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Questão UNESP 2017 Curso e 01 13/11/2016 Colégio · pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança

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  • Questo UNESP 2017 Curso e Colgio

    01 13/11/2016

    Para responder s questes de 01 a 07, leia a crnica Anncio de Joo Alves, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

    Figura o anncio em um jornal que o amigo me mandou, e est assim redigido:

    procura de uma besta. A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes caractersticos: calada e ferrada de todos

    os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas sees em consequncia de um golpe, cuja extenso pode alcanar de

    quatro a seis centmetros, produzido por jumento. Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comrcio, muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao

    clculo de que foi roubada, assim que ho sido falhas todas as indagaes. Quem, pois, apreend-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notcia

    exata ministrar, ser razoavelmente remunerado. Itamb do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) Joo Alves Jnior.

    Cinquenta e cinco anos depois, prezado Joo Alves Jnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, j p no p. E tu mesmo, se no estou

    enganado, repousas suavemente no pequeno cemitrio de Itamb. Mas teu anncio continua um modelo no gnero, se no para ser imitado, ao menos como objeto de

    admirao literria.

    Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. No escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condio rural. Pressa, no a tiveste, pois o

    animal desapareceu a 6 de outubro, e s a 19 de novembro recorreste Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagaes. Falharam. Formulaste depois um

    raciocnio: houve roubo. S ento pegaste da pena, e traaste um belo e ntido retrato da besta.

    No disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste diz-lo de todos os seus membros loco- motores. Nem esqueceste esse pequeno quisto na

    orelha e essa diviso da crina em duas sees, que teu zelo naturalista e histrico atribuiu com segurana a um jumento.

    Por ser muito domiciliada nas cercanias deste comrcio, isto , do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que no teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, no

    o afirmas em tom peremptrio: tudo me induz a esse clculo. Revelas a a prudncia mineira, que no avana (ou no avanava) aquilo que no seja a evidncia

    mesma. clculo, raciocnio, operao mental e desapaixonada como qualquer outra, e no denncia formal.

    Finalmente deixando de lado outras excelncias de tua prosa til a declarao final: quem a apreender ou pelo menos notcia exata ministrar, ser razoavelmente

    remunerado. No prometes recompensa tentadora; no fazes praa de generosidade ou largueza; acenas com o razovel, com a justa medida das coisas, que deve

    prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

    J muito tarde para sairmos procura de tua besta, meu caro Joo Alves do Itamb; entretanto essa criao volta a existir, porque soubeste descrev-la com decoro

    e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e algum hoje a descobre, e muitos outros so informados da ocorrncia. Se lesses os anncios de objetos e

    animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. J no h essa preciso de termos e essa graa no dizer, nem essa moderao nem essa atitude crtica. No h,

    sobretudo, esse amor tarefa bem-feita, que se pode manifestar at mesmo num anncio de besta sumida.

    (Fala, amendoeira, 2012.)

    Na crnica, Joo Alves descrito como

    (A) rstico e mesquinho.

    (B) calculista e interesseiro.

    (C) generoso e precipitado.

    (D) sensato e meticuloso.

    (E) ingnuo e conformado.

    RESPOSTA D Curso e Colgio

    Nesta questo, de interpretao de texto simples, o candidato deveria identificar as caractersticas pertinentes a Joo Alves, personagem da crnica de Drummond. Pode-se perceber, atravs de uma leitura atenta, que a atitude de Joo Alves, portador de uma prudncia mineira, tem cuidado no trato com as palavras e na descrio de sua besta vermelha, o que lhe confere as caractersticas de ser sensato e meticuloso, por excluso.

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    02 13/11/2016

    Para responder s questes de 01 a 07, leia a crnica Anncio de Joo Alves, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada

    originalmente em 1954.

    Figura o anncio em um jornal que o amigo me mandou, e est assim redigido:

    procura de uma besta. A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes caractersticos:

    calada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas sees em

    consequncia de um golpe, cuja extenso pode alcanar de quatro a seis centmetros, produzido por jumento. Essa besta, muito domiciliada nas

    cercanias deste comrcio, muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao clculo de que foi roubada, assim que ho sido falhas todas as

    indagaes. Quem, pois, apreend-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notcia exata ministrar, ser razoavelmente

    remunerado. Itamb do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) Joo Alves Jnior.

    Cinquenta e cinco anos depois, prezado Joo Alves Jnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, j p no p. E tu mesmo,

    se no estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitrio de Itamb. Mas teu anncio continua um modelo no gnero, se no para ser

    imitado, ao menos como objeto de admirao literria.

    Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. No escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condio rural.

    Pressa, no a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e s a 19 de novembro recorreste Cidade de Itabira. Antes, procedeste a

    indagaes. Falharam. Formulaste depois um raciocnio: houve roubo. S ento pegaste da pena, e traaste um belo e ntido retrato da besta.

    No disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste diz-lo de todos os seus membros loco- motores. Nem esqueceste esse

    pequeno quisto na orelha e essa diviso da crina em duas sees, que teu zelo naturalista e histrico atribuiu com segurana a um jumento.

    Por ser muito domiciliada nas cercanias deste comrcio, isto , do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que no teria fugido, mas antes foi

    roubada. Contudo, no o afirmas em tom peremptrio: tudo me induz a esse clculo. Revelas a a prudncia mineira, que no avana (ou no

    avanava) aquilo que no seja a evidncia mesma. clculo, raciocnio, operao mental e desapaixonada como qualquer outra, e no denncia

    formal.

    Finalmente deixando de lado outras excelncias de tua prosa til a declarao final: quem a apreender ou pelo menos notcia exata ministrar,

    ser razoavelmente remunerado. No prometes recompensa tentadora; no fazes praa de generosidade ou largueza; acenas com o razovel,

    com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

    J muito tarde para sairmos procura de tua besta, meu caro Joo Alves do Itamb; entretanto essa criao volta a existir, porque soubeste

    descrev-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e algum hoje a descobre, e muitos outros so informados da

    ocorrncia. Se lesses os anncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. J no h essa preciso de termos e essa

    graa no dizer, nem essa moderao nem essa atitude crtica. No h, sobretudo, esse amor tarefa bem-feita, que se pode manifestar at

    mesmo num anncio de besta sumida.

    (Fala, amendoeira, 2012.)

    O humor presente na crnica decorre, entre outros fato- res, do fato de o cronista (A) debruar-se sobre um antigo anncio de besta desa- parecida. (B) esforar-se por ocultar a condio rural do autor do anncio. (C) duvidar de que o autor do anncio seja mesmo Joo Alves. (D) empregar o termo besta em sentido tambm meta- frico. (E) acreditar na possibilidade de se recuperar a besta de Joo Alves.

    RESPOSTA A Curso e Colgio

    Nesta questo muito simples de interpretao de texto, fica evidente, j no incio do texto, que o fato que confere humor crnica o anncio de procura de uma besta feita por Joo Alves Jnior, muito bem utilizado e desenvolvido por Drummond.

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    03 13/11/2016

    Para responder s questes de 01 a 07, leia a crnica Anncio de Joo Alves, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada originalmente em 1954.

    Figura o anncio em um jornal que o amigo me mandou, e est assim redigido:

    procura de uma besta. A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes caractersticos: calada e ferrada de todos

    os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas sees em consequncia de um golpe, cuja extenso pode alcanar de

    quatro a seis centmetros, produzido por jumento. Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comrcio, muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao

    clculo de que foi roubada, assim que ho sido falhas todas as indagaes. Quem, pois, apreend-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notcia

    exata ministrar, ser razoavelmente remunerado. Itamb do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) Joo Alves Jnior.

    Cinquenta e cinco anos depois, prezado Joo Alves Jnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, j p no p. E tu mesmo, se no estou

    enganado, repousas suavemente no pequeno cemitrio de Itamb. Mas teu anncio continua um modelo no gnero, se no para ser imitado, ao menos como objeto de

    admirao literria.

    Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. No escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condio rural. Pressa, no a tiveste, pois o

    animal desapareceu a 6 de outubro, e s a 19 de novembro recorreste Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagaes. Falharam. Formulaste depois um

    raciocnio: houve roubo. S ento pegaste da pena, e traaste um belo e ntido retrato da besta.

    No disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste diz-lo de todos os seus membros loco- motores. Nem esqueceste esse pequeno quisto na

    orelha e essa diviso da crina em duas sees, que teu zelo naturalista e histrico atribuiu com segurana a um jumento.

    Por ser muito domiciliada nas cercanias deste comrcio, isto , do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que no teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, no

    o afirmas em tom peremptrio: tudo me induz a esse clculo. Revelas a a prudncia mineira, que no avana (ou no avanava) aquilo que no seja a evidncia

    mesma. clculo, raciocnio, operao mental e desapaixonada como qualquer outra, e no denncia formal.

    Finalmente deixando de lado outras excelncias de tua prosa til a declarao final: quem a apreender ou pelo menos notcia exata ministrar, ser razoavelmente

    remunerado. No prometes recompensa tentadora; no fazes praa de generosidade ou largueza; acenas com o razovel, com a justa medida das coisas, que deve

    prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

    J muito tarde para sairmos procura de tua besta, meu caro Joo Alves do Itamb; entretanto essa criao volta a existir, porque soubeste descrev-la com decoro

    e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e algum hoje a descobre, e muitos outros so informados da ocorrncia. Se lesses os anncios de objetos e

    animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. J no h essa preciso de termos e essa graa no dizer, nem essa moderao nem essa atitude crtica. No h,

    sobretudo, esse amor tarefa bem-feita, que se pode manifestar at mesmo num anncio de besta sumida.

    (Fala, amendoeira, 2012.)

