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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 1 PLANO BÁSICO AMBIENTAL DO AHE CACHOEIRA CALDEIRÃO PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES 1. INTRODUÇÃO O Programa de Gerenciamento de Ruídos e Vibrações do Plano Básico Ambiental (PBA) do Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Cachoeira Caldeirão atende a duas condicionantes específicas da Licença Prévia 0112/2012 IMAP/SEMA: - A 2.8.2 determina a elaboração de um prognóstico dos impactos ocasionados por ruídos e vibrações que ocorrerão na fase de implantação oriundos das detonações e movimentação de máquinas pesadas, ao meio físico, biótico e sócio econômico, além de apontar medidas mitigadoras. - A 2.21 está voltada para a elaboração de um programa de mitigação dos impactos oriundos dos ruídos e vibrações ocasionados por detonações. Licença Prévia 0112/2012 Condicionante Específica Nº 2.8.2 Elaborar prognóstico dos impactos ocasionados por ruídos e vibrações que ocorrerão na fase de implantação oriundos das detonações e movimentação de máquinas pesadas, ao meio físico, biótico e sócio econômico, além de apontar medidas mitigadoras. Condicionante Específica Nº 2.21 Elaborar programa de mitigação dos impactos oriundos dos ruídos e vibrações ocasionadas por detonações.

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 1

PLANO BÁSICO AMBIENTAL DO AHE CACHOEIRA CALDEIRÃO

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO

DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES

1. INTRODUÇÃO

O Programa de Gerenciamento de Ruídos e Vibrações do Plano Básico Ambiental (PBA) do

Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Cachoeira Caldeirão atende a duas condicionantes

específicas da Licença Prévia 0112/2012 IMAP/SEMA:

- A 2.8.2 determina a elaboração de um prognóstico dos impactos ocasionados por ruídos e

vibrações que ocorrerão na fase de implantação oriundos das detonações e movimentação

de máquinas pesadas, ao meio físico, biótico e sócio econômico, além de apontar medidas

mitigadoras.

- A 2.21 está voltada para a elaboração de um programa de mitigação dos impactos

oriundos dos ruídos e vibrações ocasionados por detonações.

Licença Prévia

0112/2012

Condicionante

Específica

Nº 2.8.2

Elaborar prognóstico dos impactos ocasionados por ruídos e vibrações que

ocorrerão na fase de implantação oriundos das detonações e movimentação

de máquinas pesadas, ao meio físico, biótico e sócio econômico, além de

apontar medidas mitigadoras.

Condicionante

Específica

Nº 2.21

Elaborar programa de mitigação dos impactos oriundos dos ruídos e

vibrações ocasionadas por detonações.

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As duas condicionantes estão englobadas em um único programa pela dependência mútua

e complementariedade que apresentam.

2. JUSTIFICATIVA

Conforme apresentado no Estudo de Impacto Ambiental – EIA, o empreendimento terá uma

barragem com aproximadamente 23 metros de altura máxima e 710 metros de extensão e

um reservatório projetado com área estimada de 47,99 Km2 e volume de 230,56 Hm3. De

acordo com o diagnóstico do EIA, a área de influência do empreendimento apresenta dados

que sinalizam uma possível elevação dos níveis de ruídos e vibrações nas fases de

instalação indicando a necessidade de monitoramento no entorno do empreendimento, as

zonas rurais e urbanas do município de Porto Grande, consideradas a partir do eixo da

futura barragem. Além das áreas de entorno do empreendimento, as alterações dos níveis

de ruído podem contribuir, também, para o afugentamento da fauna local.

O Programa de Gerenciamento de Ruídos e Vibrações do AHE Cachoeira Caldeirão

estabelece medidas preventivas, corretivas e de acompanhamento ambiental relacionadas a

situações de poluição sonora e vibração decorrentes dos processos de instalação deste

empreendimento, as quais podem vir a provocar uma elevação dos níveis de vibrações e

pressão acústica na área de entorno do projeto. O programa aborda, também, medidas de

mitigação de impacto decorrentes da movimentação de máquinas pesadas e visando a

manutenção dos níveis de pressão acústica e de vibrações da área de entorno do

empreendimento dentro de limites aceitáveis e legais.

As condicionantes estabelecidas pelo órgão estadual de meio ambiente para execução

deste programa são fruto das discussões ocorridas na audiência pública de 02/12/2011 com

a participação da população afetada pela construção da Hidrelétrica de Ferreira Gomes, de

representantes do Ministério Público Estadual e de várias instituições públicas e que

discutiram, dentre outras questões, a falta de estudo sismológico na detecção de rachaduras

na ponte do município e em casas de moradores do entorno dessa obra. Estes fatos tiveram

ampla divulgação na mídia local nos primeiros dias de dezembro de 2012.

Este Programa de Gerenciamento de Ruídos e Vibrações tem como justificativa a

necessidade de garantir que os níveis de pressão acústica e de vibrações oriundos das

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atividades relacionadas à implantação e operação do empreendimento atendam às normas

e padrões estabelecidos, gerando o menor impacto sobre a vizinhança, bem como em seu

próprio ambiente. Em relação à elevação do nível de vibrações, esta deve ser

acompanhada, principalmente, visando a preservação das estruturas físicas do

empreendimento e aquelas vizinhas à área, como a zona urbana de Porto Grande e

propriedades rurais.

