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Redesign- Obra Poética - Lobo da costa

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Este projeto foi proposto na disciplina de Design Editorial , criou-se um projeto completo de um livro já existente do escritor e poeta regional Lobo da Costa, a escolha do livro para um redesign foi óbvia por conta de que o autor é natural de Pelotas RS e também porque seriam utilizadas fotos de diversos locais históricos da cidade. * Este trabalho não tem nenhum fim lucrativo, sendo somente um trabalho acadêmico.

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Pelotas2014

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Apresentação/9Introdução/11

Notas/257Glossário/277

Bibliografia/285

Lucubrações /29

Auras do Sul/101

Dispersas/161

Flores do campo/195

Outros Poemas/213

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O REI E O OPERÁRIO — O que vales, junto à forja,Cingindo o sujo avental? — E a ti que te vale a gorjaDo teu diadema real? — Eu mando tropas e armadas,Sustenho povos na mão... — Pois eu tempero as espadas,Que fazem a revolução! — E eu tenho um cetro que ao vê-loCurvam-se as raças fiéis... — Pois eu possuo o marteloQue prega a forca dos reis! — És um divino espantalho. . . — E tu, que vales, vilão?! — Eu forjo o anel do trabalho,Tu forjas a escravidão* — Eu tenho o sangue que deveRecordar-me os faraós... — E eu o do peão que em GreveDecapitou teus avós.

— Tu és das trevas o leito. . . — Mentes, eu laboro a luz! — Eu prego a luz do direito. . . —E eu prego as leis de Jesus! —— Tu és a noite, eu o dia,Deslumbram-te os vivos sóis.. .Tu fundes a tirania,Eu fundo os pulsos aos heróis!

— Eu tenho o sangue que deveRecordar-me os faraós... — E eu o do peão que em GreveDecapitou teus avós. —— Tu és das trevas o leito. . . — Mentes, eu laboro a luz! — Eu prego a luz do direito. . . —E eu prego as leis de Jesus! —— Tu és a noite, eu o dia,Deslumbram-te os vivos sóis.. .Tu fundes a tirania,Eu fundo os pulsos aos heróis!

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MINHA TERRA

Lá, na minha terra, quandoO luar banha o potreiro,Passa cantando o tropeiro,Cantando, sempre cantando;Depois, avista-se o bandoDo gado que muge, adiante;E um cão ladra bem distante,Lá, bem distante, na serra;Nunca foste à minha terra?!

Enfrena, pois, teu cavalo,Ferra a espora, alça o chicoteE caminha a trote, a trote,Se não quiseres cansá-lo.Ainda não canta o galo,É tempo de viajares. Deixarás estes lugares,Iras vendo novas cenasSempre amenas, muito amenas.

O laranjal reverdece, E ao disco argênteo da lua, Logo os olhos te apareceA estrela deserta e nua.

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Adeus

À sombra do Salgueiro(Fragmentos)

Adeus! eu vou partir. Por que soluças?Não brilha o pranto, a dor, à luz da festa,Nem a rosa, por pálida e modesta,Deve pender a fronte ainda em botão...Que eu te diga este adeus — manda o destino!Eu sou náufrago vil, sem norte ou guia,Açoitado por ventos de agoniaNas cavernas fatais do coração.

Chorarás no momento em que eu te deixe,Ou, quando perto eu for da tua herdade,Passarás uma noite com saudade;Mas a aurora trará mimos a �ux...E desperta de um sonho que te a�ige,Os passos sulcarás dalmo folguedo,Esquecida daquele que tão cedo,Sem amparo caiu vergado à cruz.

Trará o esquecimento alívio às dores;Muitos dias talvez virão por este,E das bagas do pranto que vertesteBrotarão os jasmins de um novo amor...Cantarão no teu lar os passarinhos,Muitas �ores virão com a primavera,E de mim �cará de uma outra eraAgudo espinho de saudosa dor.

Já viste a triste mãe que um berço embala,Velando uma criança adormecida,Consagrando-lhe esperança, amor e vida,Capaz de se �nar se ela morrer;E após, se a idade veste-a de esplendores,Tornar-se seu algoz, ser seu patíbulo,E ir vendê-la nas portas do prostíbulo,Como rês inocente — a quem mais der?!

Nunca viste o mendigo esfarrapadoBeijar a mão bondosa que o ampara,E depois, se a fortuna se lhe aclara,Como Pedro negar ao próprio Cristo?Nunca viste o impudor — calcando o pejo,A dor desa�ando — gargalhadas,Em troca de carícias — punhaladas!Nunca viste? Pois eu já tenho visto.

Só guarda uma saudade quem por fadoTeve a dor do proscrito, a do abandono.Assim, se eu não morrer, se o eterno sono

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Só guarda uma saudade quem por fadoTeve a dor do proscrito, a do abandono.Assim, se eu não morrer, se o eterno sonoNão for além dormir, pomba adorada,Lembrarei teus encantos e meiguices,Chorarei de saudade — embora rias,Cobrindo com meu manto de agoniasOs espinhos da cruz que me foi dada.

E se um dia nas praias do futuroRolar o meu cadáver de descrente,Sepulta-o junto à margem onde a correnteSó muda quando em �uxo recresce...Onde os salgueiros têm as mesmas folhasE é sempre a mesma viração sombria,Onde só muda o Sol quando anoitece.

129. Coragem| courage FC. Erro tipográ�co evidente.

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