Pintando Sua Alma

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    1/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    2/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    3/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    4/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    5/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    6/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    7/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    8/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    9/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    10/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    11/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    12/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    13/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    14/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    15/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    16/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    17/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    18/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    19/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    20/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    21/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    22/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    23/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    24/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    25/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    26/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    27/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    28/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    29/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    30/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    31/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    32/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    33/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    34/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    35/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    36/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    37/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    38/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    39/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    40/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    41/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    42/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    43/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    44/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    45/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    46/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    47/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    48/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    49/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    50/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    51/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    52/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    53/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    54/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    55/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    56/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    57/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    58/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    59/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    60/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    61/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    62/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    63/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    64/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    65/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    66/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    67/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    68/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    69/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    70/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    71/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    72/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    73/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    74/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    75/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    76/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    77/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    78/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    79/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    80/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    81/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    82/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    83/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    84/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    85/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    86/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    87/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    88/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    89/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    90/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    91/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    92/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    93/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    94/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    95/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    96/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    97/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    98/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    99/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    100/223

    Pintando sua lma

    Notas do acilitadorA avaliao da aula inclui:I a. Qual foi o aquecimento apresentado naquele dia;I b. O Facilitador achou o aquecimento efetivo? O que precisa ser mudado? Qual foi

    a reao de cada pessoa do grupo ao tema daquela sesso?2. Como resultado do aquecimento, o que foi pintado naquele dia, e por quem?3a. Quais os assuntos do grupo manifestados naquele dia?3b. Que contedo latente esses contedos representam? necessrio saber a histria

    pessoal, para entender melhor qual o sentimento e o significado que isso tem para o par-ticipante, em termos do contedo latente. As perguntas sobre a histria pessoal so discu-tidas na Entrevista Inicial, capo 3 .

    Notas do acilitador

    ontedo manifestado R. muito crtico. Mantm uma atitudesuperior, que funciona como uma barreira,impedindo as pessoas de chegarem muitoperto. Suas pinturas so magnficas obras dearte, sem defeitos.

    bA. destruiu sua pintura.

    c. G. muito expansivo, atirando tinta eocupando muito espao de P. P. se sente in-vadido.

    d J. est faltando s aulas.

    ontedo latenteA inabilidade ou medo de R. de entregar-see perder controle de sua mente racional. Eleprecisa relaxad suas defesas, contatar suanatureza feminina. Precisa entrar em conta-to com seus sentimentos mais ntimos, flui-dez e afetividade. Ele se esconde atrs deuma mscara de superioridade intelectual.Tremenda raiva reprimida contra a me.No agenta contato com fortes contedos.Perfeccionismo exagerado. Precisa diminuirsua spera auto crtica. Possibilidades: bai-xa estima, que quer paralis-Ia em seu pro-cesso criativoQuesto de limites. A dificuldade de P. emdizer noG. invade o espao de outras pessoas, porquefoi abusada quando criana e suas barreiraspessoais no foram respeitadas.Medo de falar da resistncia de vir a aula.Necessidade de estimul-Io a falar sobreisso, ao invs de atuar. Dificuldade de esta-belecer vnculos com o grupo. Medo de queo grupo no v ceit-lo Repetindo padresda infncia.

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    101/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    102/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    103/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    104/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    105/223

    LG UM S DE N OSS S N EC ES SID D ES EMOCIO N IS S IC S NUTR ID S TR V ES D IO D NC

    TR\NSCENDENCI FETIV ID DE SEXU LID DE C R I T IV ID D E VIT LID DE

    Auto-va lor F lu idez leveza, Conexo com o p rim al Exp ressodos ve rdadeiros Sentir a vidaflexibil id ad e, e qu ilb rio sentimentos do corao in tensam ente

    Am or ind ife renciado Auto-regu lao Conta to Danas e xpressivas Auto-va lors em fo rm aConexo com Ser aco lh ido A c eita o d o c orp o Expresso em A foraa na tu re za protegido linguagem no-verba l m otivao coragemdeterminao alegria

    D ilu io Conta to e carc ia S e ns ib iliz a o d o c orp o Expresso da Reforop ara d ar e re ce be r essncia da identidadeprazer

    Entrega E n co ntra r o o utro P e rm is s o p ar a Auto-real izaoo p ra ze r

    Sen ti r- se pa rte D ar e re ce be r Int imidade _ _da to ta l idadeI luminao Int imidade Entrega _

    Am or Unio

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    106/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    107/223

    usan ello form o do qru comoum v so de curconceito s ter pu tico sfund ment is

    rep r o do facilitado r e conceitos ter puticos fund ment isEstrutura da aulaO contratoDar nome ao sentimentoEmpatiaEscuta ativaContratransferncia - Trabalhando com sentimentos induzidosProjeo - Transferindo seus conflitos interiores para outras pessoasFases bsicas de maturao infantilTrabalhando com resistnciasPontes de contato

    curso dividido em um perodo de doze semanas ou um semestre , com en-contros de quatro horas, urna vez por semana. Os estudantes podem participarsucessivamente de quantos cursos queiram para continuar aprofundando o conhecimentode seu processo inconsciente. Depois de um curso, os estudantes tero aprendido o mto-do de Pintura Espontnea e podem continuar pintando e escrevendo nos seus dirios porconta prpria. O grupo consiste, de preferncia, de oito a dez pessoas. Certos exercciospodem ser adaptados para grupos maiores. Nesse caso, dividimos o grupo grande em gru-pos menores ou trabalhamos em pares.

    8

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    108/223

    intando sua lma

    Estrutura da aula1. Preparao - 20 minutosQuando os estudantes chegam ao estdio, eles se preparam: cortam o papel do tama-

    nho que quiserem e o colam na parede. Pregam todas as margens firmemente com fita ade-siva. O papel vai se enrugar quando estiver molhado, e a fita vai ju -lo a secar, mais oumenos, sem pregas. melhor pintar de p, porque o corpo tem mais mobilidade e liberda-de de expresso. Coloque as tintas na paleta e misture os tons.

    2. Exerccios de aquecimento - 20 a 30 minutos.Comeamos a aula com os exerccios de aquecimento descritos nos Captulos 4 e 8.

    O objetivo desses exerccios relaxar a mente racional, estimular as emoes e ajudar osparticipantes a fazerem contato com seu mundo interior.

    3. Pintar ou modelar em argila. Escrever no dirio - 1 horasQuem terminar primeiro de pintar pode usar o tempo para escrever no dirio, enquanto

    aguarda os outros. H tambm argila sempre disposio no estdio. Pintamos qualqueremoo evocada e que aparea espontaneamente como imagem na tela. A Pintura Espon-tnea foi bastante explicada nos Captulos 2 e 3.

    4. Tempo para o grupo processar as pinturas - 1 a I horasExtrair fora da presena de outros sem invadir aprivacidade ind ividual ... Diri-

    gir nossa ateno para dentro, trabalhando lado a lado com outros, masfazendo o traba-lho solitrio ... A presena de outros, cada um engajado em alcanar o passado e ospotenciais de sua prpria vida, parece ter o efeito de ajudar o trabalho solitrio de cadaum. (L Progoff, 1980, pag.52)

    Depois de trabalharem individualmente em suas pinturas, os estudantes dedicaro otempo de aula para o trabalho de grupo e para explorarem os significados simblicos desuas pinturas. Eles se juntam para dividirem insights, aprenderem uns com os outros e re-latarem tudo num nvel mais emocional. A confiana gradualmente cresce entre os integran-tes do grupo, durante as doze semanas do curso. Eles entendem que no esto sozinhos emseus sofrimentos, enquanto vo testemunhando cada um revelar seus triunfos, seus medos,sua vulnerabilidade, suas feridas e seus sonhos.

    Maria: Joo, vejo uma forte parede de tijolos que me diz: Mantenha distncia . Issome faz sentir muito triste.

    Joo: Sim, pinto issoporque estoucommedo de ficarmuito perto das pessoas. Por causadas coisas que aconteceram em minha vida, tive de construir uma grande parede de tijolos.

    Facilitador: Voc pode pintar como voc se sente atrs da parede de tijolos? Vocpode fazer uma segunda pintura expressando a emoo oposta?

    Podemos fazer uma pergunta para estabelecer uma ponte de contato com outras pes-soas no grupo. Facilitador: Algum mais se sente desse modo? Como se manifesta sua pa-rede de tijolos? Pea ao grupo pormeio de brainstorming escrever uma longa listadosmedos

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    109/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    110/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    111/223

    Susan el o

    Dar nome ao sentimentoQueremos identificar a emoo ou o condicionamento que a pessoa est experimen-

    tando. Quando voc denomina alguma coisa, voc a traz luz da conscincia e ela perdeseu misterioso poder de controle. Esse um tema arquetpico retratado no conto de fadasRumpelstilskin A criatura m perde o poder sobre a rainha, assim que a rainha descobreseu nome. importante que denominemos os sentimentos. Vide Apndice para consultaro Guia para Identificar Emoes/Sentimentos) Assim que voc nomeia alguma coisa, vocpode se tornar consciente dela e comear a observ-Ia. Esse um dos objetivos principaisda terapia autodescoberta, em minha op n o identificar o sentimento observ Io eentender o que ele significa.

    Por exemplo: Thomas informa o grupo que tem de deixar cada sesso logo aps apintura e no pode ficar para o trabalho em grupo. Eu me pergunto: Ele quer perder o mo-mento de falar em grupo por causa do medo de relacionar-se com outras pessoas? Se eleno quer expressar os sentimentos, ele pode ficar na classe sem participar, se quiser?

    Facilitador: Thomas, seria possvel voc falar sobre sua necessidade de sair cedo?O que voc pensa que os outros esto sentindo a respeito disso? Voc gostaria de verificarisso com o grupo? Se Thomas consentir, ento pergunte ao grupo: O que vocs sentempor Thomas no querer ficar at o fim da aula? Pea ao grupo para responder.)

    Facilitador: Como voc se sente a respeito das reaes do grupo?Thomas: Acho que no posso pintar muito bem. Me sinto muito tolo durante o tra-

    balho de grupo, como se as pessoas estivessem avaliando meu trabalho. Talvez eu precisefazer tudo sempre bem e me sinta desconfortvel, vendo, na sala, todas as pinturas de tan-tas pessoas que pintam melhor do que eu.

    Facilitador: E quando voc acha que tolo, que sentimentos esse pensamento trazpara voc?

    Fazer uma pergunta para clarificar o sentimento ajuda apessoa a dar nome a elee identificar suas emoes No julgue oud suas opinies Aprenda como clarificar o queeles esto sentindo Dra. Lena Furgeri, superviso de grupo)

    Thomas: Sinto-me com vergonha, inferior e incompetente.Facilitador: Inferior e incompetente no so sentimentos, so estados. Quais so os sen-

    timentos? por exemplo, envergonhado, rejeitado, ansioso, defensivo, derrotado, magoado?)Thomas: Sinto-me com vergonha e tristeza.Facilitador: Voc pode ficar na classe e observar esses sentimentos quando eles apa-

    recerem? Voc pode express-los para mim ou para o grupo, para podermos trabalh-Ios,ao invs de atuar act out) por eles, saindo cedo?

