Upload
sofia-morgado
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
1/27
Ana Sofia Morgado
Portflio de
Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Licenciatura em Psicologia 3 Ano Turma B
Cadeira: Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Docente: Professora Doutora Conceio Couvaneiro
ISEIT Insti tuto Superior de Estudos Interculturais e TransdisciplinaresCampus Universitrio de Almada
J unho de 2010
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
2/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: modelos organizacionais, mudana, fetichismo da mercadoria
Resumo: Nesta aula falou-se dos fenmenos de liderana como facilitadores na
mudana organizacional. Antecipou-se um pouco sobre as competncias do lder e
sobre a necessidade de gerir a prpria carreira.
Depois falou-se de filsofos como Montesquieau, Rousseau e Kant, que vieram
abanar as teorias e conhecimentos, assim como dos sectores das cincias que
trazem ao de cima os ensinamentos, como a histria, a poltica, a vida ou a religio
(p.e. Hegel, Marx, Nietzche e St. Simon). Estes tericos foram marcos fundamentais
em importantes perodos de mudana da nossa histria, contribuindo para aorganizao do pensamento da actualidade, o que vai ter as suas implicaes no
mundo organizacional. Falou-se ento dos modelos que estruturam toda a nossa vida
socio-econmica: os modelos organizacionais; Taylor e a organizao cientfica do
trabalho, Elton Mayo e a teoria das relaes humanas, e ainda a teoria do ambiente.
Comentrio/ reflexo: Os modelos organizacionais tm passado por transformaes
que vo acompanhando as mudanas polticas e econmicas a nvel mundial. No
entanto, apesar de uma tendncia, relativamente recente, para a adopo de
modelos organizacionais mais flexveis, as empresas encontram-se profundamente
enrazadas em estruturas rgidas e directrizes econmicas que sobrevalorizam a
produtividade, o lucro e os resultados a curto prazo em detrimento dos elementos
constituintes de todo o processos: as pessoas. Os modelos comunicacionais podem
ser diferentes, mas assentam no mesmo princpio. Todas as organizaes acabam
por ter uma rede de fundo tradicionalmente taylorista.
Sesso n. 3 Data: 10-03-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
3/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
Saint-Simon (1760/1825) considerava que o estado no devia existir, aquilo que se
produz devia ser resultado de todos e a sociedade no devia ter classes. Mas apesar
de apresentar o programa, no chegou a apresentar a forma de l chegar, tendo sidoconsiderado utpico. Hegel (1770/1830) questionava os direitos dos homens e
pensava sobre estes, dizendo que toda a histria tem uma base geogrfica e que o
territrio o que determina o carcter dos povos. Karl Marx (1818/1883) disse que
para haver produo, tm de haver relaes de produo, uma rede social que
promova a produo e altere os seus comportamentos atravs da mesma. Marx
preocupava-se com os trabalhadores que se relacionam com o seu principal trunfo (o
seu trabalho, a sua capacidade de mudar o mundo), sendo a fora de trabalho o
capital mais importante que o ser humano tem e que o capitalismo forou os
trabalhadores a abdicarem dessa fora de trabalho, contribuindo para uma alienao
das pessoas. Perder esta fora de trabalho e alienar esta capacidade de mudar o
mundo, a isto chamou de fetichismo da mercadoria (a alienao que o capital
provoca nos homens). O autor disse ainda que este sistema profundamente
desequilibrado e que s se pode alterar este estado de coisas quando os meios de
produo forem colectivizados e quando a base for quem condiciona a super-
estrutura.Mas apesar de estes marcos de referncia, entre outros, se encontrarem na nossa
histria, base de mudanas importantes que levaram quilo que somos hoje e como o
somos, o fetichismo da mercadoria continua a ser um conceito presente, a
capacidade de mudar o mundo, relegada para outros planos, seno para o outro, e,
sendo o que se produz resultado de todos (compreendendo-o luz da
complexidade), no pode ser considerado de todos ou para todos.
Muito h ainda a mudar, falta saber o como, mas notria a necessidade de
conscincia de cada um de ns, enquanto actor do processo, enquanto trabalhador
capaz de mudar o mundo, enquanto impulsionador da mudana que comea ao
nvel da relao intrapessoal e interpessoal.
Bibliografia:
Halbritter de Sousa, Ftima (2006). Os comportamentos nas organizaes. Lisboa:
Verbo.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
4/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: Organizaes e instituies, interaco, interdependncia, dinmica
grupal, anlise do conflito, comunicao, mudana
Resumo: Nesta aula falou-se da diferena entre instituies e organizaes. Sendo
ambas grupos de pessoas que tm uma misso a cumprir e se agregam por terem
uma inteno de fazer algo em conjunto, a instituio tem uma filosofia, um ideal que
se propaga no tempo, sendo necessariamente uma organizao, com regras, normas
e regulamento. J a organizao pode no ser uma instituio.
