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Presença Dezembro 2012

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Informativo do Sindicato dos Professores de Caxias do Sul

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Presença - Dezembro/2012

Publicação do Sindicato dos Professores de Caxias do Sul Sinpro/Caxias

Endereço:Av. Júlio de Castilhos, n° 81Salas 901/902 - Ed. Village AvenidaBairro Nossa Senhora de Lourdes

Fone: (54) 3228.6763

Fax: (54) 3222.0734

[email protected]

www.sinprocaxias.com.br

Coordenação:Secretaria de Comunicação do SinproCoordenadora: Olga Neri de Campos LimaEdição: VOXMIDIAJornalista responsável: Rose Brogliato - MTB11004/RSRevisão: Lisiane Zago - MTB 12375/RSColunista:Paulo Luiz Zugno

Tiragem: 1.400 exemplares Impressão: Gráfica MurialdoPapel reciclado

EXPEDIENTEPÓ DE GIZ

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS PROFESSORES DE CAXIAS DO SUL

Editorial

Professores merecem descanso e férias

O fim de ano se aproxima. Depois de muitas lutas, campa-nhas e mobilizações, o objetivo agora é que todos os professores possam usufruir de um merecido descanso, direito legítimo que deve ser respeitado. E que tenham a tranquilidade de retornar ao seu emprego após as férias, pois as instituições de ensino precisam reconhecer que a rotatividade traz prejuízo à qualidade de ensino.

Embora todos estejamos com um pé nas férias, o Sinpro/Caxias continua alerta. Por isso lançou a Campanha pela Cons-ciência Profissional, chamando a atenção para a realidade dos professores e incentivando o debate, a denúncia e a busca de so-luções conjuntas. Ao mesmo tempo, preocupa-se com a próxima negociação da Convenção Coletiva, que formalmente inicia em março, mas já está com a preparação em andamento, no coletivo constituído por todos os sindicatos do ensino privado gaúcho e a federação (FeteeSul).

Acompanhe os movimentos, zele pelo seu descanso e conte com o Sinpro/Caxias, neste ano e no próximo.

A Diretoria

APRESENTAÇÃO2

As temperaturas mais quentes convidam ao lazer: nessa época fica mais evidente a realidade de trabalho dos professores. A ilustração é de Fredy Varela, especialmente para o livro Professor no Limite – verdades inconve-nientes sobre o exercício da profissão, da assessora jurídica do Sinpro/Caxias, Deise Vilma Webber.

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3CATEGORIA INFORMAÇÕES

Campanha se multiplica

NOVIDADES

O Sinpro/Caxias está entregando aos professores associados um marcador de páginas e um chaveiro, peças da Campanha pela Consciência Profissional (veja na página 4). Os sócios do sindicato receberão também o livro Professor no Limite – verdades inconvenientes sobre o exercício da profissão, de autoria da assessora jurídica do Sinpro/Caxias, Deise Vilma Webber (com exceção daqueles que já receberam na Feira do Livro ou na Sessão de Autógrafos). Uma agenda 2013 é outra lembrança sindical para a categoria. Retire o seu pacote na sede do sindicato.

A FeteeSul, federação que representa os profissionais do ensino privado gaúcho, lançou em setembro, com o apoio do Sinpro/Caxias, o livro Professores no limite – O estresse no trabalho do ensino privado do Rio Grande do Sul (Carta, 47 p.). Em 2011, a FeteeSul, o Sinpro/RS e o Sinpro/Caxias contrataram o Programa de Pós-Graduação de Psicologia da Unisinos para aprofundar o estudo sobre o estresse dos professores do ensino privado gaúcho, suas causas e consequências. O resultado da pesquisa está expresso nessa obra de uma maneira extremamente qualificada e fundamentada. As pesquisadoras Janine Kieling Monteiro, Patrícia Dalagasperina e Maríndia Oliveira de Quadros apresentam o assunto com clareza e objetividade, convertendo a publicação em um documento esclarecedor sobre as condições e o meio ambiente de trabalho nas escolas privadas do estado. O livro está à venda em livrarias e disponível para download no site do Sinpro/Caxias.

SAÚDE

Sinpro/RS lança livro sobre Planos de Carreira

A experiência do Sinpro/RS na negociação com as Reitorias das instituições privadas para a implantação dos Planos de Carreira dos professores nos últimos dez anos está consolidada no livro Planos de Carreira Docente – Questão estratégica no ensino superior privado (Carta Editora, 120 páginas), lançado no dia 19 de novembro. A obra é de autoria do diretor do Sinpro/RS, professor Marcos Julio Fuhr, e do advogado Henrique Stefanello Teixeira, integrante do departamento jurídico da entidade.

