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(/) Mudanças Psíquicas e Comportamentais em Pacientes Diagnosticados Como Terminais (/atuacao/tanatologia/mudancas-psiquicas-e- comportamentais-em-pacientes-diagnosticados- como-terminais) Autor: Artur Gonçalves Rodrigues | Publicado na Edição de: Abril de 2013 (https://psicologado.com/edicoes/04/2013) Categoria: Tanatologia (/atuacao/tanatologia/) Resumo: O presente artigo tem como objetivos trazer informações a respeito do desencadeamento dos estágios psíquicos e comportamentais apresentados em pacientes diagnosticados como terminais e a intervenção do psicólogo com a abordagem existencialista diante do paciente terminal. Assim sendo, tais informações podem contribuir para divulgação e esclarecimento do tema e de sua contribuição em instâncias sociais, de políticas públicas e culturais por meio da análise de estudo de diversos especialistas no assunto. O presente artigo trata de uma pesquisa bibliográfica. Clínica de Recupera Tratamento de Transtornos Mentais. Plantão 24

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    Mudanas Psquicas e Comportamentais emPacientes Diagnosticados Como Terminais(/atuacao/tanatologia/mudancas-psiquicas-e-comportamentais-em-pacientes-diagnosticados-como-terminais)

    Autor: Artur Gonalves Rodrigues | Publicado na Edio de:

    Abril de 2013 (https://psicologado.com/edicoes/04/2013)

    Categoria: Tanatologia (/atuacao/tanatologia/)

    Resumo: O presente artigo tem como objetivos trazer informaes a respeito dodesencadeamento dos estgios psquicos e comportamentais apresentados empacientes diagnosticados como terminais e a interveno do psiclogo com aabordagem existencialista diante do paciente terminal. Assim sendo, tais informaespodem contribuir para divulgao e esclarecimento do tema e de sua contribuio eminstncias sociais, de polticas pblicas e culturais por meio da anlise de estudo dediversos especialistas no assunto. O presente artigo trata de uma pesquisabibliogrfica.

    Clnica de RecuperaoTratamento de Transtornos Mentais. Planto 24 Hs. Consulte-nos!

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    Palavras-chave: paciente terminal; morte; psiclogo e existencialismo.

    IntroduoO presente artigo tem como objetivos trazer, a partir de uma pesquisa bibliogrfica,

    informaes a respeito do desencadeamento dos estgios psquicos ecomportamentais apresentados em pacientes diagnosticados como terminais e ainterveno do psiclogo com a abordagem existencialista diante do paciente.

    Dessa forma, buscaremos explicitar as transformaes ocorridas no paciente querecebe o diagnstico de terminalidade em relao s mudanas comportamentais,psicolgicas e emocionais. Levando em considerao a viso da cultura ocidental, e amaneira pela qual o ser humano lida com este fenmeno humano inevitvel que amorte.

    Segundo Kbler-Ross (1991), um paciente ao ser diagnosticado como terminalpassa por cinco fases: negao, ira, barganha, depresso e aceitao. Esse ltimoestgio quando o paciente aceita a sua condio de moribundo e chega morte.

    A referida autora traz tambm a importncia de um acompanhamento psicolgicopara uma melhor aceitao e diminuio do seu sofrimento psquico diante da morte.

    Assim, iremos abordar a interveno do psiclogo dentro de uma perspectivaexistencial junto aos pacientes terminais. Assim, a Psicologia Existencial tem comoprincipal preocupao compreender e explicar a experincia humana. Ajudar o pacientea compreender por meio de reflexo que a morte parte de nossa existncia e anegao dela ser um empecilho para o autocrescimento.

    Diante desse contexto consideramos que este estudo relevante frente propostade cuidado do paciente terminal porque fornece informaes sobre os estgios damorte apontados por Elizabeth Kbler-Ross (1991) e vai contribuir para chamar aateno sobre a problemtica da terminalidade e suas peculiaridades, acreditamosainda que esse artigo de grande valia para todos os componentes de equipes desade e todas as pessoas que tem interesse de conhecer o assunto.

    O assunto foi abordado atravs da tica de diversos autores especialistas deassuntos referentes morte. Que falam da morte como um fenmeno inerente vida eda importncia da aceitao da morte pelo paciente que tem o diagnstico determinalidade. Tais autores, como Elizabeth Kbler-Ross (1979; 1991 e 2005) eCristiane Sotelo da Silva (2007) contribuem com seus pressupostos tericos paraesclarecimento dos problemas decorrentes da falta de conscincia e esclarecimentossobre o assunto da morte e seus estgios.