    O cronista manifesta um juzo de valor sobre a sua prpria poca em:

    (A) No escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condio rural. Pressa, no a tiveste, pois o animal

    desapareceu a 6 de outubro, e s a 19 de novembro recorreste Cidade de Itabira. (3o pargrafo)

    (B) Cinquenta e cinco anos depois, prezado Joo Alves Jnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, j p

    no p. (2o pargrafo)

    (C) Figura o anncio em um jornal que o amigo me mandou, e est assim redigido: (1o pargrafo)

    (D) J no h essa preciso de termos e essa graa no dizer, nem essa moderao nem essa atitude crtica. No h, sobretudo,

    esse amor tarefa bem-feita, que se pode manifestar at mesmo num anncio de besta sumida. (7o pargrafo)

    (E) J muito tarde para sairmos procura de tua besta, meu caro Joo Alves do Itamb; entretanto essa criao volta a existir,

    porque soubeste descrev-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e algum hoje a descobre, e muitos

    outros so informados da ocorrncia. (7o pargrafo)

    RESPOSTA D Curso e Colgio

    Em outra questo simples de interpretao de texto, o candidato deveria identificar qual alternativa apresentava um juzo de valor de Drummond. Facilmente era possvel identificar a alternativa D como a correta, pois, atravs dela, o autor mineiro deixa clara a sua insatisfao com uma degenerescncia do estilo e preocupao com a linguagem que acometia os textos de seu tempo.

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    04 13/11/2016

    Para responder s questes de 01 a 07, leia a crnica Anncio de Joo Alves, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), publicada

    originalmente em 1954.

    Figura o anncio em um jornal que o amigo me mandou, e est assim redigido:

    procura de uma besta. A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escura com os seguintes caractersticos:

    calada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas sees em

    consequncia de um golpe, cuja extenso pode alcanar de quatro a seis centmetros, produzido por jumento. Essa besta, muito domiciliada nas

    cercanias deste comrcio, muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao clculo de que foi roubada, assim que ho sido falhas todas as

    indagaes. Quem, pois, apreend-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notcia exata ministrar, ser razoavelmente

    remunerado. Itamb do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. (a) Joo Alves Jnior.

    Cinquenta e cinco anos depois, prezado Joo Alves Jnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, j p no p. E tu mesmo,

    se no estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitrio de Itamb. Mas teu anncio continua um modelo no gnero, se no para ser

    imitado, ao menos como objeto de admirao literria.

    Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. No escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condio rural.

    Pressa, no a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e s a 19 de novembro recorreste Cidade de Itabira. Antes, procedeste a

    indagaes. Falharam. Formulaste depois um raciocnio: houve roubo. S ento pegaste da pena, e traaste um belo e ntido retrato da besta.

    No disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste diz-lo de todos os seus membros loco- motores. Nem esqueceste esse

    pequeno quisto na orelha e essa diviso da crina em duas sees, que teu zelo naturalista e histrico atribuiu com segurana a um jumento.

    Por ser muito domiciliada nas cercanias deste comrcio, isto , do povoado e sua feirinha semanal, inferiste que no teria fugido, mas antes foi

    roubada. Contudo, no o afirmas em tom peremptrio: tudo me induz a esse clculo. Revelas a a prudncia mineira, que no avana (ou no

    avanava) aquilo que no seja a evidncia mesma. clculo, raciocnio, operao mental e desapaixonada como qualquer outra, e no denncia

    formal.

    Finalmente deixando de lado outras excelncias de tua prosa til a declarao final: quem a apreender ou pelo menos notcia exata ministrar,

    ser razoavelmente remunerado. No prometes recompensa tentadora; no fazes praa de generosidade ou largueza; acenas com o razovel,

    com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

    J muito tarde para sairmos procura de tua besta, meu caro Joo Alves do Itamb; entretanto essa criao volta a existir, porque soubeste

    descrev-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e algum hoje a descobre, e muitos outros so informados da

    ocorrncia. Se lesses os anncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. J no h essa preciso de termos e essa

    graa no dizer, nem essa moderao nem essa atitude crtica. No h, sobretudo, esse amor tarefa bem-feita, que se pode manifestar at

    mesmo num anncio de besta sumida.

    (Fala, amendoeira, 2012.)

    Cinquenta e cinco anos depois, prezado Joo Alves J nior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, j p no p. (2o

    pargrafo) Em relao ao perodo do qual faz parte, a orao desta- cada exprime ideia de

    (A) comparao.

    (B) concesso.

    (C) consequncia.

    (D) concluso.

    (E) causa.

    RESPOSTA B Curso e Colgio

    Em uma questo de sintaxe pura, o candidato deveria identificar a relao de subordinao expressa pela orao mesmo que tenha aparecido. Nesse caso, a conjuno j permitiria uma rpida identificao de sua classificao como subordinada adverbial concessiva.

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    05 13/11/2016

    Est empregado em sentido figurado o termo destacado no seguinte trecho:

    (A) Formulaste depois um raciocnio: houve roubo. (3o pargrafo) (B) Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. (3o pargrafo) (C) Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. (3o pargrafo) (D) No disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; (4o pargrafo) (E) No disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; (4o pargrafo)

    RESPOSTA C Curso e Colgio

    A alternativa correta a "c", pois nela encontramos um termo destacado de um fragmento do texto Anncio de Joo Alves, de Carlos Drummond de Andrade, que explora o sentido figurado, isto , o sentido abstrato e

    imaginativo. Em Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem., fragmento extrado do 3o pargrafo, a palavra

    limpeza possui o sentido de pureza, clareza, algo desprovido de uma sujeira metafrica.

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    06 13/11/2016

    Em Contudo, no o afirmas em tom peremptrio: tudo me induz a esse clculo. (5o pargrafo), o termo

    destacado pode ser substitudo, sem prejuzo de sentido para o texto, por: (A) incisivo. (B) irnico. (C) rancoroso. (D) constrangido. (E) hesitante.

    RESPOSTA A Curso e Colgio

    A alternativa correta a "a" pois peremptrio significa algo decisivo, incisivo, e em "tudo me induz a esse clculo", a afirmao no assertiva, portanto no dita em "tom peremptrio".

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    07 13/11/2016

    Com base no ltimo pargrafo, a principal qualidade atribuda pelo cronista a Joo Alves :

    (A) a prudncia. (B) o discernimento. (C) a conciso. (D) o humor. (E) a dedicao.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    Com base no ltimo pargrafo, a principal qualidade atribuda pelo cronista a Joo Alves a dedicao, seu "amor tarefa bem-feita", como comprova-se no fragmento "porque soubeste descrev-la com decoro e propriedade, num dia remoto".

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    08 13/11/2016

    Para responder s questes de 08 a 11, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor portugus Gil Vicente (1465?-1536?). A pea prefigura o destino das almas que chegam a um brao de mar onde se encontram duas barcas (embarcaes): uma destinada ao Paraso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.

    Vem um Frade com uma Moa pela mo []; e ele mesmo fazendo a baixa1 comeou a danar, dizendo

    Frade: Tai-rai-rai-ra-r ta-ri-ri-r;

    Tai-rai-rai-ra-r ta-ri-ri-r; T-t-ta-ri-rim-rim-r, huha!

    Diabo: Que isso, padre? Quem vai l? Frade: Deo gratias

    2! Sou corteso.

    Diabo: Danas tambm o tordio

    3?

    Frade: Por que no? V como sei. Diabo: Pois entrai, eu tangerei

    4

    e faremos um sero. E essa dama, porventura? Frade: Por minha a tenho eu, e sempre a tive de meu. Diabo: Fizeste bem, que lindura! No vos punham l censura no vosso convento santo? Frade: E eles fazem outro tanto! Diabo: Que preciosa clausura

    5!

    Entrai, padre reverendo! Frade: Para onde levais gente? Diabo: Para aquele fogo ardente que no temestes vivendo. Frade: Juro a Deus que no te entendo! E este hbito

    6 no me val

    7?

    Diabo: Gentil padre mundanal

    8,

    a Belzebu vos encomendo! Frade: Corpo de Deus consagrado! Pela f de Jesus Cristo, que eu no posso entender isto! Eu hei de ser condenado? Um padre to namorado e tanto dado virtude? Assim Deus me d sade, que eu estou maravilhado! Diabo: No faamos mais detena9 embarcai e partiremos; tomareis um par de remos. Frade: No ficou isso na avena10.

    Diabo: Pois dada est j a sentena!

  • Frade: Por Deus! Essa seria ela? No vai em tal caravela minha senhora Florena? Como? Por ser namorado e folgar cuma mulher? Se h um frade de perder, com tanto salmo rezado?! Diabo: Ora ests bem arranjado! Frade: Mas ests tu bem servido. Diabo: Devoto padre e marido, haveis de ser c pingado

    11

    (Auto da Barca do Inferno, 2007.) 1 baixa: dana popular no sculo XVI. 2 Deo gratias: graas a Deus. 3 tordio: outra dana popular no sculo XVI. 4 tanger: fazer soar um instrumento. 5 clausura: convento. 6 hbito: traje religioso. 7 val: vale. 8 mundanal: mundano. 9 detena: demora. 10 avena: acordo. 11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginrio popular, processo de tortura que ocorreria no inferno).

    No excerto, o escritor satiriza, sobretudo,

    (A) a compra do perdo para os pecados cometidos. (B) a preocupao do clero com a riqueza material. (C) o desmantelamento da hierarquia eclesistica. (D) a concesso do perdo a almas pecadoras. (E) o relaxamento dos costumes do clero.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    A partir do fragmento de "O auto da barca do inferno", do dramaturgo portugus Gil Vicente, constatamos que o autor satiriza, sobretudo, "o relaxamento dos costumes do clero", como pode-se comprovar pelas crticas feitas pelo Diabo ao fato do Frade ter relao conjugal e danar, culminando em "Gentil padre mundanal / a Belzebu vos encomendo!"

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    09 13/11/2016

    Questo 08 Para responder s questes de 08 a 11, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor portugus Gil Vicente (1465?-1536?). A pea prefigura o destino das almas que chegam a um brao de mar onde se encontram duas barcas (embarcaes): uma destinada ao Paraso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.

