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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto de 2009 Publicação: segunda-feira, 31 de agosto de 2009 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Gilmar Mendes Presidente Ministro Cezar Peluso Vice-Presidente Alcides Diniz da Silva Diretor-Geral ©2009 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Centésima Sexagésima Quarta Distribuição realizada em 25 de agosto de 2009. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CAUTELAR 2.440-4 (1) PROCED. : MINAS GERAIS ORIGEM : AC - 105533 - STF RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO REQTE.(S) : FRANCISCO CARLOS CHICO FERRAMENTA DELFINO ADV.(A/S) : JOSÉ NILO DE CASTRO E OUTRO (A/S) REQDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL ELEITORAL AGDO.(A/S) :COLIGAÇÃO ÚNICA ESQUERDA IPATINGUENSE (PSOL E PSTU) AGDO.(A/S) : PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOL AGDO.(A/S) :PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO - PSTU DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.290-4 (2) PROCED. : DISTRITO FEDERAL ORIGEM : ADI - 105805 - STF RELATORA : MIN. ELLEN GRACIE REQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM COMUNICAÇÕES E PUBLICIDADE - CONTCOP ADV.(A/S) : RICARDO QUINTAS CARNEIRO REQDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO DE COORDENAÇÃO E CONTROLE DAS EMPRESAS ESTATAIS - CCE AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.680-3 (3) PROCED. : PARANÁ ORIGEM : RMS - 21547 - STJ RELATOR : MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : MARISE PEREIRA VOSGERAU ADV.(A/S) : JULIO CESAR BROTTO E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : JORGE GONGORA VILLELA ADV.(A/S) : CLOVIS BARROS BOTELHO NETO E OUTRO (A/S) INTDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.714-1 (4) PROCED. : RONDÔNIA ORIGEM : PROC - 20000019990002152 - TJE RELATOR :MIN. CARLOS BRITTO AGTE.(S) : MARCOS ANTÔNIO DONADON ADV.(A/S) : SÉRGIO DOS SANTOS MORAES E OUTRO (A/S) ADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUES E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA REDISTRIBUÍDO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.646-3 (5) PROCED. : DISTRITO FEDERAL ORIGEM : AI - 850725 - STJ RELATORA :MIN. ELLEN GRACIE AGTE.(S) : CARLOS ALBERTO FORTUNA LOURENÇO ADV.(A/S) : WENDEL LEMES DE FARIA E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.061-6 (6) PROCED. : AMAZONAS ORIGEM : RESP - 798700 - STJ RELATOR :MIN. EROS GRAU AGTE.(S) : JOSÉ CARLOS SOARES GOMES ADV.(A/S) : ALBERTO PEDRINI JUNIOR AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.091-3 (7) PROCED. : RIO GRANDE DO SUL ORIGEM : RR - 772200301504000 - TST RELATOR :MIN. CEZAR PELUSO AGTE.(S) :HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO ADV.(A/S) : LEONARDO SANTANA CALDAS E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE PORTO ALEGRE E REGIÃO ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO (A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.977-3 (8) PROCED. : SÃO PAULO ORIGEM : AIRR - 992200300802400 - TST RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESP ADV.(A/S) :ALESSANDRA TEREZA PAGI CHAVES E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : VALDEIR DA SILVA ADV.(A/S) : RUBENS GARCIA FILHO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.850-0 (9) PROCED. : MINAS GERAIS ORIGEM : PROC - 10000074577412002 - TJE RELATOR :MIN. CARLOS BRITTO AGTE.(S) : VANDA DA SILVA MATTAR VILELA AGTE.(S) :ATAÍDE VILELA ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS INTDO.(A/S) : SILÊNIO MARTINS INTDO.(A/S) :JOSIANA SILVEIRA LOPES MARTINS ADV.(A/S) :EDUARDO SILVEIRA DA SILVA INTDO.(A/S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO MINAS GERAIS INTDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS VILELA INTDO.(A/S) :JOSÉ ORLANDO DA SILVA PEREIRA INTDO.(A/S) : ANTONIO CLARETE DE OLIVEIRA INTDO.(A/S) : ADENILDA DE SOUZA MEDEIROS VILELA INTDO.(A/S) : ALDO GURIAN JUNIOR REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto de 2009 Publicação: segunda-feira, 31 de agosto de 2009

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Gilmar MendesPresidente

Ministro Cezar PelusoVice-Presidente

Alcides Diniz da SilvaDiretor-Geral

©2009

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Centésima Sexagésima Quarta Distribuição realizada em 25 de agosto de 2009.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CAUTELAR 2.440-4 (1)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 105533 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : FRANCISCO CARLOS CHICO FERRAMENTA DELFINOADV.(A/S) : JOSÉ NILO DE CASTRO E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL ELEITORALAGDO.(A/S) : COLIGAÇÃO ÚNICA ESQUERDA IPATINGUENSE

(PSOL E PSTU)AGDO.(A/S) : PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOLAGDO.(A/S) : PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES

UNIFICADO - PSTU

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.290-4 (2)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : ADI - 105805 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEREQTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES

EM COMUNICAÇÕES E PUBLICIDADE - CONTCOPADV.(A/S) : RICARDO QUINTAS CARNEIROREQDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO DE COORDENAÇÃO E

CONTROLE DAS EMPRESAS ESTATAIS - CCE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.680-3 (3)PROCED. : PARANÁORIGEM : RMS - 21547 - STJRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MARISE PEREIRA VOSGERAUADV.(A/S) : JULIO CESAR BROTTO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JORGE GONGORA VILLELAADV.(A/S) : CLOVIS BARROS BOTELHO NETO E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.714-1 (4)PROCED. : RONDÔNIAORIGEM : PROC - 20000019990002152 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MARCOS ANTÔNIO DONADONADV.(A/S) : SÉRGIO DOS SANTOS MORAES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : BRUNO RODRIGUES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA

REDISTRIBUÍDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.646-3 (5)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AI - 850725 - STJRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CARLOS ALBERTO FORTUNA LOURENÇOADV.(A/S) : WENDEL LEMES DE FARIA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.061-6 (6)PROCED. : AMAZONASORIGEM : RESP - 798700 - STJRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : JOSÉ CARLOS SOARES GOMESADV.(A/S) : ALBERTO PEDRINI JUNIORAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.091-3 (7)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : RR - 772200301504000 - TSTRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLOADV.(A/S) : LEONARDO SANTANA CALDAS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE PORTO ALEGRE E

REGIÃOADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.977-3 (8)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AIRR - 992200300802400 - TSTRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : ALESSANDRA TEREZA PAGI CHAVES E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : VALDEIR DA SILVAADV.(A/S) : RUBENS GARCIA FILHO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.850-0 (9)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 10000074577412002 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : VANDA DA SILVA MATTAR VILELAAGTE.(S) : ATAÍDE VILELAADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISINTDO.(A/S) : SILÊNIO MARTINSINTDO.(A/S) : JOSIANA SILVEIRA LOPES MARTINSADV.(A/S) : EDUARDO SILVEIRA DA SILVAINTDO.(A/S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS VILELAINTDO.(A/S) : JOSÉ ORLANDO DA SILVA PEREIRAINTDO.(A/S) : ANTONIO CLARETE DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : ADENILDA DE SOUZA MEDEIROS VILELAINTDO.(A/S) : ALDO GURIAN JUNIOR

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 2

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.457-2 (10)PROCED. : BAHIAORIGEM : APCRIM - 4828472005 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : IGOR CAIO REIS SANTOSAGTE.(S) : JOSÉ HILTON SOUZA SANTOSADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.458-0 (11)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AI - 199900201957 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : S/A FÁBRICA DE TECIDOS MARIA CÂNDIDAADV.(A/S) : JORGE ANTONIO CULUCHI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BANCO VEGA S/A - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIALADV.(A/S) : GUSTAVO MARTINS DE ALMEIDA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.459-7 (12)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 4490045100 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO

PAULO - IPREMAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : OLAVO DONNIADV.(A/S) : AUGUSTO BETTI E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.462-2 (13)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20097000117997 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : FORD MOTOR COMPANY BRASIL LTDAADV.(A/S) : RICARDO LIMA CARDOSOAGDO.(A/S) : SEBASTIANA CRISTINA DA SILVA BARCELOSADV.(A/S) : JACK MANHÃES DE AZEVEDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.463-0 (14)PROCED. : PERNAMBUCOORIGEM : AI - 937266 - STJRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FERNANDA GABRIELA MARTINS CALADOADV.(A/S) : LÚCIA MARIA DE FIGUEIREDOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.471-1 (15)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AC - 200600146315 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : LAERTE OLIVEIRA SILVA E OUTRO (A/S)PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.472-9 (16)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 199938000164090 - TRFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : TUMA ENGENHARIA TÉRMICA LTDAAGTE.(S) : IBIÁ ENGENHARIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : MARCELO TORRES MOTTA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - SESI E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES TORRES FREIRE E

OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.473-6 (17)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 3700885300 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CENTRO AUTOMOTIVO ORGULHO LTDAADV.(A/S) : RODRIGO HELFSTEINADV.(A/S) : RICARDO BOTÓS DA SILVA NEVES

AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.477-5 (18)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 4127865300 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CLARINDO GALDINO DA SILVAADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.479-0 (19)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : RESP - 588233 - STJRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CARLOS JOSÉ BEZERRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MÁRCIO ANTÔNIO SCALON BUCKADV.(A/S) : SANTO APARECIDO GUTIERAGDO.(A/S) : JOSÉ GENEROSO LENZA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.480-1 (20)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : RMS - 26785 - STJRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : DIDIER GOMES COSTA BARROS CALVETADV.(A/S) : NORVAL CAMPOS VALERIO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : FÁTIMA MARIA AMARALAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.481-8 (21)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : RESP - 480359 - STJRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : CASA NUNES MARTINS S/ A IMPORTADORA E

EXPORTADORAADV.(A/S) : JOSÉ OSWALDO CORRÊA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.483-2 (22)PROCED. : MATO GROSSO DO SULORIGEM : AC - 200418111456 - TR.CÍVEL E CRIMRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCOADV.(A/S) : LIZANDRA GOMES MENDONÇA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : WALTER ADOLFO HANEMANNADV.(A/S) : WALTER ADOLFO HANEMANN E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.484-0 (23)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : PROC - 70021878400 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : GILBERTO CRUZ MOREMADV.(A/S) : DPE-RS - MARCIA MULLER NETTOINTDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 4º VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE PORTO ALEGRE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.486-4 (24)PROCED. : RONDÔNIAORIGEM : PROC - 20100020030006368 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAAGDO.(A/S) : SILVIA DARWICH ZACHARIASADV.(A/S) : FILIPE CAIO BATISTA CARVALHO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.488-9 (25)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : PROC - 20050266799 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : OLÍMPIO JOSÉ TOMIOADV.(A/S) : LUIZ CARLOS NEMETZ E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 3

AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

ADV.(A/S) : TYCHO BRAHE FERNANDESINTDO.(A/S) : VANIR DE ALCÂNTARAADV.(A/S) : NILTON HENING E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.490-7 (26)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 20070110373480 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : GENIVAL SOUZAADV.(A/S) : LEANDRO CHAVES DA SILVA BATISTA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS CONDUTORES AUTONÔMOS DE

VEÍCULOS RODOVIÁRIOS DE BRASÍLIAADV.(A/S) : RENAN BESSONI PAZ E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.491-4 (27)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 8298305000 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : YOSITERU KATAYAMAADV.(A/S) : GIULIANA VILELA DA ROCHA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.493-9 (28)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 3121745100 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : HONÓRIA MAGALHÃES DE PAULAADV.(A/S) : OLYNTHO DE LIMA DANTAS E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.494-6 (29)PROCED. : BAHIAORIGEM : AC - 3086282002 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO FÉLIXADV.(A/S) : THYERS NOVAIS FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BARTOLOMEU PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS BRANDÃO FILHO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.496-1 (30)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 90299156 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ADAIR FERRAREZI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARINÍSIA TUROLI FERNANDES DA SILVA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.498-5 (31)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AC - 200800118919 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : BENEDICTO CELSO BENÍCIOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE NITERÓIADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓI

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.499-2 (32)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AI - 1048502 - STJRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ITAMAR TAVARES DE OLIVEIRA JÚNIORADV.(A/S) : VICENTE MAGELA DE FARIA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.500-5 (33)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AI - 6520345300 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CATANDUVAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CATANDUVAAGDO.(A/S) : ALINE CRUVINEL VILLAADV.(A/S) : IVAIR FERREIRA DE SOUZA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.504-4 (34)PROCED. : BAHIAORIGEM : AI - 395436 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : BRASKEM S/AADV.(A/S) : IURI VASCONCELOS BARROS DE BRITO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO TOSTA CERQUEIRAADV.(A/S) : DJALMA NUNES FERNANDES JÚNIOR E OUTRO

(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.505-1 (35)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : EIAC - 1173059902 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : ELVIO HISPAGNOLADV.(A/S) : ROSA MARIA ROSA HISPAGNOLAGDO.(A/S) : ALBERTO CASTANHEIRAADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCO ANDRÉ COSTENARO DE TOLEDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.506-9 (36)PROCED. : AMAZONASORIGEM : PROC - 15073041747 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARIA JOSÉ BRANDÃO DE PAIVAADV.(A/S) : DPE-AM - JOSÉ IVAN BENAION CARDOSOAGDO.(A/S) : MAURO CÉSAR LOPES FAÇANHAADV.(A/S) : OLIVIA MARIA ASSIS CAMPOS COUTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.507-6 (37)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : EIAC - 10024069953370002 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : LUIZ SÁVIO TAVARESADV.(A/S) : CLÁUDIO CEZAR DE ASSUNÇÃO OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : EDMUNDO DINIZ ALVES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.508-3 (38)PROCED. : BAHIAORIGEM : AC - 1285012000 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORAGDO.(A/S) : COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO BAHIANAADV.(A/S) : CARLOS MESQUITA DE SOUZA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.509-1 (39)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : PROC - 97279 - STJRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JENYFFER SOUZA DOS SANTOS (REPRESENTADA

POR LUCIANA SILVA ROSA)ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉSUSTE.(S) : JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO

ESTADO DE SANTA CATARINASUSDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.510-1 (40)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : PROC - 102009 - CRJECÍVELRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : LUIZ CÉSAR CAMPOS PEREIRAADV.(A/S) : JORGE DA COSTA MOREIRA NETO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.511-9 (41)PROCED. : MATO GROSSO DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 4

ORIGEM : MS - 20080130297000000 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : WLADIMIR PINHEIRO DA SILVAADV.(A/S) : LINCOLN CEZAR MELO GODOENG COSTA E OUTRO

(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.514-1 (42)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 3985725700 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : GILMAR DE OLIVEIRA PINHEIROADV.(A/S) : MÁRCIA REGINA BÜLL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.515-8 (43)PROCED. : PERNAMBUCOORIGEM : MS - 21066 - STJRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : GIVALDO DE LIMA RODRIGUES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ANTÔNIO BARTHOLOMEU DE FARIA MACHADO E

OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.517-2 (44)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 8135805700 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : WALTER GOMES PINHEIRO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RICARDO NICOLAU E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.518-0 (45)PROCED. : BAHIAORIGEM : AC - 3114162005 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : ONIEL DA SILVA MOREIRAAGDO.(A/S) : OSVALDO PALMEIRA DA SILVAAGDO.(A/S) : RAIMUNDO SOLOM LEMOS PEPE FILHOADV.(A/S) : ROBERTO DE OLIVEIRA ARANHA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.519-7 (46)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 2521485700 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : DESTILARIA DE ÁLCOOL NOVA AVANHANDAVA LTDAADV.(A/S) : MARCELO DUARTE DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.520-8 (47)PROCED. : ESPÍRITO SANTOORIGEM : PROC - 1551008 - CRJECÍVELRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : NASSAU EDITORA, RÁDIO E TELEVISÃO LTDAADV.(A/S) : FELIPE OSÓRIO DOS SANTOS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SIRLEI DE ALMEIDAAGDO.(A/S) : MARLUCE MIGUEL DE SIQUEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.521-5 (48)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : APCRIM - 20080063075 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARCELO JOSÉ LAUERADV.(A/S) : ACÁCIO MARCEL MARÇAL SARDÁ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.522-2 (49)PROCED. : PARANÁORIGEM : PROC - 200770530008783 - TRJEF

RELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : VALDIR DUARTEADV.(A/S) : NEUZA TEBINKA SENHORINI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.524-7 (50)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 7200565300 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : ABEL RAMOS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO CAVALLARO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.525-4 (51)PROCED. : MATO GROSSO DO SULORIGEM : AC - 200418109630 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCOADV.(A/S) : LIZANDRA GOMES MENDONÇA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : SABRINA DOMINGUESADV.(A/S) : EMERSON ALEXANDRE HIRATA E SÁ E OUTRO

(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.529-3 (52)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AI - 1002480 - STJRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : RENATA DO AMARAL GONÇALVES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : TATIANA SOUZA DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

HABEAS CORPUS 98.145-3 (53)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : HC - 24548 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : SALVATORE ALBERTO CACCIOLAIMPTE.(S) : JOSÉ LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA E OUTRO

(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

REDISTRIBUÍDO

HABEAS CORPUS 100.439-7 (54)PROCED. : BAHIAORIGEM : HC - 105006 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : CÉSAR DANTAS DE REZENDEADV.(A/S) : ABDON ANTÔNIO ABBADE DOS REIS E OUTRO

(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.441-9 (55)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : HC - 105048 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : CAIRBAR CAPRONI DA SILVAIMPTE.(S) : ADOLPHO MARTINS DA COSTACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 126.338 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.442-7 (56)PROCED. : PARÁORIGEM : HC - 105126 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : EDUARDO AUGUSTO DOS SANTOS LEITÃOIMPTE.(S) : MARCO ANTÔNIO PINA DE ARAÚJOCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.443-5 (57)PROCED. : GOIÁSORIGEM : HC - 105112 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : JULIANO ROSA ALEXANDREPACTE.(S) : TULIO SANTIAGOIMPTE.(S) : JANAÍNA CORDEIRO CAMPOS RIBEIRO DE FREITAS

E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 144.133 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 5

HABEAS CORPUS 100.444-3 (58)PROCED. : PARANÁORIGEM : HC - 105213 - STFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : DÁRIO BILKIMPTE.(S) : NEUDI FERNANDESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 100.445-1 (59)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : HC - 105388 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA LEALIMPTE.(S) : CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA LEALADV.(A/S) : JOSÉ ADOLFO NUNES DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 111.428 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 100.446-0 (60)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 105457 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : RICARDO DIAS VIEIRAIMPTE.(S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 109.174 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.447-8 (61)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 105467 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : CARLOS FERREIRA GONÇALVESIMPTE.(S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 109.172 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.448-6 (62)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 105469 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : ALEXANDRE PAES DO ESPIRITO SANTOIMPTE.(S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 109.171 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.449-4 (63)PROCED. : PARANÁORIGEM : ,HC - 10558 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : RUBENS CATENACCIIMPTE.(S) : CEZAR ROBERTO BITENCOURT E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 100.450-8 (64)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 105484 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : CLAYTON BATISTA DE MELOIMPTE.(S) : CLAYTON BATISTA DE MELOCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

HABEAS CORPUS 100.451-6 (65)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 105620 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : JOÃO TEOTONIO NASCIMENTO NETOIMPTE.(S) : JOÃO TEOTONIO NASCIMENTO NETOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 130.318 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.452-4 (66)PROCED. : MATO GROSSO DO SULORIGEM : HC - 105590 - STF

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : VALFRIDO MENDESADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.453-2 (67)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 105753 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : INÁCIO JOSÉ VENCIONEKIMPTE.(S) : DANIEL LEON BIALSKI E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 143.493 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.454-1 (68)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 105585 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : JOSE CARLOS MARQUESIMPTE.(S) : JOSE CARLOS MARQUESCOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

HABEAS CORPUS 100.455-9 (69)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 105763 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : RODOLFO DA SILVA DE MENDONÇAIMPTE.(S) : RODOLFO DA SILVA DE MENDONÇA

HABEAS CORPUS 100.456-7 (70)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : HC - 105701 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : GABRIEL DE AMORIM TURSOIMPTE.(S) : HUMBERTO PIRESCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 145.462 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.457-5 (71)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : HC - 105789 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : EDISON DE SOUZAIMPTE.(S) : EDISON DE SOUZACOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.458-3 (72)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 105751 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : MARLON LINOIMPTE.(S) : MARLON LINOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 142.934 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.768-9 (73)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 104892 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : SINDICATO DOS ODONTOLOGISTAS DO ESTADO DE

SANTA CATARINAADV.(A/S) : EVADNA APARECIDA DE CARVALHO GALOTTIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.769-7 (74)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105117 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DE CIÊNCIA,

TECNOLOGIA, PRODUÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA - ASFOC-SN (TRABALHADORES DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ)

ADV.(A/S) : ROGÉRIO ROCHA E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.770-1 (75)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105420 - STFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : JOSÉ ANTÔNIO RIBEIROADV.(A/S) : LARISSA FIALHO MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 6

IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.771-9 (76)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105425 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : ISSAMU ARIMOTOADV.(A/S) : MARCIA JANETE SACCO GARCIA E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.772-7 (77)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105414 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOIMPTE.(S) : IVANI PEREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : LARISSA FIALHO MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.773-5 (78)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105419 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOIMPTE.(S) : ANTONIO HELDER ALCÂNTARA LIMAIMPTE.(S) : DELINAN LIMA MOTAADV.(A/S) : FREDERICO JARDIM LISBOAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.774-3 (79)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105462 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : EDUARDO VILLARINHOADV.(A/S) : LARISSA F. MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.775-1 (80)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105451 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : GILMAR SIMÕESADV.(A/S) : LARISSA FIALHO MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.776-0 (81)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105474 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOIMPTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO DIAS FERRARIADV.(A/S) : LARISSA F MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.777-8 (82)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105497 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : VALÉRIA MARA VIDAL MEIRAADV.(A/S) : ROBERTO SILVA E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.778-6 (83)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 105499 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : VERA LÚCIA SANTOS RODRIGUES MARRAADV.(A/S) : ROBERTO SILVA E OUTRO (A/S)

IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.779-4 (84)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 104229 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : GILSON BRUM BARTOLAMEIADV.(A/S) : RAQUEL WIEBBELLING E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 28.209-6 (85)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MS - 200942000015049 - JFEDRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : NAMIS LEVINO DA SILVAIMPTE.(S) : MARCOS HERBERT FÉLIXADV.(A/S) : SEBASTIÃO ERNESTO SANTOS DOS ANJOSIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (PROCESSO Nº

012.098.2007-6)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

PETIÇÃO 3.828-2 (86)PROCED. : RORAIMAORIGEM : PROC - 200342000024464 - JFEDRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREQTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALREQTE.(S) : UNIÃO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : FLÁVIO CLARET DE DEAADV.(A/S) : FRANCISCO ALVES NORONHA E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : ESTADO DE RORAIMAADV.(A/S) : PGE-RR - DIRCINHA CARREIRA DUARTEREQDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PACARAIMAADV.(A/S) : DENISE CAVALCANTI

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 8.858-8 (87)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : RCL - 104954 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E

SANEAMENTO - CASANADV.(A/S) : CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00562-2008-043-12-00-1)INTDO.(A/S) : CARLOS ANTONIO ROLIM DE QUADROSADV.(A/S) : DALCIETE FELIZARDO

RECLAMAÇÃO 8.859-6 (88)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : RCL - 105071 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E

SANEAMENTO - CASANADV.(A/S) : CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00561-2008-043-12-00-7)INTDO.(A/S) : ADIEL FARIAS MENDESADV.(A/S) : DALCIETE FELIZARDO

RECLAMAÇÃO 8.860-0 (89)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : RCL - 105008 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E

SANEAMENTO - CASANADV.(A/S) : CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00514-2008-043-12-00-3)INTDO.(A/S) : LUIZ ARGEMIRO PACHECOADV.(A/S) : DALCIETE FELIZARDO

RECLAMAÇÃO 8.861-8 (90)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : RCL - 105116 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 6ª VARA DO TRABALHO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 7

FLORIANÓPOLIS (AÇÃO CAUTELAR Nº 06149-2008-036-12-00-2)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 8.862-6 (91)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : RCL - 105089 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA

DO ESTADO DE SANTA CATARINA - DEINFRAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.043459-7)

INTDO.(A/S) : SISTELIO TECHIO OU SESTILIO TECHIO E OUTRO (A/S)

ADV.(A/S) : WALDIR WALDAMERIINTDO.(A/S) : AURÉLIO ANTÔNIO DE SANTI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ CID CAMPÊLO E OUTRO

RECLAMAÇÃO 8.863-4 (92)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTEORIGEM : RCL - 105111 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTERECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL

E TRIBUTÁRIA ESTADUAL DA COMARCA DE NATAL (PROCESSOS Nº 001.05.019386-5 E 001.05.014298-5)

INTDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : JANILDO HONÓRIO DA SILVA E OUTRO (A/S)

RECLAMAÇÃO 8.864-2 (93)PROCED. : PARÁORIGEM : RCL - 105370 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : INSTITUTO DE METROLOGIA DO ESTADO DO PARÁ -

IMEPADV.(A/S) : SÉRGIO LUIZ DE ANDRADE E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 16ª VARA DO TRABALHO DE

BELÉM (PROCESSO Nº 00212.2008.016.08.00-4)INTDO.(A/S) : JOSÉ MAURÍCIO DA COSTA TAVARES

RECLAMAÇÃO 8.865-1 (94)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : RCL - 105630 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS VENDEDORES E

VIAJANTES DO COMÉRCIO, PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS-VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

ADV.(A/S) : ROOSEVELT PACHECO DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)

RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00047-2009-040-03-00-2)

INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS-VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FAMACÊUTICOS NO NORTE DE MINAS (SINDIPRONOMG)

ADV.(A/S) : PEDRO HENRIQUE DE CASTRO ALVARES

RECLAMAÇÃO 8.866-9 (95)PROCED. : PIAUÍORIGEM : RCL - 105796 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ANA MARIA DANTAS DA SILVA FERREIRARECLTE.(S) : ANTONIO FRANCISCO LEOPOLDO PIMENTELRECLTE.(S) : BETO DOUGLAS ALVES DA CONCEICAORECLTE.(S) : ELIZANGELA BEZERRA DA SILVARECLTE.(S) : FABIOLA ALVES PEREIRA SANTOSRECLTE.(S) : FAUSTINA MARIA DE ARAUJO MAGALHAES SILVARECLTE.(S) : FRANCISCO JOSE DO NASCIMENTORECLTE.(S) : FRANCISCO MARCELO VASCONCELOS CHAVESRECLTE.(S) : IOLETE DO NASCIMENTO SILVARECLTE.(S) : ISABEL CARLA DE MORAIS ABREURECLTE.(S) : JOSE RODRIGUES DE CARVALHO ASSUNCAO

JUNIOR

RECLTE.(S) : JOSIRAN DA COSTA SIQUEIRARECLTE.(S) : KLEZIA CLEYA LIMA DA SILVARECLTE.(S) : LYVIA MEDINA DA PAZRECLTE.(S) : LUCIMEIRE BARROSO OLIVEIRARECLTE.(S) : LUCINEIDE PEREIRA DOS SANTOSRECLTE.(S) : MARIA DE FATIMA DOS SANTOSRECLTE.(S) : MARIA DO SOCORRO SOARES NOGUEIRARECLTE.(S) : MARIA DO SOCORRO ANDRADE ALVESRECLTE.(S) : MARIA VIRGINIA BATISTA BEZERRARECLTE.(S) : MARCOS JEAN LOPES DA SILVARECLTE.(S) : MYLENNA PIRES DE CARVALHORECLTE.(S) : MARIA INES MACEDO OLIVEIRA BRAGARECLTE.(S) : RAIMUNDO UBIRAJARA SOUSA SILVARECLTE.(S) : RAIMUNDO NONATO ALVES DOS SANTOSRECLTE.(S) : RAIMUNDO RODRIGUES NETORECLTE.(S) : SERGIO ROBERTO DE CASTRO SANTOSRECLTE.(S) : WILLAM PINHEIRO DA SILVAADV.(A/S) : RENATO COÊLHO DE FARIASRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE

TERESINA (PROCESSO Nº 00408-2009-001-22-00-4)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

EMB.DIV.NOS EMB.DECL.NO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.588-6

(96)

PROCED. : PERNAMBUCOORIGEM : APCRIM - 1259318 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : ALEXSANDRO MANUEL VICENTEADV.(A/S) : RODRIGO GONÇALVES TRINDADEEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.792-1 (97)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 3685025400 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - ISA NUNES UMBURANASRECDO.(A/S) : LUCIANO DANIEL E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO CARLOS CAMPANINI E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.507-5 (98)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AMS - 200102010277390 - TRFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOÃO LUIZ DUBOC PINAUDADV.(A/S) : LEILHA DA ROCHA FARIA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.508-3 (99)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70010522217 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : LUIZ MINOZZO E CIA LTDAADV.(A/S) : JOÃO LUCIANO DA FONSECA PEREIRA DE QUEIROZ

E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.509-1 (100)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MS - 20060020146142 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA FERREIRA LIMAADV.(A/S) : JOSÉ GERALDO ARAÚJO MALAQUIAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.510-5 (101)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 200371100084466 - TRFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL - CREMERSADV.(A/S) : GUSTAVO MOREIRA PESTANA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PELOTASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PELOTAS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 8

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.511-3 (102)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTEORIGEM : AC - 20050048342 - TRFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : JANSEN LEIROS FERREIRAADV.(A/S) : CARLOS SÉRVULO DE MOURA LEITE E OUTRO

(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.513-0 (103)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : PROC - 70018673939 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : JALDEL GONÇALVES CARDOSOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.517-2 (104)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : RESP - 992481 - STJRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : NADIERICA DOS SANTOS DIASPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.526-1 (105)PROCED. : PERNAMBUCOORIGEM : AC - 1457592 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOADV.(A/S) : PGE-PE - RENATA DOS SANTOS DINIZRECDO.(A/S) : EVANDRO DE MELO CABRALADV.(A/S) : SANDRO BELTRÃO FARIAS E OUTRO (A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.527-0 (106)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : APCRIM - 71001891407 - TRJECRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : OSMAR VITÓRIO CARLESSORECDO.(A/S) : LAURECI OLIVEIRA BITTENCOURTADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO ARRUA PACHECORECDO.(A/S) : SÉRGIO IVONIR PALHARINIADV.(A/S) : RODRIGO RAMOS BAIRROS E OUTRO (A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.528-8 (107)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AI - 70017610163 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MARIA ADELAIDE MEDINAADV.(A/S) : ANDRIZE LEITE CALDEIRA E OUTRO (A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.529-6 (108)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70016701708 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DO RIO

GRANDERECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO GRANDEADV.(A/S) : STELLA MARIA FERREIRA SIMÕES

ADV.(A/S) : GIOVANI BORTOLINIRECDO.(A/S) : LUIZ ALFREDO DE BOERADV.(A/S) : CLAUDIA MOTA ESTABEL E OUTRO (A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.530-0 (109)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : AI - 50343118 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : RONEY EBERSPÄCHERADV.(A/S) : RAUL TAVARES DA CUNHA MELLO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.531-8 (110)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AI - 70025464744 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS -

DMAEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGRERECDO.(A/S) : CLEITON COSTA ALVES

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.534-2 (111)PROCED. : ACREORIGEM : PROC - 20089002784 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : JALAL SOUBHI ABDOADV.(A/S) : FRANCISCO VALADARES NETO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : EMPRESA BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES S/A

- EMBRATELADV.(A/S) : SANGELO ROSSANO DE SOUZA E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.537-7 (112)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTEORIGEM : AC - 20080042040 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES S/A

- EMBRATELADV.(A/S) : HILANA BESERRA DA SILVA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.538-5 (113)PROCED. : PIAUÍORIGEM : PROC - 200840007066870 - TRJEFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUCIMAR FERREIRA DE ASIS LOPESADV.(A/S) : RAIMUNDO CARLOS NOGUEIRA ALMEIDA E OUTRO

(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.539-3 (114)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 20000005052682000 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : ELZA SCHERR LAIGNIER E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CAIO MÁRIO CALDEIRA BRANT RIBEIRO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : RAMON MOREIRAADV.(A/S) : JOÃO BÔSCO KUMAIRA E OUTRO (A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.540-7 (115)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AI - 70017751298 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : ANTONIA GUEDES DA COSTA RAMOSADV.(A/S) : ANDRIZE CALDEIRA E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 9

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.541-5 (116)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AI - 70023574593 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : INGE LAMBERT CAPELLÃOADV.(A/S) : ANDRIZE CALDEIRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.542-3 (117)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 4035705 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : HENRIQUE BOLATO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DARCY ROSA CORTESE JULIÃO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.543-1 (118)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : PROC - 71001945393 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : VALDECIR CRISTIANO DA SILVA QUINTANILHAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 13 0 13

MIN. MARCO AURÉLIO 13 1 14

MIN. ELLEN GRACIE 9 0 9

MIN. CEZAR PELUSO 10 0 10

MIN. CARLOS BRITTO 21 2 23

MIN. JOAQUIM BARBOSA 11 0 11

MIN. EROS GRAU 12 1 13

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 13 0 13

MIN. CÁRMEN LÚCIA 11 1 12

TOTAL 113 5 118

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ANGELA BERENICE DE C. NEVES DUARTE, Coordenadora de Processamento Inicial , ROSEMARY DE ALMEIDA, Secretária Judiciária.