O livro sintetiza o envolvimento do sindicato com a luta da categoria pela definição da carreira docente e demonstra que o Plano de Carreira, requisito para a autonomia didático-pedagógica das instituições, tem importância estratégica para as faculdades, centros universitários e universidades. Destaca-se ainda uma análise da Legislação Educacional relativa aos Planos, jurisprudência, estudos de casos e um modelo de Plano de Carreira para consulta de professores, advogados e gestores de instituições de ensino superior.

QUESTÃO ESTRATÉGICA

Estresse dos professores é analisado em livro

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4CAMPANHA

CONSCIÊNCIAPROFISSIONAL

Sinpro/Caxias lança campanha pela consciência profissional

ILUSTRAÇÃO ARQUIVO SINPRO/CAXIAS

Se a Educação precisa de respostas, elas partem de perguntas e uma realidade que deve ser questionada é a dos docentes. Ampliando a visão para além dos estereótipos de “professor(a) por vocação” e “grande família da escola”, como estão os professores enquanto profissionais? A Campanha pela Consciência Profissional tem o objetivo de gerar o debate e a reflexão sobre as condições de trabalho dos professores, os problemas que mais afligem a categoria e sua perspectiva de futuro. “E a realidade? Pergunte ao professor.” Um balão de fala destaca palavras que revelam aspectos a serem discutidos, aprofundados, transformados.As peças da campanha apresentam ainda um personagem: a coruja.Associada à Atena, deusa grega da sabedoria, é símbolo do conhecimento e do Magistério, pela sua capacidade de girar a cabeça e enxergar em todas as direções.

Pressionados pela falta de tempo, excesso de trabalho e múltiplas jornadas, os professo-res tendem a se acomodar, viver o cotidiano quase automaticamente e vivenciar os pro-blemas de forma individual. A Campanha pela Consciência Profissional pretende inverter essa lógica: provocar o diagnóstico da realida-de, ampliar a visão, abrir espaço para que os docentes manifestem os seus sentimentos e opiniões e se reconheçam como um coletivo, que pode buscar em conjunto avanços que

permitam mudar a realidade. Participe você também: pense, comente, discuta, compar-tilhe.

SALÁRIO?Hoje, a Educação é refém da mercantili-

zação do ensino e da lógica do mercado que visa o lucro. Nesse contexto, os professores do ensino privado são peças substituíveis da engrenagem, devem “funcionar” de acordo com o sistema e “produzir” o máximo possí-

vel, custando pouco. Assim, embora o traba-lho e as exigências em relação aos professo-res tenham aumentado nas últimas décadas, isso não se traduziu em melhor remuneração para a categoria, ainda que as condições eco-nômicas do país e das instituições de ensino privado tenham mudado positivamente. Nos últimos 16 anos, as mensalidades/anuidades subiram 40% acima da inflação na Educação Básica e 36,8%, na Educação Superior, con-forme levantamento do Dieese. Enquanto

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5CAMPANHA CONSCIÊNCIA

PROFISSIONAL

isso, os salários foram aumentados em ape-nas 6%, demonstrando que a remuneração dos profissionais não está entre as priorida-des dos gestores dos estabelecimentos de ensino privado.

TRABALHO EXTRACLASSE?A remuneração em desacordo com a for-

mação e a importância dos professores obri-ga os profissionais a assumirem mais horas de aula. Além disso, a carga de trabalho vem aumentando significativamente, por conta do número excessivo de alunos por turma, das demandas de registro (burocracia) e da tecnologia, que acaba somando na carga de trabalho pela necessidade de acompanhar a web, adquirir equipamentos, ler e respon-der e-mails, monitorar os alunos nos meios eletrônicos, alimentar sites e compartilhar conteúdos. Em consequência, momentos de descanso, lazer e cultura são sacrificados.

EXCESSO DE ALUNOS POR TURMA?O número excessivo de alunos prejudica

a participação, compromete o trabalho do professor, gera frustração e traz prejuízo à qualidade de ensino. A voz dos professores é afetada pelo esforço demasiado, os alunos deixam de receber atenção individual e o pouco espaço impede a realização de ativi-dades diferentes e desafiadoras. A limitação do número de alunos por turma é uma rei-vindicação dos professores do ensino privado e deve ser uma causa de toda a sociedade, por expressar compromisso com a qualidade de ensino.

VIOLÊNCIA?Relatos de violência física, moral e psico-

lógica não são mais novidade no ensino priva-do. Os problemas sociais, como preconceito, intolerância, famílias desestruturadas e falta de limites transportam-se para dentro das instituições de ensino, gerando um ambiente de instabilidade. A estrutura escolar não está preparada para essa situação.

Os professores enfrentam ainda as si- tuações de assédio moral, por parte dos su-periores, e desrespeito na relação com alu-nos e pais.

