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Viagem Técnica VALE DO CAFÉ/RJ Turismo Rural 11 a 15 de setembro de 2006 RELATÓRIO FINAL

RELATÓRIO FINAL VALE DO CAFÉ - turismo.gov.br · Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, ... adquirido no projeto EXCELÊNCIA EM TURISMO

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Viagem Técnica

VALE DO CAFÉ/RJ

Turismo Rural 11 a 15 de setembro de 2006

RELATÓRIO FINAL

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Presidência da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, presidente MINISTÉRIO DO TURISMO Walfrido dos Mares Guia, ministro de Estado Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira, secretário Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico Tânia Brizolla, diretora Benita Monteiro, coordenadora-geral de Regionalização Wilken Souto Marcelo Abreu Daniele Velozo SEBRAE NACIONAL Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, presidente Diretoria de Administração e Finanças Cezar Acosta Rech, diretor Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, diretor Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Vinícius Lages, gerente Dival Schmidt Ilma Ordine Lopes Germana Barros Magalhães Valéria Barros BRAZTOA Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Zuquim, presidente Monica Samia, diretora executiva Karem Basulto, coordenadora técnica do Projeto Daniela Sarmento Lilian La Luna Priscila Nunes IMB Instituto Marca Brasil Daniela Bitencourt, diretora superintendente Alice Souto Maior, gestora do Projeto Adriana Girão Elisangela Barros Márcia Lemos

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Consultores Andréia Pedro Eduardo Fayet Marcela Moro Luciane Camilotti Rosiane Rockenbach

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO PROJETO VIVÊNCIAS BRASIL.....................................................5

APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL............................................................................7

MAPA DOS PARTICIPANTES DA VIAGEM TÉCNICA ......................................................8

INFORMAÇÕES GERAIS DO VALE DO CAFÉ.............................................................. 12

Turismo no Vale do Café...................................................................................... 12

Turismo Rural no Vale do Café ............................................................................. 12

DADOS DA CIDADE DE MIGUEL PEREIRA................................................................ 13

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM MIGUEL PEREIRA.................................................... 14

DADOS DA CIDADE DE PATY DO ALFERES .............................................................. 17

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM PATY DO ALFERES .................................................. 18

DADOS DA CIDADE DE BARRA DO PIRAÍ ............................................................... 19

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM BARRA DO PIRAÍ .................................................... 20

DADOS DA CIDADE DE VASSOURAS ...................................................................... 22

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM VASSOURAS .......................................................... 23

DADOS DA CIDADE DE VALENÇA........................................................................... 25

EQUIPAMENTOS VISITADOS EM VALENÇA .............................................................. 26

METODOLOGIA DE BENCHMARKING UTILIZADA....................................................... 27

MELHORES E BOAS PRÁTICAS OBSERVADAS.......................................................... 31

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 45

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APRESENTAÇÃO DO PROJETO VIVÊNCIAS BRASIL

Aprendendo com o turismo nacional O Projeto VIVÊNCIAS BRASIL: aprendendo com o turismo nacional foi formatado em 2005, no âmbito do macroprojeto Brasil, Brasil, cujo objetivo é proporcionar a diversificação da oferta turística a partir dos segmentos turísticos. O projeto é uma iniciativa do Ministério do Turismo, por meio da Secretaria Nacional de Políticas, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) com apoio à gestão, do Instituto Marca Brasil (IMB). Dessa forma, os objetivos do projeto Vivências Brasil estão contextualizados dentro das políticas públicas mais amplas, proporcionando aos nossos destinos o incremento na qualidade da oferta e a melhoria nas práticas da operação, através da realização de viagens técnicas nacionais para a observação da operação e das estratégias de desenvolvimento de produtos turísticos segmentados, que são referência no país. A realização de viagens técnicas para as observações de experiências que possuam boas práticas, na operação da atividade turística com foco na oferta segmentada é vista como uma forma alternativa de encorajar os atores de destinos turísticos à implementação de significativas mudanças na sua maneira de atuar, elevando a qualidade dos serviços prestados. A partir do projeto EXCELÊNCIA EM TURISMO: aprendendo com as melhores experiências internacionais em 2005, foram identificadas melhorias e inovações na gestão dos destinos que tiveram empresários participantes. Assim, com aprendizado adquirido no projeto EXCELÊNCIA EM TURISMO foi possível verificar a eminente carência de se trabalhar processos similares a este projeto para atender regiões turísticas do Brasil que ainda não estão em estágio avançado para implementação de melhores práticas, mas que já recebem números significativos de turistas do país e do mundo. Nesse caso, o projeto VIVÊNCIAS BRASIL foi idealizado a partir de algumas regiões turísticas do país, que já trabalham o produto turístico de forma madura e satisfatória, podendo se constituir em exemplos de boas práticas que podem e devem ser assimiladas e replicadas nas regiões menos desenvolvidas nesse quesito. Público-alvo Prestadores de serviços turísticos, empresários do setor das regiões e dos roteiros turísticos indicados pelo Programa de Regionalização do Turismo e em conformidade com os projetos da Gestão Estratégica Orientada para Resultados, trabalhados pelo Sebrae. Objetivo geral Identificar e observar, em destinos nacionalmente reconhecidos, boas e melhores práticas nos segmentos de ecoturismo, aventura, sol e praia, cultural e rural, possibilitando que outros destinos turísticos com vocações semelhantes possam ter como referência as estratégias e modelos levantados e adaptá-los à sua cultura e às suas peculiaridades, com vistas a uma mudança que leve a melhores resultados o desenvolvimento da atividade turística no país, nesse caso em especial, o Vale do Café. Por meio da organização de seis viagens técnicas, o projeto foca na observação da operação e da estratégia de desenvolvimento de produtos turísticos nos segmentos - tema, que é hoje, referência no país. Foca também no aprendizado e no fomento à implementação das boas práticas observadas, visando o aprendizado por parte dos

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participantes e o conseqüente aprimoramento dos serviços, da qualidade e da competitividade dos produtos turísticos brasileiros.