Nas organizaes geram-se dinmicas, que assentam em interaces recprocas eque inevitavelmente criam interdependncias, pois cada pessoa no pode
desenvolver aces isoladamente. As regras e normas de funcionamento levam
coeso no grupo. Enquanto grupo, composto por diversas pessoas, com as suas
formas de ser e estar, assim como dinmicas de interaco e interdependncia,
verificamos aqui os mesmos conceitos de Psicologia Social; conceitos como
identidade, representaes sociais, estereotipos, auto-conceito, influncia social ou
excluso social. Torna-se, assim, inevitvel surgirem tenses internas que podem
inclusivamente levar diviso do mesmo. No entanto, se existirem obstculos
exteriores ao grupo, como algo que possa tornar-se uma ameaa, este torna-se mais
unido.
Falou-se ainda da teoria de campo de Kurt Lewin (1890/1947), uma teoria
topogrfica, em que estudou a proporcionalidade entre fora, massa e espao, e a
importncia do campo vital do indivduo. No grupo, quanto maior a proximidade
Sesso n. 4 Data: 17-03-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
5/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
espacial, maior e melhor a interaco, atravs dos gestos, do olhar, assim como das
energias que nos movem.
Para diminuir, ento, o aparecimento das tenses internas, h que facilitar acomunicao no grupo e entre grupos. Os grupos grandes compartimentalizam-se,
assim, em grupos pequenos para facilitar a comunicao e consoante o tamanho
destes se estabelece determinada forma de comunicao para que esta seja mais
eficaz.
necessrio ainda integrar as pessoas da melhor forma, de acordo com os seus
traos e personalidades em funo dos grupos que vo integrar. Papis diferentes
vo emergir espontaneamente dentro dos grupos, pelo que necessrio conhecer a
sua realidade, como os fenmenos sociais, de modo a evitar desperdcio de energia.
Ainda assim, podem surgir conflitos e para haver mudana necessrio que estes
aconteam. O confllito sinal de que existe algum problema, alguma tenso, de
alguma forma o outro visto como uma ameaa; mas este leva mudana, podendo
trazer resultados positivos para o grupo. Para ajudar na resoluo do conflito, deve
intervir o lder, de forma a favorecer o dilogo.
A anlise do conflito pode ser de natureza diversa, uma vez que este tem:
- uma dimenso dinmica, sendo que comportamento gera comportamento;
- uma dimenso estrutural,sendo que algumas organizaes propiciam mais a
existncia de conflitos, onde a liderana no clara na comunicao ou transmisso
de informaes, em que existe falta de mecanismos reguladores;
- uma dimenso diacrnica, em que necessrio conhecer e compreender o conflito
na sua evoluo no tempo, evitando a escalada da deteriorao.
Comentrio/ reflexo: Onde h pessoas, h dinmicas entre estas e nas relaes
que se estabelecem esto envolvidos no s os seus traos de personalidade e
universos de comportamentos, como tambm novos papis que emergem
naturalmente dentro dos grupos e os fenmenos que a estes esto associados. As
organizaes no so diferentes e nestas encontramos os mais diversos fenmenos
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
6/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 3
sociais. Entre as dinmicas pessoais, interpessoais , intergrupais e intragrupais,
interorganizacionais e intraorganizacionais, surgem naturalmente tenses, mais ou
menos propiciadas pelos modelos estruturais das prprias organizaes, queindiciam problemas quer estabelecidos, quer em potencial. Para melhor entender
estas dinmicas e comportamentos com propriedades distintas, devero ser os
psiclogos, que integram os recursos humanos, a intervir nos conflitos, procurando
ajudar na sua resoluo.
Bibliografia:
Cardoso, Luis (2003)(6 edio). Gesto Estratgica nas Organizaes. Lisboa:
Verbo.
Halbritter de Sousa, Ftima (2006). Os comportamentos nas organizaes. Lisboa:
Verbo.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
7/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: conflito latente, conflito manifesto, negociao, comunicao,
mudana, colaborao, assertividade, confrontao aberta, evitamento, represso,
imposio, diluio do conflito, acordo
Resumo: Nesta aula falou-se de conflito e negociao. Como j tnhamos visto, o
conflito surge quando o outro visto como uma ameaa e este pode ser de ordem
intrapessoal, interpessoal, intragrupal, intergrupal, intraorganizacional,
interorganizacional, intracomunitrio e intercomunitrio. Recordmos que pelo
facto dos grupos, quer sejam primrios ou secundrios, serem compostos por
pessoas, vo-se criando interdependncias e dinmicas relacionais especficas.Nas organizaes, que so grupos formais, existem normas e regras a cumprir,
sendo cada um investido de um papel especfico, importante dentro do grupo. E este
grupo, que constitudo por pessoas inseridas num espao e num tempo, com a sua
filosofia e histria, desenvolvem entre si relaes e, por vezes, situaes menos
confortveis. Os conflitos latentes, que aguardam uma oportunidade para virem ao
de cima, so os mais perigosos, pois, tal como um vulco, quando explode, nada fica
igual. O lder, com as suas competncias comunicacionais, pode ser uma pea
chave na resoluo do conflito. Sem flexibilidade, a negociao no possvel, da a
necessidade da arbitragem do conflito.