SAÚDE?Os professores estão cada vez mais es-

tressados e adoecidos. As condições de tra-balho têm um impacto expressivo na saúde, atestou a pesquisa sobre o estresse dos pro-fessores no ensino privado do Rio Grande do Sul, realizada pelo Programa de Pós-Gradua-ção de Psicologia da Unisinos. O estudo reali-zado no ano passado identificou altos índices de professores sofrendo as consequências do estresse.

Os fatores mais estressantes relatados pelos professores foram a sobrecarga de ati-vidades e a falta de motivação dos estudan-tes. O excesso de alunos por turma e a falta de reconhecimento do trabalho também fo-ram apontados.

Problemas relacionados à voz, audição, lesão por esforço repetitivo, entre vários ou-tros, atingem os professores.

Você também vive essa realidade?

Você sabe o que o sindicato faz e ainda pode fazer para combater esses fatores?

Acompanhe e participe da Campanha pela Consciência Profissional no site do Sinpro/Caxias e pelas redes sociais.

ILUSTRAÇÕES FREDY VARELA

6 CONSCIÊNCIA PROFISSIONAL

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PESQUISA

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7DIREITOS ASSESSORIA

JURÍDICA

O Tribunal Superior do Trabalho aprovou, em 14 de setembro, a nova redação da Súmu-la 10, que assegura, aos professores despedi-dos no final do ano letivo, o recebimento de recesso escolar com proporcionais (de férias e 13º salário) e de aviso-prévio proporcional.

Embora originariamente a Súmula 10 pre-visse o pagamento dos salários no período de férias escolares (recesso escolar), conforme Art. 322 da CLT, algumas instituições bus-cavam descontar os dias de aviso-prévio do recesso devido.

Recesso escolar e aviso-prévioreconhecidos pelo TST

O caso de uma professora de Pato Bran-co, no Paraná, servirá de jurisprudência para todo o Brasil e pode alterar a aposentadoria dos profissionais da área. O Supremo Tri-bunal de Justiça acatou recurso que tratava da aplicação da aposentadoria especial para professores de Ensino Fundamental e Ensino Médio. Apesar de estar na Constituição, com o fator previdenciário, o cálculo para aposen-tadoria foi afetado e o professor, mesmo com o tempo de contribuição previsto em lei, tem sua renda mensal reduzida.

A decisão reconhece o direito à aposenta-doria especial da professora da cidade para-naense, que conta com 25 anos de exercício de Magistério, sem a incidência do fator pre-videnciário. “Quando esse direito foi inserido na Constituição Federal pela Emenda Cons-titucional no 18/81, a justificativa do Projeto foi reduzir o tempo de serviço em razão da atividade penosa, o desgaste no exercício da atividade e a baixa remuneração, fatores que, ainda hoje, são a realidade desses profis-sionais. A Constituição é nossa lei máxima e deve ser respeitada, independentemente das leis posteriores”, explica Cleci Maria Dar-tora, advogada da ação. (Fonte http://www.opresente.com.br)

Decisão do STJ:aposentadoria sem fator previdenciário

Ação trabalhista do Sinpro/Caxiasgarante o pagamento de FGTSpara professores da FAI

Em julho de 2012, o Sinpro/Caxias, por meio de sua assessoria jurídica, in-gressou com ação judicial pelo pagamen-to do FGTS para os professores da Fa-culdade dos Imigrantes (FAI), sobre todo o período contratual, com acréscimo de 40%, além das multas previstas nas Con-venções Coletivas de 2005 a 2011 para estes casos.

No fim de outubro, a ação foi julgada pela Justiça do Trabalho.

A sentença legitima o Sinpro/Caxias como substituto processual de toda a ca-tegoria que representa, o que havia sido questionado pela Faculdade. A Constitui-ção Federal prevê no inciso III do artigo 8º que “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou indivi-duais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas”. Segundo a sentença, é estranho que a Faculdade tenha admitido recolher o FGTS apenas

quando da demissão dos empregados e em razão de demandas judiciais. O juiz afirma que os valores relativos ao FGTS são parte integrante da remune-ração do trabalhador, sendo devido seu recolhimento tanto quanto é devido o pagamento mensal dos salários: “Não é somente no momento em que se encon-tra desempregado, ou recorre à Justiça, que poderá usufruir das importâncias. O FGTS serve também como uma garantia, uma salvaguarda, ao trabalhador”. O juiz diz ainda que “chega às raias do absurdo a necessidade de ser ajuizada esta ação trabalhista para recordar que assim deve ocorrer”.

O resultado, conforme a sentença atual do Judiciário, é que a Faculdade dos Imigrantes será obrigada a pagar o FGTS de todos os trabalhadores, acrescido de 40% nos casos de demissão, com juros e correção monetária.

