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Direitos autorais 3M do Brasil 2004Proibida a reproduo 3 Inovao
3M SOLUES PARA SADE OCUPACIONAL E
SEGURANA AMBIENTAL
DEPARTAMENTO TCNICO
Autoria: Glucia C. Gabas
PPRROOGGRRAAMMAA DDEE CCOONNSSEERRVVAAOO AAUUDDIITTIIVVAA
Guia Prtico 3M
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PPRROOGGRRAAMMAA DDEE CCOONNSSEERRVVAAOO AAUUDDIITTIIVVAA
GGuuiiaaPPrrttiiccoo33MM
ndice
1.0- PROPSITO ...........................................................................................................32.0- OBJETIVO DO PCA...............................................................................................4
2.1 Benefcios do PCA...............................................................................................52.1.1 Benefcios do PCA ao empregado ................................................................52.1.2 Benefcios do PCA ao empregador ...............................................................6
3.0- CONCEITOS BSICOS ........................................................................................73.1 -O Sistema Auditivo .............................................................................................73.2 -O Som, o Rudo e as interaes com os indivduos.....................................8 3.2.1 Durao da Exposio.....................................................................................83.2.2 Distncia da fonte .............................................................................................83.2.3 Tipos de rudo ...................................................................................................93.2.4 Frequncia.........................................................................................................93.2.5 Intensidade........................................................................................................93.2.6 Susceptibilidade individual..............................................................................93.3 Espectro Audvel e o Decibel (dB) ................................................................. 103.3.1 Adio de Nveis de Presso Sonora ........................................................ 113.3.2 Curvas de Compensao.............................................................................113.4 Efeitos do Rudo sade do exposto ............................................................ 123.4.1 PAIR perda permanente ...........................................................................133.4.2 Trauma Acstico............................................................................................ 133.4.3 Mudana Temporria do Limiar Auditivo ou Temporary Treshold Shift(TTS).......................................................................................................................... 133.5 Fatores para a Perda da Audio ................................................................. 133.5.1 Agentes Qumicos e Perdas na Audio................................................... 143.6 Caracterizao da PAIR .................................................................................. 15
4.0 Aspectos Legais...................................................................................................164.1 Ministrio Do Trabalho e Emprego ................................................................ 165.0 Passos para a implementao do PCA ............................................................ 18
5.1. Procedimento para a elaborao do Documento-base do PCA..........185.1.1 Introduo ....................................................................................................... 185.1.2 Poltica da Empresa ...................................................................................... 185.1.3 Objetivo do PCA ...................................................................................... 195.1.4 Responsabilidades .................................................................................. 195.2 Requerimentos mnimos do programa .......................................................... 225.2.1 Avaliao da Exposio ............................................................................... 23
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5.2.2 Seleo dos Protetores Auditivos ......................................................... 235.2.3 Distribuio dos Protetores Auditivos .................................................. 245.2.4 Limpeza, higienizao, armazenamento e manuteno......................... 245.2.5 Treinamento ............................................................................................. 255.2.6 Monitoramento do uso .................................................................................. 255.2.7 Exame mdico Audiometrias.................................................................... 255.3 Avaliao da eficcia do Programa de Conservao Auditiva ..................265.4 Registro dos dados ..................................................................................... 26
6.0- PROCEDIMENTO PARA O MONITORAMENTO DAS EXPOSIES..... 276.1 Medies e Avaliaes ...............................................................................296.2 Tipos de Avaliaes e Instrumentao .................................................... 306.3 Dosimetria de Rudo Monitoramento Pessoal da Exposio............ 316.3.1 Limites de Tolerncia para Rudo Contnuo ou Intermitente............316.3.2 Limites de Exposio para Rudo de Impacto .................................... 356.3.3 Aspectos Legais....................................................................................... 376.3.4 Registros dos dados ...............................................................................38
7.0 TESTES AUDIOMTRICOS...............................................................................397.1 Objetivos ....................................................................................................... 397.2 Critrios Adotados ............................................................................................ 397.3 A importncia das Audiometrias no PCA ................................................ 40
8.0 -SELEO E USO DE PROTETORES AUDITIVOS .....................................428.1 Controle da Exposio ao Rudo.................................................................... 428.2 Tipos de Protetores Auditivos.................................................................... 438.3 Recomendaes para Seleo e Uso...................................................... 478.3.1 Seleo de Protetores Auditivos ........................................................... 478.3.2 Colocao e Uso Corretos ..................................................................... 49
9.0 Indicaes de Manuteno e Higienizao................................................. 5310.0 Qualidade da Vedao no canal auditivo .................................................... 5511.0 Porcentagem do Tempo de Uso ................................................................... 5712.0 Atenuao dos Protetores Auditivos ............................................................ 58
12.1 Clculo da Atenuao pelo Mtodo Longo ............................................. 6112.2 Reduo de Rudo Estimada para os Usurios ..................................... 6312.3 Comparando os valores de atenuao entre diferentes protetoresauditivos ....................................................................................................................64
13.0 TREINAMENTO E MOTIVAO.................................................................. 6513.1
Contedo mnimo para Treinamento dos usurios de protetoresAuditivos....................................................................................................................65
14.0 Uso de Proteo Dupla .................................................................................. 66(Protetor Auditivo do Tipo Insero + Protetor Auditivo do Tipo Concha) .........66
Frequncias, Hz ......................................................................................................... 67Frequncias, Hz ......................................................................................................... 68
15.0 Durabilidade e Substituio dos Protetores Auditivos............................... 69Bibliografia....................................................................................................................71
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1.0- PROPSITO
O propsito deste guia da 3M do Brasil apresentar os requerimentos mnimos
aplicveis para a elaborao, execuo e administrao de um Programa de
Conservao Auditiva, para que a sade dos trabalhadores expostos a nveis de rudo
perigosamente altos seja preservada.
A abordagem generalizada, para o entendimento inicial de cada etapa que faz parte
do programa, necessitando que o contedo seja desenvolvido por cada empresa, por
apresentarem situaes e oportunidades diferentes em cada caso. um direcionador
que menciona as etapas que no podem ser deixadas de lado em um programaO responsvel pela conservao auditiva dentro de cada empresa deve analisar se
particularidades desta proposta de trabalho so viveis ou no, em cada PCA, de cada
planta industrial, fazendo o melhor julgamento de como adaptar a proposta para
atender as necessidades da empresa, a fim de alcanar a efetiva preveno da perda
auditiva ocupacional.
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2.0- OBJETIVO DO PCA
O principal objetivo de um PCA na indstria proteo da sade do trabalhador, ouseja, prevenir que os trabalhadores expostos a nveis de rudo perigosamente altos
desenvolvam perda auditiva induzida pelo rudo ocupacional (PAIR).
O rudo um dos contaminantes mais comum, encontrado facilmente tanto no nosso
dia a dia como em grande parte dos processos industriais.
O controle do rudo , portanto, uma questo de considervel importncia econmica e
social e esta importncia tem crescido progressivamente nos ltimos anos. Cada vez
mais, uma ampla variedade de profissionais compartilham um interesse vital por este
problema: tcnicos, engenheiros, arquitetos, urbanistas, oficiais do governo,higienistas ocupacionais, mdicos, fonoaudilogos, entre outros.
A caracterstica multidisciplinar do PCA faz com que as habilidades, conhecimentos e
experincias de cada profissional envolvido no programa sejam aproveitadas ao
mximo, integrando os trabalhadores expostos, aumentando consideravelmente as
chances de sucesso.
Os requisitos propostos por este material para a elaborao, execuo e
administrao de um Programa de Conservao Auditiva esto baseados nos
requisitos apresentados pela OSHA (Occupational Safety and Health Administration)nos USA, que promulgou essas regulamentaes depois que a PAIR ocupacional foi
reconhecida como um problema de sade, onde esto especificados requerimentos
mnimos que as empresas devem cumprir e no que est estabelecido no documento
da FUDACENTRO Programa de Proteo Respiratria Recomendaes para
Seleo, Manuteno e Uso de Equipamentos de Proteo Respiratria, como as
etapas mnimas que tambm poderiam ser aplicadas em um Programa de
Conservao Auditiva.
totalmente possvel atingir o objetivo de preveno da perda auditiva induzida pelo
rudo ocupacional se os requisitos mnimos forem cumpridos na organizao de um
PCA. No entanto, simplesmente cumprir com os mesmos, no garante que um
programa ser eficaz na preveno da perda auditiva ocupacional.
Experincias com indstrias nos Estados Unidos indicam que no existe uma
correlao significante entre a quantidade de dinheiro gasto no estabelecimento de um
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Programa de Conservao Auditiva e sua respectiva eficcia ( livro: Hearing
Conservation Programs- Practical Guideline for Success Royester&Royester)
Um bom PCA ou um PCA pouco efetivo despender praticamente dos mesmos
recursos de tempo, dinheiro e pessoal. Todas as etapas (definio de estratgias de
medio, aquisio dos equipamentos de medio, realizao das medies, as
tomadas de deciso quanto ao uso de EPIs, sua aquisio, distribuio,
armazenamento e cuidados, avaliaes audiomtricas peridicas, treinamentos dos
envolvidos, etc...) podem ser realizadas de uma maneira mais eficaz ou menos eficaz.
Mas, independentemente disso, os recursos necessrios sero basicamente os
mesmos.
2.1 Benefcios do PCA
possvel conseguir motivao tanto dos empregadores quanto dos empregados para
uma implementao eficaz de um PCA em uma empresa, pois muitos benefcios
podem ser observados para ambas as partes, como exemplificado a seguir.
2.1.1 Benefcios do PCA ao empregado
Benefcio direto: preveno da PAIR ocupacional
Melhoria da qualidade de vida: a perda auditiva afeta a capacidade de comunicao
do indivduo, que essencial para viver bem em sociedade.