    Neste artigo foi utilizada como metodologia a pesquisa bibliogrfica e teremoscomo captulos a tanatologia, os estgios da morte e o papel do psiclogo dentro daabordagem existencialista diante do paciente em estado terminal.

    2 Tanatologia: Morte e Finitude.

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    A Tanatologia tem o significado de estudo da morte ou de questes relacionadas morte de acordo com o significado dos termos gregos e das literaturas utilizadas parafundamentar o presente artigo. A Tanatologia tida como a cincia que estuda osprocessos psicolgicos e emocionais relacionados perda, ao luto e mortepropriamente dita. Assim sendo, a Tanatologia a cincia que estuda a vida atravs datica da morte. (DASSUMPO, 1984).

    Mesmo com a contribuio da tanatologia ainda existe muita dificuldade entre osprofissionais da rea de sade em estabelecer o conceito de terminalidade, pois osrecursos existentes na atualidade so limitados para reconhecer a totalidade doscomponentes existentes na natureza como um todo, tornando-se difcil o diagnsticopreciso para determinar que o paciente no sobreviva ao estado em que se encontra(KBLER-ROSS, 1991).

    preciso que exista uma postura menos rgida por parte dos profissionais dasade e estudiosos da tanatologia para aceitar que h milhes de coisas que nopodemos compreender, mas que nem por isso deixam de existir, de ser verdadeiras(KBLER-ROSS, 1991). Em decorrncia da falta de conhecimento dos diversosaspectos existentes na natureza, h a utilizao do termo milagre quando ocorre umasituao diferente da que o mdico esperava aps a utilizao de todos os recursos damedicina (GUTIERREZ, 2001).

    O paciente terminal aquele sobre quem se tem a expectativa de morte numperodo relativamente curto de tempo (quando se esgotaram todas as possibilidadesde reestabelecimento das condies de sade do paciente), independentemente dasaes mdicas que so colocadas em prtica e que os mecanismos mdicos daatualidade no tenham nenhuma perspectiva de salv-lo, mas apenas de adiar suamorte (ALVES, 1991).

    A possvel chegada da morte na cultura ocidental um problema que pode causarmuito sofrimento tanto para o paciente que est diagnosticado como terminal comopara todas as pessoas que tem contato com o mesmo, pois na nossa sociedadeocidental, morrer um dos pontos culminantes e crticos da existncia humana,habitualmente relacionado tristeza e ao sofrimento. Falecer significa se despedir,deixar de fazer parte deste mundo, afastar-se do convvio de pessoas queridas. Morrercausa temor. o desconhecido que est por vir (KBLER-ROSS, 1991).

    As literaturas utilizadas como base para a formulao deste artigo afirmam que apresena de familiares e amigos, assim como acompanhamento psicolgico seapresenta como imprescindvel na situao do paciente terminal. Alm destes, ressaltada tambm a importncia da religiosidade, que contribuiria para a vivnciadesse momento de terminalidade com menos sofrimento (KBLER-ROSS, 1991).

    As pessoas do ocidente por estar em uma cultura que no ver a morte comoinerente a vida passam a ter comportamentos especficos para tentar retardar a morte.As pessoas utilizam vrios mtodos como cirurgias plsticas, exerccio fsico de formaobsessiva, acmulos de bens materiais, filhos para continuarem o nome e esto

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    dispostas a tudo para ficarem cada vez mais jovens. As pessoas esto cada vez maistentadas a prolongar a vida, vai distanciando da morte, no pensando nela, e procuraesquec-la (WEISS, 2009).

    Segundo Bromberg (1994), nossa cultura no incorpora a morte como parte davida, mas sim como castigo ou punio. A morte ganha contornos de finitude,causando ansiedade, angstia e medo. Morrer causa temor, o desconhecido que estpor vir.

    Segundo Silva (2007), as pessoas constroem suas prprias representaes damorte por meio das influncias culturais, familiares e das experincias pessoais suasprprias. Assim, a morte toma conceito e significados diferentes quando posta diantede alguma cultura, pois cada pessoa, grupo, povo, nao tem uma percepo diferenteda morte. A viso de morte definida e modelada de acordo com as vivencias, sendo,pois, influenciada pela cultura em que o indivduo est inserido.