Assessoria Jurídica do Sinpro/Caxias

Erci Marcos SabedotOAB/RS 25.906

Deise Vilma WebberOAB/RS 55.237

Centro Comercial LunaRua Os 18 do Forte, 422Sala 507 - 5° andarFone/fax: (54) 3223.6764E-mail: [email protected]

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Redes Sociais Educativas podem ser uma alternativa

Discutir a validade ou não de utilizar as redes sociais na Educação pode ser hoje um debate defasado. Especialmente nas ins-tituições particulares de ensino, as redes so-ciais já são o habitat dos alunos, de grande parte dos professores e também das próprias instituições, que as utilizam para divulgação e marketing.

Permitir a entrada nas redes sociais durante as aulas depende de muitas variáveis, que determinam posturas diferentes nas es-colas, como a capacidade da rede de inter-net, a segurança e a idade necessária para acessar as redes. Há ainda outro problema – nem todos os professores conhecem ou estão preparados para trabalhar com redes sociais nas aulas. Estabelecer programas de formação continuada de professores para o uso de tecnologias em educação seria uma responsabilidade das instituições de ensino.

Facebook, Twitter, e Instagram, são as redes de maior sucesso no momento, mas existem centenas de outras e até algumas criadas com finalidades estritamente educa-tivas. Elas funcionam como uma rede social virtual, porém, são mais seguras, o que agra-da professores e escolas, tornando o apren-dizado mais interessante para a geração que já nasceu conectada à internet.

Uma dessas redes, com conteúdo em português e acesso gratuito, é a Edmodo (edmodo.com). Originária dos Estados Uni-dos, tem quase dez milhões de usuários de cerca de 100 mil instituições de ensino. O professor que adere a essa iniciativa pode criar comunidades em torno dos cursos que leciona e adicionar os alunos, permitindo-lhes que acessem o conteúdo, troquem mensa-gens, materiais didáticos, textos, etc.

“Uma sala de aula é uma comunida-de.” A frase está na página de abertura da rede Lore (lore.com) que usa o slogan “Sai-ba mais”. Com cadastramento separado para alunos e professores, é voltada para o Ensino Superior e tem o objetivo de mudar a ma-neira como a comunidade acadêmica se co-munica.

Direcionada também para o Ensino Superior, o Passei Direto (passeidireto.com) é um site de relacionamento genuinamente brasileiro que tem como diferencial ferra-mentas que permitem o compartilhamento de arquivos, como textos da bibliografia pe-dida pelos professores, listas de exercícios ou avaliações. Criado por dois estudantes da PUC-Rio, ainda não está disponível para to-

das as instituições de ensino. O Ebah (ebah.com.br), ao contrário,

pode ser acessado em quase todas as uni-versidades e faculdades do país. Criado por formandos da USP em 2006, reúne mais de dois milhões de alunos trocando materiais de estudo, além de mais de 150 mil professores.

A rede educacional Redu (redu.com.br) é uma plataforma de educação à distância e tem acesso universal, foi criada por recifen-ses com o objetivo de integrar os aspectos de gestão e controle dos ambientes virtuais com a flexibilidade das redes sociais. Funcio-nal, com navegação intuitiva e visual clean, a Redu traz uma área de “Cursos”, que ensina como utilizá-la nas diferentes área da educa-ção.

Com tantas opções, a questão que se apresenta é se haverá interesse dos alunos por mais uma ferramenta virtual, e de cunho totalmente educativo.

Independentemente da decisão de usar de imediato as redes sociais nas aulas ou não, vale a pena conhecer essas alternativas que estão crescendo no Brasil e no mundo e são mais um elemento de um movimento sem volta: o relacionamento virtual.

EDUCAÇÃO REDESSOCIAIS

9INFORMATIVO DO SINDICATO DOS PROFESSORES DE CAXIAS DO SUL

O dia 20 de novembro, marca-do em nosso calendário como o Dia da Consciência Negra, é uma data que foi fixada a partir da luta dos afro-descendentes no Brasil. A escolha do dia evoca um fato histórico im-portante no processo de construção da consciência negra. Em 20 de no-vembro de 1695, Nzumbi dos Palma-res foi aprisionado e morto lutando na então capitania de Pernambuco. Como era de hábito na prática por-tuguesa, os negros fugidos, quilombo-las, eram exemplarmente castigados como forma de pedagogicamente servir de exemplo aos que ousassem opôr-se ao poderoso Império Portu-guês. Zumbi não fugiu à regra, ele foi barbaramente torturado e teve seu corpo mutilado. Seu órgão sexual foi enfiado em sua boca. Expuseram a ca-beça do palmarino na ponta de uma lança em Recife. Morreu o lutador, mas o exemplo ficou e acompanharia o imaginário dos negros escravizados na luta por sua liberdade durante todo o período da escravidão brasileira.

