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FACULDADE CANÇÃO NOVA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PRINCIPAIS TENDÊNCIAS EM GESTÃO DE PESSOAS: COLOCAÇÃO DA GERAÇÃO Z NO MERCADO DE TRABALHO Alessandro Ribeiro dos Santos Faculdade Canção Nova [email protected] Prof.ª Hirene Heringer Faculdade Canção Nova [email protected] Curso de Administração - FCN 1

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Gestão de Pessoas

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FACULDADE CANO NOVA

CURSO DE ADMINISTRAO

PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

PRINCIPAIS TENDNCIAS EM GESTO DE PESSOAS: COLOCAO DA GERAO Z NO MERCADO DE TRABALHO

Alessandro Ribeiro dos Santos

Faculdade Cano Nova

[email protected]

Prof. Hirene Heringer

Faculdade Cano Nova

[email protected]

Resumo

Palavras-chave:

Abstratc:

Keywords:

1 - Introduo

A histria das geraes est ligada a um conjunto de vivncias semelhantes entre si, vises de vida, valores particulares e cenrios sociopoltico. Suas caractersticas em comum influenciam diferentes geraes, seu modo de ser e de viver junto a sociedade; este conjunto de comportamentos particulares que moldam as geraes e os diferenciam de acordo com seus valores empregados. Um dos desafios da sociedade atual compreender e se adaptar as novas geraes que surgem e todas suas mudanas geradas. (LOMBARDIA et al., 2008)

2 - Conceituao das Geraes X, Y, Z

2.1 - Gerao X

Nascidos entre 1965 e 1978 essa gerao busca o equilbrio entre a vida profissional e pessoal; se apresentam de forma mais flexvel, trabalham em equipe ou individualmente. Possuem ainda caractersticas dinmicas e aceitam bem mudanas; so criativas e possuem o domnio sob a tecnologia. (ZEMKE; RAINES; FILIPCZAC, 2000).

Trabalham buscando cumprir objetivos e no so adeptos a prazos concretos tendo assim a preferncia por horrios flexveis, trabalhos informais e influenciados por formas de motivao no trabalho; valorizam em seu ambiente autonomia e independncia, gostam de receber feedback a respeito de suas atividades e so propensos a aceitar desafios por serem focados em resultados. (ZEMKE; RAINES; FILIPCZAC, 2000).

Para Santos (2012), os objetivos pessoais da gerao X se demonstram mais importantes que os organizacionais. Possuem estas caractersticas devido crise de 80 que fez com que a recesso econmica aumentasse o nmero de desempregados e em consequncia o nmero de divrcios entre as famlias e a entrada da mulher no mercado de trabalho.

Segundo Oliveira, Piccini, Bitencourt (2011), mesmo com todas as dificuldades encontradas nessa gerao como movimentos civis em favor dos negros, homossexuais e a guerra fria, se tornaram mais cultos buscando no ensino superior melhor qualificao, qualidade de vida e melhores salrios.

A busca por melhores salrios se deve a crise da dcada de 80 onde muitos destes eram adolescentes no Brasil e vivenciaram altas taxas de juros, inflao e moeda desvalorizada levando-os a buscar melhores condies financeiras. (SANTOS; 2012)

Com a recesso as organizaes passaram a focar sua gesto buscando reduzir custos, focada em resultados e atravs de demisses e desta forma se manter competitiva atravs de processos de reengenharia e enxugamento, buscando assim se adequar as influncias de seu ambiente. (CASADO; 2007)

Nesse momento o seu modelo de gesto se modificava de um modelo comportamental para um modelo estratgico onde as organizaes verificaram que apenas motivar seus funcionrios a atingir resultados no seria o suficiente passando assim a geri-los com foco em seu ambiente. (FICHER; 2002)

2.2 Gerao Y

Nascidos entre 1979 e 1992 esta gerao tem como uma de suas principais caractersticas o aspecto individualista; so mais decididos, e tm opinies prprias, e assim como a gerao x buscam um equilbrio entre a vida profissional e pessoal, porm a sua diferenciao se d por esta gerao buscar no mercado de trabalho caractersticas que se adequem as suas. (ZEMKE; RAINES; FILIPCZAC, 2000)

