Proyección cultural de la Universidad de Salamanca: Jalones ......Proyección cultural de la Universidad de Salamanca: jalones para una historia del reformismo salmantino M." D. Gómez

Proyección cultural de la Universidad de Salamanca: jalones para una historia del reformismo salmantino

M." D. Gómez Molledo.

P a r a los q u e a ú n c r eemos en la r e s p o n s a b i l i d a d social d e la u n i v e r s i d a d y en su c a p a c i d a d d e c o n t r i b u c i ó n a la so lución d e los p r o b l e m a s del m u n d o c o n t e m p o r á neo . P a r a los q u e p ro fesamos la idea d e q u e , p a r a n g o n a n d o u n p e n s a m i e n t o d e H o r k h e i m e r , la u n i v e r s i d a d se opone a sí misma cuando sabe adaptarse con demasiada pericia a la realidad que debería decantar, el t e m a d e es ta conferencia cons t i t uye mo t ivo d e u n a espec ia l sat isfacción.

P o r q u e la m i r a d a a la h i s to r ia nos conf i rma q u e la U n i v e r s i d a d s a l m a n t i n a n u n c a s u p o a d a p t a r s e con per ic ia a la r ea l i dad , s ino q u e t r a t ó d e decantarla s u m á n d o s e a la a v a n z a d a in te lec tua l de los q u e en el p a s a d o l u c h a r o n po r m e t a s y p royec tos mejores d e c u l t u r a y civi l ización.

Y es ta es la faceta q u e q u e r í a m o s s u b r a y a r en es ta exposic ión , a n t e q u i e n e s v i e n e n a p o n e r s e en c o n t a c t o con el a m b i e n t e s a l m a n t i n o .

Es t an e s p l é n d i d a la h is tor ia de la U n i v e r s i d a d de S a l a m a n c a y t an d e s l u m b r a n te la t eor ía d e n o m b r e s i lus t res —profesores y a l u m n o s q u e p a s a r o n p o r sus a u l a s — q u e a veces se nos e s c a p a n aspec tos intrahistóricos — c o m o d i r í a U n a m u n o — d e ese m i s m o p a s a d o q u e po r sí solos p o d r í a n d a r r a z ó n d e q u e el n o m b r e de U n i v e r s i d a d en S a l a m a n c a se h a l l enado c u m p l i d a m e n t e .

C i e r t a m e n t e p o d r í a m o s d e t e n e r n o s en r e c o r d a r c ó m o n u e s t r a u n i v e r s i d a d fue t eó loga y j u r i s t a con D o m i n g o de Soto , F ranc i sco Suá rez o V i to r i a ; filóloga y g ra m á t i c a con A n t o n i o d e Nebr i j a o Beat r iz G a l i n d o ; m a t e m á t i c a con P e d r o C i rue lo ; a m e r i c a n i s t a con B a r t o l o m é d e las C a s a s ; m a e s t r a en C ienc i a s S a g r a d a s con Alfonso d e M a d r i g a l y esc r i to ra y e n s e ñ a n t e ins igne de todos los s abe res clásicos y m o d e r n o s con A r i a s M o n t a n o , A n t o n i o Agus t í n , M e l c h o r C a n o , F r a n c i s c o Sa l inas o fray Lu i s d e León .

P e r o n u e s t r a reflexión n o va po r estos cauces . Q u i s i é r a m o s s e ñ a l a r de m o d o b r e v e la t a r e a m u y a d e c u a d a a la idea q u e n u e s t r a u n i v e r s i d a d s i e m p r e h a t en ido d e sí m i s m a , d e d e c a n t a d o r a d e la r ea l i dad , es dec i r , d e cr í t ica y de i n n o v a d o r a , c o m o c o n s e c u e n c i a lógica d e su espí r i tu científico y de su h o r r o r al i nmov i l i smo a t e n a z a n t e .

P o r q u e en S a l a m a n c a no sólo se h a p e n s a d o c r e a n d o y se h a h e c h o c iencia sin c o n t e n t a r s e con lo rec ib ido , s ino q u e se h a d e n u n c i a d o sin m i e d o al r iesgo la i r ra c i o n a l i d a d d e la c u l t u r a e s t ab lec ida , y se h a t r a t a d o al m i s m o t i e m p o d e d e s c u b r i r y d e m a n i f e s t a r las l íneas de desa r ro l lo m á s g r áv ida s de r a z ó n y d e fu turo p a r a esa m i s m a c u l t u r a .

Es u n a c e n t e n a r i a y po l émica h is tor ia d e n u e s t r a u n i v e r s i d a d q u e cor re pa re j a a los m o m e n t o s m á s g raves d e crisis del pa í s y q u e se inse r t a en el co razón d e la h i s to r i a d e t ens iones —ideo lóg ica s , sociales y po l í t i c a s— q u e h a s ido la viva h i s to r ia d e E s p a ñ a . J a l o n e s d e u n a h i s to r ia del esp í r i tu reformis ta d e n u e s t r a u n i v e r s i d a d ,

BOLETÍN AEPE Nº 26. María D. GÓMEZ MOLLEDA. Proyección cultural de la Universidad de Salamanca: Jalo...

m á s o p a c a y m e n o s b r i l l an te tal vez q u e la h is tor ia d e los g r a n d e s n o m b r e s s a l m a n t inos , p e r o a n u e s t r o ju i c io no m e n o s i m p o r t a n t e y d e n s a . L a c o n c r e t a r e m o s en t res m o m e n t o s d e n u e s t r a h is tor ia c o n t e m p o r á n e a : el de la revoluc ión cu l tu r a l del sig lo X V I I I al X I X ; el m o m e n t o del Desas t r e ; y la e t a p a de los a ñ o s ve in te - t r e in ta de n u e s t r o siglo. E n c a d a u n o de los cuales la U n i v e r s i d a d s a l m a n t i n a proyecta su pensamiento renovador.

Salamanca y la revolución cultural en el cambio de siglo

L a p r e s e n c i a cr í t ica d e n u e s t r a U n i v e r s i d a d c o m i e n z a a acusa r se en u n o d e los m o m e n t o s m á s i m p o r t a n t e s d e n u e s t r a h is tor ia cu l tu ra l c o n t e m p o r á n e a : el m o m e n to d e la d u d a d e E s p a ñ a sobre sí m i s m a , en el qu ic io del siglo X V I I I al X I X .

H a s t a el siglo X V I I los e spaño les h a n vivido sat isfechos de su p a s a d o y seguros d e su p o r v e n i r . Pese a la concienc ia d e d e r r o t a pol í t ica y mi l i t a r q u e e m p i e z a a a c u s a r s e en es te c e n t u r i a . U n a s i tuac ión d e á n i m o l e v a n t a d o es, en gene ra l , el es tad o colec t ivo d e la E s p a ñ a del se isc ientos . U n a E s p a ñ a q u e ha s e p a r a d o las a r m a s d e las l e t ras y el f racaso d e sus e m p r e s a s exter iores , de sus t r iunfos en el esp í r i tu . El lo , a u n q u e se o igan ya la voz d e un Gincs de Sepú lveda , por e jemplo , q u e j á n d o s e d e la p é r d i d a d e a l g u n a s v i r t udes e spaño la s a c a u s a del lujo y la molicie . Pe ro el p r o b l e m a d e la r e c u p e r a c i ó n d e la sob r i edad se m i r a c o m o un p r o b l e m a de pos ib le so luc ión p a r a la c o m u n i d a d nac iona l .