    Dependendo da cultura a morte pode ser boa ou ruim, o fim ou o incio de umajornada, ou mais a priso ou a liberdade de um indivduo como consequncia de suasatitudes diante da vida. Dessa forma, a concepo que se tem sobre a morte e a atitudedo sujeito diante dela, tende a se alterar de acordo com o contexto histrico e cultural(SILVA, 2007).

    3 Os Estgios da Dor da MortePor meio da observao da mudana de comportamento dos pacientes

    diagnosticados como terminais a psiquiatra e pesquisadora Elizabeth Kbler-Rosselaborou um modelo que se tornou referncia quando se fala no assunto daterminalidade. Seu modelo prope uma descrio de cinco estgios pelo qual aspessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragdia. De acordo com esse modelo,pacientes com diagnsticos de terminalidade passam pelos cinco estgios da dor damorte. O modelo foi apresentado por Kbler-Ross (1991) em seu livro Sobre a morte e omorrer, publicado originalmente em 1969 (KBLER-ROSS, 1991).

    A referida autora fez alterao quanto ao termo estgios da morte para tarefasemocionais, pois passou a considerar que o termo estgio no correspondia realidade de todos os pacientes moribundos, pois em seus estudos posterioresobservou que esses estgios podem ser vividos de forma variada de pessoa parapessoa.

    No entanto, iremos utilizar a terminologia estgios, pois ainda hoje outrosestudiosos da rea referem-se aos estudos da autora sobre a morte como estgios.

    Dessa forma dividiu os cinco estgios da morte da seguinte forma: negao eisolamento; ira/ raiva; barganha; depresso e aceitao. Antes do primeiro estgioocorre o choque inicial, logo aps vem negao e isolamento (KBLER-ROSS, 1991).

    O estgio da negao e isolamento o momento pela qual o paciente tem ochoque a partir da descoberta da sua situao e se defende da ideia da morte,recusando-se ao aceit-la como realidade (KBLER-ROSS, 1991).

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    O estgio da raiva o momento no qual o paciente coloca toda sua revolta dianteda notcia de que seu fim est prximo e acha que uma injustia da vida aquilo estacontecendo com ela. E em consequncia disso, muitas vezes, o paciente chega a ficarirritado e/ou agressivo com as pessoas que esto ao seu lado (KBLER-ROSS, 1991).

    J o estgio da barganha o momento na qual o paciente tenta ser bemcomportado, na esperana de que isso lhe traga a cura. comum o paciente negociarcom o mundo espiritual ou com alguma divindade a sua cura, prometendo ser umapessoa melhor e apresenta uma melhora diante da enfermidade (KBLER-ROSS, 1991).

    O estgio da depresso a fase na qual o paciente se recolhe, vivenciando umaenorme sensao de perda. Quando o paciente percebe que sua barganha com omundo espiritual e/ou com alguma divindade no surtiu efeito e comea a tomarconscincia da sua real situao. O paciente entra em um estado depressivo, comacentuada baixa no otimismo e na esperana, mas a esperana permanece (KBLER-ROSS, 1991).

    E por fim o estgio de aceitao o qual muitos no conseguem alcanar. Ele considerado o momento no qual o paciente j no experimenta o desespero e nemnega sua realidade. comum que o paciente faa declaraes, perdes ereconciliaes. Esse um momento de descanso e serenidade antes dalonga viagem(KBLER-ROSS, 2005).

    Neste estgio h uma mudana de humor e de postura em pacientes prximos damorte. Ao aceitar a sua finitude os pacientes comeam a relaxar e apresentar umapostura serena, mais espiritualizada. E logo depois da morte suas feies demonstramuma paz, uma calma e uma serenidade (KBLER-ROSS, 1991).

    Segundo Santos (2008), alm dos estgios propostos por Kbler-Ross eleacrescenta mais um estgio que chamou de esperana. Ele afirma que o estgio daesperana est presente em todos os demais estgios. Assim sendo, a esperanaentraria como um estgio da dor da morte, mas de forma diferente dos outros estgios,pois ela estaria presente em todos os outros, dependendo da situao em pouca ougrande quantidade. Esse autor, contudo, no modificou os estgios propostos porKbler-Ross, mas apontou algo que no havia sido explicito diretamente pela autora. Jque a autora sempre fala da esperana como componente em todos os estgios,sendo, pois, consciente ou mesmo inconsciente.