Brasília, 25 de agosto de 2009

DECISÕES E DESPACHOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 652.853-1 (119)PROCED. : PARANÁAGTE.(S) : EXPRESSO NORDESTE LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : OSVALDO NECHIADV.(A/S) : ROBERTO PERALTO

DESPACHO: Tendo em vista a certidão de fl. 671, a qual informa que a parte agravante não se manifestou sobre o interesse no prosseguimento do feito, distribuam-se os autos para posterior providência pelo relator.

Publique-se.Brasília, 16 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.934-2 (120)PROCED. : AMAPÁAGTE.(S) : ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁAGDO.(A/S) : DÉBORA BARREIROS DA COSTAADV.(A/S) : SEBASTIÃO DE NAZARÉ DA SILVA

DESPACHO: Em vista dos termos da petição n.º 77.715/2009, à Secretaria, para que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 16 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.712-1 (121)PROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : VIANORTE S/AADV.(A/S) : SAMUEL PASQUINI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARA SILVIA MASSARO CALAROTA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ELIALBA FRANCISCA ANTÔNIA DANIEL CASÓRIO E

OUTRO (A/S)

DECISÃO: Em face da homologação do acordo celebrado entre as partes, noticiada na petição nº 42.216/2009, julgo prejudicado o recurso, por perda de objeto.

Ressalte-se que o pedido de extinção do feito deverá ser proposto perante o juízo de origem.

Publique-se.Brasília, 3 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.529-1 (122)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTEAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEAGDO.(A/S) : JULIANO COSTA BEZERRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JULIANA COSTA BEZERRA MADRUGA

DESPACHO: Nada a deferir na petição n.º 71.589/2009, tendo em vista que ainda se encontra pendente de julgamento no Superior Tribunal de Justiça agravo regimental no recurso especial n.º 1.113.370, interposto na mesma origem do presente AI.

Publique-se.Brasília, 16 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.775-5 (123)PROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : MÁRIO HENRIQUE BAUER E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO CAVALLARO E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Em face dos termos da petição n.º 71.647/2009, à Secretaria, para que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 16 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.677-9 (124)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTEAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEAGDO.(A/S) : OLÍMPIO JOSÉ ALVES DE SÁ E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : TALES ROCHA BARBALHO E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Em face dos termos da petição n.º 88.653/2009, à Secretaria, para que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 24 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 10

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.958-0 (125)PROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : AILTON ANTONELLO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ALMEIDA SILVARES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CESP - COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULOADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO CURY

DESPACHO: Em face dos termos da petição n.º 66.899/2009, à Secretaria, para que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 23 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.404-4 (126)PROCED. : GOIÁSAGTE.(S) : ELIZABETH EGÍDIO GARCIA BORGESADV.(A/S) : ARISTON JOSÉ DE ARAÚJO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : WOLCER FREITAS MAIA E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Tendo em vista os termos da petição protocolada nos autos, defiro o pedido de vista pelo prazo legal.

Publique-se.Brasília, 23 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.858-1 (127)PROCED. : PARANÁAGTE.(S) : USINA DE AÇÚCAR SANTA TEREZINHA LTDA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SOLANGE SAMPAIO CLEMENTE FRANÇA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ DE JESUSADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DUMAS

DECISÃO: Em face do acordo celebrado entre as partes, noticiado na petição protocolada nos autos, julgo prejudicado o recurso, por perda de objeto.

Publique-se.Brasília, 23 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.954-1 (128)PROCED. : SÃO PAULOAGTE.(S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL INDÚSTRIA DE VEÍCULOS

AUTOMOTORES LTDAADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ GONÇALVES TEIXEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ROSENILDO DIAS DOS SANTOSADV.(A/S) : GILBERTO CAETANO DE FRANÇAAGDO.(A/S) : SODEXHO DO BRASIL COMERCIAL LTDAADV.(A/S) : DRAUSIO A VILLAS BOAS RANGEL E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Tendo em vista os termos da petição n.º 84.688/2009 (fl. 204), determino sejam os presentes autos remetidos à 4ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

Publique-se.Brasília, 23 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.009-6 (129)PROCED. : MINAS GERAISAGTE.(S) : VICTOR COSTA NUNES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : MARÍLIA REGUEIRA DIAS E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Tendo em vista os termos da petição protocolada nos autos, defiro o pedido de vista pelo prazo legal.

Publique-se.Brasília, 21 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.872-3 (130)PROCED. : DISTRITO FEDERALAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : GOIANÉSIA ÁLCOOL S/AADV.(A/S) : ADRIENE MARIA DE MIRANDA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de petição na qual Goianésia Álcool S/A questiona ato de expediente que sobrestou o agravo de instrumento interposto pela União até o julgamento definitivo de recurso interposto perante o Superior Tribunal de Justiça.

Sustenta a peticionante, em síntese, a desnecessidade de se aguardar a decisão do STJ, tendo em vista que o julgamento, por esta Corte, do agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário independe da tramitação do recurso especial.

Em princípio, cabe anotar que o ato que sobresta determinado recurso, aguardando a decisão do Superior Tribunal de Justiça, tem por finalidade atender à marcha normal do procedimento: garantir que o STJ aprecie o recurso especial antes da apreciação do recurso extraordinário por esta Corte, nos termos do disposto nos arts. 27 e 28 da Lei n.o 8.038, de 28 de maio de 1990. Desta forma, tal ato é irrecorrível, em face da ausência de conteúdo decisório.

Ressalte-se que esta Corte firmou entendimento segundo o qual não cabe recurso em face de despachos que não possuam caráter decisório. Nesse sentido, o AI-AgR-AgR 558.987, 2a T., Rel. Cezar Peluso, DJ 7.8.2007, com a seguinte ementa:

“EMENTA: RECURSO. Agravo regimental. Despacho. Ausência de conteúdo decisório. Não cabimento. Agravo não conhecido. Precedentes. Não se admite agravo regimental de despacho que não tem conteúdo decisório.”

Assim, diante da ausência de qualquer prejuízo para as partes, uma vez que, após a decisão definitiva do Superior Tribunal de Justiça o recurso seguirá seu regular trâmite, nada há a deferir na Petição n. o 72.429/2009.

Publique-se.Brasília, 16 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.714-9 (131)PROCED. : DISTRITO FEDERALAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : DESTILARIA ALEXANDRE BALBO LTDAADV.(A/S) : ADRIENE MARIA DE MIRANDA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de petição na qual Destilaria Alexandre Balbo LTDA. questiona ato de expediente que sobrestou o agravo de instrumento interposto pela União até o julgamento definitivo de recurso interposto perante o Superior Tribunal de Justiça.

Sustenta a peticionante, em síntese, a desnecessidade de se aguardar a decisão do STJ, tendo em vista que o julgamento, por esta Corte, do agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário independe da tramitação do recurso especial.

Em princípio, cabe anotar que o ato que sobresta determinado recurso, aguardando a decisão do Superior Tribunal de Justiça, tem por finalidade atender à marcha normal do procedimento: garantir que o STJ aprecie o recurso especial antes da apreciação do recurso extraordinário por esta Corte, nos termos do disposto nos arts. 27 e 28 da Lei n.o 8.038, de 28 de maio de 1990. Desta forma, tal ato é irrecorrível, em face da ausência de conteúdo decisório.

Ressalte-se que esta Corte firmou entendimento segundo o qual não cabe recurso em face de despachos que não possuam caráter decisório. Nesse sentido, o AI-AgR-AgR 558.987, 2a T., Rel. Cezar Peluso, DJ 7.8.2007, com a seguinte ementa:

“EMENTA: RECURSO. Agravo regimental. Despacho. Ausência de conteúdo decisório. Não cabimento. Agravo não conhecido. Precedentes. Não se admite agravo regimental de despacho que não tem conteúdo decisório.”

Assim, diante da ausência de qualquer prejuízo para as partes, uma vez que, após a decisão definitiva do Superior Tribunal de Justiça o recurso seguirá seu regular trâmite, nada há a deferir na Petição n. o 72.428/2009.

Publique-se.Brasília, 16 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.448-0 (132)PROCED. : MINAS GERAISAGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ALVARO DE CASTROADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE OTONI FERNANDES

DECISÃO: Em face do acordo celebrado entre as partes, noticiado na

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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petição protocolada nos autos, julgo prejudicado o recurso, por perda de objeto.

Publique-se.Brasília, 21 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.063-9 (133)PROCED. : MINAS GERAISAGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : WILSON DIAS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JAQUELINE PIO FERNANDES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Tendo em vista os termos da petição protocolada, homologo, para que produza seus efeitos jurídicos, a desistência do presente recurso, manifestada por procurador com poderes bastantes.

Publique-se.Brasília, 23 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.668-8 (134)PROCED. : RIO DE JANEIROAGTE.(S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ANGELA MARIA LOPES LA ROCQUE DE FREITASADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ FERNANDES RODRIGUES E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Em face do acordo celebrado entre as partes, noticiado na petição protocolada nos autos, julgo prejudicado o recurso, por perda de objeto.

Publique-se.Brasília, 21 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

MED. CAUT. EM EXTRADIÇÃO 1.173-1 (135)PROCED. : ROMÊNIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREQTE.(S) : GOVERNO DA ROMÊNIAEXTDO.(A/S) : ION GABRIEL PIRVU

DECISÃO: Trata-se de pedido de prisão preventiva, para fins de Extradição, do nacional romeno ION GABRIEL PIRVU, formulado pelo Governo da Romênia, mediante a Nota Verbal nº 435, com base no art. V do Tratado de Extradição firmado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Romênia, em 12 de agosto de 2003, e promulgado pelo Decreto no 6.512, de 21 de julho de 2008.

Este pedido decorre de mandado de prisão preventiva expedido pelo Tribunal de local, ante a necessidade de julgamento do extraditando no processo penal, registrado na origem sob o nº 7602/94/2008, referente a suposto cometimento de furto qualificado pelo extraditando. Assevera que o extraditando está recolhido na Penitenciária Cabo PM Marcelo Pires da Silva, em Itaí, Estado de São Paulo.

De acordo com a Nota Verbal, o crime foi cometido no território romeno, em 21/22.2.2007 e, diante do não comparecimento do extraditando na sessão de julgamento do Tribunal local em 4.7.2007, foi decretada a prisão preventiva, sendo expedido o competente mandado de constrição.

Com base no art. 81 da Lei no 6.815, de 19 de agosto de 1980 e atendendo ao pedido formulado pelo Governo da Romênia, mediante o Exmo. Sr. Ministro de Estado da Justiça, decreto a prisão preventiva, para fins de extradição, do nacional romeno IONS GABRIEL PIRVU.

Expeça-se o mandado. Comunique-se e, após a notificação, publique-se. Brasília, 20 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

(RISTF, art. 13, VIII)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.102-4 (136)PROCED. : SÃO PAULORECTE.(S) : MAXICOOP COOPERATIVA DE TRABALHO DOS

PROFISSIONAIS DE SAÚDEADV.(A/S) : MELISSA SERIAMA POKORNY E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ALVARO TREVISIOLIRECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Tendo em vista os termos da petição protocolada nos

autos, determino sejam os presentes autos remetidos ao Superior Tribunal de Justiça para que se proceda ao julgamento do recurso especial como entender de direito. Após, retornem os autos a esta Corte, para a apreciação do recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 21 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.296-2 (137)PROCED. : SÃO PAULORECTE.(S) : SINDICATO DAS EMPRESAS DE ASSEIO E

CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO - SEAC-SP

ADV.(A/S) : FÁBIO ROBERTO DE ALMEIDA TAVARES E OUTRO (A/S)

ADV.(A/S) : VANDER DE SOUZA SANCHESRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS

EMPRESAS DE SÃO PAULO - SEBRAE-SPADV.(A/S) : CARLOS WILLIANS OSÓRIO E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Tendo em vista os termos da petição protocolada, homologo, para que produza seus efeitos jurídicos, a desistência do presente recurso, manifestada por procurador com poderes bastantes.

Publique-se.Brasília, 22 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.368-3 (138)PROCED. : SÃO PAULORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSRECDO.(A/S) : COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO -

CODESPADV.(A/S) : RICARDO M M SARMENTO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Tendo em vista os termos da petição protocolada nos autos, determino sejam os presentes autos remetidos ao Superior Tribunal de Justiça para que se proceda ao julgamento do recurso especial como entender de direito. Após, retornem os autos a esta Corte, para a apreciação do recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 22 de julho de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente

PLENÁRIO

NOTAS E AVISOS DIVERSOS

ESTA COMUNICAÇÃO INTEGRA A ATA DA 18ª (DÉCIMA OITAVA) SESSÃO ORDINÁRIA DO PLENÁRIO, REALIZADA EM 3 DE AGOSTO DE 2009.

COMUNICAÇÃOO SENHOR MINISTRO CARLOS AYRES BRITTO - Senhor

Presidente, tenho uma boa comunicação a fazer.Nós conseguimos executar, totalmente, o processo de desocupação

da área indígena Raposa Serra do Sol sem maiores contratempos, seguindo o modelo - vamos dizer - heterodoxo de desocupação da área idealizado por Vossa Excelência, incumbindo o Relator de ficar à frente do processo e em articulação permanente com o Presidente do Tribunal Regional da 1ª Região, Doutor Jirair Meguerian.

Nós fizemos, em nosso gabinete, sucessivas reuniões com os órgãos envolvidos - a FUNAI, a AGU, o INCRA, o IBAMA - e contamos com a colaboração lúcida, decidida do Ministério Público, a partir da presença, sempre honrosa, do Procurador-Geral da República. Agora tomando assento nesta Casa, pela vez primeira, na condição de titular, Doutor Roberto Gurgel, assim como sua Vice-Procuradora-Geral Doutora Déborah Duprat. O Governador de Roraima deu efetiva colaboração, junto com o prefeito de Boa Vista; o Exército cooperou também decididamente; e o Doutor Jirair Meguerian sempre se fez acompanhar, na região, dos Juízes Federais Lincon de Faria e Reginaldo Pereira.

O fato, Senhor Presidente, é que todo o processo, tecnicamente chamado de "extrusão", deu-se a contento, pacificamente. Hoje, posso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 12

comunicar a Vossa Excelência e à Corte que, do ponto de vista da execução concreta da nossa decisão, considero encerrado o processo. Darei ciência ao Desembargador Jirair Meguerian desta comunicação e dos reconhecimentos do Supremo Tribunal Federal à inestimável colaboração de Sua Excelência e dos seus dois Juízes Federais auxiliares.

O SR. MINISTRO GILMAR MENDES (PRESIDENTE) - Cumprimentamos o Ministro Carlos Ayres Britto por essa exitosa missão. Como nós sabemos, tratava-se de um trabalho extremamente difícil e por isso se optou por este modelo cuidadoso de delegação, não a um juiz, mas ao Presidente do Tribunal Regional Federal, para que ele, pessoalmente, supervisionasse esse processo de execução e de instrução.

Brasília, 26 de agosto de 2009.Luiz Tomimatsu

Secretário

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CAUTELAR 1.906-1 (139)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : RAPIDOX GASES INDUSTRIAIS LTDA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO FRANCO OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)REQDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de ação cautelar, com pedido de medida liminar, ajuizada pela RAPIDOX GASES INDUSTRIAIS LTDA e outros contra a União, em que se objetiva a atribuição de efeito suspensivo ao recurso extraordinário interposto pelos requerentes, nos autos do Mandado de Segurança 2000.02.01.021368-1, impedindo que as requerentes sejam penalizadas pelo procedimento adotado, qual seja, recolhimento da COFINS sem observar a base de cálculo prevista pelo artigo 3º, § 1º, da Lei 9.718/98, já julgado inconstitucional pelo plenário desta Corte.

O recurso extraordinário interposto foi admitido por decisão do Vice-Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (fl. 125).

Às fls. 133-134 deferi o pedido liminar. É o relatório. Decido.A presente ação perdeu o objeto. É que a decisão monocrática que

julgou o processo principal (RE 575.249/SP, de minha relatoria) transitou em julgado no dia 14/3/2008.

Eis o teor da decisão:“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

decidiu pela constitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/98.Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se a

inconstitucionalidade do referido dispositivo.Preliminarmente, verifico que a questão constitucional versada no

recurso oferece repercussão geral, porquanto impugna decisão contrária à jurisprudência dominante do Tribunal (CPC, art. 543-A, § 3º, e RISTF, art. 323, § 1º).

A pretensão recursal merece acolhida. O acórdão recorrido está em desacordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, no julgamento do RE 357.950/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, declarou a inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/98, uma vez que a ampliação da base de cálculo do PIS e da COFINS por lei ordinária violou o art. 195, I, da Constituição (redação anterior à EC 20/98).

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 362.913/MG, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 353.121/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; RE 356.471/MG, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 410.830/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 391.451/PI, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, com base nos precedentes acima mencionados, conheço do recurso e dou-lhe provimento (CPC, art. 557, § 1º-A), para afastar a aplicação do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/98”.

Isso posto, julgo prejudicada esta ação cautelar (art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AÇÃO CAUTELAR 2.344-1 (140)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : PGE-SP - FERNANDO FRANCOREQDO.(A/S) : SYLVIO PELLICCE ALVES ARANHAREQDO.(A/S) : HOMERO SILVA NOGUEIRAREQDO.(A/S) : HUGO MARTINS RODRIGUESREQDO.(A/S) : IBRAIM PAULO MASSONREQDO.(A/S) : JAYME FERNANDES LABINASREQDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS BUENOREQDO.(A/S) : JOSÉ RIOLANDO TEODORO FONSECAREQDO.(A/S) : LAERCIO RODRIGUES DA SILVAREQDO.(A/S) : MAURICIO DE ABREU E SILVAREQDO.(A/S) : NORBERTO BOSSOLANIREQDO.(A/S) : OSWALDO PEREIRA RIBEIROREQDO.(A/S) : PAULO SATURNINO CHECHINATTOREQDO.(A/S) : RIBAMÁ VIDALREQDO.(A/S) : RUBENS BARRETOREQDO.(A/S) : CELIO GUARNIERIREQDO.(A/S) : BRAZILIO BARBIMREQDO.(A/S) : CARLOS SURITAREQDO.(A/S) : ELIO LOPESREQDO.(A/S) : FLAVIO DE JESUS COSTAREQDO.(A/S) : ANTONIO PIGNATA SOBRINHOADV.(A/S) : WALTER DELGALLO E OUTRO (A/S)

Tendo em vista a informação de fl. 265, citem-se os requeridos Carlos Surita, Oswaldo Pereira Ribeiro e Laércio Rodrigues da Silva.

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AÇÃO CAUTELAR 2.416-1 (141)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MENEZES DIREITOREQTE.(S) : MÉTODO ENGENHARIA S/AADV.(A/S) : MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES E OUTRO

(A/S)REQDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOAUTUAÇÃO – CONSERTO.AÇÃO CAUTELAR – LIMINAR – OBJETO – PERSISTÊNCIA –

ELUCIDAÇÃO.RECURSO EXTRAORDINÁRIO – SUBMISSÃO DA MATÉRIA AO

PLENÁRIO – VOTO PROFERIDO – ENCAMINHAMENTO PELA ASSESSORIA.

1.A Assessoria prestou as seguintes informações:A autora pretende obter, incidentalmente, medida acauteladora para

emprestar efeito suspensivo ao Agravo de Instrumento nº 764.593-5/SP, mediante o qual busca imprimir trânsito a recurso extraordinário. Os autos não foram distribuídos, encontrando-se sobrestados, por decisão da Presidência do Supremo, até o julgamento do recurso especial simultaneamente interposto.

Quanto ao tema de fundo, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região concluiu pela impossibilidade de utilizar-se a dedução da parcela de correção monetária relativamente à diferença entre o Índice de Preços ao Consumidor – IPC e o Índice de Reajuste dos Valores Fiscais – IRVF – fator que passou a atualizar o Bônus do Tesouro Nacional – BTNF - sobre as demonstrações financeiras referentes ao ano-base de 1990 (folha 164 a 168). No recurso, a autora requer o afastamento do óbice ao pedido, no tocante aos recolhimentos da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, ante a inconstitucionalidade do inciso I do artigo 3º da Lei nº 8.200/1991. Alega estar a matéria pendente de pronunciamento definitivo do Supremo no Recurso Extraordinário nº 201.512/MG, da relatoria de Vossa Excelência, cujo julgamento já contabiliza três votos contrários e três favoráveis à tese da inconstitucionalidade referida. Evoca, ainda, os votos proferidos por Vossa Excelência, na relatoria dos Recursos Extraordinários nº 208.526/RS e 256.304/RS, no sentido de conhecer e prover os recursos, declarando a inconstitucionalidade incidental de preceitos que versariam matérias semelhantes à ora discutida. Menciona como precedentes da Corte as decisões nas Medidas Cautelares nas Ações Cautelares nº 1.330/SP, relator Ministro Joaquim Barbosa, publicada no Diário da Justiça de 24 de agosto de 2006, e nº 1.269/SP, relator Ministro Celso de Mello, veiculada no Diário da Justiça de 2 de agosto de 2006.

Sob o ângulo do risco, alude ao indeferimento de efeito suspensivo pelo Tribunal de origem (folha 113 a 115) e o esgotamento do juízo de admissibilidade (folha 117 a 119). Aponta o adiantamento da Fazenda Nacional na cobrança das obrigações referidas, nas Execuções Fiscais nº 2008.61.82.021021-3 (CSL) e nº 2008.61.82.021019-5 (IRPJ) (folha 170), a inviabilizar a participação em licitação para contrato de parceria público-privada, cujo prazo para a comprovação de regularidade fiscal vence às dezoito horas do dia 24 de agosto de 2009 (edital de folha 20 a 73). Afirma não deter bens suficientes para garantir a totalidade da exigência, conforme balanço patrimonial de folha 19. Requer o deferimento de liminar para

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 13

suspender, até o julgamento final do extraordinário interposto, as exigências tributárias formalizadas no Processo Administrativo nº 13085.007049/96-95.

Acompanham a inicial os documentos de folha 16 a 210.O processo veio concluso a Vossa Excelência, para o exame do

pedido de medida acauteladora, ante a licença médica do relator, Ministro Menezes Direito (folha 213).

Consigno a erronia da autuação relativamente ao nome da autora.2.Inicialmente, corrijam, na autuação, a troca de letras na grafia do

vocábulo “método”. No mais, há notícias de que o prazo limite para a participação em certo certame mostrou-se 24 de agosto de 2009, às 18h. Este processo ficou em meio a tantos outros com pedidos acauteladores. Além disso, segundo informado ao Chefe de Gabinete por profissional da advocacia, já teria sido lograda liminar em outra medida.

De qualquer forma, devem vir conclusos, ainda que sob empréstimo, os autos do Agravo de Instrumento nº 764.593-5/SP, recurso interposto para a subida do extraordinário a que esta ação cautelar objetiva imprimir eficácia suspensiva. Também venha o voto que proferi no recurso extraordinário que se aponta pendente de conclusão de julgamento – nº 201.512-1/MG.

3.Diga a interessada sobre a persistência da pretensão de obter a medida acauteladora.

4.Publiquem.Brasília – residência –, 24 de agosto de 2009, às 19h20.

Ministro MARCO AURÉLIO(Regimento Interno do Supremo, artigo 38, inciso I)

AÇÃO CAUTELAR 2.432-3 (142)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍREQDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Petição 103.189/2009-STF.Defiro a juntada dos documentos, embora não modifiquem o

entendimento firmado na decisão de fls. 30-33.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.181-6 (143)PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR E

BOMBEIRO MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA - ASOF

ADV.(A/S) : ARCELINO LEON E OUTRO (A/S)REU(É)(S) : ESTADO DE RONDÔNIAADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAREU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Vistos.Intime-se a União Federal, com prazo de 30 (trinta) dias, para os fins

declinados pela Procuradoria Geral da República.Publique-se e intime-se.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.266-5 (144)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULREU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Vistos.Trata-se de conflito positivo de atribuições suscitado pelo Ministério

Público do Estado do Rio Grande do Sul em face do Ministério Público Federal, cujo objeto é a exclusão de possível incerteza em torno do órgão ministerial competente para atuar nas investigações e na ação penal relativa a crimes cometidos no âmbito da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul entre os anos de 2004 e 2007 (fls. 2-12).

O caso ficou conhecido como a “fraude dos selos”, uma vez que, em síntese, se revelou na aquisição, por parte da Assembléia Legislativa, de selos para correspondência que, ao depois, eram desviados e revendidos no mercado paralelo, de maneira absolutamente ilícita.

Segundo alega o suscitante:i) embora tenha havido a participação de 2 (dois) empregados da

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, a referida empresa pública federal não sofreu prejuízo patrimonial, eis que todo o dano ficou restrito à verba que a Assembléia Legislativa empregou na compra dos selos;

ii) conforme alguns precedentes do Supremo Tribunal Federal, a simples participação de funcionários ou empregados públicos não é suficiente para atrair a competência da Justiça Federal. Logo, a resolução de conflitos deve observar qual a vítima do delito;

iii) o uso indevido de símbolo federal (o logotipo dos Correios) em cartões de visita foi mero artifício utilizado para a prática o crime de peculato, sendo que esta circunstância não tem o condão de afastar o interesse do Estado do Rio Grande do Sul.

O suscitado, no caso o Ministério Público Federal, entende que o caso não se mostra como verdadeira hipótese de conflito de atribuição, tendo em vista que existem decisões do Juízo Federal nos autos do inquérito e, ainda, que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região deverá se pronunciar acerca de sua competência jurisdicional por ocasião do recebimento ou não da denúncia (fls. 106-179).

Conforme decidiu o Plenário nos autos da Pet. nº 3.528-BA, Rel. Min. Marco Aurélio, é da competência deste Tribunal conhecer e julgar conflito de atribuições entre o Ministério Público Federal e os Ministérios Públicos Estaduais, ante a ausência de dispositivo constitucional expresso, mas com a efetiva possibilidade de conflito federativo (art. 102, I, f, da Constituição).

Contudo, a partir do momento em que órgãos jurisdicionais passam a atuar no caso deixa de existir o conflito entre os órgãos ministeriais. Então, o que se pode conceber é um conflito de jurisdição, mas não mais de atribuições entre órgãos ministeriais.

É o que apresenta estes autos, uma vez que, em 3 de novembro de 2008, a Procuradoria Regional da República da 4ª Região, ofertou denúncia contra 12 (doze) pessoas perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Logo, o caso já se encontra sob a égide judicial.

Desta feita, ainda que não exista um conflito concreto instaurado por órgãos do Poder Judiciário Federal e Estadual, é possível descortinar sua existência “em potencial”. À evidência, este tema é de alto relevo para o caso, uma vez que, caso a demanda se processe perante juízo incompetente, haverá risco de nulidade processual, o que, pelo decurso do tempo, pode redundar em prescrição penal.

Portanto, a presença de um conflito virtual entre órgãos judiciais federais e estaduais, considerando as dimensões sociais que o caso mostra, torna indicada a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça para a fixação da competência, nos moldes do art. 105, I, d da Carta Magna.

Neste sentido, conforme o precedente do Plenário do Supremo Tribunal Federal:

“EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E ESTADUAL. DENÚNCIA. FALSIFICAÇÃO DE GUIAS DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUSÊNCIA DE CONFLITO FEDERATIVO. INCOMPETÊNCIA DESTA CORTE.

1. Conflito de atribuições entre o Ministério Público Federal e o Estadual. Empresa privada. Falsificação de guias de recolhimento de contribuições previdenciárias devidas à autarquia federal. Apuração do fato delituoso. Dissenso quanto ao órgão do Parquet competente para apresentar denúncia.

2. A competência originária do Supremo Tribunal Federal, a que alude a letra "f" do inciso I do artigo 102 da Constituição, restringe-se aos conflitos de atribuições entre entes federados que possam, potencialmente, comprometer a harmonia do pacto federativo. Exegese restritiva do preceito ditada pela jurisprudência da Corte. Ausência, no caso concreto, de divergência capaz de promover o desequilíbrio do sistema federal.

3. Presença de virtual conflito de jurisdição entre os juízos federal e estadual perante os quais funcionam os órgãos do Parquet em dissensão. Interpretação analógica do artigo 105, I, "d", da Carta da República, para fixar a competência do Superior Tribunal de Justiça a fim de que julgue a controvérsia. Conflito de atribuições não conhecido” (grifei).

Em conclusão, com base na fundamentação acima, não conheço do presente conflito positivo de atribuições e determino a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça para a fixação da competência judicial, nos moldes do art. 105, I, d da Constituição de 1988.

Publique-se e intime-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.355-7 (145)PROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁREU(É)(S) : SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS

- SUFRAMAADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

Vistos.Abra-se vista à Procuradoria Geral da República (art. 52, VI do

RISTF).Publique-se e intime-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 14

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.391-3 (146)PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA E

OUTRO (A/S)REU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Vistos.Digam as partes acerca das provas que pretendem produzir.Publique-se e intime-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

MED. CAUT. EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.945-2

(147)

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁADV.(A/S) : PGE-PR - SERGIO BOTTO DE LACERDAREQDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁINTDO.(A/S) : ASSEFACRE-ASSOC. SERV. SEC. EST. FAZ E COORD.