Essa gerao foi marcada por guerras, ameaas de guerras e atentados terroristas assim como com a descoberta da AIDS, o avano tecnolgico (comercializao dos primeiros computadores). (LOWE; 2011)

Em sua juventude assistiram Ascenso dos Estados Unidos como a maior economia global, ao atentado de 2001 as torres gmeas no centro de Nova York e a crise das hipotecas em 2011. (SANTOS; 2012)

No Brasil se destacam o Impeachment do presidente Fernando Collor, a criao do Plano Real o qual acabou com a inflao e estabilizou a economia e a eleio do primeiro presidente vindo da classe operria. (SANTOS; 2012)

Essa gerao pratica esportes, faz atividades online e toca instrumentos musicais; considerada mais inteligente podendo praticar mais de uma atividade ao mesmo tempo, e assim como a gerao X adoram desafios, mas sempre buscando um equilbrio entre a vida profissional e pessoal. (OLIVEIRA; PICCININI; BITENCOURT, 2011)

Eles ainda so considerados mais saudveis devido a diversidade de atividades que realizam e como j citado, mais espertos, graas ao novo ambiente em que se encontram e facilidade de busca de informaes com o acesso internet e demais meios eletrnicos. (PINHO; 2011) (ZEMKE; RAINES; FILIPCZAK, 2000) (LOMBARDIA et al, 2008; TAPSCOTT, 2008).

So classificados como multifuncionais por praticarem vrias atividades ao mesmo tempo, se comunicam de formas diferentes das demais geraes atravs de redes sociais e outros meios tecnolgicos. Estas caractersticas se destacam devido a essa gerao viver em uma cultura globalizada e ciberntica o que os torna de certa forma mais inteligentes por possurem facilidade em lidar com diversos meios tecnolgicos e estarem interagindo entre si e pesquisando mesmo que de forma superficial variados assuntos. (SANTOS, 2012) (FICHER, 2002)

Os jovens desta gerao, devido a terem passado por vrias mudanas no seu meio social, convivem com a imprevisibilidade dos acontecimentos do seu cotidiano (CLARO et al., 2010). As mudanas ocorridas no trabalho fizeram com que os jovens vivenciassem a necessidade de se atualizar constantemente para manter sua competitividade perante o mercado de trabalho. Houve ainda uma mudana demogrfica com a sada das geraes anteriores do mercado de trabalho por aposentadoria o que contribuiu para que essa gerao ocupasse cargos de maior responsabilidade necessitando a adoo de novos modos, normas e valores de trabalho. (TULGAN, 2003; LOMBARDIA et al., 2008; POUGET, 2010)

2.3 Gerao Z

Alm do reconhecimento como Gerao Z ainda so reconhecidos como Nativos Digitais por nascerem nativos da linguagem digital, Homo Zappiens, Gerao Digital, Gerao Internet entre outros. So considerados aqueles nascidos a partir de 1993 at hoje. (LEVENFUS; 2002)

Esta gerao se comunica de forma diferente das demais geraes atravs de redes sociais e outros meios tecnolgicos. Estas caractersticas se destacam devido a essa gerao viver em uma cultura globalizada e ciberntica o que os torna de certa forma mais inteligentes por possurem facilidade em lidar com diversos meios tecnolgicos e estarem interagindo entre si e pesquisando mesmo que de forma superficial variados assuntos. (VEEN; VRAKKING; 2009)

[...]tm uma afinidade natural com a tecnologia, realizando diversas atividades ao mesmo tempo. Eles no precisam ler manuais para usar seus aparelhos eletrnicos. Simplesmente os usam, sem dificuldade no manuseio, descobrindo em pouco tempo todas as funes que um aparelho oferece ao usurio. Tem habilidade com o computador e outros eletrnicos. (A Cultura do Ter)

Os mais velhos de sua gerao tm hoje 22 anos e se encontram em um momento de insero no mercado de trabalho. Segundo FILHO (2008), essa gerao visualizada como uma de suas principais promessas para o mercado de trabalho sendo geis na absoro de tecnologias, tendendo a ser profissionais multitarefas e com integrao tecnolgica total. Por outro lado se demonstra a necessidade de se apresentar modelos de gesto que venham a acolhe-los e instrui-los em sua dificuldade de foco a uma nica atividade. Devido a Gerao Z ser altamente conectada, rpidos, velozes e globais, se visualiza que as organizaes flexveis tero mais facilidade na absoro de suas qualidades do que as mais rgidas que poder fazer com que estas gerem conflitos.

