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RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OBJETO Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso . Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. Somente haverá contrarrazões se houver pedido de efeito modificativo do julgado. CPC, Art. 535 . Cabem embargos de declaração quando: I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição ; II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. Art. 536. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias , em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a preparo (preparo = custas+depósito recursal). Art. 537. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias; nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subseqüente, proferindo voto. Art. 538. Os embargos de declaração INTERROMPEM o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes (exceto na decisão de admissibilidade do recurso de revista, nos termos da OJ SDI1 n.º 377). Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo. TST, OJ-SDI1-377 . Não cabem embargos de declaração interpostos contra decisão de admissibilidade do recurso de revista , não tendo o efeito de interromper qualquer prazo recursal. TST, OJ-SDI1-142 . É passível de nulidade decisão que acolhe embargos declaratórios com efeito modificativo sem oportunidade para a parte contrária se manifestar.

Processo Do Trabalho - Recursos

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RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃOOBJETO

Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. Somente haverá contrarrazões se houver pedido de efeito modificativo do julgado.

CPC, Art. 535. Cabem embargos de declaração quando: I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. Art. 536. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a preparo (preparo = custas+depósito recursal). Art. 537.  O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias; nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subseqüente, proferindo voto. Art. 538. Os embargos de declaração INTERROMPEM o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes (exceto na decisão de admissibilidade do recurso de revista, nos termos da OJ SDI1 n.º 377). Parágrafo único.  Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo.

TST, OJ-SDI1-377.  Não cabem embargos de declaração interpostos contra decisão de admissibilidade do recurso de revista, não tendo o efeito de interromper qualquer prazo recursal.

TST, OJ-SDI1-142. É passível de nulidade decisão que acolhe embargos declaratórios com efeito modificativo sem oportunidade para a parte contrária se manifestar.

TST, SUM-421. EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA NO ART. 557 DO CPC. CABIMENTO. I - Tendo a decisão monocrática de provimento ou denegação de recurso, prevista no art. 557 do CPC (abaixo), conteúdo decisório definitivo e conclusivo da lide, comporta ser esclarecida pela via dos embargos de declaração, em decisão aclaratória, também monocrática, quando se pretende tão-somente suprir omissão e não, modificação do julgado. II - Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos declaratórios deverão ser submetidos ao pronunciamento do Colegiado, convertidos em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual.

CPC, Art. 557. O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior.  § 1º-A Se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior, o relator poderá dar provimento ao recurso.  §1º Da decisão caberá agravo, no prazo de cinco dias, ao órgão competente para o julgamento do recurso, e, se não

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houver retratação, o relator apresentará o processo em mesa, proferindo voto; provido o agravo, o recurso terá seguimento.  § 2º Quando manifestamente inadmissível ou infundado o agravo, o tribunal condenará o agravante a pagar ao agravado multa entre um e dez por cento do valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor.JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: próprio órgão que julgou a decisão embargadaHÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃOÓRGÃO JULGADOR: juiz ou relator.EFEITO DO RECURSO: devolutivo.PRAZO: 05 dias. TST, OJ-SDI1-192. É em dobro o prazo para a interposição de embargos declaratórios por pessoa jurídica de direito público.NÃO É POSSÍVEL RECURSO ADESIVONÃO INCIDE CUSTASNÃO REQUER DEPÓSITO RECURSAL

RECURSO ORDINÁRIOOBJETO

Decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos; das decisões definitivas ou terminativas dos TRTs, em processos de sua competência originária, em dissídios coletivos e individuais (para o TST); decisões dos TRTs em ação rescisória (para o TST); decisões dos TRTs em mandado de segurança (para o TST);

Atenção: ao TST não compete apreciar, originariamente, mandado de segurança contra decisão de TRT (OJ-TP-A), mas, conforme exposto acima, compete ao TST julgar recurso ordinário contra decisões dos TRTs em mandado de segurança.

Não cabe recurso ordinário contra decisão em agravo regimental interposto contra reclamação correicional ou em pedido de providência (TST, OJ-TP-5).

Das decisões proferidas em dissídio coletivo que afete empresa de serviço público, ou, em qualquer caso, das proferidas em revisão, poderão recorrer, além dos interessados, o Presidente do Tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho.

O preparo (custas + depósito recursal) é pressuposto de admissibilidade genérico para conhecimento do recurso ordinário.

TST, SUM-214. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT (os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva), as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária a Súmula ou OJ do TST; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT (das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final).