Reduo dos impactos no organismo: menor nervosismo, estresse, doenas
cardiovasculares e outros males ocasionados pela exposio excessiva ao rudo.
Melhoria no trabalho: habilidade em dar e receber orientaes, utilizar o telefone, ouvir
sinais de alerta e sons de mquinas, aumento das chances de mobilidade de funo
dentro da empresa.
Disponibilidade para o mercado: a perda auditiva diminui o potencial do indivduo em
conseguir um novo emprego.
Manuteno da Sade: preveno de problemas auditivos de origem no-ocupacional,
que podem ser detectados pelos exames anuais que fazem parte do PCA.
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2.1.2 Benefcios do PCA ao empregador
Benefcio direto: aumento da produtividade do empregado, pela reduo do estresse efadiga, relacionados exposio ao rudo.
Diminuio do ndice de acidentes na empresa: ganhos monetrios diretos e indiretos
Manuteno da imagem da empresa: prtica de polticas que dizem respeito sade e
segurana dos funcionrios
Versatilidade dos empregados: aumento das possibilidades de mobilidade de funo,
reduzindo gastos extras devidos a novas contrataes e treinamentos.
Reduo da rotatividade de pessoal: melhoria do relacionamento entre os
funcionrios.Reduo de gastos: preveno de perdas de dinheiro por possveis pagamentos de
indenizaes.
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3.0- CONCEITOS BSICOS
3.1 -O Sistema Auditivo
O nosso sistema auditivo est dividido em trs partes principais: orelha externa, orelha
mdia e orelha interna.
De uma maneira bem simplificada, podemos dizer que a Orelha Externa composta
pelo pavilho da orelha, que uma fina cartilagem elstica recoberta de pele, que
capta e direciona as ondas sonoras, canalizando-as at o tmpano e pelo meato
acstico externo, que um canal que se estende at a membrana do tmpano e bastante sinuoso. Este canal tem aproximadamente 3.5 cm, variando de uma pessoa
para outra.
Fazem parte da Orelha Mdia a membrana timpnica, que constituda por um
material muito fino de espessura de 0,1 mm, os trs ossculos (bigorna, estribo,
martelo), que transmitem as vibraes da membrana e a tuba auditiva, que mantm o
arejamento das cavidades da orelha mdia, atravs de uma abertura intermitente que
se d no ato de deglutir, bocejar ou espirrar. No final da Orelha Mdia, est a janela
oval.
A janela oval est ligada Orelha Interna, que composta por um conjunto de
cavidades. Uma delas a cclea, parecida com um caracol e possui duas e meia
espiras enroladas ao redor de uma rea central, repleta de clulas ciliares externas e
internas, responsveis por transmitir as vibraes do lquido coclear para o nervo
acstico, que leva os impulsos aos centros corticais da audio no crebro, onde se
d o fenmeno consciente da sensao sonora.
No processo da fala, por exemplo, esto sendo formadas ondas, devido a uma
variao de presso no ar. Se esta variao de presso possuir uma intensidade
suficiente para vibrar a membrana timpnica, essas vibraes so transmitidas
orelha mdia, atravs da alavanca formada pelos trs pequenos ossculos, chegando
orelha interna e ao nervo acstico.
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3.2 -O Som, o Rudo e as interaes com os indivduos.
Podemos entender o Som como qualquer variao de presso em um meio elstico(no ar, gua ou outro meio) que o ouvido humano possa detectar, ou seja, uma
vibrao que transmitida na forma de ondas e percebida pelo indivduo como
agradvel. O meio mais importante neste trabalho o areo.
Quando o som no desejado ou incmodo, ou possui uma combinao no
harmoniosa, dizemos que o mesmo se transformou em Rudo ou barulho. Uma das
principais caractersticas do rudo a mistura de sons, cujas freqncias no seguem
uma regra precisa.Existem alguns fatores responsveis por transformar um som agradvel em um rudo
irritante e desagradvel. So eles:
Durao da exposio
Distncia da fonte geradora de rudo
Tipos de rudos
Freqncia / Intensidade
Susceptibilidade individual
3.2.1 Durao da Exposio
Quanto menor o tempo de exposio, menor a probabilidade de desenvolvimento de
problemas auditivos. Quanto maior o tempo de exposio ao rudo, maior a
possibilidade de desenvolvimento de problemas auditivos.
3.2.2 Distncia da fonte
Quanto mais prximo estivermos do rudo, maior a probabilidade de ferirmos ou
causarmos traumas acsticos, como rompimento da membrana timpnica. Quanto
mais nos afastamos da fonte do rudo, menor ser o nvel ao qual estaremos expostos.
Porm, dependendo da intensidade e tempo de exposio a este rudo, ainda
corremos riscos de perdas auditivas.
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3.2.3 Tipos de rudo
O rudo contnuo o que permanece estvel com variaes mximas de 3 a 5 dB(A)durante um longo perodo. Exemplo: mquina trabalhando - furadeira ou britadeira em
operao, o trnsito na cidade.
O rudo intermitente um rudo com variaes, maiores ou menores de intensidade
em perodos muito curtos. Exemplo: o alarme do rdio relgio ou alarme de carros.
O rudo de impacto apresenta picos com durao menor de 1 segundo, a intervalos
superiores a 1 segundo. Exemplo: o disparo de armas de fogo ou exploses em
pedreiras.
3.2.4 Frequncia
o nmero de vezes que a oscilao de presso repetida, na unidade de tempo.
Normalmente, medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). Por exemplo:
Alta freqncia: so os sons agudos;
Baixa freqncia: so os sons graves.
3.2.5 Intensidade
Podemos entender a intensidade como o volume do som ou rudo, cuja unidade o
decibel (dB). caracterizada por som forte ou fraco. Por exemplo:
Alta intensidade: o volume do rdio quando alto.
Baixa intensidade: o volume do rdio quando baixo.
3.2.6 Susceptibilidade individual
Cada indivduo possui uma sensibilidade diferente do outro no que se refere
audio. Isto significa que cada pessoa percebe os sons de formas diferentes.
A sensibilidade pode e geralmente varia com a idade, sexo, etnia, exposies
anteriores. Pessoas jovens geralmente escutam bem, enquanto que pessoas mais
idosas, tm diminuio de limiar de audio.
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3.3 Espectro Audvel e o Decibel (dB)
O alcance da audio humana se estende de aproximadamente 20 Hz at 20.000 Hzde freqncia e de aproximadamente 0 dB at 120 dB de intensidade, para um ouvido
jovem e saudvel. Os sons que so produzidos abaixo dos 20 Hz so denominados
infra-sons e os produzidos acima dos 20.000 Hz, denominados ultra-sons.
Dentro do espectro audvel, o ser humano no escuta de maneira linear em todas as
freqncias. Existem freqncias em que o sistema auditivo do humano faz menos
esforo para entender os estmulos e em outras, esta percepo torna-se um pouco
mais difcil. A fala, por exemplo, est compreendida numa faixa de freqncia entre
500 Hz e 4000 Hz, dependendo do locutor, e pode se apresentar numa intensidadeque varia entre 50 dB a 80 dB, aproximadamente. Vozes de freqncias mais altas
(agudas), so mais fceis de serem percebidas pelo humano. Isso explicado pelo
fato do ouvido ser mais sensvel na faixa de 2 KHz a 5KHz e menos sensvel nas mais
altas e mais baixas freqncias. A faixa audvel de certos animais, como por exemplo,
o cachorro, diferente da faixa do ser humano, iniciando prximo dos 100 Hz e
atingindo a regio do ultra-som.
O som mais fraco que o ouvido humano saudvel pode detectar de 20 micro Pascais
(ou 20 Pa). O mximo que o ouvido humano pode suportar 200 Pa de presso, ouseja, presses um milho de vezes mais alta. Devido a essa grande diferena de
escala de presso, outra foi criada o decibel (dB). Podemos dizer que o 0 dB (limiar
da audio) corresponde aos 20 Pa ou presso de referncia. Da mesma maneira
que 140 dB (limiar da dor) corresponde aos 200 Pa.
O Nvel de Presso Sonora (NPS) em dB o parmetro empregado em instrumentos
de medio. Sua expresso dada por:
NPS (dB) = 20 log P/Po
Onde: P = presso sonora a ser medida
Po = presso de referncia = 2x10-5 Pa
Note-se que o Po corresponde ao limiar da audio ou 0 dB. Para calcular o limiar da
dor, temos:
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NPS (dB) = 20 log (2x102 / 2x10-5) = 20 log 107 ~ 140 dB
3.3.1 Adio de Nveis de Presso Sonora
Quando se utiliza a escala em dB, a soma de NPS no pode ser feita algebricamente.
Na realidade, quando se deseja conhecer o valor total da combinao de dois ou mais
nveis, preciso transform-los em presso sonora (Pa), som-los e novamente
retornar ao dB, atravs da relao logartmica. Para tornar os clculos mais fceis e
rpidos, pode ser utilizada a regra de Thumb, como se segue:
Grfico para Adio de NveisSonoros
00,5
11,5
22,5
3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
L1-L2 (dB)
LT-L1(dB)
-se a diferena entre dois nveis estiver entre:
0-1 dB => adicione 3 dB ao maior valor
2-3 dB => adicione 2 dB ao maior valor
4-7 dB => adicione 1 dB ao maior valor
8 dB ou mais => adicione 0
A acuidade deste mtodo 1 dB. Exemplo: 90 dB + 90 dB = 93dB
Lembrando que este mtodo no deve ser utilizado para estimar exposio individual
ao rudo!!
