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Colecção Formação Modular Automóvel FOCAGEM DE FARÓIS FOCAGEM DE FARÓIS COMUNIDADE EUROPEIA Fundo Social Europeu

regulação de farois

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Colecção

Formação Modular Automóvel

FOCAGEM DE FARÓISFOCAGEM DE FARÓIS

COMUNIDADE EUROPEIAFundo Social Europeu

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Focagem de Faróis

Referências

Colecção Formação Modular Automóvel

Título do Módulo Focagem de Faróis

Coordenação Técnico-Pedagógica CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel Departamento Técnico Pedagógico

Direcção Editorial CEPRA – Direcção

Autor CEPRA – Desenvolvimento Curricular

Maquetagem CEPRA – Núcleo de Apoio Gráfico

Propriedade Instituto de Emprego e Formação Profissional Av. José Malhoa, 11 - 1000 Lisboa

1ª Edição Portugal, Lisboa, Fevereiro de 2000

Depósito Legal 148445/00

“Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, cofinanciado peloEstado Português, e pela União Europeia, através do FSE”

“Ministério de Trabalho e da Solidariedade – Secretaria de Estado do Emprego e Formação”

© Copyright, 2000 Todos os direitos reservados

IEFP

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Focagem de Faróis

Índice

ÍNDICE

DOCUMENTOS DE ENTRADA

OBJECTIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS DO MÓDULO .............................................E.1

PRÉ-REQUISITOS ........................................................................................................E.2

CORPO DO MÓDULO

INTRODUÇÃO............................................................................................................... 0.1

1 - TIPOS E CARACTERÍSTICAS DOS FOCOS.......................................................... 1.1

2 - ALINHAMENTO NA PAREDE ................................................................................. 2.1

3 - UTILIZAÇÃO DO REGLOSCÓPIO.......................................................................... 3.1 3.1 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO REGLOSCÓPIO.................................................3.1

3.2 - MODO OPERACIONAL................................................................................................. 3.2

3.3 - INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS......................................................................... 3.3

3.4 - MANUTENÇÃO DO REGLOSCÓPIO ........................................................................... 3.4

3.5 - CALIBRAÇÃO DO REGLOSCÓPIO.............................................................................. 3.5

4 - REGULAMENTAÇÃO EM VIGOR........................................................................... 4.1

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................C.1

DOCUMENTOS DE SAÍDA PÓS-TESTE ..................................................................................................................S.1 CORRIGENDA E TABELA DE COTAÇÃO DO PÓS-TESTE ......................................S.4

ANEXOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS .............................................................................................A.1 GUIA DE AVALIAÇÃO DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS ..............................................A.2

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Focagem de Faróis E.1

Objectivos Gerais e Específicos do Módulo

OBJECTIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

No final deste módulo, o formando deverá ser capaz de:

OBJECTIVOS GERAIS DO MÓDULO

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

1. Identificar a importância do correcto alinhamento dos faróis

2. Realizar o alinhamento e verificar a intensidade luminosa dentro dos parâmetros

definidos na regulamentação

1. Identificar tipos de focos utilizados na Europa

2. Identificar problemas de iluminação provocados por mau alinhamento dos faróis

3. Verificar de forma expedita o alinhamento na parede

4. Utilizar o regloscópio para proceder ao correcto alinhamento dos faróis

5. Identificar a regulamentação em vigor para o alinhamento dos faróis

Page 10: regulação de farois

Focagem de faróis E.2

Pré-Requisitos

Int rodução ao A ut omóvel

D esenho Técnico M at emát ica ( cálculo)

F í sica, Quí mica e M at eriais

Organização Of icinal

LEGEN DA

Módulo em estudo

Pré-Requisito

Sist emas de A viso A cúst icos e

Luminosos

Sist emas de Ignição

Sist emas de C omunicação

Tecnologia dos Semi- C ondut ores -

C omponent es

C álculos e C urvas C aract erí st icas

do M ot or

Sist emas de A dmissão e de

Escape

T ipos de B at erias e sua M anut enção

M agnet ismo e Elect romagnet ism

o - M ot ores e Geradores

Sist emas de Carga e A rranque

Const rução da Inst alação Eléct rica

Lubrif icação de M ot ores e

T ransmissão

A liment ação D iesel

Sist emas de A liment ação por

Carburador

Leit ura e Int erpret ação de

Esquemas Eléct r icos A ut o

D ist r ibuição

C omponent es do Sist ema Eléct r ico e sua Simbologia

Elect r icidade B ásica

Emissões Po luent es e

D isposit ivos de Cont ro lo de

Emissões

Sist emas de Segurança A ct iva

Sist emas de Travagem

A nt ib loqueio

Sist emas de Injecção

Elect rónica

V ent ilação Forçada e Ar C ondicionado

Sist emas de Travagem

Hidráulicos

Ferrament as M anuais

TermodinâmicaM anut enção Programada

Processos de Traçagem e

Puncionament o

Processos de Cort e e D esbast e

OUTROS MÓDULOS A ESTUDAR

A nálise de Gases de Escape e Opacidade

Processos de Furação,

M andrilagem e Roscagem

Gases C arburant es e

C ombust ão

N oções de M ecânica

A ut omóvel para GPL

C onst it uição e Funcionament o do Equipament o Con-versor para GPL

Leg islação Especí f ica sobre

GPL

D iagnóst ico e R eparação em Sist emas com

Gest ão Elect rónica

D iagnósico e Reparação em

Sist emas Eléct r icos

C onvencionais

R odas e Pneus

N oções Básicas de So ldadura M et ro log ia

Órgãos da Suspensão e seu Funcionament o

Geomet ria de D irecção

Sist emas de Injecção M ecânica

D iagnóst ico e R eparação em

Sist emas M ecânicos

Diagnóst ico e Rep . de Avarias

no Sist ema de Suspensão

U nidades Elect rónicas de

C omando , Sensores e A ct uadores

Sist emas de Inf ormação

Sist emas de Segurança

Passiva

Sist emas de D irecção

M ecânica e A ssist ida

Sist emas de Transmissão

Sist emas de Conf ort o e Segurança

Embraiagem e C aixas de

V elocidades

COLECÇÃO FORMAÇÃO MODULAR AUTOMÓVEL

C irc. Int egrados, M icrocont ro lador

es e M icroprocessado

res

Rede de A r C omp. e

M anut enção de Ferrament as Pneumát icas

Sist emas Elect rónicos

D iesel

C aract erí st icas e Funcionament o dos M ot ores

Focagem de Faró is

Lâmpadas, Faró is e Faro lins

Sist emas de A rref eciment o

Sobrealiment ação

R ede Eléct r ica e M anut enção de

Ferrament as Eléct r icas

PRÉ-REQUISITOS

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Focagem de faróis 0.1

Introdução

0 - INTRODUÇÃO

Se tivermos em consideração as estatísticas de segurança rodoviária, verificamos que muitos aci-

dentes ocorrem em virtude de mau funcionamento do sistema de iluminação principal e má regula-

ção dos faróis.