    Dependendo da situao, voc pode querer incluir informaes histricas. Voc podese lembrar de outro tempo na sua vida em que se sentiu desse jeito?

    O facilitador e o grupo apoiam a pessoa para que ela possa expressar seus verdadei-ros sentimentos. Facilitador: Voc no tem de ser o melhor nesta sala. Seja aceito pelo que

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    112/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    113/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    114/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    115/223

    usan ello

    Lucy est sempre induzindo sentimentos hostis em um facilitador que tem questesno resolvidas com sua filha. Uma exceo poderia ser algum com problemas relaciona-dos a autoridade. Essa pessoa somente levantaria sentimentos hostis no lder do grupo querepresenta uma autoridade e no necessariamente nos membros do grupo. Ela s quer bri-gar com a autoridade.

    Extrado do dirio de um facilitador: Estou sentindo que Lucy est tentando com-petir pelo poder comigo dentro do grupo. Fico envolvido em minhas prprias reaes a elae observo que quero escond-Ias dela como escondi de minha me. Tenho minhas prpri-as questes no resolvidas em tomo de autoridade. Acho que qualquer pessoa forte est ten-tando invadir meu espao e ameando meu poder como se fosse minha me. Meu padropara lidar com pessoas agressivas e invasoras esconder-me delas. Observo meu desejode fugir quando sinto que ela est invadindo. Quero gritar-lhe mas no fao o que desejoapenas observo. No quero reagir com raiva.

    Quando est trabalhando com o grupo o facilitador estuda todos os sentimentos for-tes que observa em si mesmo. O que estou sentindo? Tem a ver com o qu? recomend-vel que todo facilitador faa algum tipo de terapia para que possa identificar sua prpriabagagem emocional e estar atento quando for estimulado em interaes. Estude suas pr-prias intervenes e observe o efeito delas no comportamento dos membros de seu grupo.

    Alguns projetaro no lder do grupo o papel da Boa Me e outros da Me Terrvel.Alguns podem despertar no facilitador sentimentos relacionados com a necessidade de darproteo: querem parecer frgeis e que necessitam ser cuidados. Talvez eles no tenhamsido suficientemente cuidados por suas mes e induzam esse sentimento. O lder pode sesentir atrado por essas pessoas por causa de sua prpria necessidade de cuidar. E sealgum no quiser ser cuidado o facilitador pode se sentir rejeitado por essa pessoa.Em conseqncia o facilitador pode experimentar sentimentos de repugnncia a essapessoa por causa de suas prprias necessidades profundas de cuidar. Os facilitadorestm que estar muito atentos para no transferirem para os alunos/clientes seus proble-mas/contedos no resolvidos.

    Devemos considerar o que essa pessoa est precisando e pedindo. Algumas das nos-sas necessidades bsicas para a tur o na infncia so: proteo; aceitao; ser cuida-do fisicamente; unio e amor; compreenso; validao e definio de limites.

    Como reviso na contratransferncia o instrutor pergunta:1. O que estou sentindo?2. Por que estou sentindo isso?3. H outras pessoas sentindo o que estou? Se for uma contratransferncia subjetiva

    ento faa uma reviso daquelas vezes que voc teve sentimentos similares. O que aconte-ceu? De que maneiras voc continua a recriar esse problema hoje projetando seus proble-mas em seus alunos / clientes?

    rojeo Transferindo seus conflitos interiores para outras pessoasEstamos projetando nossos pensamentos necessidades e fantasias nas pessoas todo

    o tempo. Tambm projetamos nossa histria no resolvida de medos e emoes nas pessoas

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    116/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    117/223

    usan ello

    criticando um padro habitual que ela quer mudar, mas incapaz no momento. Talvez elatenha uma profunda necessidade de agarrar-se s coisas para sentir segurana. Marlia estsozinha e necessita de muitas coisas ou comida em torno de si, para preencher os espaosvazios. Ela respondeu a Eunice: Eu me sinto invadida por seu comentrio.

    Eunice reagiu defensivamente, com argumentos intelectualmente bons sobre a impor-tncia de fazer caridade com os pobres etc. Estvamos sendo levados por uma onda inte-lectual. Nesse ponto, interferi. Eunice, o que voc est sentindo?

    Odeio Marlia; ela responde.Facilitador: Pinte essa emoo. Tambm pode dar vazo escrita criativa.Est certo Eunice odiar Marlia nessa situao? TalvezMarlia, uma mulher mais velha,

    faa Eunice, que tem 28 anos, lembrar-se de sua prpria me, de quem ela guarda senti-mentos no resolvidos de dio, e esteja projetando essas emoes raivosas em Marlia.

    Facilitador: Acho muito bom que voc possa colocar seus sentimentos em palavras,Eunice. Ela no estava acostumada a ser apoiada dessa maneira. Em sua famlia, as pes-soas estavam sempre se expressando argumentativamente. Usualmente, ela era criticada eimcompreendida, da mesma maneira que ela tinha agido com Marlia. Ns, inconsciehte-mente, gravamos o modelo que recebemos e o expressamos para outras pessoas em formade projeo.

    Os participantes no devem tomar como pessoal nem se ofenderem por alguns doscomentrios projetivos. Estamos operando a partir de um contexto teraputico e encoraja-mos as pessoas a expressarem seus sentimentos, mesmo que no sejam socialmente acei-tveis. Estamos explorando um campo interativo de comunicao emocional.

    No Captulo 6, explico uma tcnica de trabalho onde o grupo olha para as pinturasde cada um como se fossem suas prprias e projeta nas pinturas dos outros suas identifica-es com ela. Essa figura negra no canto esquerdo mais alto me lembra uma figura muitosolitria. Est completamente s e flutuando numa rea vermelha. Associo esse vermelhocom o inferno, dor e sofrimento. Talvez, dentro de mim, exista uma grande tristeza. Me sintoto sozinho. isso que vejo no seu quadro. Dessa maneira, o pintor recebe uma varieda-de de projees para considerar com relao ao significado de seu quadro, alguns dos quaispodem refletir seu prprio processo. O pintor escuta os comentrios de todo mundo e con-sidera aqueles que tm algum sentido para ele.

    ses bsic s de m tur o inf ntilOs primeiros estgios de nossa infncia preparam a fundao para nossa vida adulta.

    Se essas primeiras condies para desenvolver confiana, identidade, intimidade e indepen-dncia foram bloqueadas ou danificadas, reagimos desenvolvendo resistncias, medos esomos incapazes de apreciar a vida com equilbrio e alegremente. Talvez eu no tenha sidoencorajada a explorar ou no tenha tido permisso de fazer baguna com minhas coisas.Tudo tinha de ser limpo e ordenado. Talvez tenha sido ridicularizada ao expressar minhasopinies. Como educadores emocionais, tentamos ajudar as pessoas a experimentar neces-

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    118/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    119/223

    usan ello

    so satisfeitas e sou respeitado e bem cuidado ou alguma coisa imposta de fora, que nosatisfaz minhas necessidades orgnicas. Essa negligncia pode resultar num sentimento dedesconfiana bsica.

    A confiana bsica versus a desconfiana bsica logo no comeo da existncia aprimeira tarefa do ego ... a soma de confiana derivada das primeiras experincias in-fantis noparece depender de quantidades absolutas de comida ou demonstraes de amorporm mais da qualidade da relao maternal. As mes transmitem um senso de confian-a a seus filhos por esse tipo de distribuio que em termos de qualidade combina cui-dado sensvel das necessidades individuais do beb com umfirme senso de lealdade ... istoforma a base do senso de identidade que mais tarde ir combinar um sentido de estartudo bem de ser voc mesmo e de se tornar aqui lo que outras pessoas crem que vocse tornar. E. Erikson, 1993, pago 249

    A capacidade de confiar no universo e de penetrar no mistrio uma parte inata doprocesso criativo. Quando o estgio inicial do desenvolvimento da maturao da confian-a incorporado com sucesso estrutura do ego, ele aumenta a capacidade do adulto deexperimentar estados de conscincia dependentes dessa estrutura. Entre eles, a capacidadede entrega e a confiana de que o universo proporcionar o que necessrio para a evolu-o da conscincia do indivduo.

    Quando as pessoas me pem no papel da Me Terrvel, sinto sua vingana escondidacontra seus pais? , os sentimentos atrs do sorriso. Uso esses sentimentos induzidos paracriar exerccios de aquecimento, onde elas podem alcanar profundamente os estados emo-cionais positivos que precisam desenvolver em si mesmas, acompanhando as necessida-des dos membros do grupo. Considere um tema geral para despertar os sentimentos quealguns podem nunca ter tido a oportunidade de vivenciar durante suas fases bsicas dematurao infantil. Comece trabalhando com o sentimento de contentamento, bem arquet-pico do beb, certeza de que nunca nos faltar o necessrio e, portanto, que se pode con-fiar.Numa outra aula, continue trabalhando com as necessidades maturacionais do primeiroano de idade sentimento de estar protegido; sentimento de que o universo benevolente .Gradualmente v reforando o respeito prpria identidade ou o sentimento de estar sen-do cuidado de maneira amorosa. Quando percebo que essa pessoa necessita desenvolversua natureza espiritual, introduzo exerccios de Biodana do tipo transcendncia e afeio.Muitas pessoas no sero capazes de experimentar essas identificaes positivas, se notiverem liberado sua raiva e dio. Na aula, elas tm a oportunidade de fazer uma catarsede seu dio na tela. Tentaremos, depois, desenvolver uma identificao positiva para coma Me Terra com um aquecimento que eu usaria para pessoas que tm um complexo de MeTerrvel. Vide Aquecimento VIII no capo 8 que trata de exerccios de dar e receber afetopara pessoas que no receberam ternura suficiente.

    r b lh ndo com resistnci sResistncias so defesas de proteo. Elas se manifestam em aes que mantm afas-

    tadas as foras emocionais conflitantes ou feridas da conscincia ordinria. Podem ser ati-tudes, claras ou disfaradas, verbais ou no-verbais, que impedem os sentimentos feridos2

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    120/223

    Pntando sua lma

    de se revelarem. Nossos sentimentos criam nossas resistncias. Debaixo delas, podem existirculpa, medo, sentimentos de baixa auto-estima, desiluso, mgoa, tristeza, raiva reprimi-da, abandono e outros. De acordo com Freud, o ego se defende de perigos causando umaumento de tenso ou ansiedade) e remove ameaas a seu controle, reprimindo pensamen-tos desagradveis ou dolorosos; dessa maneira, restaura um tipo de homeostase. No entan-to, os pensamentos reprimidos continuam a influenciar a conscincia na parte subliminar eem nveis mais profundos, embora indiretamente.

