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Roberto Alves BanacoPUC-SP / Núcleo Paradigma
.
▪ Em ambos os casos:
Procedimentos específicos de avaliação para posterior intervenção
Procedimentos específicos de intervenção (tratamento)
Procedimentos experimentais de manipulação de variáveis
ou
“Meros” procedimentos de descrição como forma de identificar relações
sujeito-ambiente específicas
“Um erro freqüente é [considerar] que os eventos privados tais como pensamentos, sentimentos e estados fisiológicos são excluídos de uma análise funcional comportamental. Isto é incorreto (Skinner, 1989, Cap. 1).
... Eventos privados dão origem a dois tipos de problemas para uma análise funcional comportamental. Sturmey, 1996, pp. 15-16
Análise Funcional Comportamental DescritivaAnálise Funcional Comportamental Descritiva
Eventos abertos
observáveis mensuráveis
Eventos privados
Relato verbal (pode ser falseado)
Podem adquirir status causal na
análise
� Ensina ao cliente como fazer análise funcional de seu próprio comportamento§ Ex.: Miller (1978) ensinou seus clientes em um
grupo de alcoolistas a reduzirem sua taxa de grupo de alcoolistas a reduzirem sua taxa de beber por identificar e modificar os antecedentes do beber e a identificar estratégias alternativas ao comportamento de beber.
� A proposta por Skinner: inclui tanto correlações quanto descrições mais completas das relações entre eventos, obtidas por meio de manipulação obtidas por meio de manipulação experimental
§ Descrição e explicação são atividades essencialmente idênticas▪ Noção de explicação deve ser reduzida à noção ▪ Noção de explicação deve ser reduzida à noção
de descrição
§ Noção de causa deve ser substituída pela noção de função: explicar um fenômeno é igual a descrever a análise funcional do fenômeno.
� Causa e efeito (descrições “tudo ou nada” )§ forma primitiva de descrição.§ Presta-se melhor ao conceito de eliciação
� Probabilidade: ocorrência de uma resposta variacontinuamente ao longo dos extremos tudo-ou-nada.
� Probabilidade: ocorrência de uma resposta variacontinuamente ao longo dos extremos tudo-ou-nada.§ variáveis não "causam a ocorrência de um determinado
comportamento“§ tornam a ocorrência mais provável.§ permite lidar com o efeito combinado de várias destas variáveis.
Skinner, 1953
� Portanto: relação funcional substitui relação causal
Relação funcional
� Relações entre as duas variáveis são as leis de umaciência” .
Condições externas (variáveis
independentes)
Comportamento (variável
dependente)
� Apoio em:1. Selecionismo como modelo causal e funcionalismo
como princípio de análise2. Externalismo como recorte de análise2. Externalismo como recorte de análise3. Complexidade, variabilidade e caráter
idiossincrático das relações comportamentais4. Critério pragmático na definição do nível de
intervenção5. Distinção entre alcance da avaliação e alcance da
intervenção Neno, 2003
� Na clínica:
Relação funcional
� Relações entre as duas variáveis devem serobservadas
Condições externas (variáveis
dependentes)
Comportamento (variável
independente)
Comportamento
DepoisDepoisDepoisDepois
Reforçador
Aversivo
Considerável?
Provável?
Imediato?
Relação comporta-mental:
Apresentação
Remoção
Prevenção da
Contingência:
Reforçamento
Punição (positiva)
Punição (negativa ou penalidade)
Fuga
Esquiva
Comportamento – alvo
freqüência
DepoisDepoisDepoisDepois
Não se observa mudança
Prevenção da apresentação
Prevenção da remoção
Antes:
Condição motivadora
Operação
estabelecedora
Extinção?
Não operante?
1959: Skinner (Cumulative records) 1955 - What is psychotic behavior?1955 - What is psychotic behavior?
