2% da carteira); e

b) a carteira proporcionou resultado positivo de R$29 milhões no ano.

5 - Recursos a Receber: R$651 milhões

a) referem-se, basicamente, ao saldo da conta Contrib. Conveniadas a Receber Patronais que correspondem às operações resultantes do Convênio BACEN-CENTRUS, de 11.08.98.

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Análise elaborada em fev/2007

6

b) de acordo com os termos do Convênio, o valor original de R$ 453,6 milhões

vem sendo corrigido pelo IGP-M, acrescido de juros de 6% a.a., devendo ser amortizado em 10 (dez) parcelas anuais.

c) a amortização do débito iniciou-se em 2000 e foi interrompida no ano de

2003, tendo ficado pendente o pagamento da parcela de R$ 5.759.097,95, cuja liquidação deveria ocorrer até 31.12.2003. A partir daquela data, não houve nenhum outro pagamento. Entretanto, foram firmados diversos aditivos ao convênio, prorrogando os prazos para pagamento das parcelas vencidas, sendo que o Quinto Termo Aditivo firmado em 26.12.2005 prorrogou para 31.12.2006 o vencimento das parcelas não pagas até o final do ano de 2005.

d) verifica-se que no ano de 2003 o Banco Central não efetuou todos os

repasses de recursos devidos, e que nos anos de 2004 a 2006 não ocorreu nenhum aporte por parte daquele patrocinador. A dívida vem sendo postergada mediante a assinatura de sucessivos instrumentos de repactuação. Entretanto, a Fundação tem apropriado receitas correspondentes e distribuído benefícios sob diversas formas desde a data da assinatura do convênio original até a data do balanço de 2006.

e) por meio do exp. COFIS-22/2006, de 5.12.2006, o Conselho Fiscal

recomendou fosse constituída a provisão adequada. A CENTRUS (Voto CENTRUS 2006/069) provisionou o valor de R$445 milhões, 41% do valor do crédito atualizado até 31.12.2006. Tal provisionamento foi objeto da Nota Explicativa nº 6, alínea “d”, ao Balanço da CENTRUS de 31.12.2006, do Parecer da Auditoria Interna do Banco Central e do Parecer dos Auditores Independentes.

f) por meio do Ofício 1384/2006-BCB/Diret, de 22.12.2006, o Bacen propôs que

“os efeitos decorrentes do 5º Termo Aditivo ao Convênio, firmado em 22/12/2005, cujo prazo de vigência expira em 31/12/2006, sejam mantidos em suspenso até 30/06/2007”.

g) o Conselho Deliberativo da Centrus encaminhou à SPC o exp. CONSE-

2007/023, de 26.1.2007, comunicando a situação atual do referido Convênio, inclusive quanto ao encaminhamento ao patrocinador da minuta do 6º Termo Aditivo, com vistas à prorrogação das parcelas vencidas para 30.6.2007.

h) as receitas contabilizadas em 2006 foram de R$100 milhões.

6- Permanente: R$4 milhões

Os investimentos mantidos nesse item compreendem: Bens Móveis (R$ 1,4 milhões) e Diferido (R$ 2,8 milhão).

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Análise elaborada em fev/2007

7

7 – Provisões: R$606 milhões (7% do ativo)

As provisões registradas no balanço da Fundação, data base 31.12.2006, referiam-se aos seguintes itens/empresas:

a) totalmente provisionados – R$148 milhões

Banco Santos (R$36,4 milhões), Banco Crefisul (R$27,9 milhões), Crefisul Leasing (R$8,3 milhões), Iguaçu Celulose (R$46,2 milhões), Casa Anglo (R$15,8 milhões), Alcanorte (R$6,0 milhões), Álcalis (R$3,9 milhões), Inepar Telec. (R$2,5 milhões), SAM (R$0,3 milhão), Mesbla (R$0,2 milhão), AJ Renner (R$0,13 milhão) e Sueli A.C. Fernandes (R$0,04 milhão);

b) parcialmente provisionados – R$458 milhões

Contribuições Conveniadas a Receber (R$ 445 milhões), Aluguéis a Receber (R$ 3,3 milhões), Imóveis em Processo de Desapropriação (R$2,9 milhões) e Operações com Participantes (6,8 milhões).

LIMITE DE APLICAÇÕES Conforme exp. DIRAP/GETEC-2007/012, de 16.1.2007, a aplicação na Arcelor Brasil extrapolou o limite individual (art. 26, inciso I, alínea C, da Resolução CMN 3121) em 0,13%.

II - ANÁLISE CONTÁBIL – PASSIVO O PASSIVO registrou as seguintes variações no decorrer de 2006 (em R$ milhões):

PASSIVOVALOR % VALOR % NOMINAL %

CONTR.PES. A DEVOLVER 169 2 151 2 18 12 CONTR.PATR. A DEVOLVER 1.736 21 1.834 22 (98) (5) EXIGÍVEL CONTINGENCIAL 392 5 366 4 26 7 PROVISÕES MATEMÁTICAS 2.508 30 2.500 30 8 0 SUPERÁVIT TÉC. ACUMULADO 2.933 35 2.523 30 410 16 FUNDOS 554 7 442 5 112 25 - Fdo Anti-Seleção de Riscos 283 3 259 3 24 9 - Fdo Adm. Previdencial 267 3 179 2 88 49 - Fdo Reserva de Garantia 3 0 3 0 - - - Fdo Cobert. Resíduo Sdo. Dev. 1 0 1 0 - - OUTROS PASSIVOS 6 0 5 0 1 20 TOTAL 8.298 100 7.821 94 477 6

DEZ/06 (A) DEZ/05 (B) VARIAÇÃO (A/B)

1 - Contribuição Pessoal a Devolver: R$169 milhões

Representa o saldo a devolver aos participantes por força da Lei nº 9.650/98. Referido saldo é acrescido/reduzido pela variação patrimonial e pelas devoluções aos participantes.

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Análise elaborada em fev/2007

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2 - Contribuição Patronal a Devolver: R$1.736 milhões

Representa o saldo a devolver ao BACEN (Lei nº 9.650/98, Convênio BACEN-CENTRUS de 11.08.98 e Decreto nº 2.842/98).

3 – Contingências: R$392 milhões

Referem-se à provisão para o imposto de renda, PIS e COFINS para suportar a ação judicial em curso contra a perda de imunidade tributária e autos de infração lavrados pela Receita Federal e para a ação judicial AAFBC. As variações nessa rubrica decorrem da atualização mensal do valor pela taxa Selic, do provisionamento sobre as operações do mês e de reversão de parcelas excedentes ao limite de prescrição fiscal de 5 exercícios. Em dez/06, os saldos dessas provisões eram (em R$ milhões): IR (R$297), PIS e COFINS (R$91), ação judicial AAFBC (R$3).

4 – Provisões Matemáticas: R$2.508 milhões

Houve constituição de R$12 milhões no mês de dez/06, tendo sido registrado no ano de 2005 o valor de R$2.500, representando incremento de R$8 milhões no ano de 2006.

5 - Superávit Técnico Acumulado: R$2.933 milhões

Este título abriga o resultado acumulado da Fundação. O saldo de dez/05 era de R$2.523 milhões e foi aumentado em função do resultado positivo apurado durante o exercício de 2006, de R$410 milhões.

6 – Fundos: R$554 milhões

Os fundos são constituídos e ajustados mensalmente de acordo com as normas da SPC, tendo ocorrido acréscimo de R$ 112 milhões durante o exercício de 2006.