Ser necessria assertividade para a resoluo do conflito. Em vez do evitamento,
da represso ou imposio, procurando diluir o conflito, ser necessria uma
confrontao aberta.
Sesso n. 5 Data: 17-03-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
8/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
Neves de Almeida (1995, citado por Halbritter de Sousa, 2006), prope um esquema
de resoluo de conflitos composto por cinco passos: reunir com as partes emseparado, adoptando uma postura neutra; reunindo com
todas as partes, numa confrontao aberta; recebendo
propostas de resoluo das diferentes partes; intervalo
para todas as partes pensarem com calma; resoluo
objectiva e acordo.
Comentrio/ reflexo: Conflitos geram stress, se falamos de distress, falamos de
ansiedade e ansiedades geram patologias. As pessoas desgastam-se a tentarem
gerir os conflitos, quando poderiam dedicar as suas energias para seguirem em
frente.
No h negociao quando no se encontra um objectivo em comum ou quando
existe inflexibilidade de pelo menos uma das partes. necessria comunicao para
clarificar as posies, para se chegar a um entendimento. necessria assertividade
para comunicar necessidades e opinies, assim como perguntar aquilo que est
necessita esclarecimento. necessria uma confrontao franca e aberta; se existeconflito porque existe um problema e reconhecendo-o, algo pode ser feito para o
solucionar e progredir. O conflito pode ser uma boa oportunidade de deixar as coisas
a funcionar ainda melhor, solucionando pequenos atritos e coisas que poderiam
continuar a desenvolver-se numa escalada de deteriorao. O psiclogo ser uma
mais valia na organizao, tambm para intervir neste processo.
Bibliografia:
Cardoso, Luis (2003)(6 edio). Gesto Estratgica nas Organizaes. Lisboa:
Verbo.
Halbritter de Sousa, Ftima (2006). Os comportamentos nas organizaes. Lisboa:
Verbo.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
9/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: complexidade, actores sociais, responsabilidade social,
comunicao
Resumo: Nesta aula falou-se da complexidade nas organizaes. Numa estrutura
em que existem muitas pessoas diferentes, uma panplia de informaes e de
abordagens que no torna directa a percepo da informao, traz aos sistemas
diversos vectores que alteram e influenciam o sistema. Quanto maior a linearidade
no sistema, mais estruturalista este se torna e mais longe se encontra deste
concieto de complexidade. Falou-se ainda no pepael desempenhado pelos actores, o
da responsabilidade social, cujo objecto so as normas de higiene e segurana, areciclagem dos lixos e electrodomsticos, a contribuio para organizaes de
solidariedade social, etc. Reflectimos sobre a importncia de cada um de ns se
assumir enquanto actor, como um protagonista muito importante neste modelo
internacional.
Sendo a organizao um sistema constitudo pelas relaes que determinam no
espao onde esto definidas a dinmica das interaces e transformaes das suas
componentes (Garcia e Ronsim, 2002),
registam-se mudanas nas pessoas, nos
grupos, nas organizaes. A organizao
alterou ou colocou em crise a sociedade
massificada, assumindo o paradigma da
complexidade e substituindo o cumprimento de
ordens pela informao, conhecimento e
inovao. Hoje implica e distingue a
participao, a criatividade, a intuio, a
Sesso n. 6 Data: 07-04-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
10/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
capacidade de correr riscos e a pronta tomada de deciso.
Nesta nova forma de organizaes, em teia, surgem novos modelos de gesto,
passando de estruturas rgidas para a flexibilidade, implicando um maior e mais livreenvolvimento dos actores na mudana.
Comentrio/ reflexo: Segundo Dias (2007), o homem, enquanto ser comunicante,
tece uma intrincada teia de relaes comunicacionais com os outros, com o sistema
em que est inserido e com outros sistemas, tal como na organizao em que
tambm participa. Procura ento simplificar esta realidade para estruturar o meio,
mas pelo meio do processo simplifica a tal ponto que, pela coisificao, pela
esquematizao, se perde muita informao pelo caminho e acaba por criar a
entropia, gerando complexidade. O homem, enquanto ser complexo, que procura
interpretar e simplificar essa complexidade, gera ainda mais complexidade, o que nos
leva a uma causalidade circular, caracterstica tambm estudada pelos cibernticos.
Ser necessrio ento aplicar os mecanismos desta nova cincia para intervir nesta
realidade comunicacional complexa. Pela redundncia, pela comunicao
autntica, pelo entendimento das prprias estruturas dentro das estruturas, procura-se uma mudana no discurso, nas comunicaes, nas relaes, nos mais diversos
tipos de sistema. Poderemos ento dizer que a institucionalizao de um sistema de
comunicao eficaz, em que tida em conta a pessoa humana, independentemente
de qualquer diferena ou divergncia, em conjunto com o estabelecimento e
actualizao de objectivos concretos, com a observncia do mercado e com o uso de
elevados padres de qualidade no trabalho, construir uma opinio pblica interna
slida, coerente e credvel. Ser, ento, inevitvel o empenho e envolvimento,
tambm afectivo, dos seus colaboradores na direco de um objectivo em comum e
na projeco da sua satisfao tanto no interior como no exterior da organizao, o
que nos leva tambm importncia do papel do gestor e da importncia do espao
de cada papel representado, neste caso dentro da organizao.