1957 - Psychology in the understanding of mental disease
FreqüênciaObedece a leis científicas
Causa problemas
� História da Medicina§ Necessidade de classificação das “doenças
mentais”§ Divergências nas nomenclaturas c/ ênfases em§ Divergências nas nomenclaturas c/ ênfases em
▪ Fenomenologia (descrição)▪ Etiologia (causa)▪ Curso (desenvolvimento)
Medicina (psiquiatria)Medicina (psiquiatria) Análise do Análise do ComportamentoComportamento
Fenomenologia Fenomenologia 22 na filosofia de William Hamilton (1788na filosofia de William Hamilton (1788--1856), a 1856), a descriçãodescrição imediata, anterior a qualquer imediata, anterior a qualquer explicação teórica, dos fatos e ocorrências psíquicasexplicação teórica, dos fatos e ocorrências psíquicas
Topografia não explicaTopografia não explica
explicação teórica, dos fatos e ocorrências psíquicasexplicação teórica, dos fatos e ocorrências psíquicas
EtiologiaEtiologia(causas (causas –– em geral, em geral,
orgânicas)orgânicas)
ProbabilidadeProbabilidade(freqüência, intensidade, (freqüência, intensidade,
latência) latência) CursoCurso
(desenvolvimento)(desenvolvimento)Relações mantenedorasRelações mantenedoras(organismo & ambiente)(organismo & ambiente)
Medicina (psiquiatria)Medicina (psiquiatria) Análise do ComportamentoAnálise do Comportamento
Além disso...
Doença mentalDoença mental Comportamento é sempre Comportamento é sempre adaptadoadaptado
Normal X AnormalNormal X Anormal(critério estatístico (critério estatístico ––origem do DSM)origem do DSM)
Leis gerais para todos os Leis gerais para todos os comportamentoscomportamentos
� “Patologia comportamental”§ Déficit ou excesso comportamental§ Comportamento adaptado...
▪ Prevê reforçamento em um nível mais importante (o que justificaria a manutenção)
▪ Prevê também punição em nível menor
§ ... que leva a sofrimento em algum grau...§ ... com manifestações emocionais bastante
intensas
� “... O comportamento mal adaptado pode ser resultado de combinações quantitativas e resultado de combinações quantitativas e qualitativas de processos que são, eles próprios, intrinsecamente ordenados, absolutamente determinados, e normais em sua origem”
Sidman, 1960
� Categorias específicas do comportamento (cujas freqüências devem ser analisadas), encontradas na literatura clínica ou encontradas na literatura clínica ou deduzidas da experiência comum
� Ausência pronunciada de certos itens no comportamento§ Déficit comportamental
� Aumentos na freqüência de outros comportamentos§ Excessos comportamentais
§ (Ferster, 1968)
� Pergunta importante: Por que esta pessoa persiste em [seu comportamento] inapropriado?
Comportamentos indesejados são punidos � Comportamentos indesejados são punidos por agências sociais formais e informais. § Algumas vezes isso é eficaz; § freqüentemente não é.
Falk & Kupfer, 1998� Deve-se perguntar se o comportamento
“transtornado” é primariamente§ Uma resposta anormal para uma situação § Uma resposta anormal para uma situação
normal▪ Indica problema físico e deve ser respondido por
outras ciências
§ Uma resposta normal para uma situação extrema ou desordenada▪ Âmbito de estudo da análise do comportamento
� Com a introdução da função, as questões a serem respondidas são: § De que variáveis este comportamento é função?§ O que muda sua probabilidade (aumento e
diminuição) de ocorrência?
� Vista como um comportamento ou conjunto de comportamentos
Disfuncional§ Disfuncional§ Prejudicial§ Anormal
� Resulta em autolesão, lesão de outros, prejuízo significativo em propriedades, e aprendizagem danosa que cria obstáculo para viver em comunidade (Pagel & Whitling, para viver em comunidade (Pagel & Whitling, 1978, in Sprague & Horner, 1999).
� “PSICOPATOLÓGICO”: NORMAL x ANORMAL§ Critério estatístico
▪ Normal: o que é freqüente▪ Anormal: o que só se vê em alguns casos
§ Critério científico§ Critério científico▪ Normal: o que obedece a leis▪ Anormal : o caótico, o inexplicável
§ Critério da reversibilidade▪ Normal: mesmo ocorrendo, reverte▪ Anormal: não reverte
§ Critério do indivíduo▪ Normal: não leva a sofrimento▪ Anormal: conduz a sofrimento
1. O comportamento é chamado de psicopatológico, mas é ordenado
(obedece a leis)1. Não importa se é visto só em alguns casos... Explicação
pode ser encontrada na História de Vida do indivíduo1. Critério estatístico
2. Procura-se SEMPRE uma ordenação para explicá-lo1. Critério científico
3. Se permanece é porque “alguma operação” o mantém1. Critério da reversibilidade
4. Causa sofrimento porque é passível de controle aversivo.
� “Punição tem sido [um processo] mais difícil de estudar porque não pode ser estudada por si só.