    Como trabalhamos com resistncias? Ns as respeitamos. Quando estamos trabalhandocom o inconsciente, estamos pisando em terreno sagrado e temos de caminhar com infinitasensibilidade e carinho. Respeitamos o poder de cura e destruio que ele contm. Noinvadimos. Damos nossos passos e nos encontramos com a pessoa onde ela est e nos uni-mos a ela. Se voc no sabe at onde pode ir, melhor perguntar a ela: Devo deixar issode lado? Voc quer que eu pare por aqui?

    Uma das razes pelas quais a Pintura Espontnea uma tcnica to efetiva que, quan-do expressamos nossos sentimentos inconscientes no-verbalmente, escapamos das resis-tncias da mente intelectual. Expressando as emoes do crebro lrnbico-hipotalrnico,ignoramos o crtex intelectual, cheio de proibies e resistncias. Os poderosos sentimentosocultos expressos numa pintura simblica catalisam um processo na psique mesmo se algumno deseja revelar seus sentimentos verbalmente. S o fato de pintar essas emoes fortes,sem saber o significado, traz cura. No entanto, quando conversamos no grupo, compartilhandoos dilogos escritos e outras tcnicas vide capo6), aceleramos sua vinda luz da conscincia.

    As pessoas freqentemente pintam suas resistncias. fig. 12)Facilitador: Olhe para as linhas escuras e grossas na sua pintura. Seus bales podem

    querer voar, mas esto delineados em negro. O que as linhas negras esto dizendo? D-lhesuma voz e deixe-as conversar com voc.

    Extrado do dirio de um pintor): Esses bales me do a idia de leveza felicida-de um parque de diverses uma profuso de cores e acima de tudo a idia de ser umacriana. A criana que ns todos somos a criana que ns todos temos dentro de ns acriana que sou e que todavia no sabe como ser. A criana que brinca que sorri quepula e puramente espontnea.

    Mas meus bales no transmitem issopara mim. Pelo contrrio eles so pesadosdensos e noflutuam. Eles esto cados e circulados por uma larga linha negra. Eles nopodem inflar-se nopodem voar.Esto reprimidos pesados. Por qu? Qual a razo? Sintoque isso representa todo o autocontrole que eu me imponho e como me prendo com umacerca ao redor de mim. Essa histria de dizer que tudo est bem que tudo est certo. Arigidez de minhas emoes sem apermisso de serem livres de alcanar as nuvens. Semprecomandando e em comando das situaes. Minha agressividade latente. Estas linhas tmo gosto cido de uma armadura enferrujada que me cobre completamente e no permiteque o meu eu real aparea mas somente uma rgida mscara impondo medo ansiedadee respeito dizendo: sou forte estou protegido e sei como entrar em combate.

    Estamos ajudando pessoas a confrontarem defesas sedimentadas, que foram estrutu-radas para a sobrevivncia. Se as pessoas no se sentem vontade para falar de suas resis-

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    121/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    122/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    123/223

    Susan el o

    etc. No tente negar o que a outra pessoa est sentindo. No d conselho ou tente conser-tar as coisas para ela. Somente ela pode consertar o que foi quebrado. Ajude, tornando-acapaz de fazer aflorar, atravs da expresso verbal e da expresso criativa, aspectos do Selfque foram repudiados.

    A primeira regra de hipnose no mtodo de Milton Erickson e muitas outras terapias n r no mesmo ritmo do cliente. Assim, aceitando sem invadir, o cliente desenvolve con-fiana em voc. Eu costumava ficar muito cansada trabalhando em grupos, tentando mu-dar aspessoas, empurrando-as psiquicamente para onde eu queria que elas fossem. Isso meesgotava, porque enfrentava uma enorme resistncia. Precisava aprender a acompanhar seufluxo e respeitar seu passo, em vez de impor as minhas expectativas. Tinha de tolerar meudesconforto de pensar que poderia no estar gratificando as pessoas. Tinha de tolerar mi-nha natureza impulsiva, que ficava frustrada porque as pessoas no estavam se movimen-tando rpido o bastante para me satisfazer. Tinha de evitar dar conselhos. Tinha era queajudar as pessoas a conversarem sobre seus sentimentos. Eu precisava aprender como li-dar com o meu desconforto e minhas reaes ao observar algum paralisado no sofrimento.

    Na primeira metade de um semestre, uma estudante comeou pintando uma casa ouuma paisagem e, por fim, a cobria de muitas flores, de modo que ficava muito difcil ver oque estava atrs das flores. Depois de umas oito pinturas, que sempre terminavam cober-tas por flores, comecei a menosprezar essas flores. A estudante tinha uma persona doce esorridente mscara exterior), que encobria seus sentimentos de tristeza e raiva. Meu senti-mento induzido era de frustrao e raiva.

    Um dia, a impulsividade tomou conta de mim e, em vez de fazer-lhe uma perguntaobjetiva, como o que est atrs das flores? , dando-lhe a opo de entrar ou no nas pro-fundezas de sua pintura e sua alma, eu entrei de uma vez, insensivelmente, com a interpre-tao: Voc est sempre cobrindo tudo com flores. Voc est cobrindo seus sentimentoscom essa aparncia bonita. Da para a frente, ela tentava me agradar e passou a reprodu-zir aquele sentimento que suas flores estavam tentando encobrir com sua bonita fachada.Mas eu a provoquei, tentando descobrir alguma coisa que ela no estava preparada paraenfrentar ainda. Suas flores eram sua resistncia, muito bem construda, que eu no respeitei.No caminhei com ela, mas a provoquei por causa da minha impacincia em querer v-Iacrescer mais depressa.

    No confronte diretamente a resistncia, porque voc pode esmagar a pessoa. Essaestudante entrou em estado de tristeza e confuso por umas duas ou trs semanas. Parou devir aula por uns tempos. No vindo, ela estava demonstrando sua raiva, mgoa e humilha-o, e era incapaz de expressar diretamente seus sentimentos. Logo depois, ela voltou econtinuou a pintar flores. Depois disso, ela no mais confiou emmim e no se sentiu segura.

    Evite enviar elogios, mensagens pseudo-apoiadoras. Voc pintou uma linda flor.Embora geralmente bem intencionada, essa mensagem pode dar a entender que voc estjulgando o desempenho do outro. Na pintura espontnea, essa avaliao pode inibir o de-sempenho e a criatividade e reforar o contexto de avaliao ejulgamento.

    Podemos liberar nossos sentimentos num seguro laboratrio emocional, durante umasesso de grupo. As pessoas comeam o processo de transformao pintando esses senti- 4

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    124/223

    Pint:-ando sua Alma

    mentos potenciais e/ou as resistncias que elas no so capazes ou ainda no esto prontaspara mudar. As pessoas no caminho do auto conhecimento mudam progressivamente. Pri-meiro, elas podem tornar-se cnscias de quando a resistncia est operando, mesmo queno tenham desenvolvido as habilidades do ego necessrias para agir de outra maneira. Noentanto, pelo menos, esto conscientes de sua presena.

    Elas saem do esconderijo e experimentam progressivamente o que acontece quando seafastam momentaneamente de sua resistncia. Somente tornando-se consciente de suas re-sistncias vendo-se trabalhando nelas no umavez mas outrae outra pode nosso integrantede grupo colocar suas resistncias de lado se assim quiser. JJ L. Ormont, 1992, pago 136)

    O exemplo seguinte integra trs tcnic s que, progressivamente, vo estimular a pes-soa a sair do sentimento de bloqueio interno, reintroduzindo no corpo-mente-esprito umsentimento de fluidez

    a. movimentos de Biodana;b. fantasia dirigi da;c. escrita no dirio.Pea ao grupo permisso para fazer um vdeo desse exerccio de movimento. Mais tarde

    na sesso, durante o trabalho de grupo, as pessoas tero a oportunidade de se observar. Elaspodem discutir suas reaes aos movimentos corporais e observar se esto soltas ou rgidas.

    No exemplo seguinte, nosso objetivo entrar em contato com um estado chamado defluidez em Biodana. Rolando Toro, o criador da Biodana, assim define fluidez: a ca-pacidade de permitir ofluxo contnuo de energia. Os movimentos defluidez comprome-tem todo o corpo em umprocesso de deslizamento sensvel no espao de modo que seproduza uma conexo ttil com o ar. Os exerccios de fluidez tm uma certa semelhanacom os movimentos do Tai Chi Chuan mas aBiodana introduz o elemento emocional. JJFluidez um movimento de suavidade, flexibilidade e harmonia. Quando praticamos a flui-dez, estamos realmente praticando como agir na vida de uma forma sem barreiras e semrigidez. A fluidez permite s pessoas aprofundarem-se gradualmente em si mesmas e acessaroutras partes das suas conscincias.

    Quando somos capazes de traduzir em movimento uma imagem visual ou uma idia,estamos praticando idias danantes. uma outra forma de percepo. Por exemplo: possvel danar o conceito de fluidez. As pessoas podem se conectar com a idia de queum grande fluxo de energia est entrando em seu corpo e que elas esto se alinhando comele e estabelecendo um estado de equilbrio e harmonia. A Biodana cria muitos movimentosque so idias danantes.

    Existem inumerveis tcnicas para trabalhar com resistncia. Uma das metodologiasfundamentais da Biodana o conceito de utilizar uma srie de movimentos de dana dife-rentes, acompanhados por msicas especficas, guiando a pessoa progressivamente a esta-dos mais profundos de regresso. Nesse estado de entrega, a pessoa est temporariamenteaberta, sem as defesas. Est receptiva para sentir algo novo, ausncia de medo, um senti-mento de contato com o Todo, confiana no universo, relaxamento. Quando nos permiti-mos sair da identificao com o pensamento limitador por uma nova opo de nossa escolhaconsciente, estamos criando o novo ncleo. A semente do novo ncleo, uma nova resposta resistncia e ao corpo rgido.

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    125/223

    usan ello

    Para proteger a nova semente, precisamos criar um espao sagrado e de prote-o. Passo 1: Comee com um exerccio de respirao profunda pelo abdome, porcinco minutos. Em seguida, relaxe os msculos tensos em cada parte do seu corpo:do rosto, pescoo, ombros, peito, abdome etc.

    a Movimentos de iodana medida que as pessoas comeam a relaxar e acompanhar a msica, que estimulaos movimentos fluidos, a expresso contrada da musculatura do corpo e do rosto se relaxamgradualmente. As linhas duras perdem sua definio e os olhos tm uma qualidade maissuave e expressiva.

