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Polibotánica ISSN: 1405-2768 [email protected] Departamento de Botánica México Guarim Neto, Germano; Nunes do Amaral, Cleomara ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS DE QUINTAIS TRADICIONAIS DOS MORADORES DE ROSÁRIO OESTE, MATO GROSSO, BRASIL Polibotánica, núm. 29, marzo, 2010, pp. 191-212 Departamento de Botánica Distrito Federal, México Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=62112471010 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

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ISSN: 1405-2768

[email protected]

Departamento de Botánica

México

Guarim Neto, Germano; Nunes do Amaral, Cleomara

ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS DE QUINTAIS TRADICIONAIS DOS MORADORES DE ROSÁRIO

OESTE, MATO GROSSO, BRASIL

Polibotánica, núm. 29, marzo, 2010, pp. 191-212

Departamento de Botánica

Distrito Federal, México

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=62112471010

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Núm. 29, pp. 191-212, ISSN 1405-2768; México, 2010

ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS DE QUINTAIS TRADICIONAIS DOS MORADORES DE ROSÁRIO OESTE, MATO GROSSO, BRASIL

Germano Guarim Neto y Cleomara Nunes do AmaralDepto. de Botânica e Ecologia. Instituto de Biociências. Universidade Federal de Mato

Grosso. 78 060-900 – Cuiabá - MT Brasil. Correio eletrônico: [email protected]

RESUMO

O município de Rosário Oeste é ainda um dos mais tradicionais do Estado de Mato Grosso, Brasil. Sua população, mesmo no ambiente urbano, conserva até hoje o modo de ser do mato-grossense nativo, com seu linguajar pausado, bastante peculiar, com a simplicidade do bem-receber e com uma forte relação com os recursos vegetais, os quais procuram reproduzir em seus quintais. Estes espaços situam-se indistintamente na frente, nos lados e na parte traseira de onde a moradia está implantada. Este estudo tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre os recursos vegetais dos tradicionais quintais mato-grossenses, buscando além de suas características, informações etnobo-tânicas para se detectar as formas de uso e manejo desses recursos, mantidos e repassa-dos através de gerações, em Rosário Oeste, Mato Groso, Brasil. O trabalho seguiu ba-sicamente as orientações do estudo de caso. Os dados foram coletados por meio de vi-sitas domiciliares exploratórias, priorizando amostras intencionais. Foram encontradas 266 espécies de plantas distribuídas em 85 famílias botânicas. As plantas registradas apresentaram uma multiplicidade de uso, destacando o medicinal (103), alimentar (97) e ornamental (79). Assim, o verde ur-bano da cidade de Rosário Oeste recebe a grande contribuição das plantas cultivadas

nos quintais, as quais são compostas por espécies introduzidas (Justicia pectoralis, Eucharis grandifl ora e Hippeastrum puni-ceum) e espécies nativas do bioma cerrado (Mauritia fl exuosa, Acrocomia aculeata e Vernonia ferruginea), compondo a vege-tação da cidade, representando um forte indicador dos recursos vegetais que estão presentes no cotidiano de seus moradores, testemunhas de um saber acumulado ao longo do tempo.

Palavras-chave: Etnobotânica, quintais, cerrado, Mato Grosso.

RESUMEN

El municipio de Rosário Oeste es todavía uno de los más tradicionales del Estado de Mato Grosso, Brasil. Su población, inclu-sive en el ambiente urbano, conserva hasta hoy el modo de ser del mato-grossense na-tivo, su conversa pausada, bastante peculiar, con la simplicidad de recibir bien y con una fuerte relación con los recursos vegetales, los cuales buscan reproducir en sus jardines. Estos espacios se sitúan indistintamente en la frente, a los lados o en la parte trasera donde la vivienda está implantada. Este estudio tiene como objetivo ampliar el conocimiento sobre los recursos vegetales de los tradicionales jardines mato-grossen-ses, buscando más que sus características,

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informaciones etnobotánicas para detectar las formas de uso y manejo de estos re-cursos, mantenidos y repasados a través de generaciones, en Rosário Oeste, Mato Groso, Brasil. El trabajo siguió básicamente las orientaciones de estudio de caso. Los datos fueron colectados por medio de visi-tas domiciliares exploratorias, priorizando muestras intencionales. Fueron encontradas 266 especies de plantas distribuidas en 85 familias botánicas. Las plantas registradas presentaron una multiplicidad de uso, des-tacando el uso medicinal (103), alimentar (97) y ornamental (79). Así, el verde urbano de la ciudad de Rosário Oeste recibe una gran contribución de las plantas cultivadas en los jardines, encontrando allí especies introducidas (Justicia pectoralis, Eucharis grandifl ora y Hippeastrum puniceum) y las especies oriundas de la Sabana (Mauritia fl exuosa, Acrocomia aculeata y Vernonia ferruginea), las cuales forman la vegetación de la ciudad y representa un fuerte indicador de los recursos vegetales que están presentes en el cotidiano de los rosarienses, como testigos de un saber acumulado con el pasar del tiempo.

Palabras clave: etnobotánica, jardines, Sabana, Mato Grosso.

INTRODUÇÃO

Tratar dos espaços denominados de quintais requer um entendimento inicial de que estes espaços têm delimitações diferenciadas no contexto da comunidade humana que se está observando.

No Brasil, o termo quintal normalmente é usado para se referir ao espaço do terreno situado ao redor da casa, defi nido na maio-ria das vezes como a porção de terra próxi-

ma à residência, de fácil acesso, na qual se cultivam ou se mantêm múltiplas espécies que fornecem parte das necessidades nu-tricionais da família, assim como outros produtos como lenha e plantas medicinais (Brito & Coelho, 2000).

É importante salientar, que cada quintal apresenta particularidades, características que lhe são únicas, defi nidas por condições socioculturais, religiões, crenças e cos-tumes que infl uenciam na composição e diversidade de espécies presentes nestes espaços (Kumar & Nair, 2004).

Nos municípios do interior de Mato Grosso, os quintais ainda têm a função de espaço destinado à criação de pequenos animais, como galinhas e porcos, locais estes onde as representações das necessidades huma-nas aparecem com perfeição e mais que isso, aparece formas de conservação da biodiversidade e dos elementos que per-meiam a cultura de seu povo.

Em muitos casos, especialmente em co-munidades ribeirinhas, os quintais são espaços de uso comum e de conservação de recursos, temas estes tratados por Diegues & Moreira (2001), analisando, juntamente com outros colaboradores, aspectos de relevância no contexto do entendimento desta importante temática.

Uma contribuição sobre o etnoconhecimen-to em terras mato-grossenses, englobando aspectos dos quintais é dada por Guarim Neto & Carniello (2007), quando discutem pressupostos biológicos, culturais e de representações sobre os recursos vegetais e a cultura de populações humanas di-versifi cadas, habitando áreas do cerrado, pantanal e fl oresta.

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Assim, os quintais assumem uma impor-tância fundamental na malha viária urbana, na vegetação citadina, defi nindo espaços repletos de um saber local (Geertz,2000), espaços de conservação e manutenção dos aspectos mais peculiares que a população traduz em seu cotidiano, mostrando uma adaptabilidade humana (Morán, 1994) que se manifesta muitas vezes através de um conhecimento que é recebido dos an-cestrais e perpetuado ao longo do tempo, espaço e lugar.