� Quando se tem um comportamento para ser punido, significa que esse comportamento tenha sido ou ainda esteja sendo reforçado.”
Causa sofrimento porque é passível de controle aversivo.
Do ponto de vista de quem analisa:§ R à S punidor :causa estranhamento§ R à S punidor :causa estranhamento§ Mas resposta em extinção “precisa” ser punida?
• Se é mantida...• R à S reforçador• à S aversivo
R à S punidor : causa estranhamentoà S reforçadorà S punidor mais potente que o primeiro
2. A análise do comportamento lida com os problemas que são essencialmente reações normais a trajetórias históricas de contingências ambientais que dirigiram o comportamento para ambientais que dirigiram o comportamento para padrões “disfuncionais”
(outras questões devem ser respondidas por outras ciências)
Controle respondenteControle respondenteControle operanteIndução por esquemasInterações operantes-respondentes
� Evolução Biológica e Cultural são importantes na determinação do comportamento (inclusive o psicopatológico)Infelizmente essas variáveis não são � Infelizmente essas variáveis não são facilmente identificáveis e suas relações com a psicopatologia não podem ser acessadas diretamente.
� Além disso, elas não podem ser manipuladas durante a terapia.
� (Skinner, 1953) Sob Seleção Natural� Aprendizagem reflexa reflete aspectos do
ambiente que não mudam de geração a geração tais como gravidade ou ameaças à geração tais como gravidade ou ameaças à integridade física do organismo
� Cunninghan (1998, p.520):§ “Um dos mais intrigantes aspectos do
condicionamento pavloviano é a habilidade adquirida do Estímulo Condicionado (CS) eliciar ou adquirida do Estímulo Condicionado (CS) eliciar ou controlar uma nova resposta na ausência do Estímulo Incondicionado (US) previamente associado ao CS. Esta alteração nas propriedades funcionais do CS (...) ilustra uma notável adaptação às condições ambientais (...)”
§ Que mudam rapidamente, diria Skinner
� Condicionamento de estímulos neutros a estímulos aversivos incondicionados � fobias e ansiedade� Transtorno do Stress pós-traumático;
Problemas psicossomáticos (asma; alergias)� Problemas psicossomáticos (asma; alergias)� Náusea induzida por quimioterapia
Sturmey, Ward-Horner, Marroquin & Doran, 2007
� Falhas em Inibição latente � Esquizofrenia
� Efeito contrário de drogas
Curva do efeito da droga no tempo nas primeiras administrações. Efeito não é modulado por qualquer resposta antecipatória
Administração da droga não é seguida somente por seus efeitos: dicas ambientais “preparam” o corpo com efeitos contrários
Explica tolerância, abstinência e
Efeitos das dicas ambientais são bem pronunciados. Efeitos da droga mínimos
abstinência e recaída
� Efeitos sobre temperatura corpórea
DROGA US CS (AMBIENTE)
Cunninghan, 1998
Morfina
Álcool
hiper
hipo
hiper
hiper
� Fatores a serem levados em conta:� Natureza dos estímulos
� (intensidade>, resposta >, latência <)� Relações temporais entre estímulos� Relações temporais entre estímulos
� Condicionamento atrasado, simultâneo, traço e reverso
� Número de pareamentos entre os estímulos� Exposições prévias aos estímulos
condicionados (inibição latente)
� Pacientes com câncer, medicados com quimioterapia
Sorvete de laranja Sensação de
quimioterapia náusea
S1 R1
Sorvete de laranja Sensação de gosto agradável
S2 R2
Schwartz, B. & Robbins, S.J. (1995). Psychology of Learning and Behavior. New York: W.W. Norton @ Co.
� PROCEDIMENTO: emparelhamento repetido de S1 com S2, sempre na ordem S1, S2, S1, S2, ...