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APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL • Ministério do Turismo Tem como missão desenvolver o turismo como uma atividade econômica sustentável, com papel relevante na geração de empregos e divisas, proporcionando a inclusão social. O Ministério do Turismo inova na condução de políticas públicas com um modelo de gestão descentralizado, orientado pelo pensamento estratégico. Papel no Projeto - Instituidora Propôs o Projeto e acompanha os resultados • Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional) Trabalha pelo desenvolvimento sustentável das empresas de pequeno porte, promovendo cursos de capacitação, facilitando o acesso a serviços financeiros, estimulando a cooperação entre as empresas, organizando feiras e rodadas de negócios e incentivando o desenvolvimento de atividades que contribuem para a geração de emprego e renda. Papel no Projeto - Instituidora Propôs o Projeto e acompanha os resultados • Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) É uma sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 1989. Sua finalidade é: • Promover a valorização das atividades desenvolvidas por seus associados, no país e no exterior; • promover ações que aproximem seus associados das agências de viagens e dos demais segmentos do setor turístico; • promover o aperfeiçoamento das relações comerciais entre seus associados e transportadoras aéreas, hotéis e demais fornecedores; • aproximar os associados de entidades congêneres nacionais ou internacionais, podendo participar também de suas ações promocionais; • promover pesquisas, capacitação e ensino, visando o desenvolvimento institucional; • promover, por meio de projetos e parcerias, a divulgação de informações, atividades e outras demandas de interesse da entidade e de seus associados em qualquer meio falado, escrito, eletrônico ou virtual, procedendo-se os eventuais registros nos órgãos competentes, se necessário. Papel no Projeto - Executora Executa as ações previstas no Projeto • Instituto Marca Brasil (IMB) Realiza articulação entre as entidades parceiras, acompanha tecnicamente a execução e monitora resultados.

Papel no Projeto – Apoio à gestão técnica Papel no Projeto - Gestão técnica

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MAPA DOS PARTICIPANTES DA VIAGEM TÉCNICA

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PARTICIPANTES DA VIAGEM TÉCNICA

EMPRESAS Empresa Participante Destino de

Operação Contato

ASTECO TURISMO Ruy Daniel Nogueira do Amaral

Campo Grande/MS

[email protected]

CANALTURES Helina Cosmo Canal

Venda Nova do Imigrante/ES

[email protected]

CHÁCARA ALVORADA

Vera Lucia Carli Daroz

Louveira/SP

COLINAS DE ITUPEVA

Marco Antonio Maruzzo

Itupeva/SP [email protected]

FAZENDA FLORESTA

Carlos Augusto F. Bottino

Marília/SP [email protected]

FAZENDA LUIZ GONZAGA

Dalva Anna Martim Louveira/SP

FAZENDA SANTO ANTÔNIO DA BELA VISTA

Maria Isabel Scarpa de Arruda

Itu/SP [email protected]

POUSADA MIRANTE DO CAFÉ

Maria Cristina C. Gonçalves

Belo Horizonte/MG

[email protected]

RIO PARDO TURISMO

Flávio Augusto Canto Wunderlich

Rio Pardo/RS [email protected]

RIZZATOUR TURISMO

José Luiz Rizzato Jundiaí/SP [email protected]

TAUBATÉ TURISMO

João Carlos de Faria

Taubaté/SP [email protected]

EQUIPE TÉCNICA Entidade Participante Localidade Contato MINISTÉRIO DO TURISMO

Camila Marques Viana da Silva

Brasília/DF [email protected]

BRAZTOA Monica Samia São Paulo/SP [email protected]

IMB Adriana Girão Brasília/DF [email protected]

CONSULTORA Marcela Moro São Paulo/SP [email protected]

CONSULTORA BENCHMARKING

Luciane Camilotti Florianópolis/SC [email protected]

CINEGRAFISTA Henrique Rodriguez

São Paulo/SP [email protected]

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ROTEIRO Data Local Horário Atividades

11/09 Segunda-feira

Miguel Pereira 12h 14h 14h 15h 15h30 16h20 17h 18h 20h30

Saída do Aeroporto do Galeão/Santos Dumont – Rio Chegada e acomodação em Miguel Pereira – Hotel Fazenda Santa Cecília Almoço no hotel Reunião de pactualização – Apresentação do Projeto Apresentação dos empresários e representantes de instituições Contextualização do destino e roteiro Treinamento de benchmarking Apresentação dos questionários Jantar com música ao vivo

12/09 Terça-feira

Paty do Alferes – Miguel Pereira

8h – 9h 10h – 11h 11h30 – 12h30 13h10 – 14h30 15h – 16h30 16h45 20h30

Visita à Fazenda Vale das Palmeiras – piscicultura - Vera Cruz -Miguel Pereira Visita Quinta das Palmeiras – bromélias – Paty do Alferes Fazenda do Anil - Cachaça Magnífica – Alambique – Miguel Pereira Almoço – Restaurante Summer Garden Miguel Pereira Sítio Solidão – Laticínios e Doces Carmen Miguel Pereira Check-in no Hotel Galo Vermelho - Vassouras Jantar com música ao vivo

13/09 Quarta-feira

Vassouras 8h – 9h 9h – 10 10h – 11h 11h15 – 12h15 13h – 14h

Visita Galo Vermelho Cavalgada até Cachoeira Grande Visita Fazenda Cachoeira Grande Visita Centro Histórico de Vassouras Visita Fazenda São Fernando – orgânicos

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14h – 15h 16h – 17h 17h – 18h 19- 21h30 22h

Palestras: Sebrae local (Leda Barreto), Turisrio (Valéria Lima), Conciclo (Letícia Campos) Debate Chá imperial Reunião interna Queijos e vinhos

14/09 Quinta-feira

Barra do Piraí / Valença – Conservatória

8h 8h40 – 9h40 10h – 11h30 12h – 14h30 15h – 17h 17h40 – 18h10 19h30 – 20h40 21h20

Saída do hotel Visita à Fazenda São João da Prosperidade Visita à Fazenda da Taquara Almoço na fazenda - Barra do Pirai Visita Fazenda Vista Alegre com apresentação Preservale (Sônia de Lucca) - Valença Visita à Fazenda Hotel Ponte Alta sarau Jantar Fazenda Ponte Alta Barra do Piraí Retorno ao hotel

15/09 Sexta-feira

Vassouras - Rio de Janeiro

7h30 8h30 – 11h 11h30 11h30 – 12h30 14h30 15h10

Café da manhã Reunião de encerramento Check-out Almoço Chegada Aeroporto Galeão Chegada Aeroporto Santos Dumont

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INFORMAÇÕES GERAIS DO VALE DO CAFÉ