Em se tratando de aspectos referentes ao ambiente de Rosário Oeste e a poten-cialidade da sua fl ora, vale salientar as contribuições de Silva (2002), quando mostra o universo do etnoconhecimento das comunidades de Figueira e Pai Caetano e Morais (2003), discutindo nos pressupostos da etnobotânica, as plantas medicinais da comunidade de Angical.

Desta forma este estudo tem como objetivo apresentar o universo das plantas que cons-tituem, a princípio, o verde dos quintais da cidade de Rosário Oeste, em uma demons-tração do etnoconhecimento que emana do seu povo e representado pelas plantas com as quais se relaciona.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo - Segundo Ferreira (2001), o município de Rosário Oeste originou-se com o início do movimento garimpeiro servindo de passagem entre Diamantino e Cuiabá, tendo iniciado provavelmente em 1747, com a formação de um sítio à margem do ribeirão Monjolo e conseqüente fundação de uma capela, dedicada a Nossa Senhora do Rosário.

IBGE (2000) aponta para o município, uma população de 18.450 habitantes, tendo como distritos, Arruda, Bauxi, Marzagão e a própria sede. Rosário Oeste situa-se a uma altitude de 174 m, tendo como coor-denadas geográfi cas 14º 49’ 41” latitude sul, 56º 24’ 51” longitude oeste Gr., com uma extensão territorial de 8.694,19 km2. O relevo de Rosário Oeste apresenta ele-vações acentuadas e encontra-se na Zona Fisiográfi ca da Chapada dos Guimarães, depressão do rio Paraguai, calha do rio Cuiabá. O solo é podzólico vermelho ama-relo, apresentando boa fertilidade natural em algumas localidades como o Distrito de Bauxi e Distrito de Marzagão.

O município de Rosário Oeste teve sua origem como início do movimento garim-peiro do século XVIII. Por volta de 1747, o local servia de passagem entre Diaman-tino e Cuiabá. Em 1751, Inácio Maciel de Tourinho e sua mulher fundaram um sítio à margem direita do ribeirão Monjolo, pas-sando o local a ser conhecido pelo nome do ribeirão. A agricultura e a pecuária foram rendendo e a povoação foi se fi rmando no sítio. Com a abertura do garimpo em Dia-mantino, o povoado de Nossa Senhora do Rosário foi se desenvolvendo como ponto de pouso. Atualmente, as principais ativi-dades econômicas da região são a pecuária, a agricultura, principalmente de arroz e milho, e o comércio, além do potencial para o ecoturismo (Ferreira, 2001).

O clima é tropical quente e sub-úmido, com um período de seca de cinco meses. A precipitação anual é de 2 000 mm, com intensidade em janeiro, fevereiro e março. A temperatura média anual é de 24ºC. As principais atividades econômicas são a pecuária e a agricultura.

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De acordo com Ferreira (2001) a vegetação dominante da região é o cerrado, com seus gradientes de paisagens que confi guram os espaços onde as plantas características destes ambientes ocorrem, predominando as formações de campo limpo (predo-minância de herbáceas), matas virgens e cerrado stricto sensu. O cerrado é a segunda maior formação vegetal do Brasil, sendo um dos biomas que mais sofre problemas de alteração de cobertura vegetal original. Apresenta uma riqueza ímpar, com um maior número de espécies do que se imagi-nava e vários casos de endemismo vegetal. A principal característica do Cerrado é a presença de estações de seca e chuvas bem defi nidas. Existem várias propostas de classifi cação dos tipos vegetacionais do cerrado, mas a maioria leva em conside-ração principalmente o hábito das plantas - herbáceo, arbustivo ou arbóreo (Guarim Neto, 2002).

Método - O trabalho de campo foi realizado em vários momentos, sendo o primeiro no mês de fevereiro do ano de 2001, o segun-do em março do ano de 2002 e o terceiro de setembro a dezembro do ano de 2006. Os quintais pertencentes à amostra locali-zam-se na sede do município de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil. A coleta dos dados etnobotânicos foi realizada em dois bairros da cidade: o Bairro Nossa Senhora Aparecida e o Bairro Monjolo.

O método de coleta seguiu pressupostos da etnobotânica (Martin, 1995; Alexia-des, 1996), sendo que os quintais foram observados através de caminhadas e os dados obtidos por meio de entrevistas com moradores em suas respectivas residências. A técnica utilizada para inclusão de novos participantes foi a bola de neve (Becker,

1993), onde um morador amplamente conhecido pela comunidade é o contato inicial, e apresenta o pesquisador a outros informantes locais que se disponibilizam a realizar a entrevista, e assim um entre-vistado indica o outro sucessivamente. O contato com os moradores foi importante para se ter a relação das plantas e mostrar o etnoconhecimento dos mesmos em relação às plantas mantidas nos quintais.

Foram priorizadas as amostras intencionais, os informantes categorizados (Thiollent, 1996) que gradativamente foram se incor-porando à pesquisa (Noda, 2000) como fontes de informação. Foram entrevistadas preferencialmente as pessoas mais idosas de cada domicílio, raizeiros, benzedeiras, e outras pessoas apontadas por membros da comunidade como possuidoras de um saber sobre o assunto e aquelas que se dispuseram a participar da pesquisa.

As entrevistas continham uma série de perguntas abertas (Albuquerque, 2002; Amorozo, 1996) buscando informações dos moradores e dados sobre as espécies vegetais de seus quintais como utilização, parte utilizada, modo de preparação, in-dicação terapêutica, e outras observações pertinentes realizadas no local.

O material botânico fértil foi coletado, al-gumas plantas foram identifi cadas no local, e os demais exemplares identifi cados no Laboratório de Botânica da Universidade Federal de Mato Grosso e depositados no Herbário Central da Universidade Federal de Mato Grosso. As espécies foram iden-tifi cadas em categorias taxonômicas de família, gênero e espécie, com auxílio de especialistas, segundo o sistema de classi-fi cação de Cronquist (1988), adotando Pol-

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hill & Raven (1981) considerando a família Leguminosae com três sub-famílias. Os nomes vulgares das plantas (etnoespécies) mencionados pelos entrevistados, aspectos ecológicos e de uso foram também consi-derados para cada planta registrada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A entrevista foi composta basicamente por moradores autóctones da região, nascidos na cidade ou na maioria dos casos na zona rural do município. Foram entrevistados 62 moradores, sendo 31 de cada bairro. Entre todos os informantes, apenas dois vieram de outros estados, e a idade média dos moradores foi de 50 anos.

Nos quintais urbanos de Rosário Oeste foram encontradas 266 espécies vegetais, distribuídas em 85 famílias botânicas, não houve diferença no número de plantas e entre as espécies encontradas nos dois bairros estudados. As famílias botânicas mais representativas foram Asteraceae (18 espécies), Euphorbiaceae (14 espé-cies), Lamiaceae (14 espécies) e Araceae (12 espécies - tabela 1). Estas famílias, especialmente Asteraceae e Lamiaceae, são freqüentemente encontradas como as mais representativas em outros estudos et-nobotânicos como o de Morais (2003); Pasa (2004); Santos (2004) e Xavier (2005), destacando nestas famílias as espécies com fi nalidade medicinal.