    Passo 2: Fique em p, com os olhos semifechados. Mantenha os ps afastados, emalinhamento com os ombros, os joelhos ligeiramente flexionados, os pulsos relaxados, co-tovelos dobrados. Deixe os braos realizarem movimentos iguais, bem leves e em sintonia,enquanto gradualmente voc os leva para cima e para baixo diversas vezes. Depois de al-guns momentos, alterne os movimentos dos braos, um para cima, o outro para baixo, comono exerccio de Tai Chi Chuan. Deixe os msculos do seu corpo relaxarem, medida quevoc faz suavemente o movimento. Imagine que voc est desacelerando ou movendo-seem harmonia com a natureza. A harmonia necessria para o corao florescer, para o or-ganismo sentir-se equilibrado e saudvel. Msica: Bach - Air )

    Passo 3: Fique em p e mantenha os ps afastados, em alinhamento com os ombros,os joelhos ligeiramente flexionados e as mos cruzadas sobre o peito, em posio de con-tato ntimo com voc mesmo. Agora, vamos expressar, atravs da Biodana, o elementogua. A fluidez da gua pode ensinar-nos que no somos nem slidos nem imveis, masque, como a gua, podemos nos ajustar a qualquer espao que ocupemos, que podemosfluir, ser maleveis a qualquer situao que se apresente na vida.

    Identifiquemo-nos com o elemento gua. Imaginemos que ele se mova livremente,atravs de nosso corpo. Facilitador: Vamos repetir cada frase em voz alta: Sou gua ... pausa.Sou a essncia da adaptao, maleabilidade, dissoluo ...pausa ... Sou gua ... Eu purifico ...Sou fluido e sem forma. Posso passar livremente atravs de obstculos ... Minha forma cor-responde a tudo que se forma em volta de mim ... Sou gua ... sou a origem da vida.

    Passo 4: Mergulhe no elemento gua ... Pausa ... Comece a movimentar-se ao somda msica, como se voc fosse gua. Agora, numa dana livre, explore e expresse essasqualidades acima mencionadas, que podem estar inibidas dentro de ns . Coloque uma suavemsica de fundo Enya - When Evening Falls ). Repita umas duas vezes.

    b Fantasia dirigidaNessa altura, depois que tiverem incorporado o elemento gua atravs do movimen-

    to da Biodana, posso usar uma tcnica de fantasia dirigida. Por exemplo, uma inspiradano livro Imagination as Space and reedom de Verena Kast. Existem muitas qualidadesda gua que podemos incorporar ao nosso comportamento. Sua habilidade de fluir uma,sua habilidade para penetrar obstculos outra. Msica: Dennis Hysom - Cloud Forest ,The Nature Library)

    6

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    126/223

    Pint ando sua lma

    Imagine um crrego ou um rio. Observe os arredores por onde ele corre. Depoisde mais ou menos um minuto...) No leito desse crrego ou rio, existem obstculos passa-gem da gua. Observe esses obstculos de perto e veja como a gua faz para continuarseu caminho, apesar deles. Depois de cerca de um minuto...) Sinta-se virando gua e sigaseu caminho, apesar dos obstculos. Faa esse movimento agora. Y. Kast, pago l34)

    Pinte o que voc est sentindo. Embora eu esteja tentando induzir o sentimentode fluidez, as pessoas pintam qualquer coisa que necessite de expresso dentro delas.

    c scrita de dirioVoc pode acompanhar essa seqncia, pedindo-lhes que escrevam em seus dirios.

    Pedimos s pessoas para olharem para trs em suas vidas e ver se houve oportunidades noaproveitadas ou caminhos no explorados em um determinado perodo a que gostariam deretomar e viver novamente. Talvez tenham tomado a deciso de no estudar Arte e passar auma coisa mais prtica ou lucrativa, como programao de dados. Talvez tenham deixado essedesejo na beira do caminho e tenham feito outros compromissos. Talvez tenha tomado a de-ciso de no se envolverem num relacionamento para seguir uma carreira. Existem algunscaminhos que voc gostaria de retomar agora? Na seo do trabalho de grupo, aquele dia,compartilhamos o que escrevemos nos dirios, falamos de nossas pinturas e assistimos aovdeo. Vide capo4 - princpio autodirecionador)

    d Um encontro com sua autocrticaUma abordagem que uso para trabalhar com a influncia poderosa da autocrtica um

    exerccio de aquecimento utilizando argila e movimentos de Biodana. Vide o capo8, Aque-cimento I) As resistncias do superego so categorizadas por sentimentos profundos de des-merecimento, dificuldade de aceitar apoio, elogio pelo sucesso, vergonha, culpa, embaraoou humilhao por revelar informaes ntimas. A autocrtica um dos maiores inimigos dacriatividade. Voc nunca pode satisfazer o crtico, porque sua funo criticar.

    facilitador pode ajudar o aprendiz a identificar e assumir a voz do ego sadio, desvin-culando-se da voz dominadora da crtica. Voc pode sentir que no vale nada, mas, na realida-de, voc uma pessoa muito competente-Voc tem uma grande dose de iniciativa. Voc temdemonstrado grande inteligncia e talento.

    Ajude-os a identificarem-se com suas foras e reconhecer sua identificao habitualcom um crtico interior, que sempre os acusa de estarem errados.

    Uma mulher escreveu em seu dirio esse conselho para sua autocrtica:Se voc quer deixar que eu seja eu mesma, por favor:- seja mais indulgente- mais suave- aprecie a tranqilidade- seja mais tolerante consigo- seja mais tolerante com aqueles em volta- exija e espere menos de si e dos outros- desa do seu altar de perfeccionismo- permita-se simplesmente ser amada- mostre que voc ama, no esconda isso

    7

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    127/223

    usan ello

    - mostre que voc uma pessoa que ama e no uma guerreira- viva afelicidade sem preocupao-lembre-se que cada dia tem 24 horas e vrias fases: ao, relaxamento e estar comos outros

    - celebre afelicidade de estar vivacres - no fique to preocupada em ser poderosa- faa somente o que possvel. ))Como educadores emocionais, queremos estimular o novo ncleo de pensamento.

    Acredito que, quando pintamos com emoo profunda, estamos estimulando novos cami-nhos neurolgicos e influenciando a inteligncia celular. Progressivamente, as pessoas co-meam a diminuir a intensidade de suas resistncias e medos, medida que pintam novasrespostas emocionais.

    ontes de contato Chamo pontes de contato a qualquer tcnica criada para estimular dilogo au-

    tntico entre os membros do grupo, para desenvolver conexes emocionais onde elas noexistiam antes. ))L. Ormont, 1992, pago 15). Podemos usar tcnicas para estabelecer pon-tes de contato durante o perodo de trabalho de grupo para aumentar a identidade entre osparticipantes e ajudar as pessoas a trabalharem as resistncias que esto impedindo o fluxohonesto da comunicao entre elas. Fazendo perguntas para estimular respostas que funci-onam como pontes de contato, incentivamos as pessoas a se relacionarem de um modo sig-nificativo, umas com as outras.

    Antes que possamos estabelecer uma ligao coesa entre os membros do grupo, te-mos, primeiro, que estudar seus comportamentos e observar que condicionamentos vriosmembros tm em comum. To logo tenhamos observado essa dinmica similar entre os mem-bros do grupo, podemos mostr-Ia atravs de perguntas que estabeleam pontes de contato.

    Exemplo: Paula: Acho que tenho um lado muito frgil, que tenho muita dificuldadede mostrar.

    Facilitador: Este o seu padro tambm, no , Sueli? Quem mais se sente assim?Fazendo nossa pergunta, convidamos dois membros a identificarem uma resistn-

    cia que ambos tenham. )) L. Ormont, 1940, pago7). quando voc pergunta pela reaoemocional que voc cria aponte

    Voc tambm pode criar pontes entre duas pessoas que esto trabalhando num pro-blema similar. Omesmo problema se:reflete nas duas, mas cada uma o atua acts out) diferen-temente. Voc pode mandar a pessoa mais expansiva falar pela menos expansiva. melhorcomear perguntando pessoa que j avanou mais na compreenso desse problema.

    Dessa maneira, desencorajamos o grupo a ficar centrado no lder e estimulamos identifi-caes parciais entre osmembros. Ajude os membros do grupo a se exporem e se identifica-rem com os padres psicolgicos latentes uns dos outros e, por meio de perguntas para 8

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    128/223

    Fin ta ndo sua lma

    estabelecer pontes de contato, crie uma corrente interpessoal de comunicao consis-tente entre eles.

    A seguir, vrios exemplos de diferentes tipos de perguntas para estabelecer essaspontes L. Ormont, 1992):

    - Esse o seu padro tambm, no , Rita? Voc tambm tem dificuldade de dizerno, como Eduardo?

    - Algum mais aqui pode identificar-se com o que Cristina est sentindo? Vocgostaria de dividir conosco sua experincia?

    - Podemos tambm estabelecer pontes atravs das cores. X, Y e Z usaram muitoazul hoje. O que ser que essa cor significa para cada um de vocs?

    - Denise, que imagens, memrias, emoes ou sensaes corporais a pintura deSandra provoca em voc?

    - Joo, o que voc sentiu a respeito daquilo que Esther acabou de dizer sobre suapintura?- Clia, como voc se sente a respeito daquilo que est acontecendo agora? ou

    Clia, o que voc acha que est acontecendo no grupo agora?- Facilitador: Mrio, o que voc acha que Thomas est realmente tentando nos di-

    zer? Que sentimentos esto atrs das palavras?- Facilitador: Joanna, o que voc acha que as lgrimas de Luci esto dizendo?

    Joanna: Acho que ela est chorando porque perdeu contato com sua criana interna.- Facilitador: O que voc est querendo dizer exatamente? Podemos fazer perguntas

    para entender melhor a resposta do outro, a fim de solidificar a ponte.Fazer as pontes de contato entre dois aliados ajuda a pessoa a se sentir mais apoiada

    e aberta a ouvir o retomo, especialmente quando est na defensiva. Henri o aliado de Mriono grupo. Quando observamos que Mrio est ficando na defensiva, podemos dirigir-nos aseu aliado.

    - Facilitador: Henri, o que voc acha que Mrio est sentindo neste exato instante?Henri: Acho que ele est sentindo medo de expressar seus verdadeiros sentimentos. Euacho que ele tem medo de ser censurado pelo grupo. Facilitador: Mrio, qual a sua re-ao ao que Henri acabou de dizer?

    Fazendo perguntas para estabelecer pontes de contato, o educador emocional cria umambiente por meio do qual os membros do grupo so encorajados a explorar e expressar-se em nvel de sentimento. As pontes de contato criam um sentimento de unidade e com-paixo uns pelos outros.