Turismo no Vale do Café O Vale do Café Carioca possui um patrimônio cultural e histórico de valor indiscutível. As construções – na maior parte antigas fazendas produtoras de café, os antigos casarões, a riquíssima história das fazendas, ligadas à história do Estado e do país constituem um atrativo de valor incalculável. Mas o Vale do Café também é rural. É rural na medida em que estas propriedades, em sua maioria não mais produtivas, mantêm muito vivas as tradições locais, a cultura da roça, a gastronomia típica, os sabores e costumes do meio rural, além de possuírem a história e a tradição de um dos mais importantes períodos da agricultura do país: o Ciclo do Café. Turismo Rural no Vale do Café O turismo agrega valor às propriedades rurais da região do Vale do Café e na maior parte dos casos, mantém a estrutura das mesmas; os recursos gerados pela atividade têm motivado os proprietários a manterem as propriedades abertas à visitação e a preservarem este pedaço importantíssimo de nossa história, proposta que vem ao encontro do conceito de turismo rural, que se baseia em agregar valor à propriedade e funcionar como uma alternativa de renda, capaz de motivar o proprietário rural a manter a fazenda como tal. Em função da organização da região, bem como do apoio que a mesma vem recebendo de órgãos e instituições que trabalham em prol da estruturação do turismo rural, Vale do Café vem se consolidando como um dos principais destinos deste segmento. O produto ganha maior apelo ao agregar a valorização da cultura local, da história e das tradições e costumes do campo. Na região são encontradas ricas experiências em termos de atendimento diferenciado, estrutura dos produtos, verticalização da produção rural, trabalho associativo e cooperado entre os empresários do trade, criatividade e formas inovadoras de aproveitamento do potencial existente que irão demonstrar aos participantes modelos que apoiarão de forma significativa, possíveis melhorias em seus produtos. A região do Vale do Café é formada por 14 municípios. Para a realização de Projeto, no entanto, foi feito um recorte, contemplando uma parte dos municípios onde poderiam ser identificadas boas e melhores práticas do turismo rural, sendo eles: Miguel Pereira, Paty do Alferes, Vassouras, Barra do Piraí e Valença.

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DADOS DA CIDADE DE MIGUEL PEREIRA

Os habitantes de Miguel Pereira têm bem mais do que o prazer de respirar o ar puro do terceiro melhor clima do mundo. "Eles têm ainda o privilégio de desfrutar do ar histórico e tranqüilo que marca há anos a Região Serrana".

O terceiro melhor clima do mundo é o de uma região situada no Estado do Rio de Janeiro, no Maciço da Serra do Couto, na Serra do Mar. É justamente nesse lugar que se situa o município de Miguel Pereira. Esse título foi concedido à região devido à combinação da altitude (618 metros em relação ao nível do mar), topografia, vegetação e o clima temperado e sub-tropical da cidade, com verões bem quentes e relativamente úmidos e invernos rigorosos, porém secos. A temperatura média no verão é de 28º C e no inverno, de 19ºC. Fundação: 1770 Altitude: 618 m População: 23.902 habitantes Área total: 287,356 km² Densidade demográfica: 83 hab/km² CEP: 26900-000 DDD: 24 Localização: • Miguel Pereira está localizada na região centro-sul do Estado do Rio de Janeiro, no Maciço da Serra do Couto, na Serra do Mar.

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EQUIPAMENTOS VISITADOS EM MIGUEL PEREIRA Hotel Fazenda Santa Cecília

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Antiga sede de fazenda histórica, localizada em Miguel Pereira realiza interessante trabalho associativo e cooperativo junto à associação de produção orgânica da região. A fazenda possui uma capela com projeto de Oscar Niemeyer. Atualmente, a propriedade se mantém por meio do turismo, oferecendo hospedagem e alimentação. Integra o Projeto Fazendas do Brasil. Fazenda Vale das Palmeiras

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Propriedade que cria peixes e oferece pesqueiro e restaurante. Fazenda do Anil - Alambique da Cachaça Magnífica

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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Produção de cana-de-açúcar e alambique. Produção da Cachaça Magnífica de padrão internacional. Nesta propriedade o turista tem a oportunidade de conhecer todo o processo de produção da cachaça e degustar caipirinhas produzidas com a bebida. Sítio Solidão – laticínios www.sitiosolidao.com.br

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Produz queijos premiados em nível estadual e nacional e comercializa seus produtos na própria região, estabelecendo parcerias com outras propriedades para a obtenção da matéria-prima. Doces Carmen

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Produz doces artesanais há mais de 45 anos e comercializa da mesma forma em todo este tempo. Os doces são produzidos diariamente e ao escolher o produto, disposto em panelões de alumínio, ele é embalado na quantidade que o cliente desejar.

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Restaurante Summer Garden www.summergarden.com.br

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Restaurante pitoresco, situado em Miguel Pereira que mantém parceria com a Cachaça Magnífica para a produção de seus pratos. Desenvolve cardápios específicos voltados aos eventos da região. Agência Turisvale

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Agência de receptivo especializada na comercialização do Vale do Café e que trabalha na busca por parcerias para o aumento do fluxo na região. Atualmente está abrindo sua primeira filial no município de Vassouras.

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DADOS DA CIDADE DE PATY DO ALFERES

As primeiras notícias sobre Paty do Alferes são do século XVII, quando o sertanista Garcia Rodrigues Paes abria caminho de Minas Gerais ao Rio de Janeiro e deparou com as terras do alferes Leonardo Cardoso da Silva, conhecidas na época como Roça do Alferes.

O nome se refere à grande quantidade de patis - palmeiras de pequeno porte - encontradas no local. O proprietário possuía a patente militar de alferes (denominação da época para tenente). Paty do Alferes, um dos berços da ocupação do interior do Estado do Rio de Janeiro, é citada em antigos e importantes relatos dos grandes estudiosos de história do Brasil, demonstrando a relevância da história do município na colonização da Região do Vale do Ciclo do Café. Atualmente, o município destaca-se pela produção de tomates. Fundação: 1820 Altitude: 610 m População: 24.931 habitantes Área total: 319,103 km² Densidade demográfica: 78 hab/km² CEP: 26.950-000 DDD: 24

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EQUIPAMENTOS VISITADOS EM PATY DO ALFERES Quinta das Palmeiras

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Situada em Paty do Alferes, esta propriedade produz mais de mil tipos de bromélias.

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DADOS DA CIDADE DE BARRA DO PIRAÍ

A cidade se chama Barra do Piraí, pois barra quer dizer foz de um rio. Em Barra do Piraí, o rio Piraí se lança no rio Paraíba do Sul, formando assim a foz do rio Piraí. Logo como Barra do Piraí é uma cidade cortada por dois rios, o rio Paraíba do Sul e o Piraí, nada mais adequado do que o

seu nome. A origem de Barra do Piraí remonta aos meados do século XIX, quando se formaram dois povoados: São Benedito e Sant’ Ana. Elevada a município em 1890, começou a tornar-se importante e a desenvolver-se em 1864, com a chegada da estrada de ferro Dom Pedro II – mais tarde denominada Central do Brasil. A partir daí, progressivamente, Barra do Piraí cresceu e tornou-se o maior centro comercial da região cafeeira. Por Barra do Piraí circulava grande parte da riqueza do país. Fundação: 1890 Altitude: 363 m População: 88.503 habitantes Área total: 582,1 km² Densidade demográfica: 154,17 hab/km² CEP: 27.100-000 DDD: 24 Localização: • Barra do Piraí situa-se no Estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste, localizada na Serra do Mar e na bacia do rio Paraíba do Sul. Clima: • Clima da cidade é quente e úmido, com chuvas freqüentes no verão e um período de seca no inverno. O distrito de Ipiabas, devido a sua altitude, possui um clima mais ameno, com menos calor no verão e inverno mais rigoroso. Temperatura: • Média anual: 21º C