Nos quintais de Rosário Oeste percebe-se uma diversifi cação em relação às formas de uso das espécies catalogadas, destacan-do-se aquelas com fi nalidades medicinais (35%), alimentares (33%) e ornamentais (27%) (fi g. 1).

Os estudos em quintais, sejam eles urbanos ou rurais, demonstram que o uso popular das plantas para fi ns medicinais é grande, quase sempre, em números comparáveis às plantas utilizadas para a fi nalidade ali-mentar. Além disso, as plantas ornamentais, especialmente em se tratando de quintais urbanos, também representam grande par-cela das espécies encontradas, de acordo com trabalhos como os de Duarte (2001) e Santos (2004).

As plantas que constituem o verde da pai-sagem urbana estão compostas de formas de vida que variam desde as pequenas ervas (48%) até frondosas árvores (23%) (fi g. 2). A presença de herbáceas é mais frequente, uma vez que o espaço reservado ao culti-vo é pequeno e a maioria destas plantas é destinada ao uso alimentar e medicinal. Nair (1993) afi rma que há uma similari-dade notável com respeito à composição de espécies entre diferentes quintais agro-fl orestais distribuídos na região tropical, especialmente os componentes herbáceos. Essa similaridade se deve ao fato de a produção de alimentos ser a função predo-minante da maioria das espécies herbáceas. Por outro lado, a presença de um subdossel requer que as espécies sejam tolerantes à sombra, sendo selecionado, assim, um grupo restrito de espécies que apresenta características ecológicas de adaptação a esses ambientes.

É interessante salientar a presença de man-gueiras (Mangifera indica), coco-da-Bahia (Cocos nucifera) e bananeiras (Musa para-disiaca). Certamente estas são as espécies que mais contribuem na composição dos quintais observados, conferindo a eles a perfeita condição daquilo que tradicional-mente são os quintais sombreados mato-

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Fig. 1. Etnocategorias de uso dos recursos vegetais encontradas nos quintais de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

Fig. 2. Hábito das plantas encontradas nos bairros Nossa Sra. Aparecida e Monjolo, Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

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grossenses, verdadeiros espaços de cultivo e conservação dos recursos vegetais, pos-sibilitando uma maior variedade genética destas espécies, constituindo importantes bancos de germoplasmas.

Os quintais de Rosário Oeste demonstram que nessa localidade o verde urbano ainda é mantido pelos arbustos e árvores que fazem parte da paisagem rosariense, em uma demonstração perfeita da relação que estabelece entre seres humanos e recursos naturais, neste caso, os recursos vegetais, os quais têm de alguma forma uma forte representação para os moradores locais, especialmente para os mais idosos. De acordo com Santos (2004) existe uma pre-valência de plantas exóticas nos quintais de áreas urbanas, nos quintais de Rosário Oeste ocorreram com maior freqüência as espécies exóticas, foram 190 espécies, tra-dicionalmente cultivadas por suas diferen-tes fi nalidades, especialmente a alimentar e medicinal. Porém, ainda percebe-se nestes

espaços algumas espécies representantes da flora local como o buriti (Mauritia fl exuosa), o jenipapo (Genipa americana L), o Chico-magro (Guazuma ulmifolia Lam.), carajé (Dorstenia brasiliensis Lam.), negramina (Siparuna guianensis Aublet), e assa-peixe (Vernonia ferruginea Less), totalizando 76 espécies nativas (fi g. 3). Foram consideradas nativas apenas as espécies que ocorrem originalmente na região (Guarim Neto et al., 2007).

Nestes espaços são mantidas as plantas que lhes são caras, englobando espécies com diferentes categorias de uso, cuja manutenção é infl uenciada pelo conheci-mento da vegetação nativa e das exóticas cultivadas.

Considerando a relação ser humano-planta, pode-se salientar que a tradicionalidade dos quintais rosarienses é percebida especial-mente porque nestes locais são mantidas algumas formas de organização, comuns

Fig. 3. Origem das plantas relacionadas no estudo.

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aos quintais do interior do estado de Mato Grosso, como por exemplo a utilização do quintal como espaço de criação de peque-nos animais, de manutenção de cultivos diversifi cados, local de festas religiosas (festas de santos), benzeção, rezas e lazer, entre outras.

Para este fato, contribuem as plantas ali estabelecidas, com suas sombras sempre prazerosas, que abrigam o cotidiano das pessoas que vivem na localidade estu-dada.

CONCLUSÃO

O universo do conhecimento botânico tradicional entre os moradores da loca-lidade pesquisada mostra um acentuado etnoconhecimento dos recursos vegetais, tanto os nativos da região como os exóticos introduzidos.

Nos quintais estudados pode-se constatar que a prática de reproduzir os elementos da paisagem ainda é bastante forte, e isto demonstra a necessidade de conservação desses espaços, uma vez que reproduzem uma cultura imaterial de pessoas que tra-dicionalmente ali se instalaram ao longo do tempo. Por outro lado, alia-se também a importante função dos quintais, enquanto mantenedo-res do verde urbano, oferecido por meio das plantas que as pessoas cultivam prin-cipalmente as espécies herbáceas, arbustos e árvores.

Dessa forma, a manutenção dos quintais, quer seja na localidade estudada, ou mes-mo em outras cidades de pequeno, médio e grande porte requer um entendimento de

que a dimensão que se vislumbra é de uma interconectividade entre ser humano e meio ambiente, mais especifi camente entre seres humanos e plantas.

AGRADECIMENTOS

Ao CNPq pelo apoio fi nanceiro destinado ao “Grupo de Pesquisas da Flora, Vege-tação e Etnobotânica – FLOVET”, para a realização do Projeto; à Capes, pela bolsa de mestrado concedida a segunda autora; à Universidade Federal de Mato Grosso pelo apoio e subsídio na pesquisa; aos moradores da cidade de Rosário Oeste que gentilmente contribuíram com esta pesquisa. À Profa. Dra. Carmen Eugenia Rodríguez Ortíz, pelo resumen.

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Recibido: 9 junio 2008. Aceptado: 20 noviembre 2009.

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els

Myr

tace

ae

Arv

M

E/A

L Ex

ótic

a A

men

doim

Ar

achi

s hyp

ogae

a L.

Legu

min

osae

Pa

pilio

noid

eae

Heb

A

L Ex

ótic

a

Am

ora

Mor

us n

igra

L.

Mor

acea

e A

rv

AL

Exót

ica

Ana

dor

Just

icia

pec

tora

lis Ja

cq.

Aca

ntha

ceae

H

eb

ME

Exót

ica

Ant

úrio

An

thur

ium

and

raea

num

Lin

den

Ara

ceae

H

eb

OR

Ex

ótic

a A

ntúr

io-p

erfu

mad

o A

nthu

rium

sp.