“Consciência”, entre outros verbetes, significa conhecimento, noção, ciência e podemos dizer que consciência negra surgiu como res-posta ao “pseudocientificismo” do conceito de raça. Através da pesquisa, da educação, os intelectuais e educa-dores procuram mais do que refletir sobre a história do escravismo brasi-leiro: lutar, denunciar os problemas sociais gerados por essa história. Na prática, as reflexões se transforma-ram em núcleos de pesquisa, de dis-ciplinas, e cursos em nível de Gradua-ção e Pós-Graduação em Instituições de Ensino Superior por todo país. A sociedade, organizada através princi-palmente do Movimento Negro, ao longo de sua história tem combatido e denunciado ações discriminatórias.

Como resultado, temos a Lei Afonso Arinos, a Política de Cotas, o Estatuto da Igualdade Racial, a Lei das Dire-trizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultu-ra Afro-brasileira e Africana e, como acontece em alguns municípios brasi-leiros, o dia 20 de novembro marca-do por um feriado. Estas e outras tan-tas ações, mais do que contribuir para construção social de uma consciência negra, são elementos importantes na construção da própria identidade ét-nica brasileira. Os dados do censo de 2010, no Brasil, apontam uma popula-ção de 91milhões de brancos e 97 mi-lhões de pretos e pardos (autodecla-rados). É preciso dizer mais sobre a importância do dia 20 de novembro?

Marília Conforto: Professora do curso de Licenciatura em História, Programa de Pós-Gradua-ção Mestrado em Letras, Cultura e Regionalidade da Universidade de Caxias do Sul e Programa de Douto-rado em Letras-Associação Ampla UCS/UNIRITTER.

IMAGEM DIVULGAÇÃO

OPINIÃO CONSCIÊNCIA NEGRA

20 de NOVEMBRO:DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

ElLZA FIÚZA/ABR

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10DIA DO PROFESSOR

ESPETÁCULO POUCA VOGAL

FOTOS SIMONE RAMME

Pouca Vogal e muita emoçãoA autointitulada “menor banda de rock gaúcho” se apresentou no dia 20 de outubro, no UCS Teatro, para deleite de uma plateia lotada e animada. Humberto Gessinger e Duca Leindecker cantaram músicas próprias e das bandas originais dos dois: Engenheiros do Hawaii e Cidadão Quem.“É um prazer tocar aqui, porque nós somos filhos de professores”, declarou Gessinger e brincou: “Com tantos professores, vamos ter que ver a nossa nota no final...”O público conferiu: são apenas dois instrumentistas no palco, porém as músicas são apresentadas com arranjos complexos. É que, enquanto Leindecker canta, toca instrumentos de corda e percussão com os pés, Gessinger também canta e toca instrumentos de corda, teclado, baixo com os pés (através de um MIDI Pedalboard) e ainda faz solos de gaita. Essa configuração foi criada pela dupla para fugir do formato tradicional de banda sem reduzir para a fórmula voz e violão. “Todos os dias eu agradeço a Deus por trabalhar em algo tão maravilhoso como a arte”, revelou Gessinger em certo momento do espetáculo. E quanto a nós, professores, agradecemos a oportunidade de poder ouvir o Pouca Vogal.

O pessoal da direção do Sinpro/Caxias, organizadores do evento, aproveitou os momentos antes do show para conversar e fazer fotos com os músicos

Professores e familiares aplaudiram, fotografaram, cantaram junto e depois elogiaram a iniciativa pelas redes sociais

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11DIA DO PROFESSOR

ESPETÁCULO POUCA VOGAL

O professor Samuel dos Reis, que leciona Sociologia no Colégio São José, assistiu o Pouca Vogal com a noiva Karen Sachet. Ele parabenizou o Sinpro/Caxias pela promoção, gostou muito do repertório apresentado e da interação dos artistas com o público.

Vivian Fontana de Andrade, professora do 3o

Ano da Escola São José Capivari “amou” o espetáculo. Assistindo pela primeira vez, em companhia do marido Alex, considerou como um dos melhores que já viu.

As professoras da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), Caroline Dall Sotto Boff, Sandra Maria de Oliveira e Cristiane Guazzelli Boschi, com a professora Daiane Boff, da Anhanguera, também opinaram. Para elas, o espetáculo foi maravilhoso e uma excelente escolha cultural do Sinpro/Caxias: “Com tanta música ruim tocando por aí, foi um bálsamo para a alma”.

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12CATEGORIA LANÇAMENTO

DE LIVRO

Professores, advogados e sindicalistas formaram o público que participou do lançamento e sessão de autógrafos na Feira do Livro

O Sinpro/Caxias lançou, na Feira do Livro 2012, a obra Professor no limite − verdades inconvenientes sobre o exer-cício da profissão. A autora Deise Vilma Webber é assessora jurídica do Sinpro/Caxias desde 2002, advogada e sócia de Sabedot & Webber Advogados, as-sociada e fundadora da Organização Avocats Sans Frontières (Advogados Sem Fronteiras) no Brasil.