TST, SUM-414. I - A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. II - No caso da tutela antecipada (ou liminar) ser concedida antes da sentença, cabe a impetração do mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III

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- A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão da tutela antecipada.

TST, SUM-393. O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do §1º do art. 515 do CPC (A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro), transfere automaticamente ao Tribunal a apreciação de fundamento da defesa não examinado pela sentença, ainda que não renovado em contra-razões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença.

Atenção: A) O fundamento da defesa, ainda que não apreciado na sentença e não renovado

em contra-razões, poderá ser examinado pelo Tribunal;B) Se o fundamento da defesa foi apreciado na sentença e não foi renovado em

contra-razões, poderá ser examinado pelo Tribunal (quem pode o mais, pode o menos);

C) Se o pedido não foi apreciado na sentença, não haverá efeito devolutivo em profundidade.

D) Se o pedido foi apreciado na sentença, haverá efeito devolutivo em profundidade.

E) Dúvida: A) se o pedido não foi apreciado na sentença, mas foi renovado em contra-razões, o Tribunal poderá analisá-lo? Entendo que sim. B) Se o pedido foi apreciado na sentença, mas não foi renovado em contra-razões, o Tribunal poderá analisá-lo?No procedimento sumaríssimo (até 40 salários mínimos): a) o julgamento do

recurso ordinário será feito sem revisor; b) se necessário, terá parecer oral do MP; c) o acórdão consistirá em certidão de julgamento com a parte dispositiva e razões de decidir do voto prevalente.JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE:

A) Juízo de admissibilidade feito pelo juiz prolator da sentença (juízo a quo; juízo recorrido). O §1º do art. 518 do CPC (o juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do STJ ou do STF) aplica-se ao recurso ordinário do processo do trabalho. Assim, o juiz (do Trabalho) poderá denegar seguimento a recurso, por entender a sentença está conforme as súmulas do TST, STJ e STF. O agravo de instrumento (art. 897, b, da CLT) é adequado para impugnar os despachos que denegarem seguimento a recurso. Ele é interposto perante o juízo que não conheceu o recurso (juízo a quo), admitindo o juízo de retratação/reconsideração. Caso a decisão objeto do agravo de instrumento seja mantida, o agravado será intimado para que, em 08 dias, ofereça razões de contrariedade ao agravo e ao recurso principal. O agravo de instrumento somente é utilizado para destrancar recurso ao qual foi negado seguimento pelo 1º juízo de admissibilidade e não para recorrer de decisões interlocutórias, como acontece na justiça comum.

B) Juízo de admissibilidade feito pelo relator do recurso ordinário (juízo ad quem; juízo a quem se recorre). O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do STF, ou de Tribunal Superior.  § 1º-A Se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, ou

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de Tribunal Superior, o relator poderá dar provimento ao recurso.  §1º Da decisão caberá agravo, no prazo de cinco dias, ao órgão competente para o julgamento do recurso, e, se não houver retratação, o relator apresentará o processo em mesa, proferindo voto; provido o agravo, o recurso terá seguimento.  §2º Quando manifestamente inadmissível ou infundado o agravo, o tribunal condenará o agravante a pagar ao agravado multa entre um e dez por cento do valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor. TST, OJ-SDI1-389. Está a parte obrigada, sob pena de deserção, a recolher a multa aplicada com fundamento no § 2º do art. 557 do CPC, ainda que pessoa jurídica de direito público. STJ, súmula 253. O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a decidir o recurso, alcança o reexame necessário. TST, SUM-421. I - Tendo a decisão monocrática de provimento ou denegação de recurso, prevista no art. 557 do CPC, conteúdo decisório definitivo e conclusivo da lide, comporta ser esclarecida pela via dos embargos de declaração, em decisão aclaratória, também monocrática, quando se pretende tão-somente suprir omissão e não, modificação do julgado. II - Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos declaratórios deverão ser submetidos ao pronunciamento do Colegiado, convertidos em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual. O art. 557 aplica-se à Justiça Trabalhista em geral, exceto ao recurso de revista, embargos e agravo de instrumento, que, segundo Renato Saraiva, já possuem regulamentação própria (art. 896, §5º, da CLT).

NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃOÓRGÃO JULGADOR: TRTs ou TST (SDC ou SDI);EFEITOS DO RECURSO: devolutivo;PRAZO: 08 diasÉ POSSÍVEL RECURSO ADESIVOINCIDE CUSTAS

Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, não sendo permitido o rateio, devendo o pagamento ser feito no valor integral das custas (Provimento nº2/87 da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho).

As custas serão satisfeitas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. Em caso de recurso, a parte deverá recolher as custas e comprovar o seu pagamento no prazo recursal. No processo de execução, as custas não serão exigidas por ocasião do recurso, devendo ser suportadas pelo executado ao final.REQUER DEPÓSITO RECURSAL

TST. SUM-245. O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. Ou seja, se o recurso foi interposto antes do fim do prazo, a parte terá o tempo restante para efetuar o depósito recursal.

TST, SUM-128. DEPÓSITO RECURSAL. I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o

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depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.

TST, SUM-99. AÇÃO RESCISÓRIA. DESERÇÃO. PRAZO. Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção.

TST. ATO Nº 447/SEJUD. 15/07/2009. Valores alusivos aos limites de depósito recursal de que trata o artigo 899 da CLT.

A) R$ 5.621,90 , no caso de interposição de Recurso Ordinário; B) R$ 11.243,81 , no caso de interposição de Recurso de Revista, Embargos e

Recurso Extraordinário;C) R$ 11.243,81, no caso de interposição de Recurso em Ação Rescisória.D) No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal

corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

AGRAVO DE PETIÇÃOOBJETO

Em regra, o agravo de petição será interposto em face das decisões definitivas ou terminativas proferidas em processo de execução trabalhista, como na decisão que julga eventuais embargos à execução ou embargos de terceiros, ou ainda extingue, total ou parcialmente,a execução.

O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença.

Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, conforme dispõe o § 3o, parte final, e remetidas à instância superior para apreciação, após contraminuta.

O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença.JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

???NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃOÓRGÃO JULGADOR

O recurso será julgado pelo próprio tribunal, presídio pela autoridade recorrida. No caso de decisão de juiz do trabalho de 1ª instância, o julgamento competirá a uma das turmas do TRT, a quem o Juiz prolator da sentença remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença.EFEITOS DO RECURSO: devolutivo.PRAZO: 08 diasÉ POSSÍVEL RECURSO ADESIVOINCIDE CUSTAS (RS44,26)

O art. 789-A da CLT prescreve o pagamento de custas em caso de interposição de agravo de petição, pagas ao final pelo executado. Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, não sendo

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permitido o rateio, devendo o pagamento ser feito no valor integral das custas (Provimento nº2/87 da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho).

As custas serão satisfeitas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. Em caso de recurso, a parte deverá recolher as custas e comprovar o seu pagamento no prazo recursal. No processo de execução, as custas não serão exigidas por ocasião do recurso, devendo ser suportadas pelo executado ao final.NÃO REQUER DEPÓSITO RECURSAL

Bastando que o juízo esteja previamente garantido com a penhora ou nomeação de bens (súmula 128 do TST).

TST, SUM-128. DEPÓSITO RECURSAL. I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.

AGRAVO DE INSTRUMENTOOBJETO

Despachos que denegarem a interposição de recursos.Das decisões que denegarem seguimento a recurso de embargos no TST é

cabível agravo de regimental e não o agravo de instrumento. O agravo de instrumento será processado em autos apartados, jamais em autos

principais.TST, OJ-SDI1-374. É regular a representação processual do subscritor do

agravo de instrumento ou do recurso de revista que detém mandato com poderes de representação limitados ao âmbito do TRT, pois, embora a apreciação desse recurso seja realizada pelo TST, a sua interposição é ato praticado perante o TRT, circunstância que legitima a atuação do advogado no feito.

O agravo de instrumento de despacho denegatório de recurso extraordinário obedecerá à disciplina especial, na forma de Resolução da Suprema Corte.

O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença.JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Ministro relator no TRT, no caso de agravo contra decisão de juiz de 1ª instância. Presidente do TRT, no caso de agravo contra decisão de juiz do TRT.

O agravo não será conhecido se o instrumento não contiver as peças necessárias para o julgamento do recurso denegado, incluindo a cópia do respectivo arrazoado e da comprovação de satisfação de todos os pressupostos extrínsecos do recurso principal. Cumpre às partes providenciar a correta formação do instrumento, não comportando a omissão em conversão em diligência para suprir a ausência de peças, ainda que essenciais.