De facto, um mau alinhamento dos faróis, poderá provocar o encadeamento do condutor do veículo

que circula em sentido contrário se os faróis se encontrarem muito altos. Podem também não ilumi-

nar devidamente a estrada se estiverem muito baixos. Ambas as situações podem provocar aciden-

tes que facilmente se poderiam evitar.

Estes problemas levaram à introdução da verificação do alinhamento nas inspecções periódicas,

que levam ao averbamento de deficiências fáceis de evitar e à eventual reprovação do veículo.

Em qualquer manutenção periódica do veículo, ou quando da reparação por choque, a verificação

do alinhamento dos faróis é de primordial importância para assegurar a segurança de todos os que

circulam na estrada.

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Focagem de Faróis 1.1

Tipos e Características dos Focos

1 – TIPOS E CARACTERÍSTICAS DOS FOCOS

O alinhamento preciso dos faróis é imprescindível para a segurança de quem circula de noite com

más condições de visibilidade. Inicialmente, os focos luminosos eram simétricos, mas este tipo de

iluminação não se apresentava como o mais adequado. Na Europa passou a utilizar-se o foco assi-

métrico.

Nos países em que se circular pela direita o foco é caracterizado por um ângulo de 15º em altura,

nos médios.

1. Lâmpada

2. Filamento de médios

3. Filamento de máximos

Este tipo de iluminação permite iluminar mais eficazmente o frente lateral da estrada, facilitando a

visualização de possíveis obstáculos e evitando o encandear dos condutores que cruzam o veículo.

Fig. 1.1 – Projecção do foco

Fig. 1.2 – Tipo de iluminação obtida pelo foco luminoso assimétrico

Page 16: regulação de farois

Focagem de Faróis 1.2

Tipos e Características dos Focos

Os médios são os principais visados no alinhamento, e como em muitos casos o mesmo farol asse-

gura que a luz de médios, quer de máximos (utilizando-se uma lâmpada de duplo filamento), o mes-

mo alinhamento permite a regulação dos dois tipos de iluminação também é necessário o alinha-

mento de faróis complementares quando a iluminação do veículo é efectuada por quatro ópticas.

O alinhamento consistirá então em baixar ou subir o foco luminoso tomando em consideração o limi-

te superior em relação à horizontal, com vista a evitar que o automobilista que cruze com o veículo

seja encadeado, ou de que a estrada seja correctamente iluminada.

Regulamentarmente, o alinhamento em relação à linha de corte deve estar compreendido entre um

mínimo e um máximo, mais propriamente entre –0,5 e 2,5%, em relação à horizontal.

Considera-se geralmente que um farol desalinhado de 1% em relação à altura encandeará vinte

vezes mais do que um alinhado. Inversamente um abaixamento de 1% reduzirá a visibilidade do

condutor na mesma medida (vinte vezes menos).

Daqui se conclui a importância da regulação dos faróis.

Para uma altura de farol de 0,65 m uma variação do alinhamento de 1% faz variar a zona iluminada

para o dobro.

Sabendo-se dos estudos de segurança rodoviária, a distância de travagem é da ordem dos 63 m a

90 km/h, um abaixamento de linha implicará uma redução da zona iluminada, como se vê na seguin-

te tabela.

Abaixamento Distância iluminada

0,5 % 130 m

1 % 65 m

1,5 % 43 m

2 % 32 m

2,5 % 26 m

Fig. 1.3 – Alinhamento em relação à linha de corte

Page 17: regulação de farois

Focagem de Faróis 2.1

Alinhamento na Parede

2 – ALINHAMENTO NA PAREDE

O alinhamento na parede não é um método preciso pelo, que nas oficinas se deve sempre utilizar o

regloscópio. No entanto, poderá ser utilizado como método expedito para verificar desvios de maior

gravidade.

Para alinhar o sistema de iluminação principal do veículo deve proceder obedecendo às seguinte

operações.

Coloque o veículo em frente de uma parede e

perpendicularmente a esta, o pavimento tem

que ser plano e o veículo tem que estar a 5

metros de distância da parede.

A pressão dos pneus deve estar correcta.

O veículo deve ter apenas a sua tara (quer isto dizer

deve incluir-se além do peso do veículo, o pneu

sobressalente, os depósitos cheios, e em geral todos

os pesos adicionais de carácter permanente).

No caso dos automóveis ligeiros de passageiros,

deverá colocar-se um peso adicional de 75 kg no

banco traseiro, correspondente ao peso de uma pes-

soa adulta sentada nesse local.

Fig. 2.1 – Alinhamento de faróis na parede

Fig. 2.2 – O veículo deve situar-se em perpendicular à parede

Fig. 2.3 – O pavimento tem que ser plano e o veículo deve encontrar-se a 5 metros da parede

Page 18: regulação de farois

Focagem de Faróis 2.2

Alinhamento na Parede

Utilizando um giz, marque na parede a altura correspondente ao eixo dos faróis e trace uma linha

horizontal. Depois trace duas linhas verticais que interceptam a linha horizontal já traçada e que cor-

respondam ao afastamento existente entre os centros dos faróis.

O formador, indicar-lhe-á como é que estas linhas se traçam na parede, com a ajuda de uma régua

e esquadro.

Ligue a luz de médios e certifique-se que o vidro da óptica se encontra bem limpo.

Se a linha que limita a zona escura da iluminação estiver horizontal e 5 cm abaixo da linha marcada

a giz a óptica está correctamente ajustada (A=5m; F=5cm; e A depende da altura que os faróis esti-

verem figura 5.1).

Se a linha que separa a zona escura da iluminada estiver acima da linha traçada a giz, então, a luz

proveniente da óptica, encadeará os automobilistas que circulem em sentido contrário.