III - ANÁLISE DO ORÇAMENTO

O orçamento de custeio administrativo apresentou a seguinte situação no exercício de 2006 (R$ mil):

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Análise elaborada em fev/2007

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AprovadoReprogra-

maçãoOrçamento para o ano

(A) (B) (C)=(A+B) até mês ant. no mês no ano (D) (C - D) (D/C)Pessoal e Encargos 18.216 1.104 19.320 17.607 1.538 19.145 175 1%Serv. Terceiros 1.889 919 2.808 2.037 375 2.412 396 14%Desp. Gerais 3.705 -29 3.676 3.158 307 3.465 211 6%Depr./Amortizações 1.000 -280 720 504 86 590 130 18%Outras Despesas - - - - - - - -Despesas Orçamentárias 24.810 1.714 26.524 23.306 2.306 25.612 912 3%Desp. Não orçam. - - - 4.967 965 5.932 - - Despesas Administrativas 24.810 1.714 26.524 28.273 3.271 31.544 -5.020 -19%

Saldo a RalizarORÇAMENTO DO ANO

RealizadoRubrica

O orçamento foi aprovado pelo Voto Centrus 2004/058 e alterado durante o exercício de 2006 pelos votos 2006/035 e 2006/063. As despesas administrativas orçadas para o ano de 2006 representaram 0,30% do ativo da data-base de 31.12.2005 (R$7.821 milhões). No ano de 2006, as despesas realizadas corresponderam a 0,40% daquele ativo. Bônus Desempenho Conforme Voto CONSE-2006/002, de 16.3.2006, o Conselho Deliberativo instituiu o Plano de Remuneração Variável, que trata do pagamento anual do bônus de desempenho a empregados, servidores cedidos pelo Bacen, diretores e conselheiros da Centrus. O regulamento do referido plano foi apresentado com o Voto Centrus 2006/030, de 17.5.2006, e aprovado pelo Conselho Deliberativo na Ata nº 378, de 26.5.2006. No exercício de 2006, foi contabilizado o montante de R$ 1.257.279,41 na conta 523105200. Por meio do Relatório de Auditoria Deaud-2007/002, de 12.2.2007, a auditoria do Patrocinador registra, no Assunto 12, que: “A incorporação deste assunto no presente Relatório se justifica por se tratar de um fato de gestão relevante, embora não configure inobservância a dispositivos legais, regulamentares ou normativos, não merecendo recomendação por parte desta Auditoria.”

IV - RESULTADO DO EXERCÍCIO

A participação de cada Programa no comportamento do resultado apurado em 31.12.2006 pode ser representada pelo seguinte quadro (em R$ mil):

DISCRIMINAÇÃO P.PREV. P.ADMIN. P.INVEST. SOMAA- RECEITAS 196.244 18.515 1.517.637 1.732.396 B- DESPESAS 1.143.618 31.543 25.830 1.200.991 C- TRANSF. INTERPROG. (1.390.302) (101.580) 1.491.882 - D- PROVISÕES MATEM. 8.419 - - 8.419 E- FUNDOS 24.122 88.552 (75) 112.599 F- RESULTADO (F=A-B-C-D-E) 410.387 - - 410.387

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Análise elaborada em fev/2007

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Obs.: No quadro de Receitas e Despesas, o Programa de Investimento apresenta as receitas líquidas por carteiras (renda fixa , renda variável, etc.), que, no balancete analítico, são detalhadas por produtos (tít. do gov. fed., CDB etc.) e os resultados são demonstrados de forma líquida: “Rendas/Variações Positivas” (-) “Deduções/Variações Negativas”, de acordo com os critérios contábeis em vigor.

Resultado Acumulado

0500

1.0001.5002.0002.5003.0003.500

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Em

(R$

milh

ões)

V – RENTABILIDADE

A rentabilidade calculada pela variação do patrimônio, segundo a metodologia adotada pela Fundação, foi de + 21,41% em 2006 (+19,40% em 2005). Comparando-se a rentabilidade calculada no ano com outros ativos e índices (valores nominais), temos o seguinte quadro:

ÍNDICE VARIAÇÃO %

EM 2006 VARIAÇÃO %

EM 2005 RENTABILIDADE CENTRUS 21,41 19,40 IPC-A 3,14 5,69 IGP-M 3,83 1,21 IBOVESPA 32,93 27,70 DÓLAR COMERCIAL (8,66) (11,82) POUPANÇA 8,33 9,18 CDI 15,03 19,00 SELIC 15,08 19,05 Fontes: Centrus, Banco Central do Brasil

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Análise elaborada em fev/2007

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Rentabilidade em %

-40

-20

0

20

40

60

80

100

120

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Centrus Selic Ibovespa IPC-A

VI – COMENTÁRIOS

O ativo total da Centrus, no montante de R$8.298 milhões, teve variação nominal positiva de 6%, superando os índices de inflação medidos pelo IPC-A (3,14%) e pelo IGP-M (3,83%). A tendência de crescimento tem sido mantida desde o exercício de 2002. A composição básica do ativo em 31.12.2006 era de: renda fixa (40%), renda variável (44%) e contribuições conveniadas a receber (8%). O saldo das provisões representava 7% do ativo em 2006, contra 2% no ano anterior, em razão do provisionamento das parcelas relativas ao Convênio Centrus X Bacen. Quanto ao passivo, as parcelas mais representativas eram: provisões matemáticas (30%) e contribuição patronal a devolver (21%). A primeira manteve o mesmo nível de 2005, enquanto a segunda declinou 5% em relação ao mesmo período. O superávit acumulado, no valor de R$2.934 milhões, superava as provisões matemáticas em 17% na data-base sob comentário. Comparativamente ao ano de 2005, teve crescimento nominal de 16%. O item Reservas e Fundos representava 42% do total do passivo, estando ali incluído o valor do superávit. O resultado apurado em 2006 foi de R$410 milhões (R$888 milhões em 2005). Contribuíram para a formação desse superávit, basicamente, as receitas

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Análise elaborada em fev/2007

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líquidas da carteira de renda fixa (R$425 milhões) e de renda variável (R$981 milhões, destacando-se a valorização das ações em R$806 milhões). Os saldos das carteiras de renda fixa e de renda variável registrados no ativo em 31.12.2005 eram de R$2.982 milhões e de R$3.170 milhões, proporcionando retornos de receitas no exercício de 14% e de 31%, respectivamente. Esse desempenho positivo foi fortemente influenciado pela variação positiva da carteira de ações (Ibovespa de 32,93%) no ano de 2006. A rentabilidade patrimonial da Fundação tem se apresentado positiva desde o ano de 1999. Nos últimos três exercícios, a rentabilidade apurada foi de 30,6%, 19,4% e 21,4%, períodos em que a bolsa de valores (Ibovespa) apresentou variações positivas de 17,8%, 27,7% e 32,9%, respectivamente. No exercício de 2006, a rentabilidade calculada pela Centrus (32,9%) superou todos indicadores financeiros, exceto o Ibovespa.

VII - OUTRAS INFORMAÇÕES a) População abrangida: participantes = 114 (designados = 196); assistidos =

1.012 (designados = 1.564); e beneficiários de pensões = 689. b) Reserva "per capita": R$5.084 mil em 31.12.2006 e R$4.617 mil em

31.12.2005.

c) foi encaminhado ao Conselho Fiscal o exp. PRESI-2007/002, de 22.1.2007, com o Relatório da Auditoria Interna – 2006/002, que trata de compras e contratações de bens e serviços, e contempla prazos para o atendimento das recomendações.

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Departamento de Auditoria Interna – Deaud

RELATÓRIO DE AUDITORIA Relatório .............................................. : 2007/002, de 12.2.2007 Entidade auditada................................ : Centrus Entidade recomendada........................ : Centrus Discussão do resultado da auditoria . : Diretoria da Centrus Sistema : AUDITORIA NA FUNDAÇÃO BANCO CENTRAL DE PREVIDÊNCIA

PRIVADA – CENTRUS – Demonstrações financeiras de 2006

Em cumprimento ao Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna para o exercício 2007, aprovado pela Diretoria Colegiada, conforme Voto BCB 388/2006, e de acordo com o expediente Deaud/Gabin-2007/0028, de 15.1.2007, apresentamos o Relatório de Auditoria relativo aos trabalhos realizados na Fundação Banco Central de Previdência Privada (Centrus), no período de 15.1 a 2.2.2007.