O agravo de instrumento deverá ser instruído, obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende

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destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal; facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida.HÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃO

O agravo de instrumento é dirigido ao juízo que não conheceu o recurso (embora ele não faça juízo de admissibilidade), admitindo o chamado juízo de retratação ou reconsideração. Caso a decisão objeto do agravo de instrumento seja mantida, o agravado será intimado para que, em 08 dias, ofereça razões de contrariedade ao agravo e ao recurso principal.ÓRGÃO JULGADOR

O Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada.EFEITOS DO RECURSO: devolutivo.PRAZO: 08 diasNÃO É POSSÍVEL RECURSO ADESIVOINCIDE CUSTAS

Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, não sendo permitido o rateio, devendo o pagamento ser feito no valor integral das custas (Provimento nº2/87 da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho).

As custas serão satisfeitas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. Em caso de recurso, a parte deverá recolher as custas e comprovar o seu pagamento no prazo recursal. No processo de execução, as custas não serão exigidas por ocasião do recurso, devendo ser suportadas pelo executado ao final.REQUER DEPÓSITO RECURSAL

No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

TST. SUM-245. O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. Ou seja, se o recurso foi interposto antes do fim do prazo, a parte terá o tempo restante para efetuar o depósito recursal.

TST, SUM-128. DEPÓSITO RECURSAL. I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.

TST, SUM-99. AÇÃO RESCISÓRIA. DESERÇÃO. PRAZO. Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção.

TST. ATO Nº 447/SEJUD. 15/07/2009. Valores alusivos aos limites de depósito recursal de que trata o artigo 899 da CLT.

A) R$ 5.621,90 , no caso de interposição de Recurso Ordinário;

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B) R$ 11.243,81 , no caso de interposição de Recurso de Revista, Embargos e Recurso Extraordinário;

C) R$ 11.243,81, no caso de interposição de Recurso em Ação Rescisória.D) No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal

corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

AGRAVO REGIMENTALOBJETO

Decisões monocráticas proferidas por juízes dos TRTs, tais como despachos do presidente ou do relator que negam seguimento a recuro ou indeferem inicial de mandado de segurança ou ação rescisória.JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Ministro do TST ou juiz do TRT que prolatou a decisão objeto do agravo regimental.HÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃOÓRGÃO JULGADOR

Órgão especial, SDC, SDI ou turma do TST ou do TRT.EFEITO DO RECURSO: devolutivo.PRAZO: no TRT, 05 dias, em regra; no TST, 08 dias.NÃO É POSSÍVEL RECURSO ADESIVONÃO INCIDE CUSTASNÃO REQUER DEPÓSITO RECURSAL

PEDIDO DE REVISÃO(valor de alçada)

OBJETOÉ recurso previsto para o procedimento sumário (dissídios de alçada: causas

que não excedem dois salários mínimos), regulado pela Lei 5.584/1970. Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios da alçada, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação

Nos dissídios individuais, não havendo acordo, o Juiz, antes de passar à instrução, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se este for indeterminado no pedido. Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes, impugnar o valor fixado e, se o Juiz o mantiver, pedir revisão da decisão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente do Tribunal Regional. O pedido de revisão, que não terá efeito suspensivo deverá ser instruído com a petição inicial e a Ata da Audiência e será julgado em 48 (quarenta e oito) horas, a partir do seu recebimento pelo Presidente do TRT.

Nos casos em que a petição inicial já indica o valor da causa, aplica-se o art. 261 do CPC.

CPC, Art.   261 .  O réu poderá impugnar, no prazo da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor. A impugnação será autuada em apenso, ouvindo-se o autor no prazo de 5 (cinco) dias. Em seguida o juiz, sem suspender o processo, servindo-se, quando necessário, do auxílio de perito, determinará, no prazo de 10 (dez) dias, o valor da causa. Parágrafo único.  Não havendo impugnação, presume-se aceito o valor atribuído à causa na petição inicial.

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Portanto, a impugnação ao valor da causa deverá ser feita no prazo da contestação; será atuada em apenso e não suspenderá o processo!