T e n e m o s q u e l legar al X V I I I p a r a e n c o n t r a r la España que duda de si misma, p r o p i a m e n t e h a b l a n d o , y a la h o r a d e los i lus t rados e spaño les , C a m p o m a n e s , C a b a r r u s , O l a v i d e , J o v c l l a n o s . E n c o n t r a r e m o s ya d iagnós t i cos sobre la d e c a d e n c i a y u n o s p l a n e s d e r e fo rma en los q u e la u n i v e r s i d a d , la j u v e n t u d y su educac ión en ú l t i m a i n s t a n c i a c o m i e n z a n a j u g a r un pape l i m p o r t a n t e . Se p iensa en la conveniencia d e f o r m a r u n h o m b r e n u e v o españo l , un h o m b r e m e n o s h ida lgo , pe ro más útil. P a s a a p r i m e r p l a n o la finalidad social de la e d u c a c i ó n p rop i a del se tec ientos . La felicid a d p ú b l i c a , m i r a d a bajo el p r i s m a de la p r o s p e r i d a d m a t e r i a l de la nac ión , se h a c e el p r i n c i p a l ob je t ivo d e la p r e o c u p a c i ó n educa t i va . Y los p l anes de e n s e ñ a n z a vend r á n inse r tos d e n t r o d e u n a n c h o p l a n de r egene rac ión nac iona l . En función del c o n c e p t o e c o n ó m i c o d e la d e c a d e n c i a e spaño la , el ideal p r o p u e s t o p a r a la fo rmac ión d e la j u v e n t u d se rá un ideal d i s t in to del an te r io r : « p a n y luces y luces q u e t r a i g a n el p a n » . C o m o t e s t i m o n i o d e esta p r e o c u p a c i ó n b á s t e n o s c i tar u n o d e los textos m á s s u g e r e n t e s d e J o v c l l a n o s en el Elogio d e C a r l o s I I I .

¿Cuáles son las útiles verdades que recogió [España] por fruto de las vigilias de sus sabios? ¿De qué le sirvieron los estudios eclesiásticos...? ¿De qué la jurisprudencia?... ¿De qué las ciencias naturales, sólo conocidas por el ridículo abuso que hicieron de ellas la Astrología y la Química? ¿De qué, las matemáticas, sólo cultivadas especulativamente y nunca convertidas ni aplicadas al beneficio de los hombres? Y si la utilidad es la mejor medida del aprecio, ¿cuál se deberá a tantos hombres como se nos citan a cada paso para lisonjear nuestra pereza y nuestro orgullo?

P a r a e n c o n t r a r e l a b o r a d o el t ipo de j u v e n t u d «út i l» , c o n t r a p u e s t o a la h ida lga d e los siglos a n t e r i o r e s , t e n d r í a m o s q u e i n t r o d u c i r n o s en las r eun iones d e Q u i n t a n a con sus a m i g o s , en las d e los M o r a t i n e s , en el Sa lón de las Soc iedades d e A m i g o s del Pa í s , o s e n c i l l a m e n t e en a l g u n a s de las au l a s y t e r tu l ias un ive r s i t a r i a s d e Salam a n c a .

L a U n i v e r s i d a d de S a l a m a n c a tenía por en tonces , a fines del siglo X V I I I — e s c r ibe D á v i l a — « u n exce len te colegio d e filósofos con m u c h o s med ios ma te r i a l e s de


e n s e ñ a n z a , u n a c r e d i t a d o colegio de j u r i s p r u d e n c i a , y u n a d o c t a escue la teológica . . . » .

Y a s i m i s m o c o n t a b a con u n a j u v e n t u d un ive r s i t a r i a s u m a m e n t e i n q u i e t a y a m i ga d e i n n o v a c i o n e s , a c o s t u m b r a d a por sus profesores a la d i scus ión y a la cr í t ica de las cues t iones p ú b l i c a s , e spec i a lmen te d e aque l l a s q u e a fec t aban a la U n i v e r s i d a d .

E n las t e r tu l i a s s a l m a n t i n a s se m e z c l a b a n las cor r ien tes ideológicas con las pol ít icas , n o o lv idemos q u e c u a n d o la convivenc ia nac iona l no es tá resue l ta , c o m o s u b r a y ó F e r n á n d e z C a r v a j a l , el p e n s a m i e n t o q u i é r a s e o no se q u i e r a se t iñe d e pol í t i ca y h a s t a los in te lec tua les m á s asépt icos se conv ie r ten en in te lec tua les c o m p r o m e t i d o s . Y con los p r o b l e m a s ideológicos y polí t icos a p a r e c e n los pedagóg icos . Lo p e d a gógico i m p r e g n a la v ida in te lec tua l d e E s p a ñ a . C a d a crisis pol í t ica d a r á l uga r a n u e v o s p l a n e s d e e s tud io y a e n t i d a d e s d e c u l t u r a d e s t i n a d a s a la d ivu lgac ión d e la c ienc ia , q u e se c reen l l a m a d a s , n o r m a l m e n t e m e d i a n t e la i m p o r t a c i ó n i n g e n u a de m o d e l o s ex t r an j e ros , a r e g e n e r a r el pa í s .

El g r u p o r e f o r m a d o r d e la U n i v e r s i d a d de S a l a m a n c a e s t a b a p r e s id ido en el m o m e n t o a q u e nos refer imos a h o r a por R a m ó n Sa las , C a t e d r á t i c o de D e r e c h o ( c u y a v ida y p e n s a m i e n t o h a s ido e s t u d i a d a r e c i e n t e m e n t e en u n a tesis d o c t o r a l ) .

E n t o r n o a él y a o t r a figura d e g r a n pres t ig io en la U n i v e r s i d a d M e l é n d c z V a l d é s , q u e fue d i sc ípu lo d e Sa las y m a e s t r o de Q u i n t a n a (figura e s t u d i a d a po r el h i s p a n i s t a D e r o z i e r ) , a r r a i g a el g r u p o i l u s t r ado s a l m a n t i n o m á s c o m p r o m e t i d o con las q u e e s t i m a re formas inexcusab les de la v ida p ú b l i c a e spaño la . E n este g r u p o figuran C a d a l s o , Nicas io Ga l l ego , J o s é B a r t o l o m é G a l l a r d o y Nicas io Alva rez C ien -fuegos, escolares todos d e las au las s a l m a n t i n a s .

El g r u p o e s t a b a en e s t r echa re lac ión ep i s to la r con J o v e l l a n o s , el g r a n re formad o r de l siglo X V I I I e spaño l y p ro t ec to r del ob i spo T a v i r a , el «Fene lón e spaño l» , o b i s p o d e S a l a m a n c a , g r a n a m i g o de M e l é n d e z y del p r o p i o d o n M e l c h o r .

E s t a éli te in te lec tua l de S a l a m a n c a no p o d í a e s t a r a jena a la p r e o c u p a c i ó n r eno v a d o r a . L a p r o p i a U n i v e r s i d a d vivía ya c u e s t i o n á n d o s e a sí m i s m a y p e r s i g u i e n d o la r e n o v a c i ó n p r o f u n d a de la ins t i tuc ión un ive r s i t a r i a . A c t i t u d reformis ta q u e se m a t e r i a l i z a b a t a n t o en la p ropos ic ión de nuevos p l anes de e n s e ñ a n z a p a r a las p r o p i a s f acu l t ades — e l d e m e d i c i n a de F ranc i s co Vélez y de J u a n M e d i n a d e 1766, o las p r o p u e s t a s sob re la r enovac ión del e s tud io d e las m a t e m á t i c a s y de la filosofía de T a d e o O r t i z o M e l é n d e z V a l d é s — y q u e se h a c e p a t e n t e a s i m i s m o , en las r e u n i o n e s d e profesores y a l u m n o s en las q u e p u e d e recogerse u n a v e r d a d e r a an to log ía d e j u i c i o s cr í t icos sob re la s i tuac ión un ive r s i t a r i a .

