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Universidade Estadual de Campinas Instituto de Química QA416: Química Analítica IV Módulo 3 Técnicas Espectroanalíticas Docente Responsável: Ronei Jesus Poppi Determinação de paracetamol em medicamentos por espectroscopia no infravermelho próximo. Integrantes do grupo Bianca Alves de Oliveira RA: 148360 Lucas de Paiva Cog Men RA: 148755 Luiz Eduardo Rodrigues Firmino RA: 148785 Priscila Alves de Araújo RA: 147664 William Zeni RA: 148242 Data do Experimento: 11/11 e 18/11

PDF Relatorio Experimento Calibração Multivariada

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calibração

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  • Universidade Estadual de Campinas

    Instituto de Qumica

    QA416: Qumica Analtica IV

    Mdulo 3 Tcnicas Espectroanalticas

    Docente Responsvel: Ronei Jesus Poppi

    Determinao de paracetamol em medicamentos por

    espectroscopia no infravermelho prximo.

    Integrantes do grupo

    Bianca Alves de Oliveira RA: 148360

    Lucas de Paiva Cog Men RA: 148755

    Luiz Eduardo Rodrigues Firmino RA: 148785

    Priscila Alves de Arajo RA: 147664

    William Zeni RA: 148242

    Data do Experimento: 11/11 e 18/11

  • Objetivos:

    Utilizar calibrao multivariada para determinar paracetamol em medicamento

    junto a espectroscopia no infravermelho prximo

    Resultados e Discusso:

    A seguir, os valores de massa utilizadas no preparo de todas as amostras do

    experimento e a porcentagem de paracetamol nessas amostras esto expressos

    na tabela 1:

    Tabela 1: Massas dos constituintes utilizadas no preparo das amotras de

    calibrao e validao, bem como os valores tericos de porcentagem de

    paracetamol

    Amostra Paracetamol (g) Placebo (g) Total(g) % Paracetamol (m/m)

    C1 1,191 0,800 1,991 59,819

    C2 1,314 0,683 1,997 65,799

    C3 1,427 0,591 2,018 70,714

    C4 1,506 0,494 2,000 75,300

    C5 1,610 0,390 2,000 80,500

    C6 1,708 0,290 1,998 85,485

    C7 1,800 0,202 2,002 89,910

    C8 1,909 0,097 2,006 95,165

    V1 1,2542 0,7517 2,0059 62,525

    V2 1,3740 0,6638 2,0378 67,426

    V3 1,4723 0,4837 1,9560 75,271

    V4 1,6698 0,3314 2,0012 83,439

    V5 1,7636 0,2675 2,0311 86,830

    Utilizando a espectrocospia do infravermelho prximo (NIR), foram obtidos os

    espectros das amostras de calibrao, validao e de medicamento, mostrados

    nas figuras de 1 a 3, a seguir, onde a reflectncia ( %R) est em funo de

    nmero de onda ( cm-1)

  • Figura 1: Conjunto de espectros das amostras de calibrao onde relacionado

    nmero de onda (cm-1) e porcentagem de reflectncia (%R)

    Figura 2: Conjunto de espectros das amostras de validao onde relacionado

    nmero de onda (cm-1) e porcentagem de reflectncia (%R)

    3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 1000010

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    55

    60

    Nmero de Onda (cm-1)

    % R

    3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 1000010

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    Nmero de Onda (cm-1)

    %R

  • Figura 3: Conjunto de espectros das amostras de medicamentos onde

    relacionado nmero de onda (cm-1) e porcentagem de reflectncia (%R)

    A coordenada Y dos conjuntos dos espectros acima estava em porcentagem de

    reflectncia (%R), a qual no h relao direta concentrao do analito. Assim

    sendo, utilizando o Matlab, a coordenada Y foi transformada de %R para o log

    (1/R), o qual proporcional a concentrao do analito, gerando novos espectros

    que seguem abaixo nas figuras de 4 a 6.

    Figura 4: Conjunto dos espectros das amostras de calibrao relacionando

    nmero de onda (cm-1) e log (1/R)

    3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 1000010

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    Nmero de onda (cm-1)

    %R

    3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 100000.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1

    Nmero de Onda (cm-1)

    log (

    1/R

    )

  • Figura 5: Conjunto dos espectros das amostras de validao relacionando

    nmero de onda (cm-1) e log (1/R)

    Figura 6: Conjunto dos espectros das amostras de medicamento relacionando

    nmero de onda (cm-1) e log (1/R)

    Antes de desenvolver o modelo, foi realizado o pr-processamento dos

    espectros por MSC (Correo do Espalhamento Multiplicativo), removendo a

    flutuaes de linha base que esto relacionadas aos parmetros fsicos das

    amostras. Isto , a variao no espectro causado por espalhamento de luz pelas

    amostras removida e, dessa forma, assegura que os espectros estejam

    3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 100000.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1

    Nmero de Onda (cm-1)

    log (

    1/R

    )

    3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 100000.1

    0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    Nmero de Onda (cm-1)

    log (

    1/R

    )

  • relacionados apenas ao objeto de estudo. Segue abaixo os conjuntos de

    espectros j pr-processados, nas figuras de 7 a 9.