Utilize o parafuso de regulação dos farol, para baixar o foco luminoso.

Existem dois parafusos de regulação: um para a regulação horizontal e outro para a regulação verti-

cal como se mostra na figura 2.6.

Fig. 2.4 – Marcação de linhas para a regulação dos faróis

Fig. 2.5 – Aferição dos faróis

Page 19: regulação de farois

Focagem de Faróis 2.3

Alinhamento na Parede

Os parafusos de regulação dos faróis situam-

se também na parte posterior do farol

(parafusos A e B da figura 2.7).

O parafuso B regula a altura o foco e o parafu-

so regula a posição horizontal.

Em alguns veículos os parafusos encontram-se situados na parte dianteira do veículo como é o caso

dos faróis regulados na figura 2.6 e 2.8.

No caso dos faróis quádraplos os parafusos de regulação, de cada um dos projectores, estão situa-

dos da forma como se apresenta na figura 2.9 (A regula a direcção horizontal do foco e B a altura).

Fig. 2.6 – Regulação dos faróis

Fig. 2.7 – Faróis com regulação posterior ao farol

Fig. 2.8 – Faróis com regulação dianteira

Page 20: regulação de farois

Focagem de Faróis 2.4

Alinhamento na Parede

Ligue agora a luz de máximos. A sua projecção na parede terá o formato de uma elipse, como mos-

tra na figura 2.10.

Para que a luz esteja correctamente ajustada, o cen-

tro da elipse deve encontrar-se na união da linha

horizontal com a vertical (ver figura 2.11).

Hoje em dia, a iluminação assimétrica para a luz de

médios é muito usada, embora ainda haja veículos que

possuam iluminação simétrica.

Fig. 2.9 – Regulação de faróis múltiplos

Fig. 2.10 – Projecção dos faróis de máximos

Fig. 2.11 – Projecção correcta

Fig. 2.12 – Projecção incorrecta

Page 21: regulação de farois

Focagem de Faróis 2.5

Alinhamento na Parede

A vantagem da luz assimétrica em relação à simétrica é a de iluminação dos médios iluminar a ber-

ma do lado em que o veículo a uma maior distância (berma da direita quando a condução é à direita,

e da esquerda quando a condução é à esquerda).

Assim o condutor vê melhor a estrada e os automobilistas que circulam em sentido contrário não

ficam encandeados.

A luz assimétrica (nos médios), tem maior alcance do lado direito (70 m) comparativamente com o

lado esquerdo (50 m). Isto para os países que conduzem pela direita.

Nos países em que se conduz pela esquerda, o lado esquerdo tem maior alcance (70 m) que o lado

direito (50 m).

Quando estiver a regular a luz de médios de um farol assimétrico, verificará que a linha que separa

a zona escura da iluminada, é ligeiramente inclinada a partir do ponto que define o eixo do farol.

À esquerda do ponto, no caso da condução à direita, a linha que separa a zona escura da iluminada,

deve ser paralela à traçada a giz na parede e encontra-se a 5 cm abaixo desta (considerando o veí-

culo a 5 m da parede).

Fig. 2.13 – Iluminação assimétrica Fig. 2.14 – Iluminação simétrica

Fig. 2.15 – Foco assimétrico com condu-ção pela esquerda

Fig. 2.16 – Foco assimétrico com condução

Fig. 2.18 – Foco bem regulado

Fig. 2.17 – Regulação para foco assimétrico

Page 22: regulação de farois

Focagem de Faróis 2.6

Alinhamento na Parede

Mas à direita desse ponto, inclina-se para cima formando uma âgulo com a linha traçada.

Se a linha que separa a zona escura da iluminada, começar a inclinar-se para cima antes do ponto

que define o eixo do farol, irá encandear os automobilistas que circulam em sentido contrário, por-

tanto é necessário regular o alinhamento do farol.

Quando o que acontece na figura 2.19, deve rodar o parafuso de regulação de direcção horizontal

(H) mais para a direita, fazendo assim deslocar o foco para a direita (ver figura 2.20).

Normalmente, a distância à parede é de 10 metros. Com essa distância, a linha que separa a zona

escura da iluminada tem de estar 10 cm abaixo da linha horizontal traçada a giz.

No entanto, pode usar outras distâncias como por exemplo 5m ou 3 m, só que a linha que separa a

zona escura da iluminada têm de estar a 5 cm ou 3 cm respectivamente, da linha traçada.

Fig. 2.19 – Foco mal regulado Fig. 2.20 – Regulação do farol

Page 23: regulação de farois

Focagem de Faróis 3.1

Utilização do Regloscópio

3 – UTILIZAÇÃO DO REGLOSCÓPIO

Desde 1995 que está em vigor a norma europeia que impõe a % mínima e máxima de regulação.

Os regloscópios devem estar conforme a norma e indicar claramente no écran os limites de -0,5% a

-2,5% indicadores da margem de manobra possível.

Alguns regloscópios mais antigos não indicam claramente os limites da norma, embora permitam

regular os projectores. Os mais recentes facilitam o posicionamento tornando-o mais rápido e, como

são regulados electronicamente possuem a incorporação de um luxímetro que permite medir a inten-

sidade da luz.

Nos aparelhos mais antigos o regloscópio é colocado diante do farol. Se o foco está correcto acen-

de-se uma luz verde que é actuada por uma célula fotométrica. Embora muito práticos estes reglos-

cópios não são muito rigorosos. Os que possuem células fotométricas sob a linha de separação cla-

ro/escuro (a menos 1%, por exemplo), permitem leituras com variações por vezes superiores aos

limites. Por outro lado como as células está espaçadas, não permitem verificar eventuais imperfei-

ções no foco, nos intervalos entre as células, devidas por exemplo a uma fissura no vidro do farol.

Nos regloscópios mais recentes é indicado claramente o valor da diferença de intensidade luminosa

num display digital.

3.1 – CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO REGLOSCÓPIO

Deverá permitir o teste de luzes de médios assimétricos, simétricos, de máximos e

nevoeiro.

Possuir ajustamento vertical permitindo o teste de faróis numa detrminada gama de

alturas acima do solo.

Permitir um alinhamento longitudinal com um dado grau de precisão.

Permitir a medição da intensidade luminosa (preferencial em modo automático).