TST, SUM-71. ALÇADA. A alçada é fixada pelo valor dado à causa na data de seu ajuizamento, desde que não impugnado, sendo inalterável no curso do processo.JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: Presidente do TRT.NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃOÓRGÃO JULGADOR: Presidente do TRT. EFEITO DO RECURSO: devolutivo.PRAZO: 48 horas; não há contrarrazões.NÃO É POSSÍVEL RECURSO ADESIVONÃO INCIDE CUSTASNÃO REQUER DEPÓSITO RECURSAL

RECURSO DE REVISTAOBJETO

Decisões proferidas pelos TRTs, em dissídio individual, em julgamento de recurso ordinário que:

A) For proferido com violação literal de lei ou afronta direta e literal à Constituição Federal. A admissibilidade do recurso de revista tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado. Interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não dá ensejo à admissibilidade ou ao conhecimento de recurso de revista ou de embargos com base, respectivamente, na alínea "c" do art. 896 da CLT. A violação há de estar ligada à literalidade do preceito;

B) Das decisões dos TRTs em execução de sentença (processo incidente de embargos de terceiro ou outro processo incidente na execução, liquidação de sentença, etc.) só caberá recurso de revista no caso de ofensa direta e literal da Constituição Federal. Assim, contra acórdão de Turma do TRT em agravo de petição (decisão proferida em execução), com ofensa direta e literal da Constituição Federal, o recurso cabível será o de revista;

C) Der à lei federal interpretação diversa da conferida: por outro TRT; pela SDI ou súmula do TST;

D) Der a lei estadual, a instrumento coletivo de trabalho ou regulamento de empresa, que extrapolam o âmbito do TRT prolator da decisão, interpretação diversa da conferida: por outro TRT; pela SDI ou súmula do TST; Das decisões proferidas em dissídio coletivo que afete empresa de serviço público, ou, em qualquer caso, das proferidas em revisão, poderão recorrer, além dos interessados, o Presidente do Tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho.

E) A divergência apta a ensejar o Recurso de Revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do TST;

F) No procedimento sumaríssimo, só caberá recurso de revista se houver contrariedade a súmula do TST e violação direta da Constituição Federal;

G) O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.

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Assim como no recurso especial, o recurso de revista não tem como objetivo corrigir a má apreciação da prova produzida ou a injustiça da decisão, mas sim a interpretação correta da lei pelos tribunais do trabalho.

TST, OJ-SDI1-377.  Não cabem embargos de declaração interpostos contra decisão de admissibilidade do recurso de revista, não tendo o efeito de interromper qualquer prazo recursal.

TST. OJ-SDI1-219. É válida, para efeito de conhecimento do recurso de revista ou de embargos, a invocação de OJ do TST, desde que, das razões recursais, conste o seu número ou conteúdo.

TST, SUM-297. PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO. I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração.

TST. OJ-SDI1-151. Decisão regional que simplesmente adota os fundamentos da decisão de primeiro grau não preenche a exigência do prequestionamento, tal como previsto na Súmula nº 297.

TST. OJ-SDI1-118. Havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão recorrida, desnecessário contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como prequestionado este.

TST. SUM-23. Não se conhece de recurso de revista ou de embargos (art. 894), se a decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos fundamentos e a jurisprudência transcrita não abranger a todos.

TST. SUM-126. Incabível o recurso de revista ou de embargos para reexame de fatos e provas.

TST. SUM-218. É incabível recurso de revista interposto de acórdão regional prolatado em agravo de instrumento. Obs.: como dito acima, o recurso de revista tem como objeto decisão de TRT, em dissídio individual, em grau de recurso ordinário.

TST. SUM-296. RECURSO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. ESPECIFICIDADE. I - A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, revelando a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal, embora idênticos os fatos que as ensejaram. II - Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando premissas concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo revisional, conclui pelo conhecimento ou desconhecimento do recurso.

TST. OJ-SDI1-334. Incabível recurso de revista de ente público que não interpôs recurso ordinário voluntário da decisão de primeira instância, ressalvada a hipótese de ter sido agravada, na segunda instância, a condenação imposta.

Assim, é possível concluir que NO PROCESSO DO TRABALHO:A) Em regra, o ente público que não interpôs recurso ordinário voluntário da

decisão de primeira instância NÃO poderá apresentar recurso de revista;B) É permitido agravar, em reexame necessário, a condenação imposta à Fazenda

Pública;

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C) Se, em reexame necessário, for agravada a condenação imposta à Fazenda, então o ente público poderá interpor recurso de revista.Já no PROCESSO CIVIL:

A) Em regra, o ente público que não apelou da decisão de primeira instância poderá interpor recurso especial;

B) Não é permitido agravar, em reexame necessário, a condenação imposta à Fazenda Pública.