    Vem um Frade com uma Moa pela mo []; e ele mesmo fazendo a baixa1 comeou a danar, dizendo

    Frade: Tai-rai-rai-ra-r ta-ri-ri-r;

    Tai-rai-rai-ra-r ta-ri-ri-r; T-t-ta-ri-rim-rim-r, huha!

    Diabo: Que isso, padre? Quem vai l? Frade: Deo gratias

    2! Sou corteso.

    Diabo: Danas tambm o tordio

    3?

    Frade: Por que no? V como sei. Diabo: Pois entrai, eu tangerei

    4

    e faremos um sero. E essa dama, porventura? Frade: Por minha a tenho eu, e sempre a tive de meu. Diabo: Fizeste bem, que lindura! No vos punham l censura no vosso convento santo? Frade: E eles fazem outro tanto! Diabo: Que preciosa clausura

    5!

    Entrai, padre reverendo! Frade: Para onde levais gente? Diabo: Para aquele fogo ardente que no temestes vivendo. Frade: Juro a Deus que no te entendo! E este hbito

    6 no me val

    7?

    Diabo: Gentil padre mundanal

    8,

    a Belzebu vos encomendo! Frade: Corpo de Deus consagrado! Pela f de Jesus Cristo, que eu no posso entender isto! Eu hei de ser condenado? Um padre to namorado e tanto dado virtude? Assim Deus me d sade, que eu estou maravilhado! Diabo: No faamos mais detena9 embarcai e partiremos; tomareis um par de remos. Frade: No ficou isso na avena10.

    Diabo: Pois dada est j a sentena!

  • Frade: Por Deus! Essa seria ela? No vai em tal caravela minha senhora Florena? Como? Por ser namorado e folgar cuma mulher? Se h um frade de perder, com tanto salmo rezado?! Diabo: Ora ests bem arranjado! Frade: Mas ests tu bem servido. Diabo: Devoto padre e marido, haveis de ser c pingado

    11

    (Auto da Barca do Inferno, 2007.) 1 baixa: dana popular no sculo XVI. 2 Deo gratias: graas a Deus. 3 tordio: outra dana popular no sculo XVI. 4 tanger: fazer soar um instrumento. 5 clausura: convento. 6 hbito: traje religioso. 7 val: vale. 8 mundanal: mundano. 9 detena: demora. 10 avena: acordo. 11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginrio popular, processo de tortura que ocorreria no inferno).

    No excerto, o trao mais caracterstico do diabo (A) o autoritarismo, visvel no seguinte trecho: No faamos mais detena. (B) a curiosidade, visvel no seguinte trecho: Danas tambm o tordio?. (C) a ironia, visvel no seguinte trecho: Que preciosa clausura!. (D) a ingenuidade, visvel no seguinte trecho: Fizeste bem, que lindura!. (E) o sarcasmo, visvel no seguinte trecho: Pois dada est j a sentena!.

    RESPOSTA C Curso e Colgio

    Como em toda a pea, o trao marcante da personalidade do Diabo a ironia: o Frade, em particular, objeto de crtica ferina do arrais do inferno, dada a condio supostamente moralizadora do religioso. A expresso preciosa clausura revela a inteno satrica do Diabo.

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    10 13/11/2016

    Questo 08 Para responder s questes de 08 a 11, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor portugus Gil Vicente (1465?-1536?). A pea prefigura o destino das almas que chegam a um brao de mar onde se encontram duas barcas (embarcaes): uma destinada ao Paraso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.

    Vem um Frade com uma Moa pela mo []; e ele mesmo fazendo a baixa1 comeou a danar, dizendo

    Frade: Tai-rai-rai-ra-r ta-ri-ri-r;

    Tai-rai-rai-ra-r ta-ri-ri-r; T-t-ta-ri-rim-rim-r, huha!

    Diabo: Que isso, padre? Quem vai l? Frade: Deo gratias

    2! Sou corteso.

    Diabo: Danas tambm o tordio

    3?

    Frade: Por que no? V como sei. Diabo: Pois entrai, eu tangerei

    4

    e faremos um sero. E essa dama, porventura? Frade: Por minha a tenho eu, e sempre a tive de meu. Diabo: Fizeste bem, que lindura! No vos punham l censura no vosso convento santo? Frade: E eles fazem outro tanto! Diabo: Que preciosa clausura

    5!

    Entrai, padre reverendo! Frade: Para onde levais gente? Diabo: Para aquele fogo ardente que no temestes vivendo. Frade: Juro a Deus que no te entendo! E este hbito

    6 no me val

    7?

    Diabo: Gentil padre mundanal

    8,

    a Belzebu vos encomendo! Frade: Corpo de Deus consagrado! Pela f de Jesus Cristo, que eu no posso entender isto! Eu hei de ser condenado? Um padre to namorado e tanto dado virtude? Assim Deus me d sade, que eu estou maravilhado! Diabo: No faamos mais detena9 embarcai e partiremos; tomareis um par de remos. Frade: No ficou isso na avena10.

    Diabo: Pois dada est j a sentena!

  • Frade: Por Deus! Essa seria ela? No vai em tal caravela minha senhora Florena? Como? Por ser namorado e folgar cuma mulher? Se h um frade de perder, com tanto salmo rezado?! Diabo: Ora ests bem arranjado! Frade: Mas ests tu bem servido. Diabo: Devoto padre e marido, haveis de ser c pingado

    11

    (Auto da Barca do Inferno, 2007.) 1 baixa: dana popular no sculo XVI. 2 Deo gratias: graas a Deus. 3 tordio: outra dana popular no sculo XVI. 4 tanger: fazer soar um instrumento. 5 clausura: convento. 6 hbito: traje religioso. 7 val: vale. 8 mundanal: mundano. 9 detena: demora. 10 avena: acordo. 11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginrio popular, processo de tortura que ocorreria no inferno).

    Com a fala E eles fazem outro tanto!, o frade sugere que seus companheiros de convento (A) consideravam-se santos. (B) estavam preocupados com a prpria salvao. (C) estranhavam seu modo de agir. (D) comportavam-se de modo questionvel. (E) repreendiam-no com frequncia.

    RESPOSTA D Curso e Colgio

    O frade, com sua fala, parece desculpar-se pela conduta reprovvel ao indicar que ele prprio, como seus confrades, so pecadores afinal, a vida de prazer e luxria seria comum classe.

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    11 13/11/2016

    Questo 08 Para responder s questes de 08 a 11, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor portugus Gil Vicente (1465?-1536?). A pea prefigura o destino das almas que chegam a um brao de mar onde se encontram duas barcas (embarcaes): uma destinada ao Paraso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo.

    Vem um Frade com uma Moa pela mo []; e ele mesmo fazendo a baixa1 comeou a danar, dizendo

    Frade: Tai-rai-rai-ra-r ta-ri-ri-r;

    Tai-rai-rai-ra-r ta-ri-ri-r; T-t-ta-ri-rim-rim-r, huha!

    Diabo: Que isso, padre? Quem vai l? Frade: Deo gratias

    2! Sou corteso.

    Diabo: Danas tambm o tordio

    3?

    Frade: Por que no? V como sei. Diabo: Pois entrai, eu tangerei

    4

    e faremos um sero. E essa dama, porventura? Frade: Por minha a tenho eu, e sempre a tive de meu. Diabo: Fizeste bem, que lindura! No vos punham l censura no vosso convento santo? Frade: E eles fazem outro tanto! Diabo: Que preciosa clausura

    5!

    Entrai, padre reverendo! Frade: Para onde levais gente? Diabo: Para aquele fogo ardente que no temestes vivendo. Frade: Juro a Deus que no te entendo! E este hbito

    6 no me val

    7?

    Diabo: Gentil padre mundanal

    8,

    a Belzebu vos encomendo! Frade: Corpo de Deus consagrado! Pela f de Jesus Cristo, que eu no posso entender isto! Eu hei de ser condenado? Um padre to namorado e tanto dado virtude? Assim Deus me d sade, que eu estou maravilhado! Diabo: No faamos mais detena9 embarcai e partiremos; tomareis um par de remos. Frade: No ficou isso na avena10.

    Diabo: Pois dada est j a sentena!

  • Frade: Por Deus! Essa seria ela? No vai em tal caravela minha senhora Florena? Como? Por ser namorado e folgar cuma mulher? Se h um frade de perder, com tanto salmo rezado?! Diabo: Ora ests bem arranjado! Frade: Mas ests tu bem servido. Diabo: Devoto padre e marido, haveis de ser c pingado

    11

    (Auto da Barca do Inferno, 2007.) 1 baixa: dana popular no sculo XVI. 2 Deo gratias: graas a Deus. 3 tordio: outra dana popular no sculo XVI. 4 tanger: fazer soar um instrumento. 5 clausura: convento. 6 hbito: traje religioso. 7 val: vale. 8 mundanal: mundano. 9 detena: demora. 10 avena: acordo. 11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginrio popular, processo de tortura que ocorreria no inferno).

    Assinale a alternativa cuja mxima est em conformidade com o excerto e com a proposta do teatro de Gil Vicente. (A) O riso abundante na boca dos tolos. (B) A religio o pio do povo. (C) Pelo riso, corrigem-se os costumes. (D) De boas intenes, o inferno est cheio. (E) O homem o nico animal que ri dos outros.

    RESPOSTA C Curso e Colgio

    A velha mxima latina Ridendo castigat mores exemplar do teatro vicentino e, em particular, da crtica presente no Auto da Barca do Inferno.

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    12 13/11/2016

    Leia o soneto XLVI, de Cludio Manuel da Costa (1729-1789), para responder s questes 12 e 13. No vs, Lise, brincar esse menino Com aquela avezinha? Estende o brao, Deixa-a fugir, mas apertando o lao, A condena outra vez ao seu destino. Nessa mesma figura, eu imagino, Tens minha liberdade, pois ao passo Que cuido que estou livre do embarao, Ento me prende mais meu desatino. Em um contnuo giro o pensamento Tanto a precipitar-me se encaminha, Que no vejo onde pare o meu tormento. Mas fora menos mal esta nsia minha, Se me faltasse a mim o entendimento, Como falta a razo a esta avezinha.

