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Políticas Públicas em Saúde e Segurança no Trabalhador Profa. Rosimeire Simprini Padula

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Políticas Públicas em Saúde e Segurança no

Trabalhador

Profa. Rosimeire Simprini Padula

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Segurança e Medicina do Trabalho No início da década de 70, Brasil - campeão

mundial de acidentes. 1977: CLT - Consolidação das Leis do

Trabalho. à Segurança e Medicina do Trabalho.

Capítulo V, Título II, artigos 154 a 201, com redação da Lei nº 6.514/77.

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Segurança e Medicina do Trabalho Regulamentação de artigos contidos na CLT

- Portaria nº 3.214/78, criando vinte e oito Normas Regulamentadoras – NRs.

Constituição de 1988 - marco principal -saúde do trabalhador - ordenamento jurídico.

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Saúde do Trabalhador

Campo do Saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença.

A forma como o individuo é inserido nos espaços de trabalho →adoecer/morrer.

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Trabalhador : Toda pessoa que exerça atividade de trabalho, independentemente de estar inserido no mercado formal ou informal de trabalho, inclusive na forma de trabalho familiar e/ou doméstico.

Mercado Informal - 2/3 da população

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Objeto: Saúde do TrabalhadorAbrangência

Medicina do Trabalho: a doença Saúde Ocupacional: o posto de trabalho Saúde do Trabalhador: as relações sociais

de produção (intersetorial, multiprofissional, postura pró-ativa do trabalhador)

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RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO

Município

Processo de Trabalho

Rural

Núcleo Familiar

Trabalhador Formal

Informal

Urbano

Am

biente

Domicilio

Empresa

Espaço

Distritos Sanitários

Fonte: Área Técnica Saúde do Trabalhador/COSAT/MS 2000

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Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador - RENAST Implantação COSAT/MS Por que a criação da Rede Nacional? Direito Universal à Saúde (SUS) – 1988 –

Constituição da Republica Federativa do Brasil. 1. em seu Art. 196 como “ ...um direito de todos e um dever do

Estado, garantido mediante politicas sociais e econômicas...”2. Texto da Carta Magna, em seu artigo 198, afirma ainda que “ ...As

ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e constituem um sistema único...” e, em seu artigo 200, está definido que “... ao Sistema Ùnico de Saúde compete...executar as ações de saúde do trabalhador...” assim como “...colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho...”

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Modelo de Atenção do RENAST

Assistência na rede de cuidados: Atenção Básica; Urgência e

Emergência;Média e Alta complexidade (rede

sentinela)

Vigilância em Saúde Sanitária.

Epidemiológica, Ambiental e em Saúde do

Trabalhador

Ambientes e condições de trabalho geradores de doenças

Observatório da Saúde do Trabalhador

Sistemas de Informação

Ações de Saúde do Trabalhador• Promoção e Vigilância em Saúde

• Diagnóstico, Tratamento e Reabilitação

• Orientações e educação do trabalhador

• Notificação

• Acesso à Previdência Social

• Educação Permanente dos trabalhadores da Saúde

•Produção de Conhecimento

•Apoio e suporte para o Controle Social

Controle Social

Agravos à saúde

relacionados ao trabalho

Município Sentinela

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LEI ORGÂNICA DA SAÚDELEI FEDERAL 8080/90

Parágrafo 6.o , parágrafo 3.o – Saúde do Trabalhador

“ Entende-se por Saúde do Trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:

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1. Assistência ao Trabalhador vitima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho.

2. Participação, no âmbito de competência do SUS, em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho.

3. Participação, no âmbito de competência do SUS, da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentem riscos à saúde do trabalhador.

4. Avaliação que o impacto das tecnologias provocam à saúde.

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5. Informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalização, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos de ética profissional.

6. Participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas.

7. Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais, e

8. A garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquinas, de setor de serviços ou de todo ambiente de trabalho.

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Saúde do Trabalhador Intra - setorial (todos os níveis de atenção e esferas do

governo do SUS).