Bibliografia:
Dias, F.N. (2007). Sistemas de Comunicao, de Cultura e de Conhecimento. Lisboa:
Instituto Piaget.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
11/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: crise de confiana, modelos de economia social, cooperativismo,
competio, cooperao, responsabilidade social, interestruturao
Resumo: Nesta aula falou-se da crise de confiana em que nos encontramos; baixa
confiana no poder poltico, nas instituies, na prpria OMS e nos pares. Vive-se
uma crise de valores, em que o ter supera o ser, o que gera um clima de
desconfiana. A crise de confiana, por sua vez, leva a um certo entorpecimento no
indivduo enquanto elemento activo na sociedade. Produzindo cada vez mais, a
natureza vai ficando cada vea mais depauperada; o equilbrio vai sendo cada vez
mais precrio, at deixar de existir de todo.A mudana necessria; tem de fazer-se ressaltar a essncia do ser humano, o ser
em vez do ter. necessrio dar o exemplo, dando um contributo mais real s causas
em que nos envolvemos. Com as nossas competncias, temos capacidade de
influenciar os grupos e, naturalmente, os grupos vo conseguir influenciar tambm o
indivduo (interestruturao).
Falou-se ainda em modelos da economia social e na importncia que preciso dar a
novas formas de economia, pois esta est assente na competio. Segundo o
referido anteriormente, cooperar essencial e o cooperativismo pode ser o modelo
que nos permitir voltar a encontrar um equilbrio. Para isso, necessrio saber como
cooperar no desenvolvimento e, por exemplo, como minorar o impacto negativo no
ecossistema. Cooperar inevitvel!
Comentrio/ reflexo: Quando compreendermos que somos actores e autores da
nossa realidade, em todas as suas dimenses, assumiremos ento a
responsabilidade que nos cabe, metendo mos obra para criarmos as nossas
Sesso n. 8 Data: 14-04-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
12/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
oportunidades, o nosso alimento, os nossos bens, os nossos empregos, etc. H
sempre o que precise ser feito, h sempre trabalho a fazer, falta a iniciativa e a
motivao para levarmos a nossa vida em frente, segurando-lhe as rdeas. claro
que implica trabalho, implica esforo pessoal, nem todas as curvas podem ser to
cmodas, mas leva-nos conscincia que precisamos de desenvolver sobre
cooperao em vez de competitividade, criao em vez de reaco,
empreendorismo em vez de comodismo. fcil criticar o ponto em que as coisas se
encontram e continuarmos na mesma. fcil no separar os lixos e dizer que os
outros tambm no o fazem, ou melhor, dizer que mesmo que o possamos estar a
separar, vai tudo parar ao mesmo stio. De facto, temos uma natureza excepcional
para encontrarmos desculpas para a nossa inrcia e inpcia. Temos uma tendncia
inata para encontrarmos sempre um reforo para as nossas aprendizagens,
especialmente aquelas que nos do mais jeito. "Eu sabia que ia ser assim!" Sabemos
sempre muitas coisas!
necessria a compreenso de que cada um de ns deve
fazer algo para contribuir; contribuir para o desenvolvimento
de si e do grupo em que est inserido (humanidade). No
dever esperar que o outro faa sozinho ou faa por si,
mas sim fazer e, mais do que isso, SER a mudana que sequer ver no mundo (Eleanor Roosevelt). Compreender que cada um de ns um
actor social e para contribuir no basta encontrar e reconhecer as falhas, mas
encontrar solues, dando passos para seguir em frente. Sabendo que a
confrontao muitas vezes necessria para perceber que estamos, quia, parados
na nossa zona de conforto h demasiado tempo, mesmp sendo este til para o
desenvolvimento, a demora e prolongamento do conflito apenas nos atrasa. A
competitividade resultante da comparao. Quando pararmos de nos comparar com
os outros (e vice-versa), aceitamos a diferena que existe inevitavelmente nas mais
diversas esferas que nos formam enquanto pessoas; deixamos de tentar impr
formas de ser, estar e fazer e passamos a partilhar o SER no seu conjunto.
Passamos a caminhar ao lado do outro, para um bem comum, o meu, o do outro e o
nosso, em vez de puxar cada um para seu lado. Deixamos de tentar moldar o meio
nossa medida, adaptando as nossas formas de estar, ser e fazer, crescendo e
evoluindo. Passamos de um modelo antropcntrico para um mais ecocntrico.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
13/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 3
A conscincia colectiva tem de facto vindo a mudar e j percebemos que as coisas
no funcionam muito bem como esto. J percebemos que o caminho que levamos
nos est a levar para onde no queremos ir e se no nos mexermos, dificilmente o
rumo mudar por si mesmo. Esta conscincia leva a iniciativa, penso, e a aco leva
a uma nova conscincia. Resta-nos agir com e em conscincia, que de automatismos
esto os nossos dias servidos. possvel fazer a mudana, possvel fazer em e
com conscincia, possvel um outro estado de SER. Isso sim, seria uma vantagem
adaptativa para a raa humana, para a sobrevivncia da espcie, a proteco dos
iguais. Sem a histria de uns serem mais iguais do que outros, nem a histria da
inexistncia de recursos suficientes!