3.3.2 Curvas de Compensao
Estudos demonstraram que o ouvido humano no responde linearmente s diversas
freqncias, como visto anteriormente. Um dos estudos mais importantes que
revelaram tal no-linearidade foi a experincia realizada por Fletcher e Munson nos
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anos 30, que resultaram nas curvas isoaudveis, levando introduo de curvas de
compensao nos instrumentos de medio de som, simulando o sistema auditivo.
Destas curvas, a A e a C so as mais empregadas, sendo que a A a mais
amplamente empregada na avaliao do rudo ocupacional, pois a que melhor
correlaciona Nvel Sonoro com probabilidade de Dano Auditivo.
3.4 Efeitos do Rudo sade do exposto
O rudo um fator de risco presente em vrias atividades humanas, fazendo parte do
cotidiano da comunidade, no ambiente domstico e tambm na maioria dos processos
de trabalho.
Sem dvida alguma, a perda auditiva ou diminuio da acuidade auditiva a
conseqncia mais imediata causada pela exposio excessiva ao rudo e este risco
da leso auditiva aumenta com o nvel de presso sonora e com a durao da
exposio, mas depende tambm das caractersticas do rudo e da suscetibilidade
individual.
Mas, os efeitos do rudo no se limitam a isso. A exposio em excesso ao rudo pode
acarretar outros problemas de sade ou pior-los, alm de impactos na qualidade de
vida do indivduo exposto. Por exemplo, aumento da presso sangunea, provocar
ansiedade, perturbar a comunicao, provocar irritao, fadiga, diminuir o rendimento
do trabalho, etc...
Entre os danos no aparelho auditivo que a exposio a nveis excessivos de rudo
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pode causar, citamos a Perda Auditiva Induzida pelo Rudo (PAIR), oTrauma Acstico
e o Temporary Treshold Shift (TTS) ou Mudana Temporria do Limiar Auditivo.
3.4.1 PAIR perda permanente
Em ambiente ocupacional, tambm denominada por Disacusia, Hipoacusia ou Surdez
Ocupacional, causada pela exposio prolongada a nveis elevados de rudo.
A perda auditiva induzida pelo rudo indolor, gradual e seus sinais so quase
imperceptveis (zumbidos no ouvido durante ou aps a exposio a nveis altos de
rudo, dificuldade de manter uma conversao normal, sensao dos sons estarem
abafados).Com a destruio das clulas ciliadas da cclea, a orelha interna perde a capacidade
de transformar as ondas sonoras em impulsos nervosos e, conseqentemente, o fim
da audio. Infelizmente, no se conhece ainda a cura para clulas ciliadas
destrudas.
3.4.2 Trauma Acstico
conceituado como uma perda auditiva sbita, causa por uma nica exposio a
nveis de rudo muito altos. Em geral, acompanha-se de zumbido imediato, podendo
acontecer rompimento do tmpano, hemorragia ou danos na cadeia ossicular.
3.4.3 Mudana Temporria do Limiar Auditivo ou Temporary Treshold
Shift (TTS).
A perda auditiva temporria um efeito em curto prazo de uma mudana temporria
do limiar auditivo e depende da suscetibilidade individual, tempo de exposio,
intensidade e freqncia do rudo. A audio volta ao normal aps algum tempo longe
do rudo ou aps o chamado repouso acstico. O zumbido, aps a exposio a um
rudo alto pode ser sinal de perda temporria.
3.5 Fatores para a Perda da Audio
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Existem diversos fatores que podem levar perda na audio, alm da PAIR
ocupacional. No ambiente de trabalho, as diversas combinaes entre agentes fsicos
agressivos e agentes qumicos facilmente encontrados, tornam-se riscos sade dosexpostos. Por esse motivo, as Perdas Auditivas Ocupacionais no devem ser restritas
a Perda Auditiva Induzida por Rudo, pois podem ocorrer casos de perdas auditivas
ocupacionais e no ocupacionais sem que haja, necessariamente, exposies ao
rudo.
Outros fatores, alm da PAIR ocupacional, que podem levar perda auditiva:
Exposio durante lazer ou segundo ofcio: diversas ocupaes e atividades, pela
natureza do trabalho, acabam por expor indivduos a nveis excessivos de rudo, tais
como: prtica de tiro ao alvo, msica alta, marcenaria domstica, etc.Presbiacusia, que a perda auditiva ocasionada por envelhecimento do sistema
auditivo.
Causas patolgicas, como rubola, meningite, infeces do aparelho auditivo.
Surdez hereditria
Trauma na cabea
Drogas Ototxicas: existem casos de problemas auditivos relacionados ao consumo
de medicamentos, como por exemplo, certos antibiticos, anti-depressivos, etc...
Agentes Qumicos Ototxicos, que por si s ou quando combinados ao rudo, podemcausar danos audio.
Este ltimo fator merece destaque
3.5.1 Agentes Qumicos e Perdas na Audio
Exposio a certos agentes qumicos tambm podem resultar em perda auditiva. Em
situaes nas quais pode haver exposies simultneas rudo e n-butanol, monxido
de carbono, chumbo, mangans, estireno, tolueno ou xileno, recomenda-se a
realizao de audiomentrias peridicas, que devem ser cuidadosamente revisadas.
Outras substncias sob estudos acerca de efeitos ototxicos so: arsnico, dissulfeto
de carbono, mercrio e tricloroetileno. (alterao pretendida no livreto de TLV da
ACGIH- traduo da ABHO 2002)
Pode-se dizer que um dos mais importantes e complexos desafios na rea de sade
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ocupacional o estudo sobre os efeitos das exposies simultneas. Fica evidente a
necessidade de mais estudos nesta rea, quando analisamos o nmero de
trabalhadores expostos ao rudo e a quantidade de agentes qumicos potencialmentetxicos encontrados na indstria.
3.6 Caracterizao da PAIR
As perdas auditivas induzidas pelo rudo so sempre do tipo neuro-sensorial,
geralmente bilaterais e simtricas, iniciando nas freqncias de 4000, 6000 ou 3000
Hz, com uma perda mais acentuada nessas freqncias do que nas freqncias de500, 1000 ou 2000 Hz. Geralmente a maior perda na faixa de 4000 Hz. As
freqncias mais altas e mais baixas que 4000 e 6000 levam mais tempo para serem
afetadas. Iniciam-se nos primeiros anos de exposio e atingem um limiar mximo de
10 a 15 anos de exposio. Geralmente no progridem significativamente depois de
cessada as exposies.
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4.0 ASPECTOS LEGAIS
Devido ao desconhecimento do nmero real de trabalhadores expostos e ao sub-registro ou mesmo no-notificao dos casos, os dados disponveis sobre os
acidentes de trabalho, em particular dos traumas acsticos e das doenas
profissionais relacionadas a PAIR, nas estatsticas oficiais, no permitem mensurar o
impacto do que representa a exposio ocupacional ao rudo em epidemiologia
ocupacional, mas existem registros indicando que no Brasil, a surdez a segunda
maior causa de doena profissional.
4.1 Ministrio Do Trabalho e Emprego
NR- 7 - Portaria n. 19, de 9 de Abril de 1998: Instrui sobre os parmetros de
monitorizao da exposio ocupacional ao risco de exposio a presso sonora
elevada. O critrio de aptido dado pelo mdico coordenador do P.C.M.S.O. e no
deve ter carter discriminatrio. Alm do audiograma, deve ser levado em
considerao a anamnese, idade, exame otoscpico, a demanda auditiva na funo.
exposio no ocupacional, capacitao profissional e o P.C.A. da empresa. Tambm
instrui que o funcionrio deve ser enquadrado no relatrio anual do P.C.M.S.O.
NR-9 - Norma Regulamentadora No. 9 da SSMTb (que disciplina sobre as aes do
PPRA): estabelece como condio fundamental no controle dos processos de trabalho
em que h produo de rudo, o monitoramento regular das fontes de emisso e a
adoo de equipamentos de proteo coletiva - EPC, como enclausuramento ou
abafamento e de proteo individual - EPI, os denominados protetores auditivos.
O planejamento de Programas de Preveno da Perda Auditiva Induzida pelo Rudo
impe-se como principal medida de preservao da capacidade auditiva e de
preveno de outros agravos sade da fora de trabalho, decorrentes das PAIR,
especialmente o risco a que esto expostos estes trabalhadores a acidentes do
trabalho, pela reduo do seu campo de percepo neuro-sensorial.
NHO-01 Normas de Higiene Ocupacional da Fundacentro: avaliao da Exposio
Ocupacional ao rudo
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O Decreto presidencial 4.882, de 18/11/03, assinado pelo presidente da Repblica,
que altera dispositivos do Regulamento da Previdncia Social, transforma em
referncia oficial as Normas de Higiene Ocupacional, elaboradas e editadas pelaFundacentro.
Portaria n. 48, de 25 de maro de 2003 do Ministrio do Trabalho
Estabelece normas tcnicas de ensaios aplicveis aos Equipamentos de Proteo
Individual com o respectivo enquadramento no Anexo I da NR 06.
NR6- Vida til:
Cabe ao empregador quanto ao EPI :a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
(206.005-1 /I3)
b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3)
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo rgo nacional competente em
matria de segurana e sade no trabalho; (206.007-8/I3)
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservao;
(206.008-6 /I3)
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I3)f) responsabilizar-se pela higienizao e manuteno peridica; e, (206.010-8 /I1)
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)
Cabe ao empregado quanto ao EPI :
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservao;
c) comunicar ao empregador qualquer alterao que o torne imprprio para uso; e
d) cumprir as determinaes do empregador sobre o uso adequado.
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Esta empresa tem como meta primordial assegurar que todos trabalhadores -
empregados, terceiros e visitantes - no desempenho de suas atividades profissionais
em suas reas fabris, tenham suas condies de sade preservadas.