    Pode ocorrer que algum membro do grupo se sinta afastado e passe a ser notado porseu retraimento, por ausncias ou por no estar expressando suas necessidades diretamen-te. Nesse caso, seria o momento de o facilitador jud- o a praticar como expressar o queest necessitando. Stella, o que voc gostaria de receber do grupo? ou Por favor, expresseo que voc gostaria de dizer a cada pessoa ou a qualquer pessoa do grupo. alguma coisaque voc gostaria de fazer?Ela pode dirigir seus comentrios a certos indivduos do grupo

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    129/223

    usan ello

    ou criar pontes de comunicao entre cada membro do grupo. Se a pessoa tiver umaresistncia a fazer isso, consulte-a se ela deseja explorar seu medo.

    A timidez uma resistncia. Entenda a resistncia primeiro. Explore-a. As pessoastmidas podem ficar sem falar por um tempo. Tenha cuidado ao fazer ponte de contato comgente muito tmida. Dirigir-se a elas pode faz-Ias sentir que o grupo um lugar assusta-dor, em vez de ser um porto seguro. L. Ormont, 1992, pago25) Quando voc fizer a pon-te com gente tmida, faa no comeo da sesso, para que elas tenham tempo suficiente paraprocessar suas prprias reaes. Depois que elas tomarem parte, uma pergunta para encer-rar : Como voc est se sentindo neste momento?

    Se algum no grupo faz uma pergunta direta a voc ou faz uma afirmativa, faa umaponte com os outros membros do grupo e pergunte-Ihes: O que Dana est realmente meperguntando, em sua opinio? Ser melhor que o facilitador nem sempre responda per-gunta diretamente, mas faa o grupo se engajar e dar um retorno.

    Estimulando a interao entre os membros do grupo, o ponto focal de ateno passaa ser o grupo, em vez de ser o facilitador. muito produtivo pedir aos membros do grupopara expressarem suas reaes uns aos outros, em vez de serem diretamente confrontadospelo facilitador. Somente use confrontao direta quando voc est certo de que algum vaiser receptivo.

    Este exerccio de Biodana acelera a auto-estima, reconhece o valor do outro e criapontes. O grupo se senta em crculo, no cho ou em cadeiras. Uma pessoa comea olhan-do nos olhos da pessoa sentada a sua esquerda. No nosso costume olhar nos olhos daspessoas, durante as apressadas interaes dirias e expressamos atravs de nossos olhos ocontedo de nosso corao. Dizemos a essa pessoa a nossa esquerda que qualidades valo-rizamos e admiramos nela. O resto do grupo permanece sentado e ouve em silncio. Quandoessa pessoa acabou de falar, a pessoa que recebeu a mensagem olha para a pessoa a suaesquerda. Ela repete o processo, respondendo diretamente e falando com o corao. Con-tinuamos, at o grupo todo participar. Facilitador: Voc pode pintar esses sentimentos quebrotaram em voc?

    Outra variao do exerccio de pontes de contato acima pode ser feito em pares oupelo grupo inteiro. Nele, uma pessoa ouve, em uma ou duas frases, tanto as reaes posi-tivas quanto negativas dos membros do grupo em relao a ela. Este exerccio no deveser usado com gente tmida ou pessoas que tenham fronteiras de ego muito fracas. Somen-te faa este exerccio com quem quer faz-lo. Cite uma qualidade do outro que voc va-loriza ou admira ou que contribui para seu relacionamento de uma maneira positiva.Exemplo: Snia, sua presena me inspira. Voc uma pessoa que est lutando para dei-xar sua marca no mundo. Voc enfrenta situaes e muito clara ao estabelecer seus limi-tes. Depois, cite uma caracterstica negativa que voc percebe na mesma pessoa oualguma coisa que o impede de aproximar-se dela. Exemplo: Snia, sinto como se vocsoubesse de tudo e muito difcil conversar com voc. Voc parece ser uma pessoamuito rgida, muito preocupada em estar certa. Se algum, consistentemente, recebeo mesmo retorno de muitos membros do grupo, essa pessoa pode refletir sobre es-ses seus aspectos prprios, dos quais podia no estar consciente. Facilitador: Snia,o que voc sente do retorno que acabou de receber?3

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    130/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    131/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    132/223

    Pintando sua lma

    adas, fazendo-se uma anlise mais rpida, e, numa outra, pode-se fazer uma anlise maisdemorada, com menos pessoas.

    B. Faa ao pintor uma pergunta: se 1: Uma outra forma de abordagem cada pessoa no grupo fazer uma pergunta

    ao pintor. O pintor no precisa responder, apenas ouve as perguntas e observa suas rea-es interiores a elas. O secretrio pode anotar todas as questes no dirio de cada pintor,para que cada um possa refletir sobre elas mais tarde. A pessoa cuja pintura est sendo dis-cutida tem o direito de interromper as perguntas em qualquer ponto. As pessoas se volun-tariam para fazer esse exerccio e nunca devem ser escolhidas pelo facilitador.

    se 2: D bastante tempo s pessoas para processarem seus sentimentos.Facilitador ao pintor: Que voc pensa sobre o que foi dito? Algum falou alguma

    coisa que foi relevante para voc? se 3: Se houver tempo, volte s pessoas que fizeram as perguntas e pea-Ihes que

    reflitam sobre o motivo pelo qual fizeram essas perguntas. Como sua pergunta reflete seuprprio processo interior?

    Facilitador ao grupo: Quais so seus sentimentos e reaes quilo que est sendo dito?Por meio desse tipo de troca de experincias, as pessoas exploram suas projees.

    Desenvolvemos maior intimidade e vnculo entre os membros do grupo quando o facilita-dor faz com que o grupo como um todo expresse suas reaes autnticas. Vide Estabele-cendo pontes de contato no capo 5)

    C. Fluxo da conscincia baseado na pintura medida em que voc olha para uma pintura, permita associaes livres, como um

    fluxo de pensamentos e sentimentos em sua expresso consciente. Comece com Eu ob-servo ... Eu imagino ... Eu sinto ... uma tcnica de terapia gestltica). Exemplo: Eu obser-vo fortes colunas verticais de cores e colunas horizontais de outras cores caindo dentro dascolunas verticais. Eu imagino que as linhas horizontais representam emoo e esto inva-dindo as colunas verticais que representam a razo. Eu sinto no meu corpo uma alternn-cia entre as duas foras opostas dentro de mim. Desejo permitir que minha emoo flua paraminha mente lgica e tente no ser to controladora e dividida todo o tempo.

    Facilitador: E qual a emoo que voc est sentindo? Voc me descreveu um con-ceito intelectual. Que emoo est atrs dessa idia?

    Pintor: Estou sentindo confuso e medo com respeito a deixar minha mente pararde pensar. Medo de perder controle racional.

    Facilitador: Quais so seus medos a respeito de deixar sua mente parar de pensar?D. A Pergunta RepetitivaEsta abordagem foi inspirada pelo Mtodo Socrtico e pelo trabalho de A. H. Almas.

    uma excelente abordagem para resgatar informao profunda, fazendo a pergunta re-petitiva. Como a casca da cebola retirada uma aps a outra, at voc atingir o cerne, essa

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    133/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    134/223

    intando sua lrra

    - Que novos valores voc gostaria de incorporar?- Que valores voc gostaria de abandonar?- O que voc valoriza em si mesmo?O facilitador fazendo perguntas ao aluno ir auxili-lo a entender e elaborar sobreseus sentimentos.Quando algum fica no intelecto relatando informao dando voltas por muito tem-po sem ningum interromper o facilitador deve intervir. Intervenha com perguntas para re-direcionar a histrica muralha de palavras em afirmaes com sentimentos.Facilitador: Como a doena do seu pai que voc relatou faz voc se sentir?Pergunte ao grupo: O que vocs acham que Alcia est realmente tentando dizer-nos? Na sua opinio que sentimentos ela no est expressando? Qual o seu contedo la-tente? Facilitador: Alcia qual a sua reao para o que foi dito?F ssas tcnicas do oportunidade para introvertidos e extrovertidosSo tcnicas auto-reguladoras para que uns no falem demais nem outros falem demenos e ningum fique sem falar no momento de verbalizao. melhor no escolher al-gum para fazer qualquer dos exerccios do processo de grupo. Espere que as pessoas seapresentem como voluntrias. Respeite a privacidade e as defesas das pessoas. Se algumno estiver bem preparado para suportar o feedback do grupo inteiro essa experincia podeser mais nociva do que positiva. Deixe cada pessoa decidir quando quer partilhar sua pin-tura com o grupo. Se algum no grupo dominar a conversao e ningum o confrontar entoo facilitador ter de intervir para fazer a energia fluir novamente entre os membros do gru-po e para ajudar essa pessoa a se auto-regular.Voc pode usar algumas das seguintes intervenes:O que voc est dizendo muito interessante. Vamos ouvir as opinies de outraspessoas. Vamos ouvir alguma reao ao que voc acabou de dizer e ouvir as idias dos outrossobre seus comentrios.Se a pessoaj disse ao grupo que a questo de dominar a conversa algo que elaconhece e est tentando trabalhar voc pode mostrar quando isso estiver ocorrendo.- Gino voc est consciente de que est contribuindo mais do que outras pessoas?- Como o grupo se sente quando algumas pessoas tomam mais tempo de conversa eoutras pessoas contribuem com quase nada?Dependendo da situao voc pode perguntar s pessoas caladas: Como voc se sentequando algum domina o tempo de conversa?- Por que vocs todos ficam calados?- Vocs permitem que o outro domine porque este assunto no interessante para

    vocs ou porque ficam muito envergonhados para interromper?- Vocs esto bancando os bonzinhos ou as vtimas no se manifestando? Continu-ando a bancar os bonzinhos como vo ajudar Gino a perceber seu comportamento e comoisso est afetando vocs? 5

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    135/223

    usan ello

    Ns podemos usar uma pergunta para criar uma ponte e escolher um aliado (Sa-muel) da pessoa dominadora (Gino). Assim ele ser mais receptivo para ouvir:

    Facilitador: Samuel, o que voc est observando a respeito da dinmica do grupo?Samuel: Gino est monopolizando a conversa.Gino: Por que outras pessoas no se manifestam ou me interrompem, se querem falar?Facilitador: Gino, podemos perguntar ao grupo como cada um est se sentindo a res-

    dp rt ISSO ....Facilitador: Gino, como voc est se sentindo, depois de ouvir as reaes do grupo?O facilitador deve analisar, na avaliao de sua aula, que dinmica est aconte-

    cendo. Quando uma situao surge, podemos utilizar estas tcnicas como ferramen-tas para compreender e lidar com cada situao. Dem-se tempo para experimentar eencontrar a abordagem que seja melhor para vocs. Cometer enganos parte do pro-cesso de aprendizagem e da criatividade. Voc no precisa acreditar no oceano paraficar molhado, no entanto, precisa pular nele. (R. Gordon, 1978, pago 32)

    dirioOs aprendizes elaboram suas reaes emocionais a suas pinturas em seus dirios.

    uma outra ferramenta para trazer luz conscincia. Podemos ter rpidos flashs do Self,que vm na forma de intuio e sentimentos sutis. Recebemos suas mensagens por meiode sonhos. Meditaes ou exerccios escritos, expressando livremente o fluxo da consci-ncia, so meios de estimulao para captar e expressar essas informaes.

