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Joaquim Poças Martins
CONSELHO NACIONAL DA ÁGUA 45.ª REUNIÃO PLENÁRIA
22 MAIO 2012
PERDAS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO DE
ÁGUA
REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA
» As perdas de água representam muito em m3 mas muito mais em euros.
» A redução de perdas é determinante para a sustentabilidade dos sistemas e do sector.
» O “segredo” está nos sistemas em baixa.
REDUÇÃO DE PERDAS DE ÁGUA
1) TEORIA
2) PRÁTICA
3) EXEMPLOS
TEORIA
Consumo autorizado
Água facturada
Água não facturada
Consumo autorizado facturado
Consumo autorizado não
facturado
Perdas aparentes
Perdas reais
Consumo facturado medido
Consumo não facturado não medido
Uso não autorizado
Erros de medição
Fugas nas condutas de adução
Consumo facturado não medido
Consumo não facturado medido
Fugas na rede de distribuição
Fugas em reservatórios
REDUZIR
FACTURAR F
F
M
RR
R
L
R
BALANÇO HÍDRICO (IWA)
PERDAS REAIS
O valor mínimo corresponde a uma pressão de 1,5 bar, enquanto que o valor máximo corresponde a uma pressão de 8 bar.
Diâmetro = 50 mm360.000 €/ano a 830.000€/ano
Diâmetro = 20 mm60.000 €/ano a 133.000 €/ano
Diâmetro = 10 mm14.500 €/ano a 33.000€/ano
Diâmetro = 5 mm4.000 €/ano a 8.500€/ano
Diâmetro = 2,5 mm900 €/ano a 2.000€/ano
PERDAS REAIS
PERDAS APARENTES
Contadores avariados e envelhecidos Ligações directas (ilícitos)
PERDAS APARENTES
» Em muitos casos, o custo das perdas aparentes émuito superior ao das perdas reais.
» Há muitos clientes a quem a água não é facturada ou nem sequer é medida.
» Há muitas “ligações directas” (ilícitos).
» Há muitas situações com contadores envelhecidos, com elevados níveis de subfacturação.
REDUÇÃO DA ÁGUA NÃO FACTURADA
AES
AF
ANF
Tempo
m3/ano
REDUÇÃO DA ÁGUA NÃO FACTURADA
IMPACTO NOS RESULTADOS ANUAIS AF (m3/d)
AFf
AESf
AESi
AFi +0
+Y €/ano
X €/m3
nX €/m3
AES
(m3/d)
-
�Macro sustentabilidade
�Micro sustentabilidade
SUSTENTABILIDADE
T T Tarifas ransferências axas
SUSTENTABILIDADE
SolidariedadeFusão
VerticalizaçãoDesmunicipalização
PerequaçãoRegionalização
Eficiência/Regulação
2 - 10 €/m3
SUSTENTABILIDADE
Fonte: RASARP 2010, ERSAR
ÁGUAS NÃO FACTURADA NOS SISTEMAS REGULADOS
PRÁTICA
PRÁTICA
» Em muitos casos, as perdas não são conhecidas nem, muito menos, controladas.» Nestes casos são tipicamente superiores a 50%,podendo chegar aos 80% entre perdas aparentes e reais.» A teoria e as medidas para redução de perdas são conhecidas e existe tecnologia disponível.» O problema começa por ser de vontade política, de gestão e de dimensão demasiado pequena dos sistemas» Em muitos casos, é necessário um processo de reestruturação e mudança profunda que excede largamente a dimensão técnica.
CORRELAÇÃO INVESTIMENTOS / TARIFAS
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
0,00 1.000,00 2.000,00 3.000,00 4.000,00 5.000,00
Investimento per capita/euros
Tarifa média para consumo de 10 m
3/mês
MUDANÇA EM EMPRESAS DE ÁGUA
ApoioPolítico/Accionistas
Liderança
€/T,T&T
Tempo
Conhecimento
Empresa de Água
Tecnologia
Contexto
MUDANÇA EM EMPRESAS DE ÁGUA
» Em contexto favorável, 5 - 6 anos são suficientes para reestruturar uma empresa de águas.
» É possível e desejável obter resultados logo no 1.ºano.
» Devem aproveitar-se todas as oportunidades, mesmo que a situação não seja a ideal
EXEMPLOS
1998 2004
FunçõesÁgua + saneamento incipiente
sem tratamento
Água + saneamento em quase todo o concelho+ tratamento+ águas
pluviais + ribeiras + praias + educação ambiental
Nº Cliente de água 80 000 120 000
Nº Clientes de saneamento 10 000 110 000
Investimento (1998 - 2003) 150 milhões de euros
Tarifa de água/m3
(preços correntes)0,66 0,73
Tarifa de água/m3
(preços constantes de 2003)0,75 0,73
Custo da água de origem
(preços constantes de 1998)0,10 0,28
Perdas totais
(água não facturada)47% 19%
N.º de trabalhadores 300 300
ÁGUA DE GAIA (1998-2004) MUDANÇA
ÁGUA DE GAIA (1998-2004) PRAIAS
ÁGUA DE GAIA (1998-2004) RIBEIRAS
2006 SMAS
2011Águas do Porto
Água Vendida aos Clientes (milhares de m3/dia)
48.000 47.959
Água Comprada à AdDP(milhares de m3/dia)
104.000 65.431
Actividades Água + SaneamentoÁgua + Saneamento + Águas Pluviais + Ribeiras + Praias +
Educação Ambiental
Aumento de Tarifas desde 2006 n.a.
2007 – 0%2008 – 2,75%
2009 – 1 %2010 – 1%2011 – 1%
Praias com Qualidade Balnear NenhumaFoz, Gondarém, Homem do
Leme, Castelo do Queijo
Praias com Bandeira Azul NenhumaFoz, Gondarém, Homem do
Leme
N.º de Trabalhadores 574 482
ÁGUA DO PORTO (2006-2011) MUDANÇA
ÁGUA DO PORTO (2006-2011)PERDAS DE ÁGUA
ÁGUA DO PORTO (2006-2011) RIBEIRAS
Despoluir
Desentubar
Reabilitar
ÁGUA DO PORTO (2006-2011) RIBEIRAS
ÁGUA DO PORTO (2006-2011) PRAIAS
ÁGUA DO PORTO (2006-2011) PRAIAS
CONCLUSÃO
As poupanças decorrentes da redução das perdas e outros desperdícios podem ser suficientes para “pagar” o processo de
gestão da mudança, rumo àsustentabilidade