Vivamos a nossa realidade a partir da abundncia e no da escassez! A abundncia
da partilha, a abundncia do dar, a abundncia do SER e fazer em e com
conscincia.
Bibliografia:
Cardoso, Luis (2003)(6 edio). Gesto Estratgica nas Organizaes. Lisboa:
Verbo.
Halbritter de Sousa, Ftima (2006). Os comportamentos nas organizaes. Lisboa:Verbo.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
14/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: motivao, auto-realizao, auto-conceito, conhecimento
Resumo: Nesta aula o assunto foi a motivao, enquanto movimento, predisposio
para a aco, determinante dos nossos comportamentos. Esta motivao refere-se a
um objectivo pessoal e intransponvel, que gera comportamentos , diferente de
pessoa para pessoa e expressa-se de diferentes formas. Falou-se ainda das
motivaes exercidas em grupo e como o campo, segundo Kurt Lewin (1890/1947),
resultante da fora entre pessoas e ambiente, se vai tambm definir na dependncia
daquilo que so as nossas motivaes. Leon Festinger diz que a conflitualidade gera
necessariamente discrepncias entre uns e outros e a dvida epistemolgicaresulta em conhecimento.
Falou-se dos autores que teorizaram sobre este processo psicolgico, como sendo
Maslow, Mc Gregor, Herzberg, Alderfer, McLlelland, Laweler, Vroom e Skinner. E
vimos como existem alguns conceitos de grande importncia para a motivao.
Conceitos como a auto-realizao (o que nos impele para a aco) que vai decorrer
da nossa auto-estima, que se divide em auto-imagem (fsica, psquica, social) e,
atravs dos outros, vai confirmar ou infirmar o nosso auto-conceito (forma como nos
vemos nestes vrios aspectos).
Comentrio/ reflexo: Ao procurar algo na internet, dei num destes dias com um
texto de Maria Ceclia Trannin (2010), que coloca este assunto de forma clara e
indubitvel:
Convivemos neste planeta com o outro, e atravs dele crescemos, trocamos
experincias, agimos e interagimos, actuando como agentes de mudana,
Sesso n. 9 Data: 14-04-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
15/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
transformando-o e transformando-nos constante e continuamente. na relao
social com o outro que existo alm, que apreendo o mundo, que sobrevivo das
trocas, administro ganhos e perdas, me alimento e alimento, gero recursos e extraio
deles a minha subsistncia enquanto ser social. Atravs do outro me posso sentir,
agir, reagir, integrar-me com toda a minha complexidade no sistema ou neg-lo.
Atravs do tecido social passo a pertencer. Em sendo importante para o outro, creio
no meu eu individual. (...) Sem o outro eu sou eu, mas me sinto fragmento porque
no perteno.
No fundo, no contacto com o outro que construmos o conhecimento, sobre ns,
sobre o outro e sobre o mundo em volta. Seguindo a ideia de Maturana (1998),
preciso desaprender o interesse pelo ponto de vista unilateral e definitivo.
Necessitamos, assim, da inquietude e do encontro com os outros, pois atravs dadissonncia e da conconncia cognitiva que se gera o conhecimento.
Bibliografia:
Maturana, H. (1998)(3 ed.). Da Biologia Psicologia. Porto Alegre: Artes Mdicas.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
16/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: liderana, competncias, afecto e distncia
Resumo: Nesta aula falou-se das competncias necessrias ao lder e, entre
muitas outras, surgiram as capacidades de motivao, de dinamizao, de congregar
esforos, de empatia, mediao, organizao, de escuta, auto-regulao, ambio,
calma, autenticidade, estabilidade, auto-concieto elevado e equilbrio emocional.
Entre elas, caractersticas inatas e caracteristicas adquiridas. Competncias que se
desenvolvem ao longo da vida, sero: o
respeito pelos outros; partilha de valores;
reconhecimento dos outros; dilogo,informao e transparncia; assumir riscos
quando necessrio, na defesa do grupo. Os
lderes podem ser funcionais, inatos, ou
podem s-lo por herana. No entanto, as
pessoas so mais motivadas e sentem-se
como tal, se tiverem bons lderes. O lder o
elemento catalizador das reaces.
Segundo Max Webbere a sua teoria da liderana, temos o lder autoritrio (impe a
sua vontade, no olha a meios para atingir os fins), o lder democrtico (no se
impe sem ouvir os demais; procura ouvir o grupo, negociar, estabelecer consensos
e sabe pedir contas, fazer a avaliao) e o lder liberal ou laisser faire (permite que
tudo acontea; temos de deixar que as coisas aconteam). Mas se h demasiada
Sesso n. 10 Data: 21-04-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
17/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
permissividade e no h espao para a norma e a regra, as coisas no caminham
bem na organizao.