    Todos os exerccios feitos em aula so registrados em sees diferentes do dirio.A. Ttulo e data da pinturaB. Amplificao pictrica

    1. Pergunte a sua pintura: O que voc tem a me dizer? O que preciso aprenderde voc?

    2. Dialogue com as imagens. D voz s imagens (veja a pago 138)3. Que aspectos de minha vida e de mim mesmo esta pintura est revelando?

    C. Descreva seu processo de pintura nesse dia.1. Quais foram as emoes principais que apareceram?2. Qual foi o tema do aquecimento?3. Qual foi sua reao?4. Que fatos significantes ocorreram?

    D. Dialogue com suas outras subpersonalidades expressas na pintura:O crtico interior, a criana, a figura de sabedoria interior, a mulher sensual, seuguerreiro etc.

    formato seguinte de dirio foi inspirado no modelo de irio Intensivo de Ira Progoff e aplicado pintura136

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    136/223

    Pnt;ando sua Alma

    E. Estudos simblicosEm suas leituras e pesquisas, anote todas as citaes importantes, idias de en-ciclopdias, mitos e leituras pertinentes a suas pinturas e imagens simblicas.

    F. Scripts condicionamentos1. Seus pensamentos limitadores2. Idias do novo ncleo3. Afirmaes que voc deseja desenvolver

    G. Exerccios Escritos CriativosJulia Cameron, em seu livro TheArtist Way 1992, relata a importncia de escre-ver espontaneamente trs pginas por dia. Sugerimos que voc faa isso no dirio.Isso no dialogar, mas a corrente descritiva, um registro daquilo que est passan-do em sua conscincia, momento por momento. Vocno precisa preocupar-se coma escrita, gramtica ou estrutura da frase. Voc pode usar frases-chave, com letrasgrandes. No edite nada. Deixe fluir naturalmente, como se estivesse apenas rece-bendo, sendo um veculo, sendo uma testemunha no processo.Voc pode tambm escrever poesia ou histrias narrativas a respeito das pin-turas. Por exemplo, faa um exerccio de escrita criativa escrevendo cincocenrios possveis ou histrias relacionadas com as imagens simblicas emsua pintura. H temas comuns repetindo-se nessas histrias? Reveja mentalmente sua vida inteira Que oportunidades perdidas se destacam?H alguma coisa importante que voc gostaria de ter feito, mas no pde na po-ca? Escreva-as numa linha de tempo: 1967 1974 1982Como voc pode retornar a esse desejo hoje? Talvez no a mesma oportunidade,mas alguma coisa relacionada. O que isso representa para voc?

    H.InsightsOrganize todos os insights importantes nesta seo para que voc possa - os deum golpe de vista, em vez de espalh-Ios no dirio em vrias sees.

    I. SonhosO dirio uma ferramenta de autodescoberta para a vida inteira e qualquer pes-soa que goste tambm de registrar e trabalhar seus sonhos pode fazer isso nestaseo. No meu objetivo explicar como trabalhar com sonhos neste livro, masposso sugerir diversos livros que tratam desse assunto:Cirlot, J. E. Dictionary ofSymbolsDelaney, Gayle. New Directions inDream InterpretationWhitmont, E. and Perera, S.B. Dreams APortal to the SoulKrippner, Stanley. Dreamtime andDreamwork

    J. Viso Geral de Minha Autotransformao1. Em que direo esta srie de pinturas est me levando?2. O que estou deixando para trs?

    ivro tr duzido p r portugus

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    137/223

    usan ello

    3.De que maneiras posso me comportar diferentemente para alcanar meus objetivos?4. O que preciso aprender?5. Qual meu planejamento para um ano, para trs anos, para cinco anos, para dez anos?

    K. Tar.Nesta seo tomamos nota das cartas escolhidas e gravamos seus significados.Tome nota de todos os jogos do tar e das perguntas que voc fez. (Vide a Seo r neste captulo)

    Abordagens ao dilogo1. D uma voz imagem - Torne-se a imagemDar imagem simblica uma voz para falar e revelar o ser da pessoa, a parte oculta

    que no est tentando agradar ou conformar-se; essa parte renegada de ns mesmos seesconde com medo e muito vulnervel. Freqentemente, o desejo de onipotncia e con-trole pode estar ocultando medo impotente e desamparo. medida em que a personacontroladora fica de lado, damos permisso para que uma outra parte de ns mesmos co-munique suas necessidades. No estamos descrevendo esta parte do ponto de vista de umobservador intelectual, interpretando o objeto. Tirando-nos do racional, expressamo-nosa partir do terreno do emocional. Tornamo-nos a imagem simblica. Somos capazes deentender suas necessidades e seus medos, quando entramos no papel dela.

    Este exerccio pode ser feito em pares ou pequenos grupos, onde a pessoa entra emestado de relaxamento e incorpora a imagem, enquanto outra pessoa pode anotar suas res-postas. Depois, elas trocam de papis. Voc pode tambm fazer este exerccio individual-mente e registrar suas respostas num gravador ou anot-Ias em seu dirio. bom escrevercom olhos relaxados , ligeiramente desfocados. (Vide o exerccio de escrita livre no capo2).

    Facilitador: Escolha as imagens na pintura (ou use a pintura inteira) que lhe passema maior carga emocional. Feche os olhos e relaxe, medida em que voc comea a respi-rar um pouco mais profundamente que o normal. Em cada respirao, imagine-se indocada vez mais fundo em sua imagem ou em sua pintura. Sim, isso. Apenas relaxe seucorpo, enquanto se permite viajar cada vez mais fundo, at atingir o corao da imagem.Pausa ... E quando comear a incorporar gradualmente a imagem, deixe que aquela partede voc fale. O que a imagem tem a dizer? Pergunte imagem: Quem voc? Deixe aimagem falar atravs de voc. Comece com Eu sou ...

    Uma aluna escreveu no dirio: Quem voc? . A imagem respondeu: Sou sua rai-va. Raiva que no pode falar. Raiva que no pode fazer o que quer. Raiva que sente dvida.Raiva que no acredita nas coisas. Raiva que me vence. Raiva que vem. Raiva que provoca,ofende. Raiva que explode. Raiva. Sou o fogo que queima sua raiva. Raiva. Agora, eu souconfuso. No posso ver coisa alguma claramente. Sinto grande angstia no corao. uma grande dor. Quero gritar, mas mudo de idia. Quando falo, fico confusa. Quando fao,no acredito em mim. Tudo que comeo, no termino. Este conflito est me consumin-do. Este conflito est me enfraquecendo.

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    138/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    139/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    140/223

    intando sua lma

    EFR: Senhora Guerreira estamos precisando conversar um pouquinho agora eisso no pode mais ser adiado.

    Guerreira: Estou sempre aqui em alerta e realmente no h muito tempo desobra porque coisas importantes esto acontecendo e algum tem de agir no mni-mo para defender minha posio profissional e tambm os grandes ideais de justia.

    EFR: Eu sei que o Ideal e a Justia so nossos pretextos para o trabalho e nossosupremo objetivo de vida mas eu mulher feminina me sinto um pouco sufocada. At suaimagem imponente to responsvel s vezes at arrogante me amedronta um pouco. Vocparece to poderosa e dominadora.

    Guerreira: Meu valor est dentro intrnseco. A aparncia exterior uma proteo.Alm de tudo este um mundo de competio. Eu batalho para resgatar os valores huma-nsticos da dignidade do respeito da solidariedade. Mas no posso parecer vulnervel. Estapresena forte exige respeito e respalda minhas aes no trabalho. A segurana material essencial para mim. Se eu fosse apenas idealista sobreviveria no mundo sem conforto esem dinheiro para gastar? Algum precisa prestar ateno s necessidades materiais. Almdisso me agrada a projeo que tenho as pessoas me consultam dou minha opinio deci-do isto ou aquilo meu trabalho reconhecido. Tenho um certo gosto pelo poder.

    EFR: Admiro sua fora de vontade considero-a vitoriosa. Mas sua fora necessitade energia para ser alimentada e algumas vezes fico enfraquecida. Fao tanto para per-manecer inteira equilibrada em harmonia. Agora posso finalmente entrever o fato de queestou me movendo em direo a um estado mais equilibrado. Portanto necessito de maisespao para expressar-me. Quero parecer mais fluida leve feminina por fora tambm. Issosignifica irradiar uma luz de dentro possuir um comportamento sereno sempre sorrindoparecendo amvel e maternal at sedutora movimentando-me com a graa de uma dana-rina. No so s as roupas. Nossos vestidos j so muito bonitos.

    Guerreira: Gosto de parecer bonita tambm. Ter de carregar uma proteo umaarmadura e uma espada todo o tempo tambm cansativo. Mas no vai dar certo ser des-cuidada no mantendo uma postura ereta decidida. No h lugares significativos nestemundo para pessoas que so fracas ou vacilantes.

    EFR: Querida guerreira relaxar no significa ser derrotada na guerra. Seus valoresainda so slidos. Serenidade amor e verdade so luminosos. Ns vamos continuar a serreconhecidas por nosso valor pessoal. Abaixe a guarda. Tenha alguma auto-estima.

    Guerreira: Eu conheo meu valor. Eu realmente necessito deixar que um pouco deauto-estima se enraze em mim. Ento posso at relaxar um pouco: o repouso da guerrei-ra ricamente merecido.

    EFR: isso a. Quero libertar-me e cultivar minha feminilidade. Quem sabe possoat encontrar um namorado.

    Guerreira: Cuidado voc no quer parecer vulgar uma daquelas mulheres que seatiram aos homens.

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    141/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    142/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    143/223

    usan ello

    EFR: No isso que quero. Quero ser capaz de parecer doce e amvel e atrairum companheiro fixo e estvel. J estou tendo apenas sexo, e no satisfatrio. Tal-vez esta aparncia superindependente esteja atrapalhando, quem sabe?

    Guerreira: Posso esconder-me um pouquinho, quando sair. No trabalho, acho que importante estar em guarda, sempre alerta.

    EFR: Mas mesmo no trabalho um pouco de relaxamento bom. Talvez at para sa-borear nossas vitrias. Nossa posio no escritrio parece to slida ...

    EFR: Ento, de agora em diante, posso acessar minha essncia feminina, posso ex-press-Ia. Deixar de lado o medo, o conflito. Dessa maneira, acho que o que h de melhorem ns pode vir tona. Suas qualidades de guerreira permanecero intactas. Eu as apre-cio, so parte de mim, gosto de exibi-Ias. Mas, agora, o que preciso sentir que a mulherfeminina que quer florescer e at encontrar um parceiro masculino no est sendo constran-gida nem inibida.