Objetivos do trabalho

O trabalho de auditoria teve como objetivos: • confirmar a adequação dos registros e dos saldos contábeis das demonstrações

financeiras encerradas em 31.12.2006, nos seus aspectos relevantes; • expressar opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis, quanto aos

seus aspectos relevantes, apresentada sob a forma de parecer complementar ao relatório;

• verificar a observância à legislação e às normas que regulam os procedimentos

contábeis e às que definem as diretrizes para aplicação dos recursos garantidores do plano de benefícios;

• confirmar a observância a dispositivos legais e normativos relacionados com o limite

das despesas administrativas, a aplicação dos recursos da fração patrimonial a devolver ao Banco Central, o limite de contribuição da patrocinadora e a cessão de pessoal pela patrocinadora; e

• avaliar a regularidade das dívidas existentes entre patrocinadora e patrocinada.

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Escopo dos trabalhos Para a consecução dos objetivos do trabalho, foram empregados os

seguintes procedimentos de auditoria:

• apreciação das atas de reunião do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva relativas ao ano de 2006;

• análise dos relatórios dos auditores independentes relativos ao primeiro, segundo e

terceiro trimestres de 2006; • apreciação da composição das contas patrimoniais, com posição em 31.12.2006; • exame da documentação relativa às transações julgadas relevantes e necessárias

para a compreensão das operações referentes ao exercício de 2006; • verificação da uniformidade dos procedimentos contábeis adotados; • análise da evolução das contas de resultado, com identificação dos fatos

relevantes ocorridos durante o ano de 2006; • verificação da observância às diretrizes estabelecidas pelos órgãos reguladores

para aplicação dos recursos; • confirmação da observância aos dispositivos legais e normativos relacionados com

o limite das despesas administrativas, a aplicação dos recursos da fração patrimonial a devolver ao Bacen, o limite de contribuição da patrocinadora e a cessão de pessoal pela patrocinadora; e

• análise das dívidas existentes entre patrocinadora e patrocinada, na posição de

31.12.2006. Avaliação geral

Os exames realizados, com base nas técnicas e nos procedimentos

utilizados na área de auditoria, permitem concluir, em relação à adequação dos registros contábeis, que as seguintes questões merecem ser tratadas, algumas já contempladas em outros relatórios de auditoria:

• indefinição em relação aos casos de repactuação e de cobrança de eventuais

resíduos para os contratos transferidos da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), ocasionando a acumulação de pendências contábeis (questão tratada no Relatório de Auditoria 2003/001);

• não constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa para os casos de

adiantamentos para cobrir saldo de benefícios encerrados e classificados como de “difícil recuperação” (questão tratada no Relatório de Auditoria 2005/004);

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• inconsistência no saldo da conta 211.802047, representativas de créditos de

terceiros (questão tratada no Relatório de Auditoria 2005/004); • não realização de análise da origem das ocorrências que determinaram a existência

de valores pendentes de realização junto ao INSS (questão tratada no Relatório de Auditoria 2005/004);

• não consideração do parecer atuarial na constituição do Fundo de Reserva de

Garantia (questão tratada no Relatório de Auditoria 2006/002); • não identificação dos valores passíveis de ressarcimento, referentes aos

desembolsos para defesa de dirigentes e conselheiros (assunto 2); • distorção dos valores relativos a créditos em execução (assunto 3); • valores bloqueados judicialmente e classificados indevidamente como “disponível”

(assunto 4); • inconsistência no cálculo da depreciação dos imóveis (assunto 5); • desatualização do valor do ativo relativo a “imóvel desapropriado” (assunto 6); • inexistência de mecanismos de controle sobre os valores “antecipados” a

empreendimentos nos quais tem participação (assunto 7); e • insuficiência de provisão para perdas e divergência entre os registros contábeis e

operacionais, no caso dos valores a receber a título de aluguéis (assunto 8). Em princípio, os assuntos acima não têm representatividade material para

comprometer a consistência dos saldos das demonstrações financeiras da Centrus na data-base de 31.12.2006, nos seus aspectos relevantes, apesar de evidenciarem problemas de controle interno e divergências que merecem correções.

Cabe ressaltar, porém, que permanece a indefinição sobre a realização

dos valores relativos ao convênio firmado em 11.8.1998 entre o Banco Central e a Fundação, conforme destacado no assunto 1, o que pode representar uma distorção relevante das informações contábeis.

Em relação à observância aos dispositivos legais e normativos,

destacados na seção “objetivos do trabalho”, constatou-se sua regularidade, exceto em relação às seguintes questões:

• não implementação do controle do preço de mercado para operações de compra ou

venda de títulos e valores mobiliários do segmento de renda fixa, previsto na Resolução 21/2006 do Conselho de Gestão da Previdência Complementar - CGPC (assunto 9);

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• desenquadramento em relação à Resolução 3.121/2003 do Conselho Monetário Nacional (CMN), no tocante ao excesso de aplicação em ações da Arcelor (assunto 10); e

• inobservância ao limite de 15% das receitas previdenciais para o comprometimento

com despesas administrativas, conforme disposto no artigo 42 da Resolução MPAS/CPC 1/78 (assunto 11).

Embora não represente divergência contábil ou infringência a dispositivos

legais, regulamentares ou normativos e nem seja objeto de recomendação específica, cabe ressaltar a implementação, em 2006, do Plano de Remuneração Variável da Fundação, fato julgado relevante a ser levado ao conhecimento do representante da patrocinadora (assunto 12).

Por fim, particularmente em relação ao controle interno, destacamos duas questões consideradas relevantes:

• assunção de atividades operacionais por parte da Auditoria Interna, comprometendo

sua independência técnica (assunto 13); e • necessidade de aperfeiçoamento dos controles da gestão dos imóveis destinados a

renda (assunto 14). 1 - Assunto: Indefinições quanto às Contribuições Conveniadas a Receber Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

A conta 121.198100 registra o montante de R$651.206 mil, decorrente de Convênio celebrado em 11.8.1998 e aditivos, entre a Centrus e o Bacen, para a centralização do pagamento das devoluções e complementações de aposentadorias e pensões, sob o Regime Geral de Previdência Social.

Desde o Relatório 2002/001, este Deaud vem destacando divergências

nos valores reconhecidos entre as duas entidades. De início, a questão tinha por base a diferença no valor dos encargos financeiros calculados pela Centrus e pelo Bacen, em razão de divergência na metodologia de cálculo utilizada pelas instituições.

Desde então, no entanto, foram destacadas várias outras questões

relacionadas ao citado convênio que sobrepujaram o problema inicial, resultando no questionamento, por parte do Diretor de Administração do Bacen1, quanto à legitimidade da dívida.

Por meio do Parecer PGBC-187/2006, de 17.7.2006, e do Despacho

PGBC-3723/2006, de 27.7.2006, a Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil (PGBCB) concluiu pela improcedência da dívida do Bacen para com a Fundação, propondo que “seja interrompida a transferência à Centrus de qualquer outra parcela 1 Nota Dirad de 2.5.2006

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relacionada com o referido convênio, ressalvada a hipótese de eventual provimento específico do Poder Judiciário”. A Diretoria Colegiada foi cientificada desse entendimento, por meio da Comunicação BCB 233/2006, de 9.8.2006.

Esse posicionamento do Bacen a respeito do Convênio foi comunicado à

Centrus, por meio do expediente Diret-2006/1014, de 4.9.2006, destacando que “esta Organização entende, tendo como base as análises técnicas e os parâmetros disponíveis, que deve interromper o repasse de recursos à Centrus por conta do Convênio celebrado em 11.8.1998, uma vez que o compromisso financeiro deste patrocinador em relação ao Plano de Benefícios administrado por essa Entidade foi cumprido, com a constituição das reservas necessárias ao custeio das despesas dele decorrentes”.