Ara

ceae

H

eb

OR

Ex

ótic

a A

raçá

Psid

ium

ara

ca R

addi

Myr

tace

ae

Arv

A

L N

ativ

a

202

Marzo 2010Núm. 29: 191-212

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Ara

ruta

M

aran

ta a

rund

inac

ea L

.M

aran

tace

ae

Heb

A

L Ex

ótic

a A

roei

ra

Myr

acro

druo

n ur

unde

uva

Alle

mão

Ana

rcad

iace

ae

Arv

M

E N

ativ

a A

rrud

a Ru

ta g

rave

olen

s L.

Rut

acea

e A

rb

ME/

MR

Ex

ótic

a A

rtem

ísia

Ar

tem

isia

ann

ua L

.A

ster

acea

e

Heb

M

E Ex

ótic

a A

spiri

na, H

orte

la-

da-f

olha

-gor

da

Plec

tran

thus

am

boin

icus

(Lou

r.) S

pren

g.La

mia

ceae

H

eb

ME

Exót

ica

Ass

a-pe

ixe

Vern

onia

ferr

ugin

ea L

ess.

Ast

erac

eae

H

eb

ME

Nat

iva

Ata

Anno

na sq

uam

osa

L.A

nnon

acea

e A

rv

AL

Nat

iva

Atra

tivo

An

gelo

nia

angu

stifo

lia B

enth

.Sc

roph

ular

iace

ae

Her

b M

R/O

R

Exót

ica

Ave

lós,

Chi

frud

inho

Eu

phor

bia

tiruc

alli

L.Eu

phor

biac

eae

Arb

M

E/O

R

Exót

ica

Ave

nca

Adia

ntum

sp.

Poly

podi

acea

e (P

terid

ophy

ta)

Epf

ME

Exót

ica

Bab

osa

Aloe

ver

a L.

Lilia

ceae

H

eb

BE/

ME

Exót

ica

Bac

trim

C

issu

saff

. dua

rtea

na C

ambe

ss.

Vita

ceae

Tr

ep

ME

Exót

ica

Bam

bu

Bam

busa

vul

gari

s L.

Poac

eae

Heb

O

R

Exót

ica

Ban

anei

ra

Mus

a pa

radi

síac

a L.

Mus

acea

e A

rb

AL

Exót

ica

Ban

deira

-am

arel

a C

anna

x g

ener

alis

L.H

. Bai

ley

Can

nace

ae

Heb

O

R

Exót

ica

Bat

ata-

doce

Ip

omoe

a ba

tata

s L. L

am.

Con

volv

ulac

eae

Heb

A

L Ex

ótic

a B

eijo

Im

patie

ns w

alle

rian

a H

ook.

f.B

alsa

min

acea

e H

eb

OR

Ex

ótic

a B

eijo

-gêm

eas

Impa

tiens

haw

keri

Bul

l.B

alsa

min

acea

e H

eb

OR

Ex

ótic

a B

oa-n

oite

, Mar

ia-

sem

-ver

gonh

a C

atha

rant

hus r

oseu

s (L.

) G. D

onA

pocy

nace

ae

Heb

O

R

Exót

ica

Boc

aiúv

aAc

roco

mia

acu

leat

a (J

acq.

)Lod

d. e

x M

art.

Are

cace

ae

Arv

A

L/M

E N

ativ

a B

oldo

C

oleu

s bar

batu

s (A

ndre

ws)

Ben

th.

Lam

iace

ae

Heb

M

E Ex

ótic

a

203

Guarim N., G. y C. Nunes do Amaral: Aspectos etnobotânicos de quintais tradicionais de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Bol

do-c

hinê

s Pl

ectr

anth

us o

rnat

us C

odd.

Lam

iace

ae

Heb

M

E Ex

ótic

a B

rilha

ntin

a Pi

lea

mic

roph

ylla

(L.)

Lieb

m.

Urti

cace

ae

Her

b O

R

Exót

ica

Brin

co-d

e-M

oça

Cae

salp

inia

pul

cher

rim

a (L

.) Sw

.Le

gum

inos

ae

Cae

salp

inio

idae

A

rv

OR

Ex

ótic

a

Buc

haLu

ffa c

ylin

dric

a M

. Roe

m.

Cuc

urbi

tace

ae

Trep

O

U

Exót

ica

Bur

iti

Mau

ritia

flex

uosa

L.f.

Are

cace

ae

Arv

A

L N

ativ

a C

abaç

aC

resc

entia

cuj

ete

L.B

igno

niac

eae

Arv

O

U

Nat

iva

Cab

ecin

ha-d

e-ne

goM

uehl

enbe

chia

com

plex

a (A

. Cun

n.)

Mei

sn.

Poly

gona

ceae

H

eb

OR

Ex

ótic

a

Cac

auTh

eobr

oma

caca

o L.

Ster

culia

ceae

A

rv

AL

Nat

iva

Cac

toC

ereu

s sp.

Cac

tace

ae

Cac

to

OR

Ex

ótic

a C

afé

Cof

fea

arab

ica

L.R

ubia

ceae

A

rb

AL

Exót

ica

Caf

é-ja

smim

Er

vata

mia

cor

onar

ia (J

acq.

) Sta

pfA

pocy

nace

ae

Arb

O

R

Exót

ica

Caj

á-m

anga

Sp

ondi

a m

ombi

n L.

Ana

rcad

iace

ae

Arv

A

L N

ativ

a C

ajue

iro

Anac

ardi

um o

ccid

enta

le L

.A

narc

adia

ceae

A

rv

AL

Nat

iva

Cam

bará

Vo

chys

ia d

iver

gens

Poh

lV

ochy

siac

eae

Arv

O

R

Nat

iva

Cam

omila

M

atri

caria

cha

mom

illa

L.A

ster

acea

e

Heb

M

E Ex

ótic

a C

ana

Sacc

arum

offi

cina

le L

.Po

acea

e A

rb

AL

Exót

ica

Can

cero

sa,

leite

rinha

Sy

nade

nium

gra

ntii

Hoo

k. f.

Euph

orbi

acea

e A

rb

ME

Exót

ica

Can

ela

Cin

nam

omum

zeyl

anic

um B

lum

e.

Arv

A

L Ex

ótic

a C

anfe

rana

, Es

tom

alin

a, F

igat

il Ve

rnon

ia c

onde

nsat

a B

aker

Ast

erac

eae

A

rv

ME

Exót

ica

Can

inha

-do-

brej

o C

ostu

s spi

catu

s (Ja

cq.)

Sw.

Zing

iber

acea

e H

erb

ME

Nat

iva

Cap

im-c

idre

ira

Cym

bopo

gum

citr

atus

L.

Poac

eae

Heb

M

E/A

L Ex

ótic

a

204

Marzo 2010Núm. 29: 191-212

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Cic

aC

ycas

sp.

Cyc

adac

eae

(Gym

onos

perm

ae)

Arv

O

R

Exót

ica

Cip

ó- q

uina

C

issa

mpe

los a

ff. o

valif

olia

A. D

C.

Men

ispe

rmac

eae

Arb

M

E N

ativ

a C

oco-

da-B

ahia

C

ocos

nuc

ifera

L.

