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Estatísticas Econômicas e Sociais II

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Aulas referentes ao 3º trimestre de 2010Parte 1 (Aulas 1 a 4)

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Objetivos do curso

• Introduzir as principais publicações disponíveis a respeito das Contas Nacionais do Brasil;

• Apresentar os principais dados oriundos do Sistema de Contas Nacionais;

• Destacar aspectos metodológicos;• Evidenciar possíveis aplicações para

trabalhos de dissertações/ teses.

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Publicações de interesse

• Sistema de Contas Nacionais. Brasil: 2003-2007;

• Contas Regionais do Brasil 2003-2007;

• PIB dos Municípios: Brasil: 2003-2007;

• Matriz de Insumo-Produto. Brasil: 2000-2005;

• Economia do Turismo: 2003-2006;

• Conta Satélite de Saúde: Brasil: 2005-2007.

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Programa (Parte 1)

1. Introdução à contabilidade nacional. Agregados macroeconômicos e identidades contábeis (Aula 1)

2. Contas econômicas integradas (Aula 2)

3. Tabelas de recursos e usos (Aula 3)

4. Contas econômicas integradas por setores institucionais (Aula 4)

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Programa (Final)

5. Balanço de Pagamentos (Aula 5)

6. Matrizes de insumo-produto (Aula 6)

7. Tópicos de Economia Subterrânea (Aula 7)

8. Avaliação

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Cronograma do curso

• Aula 1: 04/10• Aula 2: 18/10• Aula 3: 25/10• Aula 4: 08/11• Aula 5: 22/11• Aula 6: 29/11• Aula 7: 06/12• Aula 8: 13/12

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Bibliografia

Obrigatória• FEIJÓ, C. A.; RAMOS, R. O. (org.)

Contabilidade Social: A nova referência das contas nacionais do Brasil. 3ª edição. Rio de Janeiro: Campus,Elsevier, 2008.

Complementar• Publicações do IBGE• CONSIDERA, C. M.; RAMOS, R. O.;

FILGUEIRAS, H. V. Macroeconomia I. As Contas Nacionais. Niterói: Eduff, 2009.

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Feijó & Ramos (2008), capítulo 1: Introdução à Contabilidade Nacional

AULA 1: Parte 1

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Objetivos da Contabilidade Social

A Contabilidade Social trata da mensuração da atividade econômica e social em seu múltiplos aspectos.

Assim, a Contabilidade Social apresenta os sistemas contábeis de estatísticas econômicas oficiais e seus instrumentos de análise. Com efeito, deve ser entendida como um sistema contábil que permite a avaliação da atividade econômica em um determinado período.

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Macroeconomia X Contabilidade Social

O acompanhamento dos movimentos de medidas agregadas em macroeconomia é o campo de estudo da teoria macroeconômica. A preocupação com a mensuração dos agregados macroeconômicos é o objeto da Contabilidade Nacional.

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Origens keynesianas da Contabilidade Nacional

• Contabilidade Nacional se desenvolve a partir da obra de John Maynard Keynes – foco na macroeconomia.

• Na macroeconomia keynesiana economias monetárias não tendem ao pleno emprego.

• Comportamento do todo pode ser diferente do que é planejado pelos agentes econômicos.

• A teoria de Keynes define a determinação do nível de renda e produto no curto prazo como o objeto de estudo da Macroeconomia.

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Dados do PIB do Brasil – 1990-2003

Deflator implícito

Preçoscorrentes

Preços do anoanterior

Preçoscorrentes

Preços do anoanterior

1990 12 - - 146 593 0,08 - - -

1991 60 12 1,03 149 094 0,40 0,08 (-) 0,66 416,68

1992 641 60 (-) 0,54 151 547 4,23 0,40 (-) 2,15 969,01

1993 14 097 673 4,92 153 986 91,55 4,37 3,26 1 996,15

1994 349 205 14 922 5,85 156 431 2 232,32 95,39 4,20 2 240,17

1995 646 192 363 954 4,22 158 875 4 067,30 2 290,82 2,62 77,55

1996 778 887 663 371 2,66 161 323 4 828,11 4 112,06 1,10 17,41

1997 870 743 804 367 3,27 163 780 5 316,55 4 911,27 1,72 8,25

1998 914 188 871 892 0,13 166 252 5 498,81 5 244,40 (-) 1,36 4,85

1999 973 846 921 369 0,79 168 754 5 770,82 5 459,85 (-) 0,71 5,70

2000 1 101 255 1 016 312 4,36 171 280 6 429,56 5 933,63 2,82 8,36

2001 1 198 736 1 115 710 1,31 173 822 6 896,35 6 418,69 (-) 0,17 7,44

2002 1 346 028 1 221 834 1,93 176 391 7 630,93 6 926,85 0,44 10,16

2003 1 556 182 1 353 363 0,54 178 985 8 694,47 7 561,31 (-) 0,91 14,99

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e Coordenação de População e Indicadores Sociais.

(1) População estimada para 1º de julho, série revisada.

Tabela 5 - Produto Interno Bruto, Produto Interno Bruto per capita, população residentee deflator implícito - 1990-2003

Variação anual (%)

Populaçãoresidente

1 000 hab. (1)1 000 000 R$

Produto Interno Bruto Produto Interno Bruto per capita

Ano Variação real anual (%)

Variação real anual (%)

R$

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Produção (conceito)

• Compreende todas as atividades socialmente organizadas visando a criação de bens e serviços, destinados a satisfazer direta ou indiretamente as necessidades humanas.

• Na produção são gerados todos os bens e serviços necessários à vida humana e, concomitantemente, é gerada toda a renda que será distribuída entre os agentes econômicos.

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Fatores de produção

• A realização da produção é possível através da utilização dos fatores de produção:

Trabalho (TR)Capital (K)Recursos Naturais (RN)

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Função de Produção

• Representa a combinação destes três elementos segundo uma determinada tecnologia de produção, embutida nas máquinas e equipamentos que compõem o estoque de capital de uma sociedade e, na própria organização do processo produtivo

• P = f (K, TR, RN)

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O fluxo circular da renda: setores

Numa abordagem simplificada, trabalha-se com dois setores institucionais na economia:

1) O setor famílias: que consome bens e serviços da economia e oferta mão-de-obra;

2) As empresas (unidades produtoras): que produzem todos os bens e serviços da economia e empregam toda a mão-de-obra.