3 - Contexto do mercado de trabalho

Arthur e Rousseau (1996) apontam que houve um declnio das carreiras organizacionais que ofereciam aos seus colaboradores a possibilidade de ascenso profissional em uma mesma empresa durante os anos 70. Essa forma de organizao era desejvel por seus colaboradores, porm teve seu declnio e modificao com as mudanas ocorridas nesse perodo. (DUTRA, 2010)

O mercado de trabalho passou por uma reestruturao aps 1970 devido a globalizao que trouxe novas relaes internacionais nos planos econmicos, social, cultural, poltico e tecnolgico assim como a necessidade de se adequar os modelos de ensino mdio, tcnico e superior a essas tendncias. FOGAA (1998) (Fiori, 1998; Scherer, 1997)

Com a modificao das caractersticas do mercado e com o desenvolvimento da tecnologia e da cincia o mundo passou a necessitar de profissionais mais qualificados e dotados de diversas competncias passando a buscar por profissionais que possussem caractersticas cognitivas desenvolvidas em seu processo educacional e tcnicas especializadas como lnguas estrangeiras, conhecimentos em informtica e por fim as competncias comportamentais e atitudinais como cooperao, iniciativa, empreendedorismo, motivao, responsabilidade, participao, disciplina, tica e busca constante por desenvolvimento e aprendizagem. (Karlf, 1999)

O mundo passa ento a verificar a importncia de se ter profissionais bem capacitados e com potencial de inovao o que traz ao setor de recursos humanos a importante tarefa de se buscar profissionais habilidosos e qualificados para atuarem em suas funes. Porm mesmo aqueles que possuem nvel superior esto sendo vistos como no qualificados para atuarem em suas reas de formao por no atenderem as exigncias do mercado devido falta de experincia vivenciada onde percebe-se a necessidade de mudanas no meio universitrio de modo que busque maneiras de que possa alm do conhecimento terico, preparar esses futuros profissionais para que possam atender as demandas do mercado competitivo. (Bruno, 1996).

4 Perfil de profissionais que as empresas esto buscando

Os pesquisadores citam que o modelo de carreira tradicional teve seu declnio nos anos 80 o que fez com que se fossem modificadas as configuraes de desenho de cargos. Surgem ento os modelos de carreira sem fronteiras onde cada indivduo responsvel pelo seu desenvolvimento individual e sua integrao s diferentes organizaes em que atua. A carreira sem fronteiras delega ao indivduo a capacidade de deciso de forma que este busque o caminho para o seu desenvolvimento profissional. (ARTHUR e ROUSSEAU, 1996).

Segundo HALL e MOSS (1998), outro modelo seguido o do modelo de carreira proteana, que se baseia na troca igualitria entre organizao e funcionrio onde o bom desempenho deste recompensado porm exige que o trabalhador esteja em um desenvolvimento constante de suas habilidades.

REFERNCIAS

ZEMKE, R; RAINES, C; FILIPCZAK, B. Choque de geraes. Executive Digest, Lisboa, n. 65. mar. 2000. Disponvel em: . Acesso em: 02 abril 2015.

SANTOS, Andr Laizo dos. A gerao Y nas organizaes complexas: um estudo exploratrio sobre a gesto dos jovens nas empresas. 2012. Dissertao (Mestrado em Administrao) - Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade, Universidade de So Paulo, So Paulo, 2012. Disponvel em: . Acesso em: 27 maro 2015.

OLIVEIRA, Sidinei Rocha de; PICCININI, Valmria Carolina; BITENCOURT, Betina Magalhes. Juventudes, Geraes e Trabalho: (re)situando a discusso sobre a Gerao Y no Brasil. In: ENGEPR 2011. Joo Pessoa Paraba. Anais do 3 EnGPR. Rio de Janeiro: AnPAD, 2011. Disponvel em: < http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnGPR/engpr_2011/2011_ENGPR429.pdf>. Acesso em: 05 abril 2015.