RECEITA DO ESTADOADV.(A/S) : INOCÊNCIO MARTIRES COELHO E OUTROINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA SECRETARIA DE

ESTADO DA FAZENDA E COORDENAÇÃO DA RECEITA DO ESTADO DO PARANÁ - SINDIFAZCRE/PR

ADV.(A/S) : SHIGUEMASSA IAMASAKI E OUTROS

DECISÃO: Admito, na condição de “amicus curiae”, o Sindicato dos Servidores da Secretaria de Estado da Fazenda e Coordenação da Receita do Estado do Paraná – SINDIFAZCRE-PR (fls. 1.390/1.425), eis que se acham atendidas, na espécie, as condições fixadas no art. 7º, §2º, da Lei nº 9.868/99. Proceda-se, em conseqüência, às anotações pertinentes.

Assinalo, por necessário, que, em face de precedentes desta Corte, notadamente daquele firmado na ADI 2.777-QO/SP, o “amicus curiae”, uma vez formalmente admitido no processo de fiscalização normativa abstrata, tem o direito de proceder à sustentação oral de suas razões, observado, no que couber, o § 3º doart. 131 do RISTF, na redação conferida pela Emenda Regimentalnº15/2004.

2. Após, voltem-me conclusos os presentes autos. Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.288-2 (148)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULOREQDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO

PAULO

Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, proposta pelo Governador do Estado de São Paulo, contra a Lei 12.257, de 9 de fevereiro de 2009, que instituiu a Política Pública de Reestruturação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos no Estado de São Paulo – QUALICASAS.

Narra o requerente que a Lei 12.257/2006 foi promulgada após a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo ter rejeitado o veto total oposto ao Projeto de Lei 5473/2003.

Sustenta, nesse passo, que“em consonância com as razões do veto oposto ao projeto de lei que

deu origem ao ato legislativo em referência, importa reafirmar, nesta oportunidade, o entendimento de que as leis, de iniciativa parlamentar, instituidoras de programas governamentais de observância compulsória pelo Poder Executivo, padecem de inconstitucionalidade formal”.

É o breve relatório.Decido.Devido à relevância da matéria e o seu especial significado para a

ordem social e a segurança jurídica, adoto o procedimento abreviado previsto no art. 12 da Lei 9.868/1999.

Solicitem-se informações. Após, ouça-se sucessivamente a Advocacia-Geral da União e a

Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.440-9 (149)PROCED. : PIAUÍ

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : TV RÁDIO CLUBE DE TERESINA S/AADV.(A/S) : JOAQUIM BARBOSA DE ALMEIDA NETO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ SOARES DE ALBUQUERQUE E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO ULISSES DE BRITO AZÊDO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOÃO ULISSES DE BRITO AZÊDOADV.(A/S) : MARIA RÔZELY BRASILEIRO DE JESUS DOS PASSOS

Vistos.Trata-se de ação originária que se consubstancia em agravo de

instrumento interposto perante o Tribunal de Justiça do Piauí, cuja vinda a este Tribunal Supremo tem por base o previsto no art. 102, I, n, ante o fato de mais da metade dos Desembargadores daquela Corte terem se declarado suspeitos ou impedidos para o caso.

Após analisar os autos, noto que os Agravados ajuizaram demanda indenizatória contra TV GLOBO LTDA., TV RÁDIO CLUBE DE TERESINA LTDA. e ROBERTO CABRINI, cuja causa de pedir repousa na exibição de matéria jornalística que teve como tema central um esquema de corrupção envolvendo magistrados, advogados e políticos, no Estado do Piauí.

Em 31 de janeiro de 2001, o Juízo da 3ª Vara Cível de Teresina concedeu a antecipação da tutela pleiteada para determinar que os réus se abstivessem de citar os nomes dos Agravados ou de utilizar suas imagens, até a sobrevinda de eventual decisão judicial transitada em julgado sobre o assunto (fl. 20).

Referida decisão ensejou a oferta do agravo de instrumento que inaugura esta ação (fls. 2-14) perante o Tribunal de Justiça, ocasião em que foi alegada a superioridade, em prol do interesse público, do direito de informação sobre o direito de personalidade dos citados nas reportagens.

Em seguida, aos 25 de junho de 2001, por meio de decisão monocrática, o Relator do feito suspendeu a decisão agravada (fls. 475-476), o que redundou na interposição de agravos regimentais (fls. 481-491 e 495-498), aos quais foi negado provimento (fls. 503-505 e 535-537).

Antes que o mérito do agravo fosse submetido a julgamento pela Turma, em atendimento ao requerido na petição de fls. 540-541, o Desembargador Relator negou seguimento ao recurso (fls. 544-545), sob o fundamento de não ter sido respeitada, no prazo legal, a determinação do art. 526 do CPC (comunicação ao Juízo agravado a interposição do recurso).

Esta decisão gerou a apresentação de agravo regimental (fls. 549-556) e, após sucessivas redistribuições dos autos entre os Desembargadores do Tribunal de origem, constatou-se que mais da metade de seus membros haviam se declarado suspeitos ou impedidos para julgar a ação. Por conseguinte, a competência foi deslocada ao Supremo Tribunal Federal, nos termos do artigo 102, I, n, da Constituição.

Entretanto, conforme alegado pela Procuradoria Geral da República (fls. 656-657):

“não se trata de ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados. A par de a composição do Tribunal de origem ter alterado substancialmente desde o termo inicial da ação, dos dez desembargadores que manifestaram impedimento ou suspeição, apenas um deles, o Desembargador Antônio Peres Parente é de fato impedido para julgar a causa, já que funcionou anteriormente como juiz de primeiro grau. Dois são diretamente interessados e os demais, em número de sete, declinaram por motivo de foro íntimo, o que não dá azo à competência do Supremo Tribunal Federal. Não basta afirmar suspeição, necessário apontar o interesse direto ou indireto, caso contrário será possível manipulação da competência”.

Com efeito, o preceito constitucional em foco não alberga a hipótese da recusa em julgar “por motivo de foro íntimo”, mas apenas autoriza o deslocamento da competência para a Corte Suprema nos casos em que se configure um obstáculo de cunho mais objetivo, como as hipóteses legais de impedimento ou, ainda, caso fique constatada a presença de interesse direto ou indireto dos magistrados na causa.

Não se pode negar, nesta linha, que entendimento contrário, poderia colocar em risco o princípio constitucional do juiz natural, em vista de possibilitar a manipulação da competência.

Em suma, visto não se encontrarem configuradas, de maneira inquestionável, as hipóteses do art. 102, I n, da Carta Magna, acolho o parecer da Procuradoria Geral da República para não conhecer desta ação originária e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem para fins de prosseguimento.

Publique-se e intime-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.533-2 (150)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : ROVIRSO APARECIDO BOLDO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR MARTINS CASARIN E OUTRO (A/S)REU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 15

Vistos.O pedido de antecipação da tutela já foi indeferido às fls. 455-456. Assim, estranha-se a sua reiteração às fls. 458-459, sob as mesmas

alegações, ainda que sob o requerimento de coautora diversa. Logo, tratando-se de fase processual superada, nada a decidir.Aguarde-se o julgamento da causa.Publique-se e intime-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

AÇÃO PENAL 503-4 (151)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREVISOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁREU(É)(S) : CÁSSIO TANIGUCHIADV.(A/S) : RENATO CARDOSO DE ALMEIDA ANDRADE E

OUTRO (A/S)

DESPACHO: Ouça-se o réu, para que produza alegações escritas (Lei nº 8.038/90, art. 11), no prazo de 15 (quinze) dias, eis que já se acham, nos autos, as alegações finais apresentadas pelo Ministério Público Federal (fls. 2.315/2.320).

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 2.676-1 (152)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS

EM SAÚDE, TRABALHO, PREVIDÊNCIA, SEGURIDADE E AÇÃO SOCIAL DO ESTADO DO PARANÁ - SINDPREVS/PR

ADV.(A/S) : FLÁVIO JOSÉ SOUZA DA SILVA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : RELATOR DO RECURSO ESPECIAL Nº 572274 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : SIBELE REGINA LUZ GRECCO

DECISÃO: O presente recurso de agravo - interposto mediante “fax” (fls. 635/660), a que se seguiu o encaminhamento, a este Tribunal, dos respectivos originais (fls. 663/689) - foi deduzido extemporaneamente, qualquer que seja a peça processual que se considere (“fax” e original), pois as datas nelas lançadas (fls.635 e 663) evidenciam que já se consumara, então, o trânsito em julgado da decisão ora recorrida.

O ato decisório ora impugnado foi publicado em 05/05/2005, quinta-feira (certidão a fls. 632). Desse modo, o termo final do prazo para a oportuna interposição do recurso de agravo recaiu no dia 10/05/2005, terça-feira.

Não se pode perder de perspectiva, neste ponto, que os prazos recursais são peremptórios e preclusivos (RT 473/200 - RT504/217 - RT 611/155 - RT 698/209 - RF 251/244), razão pela qual, com o mero decurso, “in albis”, do lapso temporal respectivo, extingue-se, “pleno jure”, o direito de o interessado deduzir o recurso pertinente:

“- Os prazos recursais são peremptórios e preclusivos (RT473/200 - RT 504/217 - RT 611/155 – RT 698/209 – RF251/244). Com o decurso, ‘in albis’, do prazo legal, extingue-se, de pleno direito, quanto à parte sucumbente, a faculdade processual de interpor, em tempo legalmente oportuno, o recurso pertinente.

- A tempestividade – que se qualifica como pressuposto objetivo inerente a qualquer modalidade recursal – constitui matéria de ordem pública, passível, por isso mesmo, de conhecimento ‘exofficio’ pelos juízes e Tribunais. A inobservância desse requisito de ordem temporal, pela parte recorrente, provoca, como necessário efeito de caráter processual, a incognoscibilidade do recurso interposto.”

(RTJ 203/416, Rel. Min. CELSO DE MELLO).Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente

recurso de agravo, por intempestivo.Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 8.063-3 (153)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE RECIFEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RECIFEAGDO.(A/S) : JOAB TEODORO DO NASCIMENTO

ADV.(A/S) : DANIELA SIQUEIRA VALADARESINTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00310-2008-010-06-00-4)INTDO.(A/S) : ESSENCIAL SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA LTDAADV.(A/S) : SUZANA MARIA CAMPOS MARANHÃO DE LIMA

AGUIAR

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1.Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2.Publiquem.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG.NO HABEAS CORPUS 99.628-1 (154)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MARCUS CRISTIANO DE OLIVEIRA CAMBRAIAADV.(A/S) : BRUNO CÉSAR GONÇALVES DA SILVA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 135.698 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos, etc.A página oficial do Superior Tribunal de Justiça na internet dá conta

do deferimento do HC 135.698 (objeto destes autos), na Sessão de 18/08/2009. Motivo pelo qual o presente agravo regimental perdeu o objeto.

2. Presente esta moldura, julgo prejudicado o pedido e determino o arquivamento dos autos. O que faço com apoio no inciso IX do artigo 21 do RI/STF.

Publique-se. Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG.NO HABEAS CORPUS 99.773-2 (155)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MARIO COSME MORAES BARREIRAIMPTE.(S) : MARIO COSME MORAES BARREIRAADV.(A/S) : DEIVY JOSÉ TEIXEIRAAGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 137282 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

Trata-se de agravo regimental interposto por Deivy José Teixeira em favor de MARIO COSME MORAES BARREIRA, impugnando a negativa de seguimento a habeas corpus, manejado contra decisão do Ministro Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), que indeferiu a medida liminar pleiteada no HC 137.282/RJ do Superior Tribunal de Justiça.

Sustenta, em síntese, a aplicação ao writ em exame do quanto decidido, no período de férias, pelo Ministro Presidente desta Corte, no HC 99.891/SP, ocasião em foi deferida medida liminar para assegurar ao paciente daquela impetração o direito de aguardar em liberdade até o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Alega que o ora agravante faz jus ao direito de recorrer em liberdade uma vez que é réu primário, possui bons antecedentes, tem trabalho lícito e residência fixa, além do fato de que seu recurso de apelação sequer foi apreciado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ao contrário do precedente mencionado, no qual a condenação foi mantida em segunda instância.

Afirma, também, que a decisão impugnada viola os princípios constitucionais da isonomia, da inafastabilidade do Poder Judiciário e da presunção de inocência.

Argumenta, ainda, que, com o término da instrução criminal, não mais persistem os fatores que deram ensejo ao decreto de prisão cautelar.

Requer, ao final, o provimento do recurso para que seja reconsiderada a decisão que negou seguimento a este writ, seguindo-se o seu regular processamento e julgamento.

É o relatório. Decido. Este recurso não merece seguimento. Com efeito, o agravo regimental ora sob exame revela tão somente o

inconformismo do impetrante com a decisão que lhe foi desfavorável. A simples leitura do que decidido pelo Ministro Gilmar Mendes no HC

99.891/SP revela a existência de um conjunto fático diverso do existente neste writ, conjunto este que serviu de base para a concessão da liminar requerida naquela impetração.

Ademais, a Juíza de Direito da Primeira Vara Criminal Regional de Campo Grande – Comarca da Capital/RJ, ao condenar o ora agravante, reputou permanecerem inalterados os motivos que ensejaram sua prisão cautelar durante o desenrolar da ação penal, entre os quais a existência de fortes indícios, confirmados pelo decreto condenatório, de sua participação em quadrilha armada responsável pela prática de diversos crimes em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 16

determinada região do Município do Rio de Janeiro. Por fim, impende registrar que a jurisprudência desta Corte

reconhece a competência do Relator para monocraticamente julgar recursos quando manifestamente improcedentes ou contrários à jurisprudência consolidada deste Tribunal. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RcL 5.909/AL e SS 3.641/AM, Rel. Min. Gilmar Mendes; RcL 7.840-AgR/MG, RcL 7.740/AM, AC 2.116-AgR/ES, de minha relatoria; ACO 741/SP, Rel. Min. Menezes Direito.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990, e no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento ao agravo regimental.

Arquive-se.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.671-2 (156)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKISUSTE.(S) : JUIZ DO TRABALHO DA 8ª VARA DO TRABALHO DE

GUARULHOSSUSDO.(A/S) : JUÍZA FEDERAL DA 2ª VARA FEDERAL DE

GUARULHOSINTDO.(A/S) : CORNÉLIO MELO DOS ANJOSADV.(A/S) : ADRIANO ANDRADE MARZOLAINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de conflito negativo de competência, suscitado pelo Juízo da 8ª Vara do Trabalho da 2ª Região em face da 2º Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de São Paulo, conforme decisão proferida nos autos do Processo 00758200831802005.

Cuida-se de ação ajuizada originariamente na Seção Judiciária do Estado de São Paulo por Cornélio Melo dos Anjos, em que objetiva a revisão de aposentadoria decorrente de acidente de trabalho.

A Juíza Federal da 2ª Vara entendeu por bem declarar a sua incompetência absoluta para processar e julgar o feito e determinou a remessa dos autos ao Juízo Trabalhista.

É o relatório. Passo a decidir.Bem analisados os autos, entendo não ser competência dessa Corte

dirimir este conflito. Com efeito, dispõe o art. 105 da Constituição Federal que compete ao

Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente: “d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado

o disposto no art. 102, I, o, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos”.

A exceção do art. 102, I, o, trata da competência dessa Suprema Corte para processar e julgar os conflitos instaurados entre o Superior Tribunal de justiça e qualquer outro tribunal e entre tribunais superiores, ou entre esses e outros tribunais.

É de se ver, pois, que não compete a essa Corte processar e julgar o conflito entre juízes vinculados a tribunais diversos.

Isso posto, não conheço do presente conflito de competência.Publique-se.Imediatamente após, remetam-se os autos ao Superior Tribunal de

Justiça. Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

EMB.DECL.NO AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 7.406-4 (157)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : SINDICATO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DO

ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : MAURÍCIO DE FIGUEIREDO C. DA VEIGA E OUTRO

(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - MARCOS FÁBIO DE OLIVEIRA NUSDEO E

OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : RELATOR DA RECLAMAÇÃO Nº 6568 DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERALINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM TELEMÁTICA

DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE MOGI DAS CRUZESINTDO.(A/S) : SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE CAMPINASINTDO.(A/S) : SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE SOROCABAINTDO.(A/S) : SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE RIBEIRÃO PRETOINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS ESCRIVÃES DE POLÍCIA DO ESTADO

DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS INVESTIGADORES DE POLÍCIA DO

ESTADO DE SÃO PAULO

INTDO.(A/S) : SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE SANTOS

Pet 103.363-STF/2009Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão em que

neguei seguimento aos embargos de declaração no agravo regimental nesta reclamação.

Sustenta o reclamante, em suma, o cabimento deste RE, com fundamento no art. 102, III, da Constituição, uma vez que se trataria a decisão atacada de última instância.

É o breve relatório. Passo a decidir.Bem analisados os autos, entendo manifestamente incabível este

recurso extraordinário.Isso porque a decisão atacada não se trata de última instância para

fins de interposição de recurso extraordinário.O RE é uma espécie recursal contra decisões proferidas por outros

tribunais que não o Supremo Tribunal Federal, conforme se depreende da leitura do art. 102 da Constituição, verbis:

“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:(...)II - julgar, em recurso ordinário:(...)III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em

única ou última instância, quando a decisão recorrida (...)” (grifei).Nesse sentido dispõe o art. 541 do CPC que o “recurso extraordinário

e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido” (grifos meus).

Verifico, assim, que esta petição é meramente protelatória, com o intuito apenas de impedir o trânsito em julgado da decisão que negou seguimento a esta reclamação.

Isso posto, não conheço desta petição. Publique-se.Após, certifique-se o trânsito em julgado e arquivem-se os autos.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AUT. APART. EM EXTRADIÇÃO 1.085-9 (158)PROCED. : REPÚBLICA ITALIANARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOREQTE.(S) : GOVERNO DA ITÁLIAADV.(A/S) : ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕESEXTDO.(A/S) : CESARE BATTISTIADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO GREENHALGH E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SUZANA ANGÉLICA PAIM FIGUERÊDOADV.(A/S) : GEORGHIO ALESSANDO TOMELINADV.(A/S) : ROSA MARIA ASSEF GARGIULOADV.(A/S) : LUÍS ROBERTO BARROSOADV.(A/S) : RENATA SARAIVA

DESPACHO: Intime-se o extraditando para que se manifeste, por escrito, por meio da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, sobre eventual assentimento à entrevista solicitada pelo Jornal O Estado de São Paulo (fl. 162), segundo as condições já impostas.

Oficie-se ao Sr. Subsecretário.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

EXTRADIÇÃO 1.087-5 (159)PROCED. : REINO DA ESPANHARELATOR :MIN. CARLOS BRITTOREQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHAEXTDO.(A/S) : RAFAEL LLUNA PUIG

DECISÃO: Vistos, etc.O Reino da Espanha, por meio da “Nota Verbal nº 117”, encaminhada

a esta colenda Corte pelo Ministro da Justiça do Brasil, requer a extradição de RAFAEL LLUNA PUIG, natural daquele País.

2. O pedido, feito com base no Tratado de Extradição que firmaram o Brasil e o Reino da Espanha (Decreto nº 99.340/1990), tem por fundamento mandado de detenção, expedido pela Quinta Seção da Audiência Provincial de Santa Cruz de Tenerife, Espanha. Isso porque o estrangeiro aqui requestado teria praticado os crimes de apropriação ilícita e insolvência dolosa. Delitos que, respectivamente, são apenados com 1 a 6 anos e de 1 a 4 anos de prisão.

3. Prossigo para anotar que acolhi o pedido formulado pelo Ministro da Justiça do Brasil (aviso 1002/MJ) e decretei a prisão preventiva de RAFAEL LLUNA PUIG para fins de extradição. Prisão, todavia, até a presente data não realizada, dada a não localização do extraditando no território brasileiro (fls.

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71 e 74). Notificado, pela via diplomática, para apresentar provas ou indícios de que o estrangeiro requestado estaria no Brasil, o Reino da Espanha não se manifestou. Presente esta moldura, acolho o parecer da Procuradoria-Geral da República e determino o arquivamento dos autos, revogando, é claro, o decreto de prisão.

Publique-se.Comunique-se.Intime-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 83.523-6 (160)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : RICHARD RODRIGUESIMPTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO - ESTADO DE

SÃO PAULOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos, etc.As informações prestadas pela Defensoria Pública de São Paulo dão

conta de que o objetivo principal desta impetração (concessão de regime semi-aberto - fls. 09) já foi alcançado pelo paciente.

2. Isso não obstante, a defesa insiste para que esta Suprema Corte assente o entendimento de que, “existindo na Capital Federal órgão próprio da Defensoria Pública estadual, incumbido de acompanhar os processos que tramitam em grau recursal nos Tribunais Superiores, bem como Supremo Tribunal Federal, esta deve ser intimada das decisões, assegurando-se, assim, a sua plena e efetiva atuação em prol da população carente...” (fls. 190).

3. Presente esta moldura, julgo prejudicado o pedido e determino o arquivamento dos autos (inciso IX do artigo 21 do RI/STF). O que faço ante a impossibilidade de examinar, nestes autos, a prerrogativa suscitada pela Defensoria paulista.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 94.915-1 (161)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : SANDRO FANTINEL DA SILVAIMPTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

DECISÃO: Vistos, etc.As informações de fls. 109 dão conta da extinção da pena privativa de

liberdade do paciente, por efeito do cumprimento do prazo de suspensão condicional da pena. Pelo que o habeas corpus perdeu o objeto (Súmula 695 do STF).

2. Presente esta moldura, julgo prejudicado o pedido veiculado nesta impetração. Motivo pelo qual determino o arquivamento dos autos. O que faço com apoio no inciso IX do artigo 21 do RI/STF.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 97.403-1 (162)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : PAULO REINOM VIEIRA DE AGUIARIMPTE.(S) : LUIZ ALBERTO N. BARREIRASCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 97708 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: (Petição/STF n. 71566/2009).HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

ALEGAÇÃO DE EXCESSIVA DEMORA PARA O JULGAMENTO DE HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: JULGAMENTO CONCLUÍDO. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. HABEAS CORPUS PREJUDICADO.

Relatório1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pelo

advogado LUIZ ALBERTO N. BARREIRAS em favor de PAULO REINOM VIEIRA DE AGUIAR, preso em flagrante em 13.3.2007 por suposto cometimento do crime de tráfico de drogas, contra decisão do eminente Ministro Paulo Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça, que, em 16.4.2008, indeferiu o pedido de medida liminar no Habeas Corpus n. 97.708, nos termos seguintes:

“ Trata-se de pedido de reconsideração da decisão do Ministro

Presidente que indeferiu o pedido de liminar formulado na inicial.As informações foram prestadas pelo Tribunal de origem às fls. 94/95.Verifico, desde logo, que a petição de fls. 97/104, se encontra sem a

assinatura do impetrante, tornando-se inviável, portanto, o seu processamento.

Assim, indefiro o pedido de reconsideração.Solicitem-se, ainda, informações ao Juiz de primeiro grau, que deverá

comunicar a esta Corte qualquer modificação relevante na situação processual ou prisional do paciente.

Em seguida, abra-se vista dos autos ao Ministério Público Federal” (transcrição conforme o original – fl. 150).

2. Na presente ação, o Impetrante alega a excessiva demora no julgamento do Habeas Corpus n. 97.708, cujos autos estão conclusos desde 3.6.2008 (fl. 6).

3. Este o teor dos pedidos:“LIMINARMENTE, requerer o reconhecimento, e assim, a declaração

da ilegalidade da prisão até hoje imposta ao Paciente, eis que gritante é o constrangimento ilegal pelo excesso de prazo, determinando-se, para tanto, a imediata expedição de ALVARÁ DE SOLTURA, o qual deverá ser encaminhado, imediatamente, à Penitenciária Avaré I, em Avaré/SP.

Concedida a medida em caráter liminar, requer-se o prosseguimento do feito com remessa à Douta Procuradoria Geral de Justiça e posteriormente apreciação do mérito pela Colenda Turma Julgadora, requerendo-se seja o presente habeas corpus conhecido, para o fim de ser provido, concedendo-se, no mérito, e em termos definitivos, a ordem ora pleiteada, bem assim, a determinação de urgente julgamento do HC. 87208, perante o E. Superior Tribunal de Justiça” (transcrição conforme o original - fl. 20).

4. Em 24 de março de 2009, solicitei ao Ministro Paulo Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça, informações quanto à data prevista para o julgamento do Habeas Corpus n. 97.708.

5. As informações prestadas em 6.4.2009 noticiaram que o julgamento do Habeas Corpus n. 97.708 estava previsto para o mês de maio (fl. 362).

6. Em consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça (www.stj.gov.br), tem-se notícia de que o Habeas Corpus n. 97.708 foi julgado em 23.6.2009:

“Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, julgar prejudicado em parte o habeas corpus, e na parte conhecida, denegar a ordem, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

A Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e os Srs. Ministros Og Fernandes, Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP) e Nilson Naves votaram com o Sr. Ministro Relator.

Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nilson Naves” (www.stj.jus.br).Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.7. Com o julgamento do Habeas Corpus n. 97.708, a presente

impetração está prejudicada, por perda superveniente de objeto.8.Pelo exposto, em razão das mudanças processadas no quadro

fático-jurídico após a impetração, julgo prejudicado o presente habeas corpus, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal; art. 38 da Lei n. 8.038/90; e art. 659 do Código de Processo Penal).

9. Junte-se a petição avulsa em referência.Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 97.409-1 (163)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ROBERTA LIOI VIEIRAIMPTE.(S) : MATUSALEM LOPES DE SOUZACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 122.449 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

LIMINAR INDEFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SUPERVENIENTE REALIZAÇÃO DO JULGAMENTO DE MÉRITO. PERDA DE OBJETO. HABEAS CORPUS PREJUDICADO.

Relatório1.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por MATUSALEM

LOPES DE SOUZA, advogado, em favor de ROBERTA LIOI VIEIRA, advogada, presa em flagrante em 13 de março de 2008, pela suposta prática de tentativa de estelionato e uso de documentos falsos. No presente habeas corpus, volta-se o Impetrante contra decisão do eminente Ministro Arnaldo Esteves Lima, que, em 11.12.2008, indeferiu a liminar requerida nos autos do Habeas Corpus n. 122.449 e decidiu nestes termos:

“(...)A pretensão deduzida em sede de liminar confunde-se com o mérito

desta impetração, inviabilizando seu deferimento, sob pena de contrariar entendimento deste Superior Tribunal, no sentido de que: ‘... a provisão

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 18

cautelar não se presta à apreciação da questão de mérito do writ, por implicar em exame prematuro da matéria de fundo da ação de habeas corpus, de competência da turma julgadora, que não pode ser apreciada nos limites da cognição sumária do Relator. Por outras palavras, no writ não cabe medida satisfativa antecipada’ (HC 17.579/RS, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, DJ de 9/8/2001).

Com efeito, o pedido formulado em sede de cognição sumária não pode ser deferido por relator quando a pretensão implica a antecipação da prestação jurisdicional de mérito, tendo em vista que a liminar em sede de habeas corpus, de competência originária de tribunal, como qualquer outra medida cautelar, deve restringir-se à garantia da eficácia da decisão final a ser proferida pelo órgão competente para o julgamento, quando, evidentemente, fizerem-se presentes, simultaneamente, a plausibilidade jurídica do pedido e o risco de lesão grave ou de difícil reparação.

De mais a mais, não vislumbro, ao menos em exame superficial, a plausibilidade jurídica do pedido, sobretudo nesta fase.

Lado outro, o excesso de prazo deve ser sempre examinado à luz do princípio da razoabilidade.

Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar.Intime-se.Solicitem-se informações à apontada autoridade coatora, com

esclarecimentos sobre o andamento da ação penal e envio de cópia do acórdão atacado.

Após, encaminhem-se os autos ao Ministério Público Federal para parecer.

Oportunamente, voltem-me conclusos para julgamento pela 5ª Turma do STJ (...)” (fl. 30 do Apenso 1).

2.Inconformado com a circunstância do processo-crime que tramita em desfavor da Paciente perante o Juízo da 23ª Vara Criminal da Comarca da Capital-RJ estar “paralisado desde o dia 19 de outubro de 2008” (fl. 4), foi impetrado habeas corpus no Tribunal de Justiça carioca, que denegou a ordem “com recomendação expressa ao juízo para ultimação do feito” (fl. 4).

3.Contra essa decisão, impetrou-se habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (Proc. 122.449), que indeferiu o pedido liminar por não vislumbrar “ao menos em exame superficial, a plausibilidade jurídica do pedido” (fl. 30 do Apenso 1).

4.É contra essa decisão que se insurge a presente impetração, na qual o Impetrante reitera as questões suscitadas no Superior Tribunal de Justiça, notadamente o alegado excesso de prazo da prisão cautelar da Paciente, defendendo ser possível, no caso, o afastamento da Súmula n. 691 deste Supremo Tribunal.

5.O Impetrante requer, “em caráter liminar, seja concedida a ordem, com o conseqüente relaxamento d[a] prisão [da Paciente], determinando-se ao juízo da 23ª Vara Criminal da Comarca da Capital, Rio de Janeiro, RJ, a imediata expedição de alvará de soltura” (fls. 12-13, grifos no original). No mérito, pede “a concessão da ordem com a ratificação da liminar até que sobrevenha decisão no mandamus impetrado junto ao e. Superior Tribunal de Justiça, fazendo cessar o constrangimento ilegal a que está submetida a paciente” (fl. 13, grifos no original).

6.Em 9 de janeiro de 2009, o eminente Ministro Gilmar Mendes, Presidente deste Supremo Tribunal, proferiu o seguinte despacho:

“DESPACHO: Solicitem-se informações ao Superior Tribunal de Justiça, bem como ao Juízo da 23ª Vara Criminal do Rio de Janeiro/RJ esclarecimentos sobre o atual estágio do Processo nº 2008.001.059775-4, devendo este relatar eventuais intercorrências que justifiquem a demora no processamento” (fl. 37).

7.As informações foram prestadas pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça em 28.1.2009 (fls. 44-47) e, embora requeridas diretamente ao juízo de 1º grau, foram parcialmente prestadas pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em 3.3.2009 (fls. 57-74).

8.Em 20 de março de 2009, solicitei ao Juízo da 23ª Vara Criminal da Comarca da Capital-RJ informações (fl. 79), que foram prestadas em 14.5.2009 (fls. 98-119).

9. Em consulta ao andamento processual Habeas Corpus n. 122.449, no sítio do Superior Tribunal de Justiça na Internet (www.stj.gov.br), tem-se notícia do julgamento daquela ação, verbis:

“RESULTADO DE JULGAMENTO FINAL: A TURMA, POR UNANIMIDADE, DENEGOU A ORDEM.”

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.10. Com o julgamento do Habeas Corpus n. 122.449, a presente

impetração está prejudicada, por perda superveniente de objeto.11. Pelo exposto, em razão das mudanças processadas no quadro

fático-jurídico após a impetração, julgo prejudicado o presente Habeas Corpus, por perda superveniente de objeto (Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, art. 21, inc. IX), e, por conseqüência, também julgo prejudicada a análise do requerimento de liminar por este Tribunal.

