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RELATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA II PREPARAÇÃO DO CLORETO DE t – BUTILA Relatório apresentado ao departamento de Química Industrial, da disciplina Química Orgânica II Experimental, como

Relatório II - Orgânica II

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Page 1: Relatório II - Orgânica II

RELATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA II

PREPARAÇÃO DO CLORETO DE t – BUTILA

Relatório apresentado ao departamento

de Química Industrial, da disciplina

Química Orgânica II Experimental,

como complementação da segunda nota

do primeiro semestre de 2011.

Page 2: Relatório II - Orgânica II

R1

Nu R3

R1

R2 R3

São Luis

2011

1 – INTRODUÇÃO

A reação de substituição nucleofílica (Sn) é uma das mais importantes e mais

estudadas em química. A compreensão dos mecanismos envolvidos nas reações Sn

permitiu grandes avanços para o estabelecimento da química orgânica moderna.

Nu + G R2 + G

Basicamente, dois mecanismos descrevem as reações Sn.

a) SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA DE SEGURANÇA ORDEM (Sn2)

Ocorre através de um mecanismo direto, onde o ataque do nucleófilo (Nu)

acontece simultaneamente à saída do grupo abandonador (G), ou seja, a

ligação Nu-carbono vai se formando, quando a ligação carbono-G vai se

rompendo. É o mecanismo mais operante para substratos primários, como na

preparação do brometo de n-butila 1 a partir do 1-butanol 2.

OH HBr Br

2 1

b) Este mecanismo se desenvolve em duas etapas e envolve a participação de

um carbocátion como intermediário reativo (3). Na primeira etapa (lenta),

ocorre a ruptura da ligação carbono-G, gerando o carbocátion 3; na segunda

etapa (rápida), a ligação Nu-carbono é formada, fornecendo o produto de

substituição. Este é o mecanismo mais adequado para substratos que formam

.. ..

Page 3: Relatório II - Orgânica II

carbocátions estáveis, como na preparação do cloreto de t-butila 4 a partir do

t-butanol 5.

OH CH3 Cl

H3C C CH3 H3C C CH3

CH3 CH3 CH3 CH3

É importante salientar que os mecanismos apresentados acima descreem

apenas os dois extremos de uma reação de substituição nucleofílica. Geralmente as

reações Sn apresentam mecanismos intermediários, situando-se entre Sn1 e Sn2. Em

outras palavras, na maioria das vezes a quebra e formação de ligações não são

processos independentes.

Neste experimento será realizada a preparação do cloreto de t-butila 4,

através do tratamento do t-butanol 5 com ácido clorídrico. A reação é rápida e

semples, e pode ser efetuada diretamente em um funil de separação. A reação se

processa segundo o mecanismo Sn1, conforme apresentado anteriormente. Pequenas

quantidades de isobutileno podem se formar durante a reação, devido a reações de

eliminação competitivas.

+

Page 4: Relatório II - Orgânica II

2 – OBJETIVO

2.1 – GERAL

Sintetizar o cloreto de t-butila a partir de álcool t-butílico.

2.2 – ESPECÍFICO

Estudar os principais conceitos de reações de substituição

nucleofílica unimolecular e bimolecular;

Demonstrar o mecanismo de reação de síntese do cloreto de t-

butila;

Identificar o produto obtido a partir da reação com nitrato de prata;

Calcular o rendimento do produto obtido.

3 – PARTE EXPERIMENTAL

3.1 – MATERIAIS E REAGENTES

MATERIAIS REAGENTES

Funil de separação Ácido clorídrico concentrado

Suporte com garras Álcool t-butílico

Erlenmeyer Solução de bicarbonato de sódio 5%

Sistema para filtração à vácuo Cloreto de cálcio anidro

3.2 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Misturou-se em um funil de separação 15 ml de álcool t-butílico e 35 ml

de ácido clorídrico concentrado, não tampando o funil e, cuidadosamente, agitou-se

Page 5: Relatório II - Orgânica II

a mistura do funil de separação durante um minuto, tampou-se o funil e inverte-se

cuidadosamente. Durante a agitação do funil, abriu-se a torneira para liberar pressão.

Fechou-se a torneira, tampou-se o funil e agitou-se várias vezes para, novamente

liberar a pressão. Agitou-se o funil durante dois a três minutos, abrindo-se

ocasionalmente (para escape). Deixou-se o funil em repouso até completa separação

das fases separando-as.

Lavou-se a fase orgânica com 25 ml de água o mais rapidamente

possível, pois o cloreto de t-butila é instável em água. Separou-se as fases e

descarta-se a fase aquosa. Em seguida, lavou-se a fase orgânica com uma porção de

25 ml de bicarbonato de sódio a 5% rapidamente. Agitou-se o funil (sem tampar) até

completa mistura do conteúdo, tampou-se e inverte-se cuidadosamente. Deixou-se

escapar a pressão. Agitou-se e abre-se cuidadosamente para liberar a pressão,

eventualmente. Agitou-se durante um minuto, vigorosamente. Deixou-se escapar as

fases e retirou-se a fase do bicarbonato. Lavou-se a fase orgânica com 25 ml de água

e novamente retirou-se a fase aquosa. Tranferiu-se a fase orgânica para um

erlenmeyer seco e adicionou-se cloreto de cálcio anidro. Agitou-se ocasionalmente o

haleto de alquila com o agente dessecante e posteriormente filtrou-se em funil de

bucner. Pesou-se e calculou-se o rendimento.

4 – TESTE DE CONFIRMAÇÃO

Agitou-se em um tubo de ensaio 0,1 ml do halogenato com 2 gotas de

solução alcoólica de nitrato de prata, sendo aquecido em banho-maria. O

aparecimento do precipitado indica a presença do cloreto de t-butila.

5 – RESUTADOS E DISCUSSÕES

Page 6: Relatório II - Orgânica II

A síntese do cloreto de t-butila se dá via mecanismo SN1, conforme a

figura abaixo:

Primeiro o álcool terciário é protonado (a), formando um bom grupo

abandonador. Em seguida a água deixa o t-butanol protonado (b), formando-se um

carbocátion terciário relativamente estável. Finalmente o íon cloreto (c) ataca o

carbocátion, dando origem ao cloreto de t-butila. A reação é de primeira ordem e

depende apenas da concentração do álcool.

A caracterização do haleto com nitrato de prata é bem conveniente uma

vez que o cloreto é o único haleto presente, e toda a sua forma dissociada foi

excluída na lavagem da fase orgânica, portanto todo o cloreto presente é oriundo do

t-butila, e forma um precipitado branco com a prata de acordo com a reação:

Ag+ + Cl- AgCl

6 – RENDIMENTO

R=massa obtidamassa total

X 100

R= 2,56 g14,62 g

X 100

Page 7: Relatório II - Orgânica II

R=17,5 %

7 – CONCLUSÃO

Foi possível sintetizar o cloreto de t-butila a partir de álcool t-butílico

através de estudos dos principais conceitos de reações de substituição nucleofílica

unimolecular (Sn1) e bimolecular (Sn2), demonstrando o mecanismo de reações de

síntese do cloreto de t-butila e identificando o produto obtido a partir da reação com

nitrato de prata.