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Fluxo circular da renda: mercados e fluxos

• Mercado de bens e serviços: local onde é vendida a produção das firmas;

• Mercado de trabalho: oferta e demanda de mão-de-obra;

• Fluxo de trocas real: medem quantidades;

• Fluxo de trocas monetário: medem valores.

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O fluxo circular da renda

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Inclusão de mais dois mercados

• Mercado de fundos de capital ou mercado financeiro: as famílias canalizam recursos ao mercado financeiro e as empresas demandam recursos financeiros.

• Mercado de bens de investimento: mercado no qual as empresas demandam bens de capital (Y = C + I)

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Fluxo circular da renda ampliado

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Fluxos e estoques

Variáveis em Macroeconomia são de fluxo ou de estoque.  K = Kt+1 - Kt = Ilt

Ilt = Ibt - Irt, K - variação de estoque de um período (Kt ) a outro (Kt+1 ), Ilt - fluxo de investimento líquido num período e Ibt e Irt - fluxos de investimento bruto e de reposição (depreciação) num período, respectivamente.

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Abrangência das Contas Nacionais

• Quanto à forma institucional: empresas, trabalhadores autônomos, governo e instituições privadas sem fins lucrativos.

• Quanto à forma de distribuição da produção: mercantil e não mercantil.

• Quanto ao cumprimento de formalidades legais: formal e informal.

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Agregados macroeconômicos

• Agregados macroeconômicos são construções estatísticas que sintetizam aspectos relevantes da atividade econômica em um período de tempo. O PIB é o principal desses agregados.

• São derivados de um sistema contábil, formalizado em um conjunto de identidades.

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Produto Interno Bruto (PIB)

• PIB de um país ou região: representa a produção de todas as unidades produtoras da economia, num dado período a preços de mercado.

• Produção para as Contas Nacionais: toda produção de bens e serviços, mais a produção por conta própria e a produção de serviços pessoais e domésticos quando remunerados.

• Produção são as transações econômicas com valor de mercado. A valoração em termos monetários permite que se agregue quantidades heterogêneas.

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O Valor Adicionado (VA)

Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo.

Com isso, evita-se a dupla contagem. Trata-se da diferença entre o Valor da Produção (VP) e do Consumo Intermediário (CI). Assim:

VA = VP - CI

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PIB e Valor Adicionado

Suponha a produção de uma firma no ano de 500 unidades, vendidas ao preço unitário de R$ 2,00:  

• Valor da Produção (500XR$ 2,00) R$ 1 000,00• Despesas Operacionais R$ 800,00

Pagamento de salários R$ 500,00Custo de matérias-primas R$ 300,00

• Receita Líquida de Vendas R$ 200,00

Valor que a firma adiciona ao PIB– Valor da Produção Menos Produção Intermediária:

• (R$ 1000,00 – R$ 300,00)  = R$ 700,00

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PIB per capita

• PIB per capita - referência importante como medida síntese de padrão de vida e de desenvolvimento econômico dos países.

• É obtido dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período.

• Medida fortemente afetada pela distribuição de renda.

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PIB per capita: BrasilTabela 5 - Produto Interno Bruto per capita - 2000-2007

AnoPopulaçãoresidente

1 000 hab. (1)

Produto Interno Bruto per capita Deflator

R$ Variaçãoreal anual

(%)

Variação anual

(%)Preços

correntesPreços do ano

anterior

2000 171 280 6 886,28 6 485,64 2,8 6,2

2001 173 808 7 491,81 6 875,23 (-) 0,2 9,0

2002 176 304 8 382,24 7 582,07 1,2 10,6

2003 178 741 9 510,66 8 362,73 (-) 0,2 13,7

2004 181 106 10 720,25 9 922,69 4,3 8,0

2005 183 383 11 709,03 10 921,63 1,9 7,2

2006 185 564 12 769,08 12 029,29 2,7 6,1

2007 187 642 14 183,11 13 396,91 4,9 5,9

           

Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e Coordenação de População e Indicadores Sociais.

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Conceitos de Interno (PIB) e Nacional (PNB)

O PIB mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no Brasil, independente da origem do seu capital. O PNB (Produto Nacional Bruto) e o RNB (Renda Nacional Bruta) são agregados que consideram o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes. Há fatores de produção (capital e trabalho) produzindo no país e fora deste.

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Produto Nacional Bruto (PNB) e Renda Nacional Bruta (RNB)

 Valor da Produção R$ 1 000,00Despesas Operacionais R$ 800,00Pagamento de Salários R$ 500,00

a brasileiros R$ 400,00a argentinos R$ 100,00

Custo das Matérias Primas (nacional e importada) R$ 300,00Receita Líquida de Vendas R$ 200,00

paga a brasileiros R$ 100,00paga a argentinos R$ 100,00

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Pagamentos e recebimentos de fatores

• Juros• Lucros• Dividendos• Royalties• Aluguéis• Salários• Se Recebimentos > Pagamentos, então tem-se

uma Renda Líquida Recebida do exterior (RLR);• Se Recebimentos < Pagamentos, então tem-se

uma Renda Líquida Enviada ao exterior (RLE)

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PNB e RNB (conclusão do exemplo)

PIB = R$ 700,00 Pela ótica do Produto: PNB = 500 = (1 000 – 300) – 200 Pela ótica da renda: RNB = 500 = 400 + 100

PNB = PIB + RLR,  RLR é a Renda Líquida Recebida do exterior, PNB>PIB.

 

PNB = PIB – RLERLE é a Renda Líquida Enviada ao Exterior, PIB>PNB.

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Exemplo do Brasil

Brasil: Produto Interno e Nacional Bruto 1995 (1000R$)

 Produto Interno Bruto 646 191 517Menos rendimentos líquidos enviados ao resto do mundo

10 153 742

Produto Nacional Bruto 636 037 775 Fonte:IBGE.

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Renda Nacional Bruta (RNB) e Renda Disponível Bruta (RDB)

• RNB engloba: rendas dos setores público e privado e as transferências de recursos entre o país e o resto do mundo.

• Renda Disponível Bruta (RDB): considera o saldo das transferências correntes recebidas e enviadas ao exterior.