Professor no limite é resultado da Dissertação apresentada por Deise no Mestrado em Direito Ambiental, Trabalho e Desenvolvimento pela Uni-versidade de Caxias do Sul (UCS), em 2011, sob a orientação do Professor PHD Dr. Leonel Severo Rocha. O ob-jetivo foi analisar as principais doenças ocupacionais que atingem o professor no meio ambiente de trabalho para que seja possível a construção de uma proposta adequada de alternativas de precaução e prevenção de riscos, me-lhorando a qualidade de vida do docen-te em seu ambiente laboral.

Com ilustrações de Fredy Varela, o livro mostra a realidade da profissão docente, atividade que se torna a cada dia mais desafiadora para a saúde física e mental. As relações que envolvem a Educação e o ambiente em que o aprendizado acontece são determinan-tes para a saúde do docente e revelam que o Magistério é uma profissão de risco em vários aspectos. A autora des-

Sinpro/Caxias lança livro sobre as condições de trabalho do professor

taca a preocupante constatação de que a situação do meio ambiente de traba-lho dos professores tem sido ignorada por legisladores e doutrinadores brasi-leiros e considera a moderna visão de que o educador é um profissional tra-balhador, que necessita de um ambien-te sadio para exercer suas atividades.

A autora se dedicou a realizar o levantamento dos riscos da docência, considerando os riscos de acidentes, ambientais, ergonômicos e também as dificuldades próprias da profissão, como assédio moral, trabalho extra-classe e excesso de atividades.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, os profes-sores são a segunda categoria pro-fissional, em nível mundial, a portar doenças de caráter ocupacional, re-presentando “um risco significativo da profissão”.

A ótica da Legislação Brasileira diante das doenças ocupacionais do Magistério é considerada pela autora com a realização de um levantamen-to sobre as doenças mais frequentes dessa categoria profissional. Pesquisas realizadas pelo Sinpro/Caxias sobre a saúde do professor também são obje-tos dessa análise.

Os professores associados ao Sin-pro/Caxias receberão um exemplar da obra, que também está à venda nas livrarias Do Arco da Velha e Fogaça.

Professor no limite − verdades inconvenientes sobre o exercício da profissão foi lançado na Feira do Livro 2012, no dia 9 de outubro e está ajudando a divulgar a realidade dos professores

Professor no limite – verdades inconvenientes sobre o exercício da profissãoAutora: Deise Vilma WebberIlustrações: Fredy Varela ISBN: 914470Voxmidia EditoraNúmero de páginas: 238Valor: R$ 33,00 À venda: Do Arco da Velha Livraria e Café ou Livraria Fogaça

* Por Lisiane Zago

O ilustrador Fredy Varela, com o filho, apreciando o resultado do seu trabalho

FOTOS SIMONE RAMME

Veja mais fotos dos eventos em www.sinprocaxias.com.brNo menu Galeria

13CATEGORIA

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS PROFESSORES DE CAXIAS DO SUL

O presidente do Sindiserv, João Dorlan da Silva, e o gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Vanius Corte, participaram do lançamento na Feira do Livro

A publicação de Professor no limite é mais uma das muitas ações desenvolvidas pelo Sinpro/Caxias para oportunizar o enfrentamento dos desafios e das dificuldades da pro-fissão. O Sindicato realizou seminários que discutiram temáticas como: Ser professor na sociedade contemporânea: contradições e desafios, As perspectivas do professor para o século XXI, Síndrome de Burnout e estresse do professor. Promoveu campanhas como o Domingo de Greve, que denunciaram à sociedade a sobrecarga de trabalho. Realizou pesquisas sobre a saúde do professor e o adoecimento da categoria. A atuação do sin-dicato tem buscado combater as condições que são geradoras do mal-estar docente, através da melhoria efetiva das condições de trabalho: luta pela limitação do número de alunos por turma, ações de prevenção em saúde, remuneração do trabalho extraclasse e remuneração condizente com a importância desse profissional para a sociedade.

Dr. Leonel Severo da Rocha, professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Pós-Doutor em Sociologia do Direito, escreveu a orelha do livro e participou da sessão de autógrafos na Do Arco da Velha Livraria e Café

No dia 8 de novembro, o Sinpro/Caxias realizou Sessão de Autógrafos, em happy hour na Do Arco da Velha Livraria Café, ao som de saxofone e com muita integração

CONTINUIDADE DE UMA LONGA LUTA

PROJEÇÃO

Após o lançamento do livro, a assessora jurídica do Sinpro/Caxias passou a ser requisitada pora entrevistas em veículos de comunicação. A foto com o jornalista e apresentador Tales Armiliato foi registrada em dia de participação no Programa Acontece, na Rádio São Francisco AM

FOTO ARQUIVO PESSOAL

A advogada está fazendo também explanações do conteúdo para entidades: participou de reunião do Conselho do Magistério, instância do Sindiserv