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EQUIPAMENTOS VISITADOS EM BARRA DO PIRAÍ Fazenda São João da Prosperidade

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

A história da Fazenda São João da Prosperidade inicia-se a partir de 1820 - 1830, quando o café começa a ser cultivado na região. Através de doação de sesmarias, Antônio Gonçalves de Moraes, chamado "Capitão Mata Gente", casado com Rosa Luiza Gomes de Moraes, investe na plantação de café. Era também dono da Fazenda Braço Grande (atual Ibitira), que doou ao seu filho José Gonçalves de Moraes em 1843, conforme escritura passada no Cartório de Ipiabas. Com uma área de 40 alqueires, a propriedade tem como principais atividades a suinocultura, a pecuária de leite e de corte e a fabricação de cachaça, além do turismo. A fazenda oferece visitas orientadas para grupos, recebendo grande fluxo de visitantes devido à sua localização, na rodovia que liga Barra do Piraí a Conservatória, assim como em função do excelente tour que a proprietária Magide, conduz, contendo informações detalhadas sobre a arquitetura e o modo de vida do século XIX no Vale. A Fazenda possui ainda alambique próprio. Magide e Luís Geraldo, também proprietário,pertencem ao Instituto Preservale, participando ativamente do Programa de Turismo Cultural. Fazenda da Taquara

Fonte: www.valedocafe.com.br/fazendas Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Quando chegou de Portugal, o comendador João Pereira da Silva, em companhia de Joaquim José Pereira de Faro - futuro Barão do Rio Bonito - estabeleceram-se nesta região da antiga Província do Rio de Janeiro (atual, Barra do Piraí), nos primeiros decênios do século XIX. Nessa mesma época, o café começou a ser plantado no Vale do Paraíba e o comendador dedicou-se a cultivar o fruto precioso. Faziam parte das propriedades do comendador: as fazendas Campo Bom Ipiabas e

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Nova Prosperidade (Taquara), como aparece no inventário do comendador, que morreu em 1872. A visita guiada à fazenda compreende um excelente tour pela sede e antiga senzala, bem como degustação de quitutes feitos na propriedade. Atualmente a fazenda oferece, também, almoço típico para grupos agendados com antecedência. A Fazenda da Taquara trata-se da única propriedade visitada em que o café é ainda produzido. Além disso possui criação de suínos. Fazenda Ponte Alta www.pontealta.com.br

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

A Fazenda Ponte Alta teve como primeiro proprietário José Luiz Gomes, o Barão de Mambucaba, então, grande sesmeiro em Angra dos Reis. Em 1808, o barão requereu sesmarias nessa região. Construiu a Fazenda Ponte Alta por volta de 1830, quando começaram a surgir as primeiras fortunas geradas pelo café no Vale do Paraíba. Hoje a Fazenda Ponte Alta tem como atividades a pecuária, a criação de cavalos da raça Manga-larga Marchador e o turismo cultural e pedagógico, desenvolvidos na pousada Fazenda Ponte Alta. Oferece hospedagem em nove apartamentos, sendo cinco na casa principal e quatro na senzala anexa. Visitas guiadas, turismo escolar (visitas educativas para escolas), eventos e saraus históricos, com personagens de época vestidos a caráter, para grupos, são os produtos ofertados pela fazenda.

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DADOS DA CIDADE DE VASSOURAS

A Vila de Vassouras foi criada em 15/01/1833 e até então pertencia à Vila de Paty do Alferes que passa a ser integrante da nova vila. Em 29/09/1857, comprovando o seu desenvolvimento e o crescimento da economia do café é elevada a categoria de cidade. Seu nome vem da

abundância do arbusto - tupeiçava - muito utilizado na confecção de vassouras. Hoje, Vassouras fascina pela sua permanência que muitas décadas não conseguiram apagar. Seu conjunto histórico, urbanístico e paisagístico está protegido pelo processo de tombamento 566-T-57 de 26.06.1958 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/Ministério da Cultura (Iphan/MinC). Em 24 de dezembro de 1984, Vassouras foi declarada, por força de lei, estância turística. Fundação: 1782 Altitude: 434 m População: 31.451 habitantes Área total: 552,438 km² Densidade demográfica: 56 hab/km² CEP: 27.700-000 DDD: 24 Localização: • Vassouras pertence à região centro-sul fluminense, no Estado do Rio de Janeiro.

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EQUIPAMENTOS VISITADOS EM VASSOURAS Fazenda Cachoeira Grande www.fazendacachoeiragrande.com.br

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

De todas as famílias que povoaram o Vale do Paraíba durante o efêmero Ciclo do Café, nenhuma teve tanta projeção social quanto os Teixeira Leite. Entre eles, destaca-se a figura ímpar de Custódio Ferreira Leite - O Barão de Aiuruoca, cuja ação projetou-se em várias regiões cafeeiras do Vale. Além de ter proporcionado obras assistenciais, como abertura de estradas, construção de pontes, igrejas e hospitais, a ele é atribuída a propagação do café no Vale do Paraíba. Oriundo de São João Del Rei, filho de abastados senhores de minas de ouro, o Barão de Aiuruoca imigrou para o Vale do Paraíba em princípios do século XIX, trazendo consigo inúmeros parentes. Entre estes, o sobrinho Francisco José Teixeira Leite, figura histórica notória na região, filho de sua irmã Bernardina - a Baronesa de Itambé. Com sua área original bastante reduzida, Cachoeira dedica-se hoje às atividades pecuárias e ao turismo cultural. Núbia, proprietária da fazenda e sua cunhada Madalena participam do Instituto Preservale, contribuindo assim, para uma consciência preservacionista. Fazenda São Fernando

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Fazenda histórica hoje focada na produção de orgânicos. Possui trabalho de excelência em termo de produção orgânica e envolvimento da comunidade. Trabalha de forma associativa com diversas famílias da região e realiza, por meio desta ação e demais, trabalho de responsabilidade social local.

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Hotel Fazenda Galo Vermelho www.hotelfazendagalovermelho.com.br

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Às margens do Caminho Real (Estrada da Polícia), nas antigas terras do Barão de Vassouras, a Fazenda Galo Vermelho hospeda e recebe seus convidados com bom gosto e conforto, no melhor estilo rural. Cuidando de seus 60 alqueires de Mata Atlântica e mantendo uma tradição de mais de trinta anos na criação de cavalos Manga-larga Marchador, a Galo Vermelho proporciona aos seus hóspedes o prazer de estar numa casa de fazenda que oferece diversão e lazer, com atividades e passeios diferenciados. Possui produção orgânica certificada de verduras e legumes que atendem ao restaurante e são vendidos aos hóspedes. Hospedagem em 14 apartamentos, sendo oito na Casa principal e seis em chalés. Almoços e eventos para grupos.