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste Programa de Gerenciamento de Ruídos e Vibrações é garantir que os

níveis de pressão acústica e de vibrações oriundos das atividades relacionadas à

implantação do empreendimento atendam às normas e padrões estabelecidos, gerando o

menor impacto sobre a vizinhança do empreendimento.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Adotar medidas de controle ambiental visando o acompanhamento de parâmetros

indicadores de vibrações e da manutenção da qualidade do ruído de fundo nas áreas

afetadas pela implantação e operação do empreendimento, incluindo suas

instalações operacionais.

Estabelecer diretrizes para medições periódicas e sistemáticas para

acompanhamento dos níveis de ruído na área de entorno do empreendimento e de

vibrações nas proximidades das áreas afetadas.

Assegurar que todos os procedimentos de obras civis sejam realizados conforme as

normativas pertinentes.

Assegurar a adequada especificação técnica e a manutenção preventiva e corretiva

de máquinas, veículos e equipamentos geradores de ruído.

Assegurar a adoção dos sistemas de controle ambiental e medidas preventivas de

geração de ruído para equipamentos e/ou atividades específicas.

Assegurar que a utilização de explosivos durante as obras de instalação do

empreendimento seja realizada de acordo com plano de fogo adequado, de forma a

minimizar a geração de vibrações.

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Possibilitar o acompanhamento dos níveis de ruído e vibração na área de entorno do

empreendimento por meio da proposição de um monitoramento ambiental periódico.

4. AÇÕES

Este subitem apresenta a operacionalização do Programa de Gerenciamento de Ruídos e

Vibrações, a ser executado durante as etapas de implantação do empreendimento.

4.1. FONTES DE GERAÇÃO DE RUÍDO E VIBRAÇÕES NA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO

Durante a fase de implantação do empreendimento, as obras civis, envolvendo as atividades

de terraplenagem, abertura de vias de acesso, supressão, preparação da área, o aumento

da circulação de equipamento e de veículos, dentre outras, constituem-se nas principais

atividades com potencial de produção de ruído. Já a geração de vibrações será ocasionada,

principalmente, devido ao uso de explosivos para a preparação área, abertura de vias de

acesso e desmonte de rochas.

Desta forma, estão previstas as seguintes fontes de geração de ruído e/ou vibração:

Funcionamento de equipamentos e máquinas operatrizes de grande porte, tais como

caminhões basculantes, caminhões comboios, caminhões pipa, caminhões de

carroceria aberta, tratores de esteira, tratores carregadores, pás carregadeiras, retro

escavadeiras, escavadeiras hidráulicas, dentre outros.

Trânsito de veículos nas estradas de acesso e área de construção.

Obras civis em geral.

Atividades de supressão vegetal e abertura de vias internas.

Atividades de detonação com explosivos para preparação da área para as atividades

de instalação da barragem e, eventualmente, abertura de vias.

Atividades de terraplenagem e melhoria de acessos.

Transporte e montagem dos equipamentos que compõem o empreendimento.

Deve ser observado que a geração de ruído nas atividades de obras civis e terraplenagens

também está diretamente relacionada ao trânsito e funcionamento dos equipamentos e

máquinas operatrizes mencionadas.

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4.2. PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES

De uma maneira geral, as técnicas de controle dos níveis de ruído podem ser aplicadas nas

fontes, no percurso entre as fontes e o receptor e no receptor. Tais técnicas podem ser

utilizadas simultaneamente ou de forma isolada e em função das necessidades a serem

atendidas.

O controle a ser realizado na fonte contempla as medidas relacionadas às ações

preventivas e corretivas, visando a minimização da geração de ruídos e vibrações e deve

ser o foco principal do programa. A especificação de equipamentos menos ruidosos, o

projeto de sistemas mais silenciosos e confinados, são questões que devem ser tratadas a

partir da engenharia, para que todo o ambiente ocupacional (no âmbito da área de

construção) bem como o ambiente externo mantenham condições adequadas de

salubridade e bem estar coletivo.

Deve ser observado que, para a AHE Cachoeira Caldeirão, os sistemas de controle de ruído

serão constituídos basicamente pelo seu controle na fonte. Acompanhando a adoção destes

sistemas de controle, está prevista a implementação de campanhas periódicas de

monitoramento de ruído na área de entorno do empreendimento, particularmente visando

uma minimização dos impactos relacionados ao afugentamento da fauna, conforme descrito

no EIA.

Já as vibrações poderão ser controladas, principalmente, pela adequação do plano de fogo

e monitoramento. Com a finalidade de evitar que as atividades operacionais reflitam nos

receptores indiretos (entorno do empreendimento), os equipamentos industriais deverão

seguir recomendações descritas nas seguintes resoluções federais, além das condições

gerais apresentadas acima e as especificações e recomendações técnicas dos fabricantes e

dos projetos de engenharia:

Resolução CONAMA Nº1, 08 de março de 1990: Emissão de Ruídos:

“IV - A emissão de ruídos produzidos por veículos automotores e os produzidos no interior

dos ambientes de trabalho, obedecerão às normas expedidas, respectivamente, pelo

Conselho Nacional e Trânsito - Contran, e pelo órgão competente do Ministério do

Trabalho.”