Sorvete de laranjaSensação de gosto agradável
quimioterapia náusea
llPROCESSO: S1 (SORVETE DE LARANJA) passa gradualmente a PROCESSO: S1 (SORVETE DE LARANJA) passa gradualmente a controlar a nova resposta CR (NÁUSEA), que pode assemelharcontrolar a nova resposta CR (NÁUSEA), que pode assemelhar--se à R2 se à R2 (NÁUSEA) de S2 (QUIMIOTERAPIA)(NÁUSEA) de S2 (QUIMIOTERAPIA)
••RESULTADO: S1 (SORVETE DE LARANJA) elicia seguramente uma RESULTADO: S1 (SORVETE DE LARANJA) elicia seguramente uma CR (NÁUSEA).CR (NÁUSEA).
náusea
� Novos estímulos são mais “associáveis” do que estímulos já conhecidos a S2
� Então entre:Arroz§ Arroz
§ Feijão§ Batata§ Couzcouz marroquino
Costumeiros na alimentação do paciente
Novo na alimentação
Pareamento pavloviano dar-se-á mais provavelmente entre couzcouz marroquino e quimioterapia
(por inibição latente dos outros alimentos)
Revista
� Generalização do condicionamento respondente: Evitação de banca de jornais
Revista
(Leitura na sala de espera)
Ruído da broca
Broca do dentista Dor (UR)
dor
• Contração muscular
• Aumento bat. cardíaco
• Stress• Medo• ansiedade
banca
• Contração muscular
• Aumento bat. cardíaco
• Stress• Medo• ansiedade
� Pode ocorrer entre estímulos físicos e estímulos verbais§ Morte à estados de tristeza (são evitadas)§ Raio de sol à estados de alegria
(Dygdon, Conger & Strahan, 2004; Wu et al, 2005, citadosem Sturmey, Ward-Horner, Marroquin & Doran, 2007)
� Problemas sexuais podem ser adquiridos desta forma
� Controle pela conseqüência� Em problemas de atraso de
desenvolvimento, 4 principais categorias:
1. Auto-estimulação (auto-reforçadora)� (hipótese dos opiáceos em autolesão)� Estereotipia (vibração)� Manipulação (tricotilomania)
2. Obtenção de atenção social (generalizado)3. Obtenção de reforçadores tangíveis4. Esquiva de tarefas indesejadas
Indicam problemas na comunicação social � Indicam problemas na comunicação social para obtenção ou remoção de reforçadores� Função comunicativa (Sprague & Horner,
1999)� Podem indicar também operações
estabelecedoras (aversividade)
� Aquisição de novas respostas, ou modificação de respostas operantes§ Magnitude da conseqüência§ Privação e/ou operação estabelecedora§ História prévia de reforçamento
� Para ser efetiva, a conseqüência deve ser§ Imediata§ Contingente§ Intermitente
� Andrew – 21 anos quando foi admitido no Hospital§ Desde esse dia não emitiu uma palavra§ 19 anos de silêncio, desde então§ Participava de grupo terapêutico conduzido por Dawn, com pacientes
que falavam▪ Resposta-alvo: falar▪ Resposta-alvo: falar
� Em uma sessão, Dawn acidentalmente deixou cair um chiclete de seu bolso, quando ia pegar uma caneta
� Andrew olhou para o chiclete§ Dawn imaginou que o chiclete pudesse ser um reforçador para
Andrew
� Para testar se chiclete era ou não reforçador§ Dawn segurou um chiclete em frente ao rosto de Andrew e
esperou até que ele olhasse para o chiclete§ Quando ele olhou, Dawn imediatamente deu-lhe o § Quando ele olhou, Dawn imediatamente deu-lhe o
chiclete§ Dawn abriu a boca e mastigou o chiclete§ Depois de 2 semanas, Andrew olhava para o chiclete (uma
resposta operante) todas as vezes em que Dawn o colocava perante sua face. A visão do chiclete reforçava o olhar para ele (reforçador apropriado)
� Dawn queria que Andrew falasse.� Mas para poder reforçar o falar, o falar deveria ocorrer antes
do reforçamento e Andrew não falava por mais de 19 anos.� 3a. Semana: Dawn viu Andrew movendo seus lábios
ligeiramente – reforçou o movimento dos lábios (nova ligeiramente – reforçou o movimento dos lábios (nova resposta) com chiclete (o reforçador)
� No final dessa semana, Andrew estava freqüentemente olhando para o chiclete e movendo seus lábios – demonstrou que chiclete continuava sendo reforçador
� Extinção para apenas olhar para o chiclete.