Comentrio/ reflexo: Ao falarmos de liderana, falamos dos conceitos que, de
alguma forma, a optimizam e operacionalizam: o afecto e a distncia.
O afecto que se traduz na empatia, na disponibilidade na escuta activa e
emptica, na capacidade de motivao e valorizao do outro, o afecto que vai
mais alm das palavras. A distncia da qual resulta a credibilidade da pessoa,
algum a quem se pode acorrer. necessrio o profissionalismo, a organizao, a
estabilidade, o auto-conceito elevado. Estes dois conceitos esto ainda interligados
entre si, pois a distncia alimenta a afectividade. Algo que verificamos facilmente
quando estamos longe de quem gostamos.
Bibliografia:
Cardoso, Luis (2003)(6 edio). Gesto Estratgica nas Organizaes. Lisboa:
Verbo.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
18/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: liderana, influncia interpessoal, fora do lder, fora do
subordinado, comunicao
Resumo: Nesta aula falou-se de liderana. A partir dos anos 50, a liderana
comea a ser fundamental para o sucesso das organizaes. Esta pode ser definida
como o fenmeno de influncia interpessoal exercida em determinada situao
atravs do processo de comunicao humana, com vista comunicao de
determinados objectivos. As funes inerentes ao papel do lder sero planificar,
informar, avaliar, controlar, motivar, recuperar, punir,etc. Ao longo dos tempos foram
desenvolvidos diferentes estilos de liderana, sendo estes o estilo autocrtico, comnfase no lder, o estilo democrtico, com nfase no lder e nos subordinados, e o
estilo liberal, cuja nfase se encontra nos subordinados.
Aflou-se ainda: da fora do lder, que vai depender do sistema de valores e
convices, da confiana nos subordinados, das suas ideias pessoais cerca de
como liderar e dos seus sentimentos de segurana em situaes incertas; e da fora
do subordinado, que vai depender das suas necessidades de liberdade ou de
orientao superior, da sua disposio para assumir responsabilidades, da sua
capacidade de segurana em situaes de incerteza, do seu interesse pelo trabalho,
da sua compreenso e identificao do problema, dos seus conhecimentos e
experincias para resolver os problemas e da sua expectativa de participao nas
decises.
Comentrio/ reflexo: Podemos definir liderana de diversas formas, no entanto,
existiro dois elementos comuns a todas elas: um fenmeno de grupo e envolve a
Sesso n. 12 Data: 12-05-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
19/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
noo de influncia interpessoal. Max de Pree (1989) considera a liderana como a
arte de libertar as pessoas para fazerem o que se exige delas de maneira mais
eficiente e humana possvel. No que refere aos estilos de liderana, mais do quedizer-se que um ou outro ser mais eficaz, pode dizer-se que, numa ou noutra
medida, cada um deles apresenta a sua eficcia em determinada situao e contexto
em que est inserido. Segundo o autor a primeira responsabilidade do lder, no
processo contnuo de liderana, ser definir a realidade e a ltima ser agradecer.
Neste pas, muito se critica a liderana e quem assume a posio de lder. Se bem
que o papel apresenta uma responsabilidade que lhe inerente, o processo de
liderana tem um qu de responsabilidade partilhada, pois sendo um fenmeno de
grupo, ele s acontece quando existe o grupo. Noutras palavras, embora existam
lideranas que sejam impostas, muitas vezes acontece que o lder s se encontra na
posio de liderana porque os restantes elementos (os liderados) lhe concederam o
papel ou a oportunidade para o
assumir. Nas organizaes, fora da
hierarquia instituda, o lder que surge
naturalmente s o chega a ser pela
existncia inevitvel de quem assuma(tambm naturalmente) os restantes
papis. Entrando num contexto um
pouco mais alargado, no deveramos
ento esquecer porque existem
lderes ao nvel nacional, para qu e
de que forma eles assumem o papel;
assumindo a responsabilidade
(cvica) que nos compete!
Bibliografia:
Cardoso, Luis (2003)(6 edio). Gesto Estratgica nas Organizaes. Lisboa:
Verbo.
De Pree, Max (1989). Liderar uma arte: vencendo a crise e a inrcia comuma
administrao inovadora. So Paulo: Best Seller.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
20/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: recrutamento, seleco, assessment centers, teoria dos nefitos
Resumo: Nesta aula falou-se de recrutamento e selecco. No recrutamento, o
processo vai desde a abertura de vaga at anlise dos resultados da aplicao de
testes, provas, questionrios, inventrios e entrevistas, passando pela informao da
vaga e indicao de competncias aos recursos humanos, pela definio clara do
posto de trabalho e perfil (ideal) da pessoa a contrar, pela anlise do currculo e
conhecimentos profissionais, experincias e formao adequada. Os processos de
recrutamento podem ser internos, externos ou mistos e, hoje em dia, podem ainda
ser feitos online. Este processo pode decorrer nos assessment centers, centros derecrutamento, onde muitas vezes feita a simulao de postos de trabalho para
avaliar competncias, um conjunto de provas de forma a criar condies para in loco
avaliar as pessoas na realizao do trabalho pretendido.