Page 24: regulação de farois

Focagem de Faróis 3.2

Utilização do regloscópio

3.2 – MODO OPERACIONAL

Colocar o aparelho em frente do farol a controlar, a uma distância entre 30 e 40 cm, alinhando a cai-

xa do aparelho com o centro do farol com uma tolerância de 3 cm verticalmente e transversalmente.

Alinhar o aparelho longitudinalmente seguindo o procedimento específico do equipamento.

Fazer a regulação do écran em função da altura do farol, para cada verificação.

Acertar a óptica em altura e desvio horizontal.

3. Coluna vertical; 4. Câmara óptica; 5. Nível; 6. Lentes; 7. Ajustador de horizontalidade; 8. Ajustador da altura com travão; 9. Suporte; 10. Extensão telescópica; 11. Metro; 12. Luxímetro; 13. Botão do teste de bateria; 14. Botão de medição da intensidade luminosa; 15. Placa de protecção; 16. Ajustador com escala para medição da percentagem de inclinação do foco; 19. Barra de alinhamento; 20. Fixador da barra de alinhamento;

Fig. 3.1 – Regloscópio

Fig. 3.2 – Posicionamento do regloscópio

Page 25: regulação de farois

Focagem de Faróis 3.3

Utilização do Regloscópio

O operador deverá centralizar a imagem frontal do veículo entre as linhas referenciais.

Uma vez centralizado, o regloscópio, pode ser movimentado tanto verticalmente quanto transversal-

mente, em relação ao eixo longitudinal do veículo, conservando o alinhamento.

Posteriormente o regloscópio deverá ser posicionado em frente ao farol a ser avaliado. Se necessá-

rio, regular a altura da câmara óptica.

Fig. 3.3 – O veículo e o regloscópio devem estar ao mesmo nível

Page 26: regulação de farois

Focagem de Faróis 3.4

Utilização do regloscópio

3.3 – INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

A linha divisória claro/escuro

deverá situar-se sobre a linha

de referências no écran de

controlo do equipamento em

toda a sua largura nos faróis

simétricos, ou sobre metade

deste no caso dos assimétri-

cos.

Os regloscópios mais recentes, dispõem de écrans que indicam a inclinação do foco e onde estão

indicados os limites da norma europeia.

Fig. 3.4 – Verificação do alinhamento das luzes

Fig. 3.5 – Écran com indicação dos limites da norma europeia

Page 27: regulação de farois

Focagem de Faróis 3.5

Utilização do Regloscópio

Na figura 3.6 está representado o écran mais convencional. Com o tipo de apresentação do écran é

mais fácil ao operador a regulação do foco.

O luxímetro permitirá a medição da diferença da intensidade luminosa dos dois faróis considera-se

que uma diferença superior a 50% será impeditiva de uma boa iluminação. Neste caso será neces-

sário verificar qual a causa do problema para a sua eliminação (substituição de lâmpadas, proble-

mas no farol, etc.).

3.4 – MANUTENÇÃO DO REGLOSCÓPIO

3.5 – CALIBRAÇÃO DO REGLOSCÓPIO

Para calibrar o aparelho é necessário colocar o veículo a 10 m da parede, marcar a projecção do

seu eixo à mesma, assim como a altura do centro dos faróis, abaixo desta linha medir 10 cm (se o

veículo for um automóvel) e marcar uma linha horizontal que representa a linha divisória claro/

escuro. Cobrir uma óptica de cada vez. Acertar a outra em altura e desvio horizontal.

Com este procedimento estamos certos que os faróis estão correctamente regulados. Colocar o

regloscópio diante dos faróis regulados e marcar a divisória claro/escuro; tendo esta que coincidir

com a regulação actual dos faróis.

Limpeza da coluna;

Limpeza da lente de projecção;

Verificação do estado de carga da bateria do fotómetro.

Fig. 3.6 – Regulação da direcção do foco

Page 28: regulação de farois
Page 29: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.1

Regulamentação em Vigor

4 - REGULAMENTAÇÃO EM VIGOR

A medição do alinhamento de faróis está regulamentada pela directiva 76/756/CEE para veículos

novos. Embora não existam especificações para a verificação em oficinas, toma-se normalmente

como referência a referida directiva.

Optámos neste módulo por transcrever a directiva permitindo deste modo a obtenção de informação

adicional sobre a metodologia a utilizar na medição (anexo 1).

Deverá também ser tomada em consideração as exigências das inspecções periódicas obrigatórias,

no tocante ao alinhamento. No anexo 2 está transcrito o anexo do despacho com a atribuição de

graus de deficiência para mau alinhamento, ou diferenças na intensidade luminosa.

Lembra-se que a atribuição de uma deficiência de grau 2 implica a reprovação do veículo, enquanto

que as de grau 1, são somadas e a reprovação só acontecerá quando o seu número for superior a

sete (mas em todos os sistemas do veículo sujeitos a verificação).

Torna-se assim evidente para todos quanto trabalham em oficinas, a importância da manutenção do

alinhamento dentro dos parâmetros considerados adequados.

Page 30: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.2

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

Apêndice 5

MEDIÇÃO DAS VARIAÇÕES DA INCLINAÇÃO DO FEIXE DE CRUZAMENTO EM FUNÇÃO DA

CARGA

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O presente apêndice descreve um método de medição das variações da inclinação do feixe de

cruzamento de um veículo a motor em relação à sua inclinação inicial, variações que são provo-

cadas pelas mudanças de atitude do veículo devidas ao seu estado de carga.

DEFINIÇÕES

Inclinação inicial

Inclinação inicial indicada:

Valor da inclinação inicial do feixe de cruzamento indicado pelo fabricante do veiculo a motor, ser-

vindo de valor de referência para o cálculo das variações admissíveis.

Inclinação inicial medida:

Valor médio da inclinação do feixe de cruzamento ou do veículo, medido com o veículo no estado

n.º 1 definido no apêndice 1 para a categoria do veículo em ensaio. Serve de valor de referência

para a avaliação das variações da inclinação do feixe em função das variações de carga.

Inclinação do feixe de cruzamento

Pode ser definida da seguinte forma:

– quer pelo ângulo, expresso em miliradianos, entre a direcção do feixe para um ponto caracterís-

tico situado na parte horizontal do corte da distribuição luminosa da luz e o plano horizontal,

– quer pela tangente desse ângulo, expressa em percentagem, uma vez que os ângulos são mui-

to pequenos (para estes pequenos ângulos, 1 % é igual a 10 mrad).