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 98.210-7 (164)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

PACTE.(S) : FERNANDO DE NAZARETH OLIVIERI SOARESIMPTE.(S) : MARCELO DA SILVA TROVÃOCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

DECISÃO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PERDA

SUPERVENIENTE DE OBJETO. HABEAS CORPUS PREJUDICADO.Relatório1.Em 17 de março de 2009, indeferi o pedido de medida liminar no

Habeas Corpus, nos termos seguintes:“1.Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado

MARCELO DA SILVA TROVÃO em favor de FERNANDO DE NAZARETH OLIVIERI SOARES, militar, contra o que indica ser ato do Presidente do Superior Tribunal Militar.

Todavia, extrai-se dos autos que a presente ação foi na realidade impetrada contra acórdão proferido no Habeas Corpus n. 2009.01.034607-4 RJ, DJE 10.3.2009.

2.O eminente Relator, Ministro General de Exército Renaldo Quintas Magioli, expôs o caso e proferiu o voto-condutor do julgado, do qual se extrai, verbis:

‘(...)1 – Cuida-se de Habeas Corpus, com pedido de Liminar, impetrado pelo Dr. Marcelo da Silva Trovão, Defensor Dativo, em favor do Marinheiro Fernando de Nazareth Olivieri Soares, o qual se encontra respondendo ao Processo n. 543/08-4, perante a 4ª Auditoria da 1ª CJM, como incurso no art. 187 do CPM.

2 – Em sua petição de fls. 02/12, afirma o Impetrante, de início, que a Denúncia ofertada contra o Paciente deveria ter sido rejeitada pelo Magistrado a quo, em face de o Parquet não ter formulado ´pedido condenatório`. Em abono dessa sua tese vestibular, argumenta que os requisitos da Denúncia elencados no art. 77 do CPPM e as hipóteses de sua rejeição alinhadas no art. 78 do mesmo Código não são taxativas, o que, segundo o seu entendimento, ensejaria a aplicação supletiva dos ditames do art. 286, primeira parte, do CPC. Ainda em favor dessa mesma tese, pondera que a apontada ausência do pedido condenatório prejudica a apuração do meritum causae, significando, ademais, negativa de vigência do art. 5º, inc. LIV e LV, da Carta da República. Em passo seguinte, destaca que, in casu, a Denuncia ofertada contra o Paciente deixou de atender também o requisito previsto na alínea ´g` do art. 77, c/c o art. 78, alínea ´a`, do CPPM, uma vez que não estaria expresso `o artigo da Lei Penal Castrense ou a indicação do crime ao qual o Parquet das armas pretende a condenação do réu, deixando assim, de fazer a classificação do crime.` Por fim, sustenta que, tendo em conta a menoridade do Paciente, a sua condição de primário e possuidor de bons antecedentes e, ainda, a circunstância de ter-se apresentado voluntariamente, uma eventual condenação que se lhe poderia impor seria necessariamente na pena mínima, ou seja, 06 meses, quantum este que, considerados os demais marcos temporais da quaestio, conduziria à conclusão de que, na hipótese, estaria operada a ´prescrição pela pena in perspectiva – pena ideal, nos termos do art. 125, VII c.c o art 129, todos do CPM.` À quisa de pedido requer a concessão da Ordem ´para, sucessivamente: a) rejeitar a denúncia ajuizada e determinar o seu arquivamento; b) decretar a prescrição da pena in perspectiva – pena ideal, nos termos do art. 125, inciso VII, c/c o art. 129, todos do CPM; c) com a rejeição da Denúncia e o seu respectivo arquivamento, seja decretada a prescrição da eventual Ação Penal, nos termos do art. 125, inciso VII, c/c o art. 129, todos do COM; d) trancar a referida Ação Penal.`

3 - O pedido veio ilustrado com os documentos de fls. 13/35.4 – A Liminar em que o Impetrante postulava o sobrestamento do

feito até o julgamento do Writ foi denegada pelo Exmo. Sr. Presidente desta Corte, pela via da Decisão acostada às fls. 39/41.

5 – As informações da autoridade indignada coatora aportaram às fls. 49/51, acompanhadas doas documentos de fls. 54/118.

6 – A Procuradoria Geral da Justiça Militar, em parecer de fls. 122/124, da lavra do Subprocurador-Geral Dr. Péricles Aurélio Lima de Queiroz, opinou pelo conhecimento do Habeas Corpus, com a consequente denegação da ordem.

7 – Relatado o suficiente decide-se.8 – Não merece acolhida a tese vestibular do Impetrante de que a

demanda estaria irremediavelmente prejudicada, por não ter o Parquet formulado explicitamente na Exordial pedido condenatório em desfavor do Paciente.

9 – Como é de sabença ampla, na órbita penal – sobretudo na sua projeção militar onde todas as ações são públicas incondicionadas – vige sem qualquer restrição o princípio da obrigatoriedade da ação. Isto é, quando é verificada a ocorrência de crime militar em tese e detectados indícios suficientes de autoria, não pode o Parquet deixar de oferecer a denúncia, a qual, por sua própria natureza, tem sempre e unicamente propósito condenatório, razão até porque não já na lei processual penal militar sequer exigência de que seja feito, de forma expressa, pedido de condenação do Autor.

10 – Destarte, o que se observa é que, na esfera do Direito Penal, o pedido condenatório está implícito em toda e qualquer denúncia, bastando, pois, crime em tese atribuído ao denunciado.

11 – Nesses termos, não há que se dizer que a ausência de pedido condenatório na denúncia pode ensejar qualquer prejuízo para a defesa ou

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 19

mesmo limitar a ação julgadora do Magistrado, posto que, repita-se, pela sua própria natureza, o seu propósito é sempre uma condenação, ainda que, não obstante, possa o parquet, no curso do processo, vir a postular pela absolvição do acusado.

12 – Ainda nesses termos, também não cabe afirmar, na ausência de regra que obrigue a denúncia a conter pedido de condenação expresso, que dever-se-ia aplicar ´supletivamente` os ditames do art. 286, 1ª parte, do código de processo civil, e assim é porque, diferentemente do direito penal em que a propositura da ação está sempre direcionada para um fim único, várias são as espécies de tutela que podem ser buscadas, na área do direito civil, com a propositura (diga-se, voluntária) de determinada demanda (provimentos declaratórios, constitutivos e até condenatórios), daí resultando a exigência de que o Autor indique precisamente o que pretende de forma certa, inequívoca e determinada.

13 – Desse modo, como se vê, o que é imprescindível na órbita do direito processual civil não é no âmbito do penal.

14 – Por outro lado, ainda como obrigatoriamente se conclui, tal ausência de pedido formal condenatório nenhum prejuízo acarretou para o Paciente, restando, pois, impositiva a aplicação da regra insculpida no art. 499 do Código de processo penal militar, a qual estabelece que não há nulidade se, do ato impugnado, não resultou qualquer efeito nocivo para as partes.

15 – Assim, nenhuma é a procedência da assertiva do Impetrante de que, in casu, estar-se-ia diante de afronta aos dispositivos insertos nos incisos LIV e LV do art 5º da Carta da República.

16 – Aliás, precisa lição sobre esse ponto inicial do thema decidendum é ofertada pelo sempre lembrado mestre Julio Fabbrini Mirabete, a qual, frise-se, mantém-se válida mesmo na atualidade, na medida em que a recente reforma processual penal nenhuma repercussão trouxe para a dicção do art. 41 do CPP, o qual, como é sabido trata justamente dos requisitos da denuncia. Assim, leciona o consagrado professor, in verbis: ´Não é indispensável o pedido de condenação, implícito em toda a denúncia, quando mencionados os dispositivos penais em que está incurso o denunciado, nem se exige, como no processo cível, o pedido de citação do réu`(in Código de Processo Interpretado, Editora Atlas, 11ª edição, 2007, p.201)

17 – Nenhuma razão, pois, assiste ao Impetrante, no que diz respeito a esse primeiro aspecto da quaestio.

18 – Superado esse primeiro ponto de inconformismo do Impetrante, impede apontar também como improcedente o seu segundo argumento de que, in casu, a denúncia não teria indicado o crime atribuído ao Paciente ou, como diz, deixado de fazer, ´a classificação do delito`. E suficiente para sustentar essa assertiva é o resgate dos seguintes fragmentos da própria exordial acostada às fls. 14/15e 85/86, ipsis litteris: ´No dia 17 de maio de 2001, por haver completado mais de oito dias de ausência ininterrupta, sem autorização superior, o denunciado consumou o delito de deserção previsto no art. 187 do Código Penal Militar(...) Em face do exposto e para que seja processado pelo delito cometido, o Ministério Público Militar requer a autuação e o recebimento desta denúncia, com a citação e o interrogatório do acusado, seguindo-se os ulteriores atos processuais até julgamento final`. (Sem grifo no original)

19 – Como se constata, precisa e clara foi a denúncia, no que diz respeito à definição e à classificação do crime atribuído ao Paciente.

20 – Por fim, também vencido esse segundo ponto da fundamentação do Impetrante, cabe afastar o que elegeu por derradeiro, qual seja, recorde-se, aquele em que sustenta que, in casu, estaria operada a prescrição da pretensão punitiva do Estado.

21 – Como se verificou, o Impetrante ampara essa sua conclusão na inaceitável teoria da pena ideal ou virtual, isto é, naquela que seria aplicada no porvir, tendo em conta o contorno do fato e o perfil do próprio autor.

22 – Trata-se, como é sabido e consabido, de teoria que carece de respaldo não só lógico, como também – e sobretudo – legal, traduzindo proposta meramente especulativa e que, por isso, não se compraz com a segurança que se espera dos provimentos judiciais penais.

23 – Frise-se que esta corte tem sistematicamente repelido a aplicação dessa teoria, servindo com excelentes mostrar desse posicionamento os seguintes precedentes(...)

24 – Portanto, nada remanesce para sustentar a pretensão deduzida pelo Impetrante. É o quanto basta. Posto isso. Acordam os Senhores Ministros do Superior Tribunal Militar, por unanimidade, em conhecer do Habeas Corpus e denegar a Ordem, por falta de amparo legal” (fls. 47-57, transcrição conforme o original).

3.No presente habeas corpus, o Impetrante reitera as questões suscitadas perante o Superior Tribunal Militar.

4.Este o teor dos pedidos:“(...) O Lapso de tempo entra a data do fato (17-05-2007) até o

recebimento da denúncia (03-11-2008 – fls.120/121) – causa interruptiva da prescrição – é superior a 1(um) ano. Portanto, evidenciada está a prescrição pela pena in perspectiva – pena ideal, nos termos do art. 125, VII, c.c art. 129, todos do CPM.

Assim, requer a V. Exa. Seja concedida liminar para cancelar a audiência designada para o dia 25-03-2009, às 13:00 Hs, pelo respeitável Exmo. Sr. Juiz – Auditor da 4ª Auditoria da 1ª CJM (proc. 543/08-4) (...)

Posto isso, requer a Vossas Excelências seja concedida a ordem, para, sucessivamente: a) desconstituir o v. acórdão ora impugnado; b) rejeitar

a denúncia ajuizada e determinar o seu arquivamento; c) decretar a prescrição da pena in perspectiva – pena ideal, nos termos do art. 125, inciso VII c.c art. 129, todos do CPM; d) com a rejeição da denúncia e o seu respectivo arquivamento, seja decretada a prescrição da eventual Ação Penal, nos termos do art. 125, inciso VI c.c art. 129, todos do Código Penal Militar; e) trancar a referida Ação Penal (...)” (fls. 13-14, transcrição conforme o original).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5. Neste exame preambular, a exposição dos fatos e a verificação

das circunstâncias presentes e comprovadas na ação conduzem ao indeferimento do pedido de liminar.

Não se comprova, de plano, ilegalidade ou abuso de poder de molde a determinar a liminar, cujo objeto – de resto – confunde-se com o pedido que impõe apreciação do mérito da impetração.

De outra parte, a fundamentação da decisão proferida pelo Superior Tribunal Militar demonstra não ocorrer manifesto constrangimento ilegal, autorizador da liminar pleiteada, notadamente porque o art. 77 do Código de Processo Penal Militar não estabelece o pedido de condenação como requisito indispensável da denúncia, e a extinção da punibilidade pelo eventual reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva estatal em perspectiva não está previsto no nosso ordenamento jurídico.

Ademais, a instrução do pedido está deficiente, pois dela não constam documentos que demonstrem o estado atual do processo-crime a que o Paciente estaria respondendo, o que se faz necessário para o perfeito exame e a conclusão sobre o caso.

Assim, patenteia-se a imprescindibilidade de exame detido, a partir dos novos elementos que vierem a ser carreados aos autos, das questões suscitadas pelo Impetrante, o que há de ser feito quando do julgamento de mérito da presente impetração, após complementada a instrução da ação e com a manifestação da Procuradoria-Geral da República.

6.Pelo exposto, indefiro a liminar.7. Oficie-se ao Juízo da 4ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária

Militar, para que – com urgência e preferencialmente por fax - preste informações pormenorizadas quanto ao alegado na impetração, fornecendo certidão ou documento que demonstre o andamento processual completo e atualizado do processo-crime promovido contra o Paciente (Proc. 543/08-4).

Remeta-se, com o ofício – a ser encaminhado também por fax – a cópia da inicial (fls. 2-14) e do presente despacho.

8.Prestadas as informações, vista ao Procurador-Geral da República (Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, art. 192) (...)” (fls. 66-71).

2.As informações foram prestadas pela 4ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar, por fax, em 27.3.2009, nos termos seguintes:

“(...) Termo de deserção de 17.05.2007 (anexo I). Em 30.05.2007 IPD registrada no Juízo sob o nº 566/07, com certidão

de nada consta (anexo II).Em 06.06.2007 promoção do Ministério Público Militar requerendo

que se aguarde a vinda do ato que excluiu o indiciado (anexo III).Em 31.07.2007 juntada a portaria de exclusão (anexo IV).Em 21.05.2008 o réu se apresentou voluntariamente na OM, sendo

encaminhado ao presídio da Marinha (anexo V).A DPU em 03.06.2008 apresentou pedido de liberdade provisória,

tendo sido encaminhado os autos ao MPM em 06.06.2008 (anexo VI).Em 10.06.2008 a Drª Ana Cristina da Silva, Promotora de Justiça

Militar, em seu parecer, manifestou-se favorável à concessão da liberdade provisória. Ainda nesta data foi juntada a TIS do indiciado ‘apto para fim serviço militar’. (anexo VII).

Por decisão de 10.06.2008 foi indeferido o requerimento da Defesa, tendo sido, porém, concedida a menagem em quartel pelo período restante, e, ainda, diligências (anexo VIII).

Em 13.06.2008 o militar SD FN FERNANDO DE NAZARETH OLIVIERI SOARES foi posto em menagem no seu quartel de origem (anexo IX).

O Ofício n. 328/GptFNRJ-NB de 17.06.2008, encaminhado ao Ministério Público Militar e juntado em 25.06.2008, encaminhou o termo de interrogatório, a portaria de reinclusão do militar uma vez que foi considerado apto (anexo X).

O Ofício n. 1937/08 de 23.06.2008 da 2ª Auditoria da 1ª CJM encaminhou cópia da denúncia do Processo n. 54/07-9 (anexo XI).

Em 04.07.2008 o MPM ofereceu denúncia e requereu a FAC (anexo XII).

Em decisão de 15.07.2008, antes de concluir a análise da denúncia, foi determinada a expedição do alvará de soltura (artigo 453 d CPPM) e diligências (anexo XIII).

Em 25.07.2008 foi juntado aos autos o alvará de soltura cumprido em 19.07.2008 (anexo XIV).

Em decisão de 03.11.2008 foi a denuncia recebida, sendo designado o dia 19.11.2008 para a qualificação e interrogatório, tendo sido o réu citado em 10.11.2008 (anexo XV).

Em 19.11.2008 foi o acusado interrogado, tendo sido requerido pelo MPM diligências, com a abertura de vista à Defesa em 24.11.2008 para apresentação das testemunhas de Defesa; o que foi feito pelo Advogado dativo, além de juntada de documentos e diligências (anexo XVI).

Em 02.12.2008 foi designado o dia 09.02.2009 para a oitiva das testemunhas e deferidas as diligências da Defesa, respondidas em parte em 03.12.2008, em 17.12.2008, em 07.01.2009 (anexo XVII).

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 20

O MPM, em vista aberta em 13.01.2009 para que se manifestasse sobre as diligências que requereu, solicitou complementação, o que foi deferido em 23.01.2009, assim como foi determinada vista à Defesa por três dias das diligências por estas requeridas (anexo XVIII).

A Defesa, em manifestação datadas de 27.01.09, apôs o seu ciente nos autos.

Em 26.01.09 encaminhada a este Juízo, a Folha de Antecedentes Criminais do acusado (anexo XIX).

Na mesma data encaminhado a este Juízo o ofício n. 11/SEJUD/SEDIL, de 23.01.09, informando que em cumprimento à decisão exarada pelo Ministro-Relator do HC n. 2009.01.034607-4, impetrado em favor do réu, pela defesa, indeferiu a liminar p[le]iteada, e na oportunidade solicitou informações essenciais à instrução do feito (anexo XX).

Através do ofício n. 115/09, de 27.01.09, este Juízo encaminha as informações pertinentes à instrução do retromencionado Habeas Corpus (anexo XXI).

Em 27.01.08, a Defesa atravessa petição requerendo que a audiência designada para o dia 09.02.09, fosse cancelada, e o processo retirado de pauta (anexo XXII).

Em despacho exarado em 06.02.09, este Juízo, considerando que haveria prejuízo para a Defesa (princípio da Ampla Defesa, além do perigo da demora) adiou a retromencionada audiência para o dia 25.03.09 (anexo XXIII).

Telex n. 22, de 06.02.09, do Eg., STM comunicando que aquele Tribunal, em sessão de 02.02.09, julgado o HC n. 2009.01.034607-4, por unanimidade, conheceu do referido remédio e denegou a ordem, por falta de amparo legal (XXIV).

Em 17.03.09, o Sr. Advogado Dativo apresentou o acompanhamento processual referente ao Habeas Corpus impetrado junto a essa Suprema Corte, tendo esse Juízo determinado a sua juntada aos autos.

Em despacho exarado em 18.03.09, este Juízo, diante da referida informação, remarcou, novamente, em caráter excepcional, a audiência designada (25.03.09), para o próximo dia 13.05.09 (anexo XXV).

Autos aguardando a realização da retromencionada audiência” (fls. 84-86 – Transcrição conforme o original).

3.O Ministério Público Federal, em 12.8.2009, manifestou-se no sentido de denegar a ordem (fl. 165).

4.Em informações complementares prestadas pela 4ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar, datadas de 8.6.2009, foi noticiado que:

“em sessão realizada no dia 13.05.2009, o Conselho Permanente de Justiça para a Marinha, julgando os autos do Processo n. 543/08-4, referente ao SD-FN FERNANDO DE NAZARETH OLIVIERI SOARES (IPD n. 566/07 – instaurada no Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro), resolveu, por unanimidade de votos, julgar improcedente a pretensão punitiva do Estado e ABSOLVER o militar acima mencionado, do crime tipificado no art. 187 do COM, com fulcro no art. 439, alínea ‘e’, do CPPM. Comunico, ainda, que a referida sentença transitou em julgado para a Defesa e para o Ministério Público Militar em 26.05.09, sendo os autos encaminhados à Auditoria de Correição, conforme preceitua o art. 30, inciso XVI, da Lei n. 8457/92” (fl. 174 – Transcrição conforme o original).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5.A decisão que absolveu o Paciente no Processo n. 543/08-4

substitui o ato aqui questionado, razão pela qual há de se ter por prejudicada a presente ação.

Nesse sentido: HC 87.289, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 6.11.2006; HC 87.827, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 23.6.2006; HC 81.755, Rel. Min. Marco Aurélio, Redator para o acórdão Ministro Joaquim Barbosa, DJ 13.5.2005; HC 91.838, Rel. Min. Gilmar Mendes, decisão monocrática, DJ 12.2.2008; HC 92.288, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 17.12.2007; HC 92.696, Rel. Min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática, DJ 29.10.2007; HC 90.522, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decisão monocrática, DJ 6.6.2007; HC 90.483, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decisão monocrática, DJ 2.5.2007; e o RHC n. 88.469-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 6.11.2006.

6.Pelo exposto, em razão das mudanças processadas no quadro fático-jurídico após a impetração, julgo prejudicado o presente habeas corpus, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e art. 659 do Código de Processo Penal).

Arquive-se.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 99.288-9 (165)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : EVERSON NADOLSKISIMPTE.(S) : ANTONIO RICARDO COLA COLLETECOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO1. Em razão da certidão de fl. 119, reitere-se o Ofício n. 6907/R, de

2 de julho de 2009 (fl. 54), na pessoa do Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Desembargador Roberto Antônio Vallim Bellocchi, para que, com urgência, envie cópia do acórdão – se houver – ou preste informações pormenorizadas sobre o Habeas Corpus n. 990.08.127714-0.

2. Remeta-se, com o ofício – a ser enviado com urgência e por fax –, a cópia da inicial (fls. 2-9), das decisões de fls. 31-35 e 41-42 e do presente despacho.

Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 99.368-1 (166)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : MILTON PAIVA JUNIORIMPTE.(S) : LUIZ FERNANDO ADAMI LATUFCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: As informações prestadas pelo MM. Juiz de Direito da Segunda Vara Criminal e do Júri da comarca de Itu/SP evidenciam que não mais subsiste a situação versada nos presentes autos, eis que “(...) foi deferida a liberdade provisória ao paciente em 30 de junho de 2009 (...)” (fls. 62).

A ocorrência desse fato assume relevo processual, eis que faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo de “habeas corpus”, em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse entendimento encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/RJ, Rel. Min.NÉRIDA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC84.077/BA, Rel. Min. GILMAR MENDES - RHC 82.345/RJ, Rel. Min.MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, dentre outras, as seguintes decisões que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:

“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em conseqüência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“- A superveniente modificação do quadro processual, resultante de

inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em conseqüência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicada a presente ação de “habeas corpus”, em virtude da perda superveniente de seu objeto, inviabilizando-se, em conseqüência, a apreciação da postulação cautelar deduzida pela parte ora impetrante.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 99.432-6 (167)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : LUCAS ALEX DOS SANTOSIMPTE.(S) : LUCAS ALEX DOS SANTOSADV.(A/S) : LUIZ CLÁUDIO AMERISE SPOLIDOROCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 137.054 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

JULGAMENTO CONCLUÍDO. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. HABEAS CORPUS PREJUDICADO.

Relatório1. Habeas Corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por

LUCAS ALEX DOS SANTOS, em benefício próprio, contra decisão da eminente Ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça, que, em 4.6.2009, expôs o caso e indeferiu o pedido de medida liminar requerido no Habeas Corpus n. 137.054, nos termos seguintes:

“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor LUCAS ALEX DOS SANTOS, contra decisão proferida pelo Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que indeferiu a liminar na ordem originariamente impetrada (HC n.º 990.09.105802-5).

Narra o impetrante que, em 23.04.2009, o paciente foi preso em

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 21

flagrante delito pela suposta prática das condutas previstas nos artigos 180 e 288, ambos do Código Penal.

Aduzindo ausência dos requisitos ensejadores da custódia cautelar, a Defesa pleiteou a liberdade provisória do paciente, tendo a magistrada singular assim se manifestado(fl. 53):

O pedido de liberdade provisória será reapreciado com a vinda dos autos do inquérito.

Irresignado, impetrou prévio writ perante o Tribunal Estadual, cuja liminar foi indeferida, o que ensejou a impetração do presente habeas corpus.

Alega, em síntese, estar caracterizada patente ilegalidade do ato coator, capaz de excepcionar o verbete sumular n. 691 do Supremo Tribunal Federal. Aduz que, quando de sua prisão em flagrante, sequer tinha dado início ao trabalho de carga e descarga de mercadorias, contexto em que teria ocorrido a prática do ato delituoso.

Acrescenta que tanto o auto de prisão em flagrante quanto a decisão objurgada estão dissociados de elementos concretos que demonstrem a necessidade de segregação cautelar do paciente, e que a simples gravidade abstrata do delito não é suficiente para ensejar o cerceamento de sua liberdade.

Sustenta, outrossim, ser o paciente supostamente primário, portador de bons antecedentes e ‘pai de família’ (fl. 13), além de possuir residência fixa e trabalho honesto.

Por fim, concluiu que não estão presentes quaisquer dos requisitos ensejadores da prisão preventiva, sequer havendo indícios de autoria e materialidade do delito.

Requer, liminarmente, a expedição de alvará de soltura em favor do paciente. No mérito, pugna pela confirmação do pleito liminar.

É o relatório.Em princípio, cumpre salientar que a presente impetração se insurge

contradecisão que indeferiu pleito liminar formulado em prévio writ, o que, a

teor da jurisprudência desta Corte e do enunciado n. 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, ensejaria, inclusive, o indeferimento liminar deste habeas corpus. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: HC 45.744/SE, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJ de 5/12/2005; HC 52.187/MS, Rel. Min. HÉLIO QUAGLIA BARBOSA, DJ de 15/5/2006.

No presente caso, ao menos em um juízo de cognição sumária, entendo que não se justifica a atuação desta Corte Superior antes do julgamento do mérito do prévio writ pelo Tribunal de origem. A decisão impugnada consignou que ‘a liberdade provisória não prescinde de exame minudente acerca do preenchimento de requisitos objetivos e subjetivos típicos desse instituto, assim como a análise da presença, ou não, dos requisitos legais

autorizadores da custódia provisória’ (fl. 55), reservando ao mérito da impetração a análise da legalidade da manutenção da custódia, o que, por si só, não constitui manifesto constrangimento ilegal capaz de excepcionar a aplicação do referido verbete sumular.

Ademais, verifica-se que o pedido liminar confunde-se com o próprio mérito da impetração, cuja apreciação é, por ora, inoportuna, devendo ser realizada pela Turma julgadora. Nesse sentido:

[...] a provisão cautelar não se presta à apreciação da questão de mérito do writ, por implicar em exame prematuro da matéria de fundo da ação de habeas corpus, de competência da turma julgadora, que não pode ser apreciada nos limites da cognição sumária do Relator. Por outras palavras, no writ, não cabe medida satisfativa antecipada. (HC 17.579/RS, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJ 09.08.2001.)

Ante o exposto, indefiro o pedido liminar.Solicitem-se informações à autoridade apontada como coatora e ao

Juízo de primeiro grau, encarecendo o envio dos documentos indispensáveis ao julgamento do presente writ.

Esclareça o Juízo de primeiro se, com a chegada dos autos do inquérito policial, houve reapreciação do pedido de liberdade provisória.

Após, encaminhem-se os autos ao Ministério Público Federal para parecer(...)” (transcrição conforme o original – fls. 29-30).

2. Essa é a decisão objeto da presente ação. Esta ação foi ajuizada contra a decisão do Superior Tribunal de

Justiça, embasada na Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, que indeferiu o pedido de media liminar. Por sua vez, a ação impetrada no Superior Tribunal de Justiça tinha como objeto o indeferimento de medida liminar em outro habeas corpus impetrado no Tribunal de Justiça de São Paulo.

3. Na presente ação, repetem-se as questões suscitadas no Superior Tribunal de Justiça, e o Impetrante defende a possibilidade de se abrandar a aplicação da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal à espécie vertente.

O Impetrante/Paciente alega que, “além de primário, não ofereceu resistência, não se encontrava armado, não havia dado início a nenhuma descarga, desconhecendo seu conteúdo” (fl. 3), e ainda que, “contrariamente ao sustentado pelo representante do Ministério Público da Comarca de Cabreúva, não há sequer indícios da materialidade e autoria do delito por parte do paciente e, portanto, ausente a fumaça do bom direito e o perigo da mora a dar ensejo à manutenção de sua prisão” (fl. 21).

Sustenta, ainda, que “é trabalhador de carga e descarga de mercadorias, como tantos outros, procurados por caminhoneiros, foi contratado para tal mister e, sem que houvesse consigo mercadorias, posto que sequer havia dado início ao trabalho para o qual foi contratado, ou

mesmo indícios de participação em qualquer ato delituoso, tanto que não resistiu à prisão, tendo bons antecedentes e primariedade, além de residência fixa, está encarcerado e, com isso deixando de dar o sustento necessário à sua família, como se fosse ele sujeito capaz de trazer qualquer tipo de prejuízo ou desassossego à sociedade” (fl. 15).

Cita decisões nas quais foi afastada a incidência da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal e ressalta que “é do conhecimento deste profissional do Direito que não cabe habeas corpus contra indeferimento liminar formulado perante o Tribunal de origem, a não ser em caso de ilegalidade patente (...). E o presente ‘mandamus’ ataca exatamente a ilegalidade e o constrangimento ilegal patente perpetrados contra o paciente pela decisão da senhora Ministra relatora e ora guerreada” (grifos no original - fl. 5).

4. Este o teor dos pedidos:“a) o recebimento deste, deferida a concessão imediata da liberdade

ao paciente em razão da inexistência de motivos que autorizem a decretação da prisão preventiva, previstos nos artigos 310 e 312 do Código de Processo Penal, em especial dada a inexistente de comprovação de periculosidade, obstrução da instrução criminal ou elementos objetivos a ensejar a sua privação de liberdade, e, em especial, a materialidade e autoria;

b) por outro lado, para a manutenção da prisão cautelar, não basta a gravidade abstrata do crime, além dos fundamentos de direito acima expedidos e jurisprudências citadas;

c) expedição de alvará de soltura liminarmente, e de ofício, acolhida a aplicação no caso concreto a excepcionalidade do verbete da Súmula 691 do STF, dada a patente ilegalidade do ato, com a posterior manifestação do ilustre representante do Ministério Público” (fl. 26-27).

5. Em 10 de junho de 2009, o Impetrante/Paciente informou que “a liberdade provisória objeto do ‘writ’ foi concedida em data de 10 de junho de 2009, pelo MM. Juiz de Direito da Vara Criminal de Jundiaí, conforme cópia que segue anexa” (fl. 88). A decisão tem o seguinte teor:

“Recebo a denúncia formulada em face de Edson Alves Silva (Código Penal, artigos 157, parágrafo 2º, incisos I, II e V, 180, caput e 288, caput), de Roberto Souza Lopes (Código Penal, artigos 180, caput e 288, caput) e de Bartolomeu Francelino, Alcides de Jesus Machado, Domingos Moura da Silva, João Batista Andrade de Lira, Thalys de Oliveira Mesquita e de Lucas Alex dos Santos(Código Penal, artigo 288, caput). A materialidade dos crimes restou comprovada e há indícios da autoria imputada aos acusados (justa causa para a propositura da ação penal).

Entretanto, tendo em vista a proposta feita pelo representante do parquet (em favor dos co-réus Alcides, Domingos, João Batista, Thalys e Lucas – Lei n. 9.099/95, artigo 89), determino o desmembramento do processo, para que não se cause prejuízos aos demais envolvidos (ou seja, nestes autos, o processo seguirá tão-somente em relação aos co-réus Edson Alves Silva, Roberto Souza Lopes e Bartolomeu Francelino). Além disso, e também pelas mesmas razões, CONCEDO a Alcides de Jesus Machado, Domingos Moura da Silva, João Batista Andrade de Lira, Thalys de Oliveira Mesquita e Lucas Alex dos Santos os benefícios da liberdade provisória, mediante o compromisso de acompanhamento do processo (...).

