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7/26/2019 Perspetivao crtica a Descartes
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Filosofa 11ano
Anlise comparativa de duas teorias explicativas do
conhecimento:
O racionalismo cartesiano
O Cogito um entimema e no uma crena bsica:
Segundo Descartes, o Cogito (o Penso, logo existo uma crena bsica! Ou se"a:
trata#se da crena numa ideia cu"a $erdade to e$idente %ue no &recisa de uma
"usti'icao exterior com base nela &odemos "usti'icar outras ideias, mas ela mesma no
&recisa de ser "usti'icada &or outras ideias: auto"usti'ica#se!
)raas a essa caracter*stica do Cogito &oss*$el, segundo Descartes, re'utar o
argumento c&tico da regresso in'inita da "usti'icao!
Porm, du$idoso %ue o Cogito se"a realmente uma crena bsica! +e"amos &or%u!
Penso, logo existo: conseguir*amos com&reender a ideia ex&ressa &or essa 'rase se
antes no com&reendssemos outras ideias- . $erdade dessa ideia seria to e$idente se
no con/ecssemos &re$iamente a $erdade de outras ideias- Di'icilmente!
O %ue se &assa %ue di0emos Penso, logo existo sem ex&licitar todas as ideias
en$ol$idas! O %ue na realidade &ensamos ao di0er tal 'rase isto:
Se &enso, ento existo!Penso!
1ogo, existo!
Sem a ideia contida na &rimeira &remissa no seria &oss*$el a'irmar Penso, logo
existo! Por isso, o Cogito , a'inal, um entimema: um argumento com uma &remissa
subentendida! 2x&licitando esta obtemos um 3odus Ponens (a'irmao do antecedente!
O %ue essa &rimeira &remissa di0 %ue &ensar uma condio su'iciente da existncia e
%ue, &ortanto, todos os %ue &ensam existem! O &ensamento exige um &ensador, um
autor do &ensamento! 3as essa relao no rec*&roca: 'also %ue se existo, logo
&enso, &ois &osso existir e no &ensar (&or exem&lo se esti$er num sono muito
&ro'undo ou em estado $egetati$o! . e$idncia do Penso, logo existo uma
conse%uncia dessas ideias!
Ou se"a: o con/ecimento do Cogito resulta de uma in'erncia, de um racioc*nio! 4rata#se
de um con/ecimento deri$ado! Ora, uma crena bsica tem de ser con/ecida
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directamente 5 tem de ser um con/ecimento &rimiti$o (no in'erencial! Por isso, o
Cogito no uma crena bsica!
Se o Cogito no uma crena bsica, ento Descartes no conseguiu re'utar o
argumento c&tico da regresso in'inita da "usti'icao!
Se Descartes no conseguiu re'utar o argumento c&tico da regresso in'inita da
"usti'icao, ento no conseguiu demonstrar %ue o con/ecimento /umano &oss*$el!
6ibliogra'ia:
.ires .lmeida et al, . .rte de Pensar 5 778 .no, Didctica 2ditora, 1isboa, 9;Simon 6lacntroduo ? @iloso'ia, )radi$a, 97
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