Quando a inclinação for expressa em percentagem, pode ser calculada através da fórmula

seguinte:

em que:

h2 é a altura acima do solo, em milímetros, do ponto característico acima referido, medida num

painel vertical perpendicular ao plano longitudinal médio do veículo e situado a uma distância

horizontal. 1;

h2 é a altura, em milímetros, do centro de referência acima do solo (centro que é considerado

como sendo a origem nominal do ponto característico escolhido em

1 é a distância, em milímetros, entre o painel e o centro de referência.

Os valores negativos indicam que o feixe está dirigido para baixo (ver figura 1).

Os valores positivos indicam que o feixe está dirigido para cima.

1.

2.

2.1

2.1.1

2.1.2

2.2

x1001

hh 21 −

Page 31: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.3

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

Notas:

1. Este desenho representa um veículo da categoria M,, mas o principio é o mesmo para os veí-

culos de outras categorias.

2. Quando o veículo não possuir sistema de regulação da inclinação do feixe de cruzamento, a

variação desta última é idêntica à da inclinação do próprio veículo.

CONDIÇÕES DE MEDIÇÃO

No caso de inspecção visual da configuração do feixe de cruzamento sobre o painel ou de utiliza-

ção de um método fotométrico, as medições serão efectuadas na obscuridade (câmara escura,

por exemplo), devendo o espaço disponível ser suficiente para permitir o posicionamento do pai-

nel e do veículo como indicado na figura 1. Os centros de referência das luzes devem encontrar-

se a uma distância 1 do painel, de pelo menos 10 metros.

O solo sobre o qual as medições são feitas deve ser tão plano e horizontal quanto possível, a fim

de que a reprodutibilidade das medições da inclinação do feixe de cruzamento possa ser garanti-

da com uma precisão de ± 0,5 mrad (inclinação de ± 0,05%).

No caso de utilização de um painel, a sua marcação, posição e orientação em relação ao solo e

ao plano longitudinal médio do veículo devem permitir a reprodutibilidade das medições de incli-

nação do feixe de cruzamento com uma precisão de ± 0,5 mrad (inclinação de ± 0,05 0/o).

Durante a medição, a temperatura ambiente deve situar-se entre 10 e 30 0C.

PREPARAÇÃO DO VEICULO

As medições serão efectuadas num veículo que tenha percorrido uma distância de 1 000 a 10

000 km, de preferência cerca de 5 000 km.

Os pneumáticos serão cheios à pressão máxima indicada pelo fabricante do veículo. Encher-se-

ão os reservatórios de combustível, água e óleo e equipar-se-á o veículo com todos os acessó-

rios e ferramentas indicadas pelo fabricante. Entende-se por reservatório de combustível cheio, o

enchimento de pelo menos 90% da sua capacidade indicada na ficha de informações prevista no

anexo 1 da Directiva 70/156/CEE.

Figura 1

3.

3.1

3.2

3.3

3.4

4.

4.1

4.2

Page 32: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.4

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

O travão de estacionamento deve estar desbloqueado e a caixa de velocidades em ponto morto.

O veículo deve estar submetido durante pelo menos 8 horas à temperatura definida no ponto 3.4.

No caso de utilização de um método visual ou fotométrico, deverão de preferência ser montadas

no veículo em ensaio luzes cujo feixe de cruzamento tenha um corte bem definido, para facilitar

as medições.

São admitidos outros métodos com vista à obtenção de uma leitura mais rigorosa (tirar o vidro da

luz, por exemplo).

PROCEDIMENTO DE ENSAIO

Generalidades

As variações da inclinação do feixe de cruzamento ou do veículo, conforme o método escolhido,

são medidas separadamente para cada lado do veículo. Os resultados obtidos para as luzes da

esquerda e da direita, em todos os estados de carga definidos no apêndice 1, devem situar-se

nos limites do ponto 5.5. A carga é aplicada progressivamente, sem que o veículo sofra choques

excessivos.

Determinação da inclinação inicial medida

O veículo deve encontrar-se nas condições indicadas no ponto 4 e carregado como está especifi-

cado no apêndice 1 (primeiro estado de carga da categoria do veículo em causa).

Antes de cada medição, imprime-se ao veículo o movimento definido no ponto 5.4. As medições

serão efectuadas três vezes.

Se nenhum dos resultados medidos se afastar mais de 2 mrad (0,2% de inclinação) da média

aritmética dos resultados, essa média constituirá o resultado final.

Se, para uma medição qualquer, o afastamento em relação à média aritmética for superior a 2

mrad (inclinação de 0,2%), deve ser feita uma nova série de 10 medições, cuja média aritmética

constituirá o resultado final.

Métodos de medição

Para a medição das variações de inclinação podem ser utilizados métodos diferentes, desde que

os resultados tenham uma precisão de ± 0,2 mrad (inclinação de ± 0,02%).

4.3

4.4

4.5

5.

5.1

5.2

5.2.1

5.2.2

5.3

Page 33: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.5

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

Tratamento do veículo em cada estado de carga

A suspensão do veículo, e qualquer outra parte susceptível de afectar a inclinação do feixe de

cruzamento, será activada segundo os métodos descritos a seguir.

Contudo, os serviços técnicos e os fabricantes podem, de comum acordo, propor outros métodos

(experimentais ou de cálculo), nomeadamente quando o ensaio levantar problemas especiais e a

validade dos cálculos não levantar qualquer dúvida.

Veículos da categoria M1 com suspensão clássica

Quando o veículo se encontrar no local de medição e as suas rodas, se necessário, sobre plata-

formas flutuantes (a utilizar só no caso de a sua falta ser de molde a reduzir o movimento de sus-

pensão susceptível! de influenciar os resultados da medição), imprimir ao veículo um movimento

de balanço do modo seguinte: balanço continuo de três ciclos completos, pelo menos, consistindo

cada ciclo em carregar primeiro na parte da retaguarda da viatura e depois na parte da frente.

Pôr-se-á termo ao movimento de balanço no fim de cada ciclo. Antes de medir, esperar que o veí-

culo se imobilize por si próprio.

Em vez de utilizar plataformas flutuantes, pode-se, para obter o mesmo efeito, imprimir ao veículo

um movimento de vaivém, para a frente e para trás, correspondente pelo menos a uma revolução

da roda.