Expeçam-se, in continenti, alvarás de soltura clausulados em favor dos co-réus Alcides de Jesus Machado, Domingos Moura da Silva, João Batista Andrade de Lira, Thalys de Oliveira Mesquita e Lucas Alex dos Santos (...)” (transcrição conforme o original - fl. 91-92).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.6. Com a decisão que concedeu a liberdade provisória ao ora

Impetrante/Paciente a presente impetração está prejudicada, por perda superveniente de objeto.

7.Pelo exposto, em razão das mudanças processadas no quadro fático-jurídico após a impetração, julgo prejudicado o presente habeas corpus, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal; art. 38 da Lei n. 8.038/90; e art. 659 do Código de Processo Penal).

Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 99.716-3 (168)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ADRIANO SILVEIRA ANELEIMPTE.(S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 105.178 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO:HABEAS CORPUS – CONSTITUCIONAL - PROCESSUAL PENAL –

ALEGAÇÃO DE EXCESSIVA DEMORA PARA O JULGAMENTO DE HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: JULGAMENTO EFETUADO. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. HABEAS CORPUS PREJUDICADO.

Relatório1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, em favor de ADRIANO SILVEIRA

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 22

ANELE, no qual se alega demora no julgamento do Habeas Corpus 105.178, de relatoria do eminente Ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça.

2. Alega a Impetrante que:“Em 28.04.08 foi distribuído e, no mesmo dia, encaminhado à

conclusão do Relator o Habeas Corpus 105.178, junto à Sexta Turma do STJ.Em 12.05.08 foi aberta vista ao Ministério Público Federal, que, em

19.05.08, devolveu os autos do processo com o devido parecer.Foram os autos conclusos ao Relator em 04.06.08, permanecendo os

autos há mais de um ano sem qualquer movimentação, exceto as saídas para a Secretaria para juntada de petição da defesa com pedido de preferência no julgamento” (Transcrição conforme o original – fl. 2v.).

Sustenta, ainda, que o excesso de prazo no julgamento do habeas corpus “fere o princípio constitucional do devido processo legal, que pressupõe a célere prestação jurisdicional, especialmente quando o bem jurídico em questão é a liberdade do cidadão” (fl. 3).

3.Em 3 de agosto de 2009, solicitei ao Ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, informações quanto ao alegado na impetração - notadamente se haveria data prevista para o julgamento do Habeas Corpus n. 105.178 (fls. 8-9).

4.Em 21 de agosto de 2009, o Ministro Og Fernandes informou que o Habeas Corpus n. 105.178 foi julgado em 18.8.2009, sendo a ordem “concedida para cassar o acórdão recorrido (Agravo em Execução nº 70022689830) e restabelecer a decisão de primeiro grau que concedeu o benefício do indulto ao paciente, declarando extinta a pena privativa de liberdade” (fl. 29)

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.5.Com o julgamento do Habeas Corpus n. 105.178, a presente

impetração está prejudicada, por perda superveniente de objeto.6.Pelo exposto, em razão das mudanças processadas no quadro

fático-jurídico após a impetração, julgo prejudicado o presente Habeas Corpus, por perda superveniente de objeto (Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, art. 21, inc. IX; art. 38 da Lei nº 8.038/90; e art. 659 do Código de Processo Penal).

Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 99.972-7 (169)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ANDREA PEREIRA DE SOUZA BILINSKIIMPTE.(S) : ROBERTO PODVAL E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Manifeste-se o Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 100.196-7 (170)PROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : CARLOS GUILHERME SANTOS MACHADOIMPTE.(S) : THIAGO BRUGGER BOUZACOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

PRESSUPOSTOS PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. LIMINAR INDEFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por

THIAGO BRUGGER BOUZA, advogado, em favor de CARLOS GUILHERME SANTOS MACHADO, contra decisão do eminente Ministro Cesar Asfor Rocha, Presidente do Superior Tribunal de Justiça, pela qual, em 27.7.2009, indeferiu liminar requerida no Habeas Corpus 143.028, nos termos seguintes (publicação da decisão no DJ de 18.8.2009):

“Habeas corpus com pedido de liminar impetrado em favor de Carlos Guilherme Santos Machado, contra decisão de relator no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba que decretou e indeferiu pedido de revogação de prisão preventiva (Processo n. 999.2009.000338/001).

Narram os impetrantes que o paciente, Promotor de Justiça do Estado da Paraíba, foi ‘preso preventivamente e afastado de suas funções em razão de fatos cujos desdobramentos foram inteiramente distorcidos pela alta cúpula da Instituição, no Estado do Paraíba, com a adoção de métodos de investigação nada ortodoxos, tais como manipulação de depoimentos, intimidação e condução coercitiva de testemunhas sem autorização judicial’ (fl. 3).

Relatam na impetração a atuação do paciente quando ocupava o cargo de Promotor de Justiça no Estado do Rio Janeiro, tendo ele, segundo afirmam os impetrantes, desempenhado suas atividades com seriedade no combate ao crime organizado e à violência urbana.

Registram que ‘a decisão ora combatida e o tratamento que a mídia local tem emprestado ao caso impuseram ao paciente indelével condenação social, nada obstante ser ele um homem de bem e milite em seu favor a garantia constitucional que impõe a inarredável presunção de inocência’ (fl. 6).

Aduzem que o paciente, em 14 de junho de 2009, envolveu-se em uma discussão com o irmão de sua namorada, que culminou com um disparo, efetuado em legítima defesa, para o chão, cujo projétil atingiu o pé do cunhado, o qual só então cessou os ataques verbais e manteve distância do paciente. Após o ocorrido, narram os impetrantes, o ora paciente se retirou do local com sua namorada e comunicou o incidente às autoridades competentes.

Dizem que, a partir de tal fato, a vida do paciente tornou-se um inferno diante de sua condição de Promotor de Justiça, tendo o caso tomado proporções gigantescas, com a divulgação de fatos que jamais ocorreram, como o de ter ele, no momento da discussão, apontado uma arma para uma criança de 9 (nove) anos portadora de síndrome de down.

Afirmam que, após a exploração dos fatos pela mídia, o Conselho Superior do Ministério Público se reuniu e determinou o afastamento sumário e imediato do paciente de suas funções na Comarca de Cajazeiras, sem que lhe fosse facultado o exercício do direito de ampla defesa.

Alegam que o paciente acompanhou sua namorada, Fernanda Silva a fim de que ela prestasse os devidos esclarecimentos sobre o episódio, tendo sido inexplicavelmente proibida pelos membros da Comissão de Inquérito a presença dele ou a de um advogado, o que configurou flagrante ilegalidade e abuso de poder. Dizem que a jovem sofreu tortura psicológica para que fosse prejudicado o paciente, ao qual ela relatou que a Comissão a pressionou para que modificasse sua versão dos fatos. Em razão disso, ele levou a jovem consigo, não consentindo que assinasse o termo de depoimento.

Anotam que se instaurou o Procedimento Investigatório Criminal n. 0001/2009/PGJ e que foi encaminhado ao TJPB pedido de medida cautelar de busca e apreensão na residência do paciente, onde foram encontrados uma espingarda, uma pistola, munições e medicamentos para uso pessoal. Esclarecem que as armas têm origem comprovadamente lícita, não caracterizando tal fato nenhuma infração penal e que os medicamentos são para consumo próprio do paciente.

Informam, ainda, que o Procurador-Geral de Justiça pediu a prisão preventiva do ora paciente, o que foi acolhido pelo Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Nilo Luis Ramalho Vieira (fls. 55-59). O mandado de prisão foi cumprido em 10 de julho de 2009.

No que se refere ao pedido de prisão preventiva, extraem-se da impetração os seguintes argumentos:

‘Em primeiro lugar, os crimes de violação de domicílio e sequestro e cárcere privado são frutos da mais pura criação mental dos requerentes, uma vez que em momento algum o Paciente pretendeu entrar na residência de Patrício Silva, que o proibiu de encontrar-se com sua irmã, a qual, de resto, jamais foi privada de sua liberdade, como ela própria afirmou, por diversas vezes.

Os crimes de posse irregular ou ilegal de arma de fogo de uso permitido ou proibido, por sua vez, também não encontram a mais mínima adequação típica, uma vez que as armas e munições apreendidas são registradas, têm origem lícita e, além disso, são condutas com materialidade temporária, à luz do que preceitua a Lei n. 11.922/09, como exposto anteriormente.

Com relação à pretensa violação à Lei de Entorpecentes, a simples cogitação de tal infringência representa verdadeira heresia jurídica, na medida em que os medicamentos apreendidos na residência do Paciente são de uso permitido, ainda que sujeitos à prescrição médica. No mais, são destinados ao consumo próprio, sendo teratológico falar na ocorrência de delito de tal gravidade.

..........................................................Em suma, todos os crimes imaginados pelo órgão de acusação não

resistem a um sopro de juridicidade. Como se percebe, a profusão de delitos e a inusitada assinatura no pedido de dezoito Procuradores de Justiça parecem, em verdade, objetivar robustecer o equivocado e injusto requerimento prisional do paciente, que teve sua liberdade suprimida por decreto carente de fundamentação...’ (fls. 18-20).

Sustentam os impetrantes que o decreto de prisão é carente de fundamentação e absolutamente desnecessária a segregação do paciente. Alegam que a prisão cautelar representa uma violência jurídica, uma vez que não estão presentes os requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.

Informam que o paciente comunicou ao Corregedor-Geral do Ministério Público seu novo endereço para fins de intimação nos processos vindouros, o que demonstra a sua boa conduta perante a instituição e a ausência de qualquer intenção de se subtrair à aplicação da lei penal.

Argumentam que ele foi afastado de suas funções no Parquet não obstante sua carreira ser marcada por incontáveis elogios e atuações no combate ao crime organizado, o que descaracteriza a alegação de que tumultuaria a instrução criminal.

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 23

Aduzem, ainda, que o paciente é ‘primário, de ótimos antecedentes, prestou incontáveis serviços à sociedade onde estava inserido, sendo vítima de perseguição institucional, à conta de fatos de menor relevância, não fosse a ira do cunhado, que mobilizou a mídia em seu desfavor, lançando mão de fantasiosa versão, já rechaçada pela própria família da suposta vítima’ (fl. 25).

Pedem, liminarmente e no mérito, a restituição da liberdade dopaciente.Passo a decidir.Em exame preliminar, não se verifica, de plano, o constrangimento

ilegal apontado, pois os motivos expostos nas decisões do Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba mostram-se, em princípio, suficientes para fundamentar e manter a prisão cautelar do paciente. Confiram-se, a propósito, os fundamentos da decisão que decretou a prisão cautelar:

‘A prisão preventiva como medida excepcional, por restringir a liberdade do indivíduo antes de uma sentença transitada em julgado, necessita para sua decretação a observância de circunstâncias que demonstrem ser a prisão cautelar imprescindível para garantir o bem estar da sociedade.

Exige-se para a adoção da medida, prova do crime e indícios de autoria (fumus boni iuris), além da presença de algumas das hipóteses elencadas no artigo 312 do Código de Processo Penal - além da garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal (periculum in mora).

In casu, existem provas de crimes praticados, entre os quais podemos citar que ao acusado atribui-se o fato de ter desferido um tiro de arma de fogo contra a vítima Patrício Silva, provocando neste lesões corporais de natureza gravíssima. Na mesma ocasião, teria o acusado apontado a referida arma para uma criança de 10 (dez) anos, portadora de ‘síndrome de down’, fazendo-lhe ameaças de morte, como se extrai do termo de depoimento de fls. 32 e laudo de exame de ofensa física de fls. 25.

Outrossim, verifica-se que no momento do cumprimento da medida judicial de busca e apreensão nas residências do investigado, constatou-se que o mesmo possuía grande quantidade de medicamentos (drogas) de uso proibido, conforme art. 31, parte final e 66, da Lei 11.343/06, bem como, portaria SVS/MS 344/98, caracterizando a materialidade do delito tipificado no artigo 33, do referido diploma legal.

Em uma das residências do acusado, foi apreendido uma arma de fogo calibre 12, marca CBC com número de série 116750, contudo apurou-se que a numeração encontra-se registrada em outra arma, um rifle, calibre 22, de marca BRNO, pertencente ao Sr. Aécio Rogério Pereira da Silva, o que denota a infração do artigo 12, da Lei 10.826/03.

Como se não bastasse os fatos acima, já suficientes para o preenchimento do requisito da materialidade e indícios de autoria, verifica-se que foi encontrado em sua residência, na cidade de Cajazeiras, duas placas frias: a primeira FOX 2003, Rio de Janeiro-RJ, na verdade seria um veículo GM/KADETT GSI MFI, originário da cidade de São Paulo-SP e a segunda LNC 7982, de Niterói-RJ, seria um Fiat/Uno Mille EX, da cidade de JI PARANÁ-RO.

Por fim, atribui-se ao acusado o delito de cárcere privado da pessoa de Fernanda Silva Batista, fato que ainda está sob apuração.

Verificada a materialidade e indícios de autoria, passo a análise dos pressupostos da medida.

Diante de um rol extenso de crimes e ainda a gravidade de tais delitos, todos atribuídos a um Promotor de Justiça, pessoa que tem o dever de zelar pelo cumprimento da lei, inegável que tal fato tenha ocasionado um clima de instabilidade na cidade de Cajazeiras-PB, ameaçando a ordem pública e gerando uma situação de incredibilidade nos poderes constituídos.

Desse modo, a fim de garantir a ordem pública, sobretudo restaurar a credibilidade da sociedade local nesta instituição - Ministério Público - e na própria Justiça, imprescindível a adoção da medida.

Por outro lado, a prisão mostra-se necessária também para assegurar a instrução criminal, pois é natural que as pessoas temam em prestar depoimento contra o acusado, pela posição que o mesmo ocupa, fato inclusive noticiado no termo de depoimento de fls. 32.

Do contrário, estando o promotor de justiça, ora acusado, em liberdade tem ele (em virtude da própria função de fiscal da lei na comunidade em que ele exerce suas atribuições funcionais), o poder de dificultar a apuração dos fatos criminosos contra si atribuídos, fato que por si só justifica o decreto para objetivar a aplicação da lei penal.

Ademais, a ordem pública se encontra ameaçada face o poder que emana da referida autoridade ministerial, causando um estado de insegurança na ordem social do município, pois ninguém desconhece o verdadeiro ‘poder’ que um Promotor de Justiça tem e exerce em uma comunidade interiorana (fls. 57-58).

Já a decisão que indeferiu o pedido de revogação da prisão do paciente traz a seguinte motivação:

‘Estando a materialidade do crime devidamente comprovada e existindo indícios suficientes de autoria, resta, nesta fase processual, apenas examinar se o pedido preenche as condições enumeradas no artigo 312 do Código de Processo Penal.

Assim, entendi que o Promotor de Justiça, Carlos Guilherme Santos Machado, por ser uma autoridade vinculada ao Ministério Público, goza de privilégio e exerce liderança em uma comunidade do interior do Estado,

formada por pessoas simples e, na sua maioria, humildes.Um crime cometido por uma pessoa do povo não tem a mesma

dimensão dentro da sociedade como um crime praticado por uma autoridade constituída. Nas pequenas comunas, a autoridade, além do dever funcional de trabalhar com honestidade e independência, também tem a obrigação de se comportar, no seio da sociedade, dentro de parâmetros de vida ilibada, observando os bons costumes. Dessa forma, quando uma autoridade comete um crime desestabiliza as estruturas da sociedade, em maior grau de lesão daquela produzida por uma pessoa do povo.

Além do mais a prerrogativa funcional também pode exercer muita influência sobre as pessoas e acima de tudo causar uma pressão sobre as testemunhas. Por consequência, não é de se ignorar que, estando um agente público em liberdade, as chances de exercer influência na instrução criminal é uma circunstância evidente, tornando-se conveniente seu afastamento preventivo para não se causar nenhum obstáculo na apuração da prova e demais fatos necessários à instrução criminal.

Não resta dúvida que tal afastamento é condição essencial para que a sociedade não se desorganize e a ordem pública não se desestabilize. É de se ressaltar que, conforme fundamentado na decisão de fis. 109/112, a liberdade do paciente, no momento, só contribuiria para a intranquilidade da população da comunidade onde atua.

Frise-se que a necessidade da prisão cautelar é necessária para aplicação penal, tendo em vista que é de conhecimento geral que o Ministério Público é o 'dominis litis', e como tal, e por si só, pode inibir a aplicação daquela.

Com base nesses argumentos, conclui pela presença dos requisitos autorizadores para o deferimento do pedido preventivo (fumus boni juris e periculum in mora).

O requerimento de revogação da custódia preventiva (fis. 120/139), muito bem redigido e fundamentado, narra fatos relevantes, mas que dizem respeito diretamente ao mérito da causa. Tais matérias serão apreciadas durante a instrução criminal, na qual será assegurada ao requerente todo o direito e plenitude da ampla defesa, possibilitando ao mesmo a segurança no julgamento’ (fl. 31-32).

As transcrições revelam que há indícios de autoria e materialidade, que os fatos a serem apurados são graves e que a prisão cautelar foi decretada e mantida para a garantia da ordem pública e para a conveniência da instrução criminal. Neste momento, portanto, não vislumbro flagrante ilegalidade.

Por outro lado, o acolhimento das teses defensivas, bem como da dinâmica dos fatos narrados, apresentadas na impetração demandam, em princípio, revisão aprofundada de fatos e provas, o que não se admite nesta estreita via.

Finalmente, as condições pessoais favoráveis ao paciente, tais como primariedade, bons antecedentes, residência fixa e profissão lícita, não garante o direito à revogação da custódia cautelar, quando presentes os requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal. Nesse sentido: HC n. 101.600/PB, publicado em 24.11.2008, relator Ministro Jorge Mussi; HC n. 107.994/PA, publicado em 11.9.2008, relator Ministro Felix Fischer; e RHC n. 22.287/MS, publicado em 1°.12.2008, relator Ministro Napoleão Nunes, dentre outros.

Ante o exposto, indefiro a liminar.Solicitem-se informações.Após, ao Ministério Público Federal” (fls. 33-39).2. Na presente ação, o Impetrante reitera as questões suscitadas no

Superior Tribunal de Justiça, no qual, insista-se, a tramitação do habeas ali impetrado teve apenas o seu início e está em fase de prestação de informações, e sustenta que:

“Nesse contexto, dramática é a situação vivenciada pelo Promotor de Justiça Carlos Guilherme Santos Machado, preso preventivamente e afastado de suas funções em razão de fatos cujos desdobramentos foram inteiramente distorcidos pela alta cúpula da Instituição, no Estado da Paraíba, com a adoção de métodos de investigação nada ortodoxos, tais como manipulação de depoimentos, intimidação e conduta coercitiva de testemunhas sem autorização judicial.

(...) Não bastassem toda a iniquidade e perversidade praticadas pelos integrantes do Ministério Público do Estado da Paraíba – dirigidas não apenas ao Paciente, como se relatou linhas acima – foi requerida, também pelo Parquet Estadual, no dia 8 de julho de 2009, a prisão preventiva do Paciente, adequando-se os fatos em apuração, segundo os subscritores do pleito, aos tipos penais dos artigos 129, § 2º, inciso IV; artigo 150 e artigo 148, inciso III do Código Penal; artigo 33 da Lei nº 11.343/06 e artigos 12 e 16 da Lei nº 10.826/03.

É de pasmar a profusão de delitos cogitados.Em primeiro lugar, os crimes de violação de domicílio e sequestro e

cárcere privado são frutos da mais pura criação mental dos requerentes, uma vez que em momento algum o Paciente pretendeu entrar na residência de Patrício Silva, que o proibiu de encontrar-se com sua irmã, a qual, de resto, jamais foi privada de sua liberdade, como ela própria afirmou, por diversas vezes.

Os crimes de posse irregular ou ilegal de arma de fogo de uso permitido ou proibido, por sua vez, também não encontram a mais mínima adequação típica, uma vez que as armas e munições apreendidas são registradas, têm origem lícita e, além disso, são condutas com materialidade

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 24

temporária, à luz do que preceitua a Lei nº 11.922/09, como exposto anteriormente.

Com relação à pretensa violação à Lei de Entorpecentes, a simples cogitação de tal infringência representa verdadeira heresia jurídica, na medida em que os medicamentos apreendidos na residência do Paciente são de uso permitido, ainda que sujeitos à prescrição médica. No mais, são destinados ao consumo próprio, sendo teratológico falar na ocorrência de delito de tal gravidade.

De resto, é no mínimo leviano afirmar que Patrício Silva teria sofrido lesões corporais gravíssimas, uma vez que sua própria irmã afirmou, em alto e bom som, que ‘ao saber disso, mantive contato com minha mãe, que me informou que Patrício realmente havia se ferido, mas que não houve gravidade, já tendo sido liberado do hospital’.

Em suma, todos os crimes imaginados pelo órgão de acusação não resistem a um sopro de juridicidade. Como se percebe, a profusão de delitos e a inusitada assinatura do pedido de dezoito Procuradores de Justiça parecem, em verdade, objetivar robustecer o equivocado e injusto requerimento prisional do Paciente, que teve sua liberdade suprimida por decreto carente de fundamentação (...).

Em que pese a justeza e a razoabilidade do pedido, a liminar requerida foi indeferida por decisão monocrática exarada pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça, no exercício do plantão judiciário, Ministro Cesar Asfor Rocha – ora apontado como autoridade coatora -, que limitou-se a transcrever a fundamentação do decreto prisional combatido, sem, como seria de mister, expor as razões de seu convencimento, justificando-se, assim, a impetração do remédio heróico perante a Suprema Corte.

(...) Percebe-se, pois, que a fundamentação utilizada pelo Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba mantida pela autoridade coatora atentam frontalmente contra a jurisprudência consolidada pela Corte, situação a reclamar, sem sombra de dúvida, contexto de excepcionalidade a ensejar o afastamento da regra contida na Súmula 691, não apenas para o conhecimento do presente mandamus, mas também para o deferimento da liminar ora postulada (...)” (fls. 3, 17-18 e 23).

No presente habeas se pede:“Por tantas e tais razões, roga-se a Vossa Excelência a concessão de

MEDIDA LIMINAR, para determinar, de imediato, a restituição da liberdade do Paciente, que, repita-se, é primário, de bons antecedentes, Promotor de Justiça e não representa qualquer perigo para a paz social ou para o bom andamento do processo.

No mérito, postula-se a integral confirmação da liminar ora pleiteada – que se espera seja concedida -, para permitir que o Paciente exerça sua defesa em liberdade, na forma garantida pela Constituição da República, sem prejuízo da possível adoção de medidas de contra-cautela julgadas necessárias pelo Colendo Tribunal” (fls. 27-28).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. A presente ação não apresenta fundamento jurídico que possibilite

o seu regular prosseguimento neste Supremo Tribunal.Em primeiro lugar, é de se atentar que a decisão questionada é

monocrática e preliminar, pela sua própria condição dotando-se, portanto, da precariedade singular a esse tipo de provimento.

Nela, o Ministro Cesar Asfor Rocha indefere a liminar, por entender ausentes os pressupostos para o acolhimento do pleito, e requisita informações, determinando, ainda, na sequência, sejam os autos encaminhados ao Ministério Público Federal, para a sua manifestação e posterior julgamento.

4. O pedido aqui formulado é idêntico àquele apresentado no Superior Tribunal de Justiça e ali apreciado apenas em sede de liminar, pelo que pende a presente ação paralelamente àquela igual, antes impetrada e que está sendo processada perante aquele digno órgão.

Não se demonstra, na presente ação, qualquer situação de flagrante ilegalidade havida na decisão do Superior Tribunal de Justiça, a ensejar a atuação concomitante deste Supremo Tribunal, nem se demonstra abuso de poder a constrager, antijuridicamente, direito do Paciente.

Não ocorre, pois, situação excepcionalíssima, que tem permitido – em condições fora da normalidade da tramitação dos habeas nos órgãos judiciários competentes – o afastamento da Súmula 691, deste Supremo Tribunal.

Bem ao contrário, a análise dos autos comprova que, na espécie em foco, é inequívoca a incidência daquela súmula 691 (“Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”).

Como antes acentuado, somente em situações que refogem à regularidade do trâmite dos processos nos órgãos judiciários competentes é que se tem admitido o temperamento na aplicação daquela súmula, vale dizer, quando se comprove ocorrência de flagrante ilegalidade ou manifesta afronta aos princípios constitucionais e legais na decisão questionada, o que não se configura na espécie vertente, não sendo, pois, o caso de se cogitar daquela flexibilização.

5. As circunstâncias expostas na inicial e os documentos juntados comprovam inexistir situação que pudesse permitir a deflagração legítima da via escolhida e aproveitada pelo Impetrante no presente caso. É que, se fosse a ação admitida, estar-se-ia a acolher situação de supressão da instância a quo, o que é incabível no sistema jurídico vigente.

A decisão liminar e precária proferida pelo eminente Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Cesar Asfor Rocha, não exaure o cuidado do quanto posto a exame, estando a ação, ali em curso, a aguardar a competente instrução para que se proceda ao julgamento definitivo pedido pela parte.

Nesse sentido:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS.

PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINAR NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EXCEPCIONALIDADE NÃO DEMONSTRADA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. A decisão questionada nesta ação é monocrática e tem natureza precária, desprovida, portanto, de conteúdo definitivo. Não vislumbrando a existência de manifesto constrangimento ilegal, incide, na espécie, a Súmula 691 deste Supremo Tribunal (‘Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar’). Precedentes. 2. Agravo regimental não provido” (HC 90.716-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 1º.6.2007).

E, ainda,“Ementa: HABEAS CORPUS - OBJETO - INDEFERIMENTO DE

LIMINAR EM IDÊNTICA MEDIDA - VERBETE Nº 691 DA SÚMULA DO SUPREMO. A Súmula do Supremo revela, como regra, o não-cabimento do habeas contra ato de relator que, em idêntica medida, haja implicado o indeferimento de liminar” (HC 90.602, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 22.6.2007).

Confiram-se, ainda, entre outros: HC 89.970, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 22.6.2007; HC 90.232, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 2.3.2007; e HC 89.675-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 2.2.2007.

6. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando, por óbvio, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 15 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.308-1 (171)PROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : MARCELO DE CARVALHO MIRANDAIMPTE.(S) : HAROLDO CARNEIRO RASTOLDOCOATOR(A/S)(ES) : CORTE ESPECIAL DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇA

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de habeas corpus, aparelhado com pedido de medida

liminar, em que se alega a ilegalidade na tramitação da ação penal n. 546, no Superior Tribunal de Justiça. Ilegalidade decorrente das constatações de que: a) os crimes imputados ao paciente prescreveram 01 de outubro de 2008; b) a denúncia é inepta; c) o delito do art. 48 da Lei 9.605/98 é de ser absorvido pela conduta descrita no art. 60 do mesmo diploma normativo. Daí o pedido de medida liminar, formulado para trancar a ação penal em curso contra Marcelo de Carvalho Miranda.

2. Feita esta aligeirada síntese do pedido, decido Fazendo-o, acentuo, de saída, que é pacífica a jurisprudência deste nosso Supremo Tribunal Federal quanto à excepcionalidade do trancamento de ação penal pela via processualmente acanhada do habeas corpus. Jurisprudência, essa, assentada na idéia-força de que o trancamento da ação penal é medida restrita a situações que se reportem a conduta não-constitutiva de crime em tese; quando, à toda evidência, já estiver extinta a punibilidade; ou, ainda, se inocorrentes indícios mínimos da autoria (HCs 87.310, 91.005 e RHC 88.139, de minha relatoria; HC 87.293, Ministro Eros Grau; HC 85.740, Ministro Ricardo Lewandowski; e HC 85.134, Ministro Marco Aurélio).

4. Daqui se segue a dificuldade de acatar, neste exame prefacial da causa, o pedido de imediato trancamento da ação penal em curso no Superior Tribunal de Justiça. Até porque a Constituição Federal de 1988, ao cuidar do habeas corpus (inciso LXVIII do artigo 5º), autoriza o respectivo manejo “sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção”. Mas a Constituição não para por aí e arremata o seu discurso normativo pela seguinte forma: “por ilegalidade ou abuso de poder”. Saltando aos olhos que ilegalidade e abuso de poder não se presumem, pois, aí, a presunção é exatamente inversa. E, nesse caso, ou os autos dão conta de uma vistosa violência indevida, de um cerceio absolutamente antijurídico por abuso de poder ou por ilegalidade, ou do habeas corpus não se pode socorrer o paciente. Ilegalidade ou abuso de poder que não sobressaem do exame prefacial das peças que estão a instruir este processo, menos ainda porque não enxergo nestes autos qualquer ato decisório lavrado pela autoridade impetrada. Esse o quadro, indefiro a liminar.

Solicitem-se informações quanto ao alegado na inicial deste habeas corpus ao relator da AP 546/STJ.

Prestadas as informações, abra-se vista à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 25

Brasília, 14 de agosto de 2009.Ministro CARLOS AYRES BRITTO

Relator

HABEAS CORPUS 100.339-1 (172)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ALEX BORGES BARRANTIMPTE.(S) : LUIZ TOMAZ DIONÍSIOCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES

CRIMINAIS DA COMARCA DE ARAÇATUBA

DECISÃOCONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS. INCOMPETÊNCIA DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA PROCESSAR E JULGAR HABEAS CORPUS CONTRA ATO DE JUIZ. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO E DECLINA-SE A COMPETÊNCIA.

Relatório1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado por LUIZ

TOMAZ DIONÍSIO, em benefício de ALEX BORGES BARRANT, contra ato do Juízo da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Araçatuba/SP.

2. Tem-se, na inicial da presente ação: “- Dos fatos e do Direito:1) O Paciente está preso no CPP de Valparaíso – SP, cumprindo 03

anos de uma condenação de 06 anos e 05 meses, com ótimo comportamento prisional e todos os requisitos da Lei 7.210/84;

2) O Digno Impetrado não lhe concede a liberdade, pelo acúmulo de processos a serem julgados (14.000) e o constrangimento ilegal é patente” (fls. 2-3 – transcrição conforme o original).

Este o teor do pedido:“Suplica a V. Exª, muito respeitosamente, a concessão do Salvo-

Conduto” (fl. 3 – transcrição conforme o original).Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. A espécie não comporta ato processual válido a ser adotado pelo

Supremo Tribunal Federal contra a autoridade apontada pelo Impetrante como coatora, a qual não se insere no rol daqueles cujos atos são suscetíveis de processamento e julgamento originários pelo Supremo Tribunal.

O Juízo da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Araçatuba/SP não tem os seus atos judiciais sujeitos à apreciação direta e originária do Supremo Tribunal Federal.

4. Como plenamente consabido, a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar habeas corpus é determinada constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade coatora (art. 102, inc. I, alínea i, da Constituição da República).

No rol constitucionalmente afirmado, não se inclui a atribuição do Supremo Tribunal para processar e julgar, originariamente, ação de habeas corpus na qual figure como autoridade coatora juiz de direito.

A matéria não comporta discussão mínima por se cuidar de regra de competência constitucional expressa, que não possibilita interpretação extensiva.

5. Pelo exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus e determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Comunique-se ao Impetrante os termos desta decisão. Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.349-8 (173)PROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : JOEL LUIZ DA SILVAIMPTE.(S) : LUIZ FRANCISCO CAETANO LIMA E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO:HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. PRISÃO PREVENTIVA.

ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. NECESSIDADE DE EXAME MAIS DETIDO, QUANDO DO JULGAMENTO DE MÉRITO DA IMPETRAÇÃO. DECISÃO COERENTE COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. LIMINAR INDEFERIDA. VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA.

Relatório1.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelos advogados

LUIZ FRANCISCO CAETANO LIMA e OUTRO em favor de JOEL LUIZ DA SILVA, agropecuarista e comerciante, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 4 de agosto de 2009, denegou o Habeas Corpus n. 136.860, nos termos do voto do eminente Relator, Ministro Napoleão Nunes Maia, verbis:

“(...) 1. O presente pedido de HC volta-se à pretensão de obter a liberdade

de JOEL LUIZ DA SILVA, que se acha constricto por decisão cautelar do douto Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de Apiacás/MT, por incurso,

segundo denúncia do douto Ministério Público do Mato Grosso, nas iras do art. 121, § 2o., IV do CPB, por haver promovido o [homi]cídio de JOÃO MARIA PADILHA TELES.

2. Inicialmente, vale destacar que, além de ser inconteste a materialidade do delito (laudo necroscópico - fls. 516/518), tanto a decisão em que foi decretada a custódia cautelar, como o acórdão impugnado, apresentam indícios veementes da autoria do paciente.

3. Verifica-se que a companheira do paciente, em declarações prestadas perante a Delegacia de Polícia de Catalão/GO ao ser vítima de agressão de JOEL LUIZ DA SILVA, apontou-o como o autor do homicídio, descrevendo de forma detalhada o dia, o horário, o tipo de arma utilizada no crime (às fls. 183, o relatório da polícia confirma o uso de uma espingarda), bem como o modus operandi da atividade criminosa e os motivos que o levaram à prática do delito, fatos, aliás, que guardam concordância com as demais provas coligidas aos autos (depoimento testemunhal e laudo pericial).

4. Além disso, o egrégio Tribunal a quo indica a existência de provas pré-constituídas, tais como denúncias telefônicas anônimas, uma delas apontando o nome do paciente como o autor do delito; o laudo necroscópico apresentando o provável uso de uma espingarda; e a existência de munições calibre 38 no local do crime, algumas intactas no bolso da vítima e uma disparada caída ao solo a fortalecer a tese policial, condizente com a delação de POLLYANA (convivente do paciente), de que a vítima reagiu aos disparos que lhe ceifaram a vida.

5. Assim, ainda que a companheira do paciente tenha posteriormente se retratado perante o Tabelião da Comarca de Catalão/GO, para afirmar que resolveu incriminar o Sr. Joel Luiz da Silva, acabando em um momento de fúria, fantasiar os fatos ocorridos (fls. 120), como alega a impetração, tal retratação, por si só, não é capaz de desconstituir o seu depoimento perante à Autoridade Policial, nem tampouco de afastar de vez os indícios de autoria, posto que, como visto, antes mesmo de tais declarações, o paciente já era apontado como o autor do homicídio.

(...)7. Por outro lado, o acórdão que dá azo à presente impetração (fls.

622 e segs.) abona o raciocínio do Julgador Monocrático e expede o seu eminente Relator considerações em torno da prisão ad cautelam, filiando-se à corrente doutrinária capitaneada pelo eminente Professor HÉLIO TORNAGHI, para quem a concessão da liberdade da pessoa processada, estando presentes os requisitos do art. 312 do CPP, não se constitui, a rigor, em direito subjetivo do acusado, mas sim em um poder vinculado do Juiz que, atento às circunstâncias do feito, não se vê na obrigação de deferi-la, tanto que, nesse contexto, são de importância apenas secundária os elementos atinentes aos bons antecedentes do denunciado, como é de corriqueira sabença na doutrina jurídica e na jurisprudência dos Tribunais do País.

(...)11. No caso presente, a invocação da presunção de inocência ressoa

de forma destoante no concerto do processo, porquanto se trata de caso em que há fortes indícios de autoria do delito, não podendo essa suposição ceder, nesse momento, o passo ao elemento meramente presuntivo, sem dúvida alguma relevante, mas de aplicação sopesada diante dos fatos.

12. Por outro lado, sendo, em regra, inaceitável que a só gravidade do crime imputado à pessoa seja suficiente para justificar a sua segregação, antes de a decisão condenatória penal transitar em julgado, é fora de dúvida que o decreto de prisão cautelar há de explicitar a necessidade dessa medida vexatória, indicando os motivos que a tornam indispensável, dentre os elencados no art. 312 do CPP, como, aliás, impõe o art. 315 do mesmo Código.

13. No caso dos autos, além de comprovada a materialidade do delito e da presença de indícios suficientes de autoria, verifica-se que o decreto de prisão preventiva foi fundado na necessidade de garantir a regular instrução criminal e a eventual aplicação da lei penal, em razão de o paciente ter fugido do distrito da culpa logo após o fato delituoso. Por oportuno, cabe transcrever a seguinte passagem do decisum impugnado:

O auto de exame de corpo de delito e lesão corporal (fls. 16/17; 21/23) é prova cabal da existência do crime.

Por outro lado, a declaração da convivente do acusado Polyana Simão de Oliveira, que narrou, quando da oitiva na Delegacia de

Catalão/GO, em razão de ser vítima de agressões físicas por parte do acusado, deixa nítida a autoria do delito, havendo mais que indícios de que Joel Luiz da Silva é o autor do homicídio:

(...) que perguntando sobre o motivo do casal viver em Catalão, respondeu que se deve ao fato de o autor ter matado um desafeto de nome João Maria Padilha Teles, na cidade de Apiacás/MT, no dia 30 de junho de 2008; (...) que no dia do assassinato, 30 de junho do ano passado, a declarante viu o autuado arrumando as coisas, dentre elas espingarda municiada; que o autuado chegou a comentar que naquele dia o acertaria; que por volta de 18:00h daquele dia, o autuado chegou em casa com o rosto sangrando dizendo que a vítima tinha revidado e que havia efetuado dois disparos, tendo um deles pegado de raspão em seu rosto.

A declaração da convivente do acusado, de que o crime ocorreu em 30/06/2008, é compatível com a prova constante nos autos, pois, a vítima, João Maria Padilha Teles foi encontrado sem vida, no dia 30/06/2008, com perfurações oriundas de projéteis de arma de fogo.

Ademais, a ligação anônima recebida pela polícia, informava que no local onde ocorreu o homicídio, o autor da ligação avistou uma motocicleta,

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sendo que seu condutor trajava roupa de motoqueiro e que na garupa havia um volume comprido, aparentando ser uma espingarda. Fato condizente com o depoimento da testemunha que disse que viu o acusado arrumando uma espingarda municiada.

Sobre os pressupostos da prisão preventiva Julio Fabbrini Mirabete, em sua obra Processo Penal, 17a. Edição, Atlas, pág. 416, assim doutrina:

A prisão preventiva só pode ser decretada quando houver prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria. A primeira exigência refere-se à materialidade do crime, ou seja, à existência do corpo de delito que prova a ocorrência do fato criminoso (laudos de exame de corpo de delito, documentos, prova testemunhal etc.). Exigindo-se prova da existência do crime, não se justifica a decretação da prisão preventiva diante da mera suspeita ou indícios da ocorrência de ilícito penal.

Exige-se ainda para a decretação da prisão preventiva indícios suficientes da autoria. Contenta-se a lei, agora, com simples indícios, elementos probatórios menos robustos que os necessários para a primeira exigência. Não é necessário que sejam indícios concludentes e unívocos, como se exige para a condenação; não é necessário que gerem certeza de autoria.

Presentes, portanto, os pressupostos da prisão preventiva.Em relação ao fundamento da prisão preventiva, tenho que a prisão

cautelar é necessária para a garantia da instrução criminal e para que seja assegurada a aplicação da lei penal, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal.

Após o crime Joel fugiu do distrito da culpa, de forma que se conclui que em liberdade, criará embaraços à aplicação da lei penal e possível cumprimento da pena, além de prejudicar a instrução criminal.

Outrossim, decidiu o Colendo Supremo Tribunal Federal que a simples fuga do acusado do distrito da culpa, tão logo descoberto o crime praticado, já justifica o decreto de prisão preventiva (RT 497/403).

Ou ainda, A fuga do acusado do distrito de culpa constitui fundamento suficiente na decretação de sua prisão preventiva, para a garantia da aplicação da lei penal e conveniência da instrução criminal (RSTJ 104/408).

Fundamenta-se, pois, a prisão preventiva, nos termos dos artigos 311 e 312 do Código de Processo Penal, para conveniência da instrução criminal e garantia de futura aplicação da lei penal. (fls. 14/16).

14. Constata-se, da leitura dos citados trechos, que os fundamentos apresentados para a custódia cautelar do paciente são sólidos, providos de suporte fático e aliados aos requisitos legalmente previstos, o que demonstra idoneidade suficiente para respaldar a medida constritiva. Neste sentido, o entendimento esposado por este Superior Tribunal de Justiça:

(...) (HC 112.994/PE, Rel. Min. JORGE MUSSI, DJe 08.06.2009).(...) (RHC 25.093/BA, Rel. Min. FELIX FISCHER, DJe 27.04.2009).15. Por tais fundamentos, denega-se a ordem (fls. 702-717 do

Apenso 3).2.É contra essa decisão que se insurge a presente impetração, na

qual se reitera, basicamente, a alegação de ausência de fundamentação idônea do decreto de prisão preventiva.

3. Requerem, assim, a “[c]oncessão de medida liminar determinando a imediata soltura do paciente, fazendo-se expedir ofício também e diretamente ao Juízo da Comarca de Catalão (onde o paciente está custodiado)” (fls. 19-20). E no mérito, pede “seja concedida a ordem para revogar, em definitivo, a prisão preventiva do paciente” (fl. 20).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. A liminar requerida tem natureza satisfativa, quer dizer, ela – se

concedida – exaure o objeto da ação no seu momento inicial e independente de todos os elementos necessários ao convencimento do julgador e à conclusão do julgado. Do que resulta a necessidade de análise da questão de forma mais detida, após o parecer da Procuradoria-Geral da República.

5.Ademais, pelo que se tem nas razões apresentadas no acórdão do Superior Tribunal de Justiça, ora questionado, parece não se sustentarem, juridicamente, os argumentos apresentados pela Impetrante, para assegurar o êxito do seu pleito, pois não se constatam fundamentos suficientes para declarar nulo o processo no qual figurou a Paciente, pelo menos nesse juízo preliminar.

6.Há decisão deste Supremo Tribunal Federal - desfavorável à tese da impetração - no sentido de que, mesmo depois da retratação em juízo da prova que fundamentou o decreto de prisão preventiva, o acerto ou desacerto da decisão que manteve a custódia cautelar demandaria inviável revolvimento do conjunto fático-probatório do processo-crime, o que basta para evidenciar a ausência plausibilidade jurídica da presente ação.

Nesse sentido, o precedente seguinte: “'HABEAS CORPUS'. PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA EM

FACE DO ENVOLVIMENTO DA PACIENTE NOS FATOS QUE CULMINARAM COM A MORTE DE SEU MARIDO, BEM COMO DE SUA FUGA DA CIDADE ONDE SE CONSUMOU O CRIME. NÃO HÁ COMO DESCONSTITUIR O DECRETO DE CUSTODIA PROVISORIA COM BASE NA RETRATAÇÃO DO ASSASSINO, EM JUÍZO, POIS TANTO IMPORTARA EM PROFUNDO EXAME DA PROVA, INCABIVEL EM 'HABEAS CORPUS'. RECURSO IMPROVIDO.” (RHC 63.496, Rel. Min. Carlos Madeira, DJ 13.6.1986).

7.Pelo exposto, indefiro a liminar.8.Suficientes os elementos instrutórios da ação, dê-se vista dos

autos ao Procurador-Geral da República.Publique-se.

Brasília, 21 de agosto de 2009.Ministra CÁRMEN LÚCIA

Relatora

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.368-4 (174)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ANTÔNIO LUIZ GOMES DA SILVAIMPTE.(S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CRIME DE DESCAMINHO: ART. 334, CAPUT,

DO CÓDIGO PENAL. ALEGAÇÃO DE QUE O LIMITE PARA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA SERIA O PREVISTO NO ART. 20 DA LEI N. 10.522/2002. PRECEDENTE DESTE SUPREMO TRIBUNAL EM CASO ANÁLOGO AO DOS AUTOS. PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DA TESE DA IMPETRANTE. LIMINAR INDEFERIDA.

Relatório1. Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria

Pública da União em favor de ANTÔNIO LUIZ GOMES DA SILVA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 16 de junho de 2009, negou provimento ao Recurso Especial n. 1.105.285, nos termos do voto da eminente Relatora, Ministra Laurita Vaz, que expôs o caso e decidiu nestes termos:

“(...)Trata-se de recurso especial interposto por ANTÔNIO LUIZ GOMES

DA SILVA, por intermédio da Defensoria Pública da União, com fundamento no art. 105, inciso III, alínea c, da Constituição Federal, em face de decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região.

Extrai-se dos autos que o Parquet ofereceu denúncia em desfavor do ora Recorrente pela suposta prática do crime de descaminho, mas a exordial acusatória restou rejeitada pelo Juízo da 2ª Vara Federal de Foz do Iguaçu - SJ/PR, com fulcro no art. 43, inciso I, do Código de Processo Penal, ante a incidência do princípio da insignificância.

Em sede de recurso em sentido estrito interposto pela acusação, o Tribunal a quo deu provimento ao recurso, recebendo a denúncia ofertada, em decisão assim ementada:

‘PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. DESCAMINHO. ARTIGO 334, § 1.º, 'D', C/C § 2.º, DO CP. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. VALOR DO TRIBUTO ILUDIDO ACIMA DO PREVISTO NO ARTIGO 18, § 1.º, DA LEI 10.522/2002.

1. Caso o valor do tributo devido ultrapasse o montante previsto no artigo 18, § 1.º, da Lei n.º 10.522/2002, o qual dispõe que ficam cancelados os débitos inscritos em Dívida Ativa da União, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 100,00 (cem reais) é inaplicável o princípio da insignificância, independentemente de reiteração da conduta na prática do mesmo delito. No caso dos autos, levando em conta que a importância devida a título de tributos totalizou R$ 2.637, 54 (dois mil seiscentos e trinta e sete reais e cinquenta e quatro centavos), resta inaplicável o princípio da bagatela.’ (fl. 63)

Em face do julgado, a defesa interpôs o presente recurso especial.Sustenta, em suma, divergência jurisprudencial entre o acórdão

recorrido e julgados de outros Tribunais, que entendem ser possível a aplicação do princípio da insignificância quando o valor sonegado não ultrapassar o valor de R$ 10.000,00.

(...)Inicialmente, impende dizer que, com relação aos débitos tributários,

o Superior Tribunal de Justiça entendia que era possível aplicar o princípio da insignificância, desde que as contribuições devidas não ultrapassem o patamar de R$ 1.000,00 (mil reais), já que tinha sido o valor estabelecido para o requerimento de extinção das ações de cobrança em curso, conforme dispunha o art. 1.º, da Lei n.º 9.469/97, transcrito a seguir:

‘Art. 1.º O Advogado Geral da União e os dirigentes máximos das autarquias das fundações e das empresas públicas federais poderão autorizar a realização de acordos ou transações, em juízo, para terminar o litígio, nas causas de valor até R$ 50.000 (cinqüenta mil reais), a não propositura de ações e a não interposição de recursos, assim como requerimento de extinção das ações em curso ou de desistência dos respectivos judiciais, para cobrança de créditos atualizados, de valor igual ou inferior a R$ 1.000,00 (mil reais), em que interessadas essas entidades na qualidade de autoras, rés, assistentes ou opoentes, nas condições aqui estabelecidas.’

Com a entrada em vigor da Lei n.º 10.522, de 19 de julho de 2002, o patamar foi aumentado para R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), consoante o seu art. 20, in verbis :

‘Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribuição, os autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).’

Assim, os débitos inferiores a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) provenientes do descaminho passaram a ser considerados juridicamente irrelevantes, em razão de sua inaptidão para lesar o interesse fiscal da Administração Pública.

Com o advento da Lei n.º 11.033/2004, que alterou a redação do mencionado art. 20, esse patamar foi novamente modificado para valor igual

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).Todavia, no julgamento do REsp n.º 685.135/RS, no qual se discutiu

caso semelhante ao presente, a Colenda Quinta Turma entendeu que a orientação jurisprudencial deveria ser revista, para aplicar ao caso de execução de crédito tributário o mesmo raciocínio seguido nas hipóteses de apropriação indébita de contribuições previdenciárias, sob pena de se atribuir tratamento diferenciado a hipóteses semelhantes, em que se tratava de sonegação de tributos.

Realizada, naquela oportunidade, a interpretação sistemática entre os enunciados contidos nos arts. 18, § 1.º, e 20, ambos da Lei n.º 10.522/2002, conclui-se que ‘enquanto o art. 18, § 1.º determina o cancelamento (leia-se: extinção) do crédito fiscal igual ou inferior à R$100,00 (cem reais), o art. 20 apenas prevê o não ajuizamento da ação de execução ou o arquivamento sem baixa na distribuição, não ocorrendo, pois, a extinção do crédito. Daí porque não se poder invocar este dispositivo normativo para regular o valor do débito caracterizador de matéria penalmente irrelevante’ (REsp 685.135/RS, Rel. Ministro FELIX FISCHER, DJ de 02/05/2005).

O Supremo Tribunal Federal, todavia, modificou seu entendimento acerca da matéria no julgamento do HC n.º 92.438/PR, relatado pelo i. Min. Joaquim Barbosa, que afirmou não existir justa causa para ações penais para apurar crime de descaminho cujo valor do tributo não pago fosse inferior à R$ 10.000,00, entendendo aplicável o art. 20 da Lei n.º 10.522/2002, com a alteração da Lei n.º 11.033/2004. Salientou no voto-condutor do julgado que o direito penal seria a última ratio, não sendo razoável, de um lado, punir determinada conduta penalmente e, de outro, considerá-la irrelevante sob a égide administrativa. Assim, aplicou-se o princípio da insignificância, consoante os fundamentos sintetizados na seguinte ementa, in verbis:

(...) (HC 92.438/PR, 2.ª Turma, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJe-241 19/12/2008.)

No mesmo sentido, o julgado proferido nos autos do HC n.º 95.749-8/PR, ementado nos seguintes termos:

(...) (HC 95.749/PR, 2.ª Turma, Rel. Min. EROS GRAU, DJe-211 de 07/11/2008.)

Não obstante, creio que a questão ainda não está suficientemente resolvida.

De fato, filio-me ao entendimento até então prevalente na Eg. Quinta Turma, no sentido de que o melhor parâmetro para afastar a relevância penal da conduta é justamente aquele utilizado pela Administração Fazendária para extinguir o débito fiscal, consoante dispõe o art. 18, § 1.º, da Lei n.º 10.522/2002, que determina o cancelamento da dívida tributária igual ou inferior a R$100,00 (cem reais).

Observa-se, assim, que a legislação acima mencionada, ao indicar o limite, hoje, de R$10.000,00 (dez mil reais), não estabelece a extinção do crédito tributário, mas o mero arquivamento, sem baixa na distribuição, das execuções fiscais, ou seja, promove a suspensão da execução, até que o valor devido atinja o patamar ali previsto, por uma questão única e exclusivamente relacionada com a falta de aparelhamento do Estado para cobrar todos débitos tributários.

Valho-me, a propósito, dos doutos argumentos lançados no parecer ministerial do EREsp 9660777/GO, julgado em 27/05/2009 pela. C. Terceira Seção desta Corte, da lavra do eminente Subprocurador-Geral da República Dr. Carlos Eduardo de Oliveira Vasconcelos, in verbis:

‘14. Considerações de política criminal em torno desse crime também desaconselham a não-aplicação do dispositivo incriminador operada pela 6ª Turma dessa Corte. É sabido que, de pequenos descaminhos sobrevive um gigantesco comércio internacional limítrofe, causando prejuízos à indústria nacional, perda de postos de trabalho e lesão aos cofres públicos.

15. Por outro lado, o art. 20 da Lei nº 10.522/02 estabelece nada mais que uma estratégia administrativa para se alcançar maiores resultados com os recursos disponíveis para a execução fiscal. Ou seja, se o número de Procuradores da Fazenda é insuficiente para promover todas as execuções fiscais, há que se priorizar os créditos mais elevados. Não se trata de perdão, ou de desconsiderar os valores inferiores, tanto assim que o mesmo dispositivo é expresso no sentido de que não haverá baixa na distribuição, e que os autos serão reativados quando os valores devidos ultrapassarem os limites ali indicados.

16. Com o referido dispositivo, não está o estado a dizer que lesões causadas pelo contribuinte em patamar inferior ao valor estipulado na norma lhe sejam insignificantes, independentemente da quantidade de contribuintes sonegantes, mas que não tem condições de promover de imediato todas as execuções. O reconhecimento do estado de que não tem capacidade de executar dívidas fiscais abaixo desse patamar não pode ser interpretado como carta-branca, na seara penal, para a prática de delitos tributários.

Quem faz lei penal, no Brasil, é o Legislativo, não o Judiciário, muito menos o Executivo.

17. Se o tipo penal do art. 334 da lei penal consiste em ‘Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada , pela saída ou pelo consumo de mercadoria’, não fazendo qualquer alusão a excludente de ilicitude em razão do valor, deixar de condenar, tendo como único e exclusivo fundamento o pequeno valor do tributo suprimido, implica violação à legislação infraconstitucional.

18. Para essas situações, em que o bem lesado tem pequeno valor econômico, o ordenamento jurídico, com base na Constituição, criou os

juizados especiais criminais, com possibilidades como a transação penal e a suspensão condicional do processo. Prevê também o sistema jurídico penal brasileiro a possibilidade de o juiz conceder o perdão judicial quando ínfimo o valor do bem jurídico tutelado, como ocorre, v.g., no caso da apropriação indébita previdenciária (art. 168-A § 3º, CP).

19. Conforme divulgado em recente informativo dessa Corte, ‘não se pode confundir bem de pequeno valor com de valor insignificante (...) na medida em que a falta de repressão de tais condutas representaria verdadeiro incentivo a pequenos delitos que, no conjunto, trariam desordem social’–, de forma que apenas os enquadrados na primeira categoria autorizam a aplicação do princípio da insignificância.

20. Criar benefícios além do que estabeleceu o legislador penal implica interferência na esfera constitucional de outro Poder, o que também viola a Constituição, notadamente seus artigos 5º XXXIX (reserva legal) e 2º (independência dos Poderes), que necessariamente deverão ser considerados no debate que o presente recurso propiciará.

21. Por fim, restou oportunamente ressaltado pelo Ministério Público Federal que a recorrida já havia sido pilhada diversas vezes em flagrante delito de descaminho (fl. 183). Tal circunstância, por si só, possui o condão de afastar o princípio da insignificância, como demonstra o seguinte precedente da própria 6ª Turma do STJ:

‘PROCESSO PENAL. PENAL. HABEAS CORPUS. DESCAMINHO. TRIBUTO. LEI Nº 10.522/02. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. REITERAÇÃO DA CONDUTA TÍPICA. PRESENÇA DO DESVALOR DA AÇÃO.

O Princípio da Insignificância incide quando, praticada conduta formalmente típica, ausente a tipicidade material ou o desvalor do resultado.

O caso, devido às suas peculiaridades, deve ser analisado sob a luz do Princípio da Irrelevância Penal do Fato, que, para a sua incidência, exige a ausência ou insignificância não só do desvalor do resultado, como também do desvalor da ação e da culpabilidade.

O abuso dos postulados do minimalismo penal, através da reiteração da conduta típica descrita no art. 334 (descaminho) do Código Penal - revelando a existência do desvalor da ação -, impede a aplicação da tese da insignificância, ainda que o valor do tributo devido seja inferior ao estabelecido no art. 20 da Lei Nº 10.522/02.

Ordem denegada.’ (g.n.)22. A discussão posta dispensa maior aprofundamento, uma vez que

o valor do tributo não pago no caso dos autos supera, em muito, aquele que o STJ tem tradicionalmente admitido como bagatela, para fins de aplicação do princípio da insignificância (100 reais, por força do art. 18 § 1º da Lei nº 10.522/2002) [...].’ (fls. 235/238)

No caso em apreço, as mercadorias apreendidas somavam, à época, R$ 6.455,50 (seis mil, quatrocentos e cinquenta e cinco reais e cinquenta centavos), valor muito superior a cota permitida, perfazendo um débito tributário de R$ 2.637,54 (dois mil, seiscentos e trinta e sete reais e cinquenta e quatro centavos).

Constata-se que o valor ilidido está muito acima dos R$ 100,00, mencionados no art. 18, § 1.º, da Lei n.º 10.522/02, resta, portanto, afastada a incidência do princípio da insignificância, consoante os fundamentos acima esposados.

Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso especial.É o voto” (fls. 116-122 do Apenso).2. É contra essa decisão que se insurge a presente impetração, na

qual o Impetrante reitera as questões suscitadas no Superior Tribunal de Justiça, defendendo ser possível, no caso, a incidência do princípio da insignificância.

3. Requer, assim, “a concessão de medida cautelar para que seja determinada a suspensão dos efeitos da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça nos autos do Recurso Especial nº 1.105.285-PR, com a conseqüente suspensão da ação penal, caso já deflagrada, até decisão final do presente habeas corpus” (fl. 8). E no mérito, pede “a concessão de habeas corpus para que seja rejeitada a denúncia contra o paciente, em razão da atipicidade objetiva da conduta que lhe é imputada, aplicando-se, in casu, o princípio da insignificância, OU, para que, caso já iniciada a ação penal, seja determinado o seu trancamento” (fl. 9).

Apreciada a matéria trazida nos autos, DECIDO.4. Em sua impetração, busca a Impetrante suspender os “efeitos da

decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça nos autos do Recurso Especial nº 1.105.285-PR, com a conseqüente suspensão da ação penal, caso já deflagrada,” liminarmente (fl. 8).

5. Contudo, os dados constantes dos autos indicam não haver qualquer utilidade jurídica para o Paciente no requerimento de liminar formulado pela Impetrante.

É que a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça proferiu um juízo denegatório – e não desconstitutivo - do direito suscitado na presente ação. Daí decorre não haver razão para o deferimento da medida postulada no sentido pretendido pela Impetrante, pois a suspensão da decisão que negou provimento ao Recurso Especial interposto pela defesa não favoreceria o Paciente no que é o objeto da impetração.

6.Ademais, assertivas tecidas pelo Superior Tribunal de Justiça quanto aos dados específicos deste caso conduzem ao indeferimento, por causa mesmo dos valores dos débitos com a Administração Pública Fazendária.

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 28

A matéria tem vindo a debates constantes neste Supremo Tribunal, que se debruça sobre cada um dos casos para verificar se se pode, ou não, aplicar o princípio da insignificância penal em face do quadro fático apresentado.

7. Dessa forma, neste exame preliminar e precário, próprio das liminares, não é plausível sequer aproveitável ao Paciente a liminar requerida, razão pela qual a indefiro.

8. Suficientes os elementos constantes dos autos, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República (art. 103, § 1º, da Constituição brasileira).

Publique-se. Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 100.388-9 (175)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : MARCOS SIDNEI VENTURAIMPTE.(S) : MARCOS SIDNEI VENTURA

DECISÃO: Vistos, etc.O caso é de habeas corpus contra ato de Juiz de Direito do Estado de

São Paulo. Sendo assim, não se trata de matéria da competência originária deste Supremo Tribunal Federal. Motivo pelo qual determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Remessa a se efetivar antes mesmo da publicação desta decisão.

Comunique-se ao impetrante, por carta.Encaminhe-se cópia integral do pedido à Defensoria Pública da

referida Unidade da Federação. Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 100.398-6 (176)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : EDUARDO HENRIQUE DO SANTOSIMPTE.(S) : EDUARDO HENRIQUE DO SANTOS

Trata-se de habeas corpus impetrado por EDUARDO HENRIQUE DOS SANTOS, em nome próprio.

Apesar de não apontar a autoridade coatora, infere-se da inicial que o impetrante foi condenado a sete anos de reclusão, em regime inicial fechado, além de seiscentos e sessenta dias multa, pela prática do delito previsto no art. 33 da Lei 11.343/2006.

Contra a sentença condenatória, a defesa interpôs recurso de apelação no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, do qual, até esta impetração, EDUARDO não obteve nenhuma notícia.

Decido.A competência desta Corte, taxativamente fixada no art. 102 da

Constituição Federal, não permite conhecer de habeas corpus que tenha como autoridade coatora o primeiro grau de jurisdição ou Tribunal de Justiça Estadual.

Isso posto, com base nos art. 38 da Lei 8.038/1990, e no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento ao writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Encaminhem-se os autos ao Superior Tribunal de Justiça e cópia destes à Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Remeta-se cópia desta decisão ao impetrante.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.410-9 (177)PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : DANIEL CAMPOS MACHADOIMPTE.(S) : JORGE FERNANDES FILHOCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE CAMPINA GRANDECOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA

DECISÃO: O Tribunal ora apontado como coator não se qualifica, constitucionalmente, como Tribunal Superior. Desse modo, e considerando o que dispõe a norma inscrita no art. 102, I, “i”, daConstituição, na redação que lhe deu a EC nº 22/99, torna-se evidente, no caso, a absoluta ausência de competência originária do Supremo Tribunal Federal, para processar e julgar a presente ação de “habeas corpus”.

Sendo assim, não conheço desta ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em conseqüência, o pedido de medida liminar.

Remetam-se os presentes autos ao E. Superior Tribunal de Justiça, em face do que prescreve o art. 105, I, “c”, da Carta Política, na

redação dada pela EC nº 22/99.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.411-7 (178)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : JULINE COLEEN VAN WYKIMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS DE TOLEDO SANTOS FILHOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 124.473 SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. ALEGAÇÃO DE EXCESSIVA DEMORA PARA O

JULGAMENTO DE HABEAS CORPUS IMPETRADO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PEDIDO DE INFORMAÇÕES.

Relatório1.Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado

ANTÔNIO CARLOS DE TOLEDO SANTOS FILHO em favor de JULINE COLEEN VAN WYK, no qual se questiona demora no julgamento do Habeas Corpus n. 124.473, de relatoria do eminente Ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça.

2.Ao final de sua exposição, requer “a concessão de writ de HABEAS CORPUS – liminarmente (...) – para determinar-se o imediato julgamento do HC nº 124473/SP pela C. 5ª Turma do E. STJ” (fl. 6).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3.Antes de apreciar o pedido de liminar, entendo serem necessárias

informações a serem prestadas pelo eminente Relator do Habeas Corpus n. 124.473, Ministro Arnaldo Esteves Lima.

4.Pelo exposto, oficie-se ao eminente Ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça, para que, com urgência, preste informações quanto ao alegado na presente impetração, devendo esclarecer se há data prevista para o julgamento do Habeas Corpus n. 124.473.

Remeta-se, com o ofício – a ser enviado, com urgência e por fax, diretamente ao Gabinete do eminente Ministro Arnaldo Esteves Lima – a cópia da inicial e do presente despacho.

5. Prestadas as informações, analisarei o pedido de liminar.Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 100.412-5 (179)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : LUIZ CARLOS BUENO DE LIMAIMPTE.(S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 89.848 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra conduta omissiva da Relatora do Habeas Corpus 89.848/SP, Ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça.