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Resolução do CONAMA nº2, 08 de março de 1990: Institui o Programa Nacional de

Educação e Controle da Poluição Sonora – Silêncio:

“Artigo 1º - d) incentivar a fabricação e uso de máquinas, motores, equipamentos e

dispositivos com menor intensidade de ruído quando de sua utilização na indústria, veículos

em geral, construção civil, ..., etc.”

Resolução CONAMA nº1, de 11 de fevereiro de 1993 - Estabelece limites máximos de

ruídos de veículos:

“Artigo 1º - Estabelecer, para veículos automotores nacionais e importados, exceto

motocicletas, motonetas, ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veículos

assemelhados, limites máximos de ruído com os veículos em aceleração e na condição

parado...”.

Resolução CONAMA nº 17, de 13 de dezembro de 1995 - Ratifica limites máximos de ruídos

de veículos:

“Artigo 1º - Ratificar os limites máximos de ruído e o cronograma para seu atendimento

determinados”...

“Artigo 2º - Todos os veículos que sofrerem modificações ou complementações em relação

ao seu projeto original deverão manter o atendimento às exigências do CONAMA relativas à

emissão de ruído.”

4.3. CONTROLE DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES NA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Durante a implantação do empreendimento é prevista geração de ruído, principalmente em

função das próprias atividades de obras, funcionamento de equipamentos e máquinas

operatrizes e trânsito de veículos, preparação desmonte de rochas, além das atividades de

construção e montagem das estruturas.

Em função das fontes identificadas, são propostas as seguintes medidas de mitigação:

Planejamento do cronograma de obras, especialmente em seu período de pico, onde

as atividades com maior geração de ruído e/ou vibrações deverão ocorrer,

preferencialmente, em períodos distintos.

Vistoria cautelar e prévia das áreas e edificações descritas no EIA, sujeitas a efeitos

de vibrações das detonações, antes de se dar início ao desmonte de rochas.

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Adoção de plano de fogo adequado.

Identificação e isolamento ou confinamento das fontes mais significativas de energia

sonora, de modo que o nível sonoro resultante possa voltar a patamares aceitáveis.

Adoção de procedimentos adequados de construção civil.

Plano de manutenção preventiva de máquinas e equipamentos de modo a minimizar

as contribuições resultantes do seu funcionamento natural, seja decorrente da

operação dos motores, bombas, compressores ou de atrito entre partes rígidas.

Substituição de equipamentos ruidosos por outros mais silenciosos.

Monitoramento de ruídos e vibrações.

Observa-se que os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) indicados para controle

individual de ruídos serão de uso obrigatório por todos os empregados do empreendimento

e de suas empresas contratadas, nas áreas onde forem recomendados e exigidos. Ainda

considerando-se o conforto dos empregados, de modo geral, os dosímetros de vibração e

medidores de níveis de vibração por integração oferecem adequadas soluções de

monitoramento direto das fontes e de seus efeitos nos trabalhadores. A eficácia das

medidas adotadas será medida pelos resultados das campanhas de monitoramento de ruído

e vibrações. A engenharia terá função primordial na especificação de equipamentos com

baixa emissão de ruído e também vibração.

4.4. MONITORAMENTO DE RUÍDO E VIBRAÇÕES

Este item apresenta os programas de monitoramento de ruído ambiental e vibrações para a

etapa de implantação do empreendimento.

4.4.1 Monitoramento de ruído

O acompanhamento dos níveis de ruído ambiental, analisados através de monitoramento

periódico na área de entorno do empreendimento, será uma maneira de avaliação da

eficácia das medidas de controle ambiental estabelecidas para as fontes de ruído. A seguir

são apresentados os pontos sugeridos para o monitoramento em cada uma das etapas do

projeto (implantação e operação), a frequência das medições, e parâmetros analisados.

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O Quadro 1 apresenta a identificação dos pontos de monitoramento de ruído sugeridos e a

etapa em que deverão ser monitorados. Deve ser observado que ao longo do período de

amostragem, estes pontos podem ser deslocados, conforme a necessidade, sendo que

novos pontos podem ainda ser inseridos e/ou excluídos.

QUADRO 1 - Relação de pontos de monitoramento de ruído

Item Identificação do ponto Etapa do projeto em que

serão feitas medições

01 Área do Canteiro de Obras Implantação

02 Próximo ao eixo do

AHE Cachoeira Caldeirão (Zona Rural) Implantação

03 Praça Central da Cidade de Porto Grande

(Área Urbana) Implantação

04 BR-210

(Área Urbana) Implantação

A localização destes pontos é apresentada na Figura 1.

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FIGURA 1 – Mapa de localização dos pontos de monitoramento de ruídos.