 RDB = RNB + Tr

Tr = Transferências correntes líquidas recebidas.

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RNB e RDB: Brasil, 1995

(1.000R$)Produto Interno Bruto 646 191 517Menos rendimentos líquidos enviados ao resto do mundo

10 153 742Produto Nacional Bruto 636 037 775

Transferências unilaterais, líquidas, ao resto do mundo(+) 3 324 649

Renda Disponível Bruta 639 362 424

Fonte: IBGE

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Renda Disponível Bruta: subdivisões

Pode-se subdividir a Renda Disponível em Renda Líquida do Governo (RLG) e Renda Privada Disponível (RPD). Assim:

RDB = RLG + RPD

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RLG e RPD

Renda Líquida do Governo (RLG):Soma dos impostos diretos e indiretos arrecadados pelo governo e

outras receitas correntesmenos

As transferências e subsídios pagos pelo governo. 

Renda Privada Disponível (RPD): – salários, – juros, lucros e aluguéis pagos a indivíduos,– transferências pagas a indivíduos, menos impostos sobre renda

e patrimônio e– lucros retidos nas empresas e reserva para depreciação.

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38

Produto bruto X líquido

O produto líquido desconta a depreciação do capital utilizado no esforço de produção num determinado período. A depreciação é o desgaste ou o consumo dos bens de capital (máquinas, equipamentos, prédios, etc.). O conceito de líquido se aplica à ótica de mensuração do produto, pois a depreciação representa um custo de produção e não uma renda de fator. Trata-se de um fundo para as empresas reporem seu capital.

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39

Bruto e Líquido: exemplo

Valor da Produção R$ 1 000,00Despesas Operacionais R$ 810,00

– Pagamento de Salários R$ 500,00– Custo de Matérias-primas R$ 300,00– Reserva para DepreciaçãoR$ 10,00

Receita Líquida de Vendas R$ 190,00 PIB = R$ 700,00 PIL - Produto Interno Líquido = R$ 690,00.

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40

PIB a preços correntes e constantes

Para se acompanhar a evolução dos agregados ao longo do tempo é necessário isolar o quanto o crescimento ocorreu por força de variação de preço e quanto se deveu à variação de quantidade. Para tanto é preciso estudar a variável em dois períodos de tempo.PIB corrente (PIB)= Produto medido aos preços médios do ano corrente (p x q do ano)PIB a preços constantes (PIBRt) = Produto medido a preços constantes de um determinado ano.

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41

Brasil: PIB e deflator implícito

Ano

Produto Interno Bruto Deflator

1 000 000 R$Variação

real anual (%)

Variação anual (%)Preços

correntesPreços do ano

anterior

2000 1 179 482 1 110 861 4,3 6,2

2001 1 302 136 1 194 970 1,3 9,0

2002 1 477 822 1 336 748 2,7 10,6

2003 1 699 948 1 494 767 1,1 13,7

2004 1 941 498 1 797 054 5,7 8,0

2005 2 147 239 2 002 843 3,2 7,2

2006 2 369 484 2 232 206 4,0 6,1

2007 2 661 344 2 513 819 6,1 5,9

         

Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais e Coordenação de População e Indicadores Sociais.

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42

Variação em volume

11001t

tt PIB

PIBRVOL

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43

Deflator implícito

1.100

t

tt PIBR

PIBDI

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AULA 2 – 18/10/2010

Conclusão – cap. 2

Introdução – cap. 3

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45

Identidades contábeis

O produto bruto da economia pode ser obtido de três formas distintas: pela ótica do produto, da renda e da despesa. Assim:

PRODUTO = RENDA = DESPESA

Tabela 4: sinóticas

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46

Produto Interno Bruto (PIB) – Óticas

Ótica do produtoPIB = Valor da Produção – Consumo Intermediário

Ótica da rendaPIB = soma das remunerações aos fatores de produção (salários, juros, lucros e aluguéis)

Ótica da despesaPIB = Soma dos gastos finais na economia em bens e serviços nacionais e importados (consumo, investimento (FBCF + ΔE), e saldo comercial)

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47

PIB: níveis de valoração

• Mensuração a preço básico equivale a considerar os preços na porta da fábrica.

• Adicionando a este nível de valoração os impostos líquidos de subsídios sobre produtos, tem-se a valoração a nível de preços de produtor.

• Acrescentando as margens de comércio e transporte e os impostos sobre o valor adicionado chega-se ao preço de consumidor. Este é o nível de valoração do PIB sob a ótica do produto e da despesa.

• O produto medido pela ótica da renda é a preços do consumidor.

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O Sistema de Contas Nacionais do Brasil

Feijó et al. (2008) – Capítulo 3

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49

Uma visão geral das Contas Nacionais

• A Contabilidade Nacional oferece uma síntese da realidade econômica de um país em um determinado momento no tempo.

• As Contas Nacionais (CN) oferecem as referências básicas de classificação de atividades e de setores institucionais, definições sobre a fronteira econômica e conceitos para definir e classificar unidades estatísticas e suas transações.  

• IBGE é a fonte de referência das CN do Brasil, desde 1986. Antes era a FGV/RJ.

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50

Contas Nacionais e ONU

• O Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas (System of National Accounts, SNA, 1993) é centrado nas Contas Econômicas Integradas (CEIs) e nas Tabelas de Recursos e Usos (TRUs).

• A integração entre as partes (CEIs e TRUs) na versão de 1993 garante que os saldos obtidos pela classificação de setores institucionais, nas CEIs, sejam idênticos aos obtidos pela classificação de atividades nas TRUs.

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Sobre estrutura e terminologia

• Não se utiliza mais o registro de contas em T, dos sistemas contábeis convencionais, mas as rubricas são descritas no corpo central.

• O novo sistema utiliza a terminologia usos e recursos no lugar de débito e crédito. O termo recursos (lançados no lado direito) é utilizado para designar aumentos no valor econômico de um setor e o termo usos (lançados no lado esquerdo) é utilizado para as operações que reduzem o valor econômico de um setor. O saldo é residual sendo obtido a partir de diferença entre recursos e usos.