Inter-setorial (Previdência Social, Trabalho, Meio Ambiente, Justiça, Educação e demais setores).

Interfaces: políticas econômicas, de industria e comercio, agricultura, ciência e tecnologia, etc.

Abordagem Interdisciplinar com gestão participativa.

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Ministério do Trabalho

CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas Capitulo 5 – condições de segurança e medicina do trabalho. Regulamentado pela Portaria n.o 3.214/78 – Normas Regulamentadoras (NRs).

NRs – Vistoriar e Fiscalizar

DRTE – Delegacias Regionais do Trabalho e Emprego.

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Ministério da Previdência e Assistência Social. Mudanças em Curso. Responsabilidades: Pericia Médica, Reabilitação

Profissional, Pagamento de Benefícios. Trabalhadores Formais – CLT/ Celetista. Autônomos contribuintes – Não tem direitos Celetistas. Emissão de CAT – Comunicado de Acidente de

trabalho. Pericia do INSS – após 15 dias de afastamento.

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Ministério da Saúde

SUS -1988 Lei Orgânica da Saúde Serviços básicos, redes secundárias, terciárias e os

serviços contratados/conveniados. Centros de Referência – CEREST, programas

municipais, entre outros. Fundacentro: Núcleo de Capacitação e Pesquisa

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Ministério do Meio Ambiente Ocupação irregular. Degradação ambiental. Uso de agrotóxicos.

ESF e agentes de Saúde Práticas de Saúde x Questões Ambientais.

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PEA – População Economicamente Ativa 2002 Pessoas: 82.912.480 Ocupadas: 75.471.556Trabalhadores Remunerados: 5.833.448 – atividades domésticas17.224.328 – trabalhadores autônomos 3.317.084 – empregadores

Assalariados: apenas 22.903.311 iniciativa privada, com carteira assinada.

Direitos trabalhistas – SAT da Previdência Social.

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Dados Populacionais

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Benefícios INSS 1999-2005

apenas trabalhadores com carteira assinada (menos de 30% da PEA)

3.133.888 acidentes de trabalho: 23.514 óbitos; 111.963 com incapacidade permanente;[1].

[1] http://www.mte.gov.br/.

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Coeficiente de Mortalidade no Trabalho:

(por 100.000 trabalhadores) Brasil 14,8 (MPS, 2003) Finlândia 2,1 (2001); França de 4,4 (2000); Canadá 7,2 (2002); Espanha 8,3 (2003).

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Perfil de Morbimortalidade dos Trabalhadores Agravos – condições de trabalho especificas:Acidentes de trabalho e “doenças profissionais”.

Modificadas pelo trabalho– “doenças relacionadas ao trabalho”.

Doenças comuns – sem relação com o trabalho.

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Dados: Organização Internacional do Trabalho Segundo a OIT* atualmente temos:

2 milhões de mortes no trabalho/ano (5mil/dia ou 3/min)

270 milhões de acidentes de trabalho/ano 160 milhões de doenças relacionadas ao

trabalho/ano Custo: 4% do Produto Interno Bruto mundial.

* Organização Internacional do Trabalho. Fonte – Agência Brazil, 28/07/2004

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Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador - PNSST Portaria Interministerial n.o 800, de 3 de maio

de 2005

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Legislação

Port. GM/MS 1679 de 09/2002 – Institui, no âmbito do SUS, a RENAST (Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador).

Port. SAS/MS 656 de 09/2002 – Aprova as Normas para o cadastramento e habilitação dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador – CRST.

Port. SAS/MS 666 de 09/2002 – Incluir na Tabela SIA/SUS o serviço de Atenção à Saúde do Trabalhador.