No processo de seleco, feita a apresentao dos indivduos pr-seleccionados,
por ordem, aos recursos humanos e aos servios mdicos. Em ltima anlise, o
director do departamento que abriu a vaga que far a seleco do candidato para o
cargo.
Falou-se ainda na teoria dos nefitos, aqueles para quem no existe horrio de
trabalho, no existe um tempo para fazer as tarefas e que querem vencer no mercado
de trabalho com as competncias que tm; geralmente mais novos e na nsia de se
afirmarem e conquistarem o seu lugar na sociedade,os nefitos do-se e entregam-
se ao seu trabalho.
Sesso n. 13 Data: 13-05-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
21/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
Comentrio/ reflexo: No que se refere aos nefitos, no encontraremos apenas os
que se dedicam, pelo menos aparentemente, de corpo e alma ao seu trabalho para
se afirmarem e conquistarem o seu lugar na sociedadee no mercado de trabalho, mas tambm aqueles que
precisam dedicar-se a algo e no tm outros encargos
familiares ou aqueles que, precisamente por terem os
seus encargos, precisam do lugar que encontram e a
ele se agarram de unha e dentes. a estes ltimos que
me quero referir, uma vez que no algo to incomum e tenho exemplos prximos.
Exemplos em que o salrio ao final do ms recebido como uma beno, embora o
trabalho de cada dia possa ser sentido como uma maldio. Exemplos tambm da
situao em que as organizaes se encontram, pelo menos culturalmente. Pois, se
por um lado se fala de crise, por outro podemos falar do aproveitamento desta como
desculpa para cortar nos custos. Vemos, assim a repetio da repetio destes
exemplos, em que um trabalhador tem o trabalho de trs. Mas tambm o verdade
que so precisos dois para danar o tango e que estes trabalhadores se permitem
trabalhar sem horrios, sem qualquer valorizao do seu trabalho ou motivao para
a elaborao das tarefas e sem a remunerao mnima. Permitem a dana porquese subjugam tambm ao conceito de crise, permitem porque precisaro porventura
de se auto-valorizar e gerirem a sua carreira de uma forma mais eficaz. A mudana
parte do prprio, pois ao abrir a janela para a rua, deixamos de ter o olhar apenas
virado para dentro e veremos as oportunidades que passam tantas vezes ao lado e
as que esto ali sentadas espera de melhores dias nossos, claro!
Bibliografia:
Cardoso, Luis (2003)(6 edio). Gesto Estratgica nas Organizaes. Lisboa:
Verbo.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
22/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: liderana, atitudes comportamentos, escuta activa, escuta
emptica, persuaso
Resumo: Nesta aula falou-se de atitudes na liderana e em como a atitude
acidental, muitas vezes temperamental, e relacionada com o contexto. A atitude
algo muito fsico e determinada pelo clima. Sendo mais difcil de mudar, pela sua
espontaneidade e relao com crenas e valores (intrnsecos), esta surge antes do
comportamento e revela alguma tendncia (antecipatria) para determinados
comportamentos. Estes ltimos j so formas mais estruturadas de agir.
Falou-se na escuta activa, na escuta emptica e na persuaso, como atitudesrecomendveis figura do lder.
Comentrio/ reflexo: Segundo Olson, Sathr e Whitney, ouvimos cerca de metade
do que dito, tomamos ateno a cerca de metade do que ouvimos e lembramo-nos
de cerca de metade daquilo a que demos ateno. E se tivermos em conta que uma
organizao humana simplesmente uma rede comunicacional, se a comunicao
falha, uma parte da estrutura organizacional falha (Wiio, 1995, citado por Rosado,
1997).
E a comunicao existente no apenas intencional ou consciente ou bem
sucedida. Segundo Goleman, as pessoas altamente expressivas comunicam por
intermdio das suas expresses faciais, da voz dos gestos, de todo o corpo. Esta
capacidade permite-lhes emocionar, inspirar e cativar os outros. (Goleman, 1998,
citado por Rosado, 1997).
Sesso n. 14 Data: 19-05-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
23/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
A escuta activa uma tcnica de comunicao e implica disponibilizarmo-nos para o
outro, estando atentos ao contedo da mensagem em todas as suas partes (p.e
verbal, fsica, emocional), mas tambmdemonstrando que o fazemos, fazendo-o de uma
forma neutra e emptica. Ao reformularmos o que
nos dito, como parte desta tcnica, estamos a
enviar um sinal ao emissor de que o ouvimos e de
que damos importncia s suas palavras. Em
troca, o emissor sente-se mais confiante e ouvido.
Esta uma tcnica muito til na mediao de conflitos, quando pretendemos ter a
certeza que o outro compreendeu a nossa mensagem, por exemplo. Desta forma,
possvel ultrapassar as falhas de comunicao que muitas vezes surgem quando os
conflitos esto ao rubro.