Narra a inicial que, desde 21.11.2007, os autos do HC 89.848/SP estão conclusos à eminente Relatora e, ainda, encontram-se pendentes de apreciação pelo órgão colegiado.

Requer a impetrante “a concessão de ordem de habeas corpus, para determinar o célere julgamento do Habeas Corpus n. 89.848/SP” (fl. 03).

2. Solicitem-se, com urgência, informações à Relatora do HC 89.848/SP do Superior Tribunal de Justiça, Ministra Maria Thereza de Assis Moura, acerca das circunstâncias que ensejam a demora do julgamento da mencionada impetração. Após, retornem os autos conclusos para apreciação da liminar.

Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

HABEAS CORPUS 100.425-7 (180)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : ANDERSON VITALINOIMPTE.(S) : ANDERSON VITALINOCOATOR(A/S)(ES) : SETOR JUDICIÁRIO DA PENITENCIÁRIA DE

BALBINOS/SPCOATOR(A/S)(ES) : DIRETORA DA PENITENCIÁRIA DE BALBINOS/SP

Trata-se de habeas corpus, impetrado por ANDERSON VITALINO, em nome próprio, apontando como autoridade coatora a Diretora da Penitenciária de Balbinos/SP e o “setor judiciário” da referida instituição.

Decido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 29

A competência desta Corte, taxativamente fixada no art. 102 da Constituição Federal, não permite conhecer de writ que tenha como autoridade coatora servidor público estadual.

Isso posto, com base nos arts. 38 da Lei 8.038/1990, e 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento ao writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Encaminhem-se os autos ao Juízo de Direito da Primeira Vara de Execuções Criminais da Comarca de Bauru/SP e cópia destes à Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Remeta-se cópia desta decisão ao paciente.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 100.435-4 (181)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : NILTON DONIZETE MACHADOIMPTE.(S) : NILTON DONIZETE MACHADOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos, etc.Ao que tudo indica, trata-se de habeas corpus em que se alega a

demora injustificada na tramitação do processo-crime a que responde o paciente pelo delito de homicídio qualificado. Processo em curso na Comarca de Taquarituba (SP). Sendo assim, não se trata de matéria da competência originária deste Supremo Tribunal Federal. Motivo pelo qual determino a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Remessa a ser efetivada independentemente da publicação desta decisão.

Encaminhe-se cópia integral do pedido ao Defensor Público-Geral da referida unidade da federação.

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.549-0 (182)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : ANÍBAL NABIH GEBRIM E OUTRO (A/S)IMPTE.(S) : EUSTÉRIO BENITZ FURIERIIMPTE.(S) : GUSTAVO HENRIQUE FLORES CALDASIMPTE.(S) : JOÃO MÁRCIO LIMA DO NASCIMENTOIMPTE.(S) : JOSÉ ANTÔNIO BARRETTO DE CARVALHOIMPTE.(S) : JOSÉLIO SILVEIRA MONTEIRO FILHOIMPTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO DE MELLOIMPTE.(S) : PAULO ADRIANA DA SILVAIMPTE.(S) : PEDRO LUIZ DA CRUZ SALDANHAIMPTE.(S) : RENATO DI PRINZIOIMPTE.(S) : RICARDO ANTÔNIO DOS SANTOS PINTOIMPTE.(S) : SOLANGE DOS REIS E VAZIMPTE.(S) : ISMAR PINTO ALVESADV.(A/S) : ALAIN SOUTO REMY E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

1. Solicitem-se informações à autoridade impetrada.2. Diante da possibilidade de repercussão do writ injuncional

pretendido na esfera jurídica da União, determino a sua citação para que, desejando, conteste o pedido formulado.

3. Recebidas as informações e a peça contestatória ou transcorrido o prazo legal, colha-se parecer do Senhor Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.650-0 (183)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS -

AMBIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS DA

JUSTIÇA DO TRABALHO - ANAMATRAIMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS JUÍZES FEDERAIS DO BRASIL -

AJUFEADV.(A/S) : ALBERTO PAVIE RIBEIROLIT.ATIV.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA

MILITAR FEDERAL - AMAJUMADV.(A/S) : PLÍNIO JOSÉ DE AGUIAR GROSSIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

1. Inclua-se no pólo ativo da presente demanda injuncional coletiva a entidade indicada na petição de fls. 332-333.

2. Solicitem-se informações às autoridades impetradas.3. Cite-se a União para que, desejando, conteste o pedido formulado.4. Recebidas as informações e a peça contestatória ou transcorrido o

prazo legal, colha-se parecer do Senhor Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.758-1 (184)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : SINTRAJUF/PE - SINDICATO DOS TRABALHADORES

DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM PERNAMBUCOADV.(A/S) : PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADOADV.(A/S) : FÁTIMA PUGAS E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Trata-se de mandado de injunção impetrado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Pernambuco – SINTRAJUF/PE, contra omissão do Presidente da República e dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em virtude da ausência de regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição Federal.

Requisitem-se informações às autoridades impetradas.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.767-1 (185)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : MILTON CÓRDOVA JÚNIORADV.(A/S) : MILTON CÓRDOVA JÚNIORIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

DESPACHOMANDADO DE INJUNÇÃO – INFORMAÇÕES – PARECER DA

PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA.1.Solicitem informações ao impetrado. Vindo ao processo o

pronunciamento, colham o parecer da Procuradoria Geral da República.2.Publiquem.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 28.138-3 (186)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : PAULO BARBOSA DOS SANTOS ROCHAADV.(A/S) : HELDER CÂMARA CRUZ LUSTOSAIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PAD Nº

200810000011027)

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado por Paulo Barbosa dos Santos Rocha, contra ato do Conselho Nacional de Justiça.

Alega o impetrante que“tramita no Subido Conselho Nacional de Justiça há mais de um ano,

sem que a defesa ou o impetrante tenha dado qualquer motivo para o referido excesso de prazo, estando o impetrante afastado de seu cargo, indevidamente, por igual período, o que fere o direito líquido e certo do impetrante. Direito líquido e certo ao devido processo legal, direito líquido e certo de ser acionado, instado ou requerido, de acordo com o devido processo legal, direito líquido e certo não apenas à ‘razoável duração’ que determina o inciso LXXVIII da CF, mas direito líquido e certo também à aplicação dos prazos” (fl. 2).

Sustenta, nesse passo, que“o processo administrativo contra o juiz-impetrante, mesmo com toda

a matéria prescrita, deveria ter sido concluído no prazo de noventas dias contados da sua instauração, isto é, o procedimento deveria ter sido concluído em 29.07.2008, e só podendo ser prorrogado por igual período se em decorrência do exercício de defesa, o que não ocorreu (...)”.

Afirma, ainda, que a Resolução 30/2007 do CNJ estabelece que o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 30

prazo de afastamento do magistrado é de noventa dias, prorrogável por igual período.

Por fim, requer que seja concedida liminar neste mandado de segurança para determinar

“o imediato retorno do impetrante à suas atividades jurisdicionais até o julgamento do procedimento administrativo, que até a presente data, depois de um ano e quatro meses, não foi concluído, nem tem data marcada para sua conclusão” (fl. 15).

De acordo com o impetrante“o periculum in mora, ademais, consiste na consideração de que

aguardar in casu decisão a ser prolatada no processo gerará, como resultante imutável, grave dano de difícil ou mesmo de impossível reparação, reparação ao indevido afastamento que corresponde a uma pena antecipada” (fl. 16).

O Min. Celso de Mello, à fl. 39, no exercício da Presidência, requisitou informações à autoridade apontada como coatora, que as apresentou às fls. 44-51.

Às fls. 126-129 indeferi o pedido de medida liminar.Informa o impetrante, à fl. 167, a ocorrência do julgamento do

Procedimento Administrativo Disciplinar a que responde no CNJ e requer, assim, o arquivamento deste writ.

É o relatório.Decido.Conforme noticiado pelo impetrante, o Processo Disciplinar a que

responde no CNJ já foi julgado.Constato, pois, que este mandado de segurança perdeu o seu objeto.Isso posto, julgo extinto o processo sem a resolução de mérito (art.

267, IV, do CPC, combinado com o art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se. Após, arquivem-se os autos. Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MANDADO DE SEGURANÇA 28.209-6 (187)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : NAMIS LEVINO DA SILVAIMPTE.(S) : MARCOS HERBERT FÉLIXADV.(A/S) : SEBASTIÃO ERNESTO SANTOS DOS ANJOSIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (PROCESSO Nº

012.098.2007-6)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

1.Notifique-se o Tribunal de Contas da União para que preste informações no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, I, da Lei 12.016/2009).

2.Dê-se ciência da presente impetração à Advocacia-Geral da União, enviando-lhe cópia da petição inicial (art. 7º, II, da Lei 12.016/2009).

3.Após o encaminhamento das informações ou do decurso do prazo para tal, apreciarei o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

PETIÇÃO 4.316-2 (188)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUREQTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALREQDO.(A/S) : ÁLVARO DIASADV.(A/S) : RENÉ ARIEL DOTTIADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO BRAZ SIQUEIRA E OUTRO

DESPACHO: Retornem os autos à autoridade policial a fim de que conclua, no prazo de 30 (trinta) dias, a diligência faltante (fl. 190).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECLAMAÇÃO 6.770-0 (189)PROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL

DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE ALAGOAS (PROCESSO Nº 200780135003350)

INTDO.(A/S) : CAMILA MILITÃO DE CARVALHO CALHEIROS E OUTRO (A/S)

ADV.(A/S) : MARLENE PATRIOTA DE CARVALHO

DECISÃORECLAMAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO ADMITIDO

PELO PRESIDENTE DE TURMA RECURSAL FEDERAL. ALEGADA

USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE AGRAVO REGIMENTAL PREJUDICADO.

Relatório1. Reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pela União,

em 7.10.2008, contra ato do Juiz Presidente da Turma Recursal do Juizado Especial Federal de Alagoas que, ao inadmitir o Agravo de Instrumento interposto nos autos do Recurso Inominado n. 2007.80.13.500335-0, teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal Federal.

O caso2. Em janeiro de 2007, Fábio da Costa Cavalcanti, Gláucia Tavares de

Melo Fortaleza, Victor Quintella Pacca Luna, Ricardo Patriota de Carvalho e Camila Militão de Carvalho Calheiros, ajuizaram a Ação Ordinária de Obrigação de Fazer n. 2007.80.13.500335-0, objetivando a condenação da União ao “pagamento da indenização referente aos meses de férias não gozadas nos últimos 05 (cinco) anos, acrescidos da remuneração do 1/3 (um terço) constitucional, calculados sobre os vencimentos (...) [e, ainda, à obrigação de fazer consistente na] concessão imediata do direito ao gozo anual de período de 60 (sessenta) dias de férias” (fl. 197).

Os pedidos foram julgados improcedentes e, em 3.10.2007, a Turma Recursal do Juizado Especial Federal de Alagoas deu provimento ao recurso inominado interposto pelos Autores para “reformar a sentença, condenando a União a conceder aos autores as pleiteadas férias de 60 (sessenta) dias, pagando-lhes a indenização referente aos meses de férias não gozados nos últimos 05 (cinco) anos, acrescidos da remuneração do 1/3 constitucional, calculados sobre os vencimentos” (fl. 127).

Contra esse acórdão a União interpôs recurso extraordinário (fls. 13-47), não admitido (fl. 128). Na sequência, interpôs agravo de instrumento com fundamento no art. 544, caput, do Código de Processo Civil (fls. 50-65).

Em 18.12.2007, o Juiz Presidente da Turma Recursal do Juizado Especial Federal de Alagoas entendeu ser “incabível o agravo na forma retida” (fl. 68) e determinou fosse certificado o trânsito em julgado do acórdão recorrido, que ocorreu em 18.12.2007 (fl. 69).

Em pedido de reconsideração a União sustentou ter interposto agravo de instrumento na forma eletrônica, e não agravo retido como asseverou o Juiz Federal Presidente da Turma Recursal no Estado de Alagoas (fls. 70-73).

Sustentou que, se a autoridade reclamada “entendesse que o recurso interposto virtualmente pela União deveria ter sido interposto através de forma ‘física’, poderia intimar este ente público a fim de que adotasse a forma procedimental adequada e não receber o recurso em modalidade diversa almejada” (fl. 71).

Pleiteou, por fim, fosse determinada “suspensão da execução em seus efeitos financeiros e administrativos” (fl. 73).

Em 17.3.2008, o Juiz Presidente da Turma Recursal no Estado de Alagoas indeferiu o pedido de reconsideração e salientou que, “no dia 24.01.2008, a requerente [teria se] manifest[ado] nos autos, na fase de execução, praticando ato judicial incompatível com a pretensão de impugnar a decisão que inadmitira o processamento do agravo” (fl. 75).

Contra a negativa de seguimento de seu agravo de instrumento a União ajuíza a presente Reclamação.

3. A União argumenta que o Juiz Presidente da Turma Recursal do Juizado Especial Federal de Alagoas teria usurpado a competência deste Supremo Tribunal Federal, pois “não cabe[ria] ao juízo a quo obstar o processamento do agravo de instrumento para a subida do apelo extraordinário, uma vez que a análise dos requisitos do citado recurso [seria] de competência exclusiva desse Supremo Tribunal Federal” (fl. 7).

Ressalta que “a impossibilidade de o juízo a quo analisar quaisquer dos requisitos de cabimento do agravo de instrumento, destinado à subida de recurso extraordinário, já est[aria] devidamente pacificada no âmbito desse Supremo Tribunal Federal, consoante se verifica[ria] da Súmula nº 727 dessa Corte” (fl. 5).

Pede “seja cassada a decisão proferida nos autos do mencionado processo, confirmando-se (...) a remessa daqueles autos a esse Supremo Tribunal Federal, para que o mesmo seja processado e julgado” (fl. 8).

4. Em 8.10.2008, deferi medida liminar para determinar fosse o “Agravo de Instrumento (Processo n. 2007.80.13.500335-0) interposto pela União remetido a este Supremo Tribunal” (fl. 85), sem prejuízo da continuidade do processo de execução.

5. Em 22.10.2008, o Juiz Presidente da Turma Recursal do Juizado Especial Federal de Alagoas prestou informações (fls. 94-95).

6. Em 23.10.2008, os Interessados interpuseram agravo regimental (fls. 221-224).

7. Em 29.1.2009, por meio da Petição STF n. 6.707, o agravo de instrumento interposto pela União foi recebido neste Supremo Tribunal e apensado aos autos desta Reclamação.

8. Em 17.6.2009, a Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela procedência desta Reclamação e pelo prejuízo do Agravo Regimental interpostos pelos ora Interessados (fls. 292-296).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.9. O que se põe em foco na presente Reclamação é se seria

possível, juridicamente, valer-se a Reclamante desse instituto para questionar eventual usurpação de competência deste Supremo Tribunal Federal, decorrente da decisão do Juiz Presidente da Turma Recursal no Estado de Alagoas que teria impedido o regular processamento do agravo de

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 31

instrumento interposto pela Reclamante por meio eletrônico.O ato reclamado está assim fundamentado:“Interpõe a União Federal petição de agravo contra decisão que

negou seguimento a recurso extraordinário.Incabível o agravo na forma retida, nos termos do caput do art. 544,

do CPC: ‘Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo de instrumento, no prazo de 10 (dez) dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso.’

O agravo de instrumento, como o próprio nome evidencia, difere do agravo retido porque neste último o recurso é interposto no bojo dos autos, que, adiante, serão encaminhados ao tribunal destinatário do agravo para a apreciação de recurso, enquanto que, no primeiro, há necessidade de apresentação de cópia das peças processuais obrigatórias, com vistas à formação do instrumento a ser encaminhado ao juízo competente para apreciação.

Tem-se admitido, entretanto, a apresentação do agravo perante a Secretaria da Turma Recursal, hipótese em que esta funciona como protocolo de extensão. Nada obstante, é imprescindível, neste caso, que as respectivas peças processuais sejam apresentadas em autos físicos, pelo interessado, sem o que não há como deferir-se a formação do agravo para encaminhamento ao STF, eis que não dispõe este último Órgão de sistema informatizado compatível com Creta, que possibilite a remessa eletrônica dos autos.

Mercê do exposto determino que a Secretaria certifique o trânsito em julgado da decisão proferida nos presentes autos, remetendo o feito à 6ª Vara Federal, para adoção das providências que se fizerem necessárias” (fl. 68).

Em apertada síntese, a autoridade judiciária Reclamada deixou de remeter o agravo de instrumento interposto pela União ao Supremo Tribunal Federal, por entender ser necessária a sua formação em meio físico, com as peças de traslado obrigatório, uma vez que a incompatibilidade dos sistemas de processamento eletrônico de documentos utilizados no Tribunal de origem e de destino não permitiria a remessa eletrônica dos autos.

10. A impossibilidade de se obstar o processamento de agravo de instrumento, interposto contra decisão que não admite recurso extraordinário, não é nova neste Supremo Tribunal Federal. Na assentada de 13.9.2007, no julgamento da Reclamação n. 2.826/RS, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário deste Supremo Tribunal decidiu:

“RECLAMAÇÃO - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AUSÊNCIA DE REMESSA AO SUPREMO. O agravo visando à subida de recurso extraordinário, pouco importando o defeito que apresente, há de ser encaminhado ao Supremo, para o exame cabível” (DJ 14.11.2007, grifos nossos).

No mesmo sentido:“AGRAVO DE INSTRUMENTO - JUÍZO PRIMEIRO DE

ADMISSIBILIDADE - INADEQUAÇÃO. O agravo de instrumento protocolado visando à seqüência de recurso extraordinário não passa por crivo de admissibilidade na origem, cabendo a remessa automática ao Supremo” (Rcl 4.484/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJ 23.11.2007).

“EMENTA: RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. JUIZ-PRESIDENTE DA 3ª TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE UBERLÂNDIA -MG. O Supremo Tribunal Federal sedimentou o entendimento de que os acórdãos proferidos pelas Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, quando versantes sobre matéria constitucional, comportam impugnação por meio de apelo extremo -- Súmula 640/STF. Exatamente por essa razão é que a jurisprudência desta colenda Corte também rechaça a obstância, na origem, de agravo de instrumento manejado contra decisão que inadmite recurso extraordinário. Precedentes. Reclamação julgada procedente para determinar a remessa do agravo de instrumento a esta egrégia Corte, uma vez que somente ao Supremo Tribunal Federal compete decidir se esse recurso é passível de conhecimento” (Rcl 2.453/MG, Rel. Min. Carlos Britto, Tribunal Pleno, DJ 11.2.2005, grifos nossos).

“EMENTA: RECLAMAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INADMITIDO. AGRAVO DE INSTRUMENTO NEGADO SEGUIMENTO PELO PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL CÍVEL. ANÁLISE DOS REQUISITOS DE CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO COMPETE AO TRIBUNAL 'AD QUEM'. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO STF. PRECEDENTES. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE” (Rcl 1.574/ES, Rel. Min. Nelson Jobim, Tribunal Pleno, DJ 13.6.2003).

E, ainda, Rcl 1.155/SP, Rel. Min. Nelson Jobim, Tribunal Pleno, DJ 13.6.2003; Rcl 2.132/MG, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 25.10.2002; Rcl 459/GO, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJ 8.4.1994; Rcl 5.031/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, decisão monocrática, DJ 25.5.2007; Rcl 4.932/SP, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 26.4.2007; Rcl 3.845/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática, DJ 2.2.2006; Rcl 3.032/TO, Rel. Min. Carlos Velloso, decisão monocrática, DJ 17.11.2005; e Rcl 3.402/SP, Rel. Min. Carlos Britto, decisão monocrática, DJ 20.9.2005.

A decisão reclamada usurpou, assim, a competência deste Supremo Tribunal, mormente pela clareza do enunciado da Súmula n. 727:

“Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos

juizados especiais”.11. Pelo exposto, julgo procedente a presente Reclamação,

ficando, por óbvio, prejudicado o exame do agravo regimental.À Secretaria Judiciária do Supremo Tribunal Federal para que

desentranhe a Petição STF 6.707/2009 e proceda a sua autuação como agravo de instrumento.

Arquive-se.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECLAMAÇÃO 7.998-8 (190)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MOSSORÓADV.(A/S) : FRANCISCO FAUSTO PAULA DE MEDEIROS E

OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (PROCESSO Nº

1280/2003-012-21-40.4)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE

MOSSORÓ (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 1280/2003-012-21-00-4)

INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE MOSSORÓ - SINDISERPUM

ADV.(A/S) : LINDOCASTRO NOGUEIRA DE MORAIS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de reclamação constitucional, aparelhada com pedido de

medida liminar, proposta pelo Município de Mossoró/RN, em face do Tribunal Superior do Trabalho e do Juízo da 2ª Vara do Trabalho de Mossoró/RN (RT n. 1280/2003-012-21).

2. Argúi o reclamante violação ao acórdão deste Supremo Tribunal Federal nas ADI’s 492 e 3.395-MC, por meio do qual se pacificou que o inciso I do art. 114 da Constituição Federal não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária. E o fato é que, no caso, segundo o requerente, o Juízo trabalhista haveria fixado sua competência para conhecer da ação proposta por sindicato dos servidores públicos (Reclamação Trabalhista no 1280/2003-012-21. Ação trabalhista na qual se pugnava pelo pagamento do FGTS a todos os servidores municipais, desde outubro de 1988, sob o argumento de que eram celetistas. Daí requerer a procedência da ação para que se declare a competência da Justiça Comum, com a conseqüente nulidade do processo em trâmite na Justiça obreira.

3. Pois bem, antes de apreciar o pedido de medida liminar, solicitei informações aos reclamados. Informações que foram prestadas. Continuo neste reavivar das coisas para dizer que dei, então, vista dos autos ao Procurador-Geral da República. Procurador que opinou pela procedência da reclamação. Mais: o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró peticionou nos autor para pedir a manutenção das decisões reclamadas.

4. Feito este aligeirado relato da causa, passo à decisão. Fazendo-o, pontuo, de saída, que este Supremo Tribunal Federal, ao referendar a liminar concedida pelo Ministro Nelson Jobim na ADI 3.395, afastou qualquer interpretação do inciso I do art. 114 da Constituição da República, incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004, que reputasse de competência da Justiça do Trabalho o julgamento das causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores vinculados por relação jurídico-estatutária. Em outras palavras, estando o servidor protegido por um regime estatutário ou, ao menos, por um vínculo de natureza jurídico-administrativa, a competência para solucionar as lides é da Justiça Comum, estadual ou federal.

5. No caso, anoto que não procede o pleito do reclamante. É que se os interessados ocupavam cargos públicos, nos termos da Lei municipal nº 311/1991, ao menos a cópia desta lei deveria vir aos autos. Lei que, se publicada em mural, na forma do art. 99 da Lei Orgânica do Município de Mossoró/RN, estaria em pleno vigor, até ser substituída pela Lei Complementar 29/2008. Portanto, para restar patentemente configurado o vínculo estatutário entre o requerente e os servidores é essencial a prova nos autos. Assim já pacificou o Plenário deste Supremo Tribunal Federal:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. DEFINIÇÃO DO ALCANCE MATERIAL DA DECISÃO LIMINAR PROFERIDA NA ADI-MC N° 3.395/DF. 2. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária, entendida esta como a relação de cunho jurídico-administrativo originada de investidura em cargo efetivo ou em cargo em comissão. Tais premissas são suficientes para que este Supremo Tribunal Federal, em sede de reclamação, verifique se determinado ato judicial confirmador da competência da Justiça do Trabalho afronta sua decisão cautelar proferida na ADI 3.395/DF. 3. A investidura do servidor em cargo em comissão define esse caráter jurídico-administrativo da relação de trabalho. 4. Não compete ao Supremo Tribunal Federal, no âmbito estreito de cognição próprio da reclamação constitucional, analisar a regularidade constitucional e legal das investiduras em cargos efetivos ou comissionados ou das contratações

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 32

temporárias realizadas pelo Poder Público. 5. Agravo regimental desprovido, à unanimidade, nos termos do voto do Relator.” (Rcl 4.785-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes) (Grifou-se)

6. Anoto que o debate sobre a validade da forma de publicação da Lei municipal n° 311/1991 e, por conseguinte, da própria constitucionalidade do art. 99 da Lei Orgânica do Município de Mossoró, de 03 de abril de 1990, é matéria que se insere na competência da Justiça Comum. Isto porque a lei do regime jurídico dos servidores de Mossoró, enquanto não afastada do ordenamento por quaisquer motivos (vícios formais ou materiais), permanece orientando a fixação da competência material do Juízo. Contudo, o que minimamente se requer é a prova da existência da própria lei (Rcl nº 5798 MC/DF). Deste encargo não se desincumbiu o reclamante. Averbo que o reclamado informou que o Município não comprovou sequer a publicação em “mural” (fl. 122). Ademais, como observado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (fl. 445), o que consta dos autos é um “Projeto de Lei nº 311/91” (fl. 311) e não a Lei municipal n° 311/91. Não se trata, portanto, do controle judicial acerca dos planos da validade, da vigência ou da eficácia, mas sobre a própria prova da existência do diploma legal. Daí que, não provada a existência do diploma legal de criação do regime jurídico único dos servidores do Município de Mossoró, permaneceram eles no regime celetista até 2008 (Lei Complementar municipal nº 29), conforme disposto no art. 39 da Constituição (“Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único [...]”). Em palavras outras, só a instituição do regime jurídico único acarreta a extinção do contrato de trabalho (AI 310274 AgR/DF. Relator Min. Moreira Alves). E “a jurisprudência desta Corte é no sentido de que compete exclusivamente à Justiça do Trabalho processar e julgar reclamação de servidor público relativamente a vantagens trabalhistas anteriores à instituição do Regime Jurídico Único. Precedente [AI n. 405.416 - AgR, Relator o Ministro CARLOS VELLOSO, DJ de 27.2.04]” (CC 7242/MG, Relator Min. Eros Grau).

7. Apenas para reforçar o acerto das conclusões acima, observo que a Prefeita do Município de Mossoró, nas informações que prestou ao Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Mossoró, advogou a incompetência absoluta daquele Juízo de Direito, o que fez mediante os seguintes argumentos (fls. 186/189):

“DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA ESTADUAL – NO CASO CONCRETO. Neste pórtico, urge declinar que a Justiça Comum Estadual não é competente para e da [sic] Administração Pública no caso do Município de Mossoró. [...] É do corpo do acórdão o seguinte posicionamento do Eminente Juiz [do Trabalho] Relator: ‘O Município juntou aos autos apenas cópia do projeto da Lei nº 311/91 [...]’.

Em sendo assim, seguindo o entendimento da Justiça do Trabalho a competência da especializada neste caso não decorre necessariamente do comando da reforma constitucional, mas da inexistência de regime jurídico estatutário para os servidores do município de Mossoró, em cuja ação figurou como advogado o mesmo que atua neste mandamus.

É importante ainda argumentar que não trouxe a impetrante aos autos comprovação da condição de servidor estatutário, razão pela qual tem-se [sic] a incompetência material Justiça Estadual.

A clarividente [sic] incompetência mitiga o pretenso fumus boni iures [sic] da Impetrante, motivo pelo qual dá o necessário indeferimento da liminar pleiteada.” (grifos meus)

8. Ante o exposto, nego seguimento à presente reclamação, o que faço com fundamento no § 1º do art. 21 do RI/STF.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECLAMAÇÃO 8.144-3 (191)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DA TRABALHO DA 6ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00053-2008-016-06-00-9)INTDO.(A/S) : MARCELO DA SILVA MOURAADV.(A/S) : JOSÉ DJACY VERAS E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : CONSTRUTORA BRANDÃO CAVALCANTI LTDAADV.(A/S) : HILTON CARVALHO GALVÃO E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : MANTENGE - MANUTENÇÃO TÉCNICA E

ENGENHARIA LTDA

DESPACHO1.A correspondência remetida ao endereço da Avenida Getúlio

Vargas, nº 714, Loja 110-A, Bairro Novo, Olinda/PE, foi devolvida. O reclamante deve fornecer o endereço da interessada, visando à ciência do processo.

2.Publiquem.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 8.172-9 (192)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (RECURSO DE

REVISTA Nº 92.695/2003-900-11-00.2)INTDO.(A/S) : JOSÉ LOPES MOUSSEADV.(A/S) : JOSÉ PAIVA DE SOUZA FILHO

DESPACHO1.A correspondência remetida ao endereço da Rua Ribeiro de Matos,

nº 76, Parque 10 de novembro, Manaus/AM, foi devolvida. O reclamante deve fornecer o endereço do interessado, visando à ciência do processo.

2.Publiquem.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 8.198-2 (193)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : COMPANHIA INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO

AGRÍCOLA DE SANTA CATARINA - CIDASCADV.(A/S) : FELIPE KRUSSER PRIMO E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 6ª VARA DO TRABALHO DE

FLORIANÓPOLIS (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 08873-2008-036-12-00-0)

RECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE LAGES (PROCESSO Nº 00780-2009-007-12-00-3)

INTDO.(A/S) : ZENON MUNIZ MACEDOADV.(A/S) : EDILSON JAIR CASAGRANDE E OUTRO (A/S)

DESPACHOPROCESSO – PREJUÍZO – ELUCIDAÇÃO.1.Diga a reclamante sobre o interesse no prosseguimento do

processo, ante as informações de folhas 150 a 153, no sentido da reconsideração parcial da tutela antecipada, ajustando-as aos termos do acórdão proferido na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.770-4/DF, ao qual aponta desrespeito.

2.Publiquem.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 8.455-8 (194)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : SINDICATO UNIÃO DOS SERVIDORES DO PODER

JUDICIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : ISRAEL MOREIRA AZEVEDO E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº

179.835-0/2-00 DO ÓRGÃO ESPECIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

INTDO.(A/S) : PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Sindicato União dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, contra decisão monocrática nos autos do MS 179.835-0/2-00/SP, que teria afrontado o quanto decidido por esta Corte no MI 712/PA, Rel. Min. Eros Grau.

Narra o reclamante que impetrou Mandado de Segurança Coletivo preventivo em face do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e do Procurador-Geral de Justiça

“visando resguardar o Direito Líquido e certo da Categoria dos Auxiliares da Justiça do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo a realizar o Movimento Grevista nos dias 16 e 17 de junho de 2009, na proporção de 70% (Setenta por cento) para 30% (Trinta por cento), ou seja, nos citados dias, 70% (Setenta por cento) do efetivo da Categoria vai fazer a paralisação dos Trabalhos e Serviços e 30% (Trinta por cento) do efetivo da Categoria permanecerá trabalhando normalmente, sem qualquer tipo de retaliação, multa, descontos de dias de trabalho, ou qualquer outra punição de qualquer natureza (...)” (fl. 3).

O Relator do referido Mandado de Segurança indeferiu a medida liminar, sob o fundamento do voto que proferi no MI 670/ES, Rel. para o acórdão Min. Gilmar Mendes.

Sustenta que essa decisão afronta a autoridade desta Corte, uma vez que no MI 712/PA, Rel. Min. Eros Grau, foi definido a aplicabilidade da Lei nº 7.783/1989 aos Servidores Públicos.

Ressalta, ainda, que o efeito dessa decisão foi erga omnes.Requer, assim, o deferimento da medida liminar para que seja

garantido “o exercício do Direito de Greve, com base no art. 37, VII, da

Constituição, na Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989, a recepcionada

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 33

Convenção número 98 da Organização Internacional do Trabalho e a Súmula 316 do Colendo Supremo Tribunal Federal, para que efetuem o Movimento Grevista nos dias 16 e 17 de junho de 2009 (...)” (fls. 5-6 – grifei).