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52

Contas Econômicas Integradas

A Abordagem das Contas Nacionais, a partir das Atividades Econômicas permite identificar no circuito econômico o processo de geração da renda. Entretanto, esta abordagem, ao privilegiar o estudo da geração da renda pelas atividades econômicas não possibilita a análise de vários outros fluxos que ocorrem ao longo do circuito econômico, tais como: redistribuição da renda, formação da renda nacional, utilização da renda em consumo e poupança, acumulação de capital e outros fluxos. Tais fluxos, para serem entendidos, requerem a análise dos setores institucionais.

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Contas Econômicas Integradas

Bens e Serv. Resto do Mundo

Resto do Mundo

Bens e Ser.

(Rec) (Rec.) Total da Economia

Setores Institucionai

s

Setores Institucionai

s

Total da Economia

(Usos) (Usos)

Passivos e Patrimônio Líquido

Contas de Patrimônio

Ativos

Variação de passivos e patrimônio líquido

Contas de Acumulação

Variação de ativos

Recursos

Operações, Saldos, Ativos e Passivos

Contas Correntes

Usos

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Contas Econômicas Integradas1. Contas correntes

• Conta de produção• Conta de geração da renda• Conta de distribuição primária da renda• Conta de distribuição secundária da renda• Conta de uso da renda

2. Contas de acumulação • Conta de capital• Conta financeira• Conta de variação dos ativos• Conta de reavaliação

3. Contas de patrimônio• Conta de patrimônio inicial• Conta de variação patrimonial• Conta de patrimônio final

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Contas correntes

Contas Correntes Saldo da Conta

1.Conta de Produção PIB*

2.1.1Conta de Geraçãoda Renda

Excedente Operacional Bruto

2.1.2.Conta de Alocaçãoda Renda

Renda Nacional

2.2.C.Distr.Secundária daRenda

Renda Nacional Disponível

2.3.Conta de uso da Renda Poupança

Resumo das Contas Correntes

2. Conta de Renda 2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda

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Contas de acumulação

3. Conta de Acumulação

Saldo da Conta

3.1 Conta deCapital

Capacidade ou Necessidade deFinanciamento

3.2 ContaFinanceira

Igual ao da Conta de Capital comsinal trocado

3.3.1. Conta deOutras Variaçõesnos AtivosFinanceiros

Mudanças no patrimônio líquidoresultantes de outras variações novolume dos ativos

3.3.2. Conta deReavaliação

Mudanças no patrimônio líquidoresultantes de ganhos/perdas dedetenção nominais

Resumo das Contas de Acumulação

3.3. Conta de Outras Variações no Volume de Ativos eContas de Reavaliação

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57

Contas de patrimônio

4. Conta dePatrimônio

Saldo da Conta

4.1 Conta dePatrimônio Inicial

Patrimônio Líquido

4.2. Conta devariação doPatrimônio

Variação do Patrimônio Líquido total. Registra saldos das contas de Capital (Variações doPatrimônio líquido resultante de poupança etransferência líquida de capital) e Conta deOutras Variações no Volume dos Ativos e Contade Reavaliação (3.31 e 3.3.2).

4.3. Conta dePatrimônio Final

Patrimônio Líquido

Resumo das Contas de Patrimônio

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Tabela de recursos e usos

• Tabela de Recursos de Bens e Serviços apresenta a oferta total de Bens e Serviços da economia (produção e importação);  

• Tabela de Usos de Bens e Serviços apresenta o Consumo Intermediário e a Demanda Final totalizando o demanda da economia;

• Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade.

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Tabela de Recursos e Usos, Brasil: 1999

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Conta de operações de bens e serviços

• É uma conta que é apresentada separada das CEIs (conta 0), sendo considerada a base de todo o sistema, pois retrata a atividade de produção (oferta de bens e serviços) e o destino da produção pelas categorias de demanda final;

• Essa conta deve ser interpretada como uma representação agregada das operações que se encontram nas contas dos setores institucionais e nos setores de atividade;

• Por convenção, os recursos são lançados do lado esquerdo e os usos do lado direito.

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61

Conta de Operação de Bens e Serviços: Brasil, 1995 - em R$ 1.000

Recursos Operações Usos1.113.351.626 Produção

61.314.054 Importação de bens e serviços 74.373.434 Impostos sobre produtos

4.875.955 Imposto de importação

69.497.479 Demais impostos sobre produtos

Consumo intermediário 541.533.543

Consumo final 513.561.741Formação bruta de capital fixo 132.753.432Variação de estoque 11.273.743Exportação de bens e serviços 49.916.655

1.249.039.114 Total 1.249.039.114

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62

Oferta e demanda de bens e serviços

VP pb + Mcif + Ip = CIpc + Cpc + FBCFpc + VE + Xfob

VP pb = Valor da Produção a preços básicos,Mcif = Importações de bens e de serviços de não-fatores (CIF –

cost + insurance + freight)Ip = Impostos sobre Produtos (impostos indiretos), CIpc= Consumo Intermediário a preço de consumidor,Cpc = Consumo Final a preço de consumidor, FBCFpc= Formação Bruta de Capital Fixo a preço de consumidorVE = Variação de EstoqueXfob= Exportação de bens e de serviços de não fatores,

valoradas a preço FOB (exclui seguros e fretes).

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AULA 3 – 25/10/2010

Capítulo 3, Feijó et al. (2008)

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Contas Econômicas Integradas

Contas correntes

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65

Conta de Produção: Brasil, 1995 Fonte IBGE, Em R$ 1000

Usos Operações e Saldos RecursosProdução 1.113.351.626

541.533.543 Consumo Intermediário

Impostos sobre Produtos 74.373.434

Imposto de importação 4.875.955

Demais impostos sobre produtos

69.497.479

646.191.517 Produto Interno Bruto – PIB

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66

Equação da conta de produção

• Objetivo da Conta de Produção (conta 1) é deduzir o Valor Adicionado Interno Bruto, ou seja, o PIB.

• O Valor da Produção a preço básico é lançado como recurso e acrescido dos impostos sobre produtos (imposto de importação e demais impostos) para ser comparado com o consumo intermediário a preço de consumidor, lançado como um uso.

(VP pb + Ip) – CIpc = PIB

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67

Conta da renda

Conta da Renda: –   Conta de Distribuição Primária da Renda, – Conta de Distribuição Secundária da

Renda – Conta de Uso da Renda.

  Conta de Distribuição Primária da Renda:–   Conta de Geração da Renda – Conta de Alocação da Renda.