    (Domcio Proena Filho (org.). A poesiados inconfidentes, 1996.)

    O tom predominante no soneto de (A) resignao. (B) nostalgia. (C) apatia. (D) ingenuidade. (E) inquietude.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    O eu lrico se compara avezinha (objeto do tormento imposto pelo tal menino na brincadeira infantil). Lise, por sua vez, tem suas aes comparadas arbitrariedade do menino, de modo que a inquietude sentida pelo animal anloga nsia do eu poemtico. Mais infeliz, no entanto, o eu lrico: falta ave a razo que sublinha ainda mais o sofrimento humano.

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    13 13/11/2016

    Leia o soneto XLVI, de Cludio Manuel da Costa (1729-1789), para responder s questes 12 e 13. No vs, Lise, brincar esse menino Com aquela avezinha? Estende o brao, Deixa-a fugir, mas apertando o lao, A condena outra vez ao seu destino. Nessa mesma figura, eu imagino, Tens minha liberdade, pois ao passo Que cuido que estou livre do embarao, Ento me prende mais meu desatino. Em um contnuo giro o pensamento Tanto a precipitar-me se encaminha, Que no vejo onde pare o meu tormento. Mas fora menos mal esta nsia minha, Se me faltasse a mim o entendimento, Como falta a razo a esta avezinha.

    (Domcio Proena Filho (org.). A poesiados inconfidentes, 1996.)

    No soneto, o menino e a avezinha, mencionados na primeira estrofe, so comparados, respectivamente, (A) ao eu lrico e a Lise. (B) a Lise e ao eu lrico. (C) ao desatino e ao eu lrico. (D) ao desatino e liberdade. (E) a Lise e liberdade.

    RESPOSTA B Curso e Colgio

    A analogia proposta pelo poeta sugere que Lise, para o eu lrico, sdica como a criana que brinca com a avezinha.

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    14 13/11/2016

    Os parnasianos brasileiros se distinguem dos romnticos pela atenuao da subjetividade e do sentimentalismo, pela ausncia quase completa de interesse poltico no contexto da obra e pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expresso de tipo plstico.

    (Antonio Candido. Iniciao literatura brasileira, 2010. Adaptado.)

    A referida atenuao da subjetividade e do sentimentalismo est bem exemplificada na seguinte estrofe do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937):

    (A) Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o esprito enlaa dor vivente, No derramem por mim nem uma lgrima Em plpebra demente. (B) Erguido em negro mrmor luzidio, Portas fechadas, num mistrio enorme, Numa terra de reis, mudo e sombrio, Sono de lendas um palcio dorme. (C) Eu vi-a e minha alma antes de v-la Sonhara-a linda como agora a vi; Nos puros olhos e na face bela, Dos meus sonhos a virgem conheci. (D) Longe da ptria, sob um cu diverso Onde o sol como aqui tanto no arde, Chorei saudades do meu lar querido Ave sem ninho que suspira tarde. (E) Eu morro qual nas mos da cozinheira O marreco piando na agonia Como o cisne de outrora que gemendo Entre os hinos de amor se enternecia.

    RESPOSTA B Curso e Colgio

    As demais alternativas tm claras marcas da primeira pessoa do singular: (a) "meu peito"; (c) "Eu", "meus"; (d) "chorei","meu"; (e) "Eu". Acrescente-se que o descritivismo predomina nos versos apresentados em B.

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    15 13/11/2016

    Leia o excerto do livro Violncia urbana, de Paulo Srgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder

    s questes de 15 a 17. De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. noite, no saia para caminhar,principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, no pare em sinal vermelho. Se for assaltado, no reaja entregue tudo.

    provvel que voc j esteja exausto de ler e ouvir vrias dessas recomendaes. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noes de segurana e de vida comunitria foram substitudas pelo sentimento de insegurana e pelo isolamento que o medo impe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido encarado como ameaa. O sentimento de insegurana transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participao coletiva, as moradias e os espaos pblicos transformam- se em palco do horror, do pnico e do medo.

    A violncia urbana subverte e desvirtua a funo das cidades, drena recursos pblicos j escassos, ceifa vidas especialmente as dos jovens e dos mais pobres , dilacera famlias, modificando nossas existncias dramaticamente para pior. De potenciais cidados, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurana e pnico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mdia eletrnica? Qual tarefa impe-se aos cidados, na democracia e no Estado de direito? (Violncia urbana, 2003.)

    O modo de organizao do discurso predominante no excerto : (A) a dissertao argumentativa. (B) a narrao. (C) a descrio objetiva. (D) a descrio subjetiva. (E) a dissertao expositiva.

    RESPOSTA A Curso e Colgio

    O primeiro pargrafo do texto apresenta recomendaes frequentemente ouvidas e lidas por quem vive nas grandes cidades. O segundo pargrafo estabelece interlocuo com o leitor a fim de sustentar sua tese: "o sentimento de insegurana tomou os habitantes das cidades". O ltimo pargrafo finalizado com uma srie de perguntas retricas que reforam esse ponto de vista.

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    16 13/11/2016

    Leia o excerto do livro Violncia urbana, de Paulo Srgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder s questes de 15 a 17. De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. noite, no saia para caminhar,principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, no pare em sinal vermelho. Se for assaltado, no reaja entregue tudo.

    provvel que voc j esteja exausto de ler e ouvir vrias dessas recomendaes. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noes de segurana e de vida comunitria foram substitudas pelo sentimento de insegurana e pelo isolamento que o medo impe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido encarado como ameaa. O sentimento de insegurana transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participao coletiva, as moradias e os espaos pblicos transformam- se em palco do horror, do pnico e do medo.

    A violncia urbana subverte e desvirtua a funo das cidades, drena recursos pblicos j escassos, ceifa vidas especialmente as dos jovens e dos mais pobres , dilacera famlias, modificando nossas existncias dramaticamente para pior. De potenciais cidados, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurana e pnico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mdia eletrnica? Qual tarefa impe-se aos cidados, na democracia e no Estado de direito? (Violncia urbana, 2003.)

    O trecho As noes de segurana e de vida comunitria foram substitudas pelo sentimento de insegurana e pelo isolamento que o medo impe. (2o pargrafo) foi construdo na voz passiva. Ao se adaptar tal trecho para a voz ativa, a locuo verbal foram substitudas assume a seguinte forma: (A) substitui. (B) substituram. (C) substituiriam. (D) substituiu. (E) substituem.

    RESPOSTA B Curso e Colgio

    Considerando o trecho As noes de segurana e de vida comunitria foram substitudas pelo sentimento de insegurana e pelo isolamento que o medo impe, observa-se que o agente da passiva plural, portanto, para a substituio proposta pelo enunciado da questo, o verbo deveria estar no plural.

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    17 13/11/2016

    As palavras do texto cujos prefixos traduzem ideia de Negao so: (A) desvirtua e transforma. (B) evite e isolamento. (C) desfigura e ameaa. (D) desconhecido e insegurana. (E) subverte e dilacera.

    RESPOSTA D Curso e Colgio

    De todas as alternativas, a D a nica em que as duas palavras apresentam prefixo de valor negativo:

    desconhecido (des: no) e insegurana (in: no, ausncia de).

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    18 13/11/2016

    Trata-se de uma obra hbrida que transita entre a literatura, a histria e a cincia, ao unir a perspectiva cientfica, de base naturalista e evolucionista, construo literria, marcada pelo fatalismo trgico e por uma viso romntica da natureza. Seu autor recorreu a formas de fico, como a tragdia e a epopeia, para compreender o horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz de ultrapassar a sua significao particular. (Roberto Ventura. Introduo. In: Silviano Santiago (org.). Intrpretes do Brasil, vol 1, 2000. Adaptado.)

    Tal comentrio crtico aplica-se obra (A) Capites da Areia, de Jorge Amado. (B) Vidas secas, de Graciliano Ramos. (C) Morte e vida severina, de Joo Cabral de Melo Neto. (D) Os sertes, de Euclides da Cunha. (E) Grande serto: veredas, de Guimares Rosa.

    RESPOSTA D Curso e Colgio

    O trecho da crtica literria de Roberto Ventura se aplica, eficientemente, obra Os Sertes, de Euclides da Cunha,

    que apresenta um hibridismo de literatura, histria e cincia.

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    19 13/11/2016

    Carpe diem: Esse conhecido lema, extrado das Odes do poeta latino Horcio (65 a.C.- 8 a.C.), sintetiza expressivamente o seguinte motivo: saber aproveitar tudo o que se apresente de positivo (mesmo que pouco) e transitrio. (Renzo Tosi. Dicionrio de sentenas latinas e gregas, 2010. Adaptado.)

    Das estrofes extradas da produo potica de Fernando Pessoa (1888-1935), aquela em que tal motivo se manifesta mais explicitamente : (A) Nem sempre sou igual no que digo e escrevo. Mudo, mas no mudo muito. A cor das flores no a mesma ao sol De que quando uma nuvem passa Ou quando entra a noite E as flores so cor da sombra. (B) Cada um cumpre o destino que lhe cumpre, E deseja o destino que deseja; Nem cumpre o que deseja, Nem deseja o que cumpre. (C) Como um rudo de chocalhos Para alm da curva da estrada, Os meus pensamentos so contentes. S tenho pena de saber que eles so contentes, Porque, se o no soubesse, Em vez de serem contentes e tristes, Seriam alegres e contentes. (D) To cedo passa tudo quanto passa! Morre to jovem ante os deuses quanto Morre! Tudo to pouco! Nada se sabe, tudo se imagina. Circunda-te de rosas, ama, bebe E cala. O mais nada. (E) Acima da verdade esto os deuses. A nossa cincia uma falhada cpia Da certeza com que eles Sabem que h o Universo.

    RESPOSTA D Curso e Colgio

    O trecho da alternativa D o que mais se aplica ao lema do carpe diem; trechos como to cedo passa tudo quanto

    passa, Circunda-te de rosas, ama, bebe. E cala. O mais nada so passagens comprobatrias.