Are

cace

ae

Arv

A

L/M

E Ex

ótic

a C

oent

ro

Cor

iand

rum

sativ

um L

.A

piac

eae

H

eb

AL

Exót

ica

Coe

ntro

-fol

ha-

larg

a, C

oent

ro-d

a-ín

dia

Eryn

gium

foet

idum

L.

Api

acea

e

Heb

A

L Ex

ótic

a

Col

ônia

Al

pini

a sp

ecio

sa S

chum

Zing

iber

acea

e A

rb

ME

Exót

ica

Com

igo-

ning

uém

-po

de

Die

ffenb

achi

a pi

cta

Scho

tt.A

race

ae

Heb

M

R/O

R

Exót

ica

Con

frei

Sy

mph

ytum

offi

cina

le L

.B

orag

inac

eae

Heb

M

E N

ativ

a C

ordã

o-de

- São

-Fr

anci

sco

Le

onot

is n

epet

aefo

lia R

. Bro

wn

Lam

iace

ae

Heb

M

E N

ativ

a

Cos

tela

-de-

Adã

o

Mon

ster

a de

licio

sa L

iebm

.A

race

ae

Heb

O

R

Exót

ica

Cou

ve

Bras

sica

ole

race

a L.

Bra

ssic

acea

e H

eb

AL

Exót

ica

Cra

vo

Tage

tes e

rect

a L.

Ast

erac

eae

H

eb

OR

Ex

ótic

a C

ravo

(lar

anja

) Bi

dens

sulp

hure

a (C

av.)

Sch.

Bip

.A

ster

acea

e

Heb

O

R

Exót

ica

Cra

vo (r

osa)

Bi

dens

bip

inna

ta L

A

ster

acea

e

Heb

O

R

Exót

ica

Cris

ta-d

e-ga

lo

Cel

osia

cri

stat

a L.

Am

aran

thac

eae

Heb

O

R

Nat

iva

Cum

baru

D

ipte

ryx

alat

a V

ogel

Legu

min

osae

C

aesa

lpin

ioid

ae

Arv

A

L/O

R

Nat

iva

Cup

uaçu

Th

eobr

oma

gran

diflo

rum

(Will

d. e

x Sp

reng

.)St

ercu

liace

ae

Arb

A

L N

ativ

a

Dál

iaD

halia

pin

nata

Cav

.A

ster

acea

e

Heb

O

R

Exót

ica

Dam

a-da

-noi

te

Dra

cena

sp.

Lilia

ceae

A

rv

OR

Ex

ótic

a

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

205

Guarim N., G. y C. Nunes do Amaral: Aspectos etnobotânicos de quintais tradicionais de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Din

heiro

-em

-pen

ca

Cal

lisia

repe

ns (J

acq.

)L.

Com

mel

inac

eae

Heb

O

R/M

E Ex

ótic

a D

ipiro

na

Alte

rnan

ther

a sp

.A

mar

anth

acea

e H

eb

ME

Exót

ica

Elix

ir

Pipe

r cal

losu

m R

uiz

& P

av.

Pipe

race

ae

Heb

M

E Ex

ótic

a Em

baúb

a C

ecro

pia

pach

ysta

chya

Tré

cul

Cec

ropi

acea

e A

rv

ME

Nat

iva

Erva

-cid

reira

Li

pia

alba

(Mill

) N.E

. Bro

wn

Ver

bena

ceae

H

erb

ME

Exót

ica

Erva

-de-

bich

o

Poly

gonu

m a

cre

Lam

.Po

lygo

nace

ae

Heb

M

E N

ativ

a Er

va-d

e-St

a-M

aria

, M

astru

z C

heno

podi

um a

mbr

osio

ides

L.

Che

nopo

diac

eae

Heb

M

E Ex

ótic

a

Erva

-doc

e Pi

mpi

nella

ani

sum

L.

Api

acea

e

Heb

M

E/A

L Ex

ótic

a Es

pada

-Cos

me-

Dam

ião

Sans

evie

ria

trifa

scia

ta H

ort

Lilia

ceae

H

eb

MR

Ex

ótic

a

Espa

da-S

ão-J

orge

Sa

nsev

ieri

a cy

lindr

ica

Hor

tLi

liace

ae

Heb

M

R/M

E Ex

ótic

a Es

pató

dea

Spat

hode

a ca

mpa

nula

ta P

. Bea

uv.

Big

noni

acea

e A

rv

OR

Ex

ótic

a Es

pinh

eira

-San

ta

May

tenu

s ilic

ifolia

(Sch

rad.

) Pla

nch.

Cel

astra

ceae

A

rv

ME

Nat

iva

Fede

goso

C

assi

a oc

cide

ntal

is L

.Le

gum

inos

ae

Cae

salp

inio

idae

H

eb

ME

Nat

iva

Feijã

o-an

du, d

oce

Caj

anus

caj

an (L

.) M

illsp

.Le

gum

inos

ae

Cae

salp

inio

idae

A

rb

AL/

ME

Exót

ica

Feijã

o-ca

tado

rPh

aseo

lus v

ulga

ris L

.Le

gum

inos

ae

Cae

salp

inio

idae

Tr

ep

AL

Exót

ica

Feijã

o-de

-met

ro

Vign

a un

guic

ulat

a L.

Wal

p.

Legu

min

osae

C

aesa

lpin

ioid

ae

Trep

A

L Ex

ótic

a

Feijã

o-or

elha

-de-

padr

e, F

eijã

o-pa

stel

Ph

aseo

lus s

p.Le

gum

inos

ae

Cae

salp

inio

idae

Tr

ep

AL

Exót

ica

Figo

Fi

cus c

aric

a L.

Mor

acea

e A

rb

AL

Exót

ica

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

206

Marzo 2010Núm. 29: 191-212

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Figu

eirin

ha

Ficu

s sp.

Mor

acea

e A

rv

OU

Ex

ótic

a Fi

ta-d

o-Se

nhor

-D

ivin

o, C

oroa

-de-

nata

l

Euph

orbi

a pu

lche

rrim

a W

illd.

ex

Klo

tzsc

h Eu

phor

biac

eae

Arb

O

R

Exót

ica

Folh

agem

Ac

alyp

ha g

odse

ffian

a M

ast.

Euph

orbi

acea

e A

rb

OR

Ex

ótic

a Fo

lhag

em

(cor

ação

)Ph

ilode

ndro

n sp

.A

race

ae

Trep

O

R

Exót

ica

Folh

agem

(tr

epad

eira

) Sy

ngon

ium

pod

ophy

llum

Sch

ott

Ara

ceae

Tr

ep

OR

N

ativ

a

Folh

agem

col

orid

a C

alad

ium

Xho

rtul

anum

Bird

sey

Ara

ceae

Tr

ep

OR

Ex

ótic

a Fo

rtuna

Br

yoph

yllu

m c

alyc

inum

Sal

isb

Cra

ssul

acea

e H

eb

ME

Exót

ica

Frut

a-ba

nana

Ec

clin

usa

ram

iflor

a M

art.