� Dawn segurou o chiclete em frente ao rosto de Andrew, mas não deu o chiclete para apenas olhar.
� Andrew emitiu um som (nova resposta) e Dawn imediatamente entregou-lhe o chiclete (reforçador)
� Não havia mais chiclete para apenas mover os � Não havia mais chiclete para apenas mover os lábios
� No final dessa semana, Andrew freqüentemente emitia um som de resmungo (chiclete continuava sendo reforçador)
� Depois de Andrew emitir um “resmungo”, Dawn lhe diz: “Diga gum, gum” (chiclete em inglês)
� Andrew passa a fazer seu resmungo depois do pedido de DawnAndrew passa a fazer seu resmungo depois do pedido de Dawn§ Primeiro, seu resmungo sai bem parecido com o
das primeiras vezes e Dawn lhe dá o chiclete§ Em seguida, ela espera até que o resmungo de
Andrew se pareça mais com “gum”: só então ela lhe entrega o chiclete.
� Dawn havia acabado de pedir a Andrew que dissesse “gum”, quando ele disse claramente: “Gum, por favor”.
� Antes que a sessão terminasse, Andrew estava respondendo a questões tais como seu nome e sua respondendo a questões tais como seu nome e sua idade.
� Depois daquele dia, ele respondia a qualquer questão que Dawn lhe fizesse.
� Ele também passou a conversar com ela em qualquer momento ou lugar que não fosse a sessão terapêutica
� A propósito, atente para o fato de que o falar complexo de Andrew foi obtido em apenas 6 semanas de intervençãoIsto ocorreu porque ele já podia falar 19 anos � Isto ocorreu porque ele já podia falar 19 anos antes.
� Em outras palavras, o discurso já estava em seu repertório.
� Quando reforço ocorre, o indivíduo está variando, emitindo as respostas que já tem em seu repertório
� Reforço opera sobre respostas que já ocorrem no repertório do indivíduo
� Reforço opera também sobre a variabilidade� Reforço opera também sobre a variabilidade� Extinção da resposta que vinha sendo reforçada à
emissão de variabilidade� Nova resposta: reforço ocorre de novo,
selecionando a nova resposta, e fortalecendo a variabilidade
� Identificação de reforçadores e preferências§ Humanos verbalmente competentes: cpto. Verbal
▪ Entrevistas▪ escalas▪ escalas
§ Escolha (lei da igualação)§ Princípio de Premack (atividades como reforçador)
▪ Reforçadores naturais X arbitrários
§ Esquemas de razão progressiva§ Saciação§ Extinção
A
BE B
CD
E
A
BA
C
D
E
A
BA B
DE
A
A
B
CD
E
Parâmetro do reforço
Imediaticidade
Cpto. Problema
Atrasado
Cpto. solução
Imediato
Pierce & Epling, 1995
Imediaticidade
Taxa
Qualidade
Custo
Atrasado
Reduzir ou eliminar
Usar baixa Eliminar alta
Alto
Imediato
Aumentar
Eliminar baixa Usar alta
Baixo
� Aumento do responder mais “adaptado” (sem ou com menor aversividade)§ Se os reforçadores forem substituíveis
§ Por meio de:▪ Melhoria no esquema de reforçamento▪ Atraso no reforçamento da resposta “menos” adaptada▪ Aumento na magnitude do reforço para a resposta mais
“adaptada”
� Diminuição do responder menos “adaptado” (com maior aversividade)§ Se os reforçadores forem substituíveis
§ Por meio de:▪ Reforçamento diferencial de respostas alternativas▪ Atraso no reforçamento da resposta “menos” adaptada▪ Aumento na magnitude do reforço para a resposta mais
“adaptada”
Avaliação do controle de estímulosAvaliação do controle de estímulos
� Estabelecido por meio de história consistente de conseqüências associadas a (pelo menos) dois conjuntos de estímulos:
Cada um deles associado a um esquema de § Cada um deles associado a um esquema de reforço (usualmente um dos dois é Extinção)
� Controle de estímulos§ Condições precipitantes do comportamento§ Aquisição incompleta de controle de estímulos
(ADHD)(ADHD)
Joana Singer VermesOrientador: Roberto Alves Banaco
Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento – PUC – SP
Objetivo: identificar, em casos únicos, qual é o efeitoObjetivo: identificar, em casos únicos, qual é o efeitoda introdução de atividades com diferentes graus depreferência e de estímulos aversivos sobre aocorrência e duração de rituais de limpeza
SujeitoSexo Idade Obsessões Rituais Estímulos
ansiogênicosAtividades aversivas
Tratamento paralelo ao estudo
1 M 9a. e 5m.
Contaminação; necessidade de
lamberterceiros ou a
si mesmo.