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    20 13/11/2016

    O quadro no se presta a uma leitura convencional, no sentido de esmiuar os detalhes da composio em

    busca de nuances visuais. Na tela, h apenas formas brutas, essenciais, as quais remetem ao estado natural, primitivo. Os contornos inchados das plantas, os ps agigantados das figuras, o seio que atende ao inexorvel apelo da gravidade: tudo raiz. O embasamento que vem do fundo, do passado, daquilo que vegeta no substrato do ser. As cabecinhas, sem faces, servem apenas de contraponto. Estes no so seres pensantes, produtos da cultura e do refinamento. Tampouco so construdos; antes nascem, brotam como plantas, sorvendo a energia vital do sol de limo. palheta nacionalista de verde planta, amarelo sol e azul e branco cu, a pintora acrescenta o ocre avermelhado de uma pele que mais parece argila. A mensagem clara: essa nossa essncia brasileira sol, terra, vegetao. isto que somos, em cores vivas e sem a interveno erudita das frmulas pictricas tradicionais.

    (Rafael Cardoso. A arte brasileira em 25 quadros, 2008. Adaptado.)

    Tal comentrio aplica-se seguinte obra de Tarsila do Amaral (1886-1973):

  • RESPOSTA A Curso e Colgio

    O comentrio de Rafael Cardoso se aplica obra Antropofagia de Tarsila do Amaral. O trecho final A mensagem clara: essa nossa essncia brasileira sol, terra, vegetao. isto que somos, em cores vivas e sem a interveno erudita das frmulas pictricas tradicionais pode ser considerado uma espcie de traduo , em palavras, da obra da pintora.

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    21 13/11/2016

    Examine a tira e o texto, para responder s questes de 21 a 23.

    According to the cartoon, Lola

    (A) has already slept for seven hours.

    (B) will sleep until 7 am.

    (C) is planning to go to bed at midnight.

    (D) used to sleep for nine hours.

    (E) went to sleep at 10 pm.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    No 1 Quadrinho, a me de Lola diz que so meia-noite. J no 2 Quadrinho, a me responde Lola dizendo que ela foi dormir duas horas atrs. Se ela foi dormir duas horas atrs, ento Lola foi dormir s 22h00 (10p.m)

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    22 13/11/2016

    Examine a tira e o texto, para responder s questes de 21 a 23.

    Lola thinks that

    (A) she is a genius.

    (B) it is wise to go to bed no later than midnight.

    (C) the less she sleeps, the more intelligent shell become.

    (D) shell please her mother if she gets better grades.

    (E) her mom wants her to sleep for at least nine hours.

    RESPOSTA C Curso e Colgio

    Podemos encontrar a resposta na fala de Lola no segundo quadrinho quando a mesma diz que pesquisas mostram que crianas funcionam melhor ba escola quando elas dormem 7 horas ao invs de 9. Confirmamos a resposta no ltimo quadrinho quando ela refora: Imagine que gnio eu seria dormindo 2 horas ao invs de 7.

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    23 13/11/2016

    Examine a tira e o texto, para responder s questes de 21 a 23

    Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna numerada no texto.

    (A) which.

    (B) when.

    (C) while.

    (D) whoever.

    (E) who.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    Usamos o pronome relativo Who pois o pronome que refere-se pessoas. Nessa caso a teenagers quer dizer

    adolescentes.

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    24 13/11/2016

    Leia o texto para responder s questes de 24 a 29

    Question: Is there anything I can do to train my body to need less sleep?

    Many people think they can teach themselves to need less sleep, but theyre wrong, said Dr. Sigrid Veasey, a professor at the Center for Sleep and Circadian

    Neurobiology at the University of Pennsylvanias Perelman School of Medicine. We might feel that were getting by fine on less sleep, but were deluding ourselves, Dr.

    Veasey said, largely because lack of sleep skews our self-awareness. The more you deprive yourself of sleep over long periods of time, the less accurate you are of

    judging your own sleep perception, she said.

    Multiple studies have shown that people dont functionally adapt to less sleep than their bodies need. There is a range of normal sleep times, with most healthy adults

    naturally needing seven to nine hours of sleep per night, according to the National Sleep Foundation. Those over 65 need about seven to eight hours, on average, while

    teenagers need eight to 10 hours, and school-age children nine to 11 hours. Peoples performance continues to be poor while they are sleep deprived, Dr. Veasey said.

    Health issues like pain, sleep apnea or autoimmune disease can increase peoples need for sleep, said Andrea Meredith, a neuroscientist at the University of Maryland

    School of Medicine. A misalignment of the clock that governs our sleep-wake cycle can also drive up the need for sleep, Dr. Meredith said. The brains clock can get

    misaligned by being stimulated at the wrong time of day, she said, such as from caffeine in the afternoon or evening, digital screen use too close to bedtime, or even

    exercise at a time of day when the body wants to be winding down.

    (http://well.blogs.nytimes.com. Adaptado.)

    No primeiro pargrafo, a resposta da Dra. Sigrid Veasey questo Is there anything I can do to train my body to need less sleep? indica que

    (A) incorreto pensar que seja possvel aprender a dormir menos que o necessrio.

    (B) leva um longo tempo para o corpo se acostumar com menos horas de sono.

    (C) a maioria das pessoas no percebe a sua real necessidade de descanso.

    (D) ilusrio pensar que dormir em demasia melhora o rendimento quando se est acordado.

    (E) algumas pessoas conseguem dormir cada vez menos sem prejuzo sade.

    RESPOSTA A Curso e Colgio

    A traduo da questo existe algo que eu possa fazer para que meu corpo necessite de menos tempo para dormir?

    No primeiro pargrafo a Dra. Sigrid Veasey responde que muitas pessoas pensam que eles podem aprender por si prprios a necessidade de dormir menos. Mas eles esto errados!

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    25 13/11/2016

    Leia o texto para responder s questes de 24 a 29.

    Question: Is there anything I can do to train my body to need less sleep?

    Many people think they can teach themselves to need less sleep, but theyre wrong, said Dr. Sigrid Veasey, a professor at the Center for Sleep and Circadian

    Neurobiology at the University of Pennsylvanias Perelman School of Medicine. We might feel that were getting by fine on less sleep, but were deluding ourselves, Dr.

    Veasey said, largely because lack of sleep skews our self-awareness. The more you deprive yourself of sleep over long periods of time, the less accurate you are of

    judging your own sleep perception, she said.

    Multiple studies have shown that people dont functionally adapt to less sleep than their bodies need. There is a range of normal sleep times, with most healthy adults

    naturally needing seven to nine hours of sleep per night, according to the National Sleep Foundation. Those over 65 need about seven to eight hours, on average, while

    teenagers need eight to 10 hours, and school-age children nine to 11 hours. Peoples performance continues to be poor while they are sleep deprived, Dr. Veasey said.

    Health issues like pain, sleep apnea or autoimmune disease can increase peoples need for sleep, said Andrea Meredith, a neuroscientist at the University of Maryland

    School of Medicine. A misalignment of the clock that governs our sleep-wake cycle can also drive up the need for sleep, Dr. Meredith said. The brains clock can get

    misaligned by being stimulated at the wrong time of day, she said, such as from caffeine in the afternoon or evening, digital screen use too close to bedtime, or even

    exercise at a time of day when the body wants to be winding down.

    (http://well.blogs.nytimes.com. Adaptado.)

    No trecho do primeiro pargrafo We might feel that were getting by fine on less sleep, o termo em destaque pode ser substitudo, sem alterao de sentido, por

    (A) could.

    (B) ought to.

    (C) will.

    (D) should.

    (E) has to.

    RESPOSTA A Curso e Colgio

    O verbo modal might nessa frase est funcionando como uma ao que d possibilidade, nos dando a ideia de que algo pode acontecer ou no. Das alternativas, o nico verbo modal que passa essa ideia could.

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    26 13/11/2016

    Leia o texto para responder s questes de 24 a 29.

    Question: Is there anything I can do to train my body to need less sleep?

    Many people think they can teach themselves to need less sleep, but theyre wrong, said Dr. Sigrid Veasey, a professor at the Center for Sleep and Circadian

    Neurobiology at the University of Pennsylvanias Perelman School of Medicine. We might feel that were getting by fine on less sleep, but were deluding ourselves, Dr.

    Veasey said, largely because lack of sleep skews our self-awareness. The more you deprive yourself of sleep over long periods of time, the less accurate you are of

    judging your own sleep perception, she said.

    Multiple studies have shown that people dont functionally adapt to less sleep than their bodies need. There is a range of normal sleep times, with most healthy adults

    naturally needing seven to nine hours of sleep per night, according to the National Sleep Foundation. Those over 65 need about seven to eight hours, on average, while

    teenagers need eight to 10 hours, and school-age children nine to 11 hours. Peoples performance continues to be poor while they are sleep deprived, Dr. Veasey said.

    Health issues like pain, sleep apnea or autoimmune disease can increase peoples need for sleep, said Andrea Meredith, a neuroscientist at the University of Maryland

    School of Medicine. A misalignment of the clock that governs our sleep-wake cycle can also drive up the need for sleep, Dr. Meredith said. The brains clock can get

    misaligned by being stimulated at the wrong time of day, she said, such as from caffeine in the afternoon or evening, digital screen use too close to bedtime, or even

    exercise at a time of day when the body wants to be winding down.

    (http://well.blogs.nytimes.com. Adaptado.)

    No trecho do primeiro pargrafo The more you depriv e yourself of sleep over long periods of time, the less a ccurate you are of judging your own sleep perception, os

    termos em destaque indicam

    (A) finalidade.

    (B) preferncia.

    (C) proporcionalidade.

    (D) excluso.

    (E) substituio

    RESPOSTA C Curso e Colgio

    Se traduzirmos as expresses em negrito The more and the less (quanto mais; quanto menos), j nos d a ideia

    de proporo.