Sapo

tace

ae

Arv

A

L N

ativ

a Fr

uta-

pão

Arto

carp

us a

ltilis

(Par

kins

)M

orac

eae

Arv

A

L Ex

ótic

a Fu

mo

Nic

otia

na ta

bacu

m L

.So

lana

ceae

H

erb

OU

N

ativ

a G

engi

bre

Zi

ngib

er o

ffici

nalis

Ros

c.Zi

ngib

erac

eae

Her

b M

E Ex

ótic

a G

erge

lim

Sesa

mum

indi

cum

DC

Peda

liace

ae

Heb

A

L Ex

ótic

a G

ervã

o St

achy

tarp

heta

aug

ustif

olia

Lop

ez-

Pala

cios

Ver

bena

ceae

H

erb

ME

Nat

iva

Gira

ssol

H

elia

nthu

s ann

uus L

.A

ster

acea

e

Heb

O

R

Exót

ica

Goi

abei

ra

Psid

ium

gua

java

L.

Myr

tace

ae

Arv

A

L/M

E N

ativ

a G

ravi

ola

Aric

a m

uric

ata

L.A

nnon

acea

e A

rv

AL

Exót

ica

Gua

co

Mik

ania

glo

mer

ata

Spre

ng.

Ast

erac

eae

Tr

ep

ME

Nat

iva

Gue

raba

Sy

agru

s ole

race

a (M

art.)

Bec

c.A

reca

ceae

A

rv

AL

Nat

iva

Gui

Petiv

eria

alli

acea

L.

Phyt

olac

cace

ae

Heb

M

E N

ativ

a H

orte

lãzi

nha

Men

tha

villo

sa H

uds.

Lam

iace

ae

Heb

A

L Ex

ótic

a H

ortê

ncia

Hyd

rang

ea m

acro

phyl

la (T

hunb

.) Se

r.H

ydra

ngea

ceae

H

eb

OR

Ex

ótic

a

207

Guarim N., G. y C. Nunes do Amaral: Aspectos etnobotânicos de quintais tradicionais de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Imbé

Ph

ilode

ndro

n bi

pinn

atifi

dum

Sch

ott e

x En

dl.

Ara

ceae

Tr

ep

OR

Ex

ótic

a

Imbé

-do-

mat

o

Philo

dend

ron

sp.

Ara

ceae

H

eb

ME

Nat

iva

Ingá

In

ga e

dulis

Mar

t.Le

gum

inos

ae

Mim

osoi

dae

Arb

A

L N

ativ

a

Ipê

Tabe

buia

hep

taph

ylla

(Vel

l.) T

oled

oB

igno

niac

eae

Arv

O

R/M

E N

ativ

a Ix

ora

Ixor

a sp

.R

ubia

ceae

A

rb

OR

Ex

ótic

a Ja

bora

ndi

Otto

nia

corc

ovad

ensi

s Miq

Pipe

race

ae

Arb

B

E N

ativ

a Ja

botic

aba

Myr

ciar

ia c

aulif

lora

(DC

.) B

erg.

Myr

tace

ae

Arb

A

L Ex

ótic

a Ja

caAr

toca

rpus

inte

grifo

lia L

.f.M

orac

eae

Arv

A

L Ex

ótic

a Ja

cote

Spon

dia

purp

urea

L.

Ana

rcad

iace

ae

Arv

A

L Ex

ótic

a Ja

mbo

Eu

geni

a m

alac

cens

is L

in.

Myr

tace

ae

Arv

A

L Ex

ótic

a Je

nipa

po

Gen

ipa

amer

ican

a L.

Rub

iace

ae

Arv

A

L N

ativ

a Je

quiti

Car

inia

na ru

bra

Gar

dner

ex

Mie

rsLe

cyth

idac

eae

Arv

M

E N

ativ

a Ji

Sola

num

jilo

Rad

i.So

lana

ceae

H

erb

AL

Exót

ica

Jucá

Cae

salp

inia

ferr

ea M

art.

Legu

min

osae

C

aesa

lpin

ioid

ae

Arv

O

R/M

E N

ativ

a

Jure

ma,

raja

dinh

a Po

lysc

ias g

uilfo

ylei

vic

tori

e (W

. Bul

l) L.

H. B

aile

yA

ralia

ceae

A

rb

OR

/MR

Ex

ótic

a

Juru

beba

So

lanu

m a

ff.ly

coca

rpum

A. S

t.-H

il.So

lana

ceae

A

rb

ME

Nat

iva

Lanç

a-Sã

o-Jo

rge,

Es

pada

-de-

Ogu

m

Sans

evie

ria

cylin

dric

a B

ojer

.Li

liace

ae

Heb

O

R

Exót

ica

Lara

nja-

lima

Citr

us li

met

ta R

isso

Rut

acea

e A

rv

AL

Exót

ica

Lara

njei

ra

Citr

us a

uran

tium

L.

Rut

acea

e A

rv

AL/

ME

Exót

ica

Lim

oeiro

C

itrus

lim

onum

Osb

.R

utac

eae

Arv

A

L Ex

ótic

a

208

Marzo 2010Núm. 29: 191-212

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Lírio

Zeph

yran

thes

rose

a Li

ndl.

Am

aryl

lidac

eae

Heb

O

R

Exót

ica

Lírio

-bra

nco/

frot

a Eu

char

is x

gra

ndifl

ora

Plan

ch &

Lin

d.A

mar

yllid

acea

e H

eb

OR

Ex

ótic

a Lí

rio-d

a-pa

z Sp

athi

phyl

lum

sp.

Ara

ceae

H

eb

OR

Ex

ótic

a Lí

rio-v

erm

elho

H

ippe

astr

um p

unic

eum

(Lam

.) K

untz

eA

mar

yllid

acea

e H

eb

OR

Ex

ótic

a Li

xeira

Cur

atel

la a

mer

ican

a L.

Dill

enia

ceae

A

rv

ME

Nat

iva

Losn

a Ar

tem

isia

abs

inth

ium

L.

Ast

erac

eae

H

eb

ME

Exót

ica

Lour

o C

ordi

a gl

abra

ta (M

art.)

A. D

C.

Bor

agin

acea

e A

rv

OR

N

ativ

a M

açã

Mal

us d

omes

tica

Bor

khau

sen.

Ros

acea

e A

rb

AL

Exót

ica

Mal

va-b

ranc

a

Wal

ther

ia in

dica

L.

Ster

culia

ceae

H

erb

ME

Nat

iva

Mam

oeiro

C

aric

a pa

paya

L.

Car

icac

eae

Arv

A

L N

ativ

a M

amon

a Ri

cinu

s com

mun

is L

.Eu

phor

biac

eae

Arb

M

E N

ativ

a M

anda

caru

C

ereu

s sp.

Cac

tace

ae

Cac

to

OR

Ex

ótic

a M

andi

oca

Man

ihot

esc

ulen

ta C

rant

z.Eu

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biac

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Arb

A

L Ex

ótic

a M

angu

eira

M

angi

fera

indi

ca L

.A

narc

adia

ceae

A

rv

AL

Exót

ica

Man

jeric

ão

Oci

mum

bas

ilicu

m L

.La

mia

ceae

H

eb

AL

Exót

ica

Man

jero

na

Ori

ganu

m m

ajor

ona

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mia

ceae

H

eb

ME

Exót

ica

Mão

-de-

gato

Sc

heffl

era

arbo

rico

la H

ayat

aA

ralia

ceae

A

rb

OR

Ex

ótic

a M

ão-d

e-sa

po

Jatr

opha

pod

agri

ca H

ook.