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68

Conta de Geração da Renda: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000

Usos Operações e Saldos RecursosPIB 646.191.517

247.277.244 Remuneração dos empregados

247.075.857 Residentes201,387 Não-residentes

104.115.611 Impostos sobre a produção e de importação

(–) 3.575.363 Subsídios à produção (–)

298.374.025 Excedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos (EOB)

38.128.990 Rendimento de autônomos (rendimento misto)

260.245.035 Excedente operacional bruto

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69

Equação da conta de geração da renda

PIB - [(W + Wnr) + (Im – Sb)] = EOB  W = Remunerações, inclusive encargos sociais e

contribuições parafiscais pagos a residentes,Wnr = Remunerações, inclusive encargos sociais e

contribuições parafiscais pagos a não-residentes por produtores residentes,

(W + Wnr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos no país,

Im = Impostos sobre Produção e a Importação, que incluem os impostos sobre produtos (Ip) e outros impostos ligados `a produção

Sb = Subsídios à produção,EOB = Excedente Operacional Bruto.

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70

Conta de Alocação da Renda: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, Em R$ 1000

Usos Operações e Saldos RecursosExcedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos

298.374.025

Rendimento de autônomos (rendimento misto)

38.128.990

Excedente operacional bruto

260.245.035

Remuneração dos empregados

247.133.039

Residentes 247.075.857Não-residentes 57.182Impostos sobre a produção e de importação

104.115.611

Subsídios à produção (–) (–) 3.575.36313.135.440 Rendas de propriedade

enviadas e recebidas do resto do mundo

3.125.903

636.037.775 Renda Nacional Bruta RNB

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71

Conceito de residência

O IBGE define como unidade residente a “unidade que mantém o centro de interesse econômico no território econômico, realizando, sem caráter temporário, atividades econômicas nesse território”.

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72

Equação da Conta de Alocação da Renda

EOB + (W + Wr ) + (Im – Sb) + RLP = RNB

• Wr = Remunerações, inclusive encargos sociais e contribuição parafiscais, recebida por residentes, paga por não-residente,

• (W + Wr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos a residentes no país e no exterior (classificados como não-residentes).

• RLP = remuneração líquida dos fatores de produção, constituída por: rendas de capitais, composta por juros, lucros e dividendos e outros serviços de fatores constituído por royalties, patentes e direitos autorais (enviadas e recebidas)

• RNB = Renda Nacional Bruta.

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73

Conta de Distribuição Secundária da Renda: Brasil, 1995 - Fonte: IBGE, em R$ 1000

Usos Operações e Saldos RecursosRenda Nacional Bruta 636.037.775

669.595 Transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo(1)

3.994.244

639.362.424 Renda Disponível Bruta(1) RDB

(1) Inclui as transferências de capital.

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74

Equação da Conta de Distribuição Secundária da Renda

RNB + Tr = RDB 

• Tr = Transferências líquidas correntes, ou seja, transferências de recursos sem contrapartida no processo produtivo, como o pagamento e recebimento de imposto sobre a renda e o patrimônio, de operações de seguro, de contribuições e benefícios previdenciários e transferências entre governos e entre residentes,

• RDB = Renda Disponível Bruta.

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75

Conta de Uso da Renda: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000

Usos Operações e Saldos RecursosRenda Disponível Bruta(1)

639.362.424

513.561.741 Consumo final125.800.683 Poupança Bruta(1) Sr

(1) Inclui as transferências de capital.

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76

Equação da Conta de Uso da Renda

RDB – Cpc = Sr

 

• Cpc = Consumo Final (Famílias e

Administrações Públicas),

• Sr = Poupança Bruta.

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77

Conta de Capital: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000

Usos Operações e Saldos Recursos

Poupança bruta(1) 125.800.683

132.753.432 Formação bruta de capital fixo

11.273.743 Variação de estoque

Capacidade (+) ou necessidade (–)

de financiamento.(1)

(1) Inclui as transferências de capital.

(–)18.226.492

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78

Equação da Conta de Capital

Sr – ( FBCFpc + VE) = +- Sext

 

Sext = Capacidade ou Necessidade de

Financiamento, que equivale à Poupança Externa.

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79

Conta de operações com o resto do mundo

• Traduz as operações que compõem as Transações Correntes do BP;

• É apresentada sob a ótica do resto do mundo. Por exemplo, uma importação do Brasil, significa um recurso do Resto do Mundo (o Brasil gera um crédito ao RM).

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80

Operações Correntes com o Resto do Mundo: Brasil, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000

49.916.655 Exportação de bens e serviçosImportação de bens e serviços

61.314.054

11.397.399 Saldo externo de bens e serviços

Saldo externo de bens e serviços

11.397.399

57,182 Remuneração dos empregados não-residentes

201,387

Rendas de propriedade enviadas e recebidasdo resto do mundoTransferências correntes enviadas e recebidas

do resto do mundo(1)

18.226.492 Saldo externo corrente (1)

(1) Inclui as transferências de capital.

3.125.903 13.135.440

3.994.244 669,595

Conta de bens e serviços do resto do mundo

Conta 2 – Conta de distribuição primária da renda e transferências correntes do resto do mundo com a economia

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81

Equação da Conta de Operações com o Resto do Mundo

Xfob – Mcif + (Wr - Wnr) + RLP + Tr = + - Sext

• (Wr - Wnr) = Saldo das remunerações a não-residentes (pagas por não-residentes – Wr- - e pagas por residentes – Wnr)

• RLP = rendimentos de propriedade, juros, dividendos

• (Wr - Wnr) + RLP + Tr = RLE ou BSF + TU = RLE

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Tabelas de Recursos e Usos

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83

Tabela de Recursos e Usos

I. Tabela de recursos de bens e serviçosOferta Total

Produção Importação

Quadrante A=

Quadrante A1+ Quadrante A2

II. Tabela de usos de bens e serviçosOferta Total

Consumo Intermediário Demanda Final

Quadrante A=

Quadrante B1 + Quadrante B2

Componentes do Valor AdicionadoQuadrante C

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84

Estimativa do valor de produção

• Estimativa do Valor da Produção dos setores: baseado no valor das receitas de venda dos bens e serviços, acrescido da variação dos estoques, quando aplicável.