    Assim, preciso compreender o quanto importante discutir e falar sobre a morteentre os profissionais de sade. Entender os estgios da morte se faz necessrio paraum atendimento humano. Entra ento em cena o profissional de psicologia paraacolher e tentar aliviar o sofrimento do paciente em estado terminal.

    4 O Papel do Psiclogo Dentro da Abordagem ExistencialistaDiante do Paciente em Estado Terminal

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    A psicologia existencialista tem como base a filosofia existencialista. Que deacordo com Maria Lcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins (1986), nosculo XIX, o filsofo dinamarqus Kierkegaard foi o primeiro a descrever a angstiacomo experincia fundamental do ser livre ao se colocar em situao de escolha e apartir dele houve o fortalecimento da filosofia existencialista e a criao da psicologiaexistencialista.

    E de acordo com Silva (2007), o existencialismo tem como principal preocupaocompreender e explicar a experincia humana. No existencialismo o ser humano composto pela relao entre trs instancia no mundo interno do sujeito, de suasinterrelaes e no mundo externo a ele. Esses trs mundos acontecemsimultaneamente na pessoa e se influenciam entre si. A existncia vista como umacontnua relao entre a pessoa com ela mesma e com o mundo (SILVA, 2007).

    Segundo Alexandria (2002), a sociedade de massa, tende a anular assingularidades dos indivduos e o pensamento da morte passa a exercer a funo defazer com que cada homem perceba que nico. Assim, para o paciente que vivencia oprocesso de finitude, o mundo torna-se diferente, como se ele parasse para quepossa recriar, valendo-se de suas prprias perdas e, novas possibilidades de vida.

    Diante desse contexto consideramos o papel do psiclogo imprescindvel. ParaSilva (2007), importante para a psicologia compreender e atuar nos processos deperdas e morte j que a mesma inerente vida e infere diretamente nas estruturaspsquicas do paciente com diagnstico de terminalidade.

    O psiclogo diante do paciente terminal deve ser um observador atento a cadadetalhe expresso pelo paciente e interveniente no processo de aceitao de suacondio atual, tendo como preocupao a sade mental da pessoa que est sob seuscuidados (SILVA, 2007).

    Esse profissional deve ter o foco no paciente, independentemente daabordagem ou da forma como conduzir ou se portar diante do paciente, tem que seadequar a maneira que trar uma reduo do medo, da ansiedade e da angstia dessepaciente hospitalizado (SILVA, 2007).

    Heidegger (apud ALEXANDRIA, 2002) fala da angstia do homem diante da morte,pois a angstia da morte algo que altera to radicalmente o ser humano. Todos osseres vivos morrem, verdade, mas vivem e morrem enquanto espcie, no podem terconscincia da mortalidade individual. O ser humano, entretanto, j no existe comoespcie e sim como indivduo. A angstia diante da prpria morte libera, individualiza edestaca o sujeito da massa, eleva o homem-espcie condio de um existenteautntico.

    A morte produz como consequncia dois sentimentos distintos: o medo e aangstia. Esses dois sentimentos nos impedem de pensar na morte. E emconsequncia estamos sempre evitando falar nela. Muitas vezes at conversamossobre a morte de outros, mas no da nossa. Observa-se que ao tomar conscincia daprpria finitude o sujeito poder se angustiar, desesperar ou se abrir para o

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    transcendente, dependendo da maneira de como ele interpretar este fenmeno. Odesespero ou a angstia poder o lanar em uma busca pertinente pelo sentido daprpria existncia (PINTO, 2010).

    Segundo o filsofo Martin Heidegger (1997), o medo nos convida a viver naimpropriedade, no atribumos sentido, deixamos que os outros e as circunstncias oatribuam, nos alienamos de ns mesmos, vivemos sempre correndo, com nossasagendas cheias de distraes que nos ocupam. Vivemos num sentido imprprio queno aponta em direo alguma, como uma finalidade sem fim. A partir disso entra opapel do psiclogo que trabalhar esse medo, mas o psiclogo precisar estpreparado para tal demanda.

    Assim, Silva (2007) afirma que cada ser humano demanda do psiclogo umapostura diferenciada de acordo com suas necessidades. Por isso importante que opsiclogo considere as diferenas existentes entre as pessoas.