Euph

orbi

acea

e A

rb

OR

Ex

ótic

a M

aqui

Zam

ia b

oliv

iana

(Bro

ngn.

) A. D

C.

Cyc

adac

eae

(Gym

onos

perm

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Arb

M

E N

ativ

a

Mar

acuj

áPa

ssifl

ora

edul

is S

ims

Pass

iflor

acea

e Tr

ep

AL

Exót

ica

Mar

acuj

ina

Pass

iflor

a sp

.Pa

ssifl

orac

eae

Trep

A

L Ex

ótic

a M

arav

ilha

Mir

abili

s jal

apa

L.N

ycta

gina

ceae

H

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OR

Ex

ótic

a M

ata-

past

o

Senn

a al

ata

(L.)

Rox

b.Le

gum

inos

ae

Cae

salp

inio

idae

H

eb

ME

Nat

iva

209

Guarim N., G. y C. Nunes do Amaral: Aspectos etnobotânicos de quintais tradicionais de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Max

ixe

Cuc

umis

ang

uria

L.

Cuc

urbi

tace

ae

Heb

A

L Ex

ótic

a M

elan

cia

Citr

ullu

s lan

atus

(Thu

nb.)

Mat

sum

. &

Nak

aiC

ucur

bita

ceae

H

eb

AL

Exót

ica

Mel

ão-d

e-Sã

o-C

aeta

noM

orm

odic

a ch

aran

tia L

.C

ucur

bita

ceae

H

eb

ME

Exót

ica

Mel

issa

Mel

issa

offi

cina

lis L

.La

mia

ceae

H

eb

ME

Exót

ica

Mex

irica

Citr

us d

elic

iosa

L.

Rut

acea

e A

rv

AL

Exót

ica

Milh

o Ze

a m

ays L

.Po

acea

e A

rb

AL

Exót

ica

Mus

saen

daM

ussa

endr

a sp

.R

ubia

ceae

A

rb

OR

Ex

ótic

a N

ão-m

e-to

ques

Eu

phor

bia

mill

i Des

Mou

l.Eu

phor

biac

eae

Heb

O

R

Exót

ica

Neg

ram

ina

Sipa

runa

gui

anen

sis A

uble

tSi

paru

nace

ae

Arb

M

E N

ativ

a N

im

Azad

irac

hta

indi

ca A

.Jus

sM

elia

ceae

A

rv

ME

Exót

ica

Nirá

Alliu

m tu

bero

sum

Rot

tl. E

x Sp

reng

.Li

liace

ae

Heb

M

E/A

L Ex

ótic

a N

ove-

hora

s P

ortu

laca

ole

race

a L.

Portu

laca

ceae

H

erb

OR

Ex

ótic

a O

relh

a-de

-lebr

e St

achy

s byz

antin

a C

. Koc

h.La

mia

ceae

H

eb

ME

Exót

ica

Orq

uíde

a

Onc

idiu

m c

ebol

leta

Sw

.O

rchi

dace

ae

Epf

OR

N

ativ

a O

rquí

dea

En

cycl

iaaf

f. fla

va (L

indl

.) Po

rto &

Bra

deO

rchi

dace

ae

Epf

OR

N

ativ

a O

rquí

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En

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iasp

.O

rchi

dace

ae

Epf

OR

N

ativ

a O

rquí

dea-

roxa

C

athl

eya

nobi

lior R

echb

.O

rchi

dace

ae

Epf

OR

N

ativ

a Pa

inei

raC

hori

sia sp

ecio

sa A

. St.-

Hil.

Bom

baca

ceae

A

rv

OU

N

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a Pa

lhet

eira

Clit

oria

race

mos

a B

enth

.Le

gum

inos

ae

Cae

salp

inio

idae

A

v O

R

Exót

ica

Palm

a N

opal

ea c

oche

nilli

fera

(L.)

Salm

-Dyc

kC

acta

ceae

C

acto

O

R

Exót

ica

Papo

ula

Hib

iscu

s ros

a-si

nens

is L

.M

alva

ceae

A

rb

OR

Ex

ótic

a Pa

ripar

oba

Poth

omor

phe

umbe

llata

(L.)

Miq

.Pi

pera

ceae

H

eb

AL/

ME

Nat

iva

210

Marzo 2010Núm. 29: 191-212

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Pata

-de-

vaca

Ba

uhin

ia sp

.Le

gum

inos

ae

Cae

salp

inio

idae

H

eb

ME

Nat

iva

Pepi

noC

ucum

is sa

tivus

L.

Cuc

urbi

tace

ae

Heb

A

L Ex

ótic

a Pe

qui

Car

yoca

r bra

silie

nse

Cam

bess

.C

aryo

cara

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A

rv

AL/

ME

Nat

iva

Periq

uite

ira

Trem

a m

icra

ntha

(L.)

Blu

me

Ulm

acea

e A

rv

OR

Ex

ótic

a Pi

cão-

bran

co

Bide

ns p

ilosa

L.

Ast

erac

eae

H

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ME

Nat

iva

Picã

o-ro

xo,

Men

trast

o Ag

erat

um c

onyz

oide

s L.

Ast

erac

eae

H

eb

ME

Nat

iva

Pim

enta

-ch

umbi

nho,

poç

a,

bode

Cap

sicu

m b

acca

tum

L.

Sola

nace

ae

Her

b A

L Ex

ótic

a

Pim

enta

-de-

chei

ro

Cap

sicu

m o

dora

tum

Ste

ud.

Sola

nace

ae

Her

b A

L Ex

ótic

a Pi

men

ta-d

o-re

ino

Pipe

r nig

rum

L.

Pipe

race

ae

Heb

A

L Ex

ótic

a Pi

men

ta-m

alag

ueta

C

apsi

cum

frut

esce

ns L

.So

lana

ceae

H

erb

AL

Exót

ica

Pim

entã

o, P

imen

ta-

roxa

C

apsi

cum

ann

uum

L.

Sola

nace

ae

Her

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L Ex

ótic

a

Ping

o-de

-our

o D

uran

ta re

pens

L.

Ver

bena

ceae

H

erb

OR

Ex

ótic

a Pi

nhão

-bra

nco

Ja

trop

ha c

urca

s L.

Euph

orbi

acea

e A

rb

ME

Nat

iva

Pinh

ão-r

oxo

Jatr

opha

gos

sypi

ifolia

L.

Euph

orbi

acea

e A

rb

ME/

OR

N

ativ

a Pi

nhei

ro

Pinu

s elli

ottii

Eng

elm

.Pi

nace

ae(G

ymno

sper

mae

) A

rv

OR

Ex

ótic

a

Pita

Agav

e am

eric

ana

L.A

mar

yllid

acea

e H

eb

MR

Ex

ótic

a Pi

tang

a

Euge

nia

unifl

ora

L.M

yrta

ceae

A

rb

AL

Exót

ica

Pito

mbe

ira

Talis

ia e

scul

enta

(A. S

t.-H

il.) R

adlk

Sapi

ndac

eae

Arv

A

L N

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a Po

ejo

Men

tha

pule

gium

L.