Leitores “famosos” estão ajudando a divulgar o livro: no dia 19 de novembro, o primo Adenor Bacchi, mais conhecido como Tite (atual técnico do Corinthians), visitou o escritório da autora, juntamente com o irmão Ademir Bacchi para buscar o seu exemplar autografado

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MOVIMENTOS14 DIREITO AO DESCANSO

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

O Ministério da Saúde lançou o Ma-nual das Cantinas Escolares Saudáveis: promovendo a alimentação saudável. O objetivo é incentivar as escolas particu-lares a oferecer lanches menos calóricos e com maior valor nutritivo aos alunos e assim diminuir a incidência da obesidade infantil. O manual traz diversas orien-tações às instituições de ensino, como substituição de alimentos fritos por as-sados e industrializados por opções mais naturais e livres de conservantes.

A iniciativa faz parte do acordo de cooperação técnica assinado entre o Mi-nistério da Saúde e a Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), que tem cerca de 18 mil escolas associadas.

Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar de 2009 (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), 34,8% das crianças com idade entre 5 e 9 anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Minis-tério da Saúde. Já na faixa de 10 a 19 anos, 21,7% dos brasileiros apresentam excesso de peso – em 1970, este índice estava em 3,7%.

A avaliação da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE/2009). apon-tou que apenas um terço dos alunos matriculados no Ensino Fundamental da rede privada consome frutas e hortaliças em cinco dias ou mais na semana. Já refri-gerantes e frituras fazem parte da rotina alimentar de 40% dos alunos.

O Manual das Cantinas Escolares Sau-dáveis está disponível para download no site do Sinpro/Caxias.

IMAGEM DIVULGAÇÃO

ALERTA: professores têm direito ao descanso

O Sinpro/Caxias lembra aos professo-res que as direções de todas as instituições de ensino do estado receberam, em junho, Notificação Recomendatória do Ministério Público do Trabalho (MPT), objetivando a preservação do direito ao descanso dos pro-fessores.

Confira as recomendações. I – abstenham-se de qualquer ato que

implique, ao fim e ao cabo, impedimento ou comprometimento do descanso remunerado do empregado, cabendo-lhes, para tal abs-tenção, a utilização de medidas concretas, a serem buscadas na dinâmica própria de cada unidade escolar.

II – não se valham de novas tecnologias para, ao invés de simplesmente substituírem antigos mecanismos por mais modernos, obrigarem os professores a trabalho que an-tes, na medida em que realizado de forma presencial, implicava correspondente remu-neração.

III – não exijam dos professores interação eletrônica direta com os alunos e seus res-ponsáveis, inclusive na modalidade de “recu-peração permanente”.

IV – não exijam dos professores posta-gem eletrônica de material didático de for-ma regular e fragmentada, ou seja, feita para

períodos curtos e submetida a constante re-novação ou utilização, especialmente quando se trate de material de complementação da aula, nela não fornecido.

V – não transformem a postagem eletrô-nica em mecanismo de interlocução perma-nente com o aluno.

VI – estabeleçam permanente diálogo com professores, alunos e responsáveis, so-bre o excesso de labor extraclasse, no intuito de alcançar soluções que visem à proteção dos direitos dos professores ao lazer, ao des-canso e à saúde, inclusive no interesse da boa prática docente.

O sindicato orienta ainda aos professores que, dentro das suas possibilidades, no âm-bito da instituição, lembrem a coordenação e/ou a direção sobre as recomendações do MPT, conversem com seus colegas e, em caso de abusos que comprometam seu des-canso, informem o Sinpro/Caxias.

A nota do Ministério Público do Trabalho foi resultado de uma denúncia do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sin-pro/RS), que representa os professores das instituições privadas de ensino de todo o ter-ritório gaúcho, com exceção de Caxias do Sul e Ijuí. Acesse a íntegra da nota no site do Sinpro/Caxias.

Manual orientapara cantinassaudáveis

DOCUMENTÁRIO DENUNCIA OBESIDADE INFANTIL

Pela primeira vez na história da raça humana, crianças apresentam sintomas de doenças de adultos. Problemas de coração, respiração, depressão e diabetes tipo 2.

Todos têm em sua base a obesidade. Desta vez, o alerta vem do filme Muito Além do Peso, de Estela

Renner, que estreou em novembro. O documentário discute porque 33% das crianças brasileiras pesam mais do que deviam. As respostas envolvem a indústria, o governo, os pais, as escolas e a publicidade. Com histórias reais e alarmantes, o filme promove uma discussão so-bre a obesidade infantil no Brasil e no mundo. Veja mais informações no site do Sinpro/Caxias.

No início de outubro, o mundo perdeu uma das personalidades mais importantes no campo das Ciências Humanas, Sociais e Políticas do último sé-culo, “o mais extraordinário e terrível da história hu-mana”, conforme ele mesmo dizia.