Na seqüência, foram retomadas as discussões entre o Bacen e a

Fundação sobre as condições do Convênio, no sentido de se avaliar a possibilidade de se construir uma proposta que pudesse atender aos interesses das partes envolvidas, inclusive com a constituição de um Grupo de Trabalho (GT), por meio da Portaria 37.186, de 14.11.2006.

O relatório do GT apontou algumas alternativas negociais, ressalvando, no

entanto, que uma eventual negociação em relação aos critérios utilizados para a apuração do saldo devedor da obrigação conveniada pressupõe o exame, pela PGBCB, dos contra-argumentos jurídicos levantados pela assessoria da Fundação.

Conforme destacado no Voto Centrus 2006/069, de 14.12.2006, a

discussão ainda está evoluindo no âmbito do Banco Central, não recebendo um posicionamento definitivo. Em razão dessa indefinição e em decorrência de um questionamento do Conselho Fiscal da entidade, o Conselho Deliberativo da Fundação aprovou, por meio do Voto Centrus 2006/069, a constituição de provisão, no valor de R$445.167 mil, para ajustar o montante da dívida objeto do Convênio aos termos da decisão anteriormente firmada no Voto Centrus 2006/046, que foi uma das possibilidades estudadas no Grupo de Trabalho já citado.

Diante do exposto, fica evidenciado que persiste a indefinição quanto à

possibilidade de realização dos recursos contabilizados. A prevalecer a interpretação destacada na comunicação do Bacen, por meio do expediente Diret-2006/1014, de 4.9.2006, as demonstrações contábeis da Centrus estariam apresentando valores relevantes sem perspectivas de realização.

Tendo em vista que a questão já está sendo tratada nos mais altos níveis

decisórios das instituições - a Diretoria Colegiada do Bacen e o Conselho Deliberativo da Centrus -, não será objeto de recomendação específica. O Deaud acompanhará o desenrolar da questão por meio das auditorias anuais de exame das demonstrações financeiras.

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2 - Assunto: Não identificação dos valores passíveis de ressarcimento, referentes aos desembolsos para defesa de dirigentes e conselheiros

Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

Até dezembro de 2005, o art. 124 do Regimento Interno da Fundação estabelecia que a Centrus era responsável pelo adiantamento dos valores necessários à defesa de membros do Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva, nos casos de procedimentos judiciais ou extrajudiciais movidos contra eles. Estabelecia, adicionalmente, que a condenação judicial do custeado, com trânsito em julgado, em face de atos considerados ilegais ou irregulares no exercício de suas funções, daria à Centrus o direito de reembolso de todos os valores adiantados. Com base nesse dispositivo, os valores eram registrados como adiantamentos (em conta de ativo), enquanto se aguardava a decisão final.

Em 16.12.2005, foi aprovada a revisão dos termos do art. 124 do

Regimento, ficando estabelecido que a Centrus seria responsável pelo pagamento integral dos valores decorrentes de procedimentos judiciais ou extrajudiciais de defesa de atos dos conselheiros e dirigentes, não cabendo o ressarcimento de tais valores à Fundação, ainda que na hipótese de condenação do interessado, após sentença judicial com trânsito em julgado. Com base nessa alteração, os valores que já estavam contabilizados como adiantamentos foram baixados para contas de resultado e os novos desembolsos passaram a ser tratados como despesas, com exceção do valor equivalente a 30% de multa aplicada a dois ex-diretores pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC), em auto de infração, que foi registrado como "caução para recurso".

Ocorre que, em 28.4.2006, o Conselho Deliberativo, em resposta à

Recomendação 002/2006-PP-PRDF do Ministério Público, aprovou nova alteração do art. 124, particularmente do parágrafo 8º, que passou a vigorar com a seguinte redação: "Todos os custos enunciados no parág. 2º deste artigo não serão objeto de ressarcimento à Centrus, ainda que na hipótese de condenação, após sentença judicial com trânsito em julgado, salvo nos casos em que ficar comprovada a ocorrência de dolo ou má fé (grifo nosso)".

Como se percebe, a nova redação cria a possibilidade de ressarcimento

dos valores pagos, mas a Centrus continua a registrar os desembolsos diretamente como despesa. Essa forma de registro dificulta a identificação dos recursos que podem ser objeto de ressarcimento, dependendo dos termos finais do processo decisório, além de não reconhecer contabilmente a possibilidade de reversão desses recursos. Recomendação

Recomendamos à Centrus identificar os valores desembolsados para a defesa de conselheiros e diretores, em procedimentos judiciais ou extrajudiciais, e registrá-los em contas patrimoniais, tendo em vista a possibilidade de reembolso. Caso a análise de cada situação justifique, deve ser constituída provisão. Ficou acordado o prazo até 30.6.2007 para que o Deaud seja comunicado das providências adotadas.

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3 - Assunto: Distorção dos valores relativos a créditos em execução Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

Em caso de inadimplência nas operações de empréstimos e

financiamentos, o último estágio de cobrança consiste no ajuizamento de ações de execução. Nesse momento, o saldo devedor, apurado de acordo com as condições contratadas, é a base para a cobrança judicial. A partir de então, submete-se aos critérios de atualização reconhecidos pela justiça.

Em relação a esses valores, registrados na conta "124.402040 - Contratos

Vencidos", os testes realizados demonstraram que: a) a partir do ajuizamento da ação, os saldos devedores não foram atualizados,

embora, de acordo com a Consultoria Jurídica (Cojur), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) disponibilize, em sua página na internet, as informações necessárias para fazê-lo;

b) a provisão constituída para perdas não guarda relação com o valor da garantia em

execução, conforme preceitua o Voto Centrus 2003/044, de 18.11.2003; e c) os registros contábeis não evidenciam fatos relevantes ocorridos nos processos em

andamento, que afetam as perspectivas de realização dos ativos.

Como exemplo dessas questões, pode-se destacar: • a operação de financiamento imobiliário contratada pelo sr. João Lúcio Caixeta

apresenta, em 31.12.2006, saldo contábil no montante de R$8 mil, com R$4 mil provisionado para perdas. A inconsistência dos valores registrados fica evidenciada tanto pelo fato de o valor atualizado da causa ser de R$30 mil, conforme relatório “Processos completos” obtido junto à Cojur, quanto pelo valor do imóvel ser de R$150 mil, de acordo com a avaliação pericial, o que é suficiente para a recuperação do crédito; e

• a operação do mutuário Luiz Eduardo da Silva apresenta um saldo contábil de R$30

mil, com R$2 mil provisionado para perdas. A partir da análise do processo, constatou-se que o valor atualizado, de acordo com os parâmetros judiciais, conforme planilha apresentada pela Cojur, era de R$54 mil. Além disso, cabe destacar que o imóvel objeto de execução foi arrematado por R$53 mil em dezembro de 2006, valor este que se encontra depositado em juízo.

A não atualização do principal referente aos créditos em execução,

associada à distorção no valor da provisão, resulta em valores inoportunos e inconsistentes, comprometendo a informação contábil no que tange ao seu valor de realização, além de não atender ao disposto no Voto Centrus 2003/044 e ao princípio contábil da oportunidade.

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Recomendação

Recomendamos à Centrus revisar os casos registrados na conta "124.402040 - Contratos Vencidos", de forma que os valores contábeis retratem a realidade dos fatos. Ficou acordado o prazo até 31.10.2007 para a adoção das providências. 4 - Assunto: Valores bloqueados judicialmente e classificados indevidamente como

“disponível” Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

As contas representativas de "disponibilidades" devem registrar apenas os valores que possuem liquidez imediata. Foi constatado, no entanto, que, dos valores registrados em “Bancos Conta Movimento”, R$46 mil estão bloqueados por determinação judicial desde 9.6.2006, não atendendo ao requisito de liquidez imediata. Recomendação

Recomendamos à Centrus reclassificar os valores referentes a depósitos judiciais, tendo em vista que não apresentam os requisitos necessários para serem considerados como disponíveis, ficando acordado o prazo até 30.6.2007 para sua efetivação. 5 - Assunto: Inconsistência no cálculo da depreciação dos imóveis Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

Conforme estabelece a Resolução CGPC 5/2002, anexo E, item 10, letra “h”, "a depreciação incidirá sobre o novo valor reavaliado e será calculada de acordo com o prazo de vida útil remanescente, constante do laudo de avaliação e/ou reavaliação.”