5.1.3 Objetivo do PCA
Este item deve refletir o objetivo de um PCA, levando em considerao as
particularidades da empresa.
Exemplo:
Todos os locais de trabalho onde haja a possibilidade de exposio dos indivduos a
altos nveis de rudo, o agente fsico Rudo ser avaliado e os trabalhadoresmonitorados de tal forma que sejam obtidos dados e informaes suficientes para
identificar nveis de exposio que possam ser prejudiciais sade de trabalhador
exposto.
Nos casos em que seja identificado tal risco, a empresa estabelece que deve ser
implantado um ou mais dos seguintes mtodos de controle, de acordo com a
hierarquia abaixo:
Substituio dos equipamentos ou mquinas por outros, que sejam comprovadamente
menos ruidosos; implantao de sistemas de controle de rudo na fonte;Alterao no processo produtivo de forma a eliminar ou reduzir esta exposio a nveis
aceitveis: isolamento do trabalhador ou do processo produtivo de modo a diminuir ou
eliminar a exposio; implantao de sistemas de controle de rudo na trajetria;
Adoo do uso de equipamento individual de proteo auditiva, de acordo com os
critrios tcnicos e administrativos estabelecido neste documento.
5.1.4 Responsabilidades
A equipe deve ser multidisciplinar. Cada um dos integrantes do programa ter suas
atribuies e deveres dependendo de suas formaes profissionais, experincias e
habilidades.
Administrador do Programa
O Programa de Conservao Auditiva dever ter um administrador, que ser o
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responsvel pelo programa. Esta pessoa tem a autoridade para agir sobre todas as
matrias relacionadas administrao e operao do PCA e para isso, possui
conhecimentos suficientes, experincia profissional, est atualizado sobre osregulamentos vigentes e capacitou-se em proteo auditiva atravs de cursos de
especializao/atualizao.
Suas responsabilidades incluem:
administrao e operao do programa de conservao auditiva
dirigir medies, estimativas ou informaes atualizadas sobre os nveis de rudo na
rea de trabalho e nveis de exposio;
manuteno de registros e procedimentos escritos de tal maneira, que o programa
fique documentado e permita uma avaliao de sua eficcia;avaliao da eficcia do programa, atravs de auditoria peridica.
Diretoria, Gerncia e Superviso da empresa
Cabe a gerncia, direo e superviso da empresa garantir e suportar o PCA, de
forma que este possa trazer os resultados esperados na preservao do bem estar e
sade do trabalhador.
Fazem parte das atribuies da alta gerncia, as seguintes responsabilidades:
Estabelecer e manter o Programa de Conservao Auditiva, provendo recursosfinanceiros e humanos.
Cumprir com os requisitos legais para preservao da sade e integridade fsica do
trabalhador
Assegurar que a poltica da empresa referente proteo auditiva seja entendida e
cumprida por todos envolvidos.
Designar e substituir, se necessrio, o administrador do PCA
Chefias e encarregados de produoOs chefes e encarregados devem assegurar que os trabalhadores utilizem
corretamente o equipamento de proteo individual indicado para as tarefas
realizadas.
Os chefes e encarregados ainda tm as seguintes responsabilidades:
Informar os trabalhadores sobre os riscos existentes nos ambientes de trabalho, nas
operaes industriais e reas ruidosas.
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Orientar sobre o uso correto dos protetores auditivos e no permitir que trabalhadores
ou visitantes entrem em reas de risco ou realize quaisquer operaes ou processos
perigosos, sem a proteo necessria.Informar as reas de segurana, sade e higiene ocupacional sobre quaisquer
alteraes ocorridas no processo de fabricao ou alteraes de matrias primas
utilizadas.
Engenharia e Manuteno
Os setores de engenharia e manuteno so responsveis pelos projetos e
implementao de controles de rudo na empresa. So tambm responsabilidades do
setor de engenharia da empresa:Comunicar o administrador do PCA quaisquer alteraes em equipamentos e
processos produtivos;
Instalao e controle de sistemas de proteo coletiva contra rudos
Compras, suprimento e almoxarifado.
responsabilidade dos setores de compra e suprimento a elaborao e manuteno
de polticas de compras de equipamento de proteo auditiva Esta poltica deve
contemplar os seguintes tpicos:Seleo de fornecedores confiveis
Manuteno de inventrios de forma a garantir a disponibilidade de produtos para uso
quando necessrio
Trmites para devoluo e troca.
Segurana e Higiene Ocupacional
As reas de segurana, higiene e sade do trabalhador exercem papel fundamental na
proteo auditiva. Entre suas atribuies esto:Realiza ou conduz avaliaes da exposio do trabalhador
Estabelece as medidas tcnicas de controle.
Estabelece os parmetros para a seleo dos protetores auditivos
Participa na avaliao dos resultados dos ensaios de audiometria
Suportar tecnicamente o administrador no desenvolvimento e manuteno do PCA
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Medicina e Fonoaudiologia
A rea de medicina e fonoaudiologia determinam a sade e aptido de uma pessoa
para o uso de um protetor auditivo especfico, de acordo com as suas atividades,estado de sade e condies de trabalho.
So tambm atribuies destes profissionais:
Avaliar a audio dos trabalhadores sempre que lhe forem atribudas atividades que
exijam o uso de protetores auditivos
Determinar sua aptido para uso dos protetores auditivos
Participar na seleo de protetores auditivos e treinamentos dos usurios.
Reviso dos pronturios
Levantamento dos casos de Perda Auditiva e registro das C.A.T.Planejar, atualizar e conduzir os exames audiomtricos em concordncia com as
normas legais (PCMSO portaria n 19).
Seguir as recomendaes do Comit Nacional de Preservao Auditiva quanto ao
diagnstico, interpretao e conceitos mdico-administrativos.
Usurios de protetores auditivos
Os usurios de protetores auditivos podem ser funcionrios da empresa, funcionrios
de empresas contratadas ou visitantes.So responsabilidades do usurio:
Utilizar o equipamento de acordo com as instrues recebidas.
Cuidar e manter seu equipamento em boas condies de uso.
Reportar qualquer dano ou mau funcionamento.
Deixar imediatamente a rea ruidosa caso seja observada qualquer irregularidade no
funcionamento do equipamento.
Reportar qualquer alterao em seu estado de sade
5.2 Requerimentos mnimos do programa
Os procedimentos abaixo esto baseados nos requerimentos apresentados pela
OSHA (Occupational Safety and Health Administration) nos USA para a elaborao de
um PCA e no que est estabelecido no documento da FUDACENTRO Programa de
Proteo Respiratria Recomendaes para Seleo, Manuteno e Uso de
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Equipamentos de Proteo Respiratria, como as etapas mnimas que tambm
poderiam ser aplicadas em um Programa de Conservao Auditiva:
Avaliao da exposio (OSHA e FUNDACENTRO);Seleo dos Protetores Auditivos (OSHA e FUNDACENTRO);
Distribuio de protetores auditivos (FUNDACENTRO);
Limpeza, higienizao, armazenamento e manuteno (FUNDACENTRO);
Treinamento (OSHA e FUNDACENTRO);
Monitoramento do uso (FUNDACENTRO);
Exame mdico Audiometrias (OSHA e FUNDACENTRO);
5.2.1 Avaliao da Exposio
Todas as reas de trabalho onde haja presena de rudo e trabalhadores expostos
devem ser avaliadas com mtodos apropriados de anlise quantitativa.
Elabore um procedimento escrito que defina claramente como feito o monitoramento
de risco na empresa, e que possa garantir que no haver alteraes das condies
do ambiente de trabalho que superem as limitaes dos equipamentos elecionado.
Este procedimento pode fazer referncias ao Programa de Preveno de Riscos
Ambientais (PPRA) da empresa.Um estudo de anlise de riscos, ou informaes contidas nos mapas de riscos, ou
informaes sobre processos e/ou operaes similares, ou ainda informaes mdicas
dos trabalhadores expostos podem ser teis na identificao de reas onde haja
potencial para super exposio do trabalhador.
Utilizando-se de tcnicas e instrumentos de acuidade e preciso reconhecidos como
prprios para o tipo de avaliao que se deseja executar, os ambientes onde estes
riscos esto presentes devero ser amostrados e analisados de modo a identificar os
nveis de rudos existentes.
Cuidados especiais devem ser tomados nesta avaliao de modo que as operaes
e/ou processos que estejam sendo realizadas no momento da amostragem sejam
representativas do trabalho dirio no local e que estratgias especficas sejam
adotadas, dependendo da resposta que est sendo buscada.
5.2.2 Seleo dos Protetores Auditivos
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A seleo dos protetores auditivos pode ser realizada com base nos elementos da
proteo efetiva, discutidos neste guia, porm, deve ficar explcita a metodologia
utilizada pela empresa. muito importante considerar os fatores relativos scaractersticas pessoais do trabalhador e das atividades por ele realizadas.
O procedimento deve contemplar as consideraes para a escolha do melhor protetor
auditivo, como por exemplo, a dose de exposio ao agente e determinao da
atenuao mnima desejvel, tipo de ambiente onde ser utilizado o protetor, outros
contaminantes presentes, necessidade de compatibilidade com uso de outros EPIs,
conforto proporcionado ao usurio, vedao no canal auditivo, tipo de trabalho
executado, entre outros.
5.2.3 Distribuio dos Protetores Auditivos
necessrio o estabelecimento de normas ou procedimentos por escrito para
promover a distribuio e reposio do protetor auditivo, visando a garantir as
condies de proteo originalmente estabelecidas.
A distribuio requer cuidados do profissional que executa tal funo, garantindo
assim que o usurio tenha em mos o produto adequado ao uso a que se destina.