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DADOS DA CIDADE DE VALENÇA

Em 1789, foi iniciada a catequese dos habitantes de vários aldeamentos indígenas. Uma das primeiras providências tomadas pelos colonizadores foi a de construir uma pequena capela, no principal aldeamento dos Coroados. A primeira missa realizada na capela,

em 1803, foi dedicada a Nossa Senhora da Glória de Valença. Com a abolição da escravatura o perfil socioeconômico do município foi redesenhado - a decadência da produção cafeeira deu lugar à criação de gado, transformando o município em um dos maiores fornecedores de leite e exportador de laticínios. O setor industrial representa importante fonte de absorção de mão-de-obra. Valença tem também um forte potencial turístico, representado por seu clima, suas cachoeiras, rios e especialmente por suas antigas fazendas de café. Fundação: 1823 Altitude: 560 m População: 66.308 habitantes Área total: 1.304,769 km² Densidade demográfica: 50 hab/km² CEP: 27.600-000 DDD: 24 Localização: • Valença pertence à região do Médio Paraíba, no Estado do Rio de Janeiro. Clima: • Tropical de altitude.

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EQUIPAMENTOS VISITADOS EM VALENÇA Fazenda Vista Alegre

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Francisco Martins Pimentel, açoriano da Ilha de São Miguel, já antes de 1829 estava estabelecido em Valença, nas terras que viriam a integrar a Fazenda Vista Alegre. No final dos anos 1940, adquiriu a Fazenda Santa Terezinha (cuja sede original desapareceu) e lá faleceu em 1852. Esta é, provavelmente, a data em que um de seus dez filhos, Joaquim Gomes Pimentel, passou a ocupar a sede da Vista Alegre, imprimindo sua marca na história da fazenda e de toda a região, através de notáveis atuações pioneiras no campo das artes, da cultura e do desenvolvimento socioeconômico. Após haver desenvolvido também a produção de laticínios, hoje desativada, a Fazenda Vista Alegre dedica-se atualmente à criação de gado Canchim, e às atividades de turismo cultural. Participando do programa de visitas orientadas do Instituto Preservale, destinado a promover o conhecimento e a pesquisa dos patrimônios históricos e culturais do Vale do Paraíba, a Vista Alegre mantém a tradição de um importante legado histórico, oferecendo a todos que a visitam um pedaço da memória nacional. Visita guiada pela proprietária que atua ativamente junto ao Instituto.

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METODOLOGIA DE BENCHMARKING UTILIZADA

O benchmarking é um procedimento de comparação contínuo e sistemático que tem como objetivo principal verificar o estado de evolução de organizações, produtos, processos, estratégias ou atividades em relação a outras, com características similares e/ou passíveis desta comparação. O benchmarking também tem como objetivo criar os padrões de referência para que as organizações e pessoas possam melhorar seu rendimento (performance) e portanto, obter resultados mais adequados para a diferenciação competitiva no mercado. Para o Projeto de VIVÊNCIAS BRASIL: Aprendendo com o Turismo Nacional, o processo aconteceu utilizando pesquisas estruturadas e uma metodologia específica, considerando cinco etapas subdivididas conforme demonstra a Figura 1.

Figura 1. Etapas da pesquisa

2- Pesquisa de campo

3- Avaliação

4- Relatório final

1- Pré-etapa

5- Disseminação

Workshop técnico Elaboração dos instrumentos de levantamento de informações Reunião de pactualização com empresários

Visitas técnicas /observação Aplicação dos questionários/entrevistas

Tabulação dos dados Análise dos dados

Organização das informações

Disseminação do conhecimento obtido Aplicação

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Na primeira etapa (chamada Pré-etapa) foi realizado um workshop com os técnicos das entidades participantes e os consultores contratados com o objetivo de alinhar os conceitos básicos de benchmarking garantindo a eficácia na busca e na filtragem das informações, proporcionando mais objetividade e qualidade nas avaliações e mais consistência às conclusões finais. Para a elaboração dos instrumentos foram levados em consideração os objetivos do projeto, visando a coleta de informações para o delineamento das boas e melhores práticas identificadas em cada um dos destinos. Os instrumentos elaborados foram:

1. Questionário individual/restrito - distribuído ao grupo de empresários para aplicação individual, trata-se de um questionário que busca informações de maneira simplificada, possibilitando seu preenchimento de forma mais rápida.

2. Questionário em duplas/ampliado – aplicado por duplas de empresários, em entrevistas com informações mais detalhadas sobre o negócio distribuído somente a uma dupla de participantes – preferencialmente ligados ou com conhecimento da área de atividade do equipamento visitado.

3. Questionário superestrutura - distribuído exclusivamente ao grupo técnico, formado por representantes das instituições MTur/Sebrae e outras convidadas.

4. Diário de bordo dos operadores – para registro de observações, pontos fortes e fracos dos equipamentos ou organizações.

5. Diário de bordo dos técnicos - para registro de observações, pontos fortes e fracos dos equipamentos ou organizações.

Também foram realizadas as Reuniões de pactualização, no destino, com o consultor, empresários e técnicos participantes de cada viagem, com o objetivo de informar detalhadamente a metodologia do referido projeto, alinhar os conhecimentos de benchmarking e explicar os principais aspectos a serem observados ao longo da viagem, na aplicação dos questionários e na realização das entrevistas, sendo:

Aspectos de Gestão - Este item é relativo ao processo de gestão dos negócios. A observação deverá ser efetuada considerando quais os elementos do processo de gestão que apóiam ou contribuem para a boa gestão dos negócios de turismo. É muito importante que em todas as questões avaliadas sejam considerados unicamente os aspectos correlatos ao negócio e seu respectivo gerenciamento.

Aspectos de Infra-estrutura - Este item é relativo à disponibilidade de equipamento turístico adequado ao público-alvo do destino e suas respectivas necessidades no período de permanência. Analisa os equipamentos disponíveis, os serviços oferecidos e sua adequação ao segmento analisado, ao público-alvo e suas respectivas necessidades. Avalia as informações e esclarecimentos disponíveis e sinalização no local, os transportes, assim como observa a possibilidade e infra-estrutura de acesso para qualquer tipo de pessoa (mulheres grávidas, jovens, idosos, portadores de mobilidade reduzida).

Aspectos do Negócio – Produtos e Serviços Ofertados - Este item é relativo ao negócio propriamente dito, considerando as características específicas de cada equipamento turístico. É relacionado com a definição e estratégias dos quatro pês do marketing (produto, praça, promoção e preço). São as especificidades de cada negócio, de cada empreendimento.

Aspectos de Certificação - Este item é relativo ao processo de padronização e validação de procedimentos para a devida certificação dos produtos e/ou serviços turísticos. Corresponde à avaliação da existência de normas, regulamentos e padrões mínimos para o estabelecimento de processos de estruturação, avaliação e certificação dos produtos turísticos locais e/ou regionais.