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O Quadro 2 apresenta a frequência de medição e parâmetros a serem analisados. É

importante mencionar que as medições devem ser realizadas em dias típicos de

trabalho e podem ser alteradas conforme a necessidade.

QUADRO 2 - Relação de parâmetros de análise e frequência de amostragem

Parâmetro Periodicidade Coleta

Leq (A) Diurno e Noturno Mensal

Turnos diurno (06:00 às

22:00h) e noturno (22:00 às

06:00h).

4.4.2. Monitoramento de vibrações

Para o programa de monitoramento de vibrações, o empreendedor deverá contratar

empresa especializada ou, alternativamente, adquirir equipamentos de sismografia

aptos a realizar o trabalho pretendido, em quantidade compatível com o escopo do

programa de controle, formar sua própria equipe técnica e disponibilizar equipamentos

de apoio, como, por exemplo, veículo, computador portátil, GPS, câmera fotográfica,

etc., além de imagens, mapas e outros materiais de uso diário.

Para o estabelecimento do programa de monitoramento de vibrações, é importante

considerar as características próprias das vibrações, ou seja, a sua frequência

(possivelmente apenas uma por dia), a repetitividade e a duração do fenômeno. Pode-

se dizer que uma edificação sofre danos quando os impulsos dinâmicos provocados

pelas vibrações se se sobrepõem aos impulsos estáticos, levando a uma superação

das condições de resistência da estrutura edificada.

Em operações de desmonte de rocha por explosivos devem ser observadas as

condições e procedimentos estabelecidos para controle de ultralançamento, de

pressão acústica e de velocidade de vibração de partícula de pico, assim resumidos:

O ultralançamento não deve ocorrer além da área de operação do empreendimento

(no caso a área do fogo, área de operação), respeitadas as normas internas de

segurança referentes à operação de desmonte de rocha. A verificação do

ultralançamento deve ser efetuada em ambiente imediatamente externo à área de

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operação, em locais previamente selecionados em função das possibilidades de

danos.

A pressão acústica, medida além da área de operação, não deve ultrapassar o valor

de 100 Pa, o que corresponde a um nível de pressão acústica de 134 dBL pico. Para

sua verificação, será utilizado sensor calibrado e aprovado segundo as normas

técnicas vigentes, o qual deverá:

ser instalado em pontos onde não haja obstáculo natural ou artificial entre o

local de detonação e o ponto de registro.

se houver obstáculo e isso não puder ser evitado, a distância horizontal entre o

sensor e o obstáculo deverá ser maior que a altura deste acima do sensor.

ser instalado junto à estrutura mais próxima do desmonte onde se presume

que sejam atingidos os maiores valores de pressão acústica, e na parte

externa da estrutura ou da edificação, preferencialmente a uma distância

superior a 3,0 m e a uma altura de 1,0 m do solo ou conforme a especificação

do equipamento, recomendando-se o uso de protetor de vento nos sensores

durante as medições.

Os relatórios de medição de pressão acústica devem conter, além do tipo de aparelho,

os valores de frequência e intensidade registrados na medição efetuada. Também

devem ser descritos nesses relatórios os métodos de medição e cálculo.

A medição da velocidade de vibração de partícula de pico permitirá que os riscos de

ocorrência de danos induzidos por vibrações do terreno sejam avaliados levando-se

em consideração a magnitude e a frequência de vibração de partícula.

Os limites para velocidade de vibração de partícula de pico (acima dos quais podem

ocorrer danos induzidos por vibrações do terreno) são: para faixa de frequência de 4

Hz a 15 Hz iniciando em 15 mm/s e aumentando linearmente até 20 mm/s; para

frequências de 15 Hz a 40 Hz velocidade acima de 20 mm/s aumentando linearmente

até 50 mm/s; e acima de 40 Hz velocidade máxima de 50 mm/s. Para valores de

frequência abaixo de 4 Hz deve ser utilizado como limite o critério de deslocamento de

partícula de pico de, no máximo, 0,6 mm (de zero a pico). Para medida de velocidade

de vibração de partícula devem ser utilizados geofones, transdutores e equipamentos

(sismógrafos) calibrados e aprovados pelas normas técnicas vigentes.

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Quando a medição for executada junto ao limite da área de operação da mina, instalar

os transdutores em pontos onde, presumivelmente, devem ser atingidos os maiores

valores de velocidade de vibração de partícula de pico. Quando a medição for

executada em locais onde existam edificações, instalar os transdutores de modo

preferencial no mesmo terreno no qual as estruturas ou edificações estejam

construídas, junto a pilares e cantos de construção.

O transdutor de velocidade de vibração de partícula deve ser fixado rigidamente ao

terreno objeto da medição. Na impossibilidade de fixação em solo pode ser fixado à

estrutura. Os geofones contendo os transdutores devem ser nivelados e orientados

conforme a direção da detonação.

Deve ser observado, ainda, o estabelecido a seguir:

No caso de superfície rígida, deve-se utilizar gesso ou outro material adesivo

que torne o transdutor o mais perfeitamente solidário ao meio de propagação

(rocha e, eventualmente, estrutura).