Veículos das categorias M2, M3 e N com suspensão clássica

Se o método de tratamento previsto para os veículos da categoria M1 no ponto 5.4.1 não for pos-

sível, pode ser utilizado o método previsto no ponto 5.4.2.2 ou no ponto 5.4.2.3.

Quando o veículo se encontrar no local de medição e as suas rodas sobre o solo, imprimir um

movimento de balanço ao veículo fazendo variar temporariamente a carga.

Quando o veículo se encontrar no local de medição e as suas rodas sobre o solo, activar a sus-

pensão e todas as partes susceptíveis de afectar a inclinação do feixe de cruzamento utilizando

uma estrutura vibratória. Pode tratar-se de uma plataforma vibratória sobre a qual assentam as

rodas.

Veículos com suspensão não clássica e que precisem da ligação do motor

Antes de proceder a qualquer medição, esperar que o veículo fique imobilizado com o motor liga-

do.

5.4

5.4.1

5.4.2

5.4.2.1

5.4.2.2

5.4.2.3

5.4.3

Page 34: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.6

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

Medições

A variação da inclinação do feixe de cruzamento será medida em cada estado de carga em rela-

ção à inclinação inicial medida, determinada em conformidade com o ponto 5.2.

Quando o veículo estiver equipado com um sistema de regulação manual das luzes, este último

deve estar colocado nas posições previstas pelo fabricante para os diferentes estados de carga

(conforme o apêndice 1).

Para começar, será feita uma única medição para cada estado de carga. Se, em todos os esta-

dos de carga, a variação de inclinação se mantiver nos limites calculados (nos da diferença entre

a inclinação inicial indicada e os limites inferior e superior prescritos para a recepção, por exem-

plo) com uma margem de segurança de 4 mrad (inclinação de 0,4%), a conformidade está asse-

gurada.

Se o ou os resultados de uma ou várias medições não respeitarem a margem de segurança indi-

cada no ponto 5.5.1 ou excederem os valores limite, serão feitas três novas medições para os

estados de carga correspondentes a esses resultados, como é definido no ponto 5.5.3.

Para cada estado de carga atrás referido:

Se nenhum dos três resultados de medição se afastar mais de 2 mrad (inclinação de 0,2%) da

média aritmética dos resultados, esta média constituirá o resultado final.

Se o resultado de uma medição qualquer se afastar mais de 2 mrad (inclinação de 0,2%) da

média aritmética dos resultados, será feita uma nova série de 10 medições e a sua média aritmé-

tica constituirá o resultado final.

No caso de um veículo equipado com um sistema automático de regulação da inclinação do feixe

de cruzamento por anel de histerese inerente, as médias dos resultados obtidos nas partes alta e

baixa do anel serão consideradas como valores significativos.

Todas estas medições serão efectuadas em conformidade com os pontos 5.5.3.1 e 5.5.3.2 acima

referidos.

Se, em todos os estados de carga, a variação assim obtida entre a inclinação inicial medida,

determinada em conformidade com o ponto 5.2, e a inclinação medida nos diferentes estados de

carga for inferior aos valores calculados no ponto 5.5.1 (sem margem de segurança), a conformi-

dade estará assegurada.

Se apenas um dos valores limite de variação superior ou inferior for excedido, o fabricante pode

escolher, dentro dos limites prescritos para a aprovação, um valor diferente para a inclinação ini-

cial indicada.

5.5

5.5.1

5.5.2

5.5.3

5.5.3.1

5.5.3.2

5.5.3.3

5.5.4

5.5.5

Page 35: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.7

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

Apêndice 6

MARCAÇÃO PARA A REGULAÇÃO INICIAL INDICADA, MENCIONADA NO PONTO 4.2.6.1 DO

ANEXO 1

Exemplo

A dimensão do símbolo e dos caracteres é deixada à escolha do fabricante.

Símbolo padrão para a luz de cru-zamento (médios) em conformida-de com a figura 3 do anexo II da

Directiva 78/316/CEE

Valor da regulação inicial indicada

Page 36: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.8

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

Apêndice 7

COMANDOS DOS DISPOSITIVOS DE REGULAÇÃO DA INCLINAÇÃO DAS LUZES DE CRUZA-

MENTO, REFERIDOS NO PONTO 4.2.6.2.2 DO ANEXO 1

PRESCRIÇÕES

O abaixamento do feixe de cruzamento deve em todos os casos ser obtido de um dos

seguintes modos:

a) Por deslocação de um comando para baixo ou para a esquerda;

b) Por rotação de um comando no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio;

c) Por depressão de um botão (sistema de pressão-tracção).

No caso de sistema de regulação com vários botões de premir, o botão de premir que

comandar o abaixamento máximo deve estar situado à esquerda ou abaixo do ou dos

botões de premir correspondentes às outras posições de inclinação do feixe de cruza-

mento.

Os dispositivos de comando por rotação visíveis, ou dos quais apenas a aresta seja

visível, devem ser accionados como se fossem dispositivos do tipo a) ou c).

O dispositivo de comando deve ostentar símbolos indicando claramente os movimentos

correspondentes à orientação para baixo e para cima do feixe de cruzamento.

A posição «O» corresponde à inclinação inicial em conformidade com o ponto 4.2.6.1

do anexo 1.

A posição «O» que, em conformidade com o ponto 4.2.6.2.2 do anexo 1 deve ser uma

posição de repouso.., não deve encontrar-se necessariamente no fim de escala.

As marcas utilizadas no dispositivo de comando devem ser explicadas no manual do

veículo.

Apenas os símbolos a seguir podem ser utilizados para identificar os comandos:

1.

1.1

1.1.1

1.2

1.3

1.4

1.5

Page 37: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.9

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

Podem igualmente ser utilizados símbolos com quatro raios em vez de cinco.

EXEMPLOS

Exemplo 1:

Exemplo 2:

Exemplo 3:

Page 38: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.10

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

ANEXO II

MODELO

ANEXO À FICHA DE RECEPÇÃO CEE DE UM MODELO DE VEÍCULO NO QUE DIZ RESPEITO

À INSTALAÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE ILUMINAÇÃO E DE SINALIZAÇÃO LUMINOSA

(N.º 2 do artigo 4~ e artigo 10.º da Directiva 70/156/CEE do Conselho, de 6 de Fevereiro de 1970, relativa à

aproximação das legislações dos Estados-membros respeitantes à recepção dos veículos a motor e seus

reboques)

Número de recepção CEE.................................................................................................................

1. Marca (denominação comercial) ...........................................................................................