Para tal, pode ser definida uma planilha de controle de distribuio de protetoresauditivos, contendo informaes mnimas, tais como:
Nome do usurio,
Situao de risco/exposio,
Data das retiradas,
Modelo utilizado,
Parte substituda,
Motivo da substituio,
Comentrios...
5.2.4 Limpeza, higienizao, armazenamento e manuteno.
Os procedimentos para manuteno, limpeza e higienizao de protetores auditivos
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divulgue informaes sobre o estado de sade do trabalhador. Ele deve apenas
informar se o trabalhador est apto ou no ao uso do Equipamento. O objetivo
assegurar que o trabalhador se encontra fsica e psicologicamente habilitado aexecutar suas atividades e utilizar o Protetor Auditivo.
5.3 Avaliao da eficcia do Programa de Conservao Auditiva
Este programa dever ser revisto e avaliado a cada 12 meses, no mnimo, pelos
auditores definidos pelo Administrador do programa. Todos os requerimentos mnimos
do programa devero ser contemplados em todas as auditorias. Ser elaborado umrelatrio escrito desta avaliao. Para cada no conformidade encontrada, ser
estabelecido um plano de aes corretivas com um cronograma estabelecido para a
concluso de cada ao. O Administrador do programa no poder ser um dos
auditores, mas dever estar presente em todas as auditorias, pois quem concentra
todas as informaes necessrias para o atendimento das questes que venham ser
levantadas. . Uma lista anexa a este documento deve conter os nomes dos
profissionais que esto habilitados a realizar as auditorias.
5.4 Registro dos dados
Devem ser criados, para cada etapa, planilhas de controle e relatrios, que devem ser
claros e objetivos, preparados com as informaes sobre os resultados das avaliaes
realizadas.
Recomenda-se que os relatrios tcnicos sejam abordados de forma a possibilitarem a
compreenso por leitor qualificado sobre o trabalho desenvolvido e documentarem os
aspectos relevantes que foram utilizados no estudo.
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Caracterizao Bsica
Segundo a AIHA (American Industrial Hygiene Association), o primeiro passo naavaliao da exposio caracterizar o ambiente de trabalho. A caracterizao bsica
deve identificar as exposies potenciais para cada empregado ou grupo de
empregados alocados em determinado local de trabalho, identificar os limites de
tolerncia apropriados e definir os Grupos Similares de Exposio (GSE) ou Grupos
Homognios de Exposio (GHE).
Sendo assim, a Caracterizao Bsica possui quatro componentes principais:
- Caracterizao do Ambiente de Trabalho
Conhecimento do ambiente
Descrio dos processos
Atividades envolvidas
Agentes existentes
- Caracterizao da Populao Exposta
Atividades realizadas por cargo/funo/subfuno Caractersticas da populao
- Caracterizao dos Agentes
Ligados ao local de trabalho/atividade/tarefas
Efeitos sade
Normas relacionadas
Estudos dos limites de exposio aplicveis
- Formao preliminar dos GSE ou GHE
um grupo de trabalhadores com idnticas probabilidades de exposio a um
dado agente
Permite inferncias estatsticas informao representativa das exposies
Sua determinao envolve observao, a partir de funes, reas de trabalho,
agentes, atividades.
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Com os GSE preliminares estabelecidos, deve-se partir para a prxima etapa do
trabalho, que a realizao de uma classificao qualitativa da exposio,
estabelecendo uma graduao de prioridade para as avaliaes e monitoramentos dosGSE.
6.1 Medies e Avaliaes
O conjunto de medies deve ser representativo das condies reais de exposio do
grupo, com os perodos adequadamente escolhidos, entendendo e considerando os
ciclos de trabalho nos processos (ciclos repetitivos; ciclos no regulares). As mediesno devem interferir nas condies de trabalho e devem ser realizadas medies
isoladas de exposies no rotineiras, alm de serem coletadas informaes
administrativas e de campo, essenciais para interpretao dos resultados e tomada de
decises.
As avaliaes devem ser realizadas periodicamente anualmente ou mais
frequentemente caso haja suspeita que as exposies dos trabalhadores tipo mdias
ponderadas no tempo alteraram significantemente (para mais ou para menos).
Nesse sentido, so apresentadas algumas dicas importantes retiradas do livroHearing Conservation Programs Practical Guidelines for Success Royster &
Royster, para que os objetivos do trabalho sejam definidos e os investimentos bem
aplicados:
Mantenha uma previso das avaliaes, com seus objetivos claramente
definidos e limite seu escopo, para obter as informaes necesrias para
direcionar as decises;
Planeje e coordene com o pessoal responsvel pela produo (operrios e
supervisores), para obter as informaes necessrias e confiveis nas
avaliaes do rudo e responder a relevantes questes sobre como proteger os
expostos. Atravs da familiaridade do pessoal da produo com o ambiente
produtivo, processos, ciclos, mquinas, juntamente com a explicao do
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propsito da pesquisa, erros podem ser evitados tanto nas estratgias quanto
nas avaliaes propriamente ditas;
Registre e documente os dados com um nvel de detalhe suficiente para que
outra pessoa possa compreend-los e replicar os resultados, caso nada tenha
sido alterado no ambiente de trabalho;
A participao do trabalhador essencial para o sucesso das avaliaes,
mantendo sua rotina de trabalho quando solicitado, ou para notificar qualquer
informao aos membros coordenadores do PCA, em portar e zelar pelos
equipamentos de avaliao, indicar aos responsveis necessidades de novasavaliaes;
A comunicao dos resultados deve ser realizada com nvel de informaes
adequadas para cada interessado. Os interesses da gerncia e a superviso
podem ser nos resultados gerais de avaliao do rudo das reas. Um resumo
completo pode ser de interesse dos membros do PCA. O mapa de rudo
atualizado da planta pode ser explicado aos trabalhadores durante os
programas de treinamentos. Estimativa de exposio mdia dos trabalhadorespode ser transcrita nos resultados de exames audiomtricos para referncias e
interpretaes e enviados a cada trabalhador exposto;
6.2 Tipos de Avaliaes e Instrumentao
Nas avaliaes bsicas do rudo, um medidor instantneo de nvel de presso sonora
(decibelmetro) pode ser utilizado para identificar as reas de trabalho onde
claramente no existe um problema de rudo e as reas as quais existe um potencial
de ambiente perigosamente ruidoso. As avaliaes bsicas de rudo determinam os
departamentos onde os trabalhadores podem necessitar serem incluidos no PCA
devido aos resultados das exposies dirias ao rudo. (uma combinao entre os
nveis de rudo e sua correspondente durao da exposio).
Nas avaliaes detalhadas do rudo, um medidor instantneo de nvel de preso
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sonora (decibelmetro) e um cronmetro e/ou um medidor integrador de uso pessoal
(dosmetro) podem ser utilizados para estimar a dose diria de rudo de um
trabalhador e a equivalente mdia ponderada no tempo.Nas avaliaes para controle de engenharia um medidor instantneo de nvel de
preso sonora (decibelmetro), filtros de banda de oitava e outros instrumentos
podem ser utilizados para medir o nvel de rudo produzido por uma mquina em
vrios modos de operao a fim de avaliar o potencial para aplicao de controles de
engenharia (na fonte, trajetria)
6.3 Dosimetria de Rudo Monitoramento Pessoal da Exposio
A Dosimetria deve ser realizada sempre que se desejar informaes de exposio da
populao que no assume uma posio fixa junto a um equipamento, e sim, possui
uma rotina de trabalho por vrias reas ou locais da empresa. Porm, sabe-se que
praticamente no existem tarefas profissionais nas quais o indivduo exposto a um
nico e perfeitamente constante nvel de rudo durante a jornada. O que ocorre so
exposies por tempos variados a nveis variados de rudos.
6.3.1 Limites de Tolerncia para Rudo Contnuo ou Intermitente
A Dose de rudo calculada de acordo com os tempos de exposio permitidos para
cada nvel de rudo. No Brasil, a Portaria 3214 do Ministrio do Trabalho, NR15, no
seu Anexo 1, estabelece tais limites, partindo de 85 dB(A) para uma exposio de 8
horas e um fator de 5 dB(A) para a reduo metade da exposio, conforme tabela
que se segue.
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Tabela 4 Portaria 3214 NR15 Anexo 1
Limites de Tolerncia para Rudo Contnuo ou Intermitente
Nvel de Rudo (dBA) Mxima Exposio Diria
85 8h
86 7h
87 6h
88 5h
89 4.5h
90 4h
91 3.5h92 3h
93 2h40min
94 2h15min
95 2h
96 1h45min
98 1h15min
100 1h
102 45min
104 35min
105 30min
106 25min
108 20min
110 15min
112 10min
114 8min115 7min
Conforme descrito na Referncia Normativa NHO-011997/1998:
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No caso da NR15, a relao entre a dose de rudo (D), expressa em porcentagem, e o
Nvel Mdio (Lavg), expresso em dB(A), para incremento de duplicao da dose (q)
igual a 5, dada pela frmula simplificada:
Lavg = 80 + 16,61 log ( 0,16D /T)
Onde:
T = tempo de amostragem (horas decimais)
D = Dose em %
No caso da ACGIH e da NHO-01, o critrio de avaliao considera dose mxima diria
de 100%, e para exposio de 8 horas, limite de 85 dB(A), e incremento de duplicaoda dose (q) igual a 3. A relao entre a dose de rudo (D), expressa em porcentagem,
e o Nvel de Exposio equivalente (NE), expresso em dB(A), dada pela frmula
simplificada:
NE = 10 log ( 480 x D ) + 85
Te 100
Onde:
Te = tempo de durao, em minutos, da jornada de trabalho
D = Dose diria de rudo, em %
Critrio de Julgamento e Tomada de Decises para Rudo Contnuo ou Intermitente
O quadro a seguir apresenta a proposta contida na NHO-01 com as consideraes
tcnicas e a atuao recomendada em funo da dose diria ou do Nvel de
Exposio Normalizado encontrados na condio de exposio avaliada.