JUÍZO DE ADMISSIBILIDADEO recurso de revista será apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido (juízo

a quo). No juízo ad quem (juízo a quem se recorre), estando a decisão de acordo com súmula do TST, o Ministro Relator poderá negar seguimento ao Recurso de Revista, aos Embargos ou ao Agravo de Instrumento. Será denegado seguimento ao Recurso nas hipóteses de intempestividade, deserção, falta de alçada e ilegitimidade de representação, cabendo a interposição de Agravo.

TST. SUM-285. O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto a parte das matérias veiculadas não impede a apreciação integral pela Turma do TST, sendo imprópria a interposição de agravo de instrumento.NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃOÓRGÃO JULGADOR: Turmas do TST;EFEITOS DO RECURSO: devolutivoPRAZO: 08 diasÉ POSSÍVEL RECURSO ADESIVOINCIDE CUSTAS

Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, não sendo permitido o rateio, devendo o pagamento ser feito no valor integral das custas (Provimento nº2/87 da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho).

As custas serão satisfeitas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. Em caso de recurso, a parte deverá recolher as custas e comprovar o seu pagamento no prazo recursal. No processo de execução, as custas não serão exigidas por ocasião do recurso, devendo ser suportadas pelo executado ao final.REQUER DEPÓSITO RECURSAL

TST. SUM-245. O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. Ou seja, se o recurso foi interposto antes do fim do prazo, a parte terá o tempo restante para efetuar o depósito recursal.

TST, SUM-128. DEPÓSITO RECURSAL. I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.

TST, SUM-99. AÇÃO RESCISÓRIA. DESERÇÃO. PRAZO. Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando for julgado

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procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção.

TST. ATO Nº 447/SEJUD. 15/07/2009. Valores alusivos aos limites de depósito recursal de que trata o artigo 899 da CLT.

A) R$ 5.621,90 , no caso de interposição de Recurso Ordinário; B) R$ 11.243,81 , no caso de interposição de Recurso de Revista, Embargos e

Recurso Extraordinário;C) R$ 11.243,81, no caso de interposição de Recurso em Ação Rescisória.D) No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal

corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

EMBARGOS INFRINGENTES NO TSTOBJETO

Decisão não unânime do TST (SDC) que julga dissídio coletivo. Decisão não unânime que conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos TRTs e estender ou rever as sentenças normativas do TST.

Os embargos infringentes aplicam-se apenas aos dissídios coletivos no TST.Das decisões proferidas em dissídio coletivo que afete empresa de serviço

público, ou, em qualquer caso, das proferidas em revisão, poderão recorrer, além dos interessados, o Presidente do Tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho.

Incabível o recurso de revista ou de embargos para reexame de fatos e provas.O recurso de embargos (infringentes ou de divergência) é cabível para reforma

de decisão colegiada proferida pelo TST, não contra decisão monocrática.Nos termos da Lei 7.701/88, caso a sentença normativa seja prolatada de forma

originária pelo TST, sendo a decisão não unânime, caberão embargos infringentes, julgados pela SDC, salvo se a decisão atacada estiver em consonância com precedente jurisprudencial ou súmula do TST, caso em que somente será possível a utilização de embargos de declaração e eventual recurso extraordinário.

Não encontrei julgados, normas ou doutrina permitindo ajuizamento de embargos infringentes nos TRTs.

Já no processo civil: “Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.”JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

Feito pelo Presidente do TST, que preside a SDC. Das decisões que denegarem seguimento a recurso de embargos no TST é cabível agravo regimental, não agravo de instrumento.NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃOÓRGÃO JULGADOR: Seção de Dissídios Coletivos.EFEITOS DO RECURSO: devolutivo.PRAZO: 08 diasÉ POSSÍVEL RECURSO ADESIVOINCIDE CUSTAS

Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da justiça do trabalho, bem como nas demandas

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propostas perante a justiça estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas

Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, não sendo permitido o rateio, devendo o pagamento ser feito no valor integral das custas (Provimento nº2/87 da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho).NÃO REQUER DEPÓSITO RECURSAL

No dissídio coletivo não é exigido o depósito recursal, pois a natureza jurídica da sentença no dissídio coletivo é constitutiva ou declaratória, e nunca condenatória.

TST, SUM-86. Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial.

TST. ATO Nº 447/SEJUD. 15/07/2009. Valores alusivos aos limites de depósito recursal de que trata o artigo 899 da CLT.