...............................................................................................................................................

2. Modelo e denominação comercial..........................................................................................

...............................................................................................................................................

3. Nome e endereço do fabricante.............................................................................................

...............................................................................................................................................

4. Nome e endereço do eventual mandatário do fabricante.......................................................

...............................................................................................................................................

5. Dispositivos de iluminação presentes no veículo submetido a recepção (1)..........................

5.1. Luzes de estrada: sim/não (*)

5.2. Luzes de cruzamento: sim/não (*)

5.2.1. Dispositivo de regulação da inclinação das luzes de cruzamento: sim/não (*)

5.3. Luzes de nevoeiro da frente: sim/não (*)

5.4. Luzes de marcha-atrás: sim/não (*)

5.5. Luzes indicadoras de mudança de direcção da frente: sim/não (*)

5.6. Luzes indicadoras de mudança de direcção da retaguarda: sim/não (*)

5.7. Luzes laterais indicadoras de mudança de direcção: sim/não (*)

5.8. Sinal de perigo: sim/não (*)

5.9. Luzes de travagem: sim/não (*)

5.10. Dispositivo de iluminação da chapa de matrícula da retaguarda: Sim/não (*)

5.11. Luzes de presença da frente: sim/não (*)

5.12. Luzes de presença da retaguarda: sim/não (*)

5.13. Luzes de nevoeiro da retaguarda: sim/não (*)

5.14. Luzes de estacionamento: sim/não (*)

5.15. Luzes delimitadoras: sim/não (*)

(1) Juntar em anexo desenhos do veículo, como indicado no ponto 2.2.3 do anexo 1.

(*) Riscar o que não interessa.

Denominação da autoridade administrativa

Page 39: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.11

Anexo 1 – Directiva 76/756/CEE

5.16. Retrorreflectores da retaguarda, não triangulares: sim/não (*)

5.17. Retrorreflectores da retaguarda, triangulares: sim/não (*)

5.18. Retrorreflectores da frente, não triangulares: sim/não (*)

5.19. Retrorreflectores laterais, não triangulares: sim/não (*)

5.20. Luzes de presença laterais: sim/não (*)

5.21. Restrições relativas à carga

6. Luzes equivalentes: sim/não (*)(ver ponto I5)........................................................................

................................................................................................................................................

7. Veículo apresentado a recepção em......................................................................................

8. Serviço técnico encarregado da realização dos ensaios de recepção CEE..........................

................................................................................................................................................

9. Data do relatório emitido por esse serviço ............................................................................

10. Número do relatório emitido por esse serviço .......................................................................

11. A recepção CEE no que diz respeito aos dispositivos de iluminação e de sinalização lumi-

nosa é concedida/recusada (*)

12. Local.......................................................................................................................................

13. Data .......................................................................................................................................

14. Assinatura ..............................................................................................................................

15. Juntam-se em anexo a esta ficha de recepção os documentos seguintes, que ostentam o

número de recepção acima indicado:

................................................................................................................................................

Lista(s) dos dispositivos de iluminação e de sinalização luminosa previstos pelo fabricante;

para cada dispositivo devem ser indicadas a marca de fabrico e a marca de recepção

como componente.

Estes documentos devem ser fornecidos às autoridades competentes do Estado-membro,

caso sejam expressamente solicitados.

16. Observações eventuais..........................................................................................................

................................................................................................................................................

................................................................................................................................................

................................................................................................................................................

................................................................................................................................................

(*) Riscar o que não interessa.

Page 40: regulação de farois

Focagem de Faróis 4.12

Anexo 2 – Diário da República (Despacho 5392/99, 2ª Série de 16/03/99)

ANEXO N.º 4

Equipamento de iluminação, luzes, reflectores

e equipamento eléctrico

1 — Classificação de deficiências:

II - Notas complementares: (a) Nos casos em que exista mais de uma luz (ou reflector), do mesmo tipo, ao não funcionamento de uma

delas é atribuído deficiência de grau 1. (b) Excepto a ausência no caso de luzes de nevoeiro à frente.

Designação Tipo

1 - Luzes de estrada (máximos) e de cruzamento (médios): Deteriorados, ausência ou não funcionamento ...................................................................... Funcionamento incorrecto ...................................................................................................... Montagem ou cor não regulamentar....................................................................................... Projectores não homologados ................................................................................................ Má fixação ou deficiente regulação ....................................................................................... Alinhamento incorrecto (orientação alta) ................................................................................ Alinhamento incorrecto (orientação baixa) ............................................................................. Diferença entre intensidade luminosa de luzes do mesmo tipo superior a 50% ....................

2 - Luzes de presença, delimitadoras, de mudança de direcção, de chapa de matrícula, de

travagem, avisadores de perigo e sinalização lateral (a): Ausência ou não funcionamento............................................................................................. Montagem ou cor não regulamentares ................................................................................... Mau estado ou partidos........................................................................................................... Fixação deficiente ................................................................................................................... Eficácia reduzida ou nula ........................................................................................................ Funcionamento deficiente....................................................................................................... Terceira luz de travagem não homologada ou mal colocada .................................................

3 - Luzes de nevoeiro à frente e à retaguarda: Deteriorada, ausência ou não funcionamento (b) ................................................................... Montagem ou cor não regulamentar....................................................................................... Mau estado, partidos ou fixação deficiente............................................................................. Funcionamento incorrecto ou eficácia nula à retaguarda ....................................................... Dependência de funcionamento não regulamentar ............................................................... Orientação alta........................................................................................................................

4 – Luzes de marcha atrás:

Funcionamento incorrecto ...................................................................................................... Colocação não regulamentar ................................................................................................. Cor não regulamentar ............................................................................................................. Orientação incorrecta provocando encandeamento .............................................................. Funcionamento não dependente da marcha atrás .................................................................

5 – Luzes do painel de instrumentos:

Não funcionamento de luzes indicadoras de máximos .......................................................... Não funcionamento de luzes indicadoras ..............................................................................

6 - Reflectores e placas reflectoras (a):

Ausência ou deteriorados ....................................................................................................... Colocação não regulamentar ..................................................................................................

7 - Todas as luzes e reflectores, incluindo as placas reflectoras:

Não homologados ou sem marca de homologação, quando obrigatória ...............................

8 - Instalação eléctrica: Mau estado da cablagem........................................................................................................ Fixação deficiente de cablagem ............................................................................................. Bateria e ligações em mau estado..........................................................................................