E n c a u z a d o r de las po l émicas científicas e ra po r en tonces el rec tor d o n D iego M u ñ o z T o r r e r o , q u e m á s t a r d e , c o m o s a b e m o s , h a b r í a d e p res id i r las r evo luc iona r ias C o r t e s d e C á d i z .

A h í e s t án las p a l a b r a s del rec tor T o r r e r o , en su l u c h a con el i nmov i l i smo acad é m i c o : « T o d a la nac ión t iene d e r e c h o a q u e la U n i v e r s i d a d no p iense en o t r a cosa m á s q u e en p r o p o r c i o n a r a los j ó v e n e s los med ios necesar ios p a r a h a c e r sólidos p r o g r e s o s en sus facu l tades respec t ivas» , c o n t r i b u y e n d o a i n s t a u r a r en su d e b i d o p u e s t o a las n u e v a s d i sc ip l inas : «a la m e d i c i n a y filosofía, q u e o c u p a n la a t enc ión d e las p r i n c i p a l e s a c a d e m i a s de E u r o p a » . T o r r e r o e n l a z a b a con la l ínea d e T o r r e s V i l l a r roe l c u a n d o en f r en t ándose con a lgunos colegas s a l m a n t i n o s d e m a s i a d o aferrad o s a c ie r tas t r ad ic iones e x c l a m a b a : « q u e no se d iga en los siglos ven ide ros q u e la U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a , po r los años de 1761, d u d ó o se o p u s o a la e n s e ñ a n z a y a d e l a n t a m i e n t o s d e las c iencias út i les».

O esas o t r a s p a l a b r a s d e R a m ó n d e Salas en sus lecciones d e D e r e c h o púb l i co i n t e r n a c i o n a l , a d e l a n t á n d o s e ya a la m o d e r n i d a d : « L a I n s t r u c c i ó n cons t i t uye el


ú n i c o m e d i o p a r a u n i r al p u e b l o y convencer l e de sus de rechos e in te reses» , q u e s u e n a n a las cé lebres frases d e M a c h a d o al h a b l a r d e la necesa r i a difusión d e la c u l t u r a en sus textos sobre la Escuela Popular de Sabiduría Superior.

D a d o es te a m b i e n t e , no es e x t r a ñ o q u e S a l a m a n c a fuese t a m b i é n el p r i m e r Es tu d io e s p a ñ o l d o n d e h a l l a r o n eco en tu s i a s t a las n u e v a s ideas pol í t icas q u e se impus i e r o n en E s p a ñ a con las C o r t e s d e C á d i z , cosa q u e h a b r í a de cos tar le en 1814 n a d a m e n o s q u e la p é r d i d a de c á t e d r a d e doce d e sus m á s pres t ig iosos profesores y el d e s c e n s o sens ib le d e su m a t r í c u l a , ya q u e po r t e m o r a r epresa l i a s del g o b i e r n o a b s o l u t i s t a d e F e r n a n d o V I I m u c h a s familias r e t i r a ron d e la U n i v e r s i d a d la m a t r í cu l a d e sus hi jos.

El c a m b i o d e r é g i m e n t rae consigo la i n t e rp re t ac ión pol í t ica d e la d e c a d e n c i a . El R e f o r m i s m o p e d a g ó g i c o d e p r inc ip ios del X I X , a d e m á s d e n o m b r e s út i les , b u s c a r á f o r m a r c i u d a d a n o s , h o m b r e s capaces d e a s imi la r y sos tener el nuevo s i s t ema const i t u c i o n a l c lave d e la m o d e r n i z a c i ó n del pa ís . Se t r a t a r á d e fo rmar en s u m a u n a g e n e r a c i ó n d e esp í r i tu l ibera l , q u e a segure la pe rv ivenc ia del n u e v o r ég imen .

E s t a f ina l idad pol í t ica se adv ie r t e en los p lanes educa t ivos de la p r i m e r a m i t a d de l s iglo. C a d a u n a d e las s i tuac iones , ya m o d e r a d a s , ya p rogres i s t a s ; c a d a u n o d e los g o b i e r n o s h a r á d e s d e a h o r a su c o r r e s p o n d i e n t e re forma de la ins t rucc ión púb l i ca .

Gi l y Z a r a t e , h i s t o r i a d o r d e es tas re formas pedagóg icas (y u n o de los p r inc ipa les a u t o r e s de l P l a n d e 1845) no se r e c a t a en s u b r a y a r r epe t ida s veces a lo la rgo d e sus t res v o l ú m e n e s la i m p o r t a n c i a d e la finalidad pol í t ica d e las m i s m a s :

La cuestión de enseñanza es cuestión de poder; el que enseña, domina, puesto que enseñar, es formar hombres y hombres amoldados a las mismas vías del que los adoctrina.

E n este g r u p o d e p r e o c u p a c i o n e s , c a p t a d o i n m e d i a t a m e n t e por los in te lec tua les d e S a l a m a n c a , la U n i v e r s i d a d e l a b o r a r á a pet ic ión d e las p rop i a s C o r t e s de C á d i z u n l u m i n o s o informe: p a r a la r enovac ión total d e la e n s e ñ a n z a en el pa ís ( informe s o b r e el q u e h e m o s d i r ig ido un i n t e r e san t e t r aba jo d e l i cenc i a tu ra ) : «El ob je to q u e m á s h a p r o c u r a d o la a t enc ión de la U n i v e r s i d a d — d i c e el P l a n — es fo rmar tal u n i d a d d e ideas y s en t imien to s en el esp í r i tu púb l i co q u e p r o d u z c a n y h a g a n genera les e i n a l t e r a b l e s el r e spe to y el a m o r d e b i d o a las leyes del e s t a d o , a la Rel ig ión, al R e y y a la f o r m a de G o b i e r n o . »

El in fo rme con t i ene a v a n c e s i m p e n s a b l e s po r la fecha en q u e se escr ibe , 1814. P r o p o n e la gene ra l i zac ión d e la e n s e ñ a n z a — h a s t a en tonces r e s t r ing ida a u n a é l i t e— m e d i a n t e el e s t a b l e c i m i e n t o d e escuelas en todos los pueb lo s , p a r r o q u i a s o concejos d e la m o n a r q u í a .

P r o p o n e t a m b i é n , con un e x t r a o r d i n a r i o sen t ido p rác t i co y rea l i s ta , el es tablec i m i e n t o d e e n s e ñ a n z a de a g r i c u l t u r a y m e c á n i c a p o r q u e , e n t e n d í a la U n i v e r s i d a d , q u e ta les e n s e ñ a n z a s « e r a n las m á s a d e c u a d a s a un pa ís e s enc i a lmen te agr íco la» . Sug i e r e u n s i s t ema d e eva luac ión , q u e a n d a n d o el t i e m p o ser ía el n o r m a l , a base d e u n l ib ro esco la r l l evado po r c a d a a l u m n o y c o n t r o l a d o p o r los a y u n t a m i e n t o s . Y q u e la conces ión d e los d e r e c h o s polí t icos de los e spaño les es tuviesen en re lac ión a su r e c o n o c i d a c a p a c i d a d «de leer, escr ib i r y c o n t a r » , y p a r a q u e n a d i e pud i e se a b u s a r d e la i g n o r a n c i a d e los electores en po t enc i a — a l u s i ó n c la ra al c a c i q u i s m o i m p e r a n t e ya en t oda E u r o p a y e spec i a lmen te en E s p a ñ a — recién e s t r e n a d o el r é g i m e n d e m o c r á t i c o .