Tratamentos especiais: – margens de Comércio e Transportes, – imputação de valores de serviços financeiros

e – setor de Aluguéis.

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85

Tratamentos especiais (1)

• O setor de atividade Comércio equivale ao valor da produção do produto Margem de Comércio, que é estimado pela diferença entre o valor de compra e valor de venda das mercadorias adquiridas para revenda;

• A produção de Transporte equivale ao serviço de transporte realizado por terceiros.

• Os produtos gerados pelas atividades de Comércio e Transportes não são consumidos de maneira convencional, mas são incorporados ao preço final de cada produto.

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86

Tratamentos especiais (2)

• A produção das empresas financeiras consiste em captar recursos e emprestar a terceiros. Trata-se da soma de receitas por prestação de serviços bancários, receitas de aluguéis de imóveis, diferencial entre juros recebidos e pagos e a diferença entre prêmios de seguros e indenizações pagas.

• Já o setor de Aluguéis é considerado pois, por convenção, todo bem de capital gera uma renda. Inclui os imóveis ocupados pelos proprietários (aluguel imputado), para conciliar esta atividade com a FBCF.

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87

Oferta de Bens e Serviços – Fonte: IBGE

A1 + A2Oferta Total a

Preço de Consumidor

(A)

Margem de

Comércio

Margem de

Transporte

Impostos sobre

Produto

Oferta Total a Preço Básico

(A1 + A2)

Total 1.249.039.114 0 0 74.373.434 1.174.665.680

Brasil: Oferta de Bens e Serviços – 1995 – R$1.000Tabela de recursos de bens e serviços

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88

Oferta de Bens e Serviços

• Quadrante A – apresenta a oferta total a preços de consumidor por produto.

• Oferta total (produção mais importação) é transformada para preço de consumidor, acrescentando-se as margens de comércio e transporte e os impostos sobre produtos.

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89

Recursos de Bens e Serviços: Brasil, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000

Total da Produção Total das Importações

Oferta Total a Preços Básicos

A1 (total das linhas) A2 A1+ A2

Agropecuária 78.433.497 2.289.139 80.722.636

Extrativa Mineral 10.936.436 3.661.864 14.598.300

Indústria de Transformação 414.350.374 45.806.357 460.156.731Serviços Industriais de Utilidade Pública

28.627.561 922,439 29.550.000Construção Civil 91.330.688 0 91.330.688

Comércio 67.588.224 355,475 67.943.699

Transporte 39.003.860 2.505.314 41.509.174

Comunicações 10.155.185 49,784 10.204.969

Instituições Financeiras 61.999.911 322,195 62.322.106

Aluguéis 65.509.806 966 65.510.772

Administração Pública 126.658.919 0 126.658.919Outros Serviços 118.757.165 5.400.521 124.157.686

Total 1.113.351.626 61.314.054 1.174.665.680

Descrição do produto

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90

Recursos de Bens e Serviços

• A Tabela de Recursos de Bens e Serviços apresenta os totais da oferta de produtos dos setores de atividade (quadrantes A1 e A2).

• Mostra por setor de atividade a primeira parte da conta de Operação de Bens e Serviços.

• Quadrante A1 apresenta como a produção dos produtos se distribui entre os setores.

• Nas colunas está a distribuição dos valores de produção dos setores de atividade.

• Nas linhas está a distribuição dos produtos pelas atividades que o produzem.

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91

Usos de Bens e Serviços: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R $ 1000

Descrição do Produto

Oferta Total a Preço de

Consumidor A

Total do Consumo

Intermediário B1

Demanda Final B2

Agropecuária 92.509.232 58.565.931 33.943.301Extrativa Mineral 16.831.150 13.594.484 3.236.666Indústria de Transformação

578.349.832 295.597.010 282.752.822

Serviços Industriais de Utilidade Pública

32.727.170 22.191.627 10.535.543

Construção Civil 91.644.544 8.992.036 82.652.508Comércio 8.145.799 7.806.773 339,026Transporte 31.632.172 15.658.495 15.973.677Comunicações 12.114.967 6.491.769 5.623.198Instituições Financeiras

64.961.742 51.494.674 13.467.068

Aluguéis 65.513.443 8.690.821 56.822.622Administração Pública

126.658.919 0 126.658.919Outros Serviços 127.950.144 52.449.923 75.500.221Total 1.249.039.114 541.533.543 707.505.571

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Usos de Bens e Serviços

• Tabela de Usos de Bens e Serviços - apresenta o destino da produção de cada setor de atividade. 

• Quadrantes B1 e B2 mostram:Oferta total (por produto) a preços de consumidor =

(CIpc)+(Cpc) +(FBCFpc) + (VE) + (Xfob).• Quadrante B1 - linhas informam como os bens

produzidos num setor são consumidos pelos demais setores. Colunas totalizam o consumo intermediário de cada setor de atividade. 

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93

Valor Adicionado por Setor: Brasil, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000

Descrição do Produto

Valor Adicionado C

Total do Valor da Produção do Setor A1

Total do Consumo

Intermediário por Setor B1

Agropecuária 51.492.824 83.299.692 31.806.868Extrativa Mineral 4.944.839 10.181.425 5.236.586

Indústria de Transformação

136.739.102 395.685.039 258.945.937

Siup 15.295.495 27.771.930 12.476.435

Construção Civil 52.708.207 91.348.289 38.640.082

Comércio 51.077.975 82.121.621 31.043.646Transporte 19.628.211 40.071.847 20.443.636Comunicações 8.684.995 10.631.222 1.946.227Instituições Financeiras

45.855.743 62.255.777 16.400.034

Aluguéis 59.558.985 63.093.075 3.534.090Administração Pública

93.367.860 140.339.186 46.971.326

Outros Serviços 69.034.137 106.552.523 37.518.386Dummy Financeiro

– 36.570.290 0 36.570.290

Total (1) 571.818.083 1.113.351.626 541.533.543Imp.Líq.Subs. S/ Produto (Ip) (2)

74.373.434

PIB (1) + (2) 646.191.517

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94

Componentes do VA por Setor: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000

Valor adicionado C

Remunerações

EOB + rend.autônomo

Imp. Liq. Subs.s/

(W + Wnr) + (EOB) + (Im – Sb)