    Guerreira: Eu tambm gostaria de ter um guerreiro masculino perto de mim. Acon-tece que este homem tem de ser muito, muito especial.

    EFR: A conversa sobre o tipo de homem que ele tem de ser pode esperar. Agoramesmo, chegou a hora de uma nova mulher florescer: algum qu uma lutadora e feminina.Isso at me faz lembrar de Lansa, que uma guerreira deusa) e tambm muito sedutora ...

    Guerreira: Se a estratgia est bem pensada, eu podia at ajudar s para ver o queacontece.

    3 Ler o seu scriptUma outra maneira de trabalhar com dilogos cada pessoa ler seu dilogo em voz

    alta para o grupo. Se voc quiser ler seu script para o grupo, fale com emoo. Identifi-que-se com as caractersticas de cada parte.

    Esse um poderoso exerccio para estreitar a solidariedade e a empatia do grupo.Experimentamos uma dimenso comunal de partilha sincera, medida em que ouvimos osdilogos uns dos outros. Quais so suas reaes ao que Sara est lendo? Vocs esto ex-perimentando conflitos ou emoes similares em suas vidas? Ouvimos como os outros com-ponentes esto reagindo em tais circunstncias. Temos a oportunidade de escutar suashistrias, ouvir seus insights.

    Voc pode tambm introduzir psicodrama para que os alunos encenem o script in-terno. Pea ao pintor para definir para o grupo e o facilitador o papel de cada imagem quequer trabalhar. Quais so suas caractersticas? Preste ateno aos opostos. Deixe cada ima-gem revelar-se. O facilitador representa uma das imagens-personagem e o pintor a outra,como se fossem personagens de uma pea. Depois, invertam os papis. Encoraje os opos-tos a interagirem um com o outro.

    Essa tcnica nos proporciona a oportunidade de ver, objetivamente, o drama internoocorrendo o tempo todo dentro de ns. Tomar conscincia de sua dinmica ajuda a de-sidentificar-nos de nossos pensamentos limitadores e, por meio disso, tornar nossoscomplexos menos intensos.

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    144/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    145/223

    usan ello

    seu corao, respirando profundamente e voando por sobre vastas extenses deterra, vendo as coisas de uma perspectiva diferente.

    medida em que o corpo de June assumia a forma do sentimento oposto, ela se tor-nava consciente de uma sensao mista de raiva e medo. Depois que June danou, ela es-creveu em seu dirio: Quando comecei a sentir minhas asas se expandindo, a grandeliberdade de voar no espao sem fronteiras, uma imagem apareceu, a de como eu era sem-pre considerada frgil e incapaz por meu pai. Eu era to superprotegida que, sempre quetentava aventurar-me fora do ninho e expressar minha individualidade, me faziam sentircomo um pssaro aleijado, cujas asas tinham sido quebradas. Quando criana, eu era inca-paz de enfrentar meu tirnico pai. Fig. 16)

    Pssaro: Eu sou o pssaro na gaiola. Eu fui criticamente julgada por meu pai, sem-pre que expressava minhas opinies. Ele me tratava como um pssaro numa gaiola. Euaprendi que no poderia expressar-me. Agora, sinto medo de voar desta gaiola. Se estiverlivre, talvez alguma coisa terrvel me acontea l fora. Se estiver livre do controle de meuspais, talvez no seja capaz de tomar conta de mim mesma no mundo. Talvez sofra fomeou frio.

    Pintor: Mas seu esprito no necessita disso, porque ele se alimenta de outras coi-sas. No fique com medo. Viva o aqui e o agora. Seu medo est me paralisando.

    Reflita sobre essas perguntas em seu dirio ou em conversa com um companheiro:1. O que significa voar para voc?2. De que maneiras voc gostaria de voar agora?3. Quem lhe disse que voc no pode voar?4. Que defesas e comportamentos voc precisou criar para sobreviver ou proteger a

    si mesmo?5. Como eles se manifestam concretamente em seu comportamento hoje? Voc pode

    definir esses comportamentos?6. O que voc faz para tornar-se uma pessoa no-assertiva em sua vida? No grupo?7. Queremos superar modelos infantis de comportamento que incorporamos e que j no so necessrios. Confirme suas conquistas. Tente fazer identificaes positivas com o

    novo ncleo que deseja criar. D menos carga energtica aos condicionamentos limitado-res que acha no serem mais necessrios seguir. Identifique tempos de comportamentoexcepcional 1 Walter e J. Peller, 1992), quando estiver fazendo alguma coisa de maneiradiferente, quando seu medo ou resistncia no estiver a; por exemplo, quando seu pssaroestiver voando. Que passo pode dar, mesmo que seja muito pequeno, nada muito extraor-dinrio, mas um pequeno e significativo gesto que possa mostrar que voc est tentandoreverter seu processo e fazer alguma coisa de maneira diferente?

    8. Tcnica de brainstorming: Como vou vivenciar meu vo aqui e agora? Que novasdecises preciso tomar? Que novas prioridades preciso estabelecer? fig.17)

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    146/223

    Pl nt ando sua lma

    Meditaes Visualizao e mapeamento da menteVamos praticar como entrar num estado de meditao. Use uma msica de fundo, bem

    relaxante, estilo New Age, sem palavras. Pendure sua pintura na parede altura dos olhos.Passo 1: Olhe fixamente para sua pintura por cinco minutos, sem pensar em nada.

    Somente fixe sua pintura, gravando a imagem em sua mente.Passo 2: Cinco minutos. Feche os olhos e agora abra as janelas da sua imaginao,

    deixando sua mente vagar na vasta dimenso de seu mundo interior. Associe qualquer idia pintura.

    Que memrias so evocadas?Que emoes?Que poesia?Que personalidades ocultas apareceram?Passo 3: Cinco minutos. Feche seus olhos novamente e repita o Passo 1, olhando fi-

    xamente a pintura com concentrao.Passo 4: Cinco minutos. Comece a anotar, em frases ou palavras-chave, todas as as-

    sociaes que aparecerem em sua mente relacionadas a essa pintura. No v de uma vez,muito longe, numa trilha de associaes livres que afastem voc da imagem original. Que-remos amplificar as imagens originais. No se preocupe com gramtica nem com editar nada.O conceito de erro no existe neste contexto. Escreva livremente e aceite o que vier.

    Passo 5: Este um exerccio que pode ser feito em pares ou em pequenos grupos.Facilitador: Entre em contato com o que est acontecendo dentro de voc no momento

    presente. Fale a respeito das suas reaes a sua pintura. Verbalize todos os pensamentosque vierem cabea, sem censurar nada. Expresse seu fluxo de conscincia, momento amomento. Cada pessoa tem uma chance de dizer seu monlogo. Um monlogo um soli-lquio falado em voz alta.

    Passo 6: O mapeamento da mente uma tcnica desenvolvida por Tony Buzan 1974),que explora seus pensamentos, colocando as principais idias em forma de palavras-chaveou frases curtas. Voc comea no centro da pgina e abre ramificaes para fora. Freqen-temente, quando temos um insight criativo, as idias no fluem em sentenas completas,mas em flashs de insight. Esta tcnica de anotar idias em palavras-chave tem muito a vercom a parte da mente que funciona e se comunica pela intuio e outras maneiras de co-nhecimento que no percebemos diretamente de maneira lgica.

    Num mapa mental, nenhuma das idias est em seqncia numerada, em termos deprioridade nesse esboo pictrico. Elas vo criando pontes, associando-se com outras idi-as em palavras-chave. Podemos anotar no papel um esboo de muitas idias cruas , queainda no tomaram uma forma definitiva. Vemos a relao de idias umas com as outras epermitimos a uma pessoa ver tudo que foi escrito numa passada de olhos. Esta uma fer-ramenta acessvel para processar comunicao inconsciente e linguagem simblica. Poste-riormente, essas idias podem ser organizadas em sentenas e pargrafos completos.

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    147/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    148/223Figura

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    149/223

    Susan e lo

    Coloque uma palavra ou conceito sobre sua pintura no centro da pgina e comeceescrevendo todas as associaes que vierem. Continue ampliando suas idias, ex-pandindo-as do centro para fora.

    abenoada

    graa

    caminho de luz

    longo caminho junto

    contato com me Jerra

    preci ser livre

    Afirmaes de auto observao onstruindo um novo ncleoQuando desenvolvemos o estado de mindfulness , estamos desenvolvendo a teste-munha que observa tudo que surge em nossa conscincia como pensamentos, sentimentos,

    sensaes, imagens, impulsos e/ou movimentos corporais. Observamos sem idenficar como pensamento. O lder do grupo, alm de praticar este tipo de observao mindfulness eobservar seu processo individual, est tambm observando as manifestaes do processo decada membro do grupo. Quer dizer, o facilitador no somente pratica esta ateno para eleprprio, mas a dinmica do grupo inteiro. Quando surgem aqueles pensamentos limitado-res que as pessoas desejam alterar, mostre-Ihes no instante em que se manifestam. Assim,eles se tornam conscientes deles no momento exato em que ocorrem.

    Mindfulness affirmations afirmaes de auto-observao) ajudam as pessoas a ob-servar como elas se organizam interiormente. As mindfulness affirmations devem ser fa-ladas com voz suave e compassada. Quanto mais curta a frase, maior o impacto. Porexemplo: Que reao voc observa, quando eu lhe digo que tem direito a ter raiva?

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    150/223

    Pint ando sua lma

    Pintora: Sinto-me culpada ...Continue explorando esse sentimento com a pessoa.O facilitador pode tambm fazer ao grupo ou a determinados indivduos uma afirmao

    especfica que coincida com uma necessidade latente ou com um sentimento que est sen-do representado nas pinturas. O facilitador precisa, primeiramente, observar as mensagense os desejos ocultos expressos nas imagens simblicas e no processo de grupo. Depois,apresent-Ias ao pintor e explorar com ele suas reaes.