Falecido aos 95 anos, Eric Hobsbawn deixou uma vastíssima obra que se tornou básica para os estudiosos da contemporaneidade.

Nascido de pais judeus em Alexan-dria, em 1917, quando o Egito era uma colônia britânica, Eric Ho-bsbawn se mudou para Vie-na ainda criança. Após a morte dos pais, em 1929, foi morar com tios em Berlim. Logo se mudou novamente, dessa vez para Londres, fugindo da perseguição que já se iniciava contra os judeus quando Hitler assumiu o cargo de Primeiro Ministro da Alemanha, em 1933. Ao lembrar da infância na Alemanha, Eric afirmou em entrevistas que “era impossível ficar de fora da política” e que os meses em Berlim o fizeram um “comunista para a vida toda”. De fato, o historiador permaneceu li-gado ao Partido Comunista inglês até a morte, man-tendo, porém, independência intelectual em relação ao dogmatismo do PC soviético.

Da tradição historiográfica alemã, Eric Hobs- bawn se apropriou do conceito de “Era”, que marcou a unicidade dos movimentos descritos e o conjunto de sua obra, propondo a periodização da História Contemporânea. Autor de livros que ino-varam a compreensão do mundo contemporâneo, publicou uma série de quatro volumes analisando

a história da Europa desde a Revolução Francesa até a queda do regime soviético, em 1991: A Era das Revo-luções (1789–1848); A Era do Capital (1848–1875); A Era dos Impérios (1875–1914) e A Era dos Extremos (1914–1991). Com esse trabalho magistral, conquistou admiradores e se tornou referência para várias correntes de pensamento.

Hobsbawn escreveu que um historiador social não pode negligenciar nem a economia nem

Shakes- peare, ou seja, deve analisar, além dos aspectos econômicos da

vida em sociedade, as ideias, a lin-guagem e o imaginário coletivo. Ele mesmo dava o exemplo, conhecia jazz, artes plásticas e futebol e foi exatamente isto que fez em suas obras, con-trapondo as relações eco-nômicas e culturais. Era po-liglota, intelectual respeitado,

conhecia a cultura brasileira e visitou o Brasil algumas vezes. Seu último livro, publicado em

2011, tem o título de Como mudar o mundo e é um mergulho na história do

marxismo, mostrando como a trajetória desse pensamento se entrelaçou com as lutas sociais e políticas. Ele acreditava que a História é Universal e se movimenta e sempre manteve uma atitude de esperança pelo que virá. Em 2003, quando Hobsbawn participava da Festa Literária de Parati, foi perguntado sobre o que ele via para o Brasil. “Eu não vejo, eu desejo”, respondeu. “Eu desejo e espero que o Brasil seja um país menos injusto e menos desigual. Agora, o que eu desejo para o Brasil, desejo para todos os países do mundo”. Que assim seja.

“Um historiador não pode

negligenciar nem a economia,

nem Shakespeare”

O VAZIO DEIXADO POR UM GÊNIO

FOTO

DOU

GLAS

TRA

NCOS

OPenúltima Página

PAULO LUIZ ZUGNO

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS PROFESSORES DE CAXIAS DO SUL

15

IMAGENS DO ANÚNCIO DIA DO PROFESSOR - SINPRO/CAXIAS - METAMORFOSE FILMES

REFLEXÃO

Anúncio denuncia a distância entre a publicidade e a realidade

O Sinpro/Caxias aproveita o mês em que é co-

memorado o Dia do Professor para chamar a atenção

da sociedade em relação às condições de trabalho da

categoria.

Para isso já foram utilizados outdoors e anúncios

na mídia. Em 2011, a opção foi por anúncios em tele-

visão e o sucesso da iniciativa levou a uma nova ação

nesse meio de comunicação em 2012.

Um anúncio, roteirizado pela direção e assessoria

de comunicação do Sinpro/Caxias, foi produzido pela

Metamorfose Filmes e veiculado na TV Comunitária

(Canal 14) e RBSTV durante seis dias. O material tam-

bém foi disponibilizado nas redes sociais e no site do

sindicato.

Destacando simbolicamente o uso de equipamen-

tos modernos, fachadas futuristas e atenção individua-

lizada, elementos presentes na publicidade das institui-

ções de ensino, o anúncio mostra em sequência a tela

explodindo com o questionamento: “E a realidade?” A

partir daí, cenas de mãos escrevendo os termos que

mais angustiam a categoria no momento: assédio mo-

ral, sobrecarga de trabalho, prejuízo à saúde e exces-

so de alunos por turma. O vídeo termina com um xis

vermelho sendo marcado sobre as imagens (lembra da

Campanha Salarial? “Tem algo errado no ensino priva-

do”) e o alerta do Sinpro/Caxias: “Não dá mais”.

Ainda é possível assistir o anúncio, no menu Multi-

mídia, no site do Sinpro/Caxias.