El i n fo rme se p r o n u n c i a b a a s i m i s m o po r la no prol i feración del n ú m e r o d e u n i v e r s i d a d e s y sal ía al p a s o d e la facil idad con q u e se p rove í an po r el E s t a d o los e m p l e o s y ca rgos púb l i cos d e la e n s e ñ a n z a , sin g a r a n t í a d e conoc imien to s especia les ,


f avo rec i endo así la i gno ranc i a — s e dice t e x t u a l m e n t e — «con per juic io d e los h o m bres v e r d a d e r a m e n t e i l u s t r ados» .

F i n a l m e n t e d e b e m o s s u b r a y a r , po r la m e n t a l i d a d m o d e r n a q u e el h e c h o revela , q u e el c e n t r o del p r o g r a m a d e es tud ios p r o p u e s t o p o r la un ive r s idad e ra el h o m b r e : « L o q u e la U n i v e r s i d a d qu i e r e e n s e ñ a r es p r i n c i p a l m e n t e la c iencia del h o m b r e . El c o n o c i m i e n t o del h o m b r e vivo, el anál is is de sus ideas , y el o r igen y resor tes d e sus afectos y pas iones .»

L a d i sc ip l ina base e ra , pues , la q u e el p l a n l l a m a fisiología o v e r d a d e r a metafísica « q u e p u e d e l l a m a r s e — p r e c i s a n los a u t o r e s — con su p r o p i o n o m b r e a n t r o p o l o g ía c o m o lo h a n c o m e n z a d o a d e s i g n a r los a l e m a n e s » . R e m a t a b a el p l an el e s tud io d e la n a t u r a l e z a y el e s tud io d e la rel igión.

C o n s c i e n t e s del a v a n c e q u e s u p o n í a , el p royec to conc lu ía con las s igu ien tes frases: « C o n o c i e n d o la U n i v e r s i d a d q u e un p lan n u e v o d e e n s e ñ a n z a q u e s u p r i m e U n i v e r s i d a d e s , h a c e va r i ac iones en las c á t e d r a s y a s i g n a t u r a s . . . no p u e d e m e n o s de p r o d u c i r d u d a s y c o n t i e n d a s , l l a m a la a t enc ión del Leg is lador , p a r a q u e el p l a n no p r o d u z c a , ni a l a r m a gene ra l , ni resul te e s p e r a n z a e n g a ñ a d a . »

El in fo rme e s t a b a firmado po r el p r o p i o r e c t o r M a r t í n Hino josa , po r el secre ta r io d e la U n i v e r s i d a d d o n J o s é L e d c s m a y po r c inco profesores m á s .

M u y i n t e r e s a n t e ser ía el c o m e n t a r i o d e lo q u e este informe s u p u s o p a r a los p l a n e s d e i n s t rucc ión p ú b l i c a pos te r iores y c o m o el m o v i m i e n t o de ideas s a l m a n t i n o sob rev ive a lo l a rgo del t i e m p o p a r a ejercer u n a decis iva inf luencia en las e s t r u c t u r a s e d u c a t i v a s del pa í s , pese a la d ia léc t ica reformis ta — a n t i r r e f o r m i s t a q u e c a r a c te r i za la v ida p ú b l i c a del ochoc ien tos .

A h o r a b ien h e m o s d e reconocer q u e las re formas c a m i n a r o n l e n t a m e n t e y q u e la j u v e n t u d e s p a ñ o l a d e la p r i m e r a m i t a d del siglo no co lmó las e s p e r a n z a s del g r u p o i n n o v a d o r . L o m i s m o Alca lá G a l i a n o q u e M e s o n e r o R o m a n o s , dos test igos excepc iona les d e su t i e m p o , nos ofrecen d a t o s expres ivos , q u e n o de jan luga r a d u d a s s o b r e el t a l a n t e j u v e n i l del m o m e n t o . Sus textos i n d u c e n a la reflexión. N o h a seguid o en E s p a ñ a u n a evoluc ión n o r m a l la j u v e n t u d «úti l» y « c i u d a d a n a » q u e se q u i s o f o r m a r . L a g u e r r a d e la i n d e p e n d e n c i a a v e n t ó po r los c a m p o s de b a t a l l a a la juvent u d e s t u d i a n t i l . Y es u n t ipo de h o m b r e j o v e n , b a s t a n t e a le jado del q u e se q u i s o log ra r el q u e i m p e r a . J u v e n t u d d e p o s g u e r r a con todos los ca r ac t e r e s d e tal . En ella a p a r e c e n en u n a i n m e n s a g a m a d e t o n a l i d a d e s las d i s t i n t a s clases d e ca l ave ras , l e c h u g i n o s , e l egan te s y pol los descr i tos po r L a r r a en sus a r t í cu los d e c o s t u m b r e s .

D e es ta j u v e n t u d s a l d r á n , i m p r o v i s a d o s , pese a las e s p e r a n z a s d e los r e fo rmad o res los d i r i g e n t e s y g o b e r n a n t e s d e la p r i m e r a m i t a d del siglo. M e s o n e r o R o m a n o s nos h a c e n o t a r en sus expres iones la falta d e p r e p a r a c i ó n pol í t ica y de m a d u r e z en las ideas d e estos j ó v e n e s q u e l legan a los pues tos c lave d e la soc iedad .

Aquella juventud alegre, descreída, frivola y danzadora, con el transcurso de los años, la experiencia de la vida y las revueltas de los tiempos, se convirtió luego en representante de las nuevas ideas de una nueva sociedad.

U n o s se d e d i c a r o n a las a r m a s , c o m o C ó r d o b a , C o n c h a , N a r v á e z , O ' D o n n e l l ; o t r o s , al cu l t ivo d e las le t ras , c o m o Gil y Z a r a t e o V e n t u r a de la V e g a : m u c h o s d e s c u b r i e r o n do tes excepc iona les p a r a la o r a t o r i a t r ibun ic i a , c o m o O l ó z a g a , Esco-s u r a y G o n z á l e z B r a v o . Y todos , és ta es la v e r d a d , se e n c o n t r a r o n d e la noche a la m a ñ a n a i m p r o v i s a d o s pol í t icos y h o m b r e s de g o b i e r n o .

E s t a j u v e n t u d n o llegó a fo rmarse s e r i a m e n t e p a r a la pol í t ica , ni t o m ó conc iencia d e su r e s p o n s a b i l i d a d social pe ro , u n a m i n o r í a i m p o r t a n t e sí a d q u i r i ó , t e r c i ado el ochoc ien tos , u n s i n g u l a r esp í r i tu de oposición y resistencia a todo lo muerto y caduco.


V a l d r í a la p e n a segui r los pasos a esta m i n o r í a f o r m a d a en S a l a m a n c a y en o t r a s u n i v e r s i d a d e s e s p a ñ o l a s .