Lavar as mãos;
lamber-se e lamber
terceiros; colecionism
o.
Fezes e substâncias
viscosas
Tarefas dematemática
Medicaçãopsiquiátrica
2 M 9a. e 1m.
Contaminação; blasfêmia
Lavar as mãos; evitar
contato com chão;
rezar repetidas
vezes
Nãoespecificado
Tarefas de matemáticageografia e compreen-
são de textos
EPR
3 F 10a. Contaminação Lavar as mãos, lavar
objetos.
Fezes Tarefas de matemática
e LínguaPortuguesa
MedicaçãoPsiquiátrica
1. Mesa de brincadeiras e atividades aversivas
2. Mesa da experimentadora
3. Câmeras filmadoras
4. Pia
0102030405060708090
100110120130140150
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tempo
(s.)
Figura 1: Comportamentos obsessivo-compulsivos e relacionados à ansiedade em doze sessões - Sujeito 1.
LB1 MP1 LB2 AP1 AP2 LB3 TAV1 TAV2 LAB4 BP1 BP2 LB5
Sessões
Lavar as Mãos Permanecer parado Lamber aos MãosLimpar superfícies Roer unhas
LB1, LB2, LB3, LB4 e LB5: Média preferência TAV1: Tarefas aversivasMP1: Média preferência TAV2: Tarefas aversivas e sujeira
AP1: Alta preferência AP2: Alta preferência e sujeiraBP1: Baixa preferência BP2: Baixa preferência e sujeira
0102030405060708090
100110120130140150
1LB1
2MP1
3LB2
4BP1
5BP2
6LB3
7AP1
8AP2
9LAB4
10TAV1
11TAV2
12LB5
Tempo
(s.)
Figura 3: Comportamentos obsessivo-compulsivos e relacionados à ansiedade em doze sessões - Sujeito 2.
LB1 MP1 LB2 BP1 BP2 LB3 AP1 AP2 LAB4 TAV1 TAV2 LB5
Sessões
Permanecer parado Lavar as Mãos Limpar as mãos
LB1, LB2, LB3, LB4 e LB5: Média preferência TAV1: Tarefas aversivasMP1: Média preferência TAV2: Tarefas aversivas e sujeira
AP1: Alta preferência AP2: Alta preferência e sujeiraBP1: Baixa preferência BP2: Baixa preferência e sujeira
0102030405060708090
100110120130140150
1LB1
2MP1
3LB2
4TAV1
5TAV2
6LB3
7AP1
8AP2
9LAB4
10BP1
11BP2
12LB5
Tempo
(s.)
Figura 5: Comportamentos obsessivo-compulsivos e relacionados à ansiedade em doze sessões - Sujeito 3.
LB1 MP1 LB2 TAV1 TAV2 LB3 AP1 AP2 LAB4 BP1 BP2 LB5
Sessões
Limpar as mãos Limpar superfícies Roer unhas Permanecer parada
LB1, LB2, LB3, LB4 e LB5: Média preferência TAV1: Tarefas aversivasMP1: Média preferência TAV2: Tarefas aversivas e sujeira
AP1: Alta preferência AP2: Alta preferência e sujeiraBP1: Baixa preferência BP2: Baixa preferência e sujeira
Aquisição do controle de estímulosAquisição do controle de estímulos
Fisher, Kuhn & Thompson (1998)Treino de comunicação funcional
Crianças com atraso no desenvolvimento + ADHDADHD
Só recebiam os brinquedos pedidos (de uma maneira “educada”) caso houvesse na sala uma foto do brinquedo, indicando que ele
estava disponível“por favor, eu gostaria do meu brinquedo agora”
Regina Cristiane Nascimento (1998)Jogos e brincadeiras como condição de ensino
do movimento da escrita em crianças com paralisia cerebral. paralisia cerebral.