Na análise dos valores apurados pela Fundação a título de depreciação do

ano de 2006 não foi considerado, para o cálculo, o mês de julho. A Centrus promoveu a reavaliação dos imóveis em junho, porém a depreciação só foi considerada a partir do mês agosto, o que gerou uma diferença de R$626 mil.

A não consideração do mês de julho no cálculo da depreciação distorce os valores registrados na contabilidade da Centrus, além de não estar em conformidade com as boas práticas contábeis. Recomendação

Recomendamos à Centrus ajustar o valor da depreciação, considerando o mês de julho de 2006, ficando acordado o prazo até 30.6.2007 para sua efetivação.

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6 - Assunto: Desatualização do valor do ativo relativo a “imóvel desapropriado” Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

A conta 124.398000 registra o valor do imóvel que foi objeto de ação expropriatória, por parte da União Federal, declarando o bem como de "utilidade pública, para fins de desapropriação". Em 2.1.2002, a União efetuou, judicialmente, o depósito de R$5.147 mil, correspondente ao valor venal atualizado atribuído pela Prefeitura Municipal de Campinas, para efeito do lançamento do IPTU, e posteriormente, em 14.1.2002, emitiu o Auto de Imissão na Posse Provisória.

Do ponto de vista contábil, foi emitida, em 4.12.2003, a Nota Técnica

Presi-Audit-2003/011, recomendando a constituição de provisão para perda, a partir dos seguintes parâmetros:

Valor da avaliação, em nov/2003, dos pavimentos de propriedade da Centrus ......... 9.014 mil

(-) Valor originalmente depositado em juízo pela União, em 2.1.2002 ....................... - 5.147 mil

(-) Atualização monetária do depósito - índice da caderneta de poupança ................ - 1.009 mil

= Provisão para perda ................................................................................................. 2.858 mil

Em junho de 2006, em resposta a questionamento da Gerência de

Contabilidade, a Cojur se manifestou conclusivamente sobre o aspecto da propriedade, afirmando que o imóvel continua sendo de propriedade da Centrus, até que seja concluída a discussão sobre o valor justo da indenização pela expropriação. Aventa, inclusive, a possibilidade de o próprio processo de expropriação ser revertido. Por essa razão, recomenda a manutenção do bem como ativo da Fundação, no Programa de Investimentos.

Se em relação à manutenção do registro do ativo, a manifestação jurídica

dirimiu as dúvidas suscitadas, resta a discussão sobre o valor que retrata adequadamente o ativo. O critério adotado em dezembro de 2003 para calcular a provisão para perdas, tinha por objetivo deixar o valor líquido compatível com o valor atualizado do depósito judicial.

Ocorre que o valor da provisão não foi revisado desde 2003, embora

neste período tenham ocorrido os seguintes eventos:

a) o valor do imóvel tenha sido revisado, em função da reavaliação realizada em junho de 2006;

b) a depreciação acumulada tenha sido impactada tanto pela reavaliação em si quanto

pelas apropriações mensais; e c) o valor do depósito judicial tenha sido atualizado pela remuneração básica da

caderneta de poupança, ou seja, a TR, conforme prevê a Lei 9.289/97, art. 11, parágrafo 1º.

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Dessa forma, o valor registrado contabilmente não mais representa o valor

líquido depositado judicialmente - critério definido na Nota Técnica Presi-Audit-2003/011. Recomendação

Recomendamos à Centrus proceder à atualização sistemática da provisão para perdas relativa à conta representativa de imóvel desapropriado, de forma que o valor líquido represente sempre o montante atualizado do depósito judicial (observando-se o critério de atualização previsto na Lei 9.289/97), ficando acordado o prazo até 31.10.2007 para sua efetivação. 7 - Assunto: Inexistência de mecanismos de controle sobre os “valores antecipados” a

empreendimentos nos quais tem participação Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

A conta 124.304016 registra “Valores Antecipados” pela Fundação para alguns empreendimentos nos quais tem participação: Condomínio Shopping ABC, no valor de R$2.219 mil; e Condomínio DC Navegantes, no valor de R$37 mil.

Foi constatado que a área gestora não dispõe de controles operacionais

que permitam a conciliação desses recursos, comprometendo o acompanhamento e a verificação da conformidade dos valores realizáveis.

No caso específico dos adiantamentos ao Shopping ABC, cabe ressaltar,

adicionalmente, que os recursos “antecipados” pela Fundação vêm evoluindo sistematicamente, em razão, segundo a área operacional, de problemas de fluxo de caixa do condomínio.

Em novembro de 2004, os aportes somavam R$2.089 mil e o propósito

era que o saldo fosse amortizado pelo acerto de contas entre o valor de aluguel devido à Centrus e o valor do condomínio ou obras a ser pago pela Fundação. Como o confronto desses recursos é sistematicamente favorável à Centrus e a administração do empreendimento não efetua esse pagamento, a diferença é registrada contabilmente como “nova antecipação”. Dessa forma, torna-se discutível a probabilidade de realização desses valores. Recomendação

Recomendamos à Centrus:

a) instituir mecanismo de controle operacional dos recursos “antecipados” pela Fundação, de forma a propiciar a conciliação com os registros contábeis e o acompanhamento dos ativos realizáveis; e

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b) realizar estudos quanto à possibilidade de realização dos valores “antecipados” ao Shopping ABC, tendo em vista o comportamento atualmente apresentado.

Ficou acordado o prazo até 30.6.2007 para que o Deaud seja informado

das providências adotadas. 08 - Assunto: Insuficiência de provisão para perdas e divergência entre os registros

contábeis e operacionais, no caso dos valores a receber a título de aluguéis

Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

O exame das contas representativas de aluguéis a receber revelou os seguintes problemas: a) insuficiência dos valores provisionados para perda em relação ao locatário Ava

Stada, que está em atraso desde junho de 2003, mas para o qual ainda há valor não provisionado;

b) não constituição de provisão para perdas de valores a receber do locatário Novasoc

Comercial (R$134 mil), em atraso desde janeiro de 2005; c) não constituição de provisão para perdas de valores a receber do locatário Estok

Comércio (R$503 mil), cuja origem remonta a novembro de 2005, por conta de divergências quanto ao valor do reajuste do aluguel. Como desde então o locatário vem pagando valores a menor do que o requerido pela Centrus, este valor vem se acumulando;

d) embora já sejam caracterizados como aluguéis em atraso, os valores não

provisionados destacados nas letras “a”, “b” e “c” não foram transferidos para a conta representativa de “Aluguéis em Atraso” – 124.303037; e

e) diferença entre os controles gerenciais e contábeis quanto ao valor de aluguéis em

atraso referente ao locatários Hi-Tech Sistemas de Informática e Boucinhas. Como atenuante, cabe ressaltar que esses valores estão totalmente provisionados para perda.

As situações descritas nas letras “a”, “b” e “c” distorcem os registros

contábeis e contrariam a determinação do art. 31 do anexo E da Resolução CGPC 5/2002, quanto aos critérios para constituição de provisão referente aos direitos creditórios.

Quanto ao disposto nas letras “d” e “e”, os problemas descritos

comprometem a adequada interpretação dos registros contábeis, além de demonstrar a fragilidade do controle interno.