No caso de solo, deve-se preferencialmente enterrar o transdutor a uma

profundidade nunca inferior a 10 cm e nunca superior a 30 cm.

Alternativamente, pode-se utilizar cravos de comprimento máximo de 20 cm,

desde que o sistema não fique em balanço.

O aparelho de medição, sismógrafo de engenharia, deve possuir sistema de

verificação interna da calibração por pulso eletrônico (auto checagem), dispor de

capacidade de armazenamento de eventos sísmicos (memória) e estar preparado para

efetuar medições em temperaturas compreendidas na faixa de –12o C a +55o C. De

modo preferencial, o sismógrafo deve ter capacidade para registrar instantaneamente

os valores máximos de velocidade de vibração de partícula em três direções

mutuamente perpendiculares, sendo os valores expressos em milímetros por segundo

(mm/s). Os aparelhos de registro devem ser calibrados de acordo com as

recomendações dos seus fabricantes, no máximo a cada 2 anos, com equipamentos

rastreáveis.

Os transdutores de velocidade devem apresentar, como mínimo: resposta plana linear

na faixa de frequências 4Hz a 125Hz e realizar medição de intensidade de velocidade

de vibração de partícula no intervalo de 0,5mm/s a 100mm/s, na faixa de frequência de

2Hz a 250Hz, com resolução de 0,25mm/s e adequada precisão. A taxa de

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 13

amostragem mínima deve ser de 1.000 pontos por segundo, por canal, para eventos

de até 5s de duração.

Os relatórios sismográficos de cada avaliação devem conter, no mínimo:

data e hora da medição

identificação do local de monitoramento

identificação do local de detonação

os registros sismográficos das intensidades no tempo (onda sísmica)

os valores de pico da velocidade de vibração de partícula para cada uma das

três componentes (L - longitudinal,T - transversal e V - vertical)

os valores de pico da aceleração de partícula para cada uma das três

componentes (L,T e V)

os valores de pico do deslocamento de partícula para cada uma das três

componentes (L,T e V)

os valores da frequência associada ao pico da velocidade para cada

componente tri-ortogonal

o máximo valor da velocidade de vibração de partícula resultante de pico

a distância entre o local de detonação e o local de monitoramento

a carga explosiva máxima por espera detonada

os intervalos da sequência detonante

a carga explosiva total detonada e,

se possível, informações sobre as condições atmosféricas.

Durante a etapa de implantação do empreendimento, quando serão executados

procedimentos de detonação por explosivos com menor frequência, deverá ser

monitorado, no mínimo, 01 (um) ponto em proximidade ao eixo e às propriedades

rurais e urbanas determinadas. A qualquer momento, novos pontos poderão ser

inseridos e pontos existentes podem ser deslocados e/ou excluídos, conforme a

necessidade. Durante a etapa de implantação do empreendimento, a frequência das

medições ocorrerá em função dos eventos com uso de explosivo.

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4.5. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

A equipe de mão-de-obra necessária à execução do programa será composta por pelo

menos um profissional de nível superior (Engenheiro pleno) e um assistente de

operação, que deverão acompanhar a etapa de implantação pós-enchimento. É

necessário que esta equipe seja especializada em monitoramentos de ruídos e

vibrações para coleta, manipulação e interpretação dos dados. É importante que todos

os funcionários envolvidos nas etapas de implantação e operação do empreendimento

tenham conhecimento deste Programa de Gerenciamento de Ruídos e Vibrações,

para que se alcance bons resultados.

5. METODOLOGIA

A metodologia para a elaboração deste Programa englobou as seguintes etapas:

Estabelecimento dos conceitos relacionados à geração de ruído e vibrações

empregados neste programa.

Levantamento da legislação ambiental vigente, limites legais e referência

normativa para a análise dos níveis de ruído e vibrações.

Identificação das fontes de geração de ruído e vibração na etapa de

implantação do empreendimento.

Descrição e proposição dos sistemas e medidas de controle ambiental para as

fontes de geração de ruído e vibração identificadas.

Proposição de um programa de monitoramento ambiental para a avaliação dos

níveis de ruído no entorno do empreendimento, e dos níveis de vibração.

Os conceitos empregados para elaboração deste programa são apresentados a

seguir:

5.1. RUÍDO - CONCEITOS

O som é parte tão comum da vida diária que, raramente, nós apreciamos todos os

seus usos. Como exemplo, nos permite a comunicação através da fala, nos alerta ou

previne em muitas circunstâncias e até nos possibilita fazer avaliações de qualidade e

diagnósticos. Contudo, com muita frequência na sociedade moderna, o som nos

incomoda. Dessa forma o som desagradável ou indesejável é chamado de ruído.

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 15

Os ruídos podem ser classificados segundo três distâncias de apreensão:

Ruído na fonte: o ruído de cada equipamento ou operação é considerado

separadamente e supostamente localizado em campo livre, isto é, sem a

presença de qualquer obstáculo na proximidade. Nesta distância, menor que

algumas dezenas de metros, são identificadas as características sonoras

intrínsecas dos equipamentos, independentemente dos efeitos de vizinhança.