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audiomtricos, necessrio quando os trabalhadores esto expostos a nveis de rudo
iguais ou superiores ao limite de exposio.
6.3.4 Registros dos dados
Os relatrios preparados com as informaes sobre os resultados das avaliaes das
exposies devem ser claros e objetivos. Recomenda-se que no relatrio tcnico
sejam abordados, no mnimo, os aspectos a seguir apresentados, de forma que
possibilite a compreenso por leitor qualificado sobre o trabalho desenvolvido e
documentar os aspectos relevantes que foram utilizados no estudo, como por
exemplo, os parmetros da NHO-01. Mesmo contento nos relatrios todas asinformaes de uma forma organizada, as informaes originais sobre as avaliaes
das exposies devem ser preservadas para propsitos legais.
Relatrio
Introduo, incluindo objetivos do trabalho, justificativas e datas ou perodos em que
foram desenvolvidas as avaliaes;
Critrio de avaliao adotado;
Instrumental utilizado;Metodologia de avaliao;
Descrio das condies de exposio avaliadas;
Dados obtidos;
Interpretao dos resultados;
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pregressa); histria familiar, uso prvio de ototxicos, queixas de zumbidos,
hipoacusia e a avaliao auditiva propriamente dita, constando exames, como
Otoscopia, Audiometria Tonal e Vocal.Para maior segurana e proteo, tanto da empresa quanto do trabalhador, as
audiometrias devem ser realizadas no mnimo, no momento da admisso, no 06
(sexto) ms aps a mesma, anualmente a partir de ento, e na demisso nos
trabalhadores expostos a nveis de presso sonora acima de 80dBA (avaliaes
referenciais, sequenciais, demissionais).
Na interpretao dos resultados da avaliao auditiva, existe a necessidade da anlise
conjunta dos dados obtidos para determinar o grau e o tipo da deficincia auditiva
(Diagnstico diferencial das perdas auditivas). Os resultados do exame devem serfornecidos aos trabalhadores, bem como as orientaes que se fizerem necessrias. A
periodicidade deve ser definida segundo este resultado.
Na prtica da Audiologia Ocupacional, so encontrados, freqentemente,
trabalhadores que simulam ou dissimulam uma perda auditiva. Tambm por este
motivo fica claro a necessidade das audiometrias serem conduzidas por
Fonoaudilogo, que pode julgar e validar o exame. Uma avaliao correta, ao contrrio
de prejudicar, poder beneficiar o trabalhador, evitando o agravamento de uma
deficincia auditiva e aumentando suas oportunidades dentro da empresa.
7.3 A importncia das Audiometrias no PCA
As audiometrias identificam os indivduos que esto inadequadamente protegidos,
mas somente oferecero dados confiveis e teis para uma interveno se forem
conduzidas adequadamente, se os resultados forem avaliados apropriadamente e
comunicados para os trabalhadores submetidos aos exames.
A audiometria anual um excelente momento, j previsto no programa, onde os
trabalhadores tero a oportunidade de uma conversa individual sobre conservao
auditiva. Podem ser extradas muitas vantagens deste momento, pois uma das
melhores oportunidades de motivao dos trabalhadores em relao conservao
auditiva.
As audiometrias funcionam como um guia de deteces e tomadas aes corretivas,
no apenas documentando a perda auditiva, se houver, e sim, avaliando e
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acompanhando cada caso.
importante lembrar que as Audiometrias, somente, no previnem perda auditiva,
mas as anlises dos resultados obtidos atravs das audiometrias podem prevenir.
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8.0 -SELEO E USO DE PROTETORES AUDITIVOS
8.1 Controle da Exposio ao Rudo
O controle do rudo uma ao que, em ltima anlise, visa diminuir a exposio dos
indivduos ao rudo, ou seja, reduzir a dose de exposio diria. Como o controle do
rudo pode se dar em trs nveis fonte, trajetria e indivduo, a dose estaria mais
vinculada ao ltimo caso.
importante observar que existe uma hierarquia e que a forma ideal de diminuir os
riscos de perda da capacidade auditiva dos trabalhadores atravs do Controle porEngenharia, onde as prticas mais comuns so:
Reduo do rudo na Fonte:
Modificaes ou substituies de mquinas e equipamentos
Isolamentos entre superfcie que vibram e dos dispositivos que produzem as vibraes
Modificao do processo de produo
Manuteno preventiva e corretiva de mquinas e equipamentos
Mudanas para tcnicas menos ruidosa de operao.
Reduo do rudo na Trajetria:
Alterao das caractersticas acsticas do ambiente de trabalho pela introduo de
materiais absorventes, revestimentos
Assentamento com material anti-vibrante,
Isolamento do posto de trabalho do local de transmisso da vibrao.
Barreiras, silenciadores, enclausuramentos parciais ou completos
Infelizmente, os controles por Engenharia e Administrativos nem sempre resolvem os
problemas, podendo ser muito caros e impraticveis, especialmente para pequenas
operaes. Quando os controles ou prticas de trabalho no conseguirem a reduo
do rudo a um nvel seguro, a maneira mais efetiva de proteger os trabalhadores a
Reduo da Exposio ao Rudo no Indivduo, reduzindo a dose de exposio diria:
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Reduo do Rudo no Indivduo:
Revezamento entre ambientes, postos, funes ou atividades
Posicionamento remoto dos controles das mquinasEnclausuramento do trabalhador em cabine tratada acusticamente
Alteraes da posio do trabalhador em relao fonte de rudo ou do caminho da
transmisso durante etapas da jornada de trabalho.
Uso de equipamento de proteo individual, reduzindo a dose de rudo diria recebida.
8.2 Tipos de Protetores Auditivos
NR-9 ID IA PRINCIPAL9.3.5.4. Quando comprovado pelo empregador ou instituio, a inviabilidade tcnica da
adoo de medidas de proteo coletiva ou quando estas no forem suficientes ou
encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantao ou ainda em carter
complementar ou emergencial, devero ser adotadas outras medidas obedecendo-se
seguinte hierarquia:
Medidas de carter administrativo ou de organizao do trabalho:
Afastar do rudo:
fisicamente;
diminuir jornada de trabalho;
Utilizao de equipamento de proteo individual - EPI
1) seleo do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador est exposto
atividade exercida, considerando-se a eficincia necessria para o controle da
exposio ao risco e o conforto oferecido segundo avaliao do trabalhador usurio;
2) programa de treinamento dos trabalhadores quanto sua correta utilizao e
orientao sobre as limitaes de proteo que o EPI oferece;
3) estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso,a guarda, a higienizao, a conservao, a manuteno e a reposio do EPI, visando
a garantir as condies de proteo originalmente estabelecidas;
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Uma vez que existem muitos tipos diferentes de protetores, que podem ser utilizados
em diversos ambientes de trabalho, desejvel que se escolha o protetor auditivo
mais adequado para cada caso. (Livro: Protetores Auditivos Samir Gerges)
Protetores Auditivos de Insero Pr Moldados
So aqueles cujo formato definido, por exemplo, trs flanges ou protetores no-
roletveis. Podem ser de diferentes materiais: borracha, silicone, PVC.As vantagens dos protetores auditivos pr-moldados so:
Diversos modelos;
Compatveis com outros equipamentos, como capacetes, culos, respiradores, etc;
Reutilizveis ou descartveis;
Pequenos e facilmente transportados e guardados;
Relativamente confortveis em ambiente quente;
No restringem movimentos em reas muito pequenas
Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e cicatrizes, seminterferncia na vedao.
As desvantagens so:
Movimentos (fala, mastigao) podem deslocar o protetor, prejudicando a atenuao
Necessidade de treinamento especfico
Bons nveis de atenuao dependem da boa colocao
S pode ser utilizado em canais auditivos saudveis
Fceis de perder
Menor durabilidade
Protetores Auditivos de Insero Moldveis
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utilizadas abaixo do queixo ou atrs da cabea, com plugues de espuma substituveis
em suas extremidades. Acomodam-se na entrada do canal auditivo, possuem formato
definido, no entrando em contato com o canal auditivo do usurio.As vantagens dos protetores tipo capa de canal so:
Boa durabilidade dos plugues;
Plugues descartveis
Podem ser utilizados com a haste atrs da cabea ou debaixo do queixo.
Podem ser usados com capacetes, culos e outros equipamentos sem que reduza a
atenuao e mantendo a eficincia da vedao;
Possuem haste que pode ser regulada para no incomodar o usurio, ainda
oferecendo certa presso dos plugues, mantendo a atenuao.Excelente opo para usos intermitentes
As desvantagens so:
No recomendado o manuseio dos plugues com as mos sujas.
Pode ser desconfortvel para 8 horas de trabalho.
A atenuao depende da boa acomodao dos plugues na entrada do canal auditivo
8.3 Recomendaes para Seleo e Uso
8.3.1 Seleo de Protetores Auditivos
A considerao mais crtica na seleo e uso de protetores auditivos a habilidade em
ajustar os protetores, a fim deles proporcionarem uma vedao ao rudo de uma
maneira confortvel e que a vedao possa ser consistentemente mantida durante
todas as exposies ao rudo. Outras consideraes importantes incluem: capacidade
de reduo de rudos do protetor auditivo (atenuao), a exposio diria ao rudo
(uso dirio), variaes no nvel de rudo (dose), preferncias do usurio (conforto),
necessidades de comunicao, perda auditiva (se houver), compatibilidade com outros
equipamentos de segurana, habilidades fsicas, clima e outras condies de trabalho
e requerimentos de troca, cuidado e uso.