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Recomendação

Recomendamos à Centrus ajustar a provisão para créditos de liquidação duvidosa da carteira de aluguéis nos termos da Resolução CGPC 5/2002, registrar na conta específica os valores em atraso e promover a conciliação entre os registros contábeis e operacionais, ficando acordado o prazo até 30.6.2007 para que o Deaud seja comunicado das providências adotadas. 9 - Assunto: Não implementação do controle do preço de mercado para operações de

compra ou venda de títulos e valores mobiliários do segmento de renda fixa

Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

A Resolução CGPC 21/2006, determinou que as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) devem observar, a partir de janeiro de 2007, nas operações de compra ou venda de títulos e valores mobiliários do segmento de renda fixa, realizadas em mercado de balcão, critérios de apuração do valor de mercado ou intervalo referencial de preços máximos e mínimos dos ativos financeiros.

Ainda de acordo com a Resolução, a EFPC deve acompanhar as

operações realizadas, por meio de carteira própria, carteira administrada ou fundos de investimentos exclusivos, no intuito de demonstrar se o preço efetivamente negociado está dentro dos parâmetros de mercado. Quando ocorrer o contrário, deve ser elaborado, no prazo de dez dias, relatório circunstanciado a ser apreciado pelo Conselho Fiscal.

Durante a realização dos trabalhos, foi constatado que a Centrus ainda

não implementou os controles exigidos na Resolução, embora a Mesa de Operações já esteja testando um sistema eletrônico de negociação, o Sisbex2. Para o caso dos fundos de investimentos exclusivos, estuda-se a possibilidade de inserir a obrigatoriedade, no regulamento do fundo, de que todas as operações realizadas sejam feitas eletronicamente. Também estão sendo realizados estudos para se avaliar a possibilidade de se realizar esse controle a partir da base de dados da Andima3.

A não implementação do controle exigido pelo CGPC, além de configurar inobservância ao dispositivo normativo, dificulta o acompanhamento das negociações realizadas. Recomendação

Recomendamos à Centrus concluir a implementação do controle exigido na Resolução CGPC 21/2006, ficando acordado o prazo até 30.6.2007 para sua efetivação. 2 Sistema de Negociação de Títulos Públicos e de outros Ativos. 3 Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto.

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10 - Assunto: Desenquadramento à Resolução CMN 3.121/2003 Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

O exame geral do enquadramento dos investimentos da Centrus demonstrou que a alocação dos recursos aplicados pela Fundação está em conformidade com os limites gerais estabelecidos pela Resolução CMN 3.121/2003, à exceção dos valores aplicados em ações da Arcelor, cujo percentual alocado pela Centrus extrapola em 0,13% o limite permitido de 10% dos recursos garantidores.

Cabe salientar que o desenquadramento ora identificado não decorreu da

compra de novas ações da companhia, mas da valorização destes papéis. Destacamos, ainda, que diante da pouca magnitude do percentual

extrapolado, bem como pelo fato de que o reenquadramento poderá ocorrer pelas dinâmicas próprias do mercado, esse fato não será objeto de recomendação específica por parte desta Auditoria. A situação será acompanhada nos próximos trabalhos. 11 - Assunto: Inobservância ao limite de despesas administrativas Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

O artigo 42 da Resolução MPAS/CPC 1/78 estabelece o limite de 15% sobre o total das receitas previdenciais para as despesas administrativas. Esse parâmetro vem sendo ultrapassado pela Centrus, conforme demonstrado no quadro a seguir:

Em R$ mil

Exercício Receitas Previdenciais

(A)

Despesas Administrativas

(B)

Relação

(B/A)

Excesso s/ limite

2000 43.502 12.201 28,05% 13,05% 2001 44.759 13.789 30,81% 15,81% 2002 45.165 15.561 34,45% 19,45% 2003 49.534 17.416 35,16% 20,16% 2004 39.730 20.653 51,99% 36,99% 2005 27.561 22.432 81,39% 66,39% 2006 28.694 25.613 89,26% 74,26%

Obs: Do valor das receitas previdenciais é excluída a remuneração de contribuições conveniadas. Por outro lado, dos gastos registrados como despesas administrativa são excluídas as contribuições parafiscais, PIS e Cofins, por não ter relação com custeio administrativo.

Essa situação é determinada por questões como:

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a) a decisão judicial que enquadrou os servidores do Banco Central do Brasil ao Regime Jurídico Único – Lei 8.112/90 -, provocando a redução das contribuições patronais e pessoais à Fundação;

b) a redução das contribuições patronais e pessoais em função das revisões do plano,

particularmente a ocorrida durante o ano de 2004; e c) o aumento persistente das despesas administrativas desde 1998, registrando um

crescimento médio de 12,70% ao ano desde 2000, sendo que no último exercício o crescimento foi de 14,18%.

Com isso, a relação entre as despesas administrativas e as receitas

previdenciárias, que no ano 2000 era da ordem de 28,05%, atingiu em 2006 a proporção de 89,26%.

Particularmente em relação ao aumento das despesas administrativas em

14,18% no último exercício, cabe ressaltar que esse comportamento é decorrente, basicamente, das seguintes questões:

(i) as despesas com pessoal e encargos variaram de R$15.665 mil para R$19.145 mil,

o que equivale a um aumento de 22,22%, influenciado, entre outras questões, pelo pagamento do bônus de desempenho referente ao ano de 2005; e

(ii) as despesas com serviços de terceiros aumentaram de R$1.702 mil para R$2.412

mil, o que equivale a um aumento de 41,72% (parcela relevante desses recursos, R$876 mil, refere-se a honorários advocatícios), influenciado, em parte, pela reclassificação para esse grupo, das despesas com manutenção de bens móveis e imóveis.

Em 20.12.2004, por meio do expediente Presi-2004/288, a Centrus

formalizou consulta à SPC acerca do excesso desse limite, tendo em vista suas especificidades, sendo que até a realização dos testes, aquela Secretaria não havia se manifestado a respeito. Por essa razão, esse fato não será objeto de recomendação específica, embora mereça destaque a curva ascendente das despesas administrativas da Fundação nos últimos exercícios. 12 - Assunto: Instituição de Plano de Remuneração Variável Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

No tocante às despesas com pessoal, cabe ressaltar, como fato relevante ocorrido durante o ano de 2006, a aprovação, pelo Conselho Deliberativo, do Voto CONSE-2006/002 que instituiu o Plano de Remuneração Variável, que consiste no pagamento de bônus de desempenho aos empregados, aos servidores cedidos, aos diretores e aos conselheiros, tendo por referência o trabalho realizado pela consultoria Mercer Human Resource Consulting. Em 26.5.2006, o Conselho Deliberativo aprovou, por meio do Voto Centrus 2006/030, o regulamento do Plano.

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Pelo modelo aprovado, destacam-se as seguintes questões: a) o Plano entra em vigência em 2006, com o primeiro pagamento a ser realizado a

partir de 2007, após a aprovação das contas do exercício anterior; b) os parâmetros de avaliação terão por base o nível de realização do Superávit

Técnico Anual Ajustado, comparativamente ao valor orçado para o exercício, e os resultados de avaliação de desempenho (modelo de competências) dos empregados e servidores cedidos;

c) o montante desembolsado poderá ser de até três folhas de pagamento, distribuído

de acordo com o nível hierárquico e os resultados da avaliação de desempenho da Fundação (superávit técnico) e dos profissionais (modelo de competências - avaliação de desempenho); e

d) as metas para concessão do bônus serão calculadas levando-se em consideração

os diversos níveis hierárquicos e o resultado da avaliação de desempenho (da Fundação e dos profissionais) e serão expressos em múltiplos de salários mensais, podendo alcançar até oito salários, no caso do Diretor-Presidente.

Como o Plano entrou em vigência a partir de 2006, o pagamento dos

bônus de desempenho referente ao ano de 2005 foi deliberado pelo Conselho Deliberativo, nas reuniões de 24.3 e 28.4.2006, equivalente a quatro vezes, duas vezes, uma vez e meia e uma vez a remuneração mensal, respectivamente a diretores, gerente e equivalentes, chefes de setor e demais empregados/conselheiros.