Ruído em campo próximo: cada equipamento ou material é localizado dentro

de um ambiente próximo, que pode modificar as suas características acústicas.

Em relação a um campo livre, este nível sonoro pode ser aumentado pela

presença de paredes refletoras próximas ao equipamento ou, ao contrário,

atenuada pela presença de obstáculos naturais ou artificiais entre a fonte e o

receptor.

Ruído em campo distante: se nos dois primeiros níveis de apreensão, as

características acústicas são essencialmente ligadas aos equipamentos,

operações e a própria organização do espaço das instalações industriais, o

ruído em campo distante é dependente de outros fatores suplementares. Estes

fatores são principalmente os fenômenos meteorológicos e, em particular, a

direção e a velocidade do vento, a variação vertical da temperatura, a absorção

do ruído pelo solo/vegetação e a topografia do terreno.

A redução do nível de ruído na fonte e em campo próximo visa atender,

preliminarmente, o conforto acústico dos empregados da empresa sob o ponto de vista

de higiene industrial e segurança do trabalho. Consequentemente, tal ação irá refletir

no nível de ruído ambiental (em campo distante).

5.2. VIBRAÇÕES - CONCEITOS

A seguir são apresentados alguns conceitos referentes à temática de vibrações.

Pressão acústica: é aquela provocada por uma onda de choque aérea com

componentes na faixa audível (20 Hz a 20 000 Hz) e não audível, com duração

menor do que um segundo.

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 16

Desmonte de rocha com uso de explosivos: operação de fragmentação e

deslocamento de rocha com cargas explosivas.

Área de operação: área compreendida pela união da área de licenciamento

ambiental mais a área de propriedade da empresa.

Ultralançamento: arremesso de fragmentos de rocha decorrente do desmonte

com uso de explosivos, além da área de operação.

Pico da componente de velocidade de vibração de partícula: máximo valor de

qualquer uma das três componentes ortogonais de velocidade de vibração de

partícula, medido durante um dado intervalo de tempo.

Enquanto uma perturbação ocasionada por uma fonte de vibrações se propaga a partir

desta com uma dada velocidade de onda, as partículas do terreno oscilam com uma

velocidade de partícula variável. A uma dada localização ao longo do percurso de

propagação, o movimento pode ser definido em termos de três componentes

mutuamente perpendiculares (geralmente vertical, transversal e longitudinal ou radial).

Para garantir que a velocidade de vibração de partícula de pico seja medida

corretamente, as três componentes devem ser medidas simultaneamente.

Velocidade de vibração de partícula de pico: máximo valor instantâneo da

velocidade de uma partícula em um ponto durante um determinado intervalo de

tempo, considerado como sendo o maior valor dentre os valores de pico das

componentes de velocidade de vibração de partícula para o mesmo intervalo

de tempo.

Velocidade de vibração de partícula resultante de pico (VR): máximo valor

obtido pela soma vetorial das três componentes ortogonais simultâneas de

velocidade de vibração de partícula, considerado ao longo de um determinado

intervalo de tempo.

Frequência de vibração de partícula: número de oscilações por segundo em

que o terreno vibra conforme energia sísmica criada pela detonação de

explosivos que passa por um ponto determinado, obtido a partir da análise do

registro de velocidade de vibração de partícula, dada em hertz (1Hz é igual a

uma oscilação por segundo).

Deslocamento de partícula de pico: máxima distância na qual a partícula se

desloca quando colocada em movimento por uma onda sísmica criada pela

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 17

detonação de explosivos, segundo as direções das três componentes

ortogonais.

Distância escalonada (DE) ou distância reduzida: calculada através da seguinte

equação e usada para estimar a vibração do terreno:

DE = D/Q0,5

onde:

D é a distância horizontal entre o ponto de medição e o ponto mais próximo da

detonação, em metros.

Q é a carga máxima de explosivos a ser detonado por espera, em quilogramas.

As metas a serem alcançadas com a execução deste programa constituem,

basicamente, na manutenção da qualidade de pressão sonora e minimização das

vibrações na área e entorno do empreendimento. Para se atingir esta condição ideal

das instalações do empreendimento, e, por conseguinte, as metas ambientais deste

programa, os seguintes aspectos são considerados:

Minimização da geração de ruído proveniente do funcionamento de máquinas

veículos e equipamentos, promovendo-se a manutenção preventiva e corretiva

periódica de todos os equipamentos, máquinas e veículos.

Minimização da geração de ruído durante a etapa de obras civis, através da

adoção de procedimentos adequados de construção civil.

Minimização da geração de ruído proveniente do funcionamento de

equipamentos específicos, através da adoção de sistemas de controle

ambiental, como o isolamento da fonte.

Minimização da geração de vibrações, através da adoção de planos de fogo, e

acompanhamento através do monitoramento das vibrações.

Controle e acompanhamento da geração de ruído para a área de entorno do

empreendimento, por meio de campanhas periódicas de monitoramento ambiental.