    Quanto mais voc privar a si mesmo de dormir por longos perodos de tempo, menos voc est apto para julgar a sua prpria percepo de dormir.

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    27 13/11/2016

    Leia o texto para responder s questes de 24 a 29. Question: Is there anything I can do to train my body to need less sleep?

    Many people think they can teach themselves to need less sleep, but theyre wrong, said Dr. Sigrid Veasey, a professor at the Center for Sleep and Circadian

    Neurobiology at the University of Pennsylvanias Perelman School of Medicine. We might feel that were getting by fine on less sleep, but were deluding ourselves, Dr.

    Veasey said, largely because lack of sleep skews our self-awareness. The more you deprive yourself of sleep over long periods of time, the less accurate you are of

    judging your own sleep perception, she said.

    Multiple studies have shown that people dont functionally adapt to less sleep than their bodies need. There is a range of normal sleep times, with most healthy adults

    naturally needing seven to nine hours of sleep per night, according to the National Sleep Foundation. Those over 65 need about seven to eight hours, on average, while

    teenagers need eight to 10 hours, and school-age children nine to 11 hours. Peoples performance continues to be poor while they are sleep deprived, Dr. Veasey said.

    Health issues like pain, sleep apnea or autoimmune disease can increase peoples need for sleep, said Andrea Meredith, a neuroscientist at the University of Maryland

    School of Medicine. A misalignment of the clock that governs our sleep-wake cycle can also drive up the need for sleep, Dr. Meredith said. The brains clock can get

    misaligned by being stimulated at the wrong time of day, she said, such as from caffeine in the afternoon or evening, digital screen use too close to bedtime, or even

    exercise at a time of day when the body wants to be winding down.

    (http://well.blogs.nytimes.com. Adaptado.)

    According to the information presented in the second p aragraph, one can say that

    (A) most people, no matter their age, sleep from seven to nine hours.

    (B) people need less sleep as they age.

    (C) teenagers belong to the age group that needs more sleep.

    (D) elderly people should sleep more than they actually do.

    (E) an average of seven hours sleep is enough.

    RESPOSTA B Curso e Colgio

    O segundo pargrafo diz que um fator para que uma pessoa durma mais ou menos, o fator idade (age).

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    28 13/11/2016

    Leia o texto para responder s questes de 24 a 29. Question: Is there anything I can do to train my body to need less sleep?

    Many people think they can teach themselves to need less sleep, but theyre wrong, said Dr. Sigrid Veasey, a professor at the Center for Sleep and Circadian

    Neurobiology at the University of Pennsylvanias Perelman School of Medicine. We might feel that were getting by fine on less sleep, but were deluding ourselves, Dr.

    Veasey said, largely because lack of sleep skews our self-awareness. The more you deprive yourself of sleep over long periods of time, the less accurate you are of

    judging your own sleep perception, she said.

    Multiple studies have shown that people dont functionally adapt to less sleep than their bodies need. There is a range of normal sleep times, with most healthy adults

    naturally needing seven to nine hours of sleep per night, according to the National Sleep Foundation. Those over 65 need about seven to eight hours, on average, while

    teenagers need eight to 10 hours, and school-age children nine to 11 hours. Peoples performance continues to be poor while they are sleep deprived, Dr. Veasey said.

    Health issues like pain, sleep apnea or autoimmune disease can increase peoples need for sleep, said Andrea Meredith, a neuroscientist at the University of Maryland

    School of Medicine. A misalignment of the clock that governs our sleep-wake cycle can also drive up the need for sleep, Dr. Meredith said. The brains clock can get

    misaligned by being stimulated at the wrong time of day, she said, such as from caffeine in the afternoon or evening, digital screen use too close to bedtime, or even

    exercise at a time of day when the body wants to be winding down.

    (http://well.blogs.nytimes.com. Adaptado.)

    No trecho do segundo pargrafo Those over 65 need about seven to eight hours, on average, while teenagers need eight to 10 hours, o termo em destaque tem sentido de (A) durante. (B) como. (C) ao longo de. (D) j que. (E) enquanto.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    Traduo: Aqueles acima de 65 anos precisam de aproximadamente de 7 a 8 horas, em mdia, enquanto adolescentes precisam de 8 a 10 horas.

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    29 13/11/2016

    Leia o texto para responder s questes de 24 a 29. Question: Is there anything I can do to train my body to need less sleep?

    Many people think they can teach themselves to need less sleep, but theyre wrong, said Dr. Sigrid Veasey, a

    professor at the Center for Sleep and Circadian Neurobiology at the University of Pennsylvanias Perelman School of

    Medicine. We might feel that were getting by fine on less sleep, but were deluding ourselves, Dr. Veasey said,

    largely because lack of sleep skews our self-awareness. The more you deprive yourself of sleep over long periods of

    time, the less accurate you are of judging your own sleep perception, she said.

    Multiple studies have shown that people dont functionally adapt to less sleep than their bodies need. There is a

    range of normal sleep times, with most healthy adults naturally needing seven to nine hours of sleep per night,

    according to the National Sleep Foundation. Those over 65 need about seven to eight hours, on average, while

    teenagers need eight to 10 hours, and school-age children nine to 11 hours. Peoples performance continues to be

    poor while they are sleep deprived, Dr. Veasey said.

    Health issues like pain, sleep apnea or autoimmune disease can increase peoples need for sleep, said Andrea

    Meredith, a neuroscientist at the University of Maryland School of Medicine. A misalignment of the clock that governs

    our sleep-wake cycle can also drive up the need for sleep, Dr. Meredith said. The brains clock can get misaligned by

    being stimulated at the wrong time of day, she said, such as from caffeine in the afternoon or evening, digital screen

    use too close to bedtime, or even exercise at a time of day when the body wants to be winding down.

    (http://well.blogs.nytimes.com. Adaptado.)

    De acordo com o terceiro pargrafo, o relgio cerebral que regula o ciclo de sono e de viglia pode ficar alterado

    devido

    (A) ao barulho de televiso na hora de dormir.

    (B) a algumas doenas crnicas.

    (C) ao excesso de ingesto de cafena ao longo do dia.

    (D) a estmulos em horrios inadequados.

    (E) falta de exerccios fsicos.

  • RESPOSTA D Curso e Colgio

    A resposta est entre a 6 e 10 linha do 3 pargrafo: o relgio cerebral pode ficar alterado por ser estimulado na hora errada do dia, ela diz, como por exemplo, desde a ingesto de cafena a tarde e noite, telas digitais e at mesmo exerccios na hora do dia quando o corpo est relaxando.

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    30 13/11/2016

    Observe o cartum.

    A alternativa que completa corretamente a lacuna do nmero 4 do cartum, sem prejuzo de sentido, (A) Its too hot in here. (B) I dont want to be tired all day. (C) Otherwise, Ill miss the bus. (D) Im quite hungry. (E) Breakfast smells good.

    RESPOSTA B Curso e Colgio

    A coluna que deve ser completada a coluna onde mostra as razes de dormir do incio ao fim do seu horrio do alarme: 1 - eu estava tendo bom sonho. 2 continuava dormir. 3 no est claro ainda. 4 eu no quero estar cansado o dia todo. 5 eu j fiquei confortvel. 6 est frio l fora mas quente na cama.

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    31 13/11/2016

    Apesar de sua disperso geogrfica e de sua fragmentao poltica, os Gregos tinham uma profunda conscincia de pertencer a uma s e mesma cultura. Esse fenmeno to mais extraordinrio, considerando-se a ausncia de qualquer autoridade central poltica ou religiosa e o livre esprito de inveno de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas polticos ou culturais que se colocavam para ela. (Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grcia, 1998. Adaptado.)

    O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da histria grega da Antiguidade: (A) a predominncia da reflexo poltica sobre o desenvolvimento das belas-artes. (B) a fragilidade militar de populaes isoladas em pequenas unidades polticas. (C) a vinculao do nascimento da filosofia com a constituio de governos tirnicos. (D) a existncia de cidades-estados conjugada a padres civilizatrios de unificao. (E) a igualdade social sustentada pela explorao econmica de colnias estrangeiras.

    RESPOSTA D Curso e Colgio

    A questo aborda a um tema clssico do mundo heleno. Apesar da fragmentao poltica e territorial em diversas plis, os gregos mantiveram uma certa unidade cultural. A lngua, a mitologia, a filosofia e outros aspectos aproximavam os helenos, como fica evidente na interpretao do texto.

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    32 13/11/2016

    A Igreja foi responsvel direta por mais uma transformao, formidvel e silenciosa, nos ltimos sculos do Imprio: a vulgarizao da cultura clssica. Essa faanha fundamental da Igreja nascente indica seu verdadeiro lugar e funo na passagem para o Feudalismo. A condio de existncia da civilizao da Antiguidade em meio aos sculos caticos da Idade Mdia foi o carter de resistncia da Igreja. Ela foi a ponte entre duas pocas. (Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 2016. Adaptado.)

    O excerto permite afirmar corretamente que a Igreja crist (A) tornou-se uma instituio do Imprio Romano e sobreviveu sua derrocada quando da invaso dos brbaros germnicos. (B) limitou suas atividades esfera cultural e evitou participar das lutas polticas durante o Feudalismo. (C) manteve-se fiel aos ensinamentos bblicos e proibiu representaes de imagens religiosas na Idade Mdia. (D) reconheceu a importncia da liberdade religiosa na Europa Ocidental e combateu a teocracia imperial. (E) combateu o universo religioso do Feudalismo e propagou, em meio aos povos sem escrita, o paganismo greco-romano.

    RESPOSTA A Curso e Colgio

    O texto da questo destaca o papel fundamental que a Igreja Crist exerceu entre a derrocada do Imprio Romano e o nascimento do mundo medieval. Criada pelos imperadores romanos, ela sobreviveu runa do Estado imperial, ocupando o lugar deste como principal fonte de poder e ordem. Em paralelo ao seu papel poltico, coube ela manter em seus mosteiros e atravs de suas ordens monsticas o legado cultural da Antiguidade, preservando valiosas obras filosficas e educando os filhos da nobreza, ainda que submetidos ao obscurantismo religioso. necessrio ressaltar que pelo filtro da viso catlica de sociedade, constituram-se os estamentos medievais e determinou-se a funo de cada um de seus membros dentro da cristandade.