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Aspectos de Formação e Qualificação - Este item investiga as ações relativas à formação de profissionais para executar os serviços turísticos e respectivas classificações de formação existentes no destino. Também observa a relação da formação profissional com os aspectos culturais e suas especificidades. Identifica qual a infra-estrutura de instituições de formação e qualificação profissionais existentes e que contribuem para o desenvolvimento do turismo.

Aspectos de Segurança - Neste item é importante, a observação dos aspectos relativos à segurança pessoal dos turistas/clientes, sua integridade física e moral. Observa a segurança de equipamentos utilizados no produto turístico, a gestão de riscos das atividades e os respectivos códigos de conduta. Também identifica a existência de normas e regulamentos para a execução do turismo responsável.

Aspectos de Parcerias - Networking - Neste item são observados os aspectos relativos à parceria entre empresas, entre o setor público e privado e as entidades de classe e representação empresarial. Também investiga e identifica as melhores práticas de articulações interinstitucionais que promoveram o desenvolvimento dos negócios do turismo no destino.

Aspectos de Envolvimento da Comunidade - Este item investiga como se realiza o envolvimento da comunidade local, considerando suas características e especificidades. Observa a existência de projetos de inclusão social e desenvolvimento da comunidade. Também verifica a integração e utilização dos aspectos culturais do local nos produtos turísticos, como artesanato, costumes, cultura local e outros.

Atividades Agregadas - Neste item são observadas as características e detalhes específicos dos espaços e atividades relacionados ao segmento analisado, sua forma de constituição e a importância como negócio.

Na segunda etapa (chamada Pesquisa de Campo) foram realizadas, nas visitas técnicas, os levantamentos de informações, aplicação dos questionários e entrevistas. O elemento principal da pesquisa de campo foi a busca de informações norteada pela necessidade dos empresários nas experiências práticas de cada viagem através da observação da realidade, registro das principais observações e entrevistas (conversas, reuniões e apresentações) com os atores locais – empresários de turismo, representantes do governo, instituições ligadas ao setor etc. O projeto Vivências Brasil, nesta etapa possibilita o contato com as boas e melhores práticas. Na terceira etapa (chamada Avaliação) foram realizadas as respectivas tabulações e análises dos instrumentos de levantamento de informações utilizados. Nas análises quantitativas os equipamentos foram agrupados de acordo com o tipo de atividade do negócio, sendo que as respostas foram transformadas em porcentagens. Nas questões que continham graduações de 1 a 5 (escalas Likert), as análises foram a partir das médias obtidas em cada questão. A análise das questões teve como objetivo principal validar as boas e melhores práticas identificadas no destino e nos equipamentos visitados. Na quarta etapa (chamada Relatório Final) foram efetuados os cruzamentos dos dados necessários e a identificação e respectivas conclusões de cada uma das boas e melhores práticas identificadas em cada destino. Como resultados desta etapa foram constituídos dois relatórios, sendo um, com toda a análise quantitativa dos destinos visitados, tendo como base as respostas nos questionários, referente às observações das visitas técnicas realizadas pelos empresários, técnicos, e consultores; e outro relatório com a análise e descrição das boas e melhores práticas identificadas. Na última etapa, (chamada Disseminação) foram realizadas reuniões, palestras e oficinas em várias regiões do Brasil para que os participantes (empresários e técnicos) das viagens possam disseminar os conhecimentos apreendidos e informações com o objetivo de promover novas práticas para o desenvolvimento do turismo.

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O presente relatório é resultado final da quarta etapa, que descreve as boas e melhores práticas de cada destino, fazendo referência aos principais exemplos que caracterizam a aplicação prática de gestão no turismo, infra-estrutura, negócios turísticos, certificação e segurança nas operações do setor, qualificação e formação de pessoas para atuar na área, parcerias empresariais e governamentais para desenvolver o turismo, envolvimento da comunidade no turismo e atividades agregadas no destino visitado. Para facilitar o entendimento do leitor, destacam-se as diferenças entre boas e melhores práticas.

• Boas práticas são aquelas que refletem a aplicação de técnicas e ações já amplamente conhecidas em outros negócios e setores, mas que ainda, no setor do turismo, não estão totalmente disseminadas e que, também, proporcionam algum grau de diferenciação do negócio ou destino turístico. Também é importante ressaltar que um conjunto de boas práticas poderá ajudar a construir uma melhor prática, evidenciando o processo de melhoria contínua que os negócios podem obter com uma boa gestão.

• Melhores práticas são aquelas que refletem uma implementação de técnicas e ações com alto grau de excelência, portanto, resultando em uma diferenciação significativa no negócio ou destino turístico. Importante ressaltar que a prática de excelência pode tornar o negócio ou destino turístico uma exceção entre seus concorrentes, proporcionando alta competitividade empresarial (negócio turístico) e regional (destino turístico).

A partir da análise das boas e melhores práticas, iniciam-se os procedimentos da última etapa (chamada Disseminação) contempla a realização de reuniões, palestras e oficinas em várias regiões do Brasil para que os participantes (empresários, consultores e técnicos) das viagens possam disseminar os conhecimentos apreendidos e informações com o objetivo de promover novas práticas para o desenvolvimento do turismo. Esse relatório evidencia as melhores e boas práticas observadas durante a viagem técnica ao Vale do Café.

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MELHORES E BOAS PRÁTICAS OBSERVADAS

Gestão MELHORES PRÁTICAS 1. Preservação e recuperação do patrimônio histórico – Materializa-se em decorrência de organizações como a Preservale, que atua no fomento e desenvolvimento de projetos que estimulam a preservação, recuperação do patrimônio histórico regional, bem como a promoção e o reconhecimento da região, nacional e internacionalmente. 2. Apoderamento do Ciclo do Café – Mesmo não sendo, nos dias atuais, uma região que se destaca pelo cultivo do café, ela se apoderou da história desse período e trabalha o marketing de uma forma integrada e articulada.

3. Atuação coletiva de instituições públicas e privadas na gestão do destino - Além do Instituto Preservale, o Sebrae/RJ e a Turisrio, entre outros, são grandes parceiros no sentido de dar suporte aos empreendedores locais, bem como incentivar a prática do associativismo. Além destes fatores, os empresários locais são conscientes de seu papel e trabalham de forma cooperada, interagindo no processo de desenvolvimento de produtos, promoção, comercialização e troca de informações. Isso se constata por meio do Conselho Regional do Vale do Café (Conciclo), que se reúne uma vez por mês para debater problemas, soluções e novas perspectivas para a região. Na prática, um bom exemplo dessa ação de parceria do Vale do Café é o Circuito de Outono “Café, Cachaça e Chorinho”. Um evento que acontece no mês de abril e envolve por volta de 14 cidades da região, oferecendo uma programação intensa, que vai de shows a passeios ecológicos em trilhas da região.