A incorporação deste assunto no presente Relatório se justifica por se

tratar de um fato de gestão relevante, embora não configure inobservância a dispositivos legais, regulamentares ou normativos, não merecendo recomendação por parte desta Auditoria. 13 - Assunto: Assunção de atividades operacionais por parte da Auditoria Interna Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

As Normas Internacionais para o Exercício Profissional da Auditoria Interna, editadas pelo The Institute of Internal Auditors (IIA) e referendadas nacionalmente pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra), estabelecem como um dos requisitos básicos para o desempenho da atividade, o conceito de "independência".

A Resolução CGPC 13/2004, ao estabelecer os princípios, as regras e as

práticas de governança, de gestão e de controles internos a serem observados pelas entidades fechadas de previdência complementar, também reforça essa premissa, ao dispor, no art. 6º, que o Conselho Deliberativo poderá instituir auditoria interna "para avaliar de maneira independente os controles internos da EFPC".

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Como requisito para essa "independência", estabelece-se a vinculação ao mais alto nível decisório dentro da organização4 e a não realização de atividades operacionais que devam ser objeto de exame posterior por parte da própria área de auditoria interna.

Particularmente em relação à assunção de responsabilidades operacionais

por parte da área de auditoria interna da Fundação, destacamos as seguintes questões:

a) a previsão, no Plano de Alienação de Imóveis, aprovado pelo Voto Centrus 2006/026, de que no caso de alienação com pagamento a prazo, a Diretoria solicitará o concurso da Auditoria Interna, com vista a verificar a capacidade financeira do(s) comprador(es) do imóvel; e

b) a elaboração de proposta de modelo para implantação de um plano de remuneração

variável, inclusive com a definição de critérios para a distribuição de bônus de desempenho, por meio da Nota Técnica Presi/Audit-2005/0285, embora esse seja um assunto eminentemente de responsabilidade da área de recursos humanos.

A assunção de responsabilidades operacionais compromete a

independência e o caráter crítico que se espera da Auditoria Interna, na medida em que essa passe a avaliar atividades das quais participa. Recomendação

Recomendamos ao Conselho Deliberativo delimitar a atuação da Auditoria Interna às atividades relacionadas às responsabilidades técnicas inerentes, sem a assunção de responsabilidades operacionais que comprometam sua independência. Ficou acordado o prazo até 30.6.2007 para que o Deaud seja comunicado da decisão. 14 - Assunto: Necessidade de aperfeiçoamento dos controles da gestão dos imóveis

destinados a renda Evidências - Resultado da Avaliação do Controle Interno e dos Testes Aplicados

A carteira de investimentos imobiliários da Centrus está dividida em

edificações de uso próprio, locadas a terceiros, participações em shopping centers, direitos de alienação de investimentos imobiliários e outros investimentos. Na data base de 31.12.2006, representava 4,82% do Programa de Investimento, totalizando R$367 mil. É composta por 61 unidades, distribuídas da seguinte forma:

4 Questão já tratada pelo Deaud no Relatório de Auditoria 2006/030. 5 Ao apreciar a proposta, o Conselho Deliberativo optou por contratar empresa especializada para elaborar parecer técnico sobre o assunto.

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Tipo Quantidade Escritórios 26 Lojas 9 Loja de Departamento 1 Prédios 4 Salas 18 Participação em Shopping 3 Total 61

Fonte: Planilha Gelog Imóveis Propriedade Centrus

Relativamente à gestão dos investimentos imobiliários, atividade de responsabilidade da Gerência de Logística, vinculada à Diretoria de Controle e Logísticas (Diaco), destacam-se os seguintes tópicos:

• Controle dos Imóveis de propriedade da Centrus

O controle dos imóveis de propriedade da Centrus é feito por meio de

planilha Excel, onde constam as seguintes informações: número do patrimônio; endereço; datas de aquisição e da última avaliação; descrição básica do imóvel; área construída e útil; valor contábil; locatário/administradores; vigência do contrato; aluguel recebido; situação; e rentabilidade. Na análise da planilha, foi constatado que, em determinados casos, não há vinculação de unidade de garagem a uma sala específica. Como exemplo, para o patrimônio 91.286, estão distribuídas seis vagas de garagem, sem a especificação dos registros desses imóveis “vinculados”.

Segundo informações da área operacional, os dados dos imóveis

deveriam ter sido migrados para o Sistema Benner. Entretanto, problemas operacionais estão impedindo a finalização da migração, como por exemplo, o fato de o sistema não aceitar os casos nos quais um determinado imóvel está alugado para locatários diferentes. Verificou-se, no entanto, que das 61 unidades, apenas dois casos (unidades de patrimônios 91.200 e 91.252) se enquadram na situação exemplificada.

A área informou, também, que não existem controles que permitam acompanhar as manutenções realizadas nos imóveis.

• Recebimento dos aluguéis

Os contratos estabelecem que os locatários devem efetuar os depósitos dos valores dos aluguéis na conta corrente da Centrus. Na análise dos procedimentos, verificamos que: a) a conta corrente não é exclusiva para o recebimento dos valores dos aluguéis6; b) a identificação do valor recebido é feita pelo valor da parcela constante do extrato da

conta corrente; e 6 Essa é a conta corrente de movimentação geral da Fundação.

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c) não se emite recibo, a não ser a pedido do locatário. O comprovante é o próprio depósito.

O recebimento dos aluguéis em conta corrente, não exclusiva para este

fim, dificulta a identificação tempestiva dos valores pagos, podendo, ainda, gerar cobrança indevida dos recursos recebidos. A adoção do mecanismo de cobrança bancária ofereceria vantagens operacionais e gerenciais, tanto em relação ao controle quanto em relação ao cálculo de encargos por eventuais atrasos. • Cobrança administrativa dos aluguéis

A cobrança administrativa dos aluguéis é feita pela própria Fundação. Os procedimentos adotados compreendem: a) recebimento do extrato da conta corrente para identificação dos valores dos

aluguéis pagos; b) identificado o não pagamento dos aluguéis, a área operacional entra em contato

telefônico com o locatário, geralmente no mesmo dia ou em até 2 dias; c) não obtendo sucesso no primeiro contato, faz-se novo, questionando ao locatário

a data em que efetuará o pagamento; d) em função da nova data, calcula os valores dos encargos e envia a informação por

fax; e) arquiva o fax enviado no dossiê do locatário; f) verifica, na data acordada, se o valor foi depositado na conta corrente; e g) esgotadas todas as tentativas de cobrança administrativa, o caso é encaminhado

para a área jurídica da Fundação.

Em algumas situações, dependendo da justificativa apresentada e do perfil do locatário, ocorre a dispensa dos encargos. Nesse caso, a área solicita que o locatário envie correspondência com a justificativa, geralmente por correio eletrônico.

Foi observado que não existe o registro sistematizado das ações de

cobrança adotadas, tais como: data do primeiro ou do segundo contato; pessoa contatada; e data da transferência da cobrança para a área jurídica. Além disso, não estão consignados em manuais os procedimentos necessários que devem ser observados no processo de cobrança.

• Pagamentos dos impostos, taxas de condomínios, contas de luz e outras obrigações

por parte dos locatários Os contratos de locação estabelecem que os locatários devem entregar à

Centrus os comprovantes originais dos pagamentos efetuados (item 4.4.2 do contrato

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padrão). Segundo informações da área operacional, alguns entregam, outros não. Para esses últimos, não foram identificados procedimentos de controle instituídos para verificar, tempestivamente, se o locatário está adimplente com as suas obrigações, bem como, as ações tomadas pela Fundação. Geralmente, essa verificação ocorre quando do distrato da locação, ocasião em que o problema pode ter se acumulado. • Avaliação da gestão dos síndicos dos condomínios

Relativamente a esta questão, a área operacional informou que a Fundação só participa de reuniões de condomínios em imóveis que tem participação relevante. Nos demais casos, não há controles instituídos para verificar se a gestão dos síndicos está sendo feita de acordo com as convenções aprovadas, se os encargos da folha de pagamento estão sendo recolhidos, se os impostos estão sendo pagos, se as taxas-extras estão sendo utilizadas corretamente, entre outras obrigações.