C o m o t a m b i é n v a l d r í a la p e n a d e t e n e r n o s a c o n s i d e r a r o t ros a spec tos de la in f luenc ia c u l t u r a l d e la U n i v e r s i d a d s a l m a n t i n a en el siglo X I X — c o m o su cr í t ica al p r o y e c t o del cód igo civil del p a í s — , o la i m p o r t a n c i a del esfuerzo h e c h o po r profesores y a l u m n o s p a r a l ib ra r al e s tud io s a l m a n t i n o del c e n t r a l i s m o es ta ta l (a c o n s e c u e n c i a del p l a n d e in s t rucc ión púb l i ca del 1857), y del sitio e c o n ó m i c o imp u e s t o p o r el E s t a d o a las un ive r s idades de p rov inc ia . Se p u e d e n recor re r las lecc iones i n a u g u r a l e s d e cu r so d e d e t e r m i n a d o s profesores s a l m a n t i n o s , q u e son claro e x p o n e n t e d e sus « p r o n u n c i a m i e n t o s » a c a d é m i c o s — v a l g a la e x p r e s i ó n — frente a es tos a b u s o s , a p r o v e c h a n d o el eco y la m a y o r a u d i e n c i a q u e la ocas ión d e a p e r t u r a d e c u r s o p o d í a p r e s t a r a sus ideas . L a un ive r s idad en la voz de sus ca t ed rá t i cos se l a m e n t a , y con r azón , del c e n t r a l i s m o d e M a d r i d , q u e lo a b s o r b e todo . Es en ton ces c u a n d o c o m i e n z a a a p a r e c e r el f enómeno del r e sen t imien to de las p rov inc i a s — n o a jeno a m o v i m i e n t o s q u e e s t án en la m e n t e d e t o d o s — y la p rác t i ca del guada-lajarismo q u e en n u e s t r o lenguaje social c o r r e s p o n d e al c ó m o d o uso d e res id i r en M a d r i d s i rv i endo pues tos en las p rov inc ias i n m e d i a t a s . C o n f u n d i r la c a p i t a l i d a d con la n a c i ó n toda , fue un e r ro r q u e ya a p u n t ó E s p r o n c e d a a M e n d i z á b a l , y q u e r e p i t e n u e s t r a u n i v e r s i d a d al c r i t icar al gob ie rno : «Por la cap i ta l h a j u z g a d o de las p rov inc i a s . . . »

E n t r e t a n t o la v ida de las p rov inc ias y de las u n i v e r s i d a d e s d e p rov inc i a s c a m bia p r o f u n d a m e n t e . Sin la po tenc ia d e la a n t i g u a v ida a c a d é m i c a un ive r s i t a r i a , las p r o v i n c i a s se conv ie r t en en pueb los g r a n d e s . En 1857, el a u t o r d e la Ley U n i v e r s i t a r i a d e este a ñ o , C l a u d i o M o y a n o , p o d í a dec i r con r azón : «En r igor no h a y m á s u n i v e r s i d a d q u e la d e M a d r i d » ; a las d e m á s «se les l l a m a u n i v e r s i d a d e s a u n q u e en su esenc ia n o les q u e d a de es to m á s q u e el n o m b r e » . Y c i e r t a m e n t e sin el esfuerzo d e a l g u n o s p r o h o m b r e s s a l m a n t i n o s — c o m o el p a d r e C á m a r a — la u n i v e r s i d a d de S a l a m a n c a h a b r í a d e s a p a r e c i d o . Pero a q u í , en S a l a m a n c a c o m o h a escr i to el profesor E c h e v a r r í a «se p l a n e a r o n las ba t a l l a s q u e en M a d r i d se g a n a r o n » .

P o d í a m o s l l a m a r la a t enc ión sobre o t ro hecho un ive r s i t a r io i m p o r t a n t e y p a r a dój ico d e n u e s t r o siglo X I X . M i e n t r a s la un ive r s idad s a l m a n t i n a l u c h a c o n t r a la m u e r t e frente al c e n t r a l i s m o e d u c a t i v o , crecen p u j a n t e m e n t e fuera d e n u e s t r a s front e r a s las u n i v e r s i d a d e s h i s p a n o a m e r i c a n a s q u e a i m a g e n y s e m e j a n z a d e la d e Salam a n c a — c o n los ojos pues tos en nues t ro s E s t a t u t o s , c o m o h a d e m o s t r a d o u n a inves t igac ión r e c i e n t e — florecen y se d e s a r r o l l a n e s p l é n d i d a m e n t e .

P e r o h e m o s d e p a s a r fo rzosamen te a o t ro m o m e n t o clave d e n u e s t r a h i s tor ia . El de l 98 , la m a ñ a n a del siglo X X , c o m o di r ía O r t e g a .

La Universidad de Salamanca y las crisis modernizadoras del siglo XX. El 98

E v o q u e m o s a h o r a la p resenc ia d e la U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a en las crisis en q u e el pa í s s igue v iv iendo t r á g i c a m e n t e su c a m i n o hac i a la m o d e r n i d a d .

D u r a n t e las ú l t i m a s d é c a d a s del siglo X I X , las cosas h a n c a m b i a d o m u c h o en E s p a ñ a . E n esa e t a p a a la q u e C a l d o s l l amó , con ev iden te m a l h u m o r , la e t a p a délos años bobos se h a ido f o r m a n d o u n a n u e v a j u v e n t u d , d i s t in t a po r su esti lo h u m a n o y p o r su m o d o d e p e n s a r , a la q u e an t e s d e s c r i b í a m o s d e m i t a d del siglo.

L a j u v e n t u d un ive r s i t a r i a h a c o m e n z a d o a l anza r se a las b ib l io tecas , a los l abor a t o r i o s , al a t e n e o . H a c o m e n z a d o a salir al ex t ran je ro , a espec ia l izarse , a t o m a r


p a r t e en C o n g r e s o s y r e u n i o n e s i n t e rnac iona l e s . H a e m p e z a d o a l ib ra r se , en fin, de los a n a t e m a s q u e sob re ella l a n z a b a Baro ja (Juventud, egolatría), Azor ín (Literatura, 1896) , el p r o p i o U n a m u n o (La juventud intelectual española) y sobre todo G i n c r de los Ríos (La universidad española). Los j ó v e n e s se h a n h e c h o b u e n o s l i te ra tos , p e n s a d o r e s , científ icos, pol í t icos . A l g u n o s se i n t e g r a n en los c u a d r o s in te lec tua les d e la E s p a ñ a d e la R e s t a u r a c i ó n .

M a r a ñ ó n en sus Ensayos liberales evoca p l a c e n t e r a m e n t e el i n t en to d e convivenc ia e n t r e los e spaño le s q u e s u p u s o aque l l a E s p a ñ a d e C á n o v a s , y la b r i l l an tez d e sus figuras: « V i v í a m o s — e s c r i b e — u n a exis tencia elísea: Si í b a m o s a la u n i v e r s i d a d p o d í a m o s oír la p a l a b r a viva d e M e n é n d e z y Pe layo , de G i n e r , d e Ca ja l . Si a b r í a m o s el pe r iód i co r ecog í amos el p e n s a m i e n t o recién a l u m b r a d o d e G a n i v e t y de U n a m u n o . Si e n t r á b a m o s en el A t e n e o e s c u c h á b a m o s a C á n o v a s y a C a s t e l a r . El l ib ro rec ién p u e s t o en los e s c a p a r a t e s e ra de G a l d ó s , d e A la r cón , d e P e r e d a , d e V a l l e - I n c l á n . . . E n las expos ic iones se p r e s e n t a b a n los c u a d r o s , de Rosa les , Sorol la , d e R o m e r o d e T o r r e s . . . E n las C o r t e s h a b l a b a n M a u r a y C a n a l e j a s . ¿ Q u é o t ro pa ís en la m i s m a é p o c a — c o n c l u y e M a r a ñ ó n — p o d r í a p r e s e n t a r u n a legión pa rec ida?»

D e p r o n t o sob rev ino el de sa s t r e del 98 . E s p a ñ a se q u e d ó c o m o a n o d a d a d a «sin p u l s o » . H a s t a q u e c o m o es s a b i d o , e m p i e z a en el pa ís lo q u e Azor ín con frase c e r t e r a h a cal if icado d e «feroz anál is is d e todo» en g u e r r a con el c o n v e n c i o n a l i s m o , y v a c u i d a d d e la v ida pol í t ica de la R e s t a u r a c i ó n . A u n q u e los ojos i m p l a c a b l e s d e los h o m b r e s del 98 v a n m u c h o m á s al lá d e lo formal , h a s t a el a l m a m i s m a d e E s p a ñ a , en b u s c a de t e r r eno sól ido en d o n d e h a c e r pie .