Como forma de complementar a adoção dos sistemas e medidas de controle

ambiental, o Programa de Gerenciamento de Ruídos e Vibrações prevê medições

sistemáticas para acompanhamento dos níveis de ruído e vibração. Os valores obtidos

nos monitoramentos serão consolidados em Relatórios de Avaliação dos Níveis de

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 18

Ruído e Vibração, a serem periodicamente elaborados pelo empreendimento,

acompanhados de planilhas amostrais e gráficos.

Os indicadores ambientais compreendem os meios pelos quais pode ser verificado e

confirmado, periodicamente, o cumprimento das metas do programa previsto, com o

estabelecimento das modificações de rotas e eventuais novas metas.

Os indicadores ambientais a serem aplicados são:

Análise dos resultados do monitoramento de ruído e vibrações, em relação ao

atendimento aos padrões legalmente estabelecidos.

Avaliação periódica das ferramentas ou rotinas de inspeção das fontes de

geração, como registros de atividades de manutenção e procedimentos

operacionais.

Com a avaliação através de indicadores ambientais, busca-se a melhoria contínua na

eficiência das medidas e sistemas de controle da geração de ruído e vibrações.

6. PÚBLICO ALVO

Será beneficiada diretamente pela execução deste programa a população rural e

urbana de Porto Grande caracterizadas no Estudo de Impacto Ambiental - EIA como

vizinhança potencialmente atingida pelos impactos diretos e indiretos provenientes da

implantação do empreendimento AHE Cachoeira Caldeirão.

7. AGENTE EXECUTOR

A execução deste programa é de inteira responsabilidade do empreendedor, que

deverá contratar técnicos especializados e/ou empresas especializadas para o

cumprimento das atividades propostas, ou ainda, se achar pertinente, efetuar

convênios com instituições públicas capazes de executar as ações propostas neste

programa.

8. POTENCIAIS PARCEIROS

São consideradas instituições parceiras na execução deste programa:

Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), Instituto de Meio Ambiente e

Ordenamento Territorial do Amapá (IMAP), Instituto Estadual de Floresta (IEF),

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 19

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) – por serem

instituições responsáveis pela gestão de unidades de conservação afetadas pelo

empreendimento.

A prefeitura do município de Porto Grande – responsável pela implementação de

políticas públicas na área de influência do empreendimento.

Eletronorte S/A, Ferreira Gomes Energia S/A – geradoras de energia e usuárias do

rio Araguari.

Instituto de Pesquisa Científica e Tecnológica do Amapá (IEPA), Universidade do

Estado do Amapá (UEAP), Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Instituto de

Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (IAG/ USP), - Instituições

pesquisa e ensino que podem contribuir com a produção de conhecimento na área

de influência do empreendimento.

9. ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS

A seguir são relacionadas as referências normativas aplicáveis à avaliação de ruído e

vibrações:

Resolução CONAMA 010, de 26 de setembro de 1984 - Dispõe sobre medidas

destinadas ao controle da Poluição causada por Veículos Automotores.

Resolução CONAMA 018, de 06 de maio de 1986 - Dispõe sobre a criação do

Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores –

PROCONVE.

Resolução CONAMA 005, de 15 de junho de 1989 - Dispõe sobre o Programa

Nacional de Controle da Poluição do Ar – PRONAR.

Resolução CONAMA 001, de 08 de março de 1990 - Dispõe sobre critérios e

padrões de emissão de ruídos, das atividades industriais. Este dispositivo se

reporta à norma da ABNT NBR 10.151, revisada em junho de 2000, referente à

“Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas, Visando o Conforto da

Comunidade”. Esta norma especifica um método para a medição de ruído, a

aplicação de correções nos valores medidos e uma comparação dos níveis

corrigidos, usando um critério que leva em conta o zoneamento urbano local,

NCA - Nível de Critério de Avaliação.

Resolução CONAMA 002, de 08 de março de 1990 - Dispõe sobre o Programa

Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora – SILÊNCIO.

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 20

Lei Nº 1149/2007 - Dispõe sobre limites na produção de poluição sonora no

Estado do Amapá. Determina o atendimento dos padrões e diretrizes que

estabelece para emissão de ruídos originários de atividades industriais e

comerciais.

Norma ABNT NBR 10.151/2000

É intitulada como "Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o

conforto da comunidade - Procedimento". Esta norma, que substitui a NBR

10.151/1987, fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído

ambiental, independente da existência de reclamações, especificando um método para

a medição de ruído, aplicação de correções nos níveis medidos se o ruído apresentar

características especiais e uma comparação dos níveis corrigidos com um critério que

leva em conta os vários fatores. A norma avalia o nível do ruído ambiente (Lra), que

representa o nível de pressão sonora equivalente ponderado em "A, no local e horário

considerados, na ausência do ruído gerado pela fonte sonora em questão. O nível

corrigido (Lc) para ruído sem caráter impulsivo e sem componentes tonais, que

corresponde ao ruído ambiental, é determinado pelo nível de pressão sonora

equivalente, Laeq. O método de avaliação de ruído baseia-se na comparação entre o

nível de pressão sonora corrigido (Lc) e o nível de critério de avaliação (NCA),

estabelecido e dado em dB(A).