Importante ressaltar que, caso o condomínio não cumpra com suas

obrigações, principalmente de natureza trabalhista, a justiça pode penhorar quaisquer uma das unidades do empreendimento para garantir o pagamento dos valores questionados. • Avaliação da administração indireta de imóveis

A Fundação assinou contrato de prestação de serviço, em 1.9.2000, com a imobiliária Márcio Brito Imóveis Ltda, para a prestação de serviços de locação e administração das salas de números 2.401, 2.402, 2.501, 2.502, 2.601, 2.602, 2.701, 2.702, 2.801 e 2.802 localizadas no Ed. Suarez Trade, Av. Trancredo Neves, 450 – Salvador/BA.

As principais obrigações da Imobiliária estabelecidas no contrato são:

a) enviar, no prazo mínimo de 72 horas antes da data estipulada para o pagamento, os boletos bancários aos locatários dos imóveis;

b) repassar os valores recebidos à Fundação, no prazo de 5 dias corridos após o

efetivo recebimento dos valores; c) promover a cobrança extrajudicial dos aluguéis em atraso; d) elaborar e assinar os contratos padrão de locação em nome da Fundação; e) aceitar, na ordem, as seguintes garantias: fiança ou seguro fiança; caução e fiança

pessoal; f) submeter o valor das locações à Fundação; g) adotar na cobrança extrajudicial os mesmo encargos previstos pela Fundação;

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h) no caso de contratos inadimplentes por mais de 30 dias, a cobrança deverá ser feita judicialmente;

i) fornecer a documentação necessária para a cobrança judicial aos advogados

indicados pela Fundação no prazo de até 48 horas; e j) enviar os relatórios mensais de recebimento dos aluguéis e de pendência de

recebimento, trimestrais de acompanhamento de cobranças extrajudicial, semestrais de acompanhamento dos valores pendentes de recebimento, anuais dos valores pagos pelos locatários (taxa de condomínio, IPTU, energia elétrica e outros) e relatório de desempenho anual.

Pela prestação dos serviços, a imobiliária faz jus a 4,5% dos valores

mensais dos aluguéis efetivamente recebidos. Adicionalmente, recebe 50% do valor do primeiro aluguel a cada celebração de contrato de locação ou de sua renovação.

Na análise da conformidade dos serviços prestados ao contrato firmado,

foi observado que a contratada:

a) não vem fornecendo o Relatório Anual de Acompanhamento, por imóvel, dos valores pagos pelos locatários a título de taxas de condomínios, taxas de lixo, contas de energia elétrica e IPTU (item 5.2.3 do contrato);

b) não vem fornecendo o Relatório de Desempenho Anual, contemplando os

parâmetros básicos das locações (item 5.2.4 do contrato); e c) na renovação do contrato de locação do imóvel de patrimônio 91.249, não

submeteu, previamente, o novo valor do aluguel à Fundação, para aprovação (item 3.2.12 do contrato).

A área operacional informou que, desde a data da assinatura do contrato

de prestação de serviço em 2000, não vem adotando procedimentos de controle para verificar a conformidade do contrato.

Segundo, ainda, informações da área, o objetivo da administração

terceirizada é avaliar as vantagens desse tipo de gestão, ou seja, seria um projeto piloto, podendo ser estendido para os demais imóveis. Questionado sobre a avaliação do projeto piloto, a área operacional informou que tem uma impressão positiva. No entanto, não há registro formal dessa avaliação.

Relativamente aos contratos das unidades administradas pela imobiliária,

foi constatado, na planilha de controle da Centrus, que os contratos das salas 2.402, 2.501, 2.502, 2.601, 2.602, 2.701 e 2.702 estavam vencidos. • Gestão dos contratos de locação

A situação dos contratos de locação dos imóveis da carteira de

investimento imobiliário da Centrus, na data base de dezembro de 2006, estava distribuído da seguinte forma:

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Situação Quantidade

Atraso 2 Normal 44 Imissão de Posse do TRT 4 Total 50

Fonte: Planilha Gelog Imóveis Propriedade Centrus Dos cinqüenta contratos de aluguéis administrados diretamente pela

Centrus, onze estavam com prazo de vigência expirado, conforme quadro abaixo:

Nº patrimônio Centrus

Situação Vencimento do contrato

Dias corridos da data base 31.12.206

91.287 Normal 19.5.2005 591 91.199 Normal 6.6.2004 938 91.251 Normal 31.10.2005 426 91.240 Normal 30.9.2004 822

91.278 e 91.291 Normal 30.10.2006 62 91.288 e 91.290 Normal 30.10.2006 62

91.228 Normal 15.12.2004 746 91.253 Normal 31.10.2004 730 90.862 Normal 31.10.2006 62 91.277 Normal 5.9.2006 117

91.285 e 91.286 Normal 31.7.2006 153 Fonte: Planilha Gelog Imóveis Propriedade Centrus

Segundo informações da área: alguns desses contratos seriam

rescindidos em janeiro de 2007; outros estão sendo avaliados pelo jurídico; outros imóveis serão devolvidos pelos locatários; e alguns valores estão sendo discutidos na justiça. Cabe ressaltar que não foram identificados procedimentos para as tratativas de renovação dos contratos de locação antes da data do seu encerramento.

• Alienação do imóvel situado na rua João Lira nº95, Rio de Janeiro/RJ

O Plano de Alienação de Imóveis, aprovado pelo Voto Centrus 2006/026,

definiu as regras para a alienação de 33 imóveis de propriedade da Centrus, sendo que 15 imóveis só poderão ser alienados após estarem desembaraçados, pois estão dados em garantia.

O objetivo do plano é o de obter melhor rentabilidade da carteira de

imóveis, priorizando a alienação daqueles: com rentabilidade abaixo do mínimo atuarial; vagos, com difícil relocação no mercado; ocupados, mas com relocação difícil no caso de desocupação; obsoletos; mal localizados; com pendência documental; e de pequeno porte.

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O plano estabeleceu os procedimentos necessários para a efetivação das vendas. Em 2006, foi alienado o imóvel situado à Rua João Lira, 95 – Rio de Janeiro/RJ. A análise do dossiê referente a essa alienação revelou:

a) a inexistência de manifestação a respeito da capacidade financeira da

compradora7; e b) a inexistência da análise do Comitê, composto por membros da Presi, da Diaco e

da Dirap, sobre a operação.

Com relação às obrigações assumidas pelo comprador, foi constatado que a parcela de número 8, que deveria ser liquidada em 1.9.2006, foi paga em 5.9.2006. Para esse caso, a empresa solicitou a dispensa dos encargos, alegando que o banco não processou a Transferência Eletrônica Disponível (TED). A dispensa dos encargos foi deferida por funcionário sem competência formal para tanto. Recomendação

Recomendamos à Centrus aperfeiçoar os mecanismos de gestão e de

controle utilizados para a administração dos imóveis, inclusive com a instituição de manual de procedimentos para a atividade, contemplando soluções para os problemas listados neste assunto, além de outros que fortaleçam as premissas de segurança, de rentabilidade, de solvência e de liquidez dos ativos.

Ficou acordado o prazo até 30.8.2007 para que o Deaud seja informado

das providências adotadas.

1.356.654-7 Arthur Campos e Pádua Andrade 5.226.660-5 – José Alves Dantas Analista – Deaud/Daud1 Assessor Pleno – Deaud/Daud1 5.434.938-9 - José Ebert Sousa de Queiroz 6.548.698-6 – Luiz Maurício de Sá Araújo Assessor Júnior - Deaud/Daud1 Analista - Deaud/Daud2

7 A respeito dessa questão, ver assunto 13.

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