Y es a q u í en S a l a m a n c a , d u r a n t e los J u e g o s Flora les o r g a n i z a d o s en 1901, d o n d e J o a q u í n C o s t a , u n a de las voces r e p r e s e n t a t i v a s del de sa s t r e en lo pol í t ico — y en lo e d u c a t i v o — , p r o n u n c i ó esc d i scu r so fo rmidab le q u e yo calificaría de «ape l ac ión a los o t ro s h o m b r e s del 98», los h o m b r e s q u e s i l enc iosamen te , sin p a l a b r a s y sin voz, t e n í a n el fu turo d e E s p a ñ a en las m a n o s . Al desped i r se de S a l a m a n c a , C o s t a an i m a b a a su a u d i t o r i o a no in s t a l a r se en el do lo r y en el i nmov i l i smo d e la d e r r o t a , y a vo lve r a t o m a r el peso de los h o m b r e s r e n o v a d o r e s , en t r e los q u e c i t aba expresa m e n t e a figuras d e n u e s t r a un ive r s idad , a V i to r i a y A n t o n i o Agus t ín , M u ñ o z T o r r e ro , Q u i n t a n a y Nicas io Gal lego y a todos esos en cuyos p e n s a m i e n t o s y en cuyas o b r a s « p o d r í a n h a b e r t o m a d o r u m b o . . . los c reyen tes en u n a E s p a ñ a n u e v a » . «El h o n o r y la s e g u r i d a d d e la nac ión — c l a m ó C o s t a en tonces a n t e los c i u d a d a n o s s a l m a n t i n o s — es tán en m a n o s de los q u e a r a n la t ie r ra , d e los q u e c a v a n la v iña , de los q u e a r r a n c a n el mine ra l . . . D e los q u e e s t a m p a n los l ibros , d e los q u e a c a u d a l a n la c ienc ia , d e los q u e h a c e n los h o m b r e s y los c i u d a d a n o s e d u c a n d o a la n iñez . . .»

E s p a ñ a t en ía q u e m u d a r de piel, r o m p e r los mo ldes viejos, sufrir u n a t ransform a c i ó n h o n d a y r ad ica l d e todo su ser, y rea l iza r u n a revoluc ión in ter ior , h e c h a d e n t r o d e c a d a e spaño l , de c a d a familia, de c a d a loca l idad . D e b e r á t a m b i é n hace r « r e f o r m a s p r o f u n d a s en el r ég imen d e la e n s e ñ a n z a y la educac ión nac iona l» , d e s d e la escue la a la u n i v e r s i d a d .

¿Será necesa r io r e c o r d a r a q u í , el coraje con q u e d o n M i g u e l d e U n a m u n o , ca t e d r á t i c o en es ta u n i v e r s i d a d , d e s d e 1891, y rec to r d e las m i s m a s a p a r t i r d e 1900 se p u s o a la t a r e a , a c e p t a n d o este mensa je de realismo d e Cos t a?

P o r q u e u n a cosa es e s tud i a r y el g r a n d o n M i g u e l — e s c r i t o r del 98 del q u e o b v i a m e n t e n o voy a h a b l a r a q u í — , y o t r a , p e n s a r en el d o n M i g u e l docente e m p e ñ a d o en l levar a la u n i v e r s i d a d — e n l ínea con el esti lo reformis ta q u e e s t a m o s evocand o — p o r cauces c a p a c e s de forjar h o m b r e s a la a l t u r a de la c r u d a r e a l i d a d po r la q u e el pa í s a t r a v e s a b a . Los «ot ros» h o m b r e s del 98 , rea l i s tas , p e g a d o s a la t i e r ra y a sus p o s i b i l i d a d e s c e r c a n a s y m o d e s t a s , p e r o eficaces p a r a la r econs t rucc ión del pa í s :


« N o s h a c e n falta muchos hombres — c l a m a r á d o n M i g u e l en 1902— y no sólo u n o — c l a r a a lus ión a la t e n t a c i ó n de l m e s i a n i s m o — , y h o m b r e s q u e sean o t ros .»

»... Los n e c e s i t a m o s no y a n u e v o s , s ino m á s n u e v o s , nov í s imos , r enovados . . . » , c o n c l u í a d o n M i g u e l .

H o m b r e s e m p a p a d o s d e r ea l i dad , t r ans idos d e la v ida p o p u l a r a u t é n t i c a , c a p a ces d e u n i r en sí m i s m o s , la E s p a ñ a oficial, b r i l l an te y art if iciosa, con la E s p a ñ a rea l , i g n o r a d a y v i ta l : «Los j ó v e n e s q u e acu d í s hoy a es tas au l a s — d i r á en su d i scu r so d e a p e r t u r a d e c u r s o 1 9 0 0 - 1 9 0 1 — tenéis q u e i n t e r r o g a r a la r e a l i d a d m i s m a q u e se a b r e l ibera l a q u i e n la invoca . . . E n la v ida c o m ú n q u e os r o d e a , en lo q u e sucede en la p l a z a , en el m e r c a d o , en la feria, en el t e m p l o , en el h o g a r o en la c a m p i ñ a , late el p a s a d o m á s vivo a ú n q u e en todos los l ibros . . . ¿Sabéis c o m o vive el l a b r a d o r vec ino , o p o r q u é cu l t iva t r igo y n o o t r a cosa y c ó m o p a g a su r e n t a y su p a r t e al fisco y c ó m o se g a n a la v ida?»

A p r e n d e d a ve r a t r avés d e los l ibros la v ida y n o la v ida a t ravés d e los l ibros . . . E n b u s c a d e u n a u n i v e r s i d a d c o n e c t a d a con la r ea l i dad , d o n M i g u e l ejerce el

s a g r a d o d e b e r d e la cr í t ica , a los profesores , a los m é t o d o s , a los p r o g r a m a s , a los m a n u a l e s , a los h á b i t o s in te lec tua les , y a la c u l t u r a un ive r s i t a r i a a h í d o n d e la enc u e n t r a pe t r i f i cada . N o h a y r enovac ión pos ib le de la u n i v e r s i d a d p a r a él, si és ta no e n t r a en c o n t a c t o d i r ec to con la r ea l idad viva.

D e s d e el R e c t o r a d o , e n l a z a n d o con lo me jo r del esfuerzo un ive r s i t a r io s a l m a n t i n o , e s t a r á d i s p u e s t o a la re forma sin p a u s a y con pr i sa : « D e n t r o de unos d í a s , e sc r ibe a p o c o d e ser n o m b r a d o Rec to r , voy a M a d r i d a ver al M i n i s t r o , y si p u e d o h a r é en es ta E s c u e l a la revolución desde arriba. E n t o n c e s p r o c u r a r é verle .» La c a r t a e s t á d i r i g i d a a G i n e r d e los Ríos , q u e c o m o es s a b i d o , veía en la r enovac ión e d u c a t i v a la m a y o r e s p e r a n z a p a r a el futuro del pa í s .

Revolución desde arriba q u e en el con tex to m e n t a l d e d o n Migue l , q u e r í a dec i r , por u n l a d o , h a c e r r e fo rmas d e s d e la a l ta a d m i n i s t r a c i ó n , y, p o r o t ro , d a r s e p e r s o n a l m e n t e , ser u n p r ó d i g o esp i r i tua l , un a g i t a d o r d e esp í r i tus , p a r a p r o m o v e r en c a d a u n o , la revolución interior q u e suger ía C o s t a y s a c u d i r la inerc ia y el vac ío d e u n a e d u c a c i ó n n o sólo falta d e r ea l i smo s ino a y u n a d e a u t é n t i c o s con t en idos .