Bibliografia:
Rosado, A. (1997). O Questionamento Oral: Objectivos, Condies de Aplicao e
Critrios de Utilizao em Contextos Educativos. Revista Estudos de Pedagogia
do Desporto, n 5. Edies FMH, pp. 37-50.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
24/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: estatuto jurdico das organizaes, motivao, expectativas, clima
organizacional
Resumo: Nesta aula falou-se da filiao das empresas, podendo ser estas
organizaes pblicas, privadas e mistas (economia social ou solidria; como uma
IPSS). As organizaes so estruturas que permitem a execuo de uma
misso/tarefa, que cumprem determinados objectivos e, para isso, precisam estar
reguladas e precisam de umestatuto jurdico.
Falou-se dos modelos das organizaes (clssico, centrado nas pessoas,contigencial) e dos diferentes ndices de satisfao e, da, felicidade e motivao,
entre cada um deles. Segundo as teorias da
motivao, eu invisto na medida em que aquilo
importante para mim e na medida em que a
organizao responde s minhas expectativas. Da a
importncia da avaliao do clima organizacional,
que decorre das vivncias e muito mais sensorial do que cognitivo.
O psiclogo na organizao deve dominar a arte do humano e perceber este clima,
deve traar perfis profissionais em vez de destacar atitudes e comportamentos e
deve, entre outras funes, assumir o redesenho de postos de trabalho.
Sesso n. 15 Data: 25-05-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
25/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
Comentrio/ reflexo: Podemos referir-nos ao clima organizacional como sendo o
ambiente humano no qual os elementos de uma organizao fazem o seu trabalho.
Este no pode ser visto ou tocado, mas pode ser sentido e percebido a um nvelpsicolgico. Referindo-se aos mais diversos aspectos internos desta estrutura, o
clima organizacional influencia o comportamento, assim como a motivao, o
desempenho e a satisfao no trabalho. O clima depende da cultura organizacional,
da estrutura da empresa, das condies econmicas desta, do estilo de liderana,
das oportunidades de participao, do nvel de cooperao, da escolha da equipa
de trabalho, do significado das tarefas, entre diversos outros factores. Podemos,
assim, concluir que dele fazem parte o poder fazer, o querer fazer e o saber
fazer, assim como a importncia do papel do psiclogo na organizao, encontrando
o perfil mais adequado s equipas, s tarefas e aos postos de trabalho (quer nas
reas do recrutamento e seleco, como no redesenho de postos de trabalho),
procurando implementar a motivao e a satisfao, mediando conflitos, melhorando
a comunicao, zelando pela segurana e higiene do trabalho, promovendo as
relaes interpessoais, o progresso profissional e a estabilidade.
Bibliografia:
Halbritter de Sousa, Ftima (2006). Os comportamentos nas organizaes. Lisboa:
Verbo.
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
26/27
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 1
Protocolo de Psicologia das Organizaes e do Trabalho
Conceitos base: ergonomia, adaptao do trabalho, condies humanas
Resumo: Nesta aula falou-se de ergonomia, como sendo a cincia que compatibiliza
condies de trabalho comcondies humanas para o desempenhar; que permite o
estudo de condies de adequabilidade de aspectos fsicos inerentes organizao,
quilo que a nossa estrutura fsica (p.e. altura das cadeira, qualidade do ar,
luminosidade artificial e natural, rudo). Esta proporciona condies de adaptao do
trabalho s pessoas que o realizam.
Comentrio/ reflexo: Quando se refere ergonomia, segundo Dull e Weerdeester(1995) temos: a ergonomia fsica, que se refere s respostas do corpo humano
carga fsica e psicolgica; a ergonomia
organizacional, relacionada com a
optimizao dos sistemas socio-
tcnicos (p.e. estrutura organizacional,
polticas e processos); e a ergonomia
cognitiva, tambm conhecida por
engenharia psicolgica e que se refereaos processos mentais (p.e. percepp,
ateno, cognio, armazenamento),
como eles influenciam as relaes
interpessoais e entre elementos do
sistema.
Por um lado, as organizaes
estabelecem para o seus trabalhadores objectivos de trabalho cada vez mais
elevados, mas, por outro lado, notrio o stress e os prejuzos psquicos nos seus
Sesso n. 17 Data: 02-06-2010
2 Semestre do curso de Psicologia 3 Ano - 1 Ciclo
Aluno: Ana Sofia Morgado
Professora Doutora: Conceio Couvaneiro
7/22/2019 POT_reflexoes.pdf
27/27
Protocolo
Psicologia das Organizaes e do Trabalho 2
colaboradores com a exigncia de nveis de desempenho mais elevados. Uma coisa
acaba por impossibilitar a outra. o trabalho, em si, que deve ser tratado e curado de
imediato. E de forma prioritria.
Cada vez mais, faz sentido a adaptao do trabalho ao homem e no o inverso. Se
o trabalho que o motiva o homem, pode dizer-se que a forma como este tratado,
na organizao, que leva satisfao e o bem-estar necessrios para que a
desmotivao no acontea.
Bibliografia:
Dull, J . & Weerdeester, B. (1995). Ergonomia prtica. So Paulo: Edgard Blucher.