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    33 13/11/2016

    A pintura representa no martrio de Cristo os seguintes princpios culturais do Renascimento italiano: (A) a imitao das formas artsticas medievais e a nfase na natureza espiritual de Cristo. (B) a preocupao intensa com a forma artstica e a ausncia de significado religioso do quadro. (C) a disposio da figura de Cristo em perspectiva geomtrica e o contedo realista da composio. (D) a gama variada de cores luminosas e a concepo otimista de uma humanidade sem pecado. (E) a idealizao do corpo do Salvador e a noo de uma divindade desvinculada dos dramas humanos.

    RESPOSTA C Curso e Colgio

    A pintura um dos quadros clssicos do Renascimento Cultural italiano do perodo conhecido como Quinquecento,

    marcado por uma inegvel evoluo tcnica que permitiu aos artistas retratar diferentes cenas de forma bastante

    realista. A observao do corpo de Cristo deitado sobre a pedra destaca a perfeio com que a os membros expostos

    do corpo, a face sem vida e a lamria dos que o observam consegue ser captada com extremo realismo. A utilizao

    do sombreamento e a clara oposio entre fundo escuro e a imagem do corpo em primeiro plano aproxima a figura

    de Cristo quase perfeio de uma fotografia. Por fim, como todas as obras do Renascimento, percebe-se no quadro

    um ponto de fuga, para o qual convergem as linhas do quadro (laterais da cama, tronco do cadver) findando na face

    de Cristo. Esta a perspectiva geomtrica que contribui para dar ao observador uma sensao de profundidade no

    quadro.

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    34 13/11/2016

    Em meados do sculo o negcio dos metais no ocuparia seno o tero, ou bem menos, da populao. O grosso dessa ente compe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofcios, boticrios, prestamistas, estalajadeiros, aberneiros, advogados, mdicos, cirurgies-barbeiros, burocratas, clrigos, mestres- -escolas, tropeiros, soldados da milcia aga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da poca, ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formao de grandes currais; a prpria lavoura ganhava alento novo. (Srgio Buarque de Holanda. Metais e pedras preciosas.Histria geral da civilizao brasileira, vol 2, 1960. Adaptado.)

    De acordo com o excerto, correto concluir que a extrao de metais preciosos em Minas Gerais no sculo XVIII (A) impediu o domnio do governo metropolitano nas reas de extrao e favoreceu a independncia colonial. (B) bloqueou a possibilidade de ascenso social na colnia e forou a alta dos preos dos instrumentos de minerao. (C) provocou um processo de urbanizao e articulou a economia colonial em torno da minerao. (D) extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a populao litornea economicamente ativa. (E) restringiu a diviso da sociedade em senhores e escravos e limitou a diversidade cultural da colnia.

    RESPOSTA C Curso e Colgio

    O vestibulando deveria utilizar o texto para a resoluo desta questo. Ele aborda o crescimento do mercado interno

    colonial durante o sculo XVIII, algo relacionado com a riqueza proporcionada pela extrao de metais preciosos na

    regio de Minas Gerais. Essa riqueza gerou o aparecimento de um setor mdio da populao, que no estava

    diretamente ligado a extrao aurfera, mas sim ao capital gerado por ela. Desse modo, surgiram variais nova

    atividades profissionais, o que, de certa forma, estimulou o aumento da urbanizao.

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    35 13/11/2016

    No movimento de Independncia atuam duas tendncias opostas: uma, de origem europeia, liberal e utpica, que concebe a Amrica espanhola como um todo unitrio, assembleia de naes livres; outra, tradicional, que rompe laos com a Metrpole somente para acelerar o processo de disperso do Imprio. (Octavio Paz. O labirinto da solido, 1999. Adaptado.)

    O texto refere-se s concepes em disputa no processo de Independncia da Amrica Latina. Tendo em vista a situao poltica das naes latino-americanas no sculo XIX, correto concluir que (A) os Estados independentes substituram as rivalidades pela mtua cooperao. (B) os pases libertos formaram regimes constitucionais estveis. (C) as antigas metrpoles ibricas continuavam governando os territrios americanos. (D) o contedo filosfico das independncias sobreps-se aos interesses oligrquicos. (E) as classes dirigentes nativas foram herdeiras da antiga ordem colonial.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    Os movimentos de independncia na Amrica Latina tiveram como caractersticas os embates de diferentes projetos polticos, o primeiro projeto concebia a Amrica como um todo e que no deveria se fragmentar, o lder desse plano era Simn Bolvar, militar liberal que concebia a Amrica espanhola tendo um passado em comum e permanecendo com elementos de identidade, como lngua e religio. J o segundo projeto buscava romper com a metrpole e mergulhar o continente em um processo de fragmentao, destaca-se nesse contexto a figura dos caudilhos, latifundirios ou militares que exercem sua influncia sobre as localidades.As classes dirigentes locais se aproveitaram da diviso existente, herdando a estrutura poltica, assim a Amrica se fragmentou e passou a ser governada pela elite local

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    36 13/11/2016

    A expanso territorial dos Estados Unidos, no sculo XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo governo central, da anexao de territrios mexicanos, da distribuio de pequenos lotes de terra para colonos pioneiros, da expanso das redes de estradas de ferro, assim como da anexao de terras indgenas. Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual (A) o direito pertence aos povos mais democrticos e laboriosos. (B) o mundo deve ser transformado para o engrandecimento da humanidade. (C) o povo americano deve garantir a sobrevivncia econmica das sociedades pags. (D) as terras pertencem aos seus descobridores e primeiros ocupantes. (E) a nao deve conquistar o continente que a Providncia lhe reservou.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    A expanso americana, tambm chamada comumente de Marcha para o Oeste, assentou-se sobre dois pilares

    fundamentais: a Doutrina Monroe e o Destino Manifesto. Enquanto a primeira afirmava que interesses externos ao

    continente no deveriam mais interferir no destino das naes que se formavam no continente americano, o

    Destino Manifesto providencia uma justificativa religiosa para o mpeto imperialista estadunidense. Nascida em

    jornais do sculo XIX, a doutrina do Destino Manifesto afirmava que a Providncia divina concedera aos

    estadunidenses a misso de espalhar a f e a liberdade por todas as terras da Amrica do Norte, como se a conquista

    daquelas terras j estivesse destinada a eles desde o incio. Nativos, mexicanos e outros colonizadores seriam,

    dentro deste plano, meros obstculos a serem superados para a execuo da vontade divina.

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    37 13/11/2016

    Art. 3o O governo paraguaio se reconhece obrigado celebrao do Tratado da Trplice Aliana de 1o de maio de 1865, entendendo-se estabelecido desde j que a navegao do Alto Paran e do Rio Paraguai nas guas territoriais da repblica deste nome fica franqueada aos navios de guerra e mercantes das naes aliadas, livres de todo e qualquer nus, e sem que se possa impedir ou estorvar-se de nenhum modo a liberdade dessa navegao comum. (Acordo Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e Uruguai com o Paraguai (20 junho 1870). In: Paulo Bonavides e Roberto Amaral (orgs.). Textos polticos da histria do Brasil, 2002. Adaptado.)

    O tratado de paz imposto pelos pases vencedores da guerra contra o Paraguai deixa transparente um dos motivos da participao do Estado brasileiro no conflito: (A) o domnio de jazidas de ouro e prata descobertas nas provncias centrais. (B) o esforo em manter os acordos comerciais celebrados pelas metrpoles ibricas. (C) a garantia de livre trnsito nas vias de acesso a provncias do interior do pas. (D) o projeto governamental de proteger a nao com fronteiras naturais. (E) o monoplio governamental do transporte de mercadorias a longa distncia.

    RESPOSTA C Curso e Colgio

    A Guerra do Paraguai (1864-1870) teve como principais motivos a livre-circulao na bacia platina e a

    consolidao dos estados nacionais. O excerto refere-se ao tratado de paz que garantiu aos pases aliados a livre-

    circulao de produtos sem o pagamento de impostos, pois anteriormente o Paraguai desejava monopolizar alguns

    rios que compunham a bacia platina, para dificultar as transaes econmicas dos pases vizinhos, ameaando a

    hegemonia brasileira no continente.

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    38 13/11/2016

    Leia o texto para responder s questes 38 e 39. A industrializao contempornea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos no podiam ser feitos pelo setor privado, devido escassez de capital que caracteriza as naes em desenvolvimento. Alm disso, o crescimento econmico do Brasil, um recm chegado ao processo de modernizao, processou-se em condies socioeconmicas diferentes. Um efeito internacional de demonstrao, na forma de imitao de padres de vida, entre pases ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das naes, resultou em presses significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir a diferena entre naes desenvolvidas e em desenvolvi- mento. Em vista das aspiraes de melhores padres de vida, o governo desempenhou um papel importante no crescimento econmico recente do Brasil.

    (Carlos Manuel Pelez e Wilson Suzigan. Histria monetria do Brasil, 1981. Adaptado.) De acordo com o texto, uma das particularidades do processo de industrializao brasileira (A) o controle das matrias-primas industriais pelas naes imperialistas do planeta. (B) a escassez de mo de obra devido sobrevivncia da pequena propriedade rural. (C) o domnio da poltica por setores sociais ligados aos padres da economia colonial. (D) a emergncia da industrializao em meio a economias internacionais j industrializadas. (E) a existncia prvia de um amplo mercado consumidor de produtos de luxo.

    RESPOSTA D Curso e Colgio

    A questo exigiu do vestibulando um conhecimento bsico do processo de industrializao brasileira. No caso, a

    interpretao do texto deixava claro o atraso brasileiro em relao aos pases desenvolvidos. Esse atraso gerou um

    fenmeno interessante nas dcadas de 1950 e 1960: uma tentativa de imitar os pases desenvolvidos, algo

    comprovado pela grande influncia do american way of life estadunidense. O estmulo ao consumo, a entrada de

    produtos importados e da prpria indstria cultural comprovam esse fenmeno.