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Como selecionar um bom protetor auditivos
de responsabilidade das reas de Segurana e Sade/Mdica a escolha pelaproteo apropriada, em termos de atenuao mnima necessria, aps a avaliao
das exposies dos trabalhadores (dose de exposio). Porm, devero ser
consideradas as opinies finais dos usurios em relao a alguns pontos muito
importantes, que aumentaro as chances do uso correto e eficcia da proteo.
A seleo do protetor auditivo deve ser feita envolvendo o usurio. Uma forma prtica
selecionar vrios tipos de protetores auditivos e fornecer ao usurio para que
experimentem e escolham o tipo em que melhor se adaptam. (Livro: ProtetoresAuditivos Samir Gerges)
Para que o protetor seja utilizado adequadamente, vrios aspectos devero ser
observados, dependendo das condies de trabalho em cada rea e do tipo de rudo
existente.
Elementos da proteo efetiva
Existe uma diferena entre os termos Eficincia dos protetores e sua Eficcia.
A Eficincia de atenuao est relacionada capacidade que os protetores tm de
amenizar os rudos externos, ou seja, poder de reduo ou nvel de reduo do rudo.
Esta medida de eficincia realizada em laboratrio, atravs de uma metodologia de
ensaio conforme sugerido em uma norma.
Atualmente, no Brasil, so seguidos os critrios da ANSI S12.6/1997 mtodo B, cujo
resultado denominado NRRsf (nvel de reduo de rudo subject fit), cujo
resultado est explcito no certificado de aprovao (C.A.), emitido pelo Ministrio doTrabalho.
No entanto, a Eficcia do protetor depende de alguns fatores, que so os elementos
da proteo efetiva:
Colocao e uso corretos
Qualidade da vedao no canal auditivo
Porcentagem do tempo de uso
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Atenuao oferecida
Portanto, a seleo do protetor auditivo precisa ser realizada a partir de um trabalho
individual, no qual sejam considerados todos os elementos da proteo efetiva, almdas caractersticas pessoais do usurio (formato da cabea e rosto, tamanho do
conduto auditivo, tipo de atividade, compatibilidade com outros E.P.I.s) e conforto
proporcionado ao usurio pelo protetor, lembrando que o aspecto conforto
extremamente subjetivo, ou seja, o protetor no deve incomodar quem o utiliza.
O melhor desempenho dos protetores auditivos somente ser alcanado com
esforos direcionados para a correta seleo, colocao, vedao, entrega do EPI e
substituio por novos. Pessoas capacitadas e interessadas devem ser selecionadaspara conduzir esta fase do PCA, proporcionando-as conhecimentos suficientes para
realizarem um bom trabalho.
Realizar seleo, juntamente com os trabalhadores, do protetor mais adequado e
trein-los no uso correto e cuidados com os protetores muito mais complicado que
distribuir culos de segurana.
Para isto, os responsveis pelos protetores auditivos necessitam de treinamentos
detalhados vindos do administrador do PCA, de materiais e Workshops realizados,
vezes, pelos fabricantes de EPIs ou pelas associaes preocupadas em ConservaoAuditiva.
Os protetores auditivos somente protegero os trabalhadores se for absolutamente
reforada a necessidade do uso apropriado como uma condio mandatria. Para o
PCA ser efetivo, preciso dar a mesma prioridade no uso dos protetores auditivos
como no uso de qualquer outro equipamento de segurana.
(Livro: Hearing Conservation Program Practical Guideline for Success
Royster&Royster)
8.3.2 Colocao e Uso Corretos
Em conseqncia do pouco conforto, pela falta de treinamento e motivao ao uso, os
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protetores auditivos muitas vezes so impropriamente inseridos (plugues) ou ajustados
(tipo concha); e finalmente, a partir de algumas horas de utilizao, eles ficam fora de
posio - devido ao suor, movimentos da cabea e/ou da boca (para falar, mascar oubocejar). Por isso necessrio que sejam retirados e recolocados, fora da rea de
riscos, aps algumas horas de uso, ajustando-o novamente.
O hbito de utilizar tipo concha com a haste atrs da nuca (com as conchas viradas na
horizontal), junto com outros E.P.I.s, pode fazer com que o ajuste no fique adequado
e haja vazamentos.
Mesmo quando bem utilizadas, existe a deteriorizao dos protetores: os plugues
podem alterar-se com o calor e suor; os protetores tipo concha podem se danificar ou
a haste que une as conchas pode perder a presso contra a cabea. Ou mesmo asespumas externas ficarem ressecadas e prejudicarem o conforto e a vedao.
Indivduos podem modificar os protetores para obter melhor conforto. Estas tcnicas
incluem a dilatao da haste nos do tipo concha para reduzir a tenso, cortes nos
pluguespara utiliz-los em menor tamanho, modificao ou furos nos protetores de
espuma para um melhor conforto.
Por estas razes, um bom programa de treinamento essencial e os usurios de
protetores precisam estar convencidos de que os protetores somente oferecero
proteo adequada se a colocao, uso e manuteno tambm forem adequadas.
Instrues para Colocao
Antes de utilizar o produto, conforme exigncia na NR. 6 da C.L.T., o usurio deve ser
informado pelo empregador sobre a obrigatoriedade do uso e devidamente treinado
para a correta utilizao do mesmo.
Protetor Tipo Insero Moldvel1- Com as mos limpas, rolete o protetor deslizando-o entre o seu polegar e os dois
primeiros dedos, at que o protetor seja reduzido ao menor dimetro possvel e
mantenha-o neste formato.
2 Passe a outra mo ao redor da cabea e puxe o topo de sua orelha para abrir o
canal auditivo.
3 Mantendo o canal auditivo aberto, leve a mo, que ainda est pressionando o
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protetor roletado, em direo orelha e insira o protetor no canal auditivo, o mais
profundamente possvel.
4- Mantenha a ponta do seu dedo pressionando a extremidade do protetor para dentrodo canal auditivo por 10 segundos, para que o protetor se expanda e vede o canal
auditivo.
Protetor Tipo Insero Pr-Moldado
1-Segure firmemente a haste do protetor auditivo por trs da maior flange.
2-Passe a outra mo por cima da cabea e puxe o topo da orelha para abrir o canal
auditivo
3-Insira completamente o protetor no canal auditivo, deixando a haste de fora, parapermitir sua remoo.
Protetor Tipo Concha
1-Para ajustar a presso aplicada cabea, movimente o cursor lateral do brao da
haste para cima e para baixo, at que se obtenha um ajuste confortvel
2-Retire com as mos o mximo possvel o excesso de cabelo que possa interferir no
bom contato entre as almofadas dos protetores e a sua cabea. Certifique-se de que a
vedao entre as almofadas pretas externas da concha e a cabea no tenhainterferncia de objetos, tais como hastes de culos, brincos, a fim de se obter a
melhor performance.
3-Com a haste do protetor sobre a cabea, posicione as conchas de maneira a cobrir
completamente as orelhas
4-As conchas podem ser deslizadas na haste, para cima ou para baixo, mantendo a
haste sobre a cabea, para que se obtenha um ajuste firme e confortvel
Tipo Concha Acoplado ao Capacete1-Deslize a concha at a extremidade da ranhura da haste, para facilitar sua insero
no capacete
2-Gire a parte que se encaixa ao capacete, alinhando-a a haste
3-Pressione com o dedo a lmina metlica para abrir a haste
4-Introduza a parte que se encaixa ao capacete na fenda lateral do mesmo
5-Para colocar as conchas em posio de descanso, coloque o dedo indicador sobre a
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lmina metlica e pressione-a para dentro e, ao mesmo tempo, levante a concha
Protetor Tipo Capa de Canal1-Segure a haste do protetor prximo ao plugue e puxe-a para fora
2-Direcione os plugues para a entrada do canal auditivo, movendo-os lentamente para
cima e para baixo, at conseguir uma boa vedao.
3-Aps encontrar a posio correta, pressione-os contra a orelha, para uma boa
vedao.
4-Os plugues no devem ser inseridos no canla auditivo
5-As hastes podem ser utilizadas ou abaixo do queixo ou atrs da cabea, na nuca.
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Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal
Os plugues de espuma devem ser substitudos por novos sempre que se encontrarem
sujos, danificados ou sem condies higinicas de uso. Estes plugues no devem serlavados.
A haste plstica pode ser lavada com gua e sabo neutro ou pano umidecido com
gua.
No utilize nenhum tipo de solvente, como lcool, acetona nos protetores, pois eles
podero ser danificados.
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10.0 QUALIDADE DA VEDAO NO CANAL AUDITIVO
Cada tipo de E.P.I. deve ser individualmente testado para verificar seu tamanho e asua compatibilidade com o usurio. No existem protetores universais, devem-se
periodicamente obter informaes junto aos operrios para que sejam reavaliadas as
escolhas dos protetores, assegurando que estejam sempre sendo utilizados e de
forma correta.
Nem todos os protetores so adaptveis a diferentes formatos de cabea e condutos
auditivos.
Protetores de insero em vrios tamanhos muitas vezes dificultam a implantao de
proteo auditiva para todos os funcionrios, na maioria das empresas. Neste caso necessrio medir o tamanho do canal auditivo de cada usurio para se conhecer qual
o tipo de protetor que deve ser utilizado.
Embora se acredite que os Protetores Tipo Concha, por serem de fcil colocao, se
amoldam melhor e a vedao entre a concha e a cabea seja melhor, esta afirmao
parcialmente verdadeira. Na verdade, em situaes onde culos so utilizados, o
cabelo volumoso na regio prxima s orelhas ou em pessoas cuja cavidade entre o
pescoo e o maxilar mais profunda, pode haver uma perda considervel da vedao
e conseqentemente, da efetiva atenuao do abafador. A presso da concha tambm um fator importante na vedao do protetor. Outro fator que contribui para a m
vedao dos abafadores a m colocao e o uso de almofadas enrijecidas e
ressecadas.