(W + Wnr) (EOB) (Im – Sb) – Ip

Agropecuária 51.492.824 7.094.380 46.326.789 – 1.928.345

Ext. Min. 4.944.839 1.296.249 3.315.001 333,589Ind.de Transf. 136.739.102 39.316.418 84.768.202 12.654.482

SIUP 15.295.495 7.784.153 6.570.962 940,38Const.Civil 52.708.207 6.819.152 43.009.131 2.879.924Comércio 51.077.975 19.445.830 29.097.621 2.534.524Transporte 19.628.211 9.098.233 9.954.834 575,144Comunicações 8.684.995 2.903.083 5.451.085 330,827Instituições Financeiras

45.855.743 24.935.923 18.465.217 2.454.603

Aluguéis 59.558.985 1.121.795 57.986.087 451,103Administração Pública

93.367.860 92.182.527 0 1.185.333

Out.Serviços 69.034.137 35.279.501 29.999.386 3.755.250Dummy Financeiro

– 36.570.290 0 – 36.570.290 0

Total (1) 571.818.083 247.277.244 298.374.025 26.166.814

Imp. Líq. Subs.s/Produto (Ip) (2)

74.373.434

Valor adicionado da economia

646.191.517

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95

TRU - Planilhas de trabalho

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AULA 4 – 08/11/2010

Cap. 4, Feijó et al.(2008)

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Contas Econômicas Integradas por Setor Institucional

Feijó et. al. (2003)

Capítulo 4

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98

CEI e setores institucionais

• A análise da CEI por setores institucionais é mais rica e detalhada e permite visualizar o mecanismo pelo qual empresas, administração pública, famílias e resto do mundo contribuem no processo de geração, apropriação, distribuição e uso da Renda Nacional.

• A abordagem das Contas Nacionais pela ótica dos setores institucionais foi originalmente criada por Keynes nos anos 40, a qual deu origem à primeira versão do Manual de Contas Nacionais das Nações Unidas em 1953.

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99

Setores institucionais: definição

• Setores Institucionais são unidades institucionais capazes de possuir bens e ativos; contrair responsabilidades e de se envolver em atividades econômicas e operações com outras unidades econômicas, sejam estas residentes ou não residentes no território nacional.

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100

Classificação dos Setores Institucionais (1)

• Empresas Não-financeiras: produzem bens e serviços através da transformação de insumos e da contratação de mão-de-obra.

• Empresas Financeiras: criam meios de pagamentos e/ou fazem intermediação de recursos de setores superavitários para os setores demandantes de recursos financeiros.

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101

Classificação dos Setores Institucionais (2)

• Administrações Públicas: prestam serviços de natureza pública e obtêm recursos via taxação de seus serviços ou cobrança de impostos;

• Famílias: têm por objetivo adquirir bens de consumo. São as unidades de produção não incluídas no setor empresas não-financeiras, como unidades rurais, algumas microempresas, IPSFL;

• Resto do Mundo: corresponde às transações econômicas de um país com as demais nações.

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102

Unidades institucionais

As unidades institucionais podem ser:• Pessoas físicas ou grupos de pessoas

agrupadas em famílias.As famílias podem compreender unidades de consumo, ou unidades produtivas sem a necessária constituição legal de uma empresa.

• Pessoas jurídicas ou sociedades legalmente constituídas.As pessoas jurídicas compõem as empresas, administrações públicas, ou instituições sem fins lucrativos.

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103

Famílias: informações adicionais

• Se uma unidade produtiva pertencente à família não é legalmente (formalmente) constituída em empresa (sociedade, ou pessoa jurídica), é considerada como parte integrante do setor institucional família.

• Embora sejam primordialmente unidades consumidoras, as famílias também realizar qualquer tipo de atividade econômica: podem oferecer mão-de-obra e capital às empresas, e podem gerir as suas próprias unidades de produção na forma de empresas não constituídas legalmente.

• Nas Contas Nacionais do Brasil, a produção familiar compreende o setor informal.

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104

Empresas não-financeiras privadas

• Âmbito - Cadastro de empresas do IBGE x SRF, exceto empresas públicas, APU’s, empresas financeiras e de seguros;

• Fonte de dados - IRPJ, pesquisas do IBGE (indústria, comércio e serviços) e balanços.

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105

Empresas não-financeiras públicas

• Âmbito - empresas não-financeiras em nível federal, estadual e municipal, cujo controle acionário pertence ao governo

• Fonte de dados: Pesquisa Estatísticas Econômicas das Empresas Públicas Não-Financeiras - EPU

• Empresas reclassificadas como APU

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106

CEI com SI empresa não-financeira

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107

Conta Operações de Bens e Serviços e Operações Correntes com o Resto do Mundo

• São apresentadas como duas colunas no lado direito e esquerdo.

Conta de Bens e Serviços:– lado esquerdo: recursos ou a oferta de bens e serviços -

importação e produção, juntamente com os impostos líquidos de subsídios sobre produtos.

– lado direito: usos do total da economia e do resto do mundo - exportações, consumo intermediário.

• Conta Resto do Mundo, do lado esquerdo (recurso) estão registradas as importações e do lado direito (uso) as exportações.

• Ver Planilha em Excel.

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CEI com setores institucionais

Bens e Serv. Resto do Mundo

Resto do Mundo

Bens e Ser.

(Rec) (Rec.) Total da Economia

Setores Institucion

ais

Setores Institucionais

Total da Economia

(Usos) (Usos)

Operações, Saldos, Ativos e Passivos

Contas Correntes

Usos Recursos

Contas de Acumulação

Variação de ativos Variação de passivos e patrimônio líquido

Contas de Patrimônio

Ativos Passivos e Patrimônio Líquido

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CEI com SI: Conta de Produção

Setores Institucionais

Uso Saldo da Conta

Valor da Produção

Impostos sobre

Produtos

Consumo Intermediário

Total da Economia

VPpb Ip Cipc PIB

Emp. NãoFinanceiras1

VPpb 1 CIpc 1 PIB1

Empresas Financeiras2

VPpb 2 CIpc 2 PIB2

Administrações Públicas3

VPpb 3 CIpc 3 PIB3

Famílias4 VPpb 4 CIpc 4 PIB4

Recurso

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Conta de Geração da Renda com SI

Saldo da Conta

Setores Institucionais

Excedente Operacional

Bruto

Total da Economia

PIB (W + Wnr ) (Im – Sb) EOB

Imposto sobreProduto e

Importação

Ip Ip

Empresas Não

Financeiras1

PIB1 (W + Wnr )1 (Im – Sb ) 1 EOB1

Empresas

Financeiras 2

PIB2 (W + Wnr )2 (Im – Sb ) 2 EOB2

Administrações

Públicas3

PIB3 (W + Wnr )3 (Im – Sb ) 3

Famílias4 PIB4 (W + Wnr )4 (Im – Sb ) 4 EOB4

RemuneraçõesPIB

Recurso Uso

Outros Impostos

Líquidos sobre a Produção

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Conta de Geração da Renda

  PIB – ( W + Wnr) + (Im – Sb) = EOB

• Remunerações e Impostos sobre a Atividade são lançados como uso.