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BOAS PRÁTICAS 1. Opção estratégica do turismo como alternativa econômica - Dada a riqueza histórica dos empreendimentos e seu alto custo de manutenção, alguns empreendimentos ao abrirem suas portas para visitação, perceberam no turismo uma fonte indispensável de renda, inclusive para investimento nas atividades produtivas da fazenda. 2. Excelência no atendimento - No Vale do Café, apesar do pequeno número de prestadores de serviços, a excelência no atendimento ficou evidente. Um dos fatores que contribuem para isso é a eficiente divisão de trabalho, que permite uma boa logística e organização no atendimento. A mão-de-obra é predominantemente local e não é raro o envolvimento de membros da família nos negócios, tornando o atendimento tipicamente familiar, o que favorece a interação durante as visitas.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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Infra-estrutura BOAS PRÁTICAS 1. Restauração e adequação imobiliária e mobiliária - Seguindo as características de época as fazendas mantêm-se fiéis à história e oferecem um ambiente agradável e confortável aos hóspedes, valorizando o produto e aumentando sua atratividade de forma viva e dinâmica. A) Fazenda Cachoeira Grande A fazenda Cachoeira Grande, restaurada, recuperou seu antigo esplendor a partir do desenvolvimento turístico da região e da bem cuidada decoração, que contempla peças originais de época, resgatadas em leilões, para recriação de um ambiente fiel à história local. Durante a visita à sede, que integra o projeto Fazendas do Brasil, o visitante conhece a história da Fazenda, de sua recuperação e do mobiliário e objetos expostos.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

B) Hotel Fazenda Santa Cecília A proprietária, após um longo trabalho de resgate histórico, recriou o ambiente de época a partir de mobiliários que não eram originais da fazenda. Adquiriu objetos adequados à cultura da região e história da fazenda dando vida ao patrimônio. Além destes aspectos, também realizou adequações físicas nos leitos sem descaracterizá-los, para melhor atender a atividade turística.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

C) Fazenda Ponte Alta A Fazenda Ponte Alta restaurou um moinho centenário e criou no ambiente da própria senzala o Museu do Escravo, onde são expostos elementos representativos do período da escravidão e da cultura africana no Brasil.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

D) Fazenda da Taquara Fundada em 1800, a Fazenda da Taquara, pertence até hoje à mesma família. É a única da região que até hoje vive do café. Desta forma, a atual geração conseguiu resgatar todo o ambiente de época e proporciona aos visitantes maior integração e conhecimento sobre as várias etapas de produção do café, desde a colheita até o beneficiamento. Quase tudo na casa é original, incluindo móveis, capela, um catálogo de moda de 1895 e um livro de contabilidade de compra e venda de escravos.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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2. Sinalização adequada - A sinalização é padronizada de acordo com o Ministério do Turismo e as propriedades se adequaram, instalando sinalização interna. As vias de acesso ao Vale do Café – bem como toda a infra-estrutura turística – conservam bom estado e as construções da região se integram ao meio ambiente. Negócios – Produtos e serviços ofertados BOAS PRÁTICAS 1. Negócios integrados – Os empreendimentos utilizam a estratégia de ações conjugadas na promoção e comercialização, privilegiando os produtos e serviços da própria região. A) Hotel Fazenda Galo Vermelho O Hotel Fazenda Galo Vermelho oferece uma trilha a cavalo até a Fazenda Cachoeira Grande, utilizando os cavalos Manga-larga Marchador, criados há 30 anos em sua propriedade, o que complementa seu produto, agregando valor ao negócio como um todo. Além disso, o hotel utiliza a produção de sua horta orgânica para preparação das refeições e para comercialização junto aos hóspedes e visitantes.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

B) Roteiro Magnífica – Empresa de receptivo A Turisvale, agência de turismo receptivo especializada na comercialização do produto turístico local tem trabalhado ativamente na promoção e comercialização da região. Nessa linha, elaborou o Roteiro da Cachaça, que promove a visitação da Fazenda do Anil – Alambique da Cachaça Magnífica seguida de um almoço no Restaurante Summer Garden, que desenvolveu um cardápio à base de cachaça Magnífica, desde a entrada até a sobremesa. C) Restaurante Summer Garden – Aproveitando o potencial regional, o restaurante reproduz cardápios servidos em momentos históricos, desenvolve menus exclusivos para atender eventos, como, por exemplo, o Café, Cachaça e Chorinho e utiliza no preparo dos pratos outros produtos da região, como a tilápia.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

2. Apresentação dos produtos – as propriedades adotam estratégias para aproximar o turista do ambiente original, pela interpretação (recriação) de personagens de época, caracterização dos trajes, receitas tradicionais e acima de tudo, pelo compromisso com a história e com a qualidade das informações. A) Doces Carmen Produz doce artesanal há 45 anos, seguindo receitas tradicionais e comercializando de acordo com o desejo do cliente. O aspecto limpeza do ambiente e a forma de apresentação de seus produtos (organizada) surpreendem o visitante. As prateleiras onde estão disponibilizados os doces são bem próximas à cozinha, portanto, o visitante observa o processo de elaboração dos doces, o que aguça seu olfato e logo desperta seu desejo de provar e comprar.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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B) Hotel Fazenda Galo Vermelho O hotel oferece produtos temáticos como o Chá Imperial, onde existe a participação de uma personagem - mucama - que recebe os convidados utilizando linguagem e expressões da época do Império. A recepção de forma temática proporciona maior aproximação dos turistas com o ciclo histórico do café. Todo o cardápio oferecido é também tematizado e resultado de pesquisas históricas que identificaram a gastronomia típica da região no período áureo do café.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

C) Fazenda São João da Prosperidade O principal diferencial desta fazenda é a recepção e a visita realizadas pela proprietária, de forma temática, utilizando vestimentas e expressões da época do Ciclo do Café, além do enorme valor histórico da propriedade. Em função das pesquisas realizadas com o apoio do instituto Preservale e do Iphan, o visitante se deslumbra com uma verdadeira aula com relação ao modo de vida do período colonial. A fazenda possui ainda exposição de artesanato regional e oferece lanche e degustação de produtos feitos na propriedade.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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D) Fazenda Hotel Ponte Alta

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

A Fazenda Ponte Alta utiliza a estratégia de oferecer visitas temáticas relacionadas ao ambiente da fazenda. Personagens de época recebem os visitantes e após apresentarem a sede, a senzala – com o Museu do Escravo - e o engenho, iniciam um sarau histórico, que envolve dramatização teatral, danças e roupas de época e por meio do qual contam a história da fazenda e do Ciclo do Café. A visita pode ser concluída com refeições, sempre servidas em baixela de prata, como nos áureos tempos dos barões do café.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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Parcerias - Network BOAS PRÁTICAS 1. Trabalho associativo e participativo – Há parcerias entre empresários, bem como com o poder público, que apóiam a estruturação e o desenvolvimento de produtos, projetos, a promoção e comercialização da região e a disponibilização de infra-estrutura necessária para o desenvolvimento do turismo local. A) Logotipo, website e material promocional – Além do logotipo “Região Vale do Café”, há diversos endereços onde se divulga a região ou eventos pontuais, como: http://www.valedocafe.com.br, http://www.preservale.com.br e http://www.festivalvaledocafe.com

Diversos materiais que promovem os empreendimentos e eventos da região também são produzidos a partir de parcerias entre a iniciativa pública e privada: Instituto Preservale – Vale do Café, Conciclo, Caminhos do Café – Vassouras e Região Vale do Café.