Esta Norma ABNT nº10.151/2000, deu origem à Resolução CONAMA Nº 1 editada em

março de 1990, tratando a questão dos níveis de ruído ambiental, ao meio externo. O

Quadro 3, a seguir, apresenta os níveis máximos aceitáveis previstos na Norma ABNT

NBR 10.151 de acordo com o nível de critério de avaliação NCA para ambientes

externos.

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 21

QUADRO 3 - Nível de critério de avaliação NCA para ambientes externos, em dB(A)

TIPOS DE ÁREAS DIURNO NOTURNO

Áreas de sítios e fazendas 40 35

Áreas estritamente residencial urbana ou de

hospitais ou de escolas 50 45

Área mista, predominantemente residencial 55 50

Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55

Área mista, com vocação recreacional 65 55

Área predominantemente industrial 70 60

Fonte: ABNT, NBR 10.151

Deve ser observado que, em âmbito estadual e municipal, até o momento não existem

dispositivos específicos relacionados à fixação de limites de níveis de ruído.

Norma ABNT NBR 10.152/1987

É intitulada como "Níveis de Ruído para Conforto Acústico" e equivale à reimpressão

da NB-95/1987. Esta norma fixa os níveis de ruído compatíveis como o conforto

acústico em ambientes diversos.

Vibração - Norma ABNT NBR 9653/1986

É intitulada como “Guia para Avaliação dos Efeitos provocados pelo Uso de Explosivos

nas Minerações em Áreas Urbanas”. Esta norma fixa a metodologia para reduzir riscos

inerentes ao desmonte de rochas com uso de explosivos em minerações,

estabelecendo parâmetros a um grau compatível com a tecnologia disponível para a

segurança das populações vizinhas. Esta norma se aplica somente às emissões de

ruídos impulsivos, vibrações pelo terreno e ultra-lançamentos decorrentes do

desmonte de rochas por explosivos. É facultativa a aplicação desta Norma nas

minerações localizadas em áreas não urbanas. Desde que a situação envolva riscos

semelhantes, a Norma deve ser aplicada.

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 22

Nível de Pressão Acústica (Sobrepressão de Ar)

O Nível de Pressão Acústica definido na NBR-7731/1983 e medido além da área de

operação, não deve ultrapassar o valor de 134 dB(L), o que corresponde a uma

pressão acústica de pico de 100 Pa.

NRM-16 - Operações com explosivos e acessórios

Esta norma reguladora de Mineração foi aprovada pela Portaria nº237 de 18/10/2001,

do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM. Todas as operações

envolvendo explosivos e acessórios devem observar as recomendações de segurança

do fabricante, sem prejuízo do contido nas Normas Reguladoras de Mineração - NRM.

O monitoramento de vibrações no solo e o ruído no ar decorrentes de detonações

deve ser realizado nas áreas civis próximas ao local de detonação e manter-se dentro

dos seguintes limites máximos:

velocidade de vibração de partícula: 15 mm/s - componente vertical.

sobrepressão sonora: 128 dB(L).

Todos os procedimentos de coleta e dados apresentados devem atender as

especificações das seguintes Leis e Normas:

Lei Nº 1149/2007

Resolução CONAMA Nº1/1990

Resolução CONAMA nº2/1990

Resolução CONAMA 005/1989

Resolução CONAMA 010/1984

Resolução CONAMA nº 17/1995

Resolução CONAMA 018/1986

ABNT NBR 10.151/2000

ABNT NBR 10.152/1987

NB-95/1987

ABNT NBR 9653/1986

NBR-7731/1983

10. INTERFACE COM OUTROS PROGRAMAS

Programa de Controle Ambiental das Obras e Construções

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental

Programa de Monitoramento Sismológico

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PBA – Plano Básico Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Cachoeira Caldeirão 23

11. CRONOGRAMA (ANEXO)

12. RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA

Claudio Uchôa Amoras, Engenheiro Ambiental, Engenheiro Químico; Especialista em

Sistemas Deposicionais Não-Marinhos e Avaliação Hidrogeoquímica de Recursos

Hídricos.

Wagner José Pinheiro Costa, Geólogo, Especialista em Geoprocessamento e Mestre

em Geologia e Geoquímica, CREA nº 1511674415.

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas. (1987). NBR-10.152. Resolução Nº.

95/1986. Níveis de ruído para conforto acústico. Rio de Janeiro: ABNT.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2000). NBR-10.151. Resolução Nº.

358/2005. Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade.

Rio de Janeiro: ABNT.

Resolução CONAMA Nº1, 08 de março de 1990: Emissão de Ruídos.

Resolução do CONAMA nº2, 08 de março de 1990: Institui o Programa Nacional de

Educação e Controle da Poluição Sonora – Silêncio.

Resolução CONAMA nº1, de 11 de fevereiro de 1993 - Estabelece limites máximos de

ruídos de veículos.

Resolução CONAMA nº 17, de 13 de dezembro de 1995 - Ratifica limites máximos de

ruídos de veículos.

14. ANEXOS

Mapa de localização dos pontos de monitoramento de ruídos

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