• Excedente Operacional Bruto obtido por diferença.

• Administrações Públicas têm Excedente Operacional Bruto nulo.

• Impostos sobre Produtos não são identificados por setor institucional.

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Conta de Alocação da Renda

Setores Institucionais

Excedente

Operacional Bruto

Remunerações

Outros Impostos Líquidos sobre a

Produção

Renda Nacional

Bruta

Total da Economia

EOB (W + Wr ) (Im – Sb) RLP RNB

Emp. Não Financeiras1

EOB1 RLP1 RPrB1

Empresas Financeiras 2

EOB2 RLP2 RPrB2

Adm. Públicas 3

(Im – Sb ) 3 RLP3 RPrB3

Famílias4 EOB4 (W + W r )4 RLP4 RPrB4

Saldo da Conta

Recurso Saldo das Rendas

Líquidas de Propriedade

(recebimentos – pagamentos).

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Rendimentos de propriedade (RLP)

• Juros efetivos (contratos);

• Juros imputados (famílias): FGTS, PIS/Pasep;

• Rendas recebidas pelo aluguel da terra;

• Dividendos;

• Participação nos lucros;

• Prêmios de seguro e indenizações.

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Conta de Alocação da Renda

 EOB + ( W + Wr) + (Im – Sb) + RLP = RNB • Conta de ajustes entre os setores institucionais

referentes ao pagamento e recebimento de rendas de propriedade.

• O saldo desta conta é a Renda Nacional Bruta ou Renda Primária dos setores institucionais (RPrB).

• Considera-se o somatório das rendas primárias (como recurso) mais o saldo dos rendimentos referentes à remuneração do capital.

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Conta de Distribuição Secundária da Renda

Set. Instituc. Recurso SaldoIR e Pat.

Saldo Cont.S.

Saldo Ben. S.

Renda Nac. Br.

(IReP) (CS) (BS)

Tot. Econ. RNB 0 0 0 Tr RDBEmp. NãoFin.1

RPrB1 IReP1 Tr1 RDB1

Emp.Fin2 RPrB2 IReP2 CS2 BS2 Tr2 RDB2

Adm. Púb.3 RPrB3 IReP3 CS3 BS3 Tr3 RDB3

Famílias4 RPrB4 IReP4 CS4 BS4 Tr4 RDB4

Saldo de Outras Transf.

Saldo da Conta

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Conta de Distribuição Secundária da Renda

RNB + Tr = RDB

• Conta mostra como a renda é redistribuída para se chegar ao agregado Renda Nacional Disponível.

Agregados de interesse:

– RDB1 + RDB2 = Renda Bruta Disponível das Empresas.

– RDB1+ RDB2 + RDB4 = Renda Disponível Privada – RDB3 = Renda Líquida do Governo – Renda Disponível Bruta Privada - impostos diretos

= Renda Pessoal Disponível Bruta.

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Conta de Uso da Renda

Setores Instituc.

Recurso Uso Saldo daConta:

RDB Consumo Final

Poupança Bruta

Total da Economia

RDB C Sr

Emp.Não Fin1 RDB1 S 1

Empresas Financeiras2

RDB2 S 2

Administrações Públicas3

RDB3 C3 S 3

Famílias4 RDB4 C4 S 4

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Conta de Uso da Renda

RDB – C = Sr• OBSERVAÇÃO: Ajuste à Renda Disponível dos

setores institucionais = a parcela equivalente ao Ajustamento pela Variação das Participações Líquidas das Famílias em Fundos de Pensões, FGTS e PIS/PASEP (não são transferências). Ver item D8 da planilha.

• Contribuições aos fundos privados de pensões e Receitas de pensões são aquisição e cessão de ativos. São adicionadas à renda antes de subtrair os gastos com consumo.

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Conta de Acumulação: Conta de Capital

RecursoPoupança

BrutaFormação de

Capital (2)Variação de Estoques (3)

Total da Economia Sr FBCFpc VE -+ Sext

Empresas não

Financeiras1

S 1 FBCFpc 1 VE1 -+ Sext 1

Empresas

Financeiras2

S 2 FBCFpc 2 0 -+ Sext 2

Administrações

Públicas3

S 3 FBCFpc 3 0 -+ Sext 3

Famílias4 S 4 FBCFpc 4 VE4 -+ Sext 4

Setores Institucionais Uso Saldo da Conta Transferências líquidas

de capital (4):

Capacidade/necessidade de financiamento[(1)+(4)]-

[(2)+(3)]

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Conta de Acumulação: Conta de Capital

Sr - (FBCFpc + VE ) = -+ Sext

• OBSERVAÇÃO: Na Conta de Capital são identificadas as transferências de capital que apresentam a variação do patrimônio líquido resultante das operações financeiras como contrapartida dos empréstimos e das dívidas contraídas. Por convenção, os lançamentos das transferências de capital a receber e a pagar aparecem ambas no lado dos recursos

• Recursos da Poupança são recursos à disposição da aquisição de bens de capital, através de operações no mercado financeiro.

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Conta de Capital: Administrações Públicas

• A necessidade de financiamento das Administrações Públicas corresponde ao déficit do governo, segundo as Contas Nacionais.

• Método “acima da linha”* (diferença entre recursos e usos):

-Sext 3 = Déficit do Governo = (FBCF3) – (RDB3 - C3) + Saldo das Transferências Líquidas de Capital

* Só em CN. No BC é abaixo da linha, com o endividamento líquido do governo.