Os protetores tipo concha, algumas vezes, no proporcionam uma boa vedao
quando utilizados com outros equipamentos, como culos, capacetes e respiradores
tambm. Cabelos longos, uso de barba e usurios que possuem cavidades na regio
entre os maxilares e o pescoo podem ter um prejuzo na atenuao quando so
utilizados protetores tipo concha.
Verificao da Vedao dos Protetores Tipo Insero Moldveis e Pr-Moldados
1-Sempre ajuste os protetores a fim de vedar o canal auditivo.
2-Quando os protetores esto corretamente inseridos, sua prpria voz deve parecer
oca e os sons ao seu redor no devem parecer to altos quanto anteriormente.
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11.0 PORCENTAGEM DO TEMPO DE USO
O protetor auditivo deve ser utilizado durante todo o tempo em que se estiver expostoao rudo. Quando o protetor retirado em rea ruidosa, mesmo que por alguns
minutos durante a jornada de trabalho, a proteo efetiva ser reduzida.
importante ressaltar que a perda da audio est diretamente relacionada ao nvel
equivalente Leq dBA ou nvel mdio Lavg dBA de rudo recebido.
Estudos realizados mostram que um protetor com atenuao 20 dB, quando utilizado
por apenas 50% do tempo em uma jornada de 8 horas, apresentar uma atenuao
real de apenas 3 dB.
(Livro: Protetores Auditivos Samir Gerges)A correo da atenuao em funo do tempo de no-uso na jornada feita atravs
da tabela abaixo:
% do tempo de Uso
50% 75% 88% 94% 98% 99% 99,5%100% Atenuao
Nominal
5 10 14 18 22 23 24 25
5 9 13 16 18 19 19 20
4 8 11 13 14 14 15 153 6 8 9 10 10 10 10
2 3 4 4 5 5 5 5
240 120 60 30 10 5 2,50
Uso tempo integral
Tempo de no uso na jornada* em minutos
*jornada de 8 horas (480 minutos)
Adaptado do artigo de ELSE, D.A.
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12.0 ATENUAO DOS PROTETORES AUDITIVOS
A atenuao proporcionada pelo protetor tambm um fator fundamental na seleode um protetor auditivo. preciso avaliar a grande variao de atenuaes entre os
diferentes tipos e modelos de protetores existentes. Protetores auditivos,
aparentemente semelhantes, podem ter eficincias de atenuao diferentes.
Um pouco de Histria
A atenuao oferecida por protetores auditivos em ambientes de trabalho tem sido
motivo de discusses por mais de 15 anos.
O Rc
Meados da dcada dos anos 80, em um laboratrio do Instituto Eletrotcnico da USP,
professores daquele renomado instituto comearam a realizar ensaios com protetores
auditivos em uma cmara anecica. Neste mesmo local, foi desenvolvido um
equipamento que produzia um som com componentes em praticamente todas
freqncias audveis pelo ouvido humano. Este equipamento, com medidores de nvel
de rudo apropriados, foi utilizado para avaliao de protetores auditivos. Os valores
de atenuao, chamados de Rc, obtidos pelo mtodo ento empregado, chegava aresultados to absurdos quanto 42 dB para protetores de insero.
Em vista de distores desta grandeza, formou-se um grupo para discusses e
elaborao de um projeto de norma que seria ento submetido ao sistema ABNT de
criao de normas de ensaio. Este grupo, aps anos de discusses, criou padres
para ensaio de protetores do tipo concha, e criou condies favorveis implantao
de um Laboratrio de ensaio de protetores auditivos na Universidade Federal de Santa
Catarina (LARI).
O Termo de Responsabilidade
Ao mesmo tempo em que seguiam discusses para elaborao de normas de ensaio,
fabricantes nacionais e internacionais instalados no Brasil, seguiam a comercializao
de seus produtos com base em informaes obtidas por laboratrios estrangeiros. Os
nmeros representativos do desempenho destes protetores auditivos - Rc ou NRR,
dependendo da fonte - eram obtidos atravs de ensaios realizados em laboratrios de
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reconhecimento internacional, em alguns casos; atravs de ensaios realizados sem
qualquer padro cientfico e com metodologia duvidosa em outros; ou ainda por
similaridade, ou seja, tendo como base resultados obtido com produto similarcomercializado no estrangeiro. Em outras palavras, valia qualquer coisa, uma vez
que o Ministrio do Trabalho solicitava apenas um Termo de Responsabilidade do
Fabricante, no qual constavam valores de atenuao de rudo, sem a necessidade de
comprovao da origem destes resultados.
O NRR
Ao mesmo tempo em que, no Brasil, no se definia uma metodologia padronizada
para ensaios de protetores auditivos, nos Estados Unidos as discusses se davam emtorno do valor de atenuao NRR, obtidos pelos laboratrios de ensaio segundo
norma ANSI S3.19/1974 e sua aplicao como representativo do nvel de atenuao
oferecido por este mesmo produto em um ambiente real, de fbrica.
Estudos comprovavam que os valores de atenuao constantes das embalagens e
folhas de informaes tcnicas sobre desempenho destes produtos estavam muito
distantes dos valores reais obtidos na prtica. O resultado de tais discusses foi uma
recomendao do NIOSH de 1998 para que os valores de atenuao constantes das
embalagens e dados tcnicos sobre o desempenho do produto fossem reduzidos deacordo com o seguinte critrio:
25% para protetores auditivos tipo concha
50% para protetores de espuma moldvel
70% para protetores pr- moldados
O NIOSH ainda recomenda que se faa uma correo de 7 dB nos casos em que onvel de rudo representativo da exposio do trabalhador tenha sido medido
utilizando-se a curva A de compensao. Em outras palavras, o nvel de rudo
oferecido por um protetor auditivo, ficaria (NRR X 0,75 7) para protetores auditivos
do tipo concha; (NRR X 0,50 7) para protetores auditivos do tipo moldvel; (NRR X
0,30 7) para protetores auditivos do tipo pr-moldados.
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O NRRsf
As discusses tambm seguiam e ainda seguem nos Estados Unidos para a definio
de uma metodologia de ensaio que tenha, como resultado de atenuao, valores maisprximos da realidade. Foi assim que surgiu o Mtodo B da norma ANSI 12.6/97.
Este mtodo de ensaio, diferentemente do Mtodo utilizado pelos laboratrios Norte
Americanos, tem como principal diferena o uso de pessoas que no possuam
qualquer familiaridade com o uso de protetores auditivos para serem submetidos como
objetos do ensaio.
Os valores de atenuao obtidos atravs desta metodologia so ento definidos como
NRRsf. Tendo em vista a capacitao do laboratrio LARI da Universidade de Santa
Catarina em realizar tais ensaios, o Ministrio do Trabalho decidiu que somenteaceitaria laudos de ensaio deste laboratrio para Renovao / Emisso de novos
Certificados de Aprovao. Os valores de atenuao definidos por este mtodo B
so em geral bem inferiores aos valores de NRR at ento divulgados pelo fabricante.
Portanto, temos hoje valores de atenuao preconizados aos protetores auditivos
comercializados no pas de um tero ou menores que aqueles indicados nas
embalagens dos mesmos produtos em 1987, sem que necessariamente estes
produtos tenham perdido eficincia. O que mudou, de l para c, foram apenas os
critrios para ensaio dos referidos produtos.
Como usar o NRRsf
Para aplicar corretamente o valor de atenuao NRRsf, obtido segundo metodologia
de ensaio ANSI 12.6/1997- mtodo B, basta subtra-lo do valor da exposio
individual medida em dB(A), como a seguir, lembrando que no se deve fazer nenhum
tipo de reduo em seu valor antes de aplic-lo, pois estas salvaguardas j foram
consideradas durante a obteno do nmero nico de atenuao, conforme a
metodologia acima mencionada:
dBA = dBA- NRRsf
onde:
dBA = rudo entrando no ouvido protegido
dBA = rudo equivalente (dose de exposio) medido na escala A
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NRRsf = atenuao do protetor
Ensaiar o protetor para quantificar sua atenuao de rudo no significa aprovar ou
mostrar a qualidade do E.P.I.. O ensaio apenas fornece os resultados de atenuaomedidos em laboratrios, independentemente do protetor ser de boa qualidade ou
ruim.
12.1 Clculo da Atenuao pelo Mtodo Longo
A diferena em se escolher utilizar o "mtodo longo" do NIOSH ao invs do nmero
nico NRRsf (mtodo curto), para avaliao do nvel de rudo que uma pessoa
utilizando protetores auditivos estaria exposta, como o prprio nome diz, que ele mais longo e no mais correto ou mais eficaz. O mtodo longo, onde considerada a
variao da atenuao nas diferentes freqncias, mais antigo e tambm possui
desvantagens, principalmente se a exposio do trabalhador no for estacionria, pois
o trabalhador ficar exposto a diversas frequncias diferentes e intensidades de rudos
diferentes durante o longo da jornada. Concluso: perda da exatido, necessitando da
abordagem do pior caso no pior espectro da jornada, utilizando decibelmetro, pois
ainda no est disponvel no mercado dosmetro com filtro de banda, alm da
necessidade de se ter equipamentos caros, com filtros de bandas de oitava para a
avaliao da exposio.
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Avaliao da Atenuao de um Protetor Auditivos
Mtodo Niosh N 1 (Mtodo Longo)
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12.2 Reduo de Rudo Estimada para os Usurios
A- Frequncia(Hz)
125 250 500 1K 2K 4K 8K
B- Anlise de
freqncia em
dB*