L a U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a a t ravés del r ec to r U n a m u n o , c o m p a r e c e ins is tent e m e n t e en las a s a m b l e a s un ive r s i t a r i a s q u e se o r g a n i z a n a nivel nac iona l d u r a n t e las p r i m e r a s d é c a d a s del siglo X X , en busca d e u n n u e v o m o d o de e n s e ñ a n z a , d e u n a n u e v a m a n e r a d e h a c e r c iencia y d e ejercer la l ibe r t ad d e inves t igac ión científica y la a u t o n o m í a d o c e n t e q u e n u e s t r a un ive r s idad h a b í a p r e c o n i z a d o h a c í a un siglo:

Un reducido número de maestros prestigiosos, reconocidos obreros de la cultura, basta para afirmar un centro docente, diría el rector Unamuno. Cuando el profesorado universitario haya conseguido verter nuevo vino de espíritu docente, en el viejo odre de nuestras universidades actuales, sólo entonces será posible una modificación de raíz en el régimen legal de la enseñanza... La salud está en nosotros los profesores y antes debemos pensar en lo que nos cumple dar que no en lo que hayamos de pedir.

Es te e sp í r i tu re formis ta d e S a l a m a n c a , d u r a n t e los a ñ o s crí t icos del 98 , e m p a l m a con los p l anes t a m b i é n r e n o v a d o r e s d e la gene rac ión del 15. Es d o n M i g u e l q u i e n h a c e d e co r rea d e t r a n s m i s i ó n en t r e a m b a s po r lo q u e respec ta a S a l a m a n c a . A z o r í n r e c u e r d a q u e el c a m b i o gene rac iona l se h a p r o d u c i d o :

Ot ra generación ha llegado. Hay en estos jóvenes más sistema, una mayor preocupación científica. Saben más que nosotros... dejémosles paso.


Es la g e n e r a c i ó n d e O r t e g a , c a t e d r á t i c o de Filosofía d e M a d r i d ; d e M e n é n d e z P ida l , d e Fi lología; d e A m é r i c o C a s t r o , d e H i s to r i a d e la L e n g u a ; d e S á n c h e z Alb o r n o z , c a t e d r á t i c o d e H i s t o r i a d e E s p a ñ a , d e R a m ó n y Ca ja l ; de J u l i á n R ive ra ; d e G a r c í a M o r e n t e ; d e F lores de L c m u s ; d e Rivera Pas tor ; de Adolfo P o s a d a . E n los á m b i t o s un ive r s i t a r ios y ex t r aun ive r s i t a r io s m á s escogidos — l a J u n t a d e a m p l i a c i ó n d e e s t u d i o s , el A t e n e o d e M a d r i d , la r edacc ión d e la Revista de Occidente y el d i a r i o El Sol, las e s t a n c i a s d e la Res idenc i a d e e s t u d i a n t e s (la C o l i n a de los C h o p o s c o m o la l l a m a r á J u a n R a m ó n ) se h a ido e n g r o s a n d o el n u e v o fe rmen to in te lec tua l , el núc leo d e j ó v e n e s c a t e d r á t i c o s y d e h o m b r e s d e profesiones l iberales d i spues tos a l levar a c a b o u n a p e d a g o g í a d e s d e a r r i b a . Desde a r r i b a , d e s d e las e s t r u c t u r a s d e p o d e r , c o m o d i je ra U n a m u n o , la m i n o r í a in te lec tua l q u e r r á a h o r a e n c a r g a r s e d e la e d u c a ción d e la m a s a , tal y c o m o O r t e g a expuso en su cé lebre conferenc ia Vieja y Nueva política.

L a s c a m p a ñ a s d e U n a m u n o y d e los ca t ed rá t i cos y e s t u d i a n t e s q u e con él colab o r a n (E lo r r i c t a , O n í s , S á n c h e z Rojas , e n t r e o t ro s ) , en la c i u d a d y en la p rov inc i a en p r o d e la r enovac ión un ive r s i t a r i a , son segu idas po r los in te lec tua les m a d r i l e ñ o s con g r a n in te rés . U n d i sc ípu lo le escr ibe a U n a m u n o d e s d e M a d r i d :

Giner, la J u n t a entera y el Instituto, entusiasmados con nuestras cosas de Salamanca, es ya frase en Madrid, que la única esperanza de España, es ya la universidad de Salamanca... Ortega me ha dicho hoy que realmente lo único que se ha hecho únicamente en España es lo de Salamanca.

La Universidad de Salamanca, en la etapa de la Dictadura a la República

L a in t eg rac ión d e n u e s t r a u n i v e r s i d a d , el p roceso d e m o d e r n i z a c i ó n del pa í s , l lega a h o r a a m o m e n t o s s u m a m e n t e cr í t icos y de l i cados p a r a el h i s to r i ado r . H a s t a a q u í el in t e rés y el esfuerzo po r un h o m b r e e spaño l m e n o s h ida lgo , m á s útil, m á s ciudadano y m á s realista. A h o r a se p l a n t e a en el pa ís u n a cues t ión todav ía m á s r a d i cal . A lo l a rgo d e esa d o c e n a d e años d e n u e s t r o siglo X X , q u e v a n d e 1923 a 1936, se p l a n t e a el p r o b l e m a d e la defensa d e los de rechos i n h e r e n t e s a la cond ic ión h u m a n a ; d e la conse rvac ión de las l i be r t ades f u n d a m e n t a l e s del h o m b r e y del c iud a d a n o .

D u r a n t e los a ñ o s ve in te y t r e in t a — l a u n i v e r s i d a d , en ú l t i m o t é r m i n o — yo m e a t r e v e r í a a dec i r , q u e la e n s e ñ a n z a s igue s i endo el t e m a d e los t e m a s en la v ida e s p a ñ o l a , t a n t o en la e t a p a de la D i c t a d u r a d e P r i m o d e R ive ra c o m o d u r a n t e el i n t e n t o fallido d e d e m o c r a c i a q u e fue la s e g u n d a R e p ú b l i c a e spaño la .

E n el caso d e U n a m u n o frente a la D i c t a d u r a , eje pol í t ico d e la c a m p a ñ a d e opos ic ión c o n t r a el la, tal vez n o se p u e d a es ta r d e a c u e r d o con d o n M i g u e l en lo q u e dijo y en c ó m o lo dijo. Es la e t a p a m á s po lémica , b ien lo s a b e m o s , d e su figura y d e su o b r a : «L legó a la d e s m e s u r a » a p u n t a J u l i á n M a r í a s . Pero no o b s t a n t e el h e c h o d e alzar la voz, en aque l los años a p r e m i a n t e s , sí t uvo u n s ignif icado p ro fundo y v a l o r a b l e , c o m o lo tuvo el q u e u n g r u p o d e ca t ed rá t i cos y a l u m n o s d e la U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a la alzase a su vez, a u n q u e c o m o en el caso del p r o p i o d o n M i g u e l t e n g a m o s q u e h a c e r a b s t r a c c i ó n d e las inevi tab les secuelas d e in t r iga pol í t ica y a p e t enc i a s inconfesables q u e t oda s i tuac ión , c o m o la q u e se p r o d u j o en la E s p a ñ a de la D i c t a d u r a , l leva cons igo .