2 2 2 2 1 2 1 2

2 2 1 1 2 2 1

2 2 1 2 2 2

1 1 1 2 2

2 1

2 2

2

2 1 1

Page 41: regulação de farois

Focagem de Faróis C.1

Bibliografia

BIBLIOGRAFIA

CASTRO, Miguel de – Manual do Alternador, Bateria e Motor de Arranque, Plátano Editora.

DUMANZEAU, G.; RODES D. – CIRCUIT DE DEMARRAGE tests, contrôles, diagnostic, localisation

de la panne, E.T.A.I.

HUBERT, Guy – Cahier Technique Automobile, Electricité, Batterie, Alternateur, Démarreur Tome2,

E.T.A.I.

Page 42: regulação de farois
Page 43: regulação de farois
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Page 45: regulação de farois

Focagem de Faróis S.1

Pós-Teste

PÓS-TESTE

Em relação a cada um das questões seguintes, são apresentadas 4 (quatro) respostas das quais

apenas 1 (uma) está correcta. Para cada exercícios indique a resposta que considera correcta, colo-

cando uma cruz (x) no quadrado respectivo.

1. Qual é o tipo de iluminação que o desenho representa?

a) Longo alcance ......................................................

b) Simétrica...............................................................

c) Assimétrica ...........................................................

d) Nevoeiro ...............................................................

2. Quais são os cuidados a ter quando se verifica a orientação dos feixes luminosos dos faróis?

a) Nenhum em especial .............................................................................................................

b) São quatro: - Altura do centro do farol ao piso, horizontalidade da camera de medição, colo-

cação do regloscópio paralelo em frente do veículo, acerto do ecrã do regloscópio ............

c) Depende do tipo de regloscópio ............................................................................................

d) Colocar o regloscópio 1,5 metros do veiculo e comutar as luzes .........................................

3. O luxímetro que existe em alguns regloscópios deve ser utilizado para:

a) Verificar a correcta orientação dos feixes luminosos de máximos........................................

b) Verificar a correcta orientação dos feixes luminosos de mínimos.........................................

c) Verificar a existência de diferenças de intensidade luminosa entre faróis do mesmo tipo ...

d) Medir em graus o angulo de projecção do feixe luminoso ...................................................

Page 46: regulação de farois

Focagem de Faróis S.2

Pós-Teste

4. A figura representada, indica que a luz dos máximos está mal regulada.

Diga como corrige o defeito.

a) Deve baixar o farol.....................................................

b) Deve levantar o farol .................................................

c) O farol deve deslocar-se para a direita......................

d) Deve baixar o farol e deslocá-lo para a direita..........

5. A figura representada, indica que a luz dos máximos está mal regulada.

Diga como corrige o defeito.

a) Deve baixar o farol.....................................................

b) Deve levantar o farol..................................................

c) O farol deve deslocar-se para a direita......................

d) Deve baixar o farol e deslocá-lo para a direita..........

6. A figura representada, indica que a luz dos máximos está mal regulada.

Diga como corrige o defeito.

a) Deve baixar o farol.....................................................

b) Deve levantar o farol..................................................

c) O farol deve deslocar-se para a direita......................

d) Deve baixar o farol e deslocá-lo para a direita..........

Page 47: regulação de farois

Focagem de Faróis S.3

Pós-Teste

7. O que é que acontece se mexer nos parafusos de alinhamento do farol em vez dos parafu-sos de fixação?

a) O farol solta-se.......................................................................................................................

b) O farol fica desalinhado .........................................................................................................

c) As lâmpadas deixam de acender...........................................................................................

d) Nada acontece.......................................................................................................................

8. O que representa esta figura?

a) O ecrã do regloscópio de acordo com a norma europeia .....................................................

b) A escala do luxímetro ............................................................................................................

c) A distância em metros a que o regloscópio deve ser colocado para a verificação do alinha-

mento......................................................................................................................................

d) A inclinação do regloscópio ...................................................................................................

9. Quando se usa o regloscópio não se testa geralmente:

a) Médios assimétricos...............................................................................................................

b) Médios simétricos ..................................................................................................................

c) Os máximos ...........................................................................................................................

d) Os mínimos ............................................................................................................................

Page 48: regulação de farois

Tabela de Cotação do Pós-Teste

Focagem de Faróis S.4

TABELA DE COTAÇÃO DO PÓS-TESTE

Nº das Perguntas Resposta Certa

1 B

2 B

3 C

4 D

5 A

6 B

7 B

8 A

9 D

Page 49: regulação de farois
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Focagem de faróis A.1

Exercícios Práticos

EXERCÍCIOS PRÁTICOS

EXERCÍCIO N.º 1 - ALINHAMENTO DE FARÓIS USANDO O REGLOSCÓPIO - ALINHAMENTO DE FARÓIS USANDO O REGLOSCÓPIO, REALIZANDO AS TAREFAS INDI-

CADAS EM SEGUIDA, TENDO EM CONTA OS CUIDADOS DE HIGIENE E SEGURANÇA. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO - 1 VEÍCULO - JOGO DE CHAVES DE BOCAS E DE CAIXA - JOGO DE CHAVES DE FENDAS - REGLOSCÓPIO

TAREFAS A EXECUTAR 1 – COLOCAR O VEÍCULO NUM LOCAL DA OFICINA O MAIS PLANO POSSÍVEL 2 – COLOCAR O REGLOSCÓPIO JUNTO DO FAROL QUE SE PRETENDE ALINHAR 3 – REGULAR O REGLOSCÓPIO 4 – AFINAR OS PARAFUSOS DE POSICIONAMENTO DO FAROL.

Page 52: regulação de farois

Focagem de Faróis A.2

Guia de Avaliação dos Exercícios Práticos

GUIA DE AVALIAÇÃO DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS

EXERCÍCIO PRÁTICO Nº 1: ALINHAMENTO DE FARÓIS USANDO O REGLOSCÓPIO

TAREFAS A EXECUTAR NÍVEL DE EXECUÇÃO

GUIA DE AVALIAÇÃO

(PESOS)

1 – Colocar o veículo num local da oficina o mais plano possivel. 2

2 – Colocar o regloscópio junto do farol que se pretende alinhar. 3

3 – Regular o regloscópio. 6

4 – Afinar os parafusos de posicionamento do farol. 9

CLASSIFICAÇÃO 20