FICHER, Andr Luiz. Um resgate conceitual e histrico dos modelos de gesto de pessoas. In: FLEURY, Maria tereza Leme (org.). As pessoas na organizao. So Paulo: Gente, 2002.

ZEMKE, R; RAINES, C; FILIPCZAK, B. Choque de geraes. Executive Digest, Lisboa, n. 65. mar. 2000. Disponvel em: . Acesso em: 08 abril 2015.

CASADO, Tnia. Comportamento Organizacional: Fundamentos para gesto de pessoas. In: SANTOS, Rubens da Costa (org.) Manual de Gesto Empresarial. So Paulo: Atlas, 2007.

LOWE, Norman. Histria do Mundo Contemporneo. So Paulo: Editora: Penso, 2011. MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia. 6. ed. So Paulo: Atlas, 2009.

PINHO, Magda Sales; MARTENS, Cristina Dai Pr; LEITE, Nildes R. Pitombo. Estudos sobre a produo cientfica pautada na gerao y: uma meta-anlise. In: Anais do 3 EnGPR, 2011.

FILHO, Joo Freire; LEMOS, Joo Francisco de. Imperativos de conduta juvenil no sculo XXI: a Gerao digital na mdia impressa brasileira. Comunicao, mdia e consumo So Paulo vol. 5 n 13 pag. 11-25, julho de 2008.

Fogaa, A. (1998). A educao e reestruturao produtiva. In A. Fogaa (Org.), Polticas de emprego no Brasil (pp. 30-45). Campinas: Instituto de Economia Unicamp.

Fiori, J. L., Loureno, M. S., & Noronha, J. C. (Orgs.) (1998). Globalizao. O fato e o mito. Rio de Janeiro: EDUERJ.

Scherer, A. L. F. Globalizao. In A. D. Cattani (1997), Trabalho e tecnologia Dicionrio crtico (pp. 114-119). Petrpolis: Vozes.

Karlf, B. (1999). Conceitos bsicos de administrao. Um guia conciso. Rio de Janeiro: Rocco.

Bruno, L. (1996). Educao, qualificao e desenvolvimento econmico. In L. Bruno (Org.), Educao e trabalho no capitalismo contemporneo: leituras selecionadas (pp. 91-123). So Paulo: Atlas.

ARTHUR, M.; ROUSSEAU, D. The Boundaryless Career: A New Employment Principle for a New Organizational Era. New York: Oxford University Press, 1996.

DUTRA, J. S. Gesto de Carreiras na empresa contempornea. So Paulo: Atlas, 2010.

HALL, D.T.; MOSS, J.E. The new protean career contract: helping organizations and employees adapt. Organizational dynamics, v.26, n.3, p.22-36, 1998.

CLARO, Jos Alberto C.; TORRES, Mariana de O.; JOO, Belmiro do N.; TINOCO, Jos Eduardo P. Estilo de Vida do Jovem da Gerao Y e suas Perspectivas de Carreira, Renda e Consumo. In: Seminrios em Administrao FEA-USP, 13, 2010. Anais... So Paulo, 2010.

POUGET, Pouget . Intgrer et Manager la Gnration Y. Paris : Editions Vuibert, 2010.

TULGAN, Bruce. Generational Shift: what we saw at the workplace revolution. RainmakerThinking. 17/09/2003. Disponvel em: < http://www.rainmakerthinking.com/pdf%20files/genshift.pdf>. Acesso em: nov. 2010.

LOMBARDIA, P.G.; STEIN, G.; PIN, J.R. Politicas para dirigir a los nuevos profesionales motivaciones y valores de la generacion Y. Documento de investigacin. DI-753. Mayo, 2008. Disponvel em http://www.iesep.com/Descargas/spdf/Gratuitos/R130.pdf. Acesso em 30/10/2008

TAPSCOTT, D. Gerao Y vai dominar fora de trabalho. ITWEB. 2008. Disponvel http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=48473. Acesso em 30/10/2008.

LOMBARDIA, P.G.; STEIN, G.; PIN, J.R. Politicas para dirigir a los nuevos Profesionales motivaciones y valores de la generacion Y. Documento de investigacin. DI-753. Mayo, 2008. Disponvel em http://www.iesep.com/Descargas/spdf/Gratuitos/R130.pdf. Acesso em 21/03/2010.

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