A) R$ 5.621,90 , no caso de interposição de Recurso Ordinário; B) R$ 11.243,81 , no caso de interposição de Recurso de Revista, Embargos e

Recurso Extraordinário;C) R$ 11.243,81, no caso de interposição de Recurso em Ação Rescisória.D) No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal

corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO TSTOBJETO

De acordo com o art. 3º, III, b, da Lei 7.701/88, compete à SDI julgar, em última instância, os embargos das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou divergirem das decisões proferidas pela SDI.

TST. OJ-SDI1-219. É válida, para efeito de conhecimento do recurso de revista ou de embargos, a invocação de OJ do TST, desde que, das razões recursais, conste o seu número ou conteúdo.

O recurso de embargos (infringentes ou de divergência) é cabível para reforma de decisão colegiada proferida pelo TST, não contra decisão monocrática.

O prequestionamento é uma construção peculiar aos recursos de natureza extraordinária (recurso de revista e os embargos de divergência, por exemplo). Consiste basicamente no fato de que as teses divergentes e/ou as violações legais apontadas devem ter sido oportunamente submetidas e analisadas pela instância julgadora ordinária, sob pena de negativa de seguimento ao recurso, por ausência de pressuposto essencial à sua admissão. Diz-se prequestionada a matéria quando o órgão julgador adota entendimento explícito sobre dada matéria

No procedimento sumaríssimo, admite-se a interposição de embargos quando demonstrada a divergência jurisprudencial entre Turmas do TST, fundada em interpretações diversas de matéria sumulada ou de norma constitucional (TST, OJ-SDI-405).JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

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Feito pelo Presidente do TST, que preside a SDI. Das decisões que denegarem seguimento a recurso de embargos no TST é cabível agravo regimental, não agravo de instrumento.NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃOÓRGÃO JULGADOR: Seção de Dissídios Individuais.EFEITOS DO RECURSO: devolutivo.PRAZO: 08 diasÉ POSSÍVEL RECURSO ADESIVOINCIDE CUSTAS

Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, não sendo permitido o rateio, devendo o pagamento ser feito no valor integral das custas (Provimento nº2/87 da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho).

As custas serão satisfeitas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. Em caso de recurso, a parte deverá recolher as custas e comprovar o seu pagamento no prazo recursal. No processo de execução, as custas não serão exigidas por ocasião do recurso, devendo ser suportadas pelo executado ao final.REQUER DEPÓSITO RECURSAL

TST. SUM-245. O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. Ou seja, se o recurso foi interposto antes do fim do prazo, a parte terá o tempo restante para efetuar o depósito recursal.

TST, SUM-128. DEPÓSITO RECURSAL. I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.

TST, SUM-99. AÇÃO RESCISÓRIA. DESERÇÃO. PRAZO. Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção.

TST. ATO Nº 447/SEJUD. 15/07/2009. Valores alusivos aos limites de depósito recursal de que trata o artigo 899 da CLT.

A) R$ 5.621,90 , no caso de interposição de Recurso Ordinário; B) R$ 11.243,81 , no caso de interposição de Recurso de Revista, Embargos e

Recurso Extraordinário;C) R$ 11.243,81, no caso de interposição de Recurso em Ação Rescisória.D) No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal

corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

RECLAMAÇAÕ CORREICIONALOBJETO

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A reclamação correicional não é recurso, mas sim um mero procedimento administrativo, regulamentado pelos Regimentos Internos dos Tribunais do Trabalho, que visa sustar procedimentos do juiz que atentem contra a boa ordem processual. Em regra, o prazo para interposição de reclamação correicional é de cinco dias.

Art. 709 - Compete ao Corregedor, eleito dentre os Ministros togados do Tribunal Superior do Trabalho: II - Decidir reclamações contra os atos atentatórios da boa ordem processual praticados pelos Tribunais Regionais e seus presidentes, quando inexistir recurso específico. Portanto, a reclamação correicional possui caráter subsidiário.JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: Corregedor do TST ou do TRT.(???) HÁ POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃO (???)ÓRGÃO JULGADOR: Corregedor do TST ou do TRT.EFEITO DO RECURSO: devolutivo.PRAZO: 05 dias, em regra.NÃO É POSSÍVEL RECURSO ADESIVONÃO INCIDE CUSTASNÃO REQUER DEPÓSITO RECURSAL

Obs.: o recurso extraordinário também requer depósito recursal!