H u b o p res t ig iosas voces en n u e s t r a un ive r s idad , q u e t a m p o c o de j a ron p a s a r la ocas ión , d e p r o t e s t a r c o n t r a los a t a q u e s a la l ibe r t ad , la v e r a c i d a d y la a u t o n o m í a


p e r s o n a l . I n d e p e n d i e n t e m e n t e de q u e don Migue l se convi r t iese en not ic ia pol í t ica , a h í e s t á n las man i fe s t ac iones d e u n a b u e n a p a r t e del c l aus t ro ; e n l a z a n d o con lo q u e ya e r a t r a d i c i ó n un ive r s i t a r i a , si se m i r a el r eco r r ido h is tór ico q u e a c a b a m o s d e hace r , d e s d e el siglo X V I I I . L a U n i v e r s i d a d de S a l a m a n c a h a b í a i n c o r p o r a d o c o m o p a r t e i r r e n u n c i a b l c de su vocac ión in te lec tua l , la c o s t u m b r e de in t e resa r se y r e sponsab i l i za r se p o r los d e r r o t e r o s de la v ida púb l i ca e spaño la .

E n este s e n t i d o , h e m o s de i n t e r p r e t a r la ac t i t ud d e un p u ñ a d o d e s a l m a n t i n o s , r e s i s t i éndose a d e t e r m i n a d a s m e d i d a s r educc ion i s t a s de la e n s e ñ a n z a por p a r t e del G o b i e r n o y a emi t i r d e t e r m i n a d o s informes, con objet ivos n a d a c laros , tal y c o m o h a p u e s t o d e rel ieve u n rec ien te t r aba jo de tesis de l i cenc ia tu ra :

Mientras dure el actual régimen de excepción, suspendidas las garantías constitucionales y restringida la libertad de pensamiento y de libre crítica, no debe la universidad, centro de la verdad y de la investigación, ni informar, ni asesorar cosa alguna, sino aguardar en silencio la suerte que se le reserve por el poder público.

D e n u e v o la U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a se a g l u t i n a r á en to rno a los profesores y e s t u d i a n t e s q u e r e c l a m a b a n in s i s t en t emen te l ibe r t ad d e e n s e ñ a n z a , l i be r t ad de a p r e n d e r , y l ib re esp í r i tu d e cr í t ica . El c ierre de d e t e r m i n a d a s a u l a s s a l m a n t i n a s j u n t a m e n t e con las d e M u r c i a , O v i e d o , S a n t i a g o , Sevilla y Va l l ado l i d , d ice b ien de la c o h e r e n c i a d e n u e s t r a un ive r s idad con sus ideas d e s i empre .

Bajo la s e g u n d a R e p ú b l i c a c o m o es bien s a b i d o c o b r ó r i t m o la re forma e d u c a t i va de l p a í s . Se u n i e r o n en tonces m o m e n t o s d e i lusión y d e a legr ía con los nuevos p l a n e s d e e n s e ñ a n z a q u e r ig ieron en t r e los años 1932 y 1936, sobre todo en la F a c u l t a d d e Filosofía y L e t r a s .

S a l a m a n c a c reyó al fin q u e h a b í a l l egado u n a n u e v a e t a p a p a r a la u n i v e r s i d a d . D o n M i g u e l d e U n a m u n o pensó q u e «la v e r d a d e r a revo luc ión» , «la h o n d a , la d e la conc i enc i a p ú b l i c a , se iba a b r i e n d o c a m i n o po r m á s d e n t r o d e las c a p a s q u e pod r í a m o s l l a m a r po l í t i cas d e la pob lac ión e s p a ñ o l a » y q u e iba a ser un h e c h o el a scenso a la conc i enc i a p ú b l i c a y c i u d a d a n a d e los í n t imos anhe los del p u e b l o .

T u v o el va lo r a ñ o s m á s t a r d e de escr ib i r la frase: «Nos e q u i v o c a m o s » : la ba t a l l a d e a y u d a r a la u n i v e r s i d a d a c u m p l i r su mis ión ten ía q u e c o m e n z a r o t r a vez. Vo lve r ía a r epe t i r l o a ñ o s m á s t a r d e , casi ya al b o r d e de la m u e r t e . D e n u e v o , e s t aba i n i c i a d a la b a t a l l a po r la d i g n i d a d del h o m b r e , po r el convencer an t e s q u e el vencer, fuera és te d e d e r e c h a s o de i zqu i e rda s .

Es te r e c o r r i d o po r la h is tor ia c o n t e m p o r á n e a de la U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a , a u n q u e h a y a s ido t a n s o m e r a m e n t e hecho , nos a u t o r i z a a en l aza r con las ideas q u e e x p r e s á b a m o s al c o m i e n z o de es tas p a l a b r a s .

L a c u l t u r a e s t ab l ec ida en t odas las l a t i t udes , en un m o m e n t o d a d o , p u e d e es ta r inf lu ida p o r la t i r an í a de la regla y la inerc ia del uso , tal fue el caso d e la c u l t u r a e s p a ñ o l a en m o m e n t o s crí t icos d e su h is tor ia .

Si r e c o n o c e m o s la nece s idad de u n esfuerzo c o n t i n u o d e t r ansg res ión reflexiva d e esa m i s m a c u l t u r a , p o r p a r t e d e los in te lec tua les , q u e g a r a n t i c e en u n a soc iedad la ex i s t enc ia d e la l i be r t ad cr í t ica , y el r espe to a la a u t o n o m í a del espí r i tu h u m a n o , fácil es conc lu i r n u e s t r o b a l a n c e sobre la p royecc ión cu l tu r a l del e s tud io s a l m a n t i no . U n a p r o y e c c i ó n q u e en su q u i n t a esencia h a cons i s t ido en alzar la voz, c o m o ejercicio d e acc ión cívica un ive r s i t a r i a , de r e s p o n s a b i l i d a d a n t e los p r o b l e m a s cu l tu ra les , y en su ú l t i m o t é r m i n o , pol í t icos del pa í s .

¿ Q u e n o d e b e e n t r a r la Pol í t ica en la un ive r s idad? , d i r ía d o n M i g u e l d e U n a m u n o , en su lección de d e s p e d i d a del a ñ o 1934. «Según a q u é se l l a m a pol í t ica , y a q u é se l l a m a u n i v e r s i d a d . »

Pol í t ica d e p a r t i d o s , de d i scord ias pol í t icas no . Pe ro Pol í t ica con m a y ú s c u l a , es


d e c i r Pol í t ica d e «civil», d e civi l ización esa sí: « T r i s t e y m e n g u a d o el po rven i r d e E s p a ñ a si es tos t e m p l o s civiles d e la c u l t u r a p a t r i a , se a c h i c a n y oscurecen , en oficinas d e facu l t ades profes ionales , p a r a g a n a r s e la v ida .»

L a u n i v e r s i d a d test igo d e civi l ización y d e cu l t u r a , es tá ob l i gada — a ñ a d í a el r e c t o r U n a m u n o — , a d a r la v ida por la p a l a b r a , «por la libertad de palabra».

C o n c l u y a m o s p u e s con d o n Migue l q u e la U n i v e r s i d a d d e S a l a m a n c a si h a de ser fiel a sí m i s m a , t e n d r á q u e segui r i nves t igando , e s t u d i a n d o , t r a b a j a n d o y hablando. P o r q u e la c u l t u r a en p a r t e se h e r e d a , pe ro en p a r t e hay q u e c o n q u i s t a r l a m e d i a n t e el p e n s a m i e n t o r e n o v a d o r y la p a l a b r a l ibre.



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Proyección cultural de la Universidad de Salamanca: Jalones ......Proyección cultural de la Universidad de Salamanca: jalones para una historia del reformismo salmantino M." D. Gómez