    Dessa forma a autora supracitada traz que o psiclogo deve:

    [...] jamais subjugar o outro as suas prprias concepes ou desejos a respeito davida. Portanto, sensato e tico que as verdades e escolhas de vida sejamconstrudas pela prpria pessoa. O psiclogo ajuda a revelar aquilo que at ento seencontrava obscuro ou mal resolvido e somente a pessoa cabe escolher o quedeseja fazer dela mesma [...] (2007, p. 50).

    Diante desse contexto, o psiclogo dentro da abordagem existencial procurarjunto com o paciente lev-lo a compreenso por meio de reflexo que a morte partede nossa existncia e a negao dela vista como um empecilho para oautocrescimento e neg-la nos machucaria ainda mais (SILVA, 2007).

    Para Silva (2007) o bem-estar biopsicossocial do indivduo est intrinsecamenterelacionado com a aceitao de sua finitude. Por isso a grande importncia dopsiclogo ajudando o paciente no processo de aceitao da sua situao por meio dareflexo.

    Consideraes FinaisPesquisar e falar da morte em uma cultura que se nega e/ou evita olh-la como

    sendo parte da vida um desafio, pois s existe a vida porque existe a morte. H umaherana cultural no ocidente que dificulta e distorce a viso da morte e que a definecomo algo a ser colocado de lado, ou seja, algo que no necessita de ateno, assim aviso de morte nos dias atuais fica esquecida ou evitada. Partindo da dificuldade de sefalar do tema e da necessidade de expandi-lo surgiu ento a necessidade da pesquisabibliogrfica na rea de Tanatologia.

    A partir da necessidade de expanso do tema para contrapor o tabu de se negar amorte, o artigo se props a divulgao do tema com a inteno de que as pessoastomem conscincia de que a morte faz parte da vida. E o seu conhecimento prvio

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    tende a tonar mais fcil a aceitao de um diagnstico de terminalidade e assim, tornara partida menos dolorosa.

    Assim acreditamos que o conhecimento do tema por profissionais da sade,especialmente psiclogos, de extrema importncia para saber lidar com a dor e osofrimento do paciente terminal, podendo assim acolhe-lo e confort-lo.

    Este trabalho foi muito importante, pois a partir dele tenho a certeza que estou nocaminho certo e que a temtica da morte exatamente o que quero pesquisar eestudar. Fiquei maravilhado com as leituras de Kbler-Ross, a propriedade que a autoramostra em suas obras. E para todos que tenham contato com este artigo e quiserpesquisar a terminalidade indico as obras de Elizabeth Kbler-Ross.

    Sobre os Autores:

    Referncias:

    ALEXANDRINA, Israel. Morte e Filosofia. Disponvel em:http://ialexandria.sites.uol.com.br/textos/israel_textos/morte_e_filosofia.htm

    ALVES, Rubem. A morte como conselheira. In: CASSORLA, Roosevelt M. S.(Coord). Da morte. Campinas: Papirus, 1991.

    ARANHA, Maria Lcia de A. e Martins, M. Helena P. Filosofando; introduo filosofia. So Paulo: Moderna, 1986.

    BROMBERG, Maria Helena P.F. A psicoterapia em situaes de perdas e luto.

    So Paulo, Editorial Psy II, 1994.

    DASSUMPO, E., DAssumpo, G., & Bessa, H. A. Morte e suicdio: umaabordagem multidisciplinar. Petrpolis, RJ: Vozes, 1984.

    GUTIERREZ, Pilar L.. O que o paciente terminal?.Rev. Assoc. Med. Bras.,SoPaulo,v.47,n.2,jun.2001. Disponvel em, .

    KUBLER-ROSS, Elizabeth. A morte: um amanhecer. So Paulo: Ed.Pensamento, 1991.

    KUBLER-ROSS, Elizabeth. Perguntas e Respostas Sobre a morte e o morrer.So Paulo: Martins Fonte, 1979.

    KBLER-ROSS, Elizabeth. Sobre a Morte e o Morrer: o que os doentesterminais tm para ensinar a mdicos, enfermeiras, religiosos e aos seusprprios parentes. 8 ed. So Paulo: Martins Fontes, 2005.

    SILVA, Cristiane Sotelo da. (2007). Contribuies da psicologia existencial noenfrentamento das perdas e da morte. Itaja-SC: Universidade do Vale do Itaja.

    WEISS, Brian L. Muitas Vidas, Muitos Mestres. Rio de Janeiro: Sextante,

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