    A seguir, vai uma lista de afirmaes adaptada do livro de Ron Kurtz (1990) e do li-vro de John Bradford (1990):

    Por favor, pre ste ateno a suas reaes quando eu digo (pausa)Por favor, preste ateno ao que voc sente quando ouve (pausa)- voc uma boa pessoa- sua vida lhe pertence- voc livre para expressar qualquer sentimento- natural estar sentindo isso- relaxe e divirta-se- voc bem-vindo aqui- voc merece voar- estou aqui para voc- seu lugar aqui- voc tem o direito de ser alegre- tudo que sentir est bem- voc no precisa fazer nada de especial para ser amado- voc amvel- voc no precisa ser o melhor normal explorar o novo e cometer erros neste processo- compreendo suas necessidades- voc merece viver sua vida do jeito que quer- voc perfeito do jeito que Continue escrevendo ou criando sua prpria lista de afirmaes de auto-observao para os

    membros do grupo, baseada nas necessidades expressas nas pinturas. Explore com eles suasreaes a essas frases. As reaes deles revelaro sua estrutura interna. Voc pode usar frasesgerais ou preparar afirmaes especficas que sirvam s necessidades de cada pessoa. Use aspinturas como um guia. Elas mostram a(s) direo(es) indicada(s) pela mente inconsciente.

    ontos foc is pa a entender s pintur sComo voc pode ver, usamos um caleidoscpio de pontos de vista para investigar o

    significado de uma pintura. Gregg Furth, em seu livro The Secret World ofDrawings 1988 ,descreve vrios critrios teis a explorar, ao interpretar desenhos. Algumas de suas refe-rncias adaptei para a pintura.

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    151/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    152/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    153/223

    usan ello

    3. Onde est a energia curadora ou o poder nesta pintura? O que est sendocurado?

    4. Que direcionamentos ou aes esta pintura est provocando em voc?5. Que pintura nesta srie voc considera ser uma pintura-chave, que mudou sua

    direo, seus pensamentos ou sua pincelada?6. O que gostaria de evitar nessa pintura? Por qu?7. O que o atrai nesta pintura? Por qu?8. Por que precisou pintar isto?9. Fantasie o que poderia acontecer se voc comeasse a trabalhar consciente-

    mente naquilo que esta pintura est indicando?11. Que novos questionamentos esto sendo levantados?12. Qual seu desafio? Qual o prximo passo que voc necessita dar para con-

    tinuar a evoluo de sua conscincia?13. O que esta srie est indicando que voc precisa aprender?14. Descreva o que isso tem a ver com sua vida atual?15. Voc est consciente de alguma misso ou de um objetivo de vida? Voc acha

    que nasceu para contribuir em qu? O que veio curar?16. De que modos pode realizar seus sonhos ou desejos no nvel prtico de sua vida?

    B. Questes para serem feitas no comeo do cursomuito importante que os aprendizes respondam a essas questes no incio do cur-

    so, para que tenhamos uma base de comparao nas ltimas aulas de avaliao:1. Para que voc est aqui?2. Que qualidades gostaria de desenvolver em si mesmo?3. Quais so seus objetivos se tiver : a curto prazo? a longo prazo?4. Voc tem conscincia de ter uma misso na vida?5. Quais so seus maiores conflitos agora?6. Existe algum assunto especfico que voc precisa trabalhar agora?c.Avaliao de metade do curso essencial haver uma avaliao na metade do curso e criar um espao onde os estu-

    dantes tenham a oportunidade de expressar suas reaes sobre as coisas importantes quepassaram em branco. D este questionrio aos estudantes para completarem em casa:

    1. Escreva trs coisas de que gosta no curso e que gostaria que continuassem;2. Escreva algumas de suas maiores preocupaes ou dificuldades;3. Voc tem algum desejo - coisas que gostaria que acontecessem em sala de aula?4. Voc est recebendo o que queria deste curso? Tem sugestes?

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    154/223

    Pint ando sua lma

    5. Existe alguma coisa que voc gostaria de dizer a um membro do grupo ou aofacilitador que voc no disse?

    6. Outras sugestes e comentrios.

    Questes de avaliao a serem feitas no final do curso1.As respostas s questes de avaliao que voc escreveu em seu dirio no comeo

    do curso foram alteradas? Se foram, de que maneiras?2a. Qual foi o mais valioso aspecto desse workshop para voc?2b. Quais exerccios de aquecimento foram os mais teis para voc?3. Houve algum aquecimento em que voc, particularmente, se sentiu crescer mais

    do que em outros?4. Houve algum aquecimento que voc achou muito difcil? Voc acha que eu deve-

    ria elimin-Io do curso?5. Pode sugerir algum tema que gostaria de explorar mais? De que maneiras voc pen-

    sa que poderia explorar esse tema?6. O que mais contribuiu para criar um lugar seguro aqui para voc?7. Voc se sentiu inseguro aqui? Explique.8. Como as pinturas causaram impacto nas seguintes reas de sua vida:

    - em sua relao com a Arte;- em seu trabalho;- em sua relao com outros;- em sua autopercepo;- outro assunto.

    9. Voctem planos futuros ou novas direes agora, que no tinha quando comeouo curso?

    10. Que temas principais evoluram em seu trabalho? Como relaciona isso com suavida?

    11.Voc notou se cada uma de suas pinturas era precognitiva? Elas retratavam esta-dos de conscincia ou eventos que voc experimentou mais tarde em sua vida? Por favor,explique. Freqentem ente, esta questo s pode ser avaliada com o passar do tempo.

    12. Que sugere para melhorar o curso?13.Existe alguma outra coisa que considera significante a respeito de seu processo e

    que gostaria de comentar?

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    155/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    156/223

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    157/223

    usan ello

    2 Quais foram os arqutipos estimulados pela Pintura Espontnea?R - Pela ordem de importncia em que os arqutipos foram e ainda esto sendo esti-

    mulados, colocam-se o da autoridade, nas figuras do pai, do velho sbio e do censor. As-sim, a necessidade de tudo saber para corrigir erros e de gritar para o mundo eu souresponsvel vem sendo reformulada passo a passo. O arqutipo materno da possessoamorosa, do sacrifcio extremado e da afetividade como dever, perdeu muito de sua inten-sidade. Inclinei-me mais para uma certa auto confiana, s buscando ajuda em caso denecessidade absoluta e ajudando sem esperar qualquer retomo. evidente que as sobrecargasadvindas deste comportamento, muitas vezes, foram causas de extrema fadiga.

    O arqutipo puer eclodiu para a liberao da criana interior, vida de ateno ede reconhecimento. A conscientizao da fora arquetpica trouxe, no primeiro momento,a memria de vivncias inconscientemente programadas pelo meu ambiente social, esco-lar, religioso e familiar, inteiramente despreparado para a verdadeira compreenso das ne-cessidades mais prementes para a evoluo desejvel da minha personalidade, isto , paraum crescimento livre das dificuldades, decepes e pesares, que constituram parte inte-grante da minha bagagem na longa caminhada existencial.

    Desta maneira, o que eu preferia esquecer e, mesmo, perdoar uainda, compreen-der, no me havia feito justia, pois as causas continuavam produzindo indesejveis efei-tos. Tendo visto e analisado as causas, pude sentir que elas j no teriam foras para marcara minha conduta pessoal.

    O arqutipo anima, na realidade,j se manifestava na minha opo de iniciar a pr-tica de Pintura Espontnea, por si s pouco compatvel com a racionalidade masculina eoutras caractersticas mais radicais do arqutipo animus. Confessar a si prprio e aosdemais participantes do grupo, com naturalidade e sem receio de parecer ridculo, dificul-dades e insucessos pessoais, ao meu ver, caracteriza uma forma adequada para o abranda-mento das tenses e a suavizao das respostas emocionais nos relacionamentos. Assim,pude observar que este comportamento estimula o arqutipo feminino, refletindo-se gradu-almente na delicadeza da expresso verbal, abrandando as formas rgidas e calculadas da raci-onalidade, equilibrando-as com os contornos mltiplos e doces dos matizes das emoes,tanto na linguagem, quanto na manifestao pictrica.

    No meu caso, o aspecto racional e intelectivo foi dominante e quase exclusivo du-rante um longo perodo. Entretanto, o meu sentido de solidariedade, bem como a suavida-de no trato que sempre dispensei nos meus relacionamentos, possivelmente, foram as molaspropulsoras para o afloramento, sem censura, do arqutipo feminino.

    No incio da minha resposta a esta questo, dissertei sobre os efeitos da estimulaono arqutipo paterno, o qual est estreitamente vinculado ao arqutipo masculino e s res-postas prioritrias do intelecto.

    Durante muito tempo da minha vida profissional, alm de exercer mltiplas ativida-des, quer tcnicas, quer burocrticas, com cargos de liderana, pouqussimo tempo ficavareservado para o lazer e outros interesses. Contudo, interiormente, eu me sentia oprimidoe sobrecarregado com a idia da inutilidade de todo o meu esforo e dedicao a algoincapaz de prender completamente os meus anseios de criatividade e, principalmente, de

  • 8/12/2019 Pintando Sua Alma

    158/223

    Pintando sua Ama

    liberdade. certo que o imperativo da sobrevivncia era uma enorme barreira para mudanase, alm disto, eu sabia que muito deveria ser trabalhado em termos de reeducao e de re-programao para que elas as mudanas viessem a acontecer.

    Toda esta problemtica resultou numa crise pessoal profunda aos 34 anos de idade,mas as dificuldades e os conflitos internos entraram em cenajuntamente com uma ansie-dade incontrolvel de descobrir algo como uma verdade que viesse a libertar-me dos fan-tasmas autocriados, como me referi no incio da entrevista.

    Presentemente, no recuo nas minhas decises que envolvem questes em que me vejona contingncia de empenhar o meu lado emocional.

    3 Voc considera a sua vida agora e o seu novo modo de ser uma conseqncia dasua pintura?

    R - Estou vivendo mais consciente das causas determinantes do meu comportamento e,conseqentemente, em condies de realizar escolhas e tomar decises que vm resultando emsatisfaes pessoais de superao. Apesar da minha quase irresistvel disperso por vrioscampos de interesses, tenho conseguido concentrar-me em nveis mais definidos e, destaforma, venho sentindo um acrscimo de realizao intelectual, emocional e afetiva.

    Considero que esta conscientizao devida, em grande parte, s pinturas que tenhofeito e das quais tenho podido extrair verdadeiras sinalizaes que orientam a minha vidano cotidiano.

    4 Descreva as pinturas, abordando os respectivos temas e analise-os segundo a suaviso pessoal e experincia.

    R - Destaquei 4 pinturas dentre as que produzi nas sesses de Pintura Espontnea.Elas esto numeradas em sua ordem cronolgica, em um perodo, como destaquei anteri-ormente, de pouco mais de quatro meses de sesses semanais.

    Na p ntur n fig. 18 , o tema no d destaque a qualquer figura. Encontram-seembutidas algumas formas circulares e triangulares dentro de uma sucesso de linhas chei-as horizontais, com forma ligeiramente espiralada, multicoloridas, dando ainda idia de umaescada em um ponto indeterrninado, que poderia ser o vrtice de uma forma triangular. Nolado direito, encontra-se uma imagem que lembra uma alavanca ou espaador de mquinadatilogrfica, como se fosse destinada a acionar a colocao de novas linhas horizontais,quer acima, quer abaixo das j existentes na figura. Os crculos assemelham-se a teclas,como uma insinuao d