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    39 13/11/2016

    Leia o texto para responder s questes 38 e 39. A industrializao contempornea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos no podiam ser feitos pelo setor privado, devido escassez de capital que caracteriza as naes em desenvolvimento. Alm disso, o crescimento econmico do Brasil, um recm chegado ao processo de modernizao, processou-se em condies socioeconmicas diferentes. Um efeito internacional de demonstrao, na forma de imitao de padres de vida, entre pases ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das naes, resultou em presses significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir a diferena entre naes desenvolvidas e em desenvolvi- mento. Em vista das aspiraes de melhores padres de vida, o governo desempenhou um papel importante no crescimento econmico recente do Brasil.

    (Carlos Manuel Pelez e Wilson Suzigan. Histria monetria do Brasil, 1981. Adaptado.) Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro, apontados pelo texto, foram enfrentados no governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) com o Plano de Metas, cujo objetivo era promover a industrializao por meio (A) da associao de esforos econmicos entre o Estado, o capital estrangeiro e as empresas nacionais. (B) da valorizao da moeda nacional, da estatizao de fbricas falidas e da conteno de salrios. (C) da criao de indstrias txteis estatais e do aumento de impostos sobre o grande capital nacional. (D) do emprego de empresas multinacionais submetidas severa lei da remessa de lucros, juros e dividendos para o exterior. (E) do combate seca no Nordeste e do aumento do salrio mnimo, com controle da inflao.

    RESPOSTA A Curso e Colgio

    Para responder essa questo, o vestibulando deveria ter uma noo bsica das diretrizes norteadoras do Plano de

    Metas, de Juscelino Kubistchek. Durante seu governo, que contou com o slogan 50 anos em 5 dentro do projeto

    nacional desenvolvimentista, JK utilizou um trip econmico: a unio entre o capital estatal, o capital privado

    nacional e o capital estrangeiro.

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    40 13/11/2016

    Observe o cartaz, relativo ao plebiscito realizado em janeiro de 1963.

    O cartaz alude situao histrica brasileira marcada por (A) estabilidade poltica, crescimento da economia agroindustrial e baixas taxas de inflao. (B) renncia presidencial, debates sobre sistema de governo e projetos de reforma social. (C) ascenso de governos conservadores, despolitizao da sociedade e abolio de leis trabalhistas. (D) deposio do presidente da Repblica, privatizaes de empresas estatais e adoo do neoliberalismo. (E) autoritarismos governamentais, restries liberdade de expresso e cassaes de mandatos de parlamentares.

    RESPOSTA B Curso e Colgio

    O cartaz faz aluso ao plebiscito realizado em janeiro de 1963, em que a populao brasileira deveria decidir entre o modelo parlamentarista e o modelo presidencialista. O pas vivia grande instabilidade poltica, pois o presidente eleito em 1960, Jnio Quadros, renunciou ao mandato com apenas 8 meses de governo, acarretando grave crise sobre o processo de sucesso, que culminou com a posse de Joo Goulart, assumindo com poderes limitados por um 1 ministro. O Joo Goulart conseguiu antecipar em dois anos o plebiscito que estava previsto para o final de 1965. Joo Goulart enfrentou grave tenso no campo, presses para que a reforma agrria fosse levada adiante, taxas elevadas de analfabetismo e grande espiral inflacionria.

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    41 13/11/2016

    (www.contramare.net) O artista Artur Barrio nasceu em Portugal e mudou-se para o Brasil em 1955, dedicando-se pintura a partir de 1965. Em 1969, comea a criar as Situaes: trabalhos de grande impacto, realizados com materiais orgnicos como lixo, papel higinico, detritos humanos e carne putrefata, com os quais realiza intervenes no espao urbano. No mesmo ano, escreve um manifesto no qual contesta as categorias tradicionais da arte e sua relao com o mercado, e a conjuntura histrica da Amrica Latina. Em 1970, na mostra coletiva Do corpo terra, espalha as Trouxas ensanguentadas em um rio em Belo Horizonte. (http://enciclopedia.itaucultural.org.br. Adaptado.)

    Relacionando-se a imagem, as informaes contidas no texto e o contexto do ano da mostra coletiva Do corpo terra, correto interpretar a interveno Trouxas ensan- guentadas como uma (A) denncia da situao poltica e social do Brasil. (B) revelao da pobreza da populao brasileira. (C) demonstrao do carter perdulrio das sociedades de consumo. (D) crtica falta de planejamento das cidade s latino- -americanas. (E) melhoria, por meio da arte, das reas degradadas das cidades.

    RESPOSTA A Curso e Colgio

    O texto apresenta a obra do artista Artur Barrio que se destaca da arte tradicional (relegada s elites) e da arte mercadolgica, buscando efetuar uma crtica social e poltica. O candidato deveria relacionar as informaes trazidas pelo texto situao poltica e social do Brasil e da Amrica Latina, marcada pelos regimes autoritrios s mortes de ativistas polticos representados pelas trouxas ensanguentadas jogadas no rio.

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    42 13/11/2016

    Com o fim da Guerra Fria, os EUA formalizaram sua posio hegemnica. Sem concorrncia e se expandindo para as antigas reas de predomnio socialista, o capitalismo conheceu uma nova fase de expanso: tornou-se mundializado, globalizado. O processo de globalizao criou uma nova diviso internacional do trabalho, baseado numa redistribuio pelo mundo de fbricas, bancos e empresas de comrcio, servios e mdias. (Loriza L. de Almeida e Maria da Graa M. Magnoni (orgs.). Cincias humanas: filosofia, geografia, histria e sociologia, 2016. Adaptado.)

    Dentre as consequncias do processo de globalizao, correto citar

    (A) o nascimento do governo universal e democrtico. (B) a pacificao das relaes internacionais. (C) o enfraquecimento dos estados-naes. (D) a abolio da explorao social do trabalho. (E) o nivelamento econmico dos pases.

    RESPOSTA C Curso e Colgio

    O enfraquecimento dos estados-naes consequncia da Nova Ordem Mundial, caracterizada pelo fortalecimento das grandes corporaes, transnacionais, controladas majoritariamente pela iniciativa privada.

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    43 13/11/2016

    Grandes movimentos comerciais de petrleo (milhes de toneladas), 2015

    Os fluxos de importao e de exportao expressos no mapa evidenciam (A) a ausncia de pases integrantes do G4 nas importaes de petrleo. (B) a ausncia de pases integrantes do G7 nas exportaes de petrleo. (C) o predomnio dos pases membros do NAFTA nas exportaes de petrleo. (D) a ausncia de pases integrantes do BRICS nas importaes de petrleo. (E) o predomnio dos pases membros da OPEP nas exportaes de petrleo.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    A OPEP, Organizao dos Pases Exportadores de Petrleo, detm o predomnio da produo e exportao do combustvel fssil, conforme observado no mapa.

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    44 13/11/2016

    O processo ironizado na charge, em que cada participante da reunio acrescenta um item imagem do

    operrio, refere-se (A) tomada de decises no mbito coletivo, que integra os operrios no planejamento fabril e valoriza o

    trabalho. (B) alienao do trabalho, que fragmenta as etapas produtivas e controla os movimentos dos trabalhadores. (C) ao aumento das exigncias contratuais, que elevam o desemprego estrutural e alimentam as instituies

    de qualificao profissional. (D) substituio do trabalhador na linha de montagem, que mecaniza as fbricas e evita a especializao

    produtiva. (E) ao desenvolvimento de novas tcnicas, que complexificam a produo e selecionam os profissionais com

    domnio global sobre o produto.

    RESPOSTA B Curso e Colgio

    A alienao do trabalho, caracterstica do sistema Fordista, o processo ironizado pela charge.

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    45 13/11/2016

    Criado em resposta s crises econmicas do final da dcada de 1990, o G-20 reflete o contexto de

    (A) unilateralidade da antiga ordem mundial, marcada pela supremacia britnica no Conselho de Segurana das Naes Unidas. (B) bipolaridade da antiga ordem mundial, caracterizada pela estabilidade financeira dos pases desenvolvidos e subdesenvolvidos. (C) multipolaridade da antiga ordem mundial, marcada pelo fortalecimento da cooperao entre blocos econmicos. (D) multipolaridade da nova ordem mundial, caracterizada pela diversidade de interesses das economias industrializadas e emergentes. (E) bipolaridade da nova ordem mundial, caracterizada pelo controle estadunidense e sovitico das instituies financeiras internacionais.

    RESPOSTA D Curso e Colgio

    G-20, formado pelos integrantes dos G7 (pases mais ricos), mais a Unio Europeia e os pases emergentes, configura a multipolaridade da nova ordem mundial.

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    46 13/11/2016

    Alguns estudos recentes mostram que, de fato, h uma mudana ocorrendo na equao das migraes

    internas e na conformao das redes urbanas, com um novo papel de protagonismo regional dessas cidades mdias, cuja populao e PIB crescem mais do que as grandes cidades brasileiras. (Joo S. W. Ferreira e Luciana Ferrara. A formulao de uma nova matriz urbana no Brasil. In: Tarcisio Nunes et al. (orgs.). Habitao social e sustentabilidade urbana, 2015. Adaptado.)

    Assinale a alternativa que indica corretamente o fenmeno urbano caracterizado no excerto. (A) Verticalizao. (B) Segregao socioespacial. (C) Gentrificao. (D) Favelizao. (E) Desmetropolizao.

    RESPOSTA E Curso e Colgio

    No contexto de desconcentrao industrial das grandes metrpoles, j saturadas e com elevados custos de produo, as cidades-satlites ganham importncia no processo de desmetropolizao.

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    47 13/11/2016

    Simulaes de custos de transporte

    Examinando a imagem e considerando as caractersticas dos meios de transporte rodovirio, ferrovirio e hidrovirio,