Foto: Arquivo pessoal dos participantes

B) Área de plantio cooperada - O Hotel Fazenda Santa Cecília, localizado em Miguel Pereira, possui um trabalho conjunto com famílias que utilizam a área da fazenda para a produção de orgânicos. Por meio de um acordo com a prefeitura local, a produção é utilizada na merenda escolar da região. C) Sítio Solidão – laticínios – O empresário estabeleceu os padrões de qualidade para seus fornecedores e a partir disso, recebe a matéria-prima dos diversos produtores da região, transforma em queijos, embutidos e posteriormente comercializa o produto nos hotéis locais e em uma loja de conveniência no centro da cidade, onde distribui também outros itens elaborados pela comunidade local, como, licores, doces, biscoitos e artesanato.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

C) Fazenda Vale das Palmeiras Além do pesque-pague, a fazenda tem acordos para fornecimento de tilápias para restaurantes e outros empreendimentos turísticos da região.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Qualificação e formação BOA PRÁTICA 1. Equipe qualificada – Os monitores que acompanham as visitas dos turistas às fazendas históricas possuem nível superior e formação específica e têm acesso constante a processos de qualificação e capacitação por meio de cursos e treinamentos oferecidos pelas instituições parceiras. Os empresários demandam aos parceiros os treinamentos necessários para suas equipes e também participam de outros buscando uma maior especialização. A) Fazenda São João da Prosperidade A proprietária, ao adquirir a fazenda, teve a preocupação de realizar pesquisa histórica junto a universidades e centros de pesquisas, buscando informações relacionadas à arquitetura da época, mobiliário, costumes etc. A partir deste levantamento, a empresária enriqueceu a visita com dados e detalhes quanto à sua fazenda e ao modo de vida da época.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

B) Fazenda da Taquara A fazenda da Taquara pertence até hoje a uma mesma família, portanto, a atual geração que administra a propriedade, conhece em profundidade a história da fazenda e de seus habitantes. Além disso, a família tem as responsabilidades divididas - entre a produção e visitação - e se especializam nas áreas específicas para melhorar a gestão do negócio.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Envolvimento da comunidade BOAS PRÁTICAS 1. Integração da comunidade – A comunidade local trabalha em parceria, proporcionando melhoria na qualidade de vida local e na mesma medida, diversificando o produto turístico.

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A) Hotel Fazenda Santa Cecília O Hotel Fazenda Santa Cecília envolve a comunidade em atividades relacionadas ao turismo, como apresentações culturais, venda de artesanato regional na fazenda, contratação de serviços e aproveitamento da produção orgânica da localidade. Além disso, a proprietária realiza um trabalho de sensibilização nas escolas que vem demonstrando resultados positivos em relação à auto-estima das pessoas e a valorização cultural.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

B) Fazenda São João da Prosperidade A fazenda realiza um trabalho de envolvimento da comunidade local a partir da comercialização de artesanato, realizado após a visitação na fazenda. Além deste aspecto, a proprietária não cobra taxa de visitação para grupo de alunos de escolas públicas do município. Esta ação colabora efetivamente para a valorização do patrimônio e maior conhecimento da história do Vale do Café.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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2. Por meio da inserção de manifestações culturais na estrutura dos produtos turísticos, ocorrem a promoção, o resgate, a preservação e a valorização da cultura local e regional. A) Projeto de Integração pela Música (PIM) Um exemplo é o Projeto de Integração pela Música (PIM), que promove a inclusão social e o exercício da cidadania com mais de 500 alunos e em parceria com o empresariado local.

Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

Atividades agregadas BOAS PRÁTICAS 1. Utilização do potencial turístico local - As fazendas históricas do Vale do Café buscam resgatar a história do Ciclo do Café e ao mesmo tempo criam uma identidade familiar, possibilitando ao turista vivenciar a rotina das famílias locais. Assim aliam e mesclam o turismo cultural e o rural. A) Instituto Preservale A proprietária da Fazenda Vista Alegre é a atual presidente e uma das idealizadoras do Preservale. O instituto, destinado a promover o conhecimento e a pesquisa do Patrimônio Histórico e Cultural do Vale do Paraíba, cumpriu com excelência seu papel no processo de resgate, revitalização do patrimônio e inserção da comunidade no processo turístico. B) Hotel Fazenda Galo Vermelho O Hotel Fazenda Galo Vermelho, oferece diversos tipos de vivências aos seus hóspedes, entre elas, cultivo da horta orgânica – que respeita os padrões estabelecidos para este plantio – ordenha, passeio de charrete, caminhadas ou cavalgadas em meio a 60 alqueires preservados de Mata Atlântica e um saboroso café imperial - uma viagem, através do tempo da música e do sabor.

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Fonte: Arquivo pessoal dos participantes

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REFERÊNCIAS ALMEIDA, Joaquim Anécio. Turismo Rural. Bauru: Edusc, 2000. MINISTÉRIO DO TURISMO. Diretrizes para o desenvolvimento do turismo rural no Brasil.

Brasília, s/d. _____________________. Segmentação do turismo: marcos conceituais. Brasília, 2006. PORTUGUEZ, Anderson Pereira. Agroturismo e desenvolvimento regional. São Paulo:

Hucitec, 2002. REJOWISKI, Mirian (Org). Turismo no percurso do tempo. São Paulo: Aleph, 2002. RODRIGUES, Adyr Balastreri (Org). Turismo rural. São Paulo: Contexto, 2003. TULIK, Olga. Turismo rural. São Paulo: Aleph, 2003. Sites: www.explorevale.com.br www.fazendasdobrasil.com www.ibge.gov.br www.mda.gov.br www.preservale.com.br www.sebrae.com.br www.turismo.gov.br www.turisrio.rj.gov.br www.turisvale.tur.br www.valedocafe.com.br www.sitiosolidao.com.br www.summergarden.com.br www.pontealta.com.br www.fazendacachoeiragrande.com.br www.hotelfazendagalovermelho.com.br