Dissertação (Mestrado em Educação Especial ) (Educação do Indivíduo Especial)
Universidade Federal de São Carlos.Orientadora: Olga Mitsue Kubo
Modificando apresentação de Modificando apresentação de antecedentes
Malerbi & Matos (1998)Descrições de sintomas de hipoglicemia e de hiperglicemia por pacientes
diabéticos Oito pacientes com diabetes tipo I (15 a 37 anos de idade; 5 do sexo feminino
e 3 do sexo masculino, com duração de diabetes variando de 6 meses a 9 anos, sem complicações) anos, sem complicações)
1. Relato de sintomas relacionados com a glicemia (sintomas-crenças). 2. Treino:
1. observação do que e há quanto tempo comiam2. Estimativa de glicemia3. Comparação com glicemia corretaTodos os sujeitos omitiram, no relato inicial, vários sintomas relevantes.
Conclui-se que sem um treino sistemático, as descrições dos sintomas de hipoglicemia e de hiperglicemia são uma forma imprecisa e
inconsistente de os pacientes diabéticos identificarem seus estados glicêmicos.
� Podem ser colocados ao longo de pelo menos três dimensões funcionais:§ (a) origem dos estímulos temidos ou que despertam
ansiedade ▪ (por exemplo, interna ou corporal vs. externa ou ambiental); ▪ (por exemplo, interna ou corporal vs. externa ou ambiental);
§ (b) especificidade do estímulo ▪ (geral vs. específico); e
§ (c) a natureza das respostas psicofisiológicas avaliadas negativamente ▪ (abrupta e imediata vs. crônica e contínua).
Especificidade Específica Geral
Origem Interna ou corporal Externa ou ambiental Interna ou corporal Externa ou ambiental
Transtornos de ansiedade
NaturezaAbrupta
e imediata
Crônica e
contínua
Abrupta e imediata
Crônica e
contínua
Abrupta e imediata
Crônica e contínua
Abrupta e imediata
Crônica e continua
Transtorno de Ansiedade
Fobias específicas
Transtorno do Pânico
Transtorno Obsessivo-compulsivo
Transtorno de Ansiedade generalizada
Transtorno do Stress pós-
traumático
� Dentro desta estrutura, transtornos de ansiedade são compreendidos como envolvendo relações entre eventos; eventos que podem ser vistos como tendo funções tanto verbal quanto não verbal de estímulos e respostas que podem ser estabelecidas e podem ser modificadas de modos podem ser estabelecidas e podem ser modificadas de modos sutis e complexos como uma função de fatores contextuais.”
Forsyth, J.P. (1999) A process-oriented behavioral approach to the etiology, maintenance, and treatment of anxiety-related disorders. In M.J. Dougher (ed.) Clinical Behavior Analysis. Chapter. 7, 153-180. Reno: Context Press.
� Dados: § um choque elétrico liberado em um tempo fixo (por exemplo 60
segundos)§ Uma resposta (p.ex., pressão à barra) que, caso ocorra pospõe a
ocorrência do choque por mais 60 segundos (resposta de esquiva)§ Nenhum aviso exteroceptivo (não sinalizado)
� Processo:§ Eventualmente o animal pressiona a barra. O choque é posposto, o que
torna “Pressão à barra” nunca associada à apresentação de choque. A própria pressão à barra passa a sinalizar um “período de segurança” (ausência de choque).
� Processo 2:§ Respostas à barra gradativamente passam a ocorrer
próximas ao período programado para a liberação dos choques
� Resultado:� Resultado:§ Mesmo em extinção (ou seja, com a suspensão da
liberação dos choques), o animal continua respondendo em tempo inferior ao anteriormente designado para programar os choques.
§ Se impedido de apresentar a resposta, o animal apresenta intensa agitação e agressividade, com respondentes ligados à ansiedade.
� Tem sido utilizada enquanto modelo experimental dos rituais do transtorno obsessivo-compulsivo
Impossibilidade evidente de fuga(pânico)
Antecipação da punição(fobias, TOC, “doenças psicossomáticas”, transtorno do stress pós-traumático)
Separação do apoio (“insegurança”, timidez, agorafobia, fobia social)
Resposta de esquiva / fuga é importante para a definiçãotratamento prevê prevenção da resposta (de esquiva e/ou de fuga)
Separação do apoio(“insegurança”, timidez, agorafobia, fobia social)
“Ruminação Obsessiva”
Transtorno Obsessivo-compulsivo
Efeitos iatrogênicos