Lam

iace

ae

Heb

M

E Ex

ótic

a Po

ncã

Citr

us sp

.R

utac

eae

Arv

A

L Ex

ótic

a

211

Guarim N., G. y C. Nunes do Amaral: Aspectos etnobotânicos de quintais tradicionais de Rosário Oeste, Mato Grosso, Brasil.

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Purg

a-de

-laga

rto

Jatr

opha

elli

ptic

a (P

ohl)

Oke

nEu

phor

biac

eae

Arb

M

E N

ativ

a Q

uebr

a-pe

dra

Phyl

lant

hus n

iruri

L.

Euph

orbi

acea

e H

erb

ME

Nat

iva

Qui

abo

Hib

iscu

s esc

ulen

tus L

.M

alva

ceae

A

rb

AL

Exót

ica

Qui

na-d

o-m

ato

Stri

chno

s pse

udoc

hina

A. S

t. H

il.Lo

gani

acea

e A

rv

ME

Nat

iva

Rab

anet

e Ra

phan

us sa

tivus

L.

Bra

ssic

acea

e H

eb

AL

Exót

ica

Rab

o-de

-ca

xing

anga

Phle

bodi

um d

ecum

anum

(Will

d.) J

. Sm

.Po

lypo

diac

eae

(Pte

ridop

hyta

) A

rb

OR

Ex

ótic

a

Rab

o-de

-gal

o

Cod

iaeu

m v

arie

gatu

m (L

.) A

. Jus

s.Eu

phor

biac

eae

Arb

O

R

Exót

ica

Rep

olho

Br

assi

ca c

apita

ta L

.(H.)

Lév.

Bra

ssic

acea

e H

eb

AL

Exót

ica

Rom

ã

Puni

ca g

rana

tum

L.

Puni

cace

ae

Arb

A

L/M

E Ex

ótic

a R

osa

Rosa

sp.

Ros

acea

e A

rb

OR

Ex

ótic

a R

úcul

a Er

uca

sativ

a M

ill.

Bra

ssic

acea

e H

eb

AL

Exót

ica

Sabu

guei

ro

Sam

bucu

s nig

ra L

.C

aprif

olia

ceae

A

rb

ME

Exót

ica

Saia

-de-

velh

o C

lero

dend

ron

phili

ppin

um S

chau

erV

erbe

nace

ae

Her

b O

R

Exót

ica

Saiã

oK

alan

choe

bra

silie

nsis

Cam

bess

.C

rass

ulac

eae

Heb

M

E Ex

ótic

a Sa

mam

baia

-cre

spa

Nep

hrol

epis

exa

ltata

(L.)

Scho

ttN

ephr

olep

idac

eae

(Pte

ridof

ita)

Epf

OR

Ex

ótic

a

Sals

inha

Pe

tros

elin

um sa

tivum

subs

p. S

ativ

um L

.A

piac

eae

H

eb

AL

Exót

ica

Sam

amba

ia

Nep

hrol

epis

sp.

Poly

podi

acea

e (P

terid

ophy

ta)

Epf

OR

Ex

ótic

a

Sam

amba

ia-d

e-

rend

a D

aval

lia fe

jeen

sis H

ook

Poly

podi

acea

e (P

terid

ophy

ta)

Epf

OR

Ex

ótic

a

Sam

amba

ia-d

o-br

ejo

Poly

podi

um sp

.Po

lypo

diac

eae

(Pte

ridop

hyta

) Ep

f O

R

Exót

ica

Sam

amba

ia-r

abo-

gato

N

ephr

olep

is p

ectin

ata

(Will

d.) S

chot

t.Po

lypo

diac

eae

(Pte

ridop

hyta

) Ep

f O

R

Exót

ica

212

Marzo 2010Núm. 29: 191-212

Tabe

la 1

. Con

tinua

ção.

Nom

e ve

rnac

ular

N

ome

cien

tífic

o Fa

míli

a H

ábito

C

ateg

oria

de

uso

O

rige

m

Sam

amba

ia-

roxi

nha

Tr

ades

cant

ia ze

brin

a H

eynh

.C

omm

elin

acea

e Tr

ep

OR

Ex

ótic

a

Sang

ra-d

-’ág

ua

Cro

ton

uruc

uran

a B

aill.

Euph

orbi

acea

e A

rb

ME

Nat

iva

Sapa

tinho

-de-

anjo

C

alad

ium

hum

bold

tii S

chot

tA

race

ae

Heb

O

R

Exót

ica

Sem

-nom

e Br

yoph

yllu

m d

aigr

emon

tianu

m (R

aym

.-H

amet

& H

.Per

rier)

A.B

erge

rC

rass

ulac

eae

Heb

O

R

Exót

ica

Tam

arin

do

Tam

arin

dus i

ndic

a L.

Legu

min

osae

C

aesa

lpin

ioid

ae

Arv

A

L/M

E Ex

ótic

a

Tang

erin

aC

itrus

retic

ulat

a B

lanc

oR

utac

eae

Arv

A

L Ex

ótic

a Ta

nsag

em

Plan

tago

maj

or L

.Pl

anta

gina

ceae

H

eb

ME

Exót

ica

Tans

agem

-fal

sa

Arra

bida

ea c

hica

(Hum

b. &

Bon

pl.)

B.

Ver

l.B

igno

niac

eae

Arb

M

E Ex

ótic

a

Taru

Vite

x cy

mos

a B

erte

ro e

x Sp

reng

.V

erbe

nace

ae

Arv

O

R

Exót

ica

Teca

Tect

ona

gran

dis L

.f.V

erbe

nace

ae

Arb

O

R/O

U

Exót

ica

Terr

amic

ina

Alte

rnan

ther

a de

ntat

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oenc

h) S

tuch

lik

ex R

.E. F

r.A

mar

anth

acea

e H

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ME

Nat

iva

Tom

ate

Lyco

pers

icon

esc

ulen

tum

Mill

.So

lana

ceae

H

erb

AL

Exót

ica

Uru

cum

Bi

xa o

rella

na L

.B

ixac

eae

Arv

O

U/M

E N

ativ

a U

vaVi

tis v

inife

ra L

.V

itace

ae

Trep

A

L Ex

ótic

a V

asso

urin

ha

Scop

aria

dul

cis L

.Sc

roph

ular

iace

ae

Her

b M

E Ex

ótic

a V

ick

Men

tha

arve

nsis

L.

Lam

iace

ae

Heb

M

E Ex

ótic

a

AL

= al

imen

tar;

ME

= m

edic

inal

; OR

= o

rnam

enta

l; M

R =

mís

tico/

relig

ioso

, BE

= be

leza

pes

soal

, OU

= o

utro

s uso

s; A

rv =

ár

vore

; Heb

= h

erbá

cea;

Arb

= A

rbus

to; E

pf =

Epí

fi tas

; Tre

p =

Trep

adei

ra).