    Figura 7: Conjunto dos espectros das amostras de calibrao aps correo por

    MSC

    Figura 8: Conjunto dos espectros das amostras de validao aps correo por

    MSC

    3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 100000.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1

    Nmero de Onda (cm-1)

    log (

    1/R

    )

    3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 100000.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1

    Nmero de Onda (cm-1)

    log (

    1/R

    )

  • Figura 9: Conjunto dos espectros das amostras de medicamento aps correo

    por MSC

    Para determinar a dimensionalidade do modelo a construdo, utiliza o processo

    de validao cruzada. Dessa forma, obtido um grfico que relaciona o nmero

    de variveis latentes (nmero de dimenses) e ao RMSEC (Raiz do erro

    quadrtico mdio da validao cruzada), mostrado na figura 10.

    Figura 10: Grfico do nmero de dimenses versus o valor de RMSEC

    3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 100000.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    Nmero de Onda (cm-1)

    log (

    1/R

    )

    1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 52

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    Nmero de dimenses

    Rm

    sec

  • Para determinar o nmero de dimenso ideal para a construo do modelo,

    escolhe-se o valor que apresenta o menor valor de RMSEC. Neste caso, o

    nmero 2. Isso quer dizer que o modelo a ser construdo possui duas dimenses.

    No se deve utilizar nmeros menores que este, pois seria considerado falta de

    ajuste (modelo no adequado) e para nmeros maiores que 2, seria

    considerado sobreajuste (modelo com um erro maior e com rudo)

    Obs:. O grfico no deveria apresentar a curva ascendente vista direita. Ela

    pode ter aparecido por conta de erros aleatrios ao longo do experimento.

    Aps selecionar o valor de duas dimenses e construir o modelo adequado,

    foram previstas porcentagens de paracetamol nas amostras de calibrao,

    validao e amostras de medicamento. Como mostrado na tabela, foram

    comparados estes valores previstos pelo modelo e os valores esperados

    (tericos)

    Tabela 2: Comparao entre as porcentagens calculadas e prevista pelo modelo

    e os erros relativos para amostras de calibrao e validao

    Amostra Porcentagem esperada

    Porcentagem prevista

    Erros Relativos

    C1 59.820 59.815

    0.007

    C2 65.800 67.854 -3.122

    C3 70.710 71.268 -0.789

    C4 75.300 71.984 4.404

    C5 80.500 80.238 0.325

    C7 85.490 86.428 -1.097

    C8 89.910 90.904 -1.106

    C9 95.160 94.197 1.011

    V1 62.510 66.629 -6.590

    V2 67.420 69.749 -3.455

    V3 75.250 77.280 -2.698

    V4 83.400 82.306 1.311

    V5 86.800 85.083 1.979

    Como visto na tabela 2, os erros relativos so prximos de 5%, faixa aceitvel

    para o NIR, ou seja, o modelo estabeleceu boa previso.

    Por fim, pode-se calcular a massa de paracetamol em cada comprimido, como

    era o objetivo do experimento, conforme visto a seguir:

  • Tabela 3: Valores de porcentagem prevista pelo modelo e massa de

    paracetamol para amostra de medicamentos para diferentes laboratrios

    Fabricante Massa de um comprimido (g)

    % Paracetamol (m/m)

    Massa de Paracetamol (mg)

    Germed 0,8304 83,1351 690,35

    Multilab 0,9923 70,5254 699,82

    Teuto 0,8143 81,1594 660,88

    Onde o clculo da massa de paracetamol dado como se segue:

    100% ------ 0,8304 g (massa do comprimido)

    (% paracetamol em m/m) 83,1351 % ------ X g (massa do paracetamol)

    X = 0,6903 g

    Multiplica-se o resultado por 1000 e tem-se o valor em mg.

    Concluso

    O experimento se mostrou bem didtico em relao aos conceitos da

    Espectroscopia no Infravermelho prximo (NIR). Podemos ento concluir alguns

    aspectos importantes com relao ao NIR: O mtodo foi pouco seletivo na

    anlise do paracetamol nos medicamentos, sendo necessrio todo um processo

    de calibrao multivariada para se fazer a anlise corretamente.

    Tambm frisamos que, aps o processo matemtico e o ajuste de dimenso do

    modelo, vimos uma outra caracterstica do NIR: a sua pouca exatido. Com erros

    de at 5% na porcentagem de paracetamol prevista, temos um mtodo pouco

    exato com relao aos outros. O NIR ento, se mostra ineficaz para anlises

    em que se espera uma grande exatido e preciso ou para anlises de baixas

    concentraes.

    Na verdade, ficou claro que essa falta de exatido compensada pela

    praticidade do mtodo, como o pouco tempo gasto, simplicidade, limpeza e baixo

    custo.

    Por fim, a concluso de que o uso do mtodo na determinao de paracetamol

    se mostrou bem eficaz, dentro dos parmetros e erros esperados.

  • Referncias

    1. Souza, A. M.; Breitkreitz, M. C.; Filgueiras, P. R.; Rohwedder, J. J. R. e

    Poppi, R. J., EXPERIMENTO DIDTICO DE QUIMIOMETRIA PARA

    CALIBRAO MULTIVARIADA NA DETERMINAO DE

    PARACETAMOL EM COMPRIMIDOS COMERCIAIS UTILIZANDO

    ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO PRXIMO: UM TUTORIAL,

    PARTE II, Quim. Nova, Vol. 36, No. 7, 1057-1065, 2013

    2. Holler, F. J.; Skoog, D.A.; Stanley, R. C., PRINCPIOS DE ANLISE

    INSTRUMENTAL, 6a.edio, Bookman, 2009