Port. GM/MS 777 de 04/2004 – Dispõe sobre os procedimentos técnicos para notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador em rede de serviços no SUS

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Em execução pelo MS

Atenção Integral Saúde dos Trabalhadores: - Estratégia da RENAST (Port.GM/MS 2.437/05):

2002 – 17 Cerest Habilitados 2005 – 110 Cerest Habilitados 2007 - 161 Cerest Habilitados 2008 – 167 Cerest Habilitados (até setembro 2008)

REDE SENTINELA: Estruturação de rede de serviços de retaguarda especializada e hospitalar para vigilância epidemiológica e assistência aos agravos à saúde relacionados ao trabalho. (498 serviços até agosto de 2008)

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Em execução pelo MS

MUNICÍPIOS SENTINELAS: Estruturação de ações de promoção e vigilância em saúde em municípios com processos produtivos geradores de impactos à saúde.

ATENÇÃO BÁSICA: Construção do Acolhimento e Linhas de Cuidado em Saúde do Trabalhador.

PROTOCOLOS DE ATENÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR

TRABALHO INFANTIL: Política Nacional da Saúde para erradicação do Trabalho Infantil.

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Em execução pelo MS

Articulação Intra e Intersetoriais:

Comissão para Saúde dos Trabalhadores da Saúde (intra-ministerial, junto à SGTS).

MMA: Articulação para revisão da lei sobre produção de Cloro-Soda.

Denúncia e investigação sobre a utilização de resíduos industriais perigosos para produção de micronutrientes agrícolas.

PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA NACIONAL DE ELIMINAÇÃO DA SILICOSE - PNES: Junto à Fundacentro.

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Em execução pelo MS

MERCOSUL: Elaboração e apresentação da Política de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador no Mercosul e Estados Associados, junto à Reunião de Ministros do Mercosul e estados Associados.

ALIANÇA ESTRATÉGICA ENTRE MINISTROS DA SAÚDE E DO TRABALHO NAS AMÉRICAS (OPAS e OEA):Apresentada e aceita no Conselho Diretor da OPAS (Washington,out.2004)]

MEMBRO DA COMUNIDAD GLOBAL DE PRÁCTICA SOBRE EL ENFOQUE DE ECOSSISTEMAS EM SALUD HUMANA

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Em execução pelo MS

Articulação Intra e Intersetoriais:

GEISAT: Reestruturação; 05 reuniões em 2004; elaboração da PNSST; Seminário

Preparatório para a 3ª CNST; Convocatória Interministerial da 3ª CNST.

Comissão Interministerial (MS/MTE/MPS) Tripartite de Segurança e Saúde no Trabalho (Portaria interministerial N.º 152, DE 13 DE MAIO DE 2008) “... Art. 2º Compete à Comissão:

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Em execução pelo MS

I - revisar e ampliar a proposta da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador - PNSST, elaborada pelo Grupo de Trabalho instituído pela Portaria Interministerial n.º 1.253, de 13 de fevereiro de 2004, de forma a atender às Diretrizes da OIT e ao Plano de Ação Global em Saúde do Trabalhador, aprovado na 60ª Assembléia Mundial da Saúde ocorrida em 23 de maio de 2007;

II - propor o aperfeiçoamento do sistema nacional de segurança e saúde no trabalho por meio da definição de papéis e de mecanismos de interlocução permanente entre seus componentes; e

III - elaborar um Programa Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho, com definição de estratégias e planos de ação para sua implementação, monitoramento, avaliação e revisão periódica, no âmbito das competências do Trabalho, da Saúde e da Previdência Social.”

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Em execução pelo MS

Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos : CENTROS COLABORADORES: Termos de CooperaçãoTécnica 06 Universidades Nacionais e com UNIMass-Lowell;Convênios firmados com 04 universidades, Fundacentro,Fiocruz, CEST/SP, Centros de Referência e INCA. CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM BELÉM –PA (2004 –

PARCERIA COM A UFPA). 05 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO (PARCERIA COM FIOCRUZ). CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO À DISTÂNCIA (PARCERIA COM

FIOCRUZ). CURSOS DE MULTIPLICADORES PARA COMBATE AO

TRABALHO INFANTIL (PARCERIA COM A UERJ E OIT)