No mérito, requer “a conversão da medida liminar Inauldita Altera Parte concedida, de caráter provisório para definitivo (...).

Às fls. 96-97 indeferi a medida liminar.É o relatório. Passo a decidir. Bem examinados os autos, entendo que o feito perdeu o objeto, uma

vez que o pedido era para que fosse garantido o movimento grevista nos dias 16 e 17 de junho deste ano.

Isso posto, julgo prejudicada esta reclamação (art. 21, § 1º, RISTF).Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.497-3 (195)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO RAIMUNDO NONATOADV.(A/S) : GIANNA LÚCIA CARNIB BARROS E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA FEDERAL DO

TRABALHO DE SÃO RAIMUNDO NONATO (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 00323-2009-102-22-00-0)

INTDO.(A/S) : JOSÉLIA OLIVEIRA DA SILVA PAES LANDIM PEREIRAADV.(A/S) : JONATAS BARRETO NETO

DECISÃORECLAMAÇÃO – AUTORIDADE DE ACÓRDÃO – AUSÊNCIA DE

JUNTADA – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1.Com a inicial de folha 2 a 15, acompanhada dos documentos de

folha 16 a 41, sustenta-se que decisão prolatada pelo Juiz do Trabalho da Vara do Trabalho de São Raimundo Nonato/PI implicou o desrespeito ao acórdão do Supremo formalizado na Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395-6/DF.

À folha 44, determinei a juntada do acórdão tido como olvidado. 2.O reclamante, intimado à folha 45, não atendeu ao citado

despacho.3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4.Publiquem.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 8.499-0 (196)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO RAIMUNDO NONATOADV.(A/S) : GIANNA LÚCIA CARNIB BARROS E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA FEDERAL DO

TRABALHO DE SÃO RAIMUNDO NONATO (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 00352-2009-102-22-00-2)

INTDO.(A/S) : MARIA DA CONCEIÇÃO DE S CASTROADV.(A/S) : JONATAS BARRETO NETO

DECISÃORECLAMAÇÃO – AUTORIDADE DE ACÓRDÃO – AUSÊNCIA DE

JUNTADA – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1.Com a inicial de folha 2 a 14, acompanhada dos documentos de

folha 15 a 14, sustenta-se que decisão prolatada pelo Juiz do Trabalho da Vara do Trabalho de São Raimundo Nonato/PI implicou o desrespeito ao acórdão do Supremo formalizado na Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395-6/DF.

À folha 41, determinei a juntada do acórdão tido como olvidado.2.O reclamante, intimado à folha 42, não atendeu ao despacho. 3.Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4.Publiquem.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.530-9 (197)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : SINCREMAT - SINDICATO DA CONSTRUÇÃO,

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E GÁS NO ESTADO DE MATO GROSSO

ADV.(A/S) : VICTOR HUMBERTO MAIZMANRECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MATO GROSSO (AÇÃO

CIVIL PÚBLICA Nº 2009.36.00.004493-8)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALINTDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária desse Estado nos autos da Ação Civil Pública 2009.36.00.004493-8, que teria usurpado a competência desta Corte.

Alega a reclamante que referida Ação Civil Pública, com pedido de antecipação de tutela, pretende efetivar

“o controle de Constitucionalidade da Lei Complementar Estadual 35/95 (alterada pela LC 70/2.000), mormente no tocante ao enunciado normativo previsto no § 1º do artigo 24, cuja regra dispensa a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental – EIA para os empreendimentos que exploram o aproveitamento hidroelétrico com potência entre 01 a 30 Megawatt (assim denominados pela Resolução 395/98 da ANAEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, com Pequenas Centrais Hidroelétricas – PCHs)”.

Afirma que o Juiz da 2ª Vara Federal/MT deferiu a medida antecipatória.

Sustenta, assim, que“a decisão em questão mais se assemelha a uma ação de controle

concentrado de constitucionalidade, pois extirpa totalmente da cena jurídica o já mencionado art. 24, XI, da Lei Complementar Estadual 38/95, a pretexto de ser incompatível com o art. 225, § 1º, inciso IV, da Constituição da República (...)”.

Pugna pela concessão da medida liminar para que seja suspensa a decisão objeto desta Reclamação e, no mérito, pela sua procedência.

Informações prestadas às fls. 94-98.É o relatório. Passo a decidir o pedido liminar. Em uma análise perfunctória dos autos, verifico que estão presentes

os requisitos que ensejam a concessão da liminar. Conforme se depreende da leitura da petição inicial da ação civil

pública (fls. 35-52) o pedido é para que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente – Sema se abstenha de conceder ou renovar quaisquer licenças ambientais sem apresentação de Estudo de Impacto Ambiental - EIA para empreendimentos hidroelétricos com capacidade superior a 10 Megawatts de potência.

Com efeito, parece haver confusão entre a questão incidental (inconstitucionalidade parcial da Lei Complementar Estadual 70/2000) com o pressuposto necessário para o julgamento da lide, uma vez que referida lei dispensa a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental – EIA para os empreendimentos que exploram o aproveitamento hidroelétrico com potência entre 01 e 30 Megawatts.

Isso posto, defiro o pedido de medida liminar para suspender a decisão reclamada.

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Art. 38, I, do RISTF -

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.604-6 (198)PROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE FONTE BOAADV.(A/S) : JAYME PEREIRA JUNIORRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 12ª VARA DO TRABALHO DE

MANAUS (PROCESSO Nº 01950-2008-012-11-00-7)INTDO.(A/S) : JORGE FERREIRA LISBOA JÚNIOR

DESPACHO1. Reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo

Município de Fonte Boa/AM, em 10.7.2009, contra decisão proferida pelo Juízo da 12ª Vara do Trabalho de Manaus, que, nos autos da Reclamação Trabalhista n. R-01950/2008-012-00-7, teria descumprido o que decidido pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395/DF.

2. A Reclamação deve vir instruída dos documentos que comprovam o alegado, nos termos do que dispõem o parágrafo único do art. 156 do RISTF e art. 282, inc. VI, do Código de Processo Civil.

O Reclamante não juntou aos autos o contrato administrativo firmado com o Interessado, tampouco cópia da lei local que disponha sobre a contratação de servidores por tempo determinado, por excepcional interesse público, documentos indispensáveis à análise da Reclamação fundada em descumprimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395/DF.

Entretanto, os Ministros do Supremo Tribunal Federal vêm admitindo a abertura de prazo para que petições iniciais irregulares sejam emendadas ou completadas, conforme dispõe o art. 284 do Código de Processo Civil.

Nesse sentido são os precedentes: MS 27.405-MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 5.8.2008; MS 26.384-MC/SP, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 12.2.2007; ACO 808/RR, Rel.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 34

Min. Carlos Britto, decisão monocrática, DJ 28.9.2005; Rcl 3.314/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decisão monocrática, DJ 16.5.2005; Rcl 2.732/PB, Rel. Min. Joaquim Barbosa, decisão monocrática, DJ 20.9.2004; e Pet 2.515/PR, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 18.12.2001.

3. Pelo exposto, intime-se o Reclamante para, querendo, emendar a inicial, no prazo de 10 dias (art. 284 do Código de Processo Civil).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.619-4 (199)PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00376-2007-291-06-00-4)INTDO.(A/S) : JOSÉ ROMUALDO DE SOUZAADV.(A/S) : JESIMIEL GONÇALVES DE LIMAINTDO.(A/S) : TGS - TECNO GLOBAL SERVICE LTDA

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Estado de Pernambuco, com fundamento no art. 103-A, § 3º, da Constituição Federal, em face do acórdão proferido pela Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região no julgamento da Reclamação Trabalhista 00376-2007-291-06-00-4.

O acórdão ora impugnado determinou a aplicação do que dispõe o inciso IV da Súmula TST 331 e afastou a incidência do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, que não permite a transferência de responsabilidades por encargos trabalhistas para os entes públicos, ao entendimento de que esse dispositivo legal afrontaria o que dispõe o art. 37, § 6º, da Constituição Federal (fls. 38-45).

O reclamante sustenta, em síntese, a ocorrência de ofensa à autoridade da Súmula Vinculante 10 e ao art. 97 da Constituição Federal, porquanto a decisão impugnada afastou a aplicação do art. 71, §1º, da Lei 8.666/93 ao julgar o recurso ordinário interposto, declarando inconstitucional o referido dispositivo por via oblíqua.

Alega também a existência do perigo na demora, consubstanciado no fato de que a reclamação trabalhista continuará a tramitar, não obstante a nulidade reportada, em afronta aos princípios da economia e da celeridade processual, dado que, no caso de esta Corte julgar procedente o pedido formulado na presente reclamação, os atos processuais praticados após o acórdão ora impugnado serão declarados nulos.

Requer, por fim, a concessão de medida liminar para que seja suspensa a tramitação da Reclamação Trabalhista 00376-2007-291-06-00-4.

2.Requisitaram-se informações (fl. 23), que foram devidamente prestadas pela Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (fls. 25-45).

3.Passo a apreciar o pedido de medida liminar.Ressalte-se, inicialmente, que a via estreita da reclamação

(Constituição, art. 102, I, l) pressupõe o descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal proferida em controle abstrato de constitucionalidade, a ocorrência de usurpação de sua competência originária ou a desobediência a súmula vinculante. Logo, seu objeto é, e só pode ser, a verificação de uma dessas hipóteses, para se sanar imediatamente o abuso, acaso verificado.

O art. 103-A, § 3º, da Constituição Federal tem a seguinte redação:“Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por

provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

(...)§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula

aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.”

Vislumbro, neste juízo prévio, o confronto entre o ato emanado do juízo reclamado e o que expressamente dispõe a Súmula Vinculante 10, in verbis:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionado de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (DOU 27.6.2008, destaquei)

É que a decisão ora impugnada na presente reclamação explicitamente afastou a aplicação do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, que não permite a transferência de responsabilidades por encargos trabalhistas para os entes públicos, por suposta afronta ao art. 37, § 6º, da Constituição Federal, aplicando ao caso o que dispõe o inciso IV da Súmula TST 331.

Quanto ao perigo na demora, verifico que o acórdão impugnado poderá causar prejuízos ao Estado de Pernambuco, por permitir que sociedade empresária prestadora de serviços terceirizados se exima do pagamento de seus débitos trabalhistas em detrimento desse ente público.

Nesse sentido foram as decisões proferidas nas Reclamações 6.665-MC/SP, rel. Min. Menezes Direito, DJe 10.10.2008; 6.525-MC/PR e 6.763-MC/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 13.10.2008; 6.806-MC/SE e 6.970-MC/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 21.10.2008 e 13.11.2008.

4.Ante o exposto, defiro o pedido de liminar para suspender a tramitação da Reclamação Trabalhista 00376-2007-291-06-00-4, até o julgamento final desta reclamação.

Comunique-se e publique-se.Após, abra-se vista à Procuradoria-Geral da República (arts. 16 da

Lei 8.038/90 e 160 do RISTF).Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.621-6 (200)PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00228-2008-351-06-00-0)INTDO.(A/S) : MARCOS CELESTINO DE SOUZAADV.(A/S) : OSWALDO LEMOS DE ALBUQUERQUE

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Estado de Pernambuco, com fundamento nos arts. 102, I, l, da Constituição Federal; 13 a 18 da Lei 8.038/90; e 156 e seguintes do RISTF, contra o processamento da Reclamação Trabalhista 00228-2008-351-06-00-0 perante a Terceira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (fls. 68-78).

Diz o reclamante que a atuação do juízo reclamado se mostra atentatória à autoridade da decisão proferida pelo Plenário desta Corte na ADI 3.395-MC/DF, que suspendeu toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do artigo 114 da Constituição Federal, na redação atribuída pela EC 45/2004, que inclua na competência da Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, tendo por base vínculo de ordem estatutária ou jurídico-administrativa.

Ressalta ainda que o contrato firmado entre o Estado e o autor da reclamação trabalhista era de natureza administrativa, regido pela Lei Estadual 10.954/1993, a qual possibilita a contratação de pessoal por tempo determinado para atender as necessidades temporárias de excepcional interesse público sem concurso.

Nesse contexto, salienta a existência do perigo na demora, consubstanciado no fato de que será proferida decisão por autoridade incompetente.

Requer, ao final, a concessão de medida liminar, determinando-se a imediata suspensão do processamento da Reclamação Trabalhista 00228-2008-351-06-00-0.

2.Requisitaram-se informações (fl. 49), que foram devidamente prestadas (fls. 51-81).

3.Passo ao exame do pedido de medida liminar. Reputo atendidos os requisitos necessários à sua concessão.Vislumbro, neste juízo prévio, o confronto entre os atos emanados do

juízo reclamado e a decisão proferida pelo Plenário desta Corte na ADI 3.395-MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, DJ 10.11.2006. É que as cópias dos documentos acostados aos autos (fls. 8-11 do apenso) demonstram que a discussão posta em juízo deriva de contratação por tempo determinado para atender necessidade de excepcional interesse público, regida pela Lei Estadual 10.954/93, na função de Guarda Especial Temporário de Estabelecimento Prisional da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de Pernambuco.

Quanto ao perigo na demora, verifico que já foi interposto agravo de instrumento em recurso de revista na mencionada reclamação trabalhista.

Nesse sentido foram as decisões proferidas nas Reclamações 4.776-MC/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 06.12.2006; 5.306-MC/MG e 5.578-MC/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 01.8.2007 e 19.10.2007; 5.437-MC/MG, rel. Min. Eros Grau, DJ 20.8.2007; e 5.576-MC/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 16.10.2007.

4.Ante o exposto, defiro o pedido de liminar para suspender a tramitação da Reclamação Trabalhista 00228-2008-351-06-00-0.

Comunique-se e publique-se. Após, abra-se vista ao Procurador-Geral da República (arts. 16 da Lei

8.038/90 e 160 do RISTF).Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECLAMAÇÃO 8.669-1 (201)PROCED. : MATO GROSSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 35

RELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECLTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS

NO MATO GROSSO - SINDSEPADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DOS ANJOS E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 7ª VARA DO TRABALHO DE

CUIABÁ (PROCESSO Nº 01141.2007.007.23.00-3)INTDO.(A/S) : MAURI GUIMARÃES DE JESUSADV.(A/S) : MAURI GUIMARÃES DE JESUS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Mato Grosso ajuíza

reclamação contra decisão do Juízo da 7ª Vara do Trabalho de Cuiabá, que se declarou competente para julgar ação de execução de honorários advocatícios. Pede o autor que o Supremo Tribunal Federal declare que as “‘ações oriundas da relação de trabalho’ previsto no inciso I, do art. 114 da Constituição Federal, refere-se às relações de trabalho abarcadas pela Consolidação das Leis do Trabalho, na forma da Súmula 363 do STJ”.

2. Determinada a complementação da petição inicial para que fosse explicitada a competência do STF usurpada ou apontada a decisão cuja autoridade foi desrespeitada pelo reclamado, respondeu o autor: a) a preservação da competência do Supremo Tribunal Federal como guardião da Constituição; b) reitera a ofensa à Súmula 363 do STF.

3. Este o relatório. Decido. Fazendo-o, averbo que a reclamação constitucional é meio de preservar a competência deste nosso Supremo Tribunal Federal. Competência, essa, para julgar ações originárias, ou recursos, e que se estabelece pelos limites objetivos e subjetivos da causa em que foi prolatado o ato reclamado. Bem de ver que a ação de execução de honorários advocatícios não se encontra no exaustivo rol do art. 102 da Constituição Federal. Este nosso Supremo Tribunal, como guardião-mor da Constituição Federal, dá a primeira e última palavra em processos de competência originária, ou emite o juízo definitivo no modelo do controle difuso de constitucionalidade. Quanto a este último, “(...) - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. (...). (Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)”. À derradeira, anoto que o reclamante reafirmou que a decisão supostamente desrespeitada foi prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça, e não por este nosso Supremo Tribunal Federal. Pelo que nego seguimento à ação, o que faço com fundamento no § 1º do art. 21 do RI/STF.

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECLAMAÇÃO 8.709-3 (202)PROCED. : PARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTARÉMADV.(A/S) : ISAAC VASCONCELOS LISBOA FILHO E OUTRO

(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE

SANTARÉM (PROCESSOS NºS 00940-2005-109-08-00-3, 00880-2005-109-08-00-9, 00937-2005-109-08-00-0, 01114-2005-109-08-00-1, 01070-2005-109-08-00-0, 00938-2005-109-08-00-4, 01110-2005-109-08-00-3, 01165-2005-109-08-00-3, 00936-2005-109-08-00-5, 00859-2005-109-08-00-3, 00879-2005-109-08-00-4, 00934-2005-109-08-00-6, 01071-2005-109-08-00-4 E 00861-2005-109-08-00-2)

INTDO.(A/S) : JAMES DE JESUS SANTOS GONDIMINTDO.(A/S) : RAIMUNDO TEREVALDO RODRIGUES DE ALMEIDAINTDO.(A/S) : ZÉLIA CONCEIÇÃO DA SILVA LACERDAINTDO.(A/S) : MAURÍCIO NEVES CAMPOSINTDO.(A/S) : GERLUSA SILVA DE FREITAS ALVESINTDO.(A/S) : EDINELSON SILVA DOS SANTOSINTDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA SANTOS GONDIMINTDO.(A/S) : RAIMUNDO JORDÃO NASCIMENTOINTDO.(A/S) : MARCOS DOS SANTOS MOTAINTDO.(A/S) : EDILBERTO SILVA DOS SANTOSINTDO.(A/S) : FRANCISCO COSTAINTDO.(A/S) : MARQUES LIMA DE SOUSAADV.(A/S) : RAIMUNDO NIVALDO S. DUARTEINTDO.(A/S) : JOSÉ FLÁVIO NASCIMENTO TAVARESINTDO.(A/S) : LEONTINO DO ROSÁRIO OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ FIGUEIRA FERREIRA

DECISÃORECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO.

CONTRATO TEMPORÁRIO E CARGO EM COMISSÃO. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE EM DATA ANTERIOR A PEDIDO DE DESISTÊNCIA. NADA HÁ A PROVER.

Relatório1. Reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo

Município de Santarém/PA, em 29.7.2009, contra ato do Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Santarém/PA que desrespeitou a autoridade da decisão proferida por este Supremo Tribunal na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395-MC/DF.

2. Em 4.8.2009, julguei procedente a Reclamação e “declar[ei] a incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar as Reclamações Trabalhistas ns. 00940-2005-109-08-00-3, 00880-2005-109-08-00-9, 00937-2005-109-08-00-0, 01114-2005-109-08-00-1, 01070-2005-109-08-00-0, 00938-2005-109-08-00-4, 01110-2005-109-08-00-3, 01165-2005-109-08-00-3, 00936-2005-109-08-00-5, 00859-2005-109-08-00-3, 00879-2005-109-08-00-4, 00934-2005-109-08-00-6, 01071-2005-109-08-00-4 e 00861-2005-109-08-00-2, determinando a remessa dos autos à Justiça comum estadual do Estado do Pará” (DJ 13.8.2009).

3. Em 7.8.2009, o Município de Santarém/PA requereu a desistência da presente Reclamação, em razão da “decisão prolatada pela magistrada pronunciando a incompetência da Justiça do Trabalho com o conseqüente encaminhamento do feito para a Justiça Comum Estadual” (fl. 581, Petição STF n. 97.338, juntada aos autos em 13.8.2009).

4. A Petição STF n. 97.338/2009 foi protocolizada em data posterior à decisão de fls. 562-573, razão pela qual não há nada a prover.

Publique-se.Arquive-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.738-7 (203)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. MENEZES DIREITORECLTE.(S) : ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00877-2007-342-05-00-4)INTDO.(A/S) : ANTÔNIO OLIVEIRA DE VASCONCELOSADV.(A/S) : JORGE EDUARDO MUNIZ LIBÓRIO E OUTRO (A/S)

DECISÃO DO SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Esta decisão é por mim proferida em face da licença médica do eminente Relator da presente causa (fls. 20), justificando-se, em conseqüência, a aplicação da norma inscrita no art. 38, I, do RISTF.

Trata-se de reclamação formulada com o objetivo de fazer preservar a autoridade de decisão, que, referendada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min.CEZAR PELUSO), suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Constituição Federal (na redação dada pela ECnº45/2004) “(...) que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a ‘(...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo’” (grifei).

A parte ora reclamante alega que o órgão judiciário reclamado (Processo nº 00877-2007-342-05-00-4) - ao reconhecer-se competente para apreciar litígio alcançado pelos efeitos da providência cautelar emanada desta Suprema Corte – teria desrespeitado a eficácia vinculante que é inerente aos pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal em sede de fiscalização normativa abstrata (ADI 3.395/DF), comprometendo, desse modo, a integridade de tal ato decisório.

Vale referir, por relevante, que a presente reclamação fora ajuizada somente em 31/07/2009, ou seja, após a decisão do E.Tribunal Superior do Trabalho que não admitiu o agravo de instrumento deduzido com a finalidade de impugnar o ato decisório que não admitiu o recurso de revista interposto contra o ato judicial ora reclamado.

Ocorre, no entanto, que, em consulta à página oficial que o E. Tribunal Superior do Trabalho mantém na “Internet”, constatei que a decisão ora reclamada já transitou em julgado, pois, contra a decisão que não admitiu o agravo de instrumento em referência não fora interposto nenhum recurso.

Por tal motivo, torna-se inviável a admissibilidade da presente reclamação.

É que, como se sabe, a ocorrência do fenômeno da “res judicata” assume indiscutível relevo de ordem formal no exame dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento da relação processual decorrente da instauração da via reclamatória.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, embora reconhecendo cabível a reclamação contra decisões judiciais, tem ressaltado revelar-se necessário, para esse específico efeito, que o ato decisório impugnado ainda não haja transitado em julgado.

Essa é a razão pela qual se tem acentuado, na linha da orientação jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal, que o cabimento da reclamação, contra decisões judiciais, pressupõe que o ato decisório por ela impugnado ainda não tenha transitado em julgado (Rcl 2.347/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - Rcl 3.505/ES, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), eis que a situação de plena recorribilidade qualifica-se, em tal contexto, como exigência inafastável e necessária à própria admissibilidade da via reclamatória (RTJ132/620, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – RTJ142/385,

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 36

Rel. Min. MOREIRA ALVES):“A EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA IMPEDE A UTILIZAÇÃO DA

VIA RECLAMATÓRIA.- Não cabe reclamação, quando a decisão por ela impugnada já

transitou em julgado, eis que esse meio de preservação da competência e de garantia da autoridade decisória dos pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal - embora revestido de natureza constitucional (CF, art. 102, I, ‘e’) - não se qualifica como sucedâneo processual da ação rescisória.

- A inocorrência do trânsito em julgado da decisão impugnada em sede reclamatória constitui pressuposto negativo de admissibilidade da própria reclamação, eis que este instrumento processual - consideradas as notas que o caracterizam - não pode ser utilizado contra ato judicial que se tornou irrecorrível. Precedentes.”

(RTJ 181/925, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)Vê-se, portanto, considerada a diretriz jurisprudencial prevalecente

nesta Corte, que “A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de recurso ou de ação rescisória” (RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO - grifei).

Cabe destacar, ainda, por necessário, que esse mesmo entendimento encontra-se consubstanciado no enunciado constante da Súmula 734/STF (“Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal” - grifei).

Com efeito, considerada a ausência, na espécie, dos pressupostos que poderiam legitimar o ajuizamento da reclamação, este remédio constitucional não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

É que, tal como já referido, a reclamação - constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033) – não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“(...) - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. (...).”

(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. A RECLAMAÇÃO

NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.I - A reclamação constitucional não pode ser utilizada como

sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição invocada nos autos da decisão de mérito.

.......................................................III - Reclamação improcedente.IV - Agravo regimental improvido.”(Rcl 5.684-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI - grifei)“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS. RECLAMAÇÃO UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

.......................................................3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso

específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo ‘a quo’.

.......................................................5. Agravo regimental não provido.”(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA - grifei)“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É

SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA.I. - A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de

recurso ou de ação rescisória.II. - Reclamação não conhecida.”(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno - grifei)“Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro

Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional.

Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”

(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno - grifei)“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À DECISÃO

PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO TRIBUNAL.

.......................................................A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da instituição

financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o objeto da presente

ação. A reclamação não pode servir de sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”

(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - grifei)“O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do

Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.

.......................................................A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e ações

cabíveis, como decidiu esse Plenário nas RclAg.Rg1852, relator Maurício Correa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octávio Gallotti. (...).”

(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei)Sendo assim, em face das razões expostas, e ante a sua manifesta

inadmissibilidade, nego seguimento à presente reclamação, restando prejudicado, em conseqüência, o exame do pedido de medida cautelar.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLO(RISTF, art. 38, I)

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.751-4 (204)PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : MUNICÍPIO DO RECIFEADV.(A/S) : MARCELO RAMOS BARBOSARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00440-2008-013-06-00-6)INTDO.(A/S) : ADEILDA DA COSTA SANTOS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : EDNALDO GERMANO DA CUNHA

1.Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Município do Recife - PE, com fundamento nos arts. 102, I, l, da Constituição Federal; e 156 e seguintes do RISTF, contra o processamento da Reclamação Trabalhista 00440-2008-013-06-00-6 perante a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (fls. 61-66).

Diz o reclamante que a atuação do juízo reclamado se mostra atentatória à autoridade da decisão proferida pelo Plenário desta Corte na ADI 3.395-MC/DF, que suspendeu toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do artigo 114 da Constituição Federal, na redação atribuída pela EC 45/2004, que inclua na competência da Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, tendo por base vínculo de ordem estatutária ou jurídico-administrativa.

Ressalta ainda que os contratos firmados entre o Município e os autores da reclamação trabalhista eram de natureza administrativa, regidos pelo art. 63, IX, da Lei Orgânica Municipal e pelas Leis Municipais 15.612/1992 e 16.757/2002, as quais possibilitam a contratação de pessoal por tempo determinado para atender as necessidades temporárias de excepcional interesse público sem concurso.

Nesse contexto, salienta a existência do perigo na demora, consubstanciado no fato de que será proferida decisão por autoridade incompetente.

Requer, ao final, a concessão de medida liminar, determinando-se a imediata suspensão do processamento da Reclamação Trabalhista 00440-2008-013-06-00-6.

2.Requisitaram-se informações (fl. 241), que foram devidamente prestadas (fls. 243-268).

3.Passo ao exame do pedido de medida liminar. Reputo atendidos os requisitos necessários à sua concessão.Vislumbro, neste juízo prévio, o confronto entre os atos emanados do

juízo reclamado e a decisão proferida pelo Plenário desta Corte na ADI 3.395-MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, DJ 10.11.2006. É que as cópias dos documentos acostados aos autos (fls. 194-214) demonstram que a discussão posta em juízo deriva de contratações por tempo determinado para atender necessidade de excepcional interesse público, regidas pelo art. 63, IX, da Lei Orgânica Municipal e pelas Leis Municipais 15.612/1992 e 16.757/2002, nas funções de Executor de Serviços Diversos e de Executor de Serviços Administrativos.

Quanto ao perigo na demora, verifico que já foi interposto agravo de instrumento em recurso de revista na mencionada reclamação trabalhista.

Nesse sentido foram as decisões proferidas nas Reclamações 4.776-MC/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 06.12.2006; 5.306-MC/MG e 5.578-MC/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 01.8.2007 e 19.10.2007; 5.437-MC/MG, rel. Min. Eros Grau, DJ 20.8.2007; e 5.576-MC/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, DJ 16.10.2007.

4.Ante o exposto, defiro o pedido de liminar para suspender a tramitação da Reclamação Trabalhista 00440-2008-013-06-00-6.

Comunique-se e publique-se. Após, abra-se vista ao Procurador-Geral da República (arts. 16 da Lei

8.038/90 e 160 do RISTF).Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 37

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.794-8 (205)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : KIAVASH JOORABCHIANRECLTE.(S) : NOJAN BEDROUDADV.(A/S) : ROBERTO PODVAL E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 6ª VARA CRIMINAL DA 1ª

SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO (PROCESSO Nº 2006.61.81.008647-8)

INTDO.(A/S) : BORIS BEREZOVSKYINTDO.(A/S) : ALBERTO DUALIBINTDO.(A/S) : NESI CURIINTDO.(A/S) : RENATO DUPRAT FILHOINTDO.(A/S) : PAULO ANGIONI

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, na qual se sustenta que o ato judicial ora questionado – emanado do MM. Juiz Federal da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo - teria desrespeitado a autoridade da decisão que o Supremo Tribunal Federal proferiu no julgamento do HC 94.016/SP, de que sou Relator.

O ato de que ora se reclama (fls. 269/303), alegadamente transgressor da autoridade da decisão que esta Suprema Corte proferiu no julgamento do HC 94.016/SP, ao declarar extintas, sem resolução de mérito, as exceções de suspeição opostas pelos ora reclamantes e por Boris Abramovich Berezovski, determinou as seguintes medidas (fls. 303):

“Isto posto, como se trata de evidente má-fé por parte de ambas as Defesas porquanto opuseram arguições anteriormente opostas e que se encontram pendentes de julgamento junto ao Egrégio Tribunal Regional Federal, APLICO A PENA de litigância de má-fé, condenando os excipientes, cada qual, a pagar multa no valor de R$37.200,00 (correspondente a 80 salários mínimos), aplicado neste patamar diante do patente abuso de direito nos termos dos artigos 17 e 18, ambos do Código de Processo Civil, artigos 265 e 3º, ambos do Código de Processo Penal, aplicáveis analogicamente, e ainda, nos termos dos artigos32, 33 e 34, VI, 1ª figura (advogar contra literal disposição de lei) e XIV (deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa), todos da Lei n.º 8.906, de 04.07.1994, bem como os artigos2º, parágrafo único, VII, e 6º, ambos do Código de Ética e Disciplina.

Ante o exposto, JULGO EXTINTAS AS EXCEÇÕES opostas, sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 267, incisoV, do Código de Processo Civil, c.c. o artigo 3º do estatuto processual penal, encaminhando-se cópia integral para ciência da Excelentíssima Senhora Desembargadora Federal, Cecília Mello, Relatora das Exceções já ajuizadas pelos excipientes sob nº 2007.61.81.014761-7 e 2007.61.81.014762-9.

.......................................................Oficie-se à Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrição em

débito e expedição da respectiva Certidão de Dívida Ativa para cobrança, nos termos da Lei n.º 6.830 de 22.09.1980.

Oficie-se ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ e à Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo - OAB/SP, para ciência, encaminhando-se cópia da presente decisão.” (grifei)

Aduz, a parte reclamante, para justificar o alegado desrespeito à autoridade do julgamento proferido por esta Suprema Corte, em síntese, as seguintes considerações (fls. 05/07):

“(...) considerando que a decisão dessa Egrégia Corte anulou todos os atos processuais praticados desde os interrogatórios e que, consequentemente, aquela seria a primeira oportunidade em que estariam se manifestando nos autos, opuseram nova exceção de suspeição contra o Reclamado, nos termos do art. 96 do Código de Processo Penal (doc. 12).

A fim de evitarem qualquer tumulto processual, esses patronos tiveram o cuidado de, assim que opuseram a nova exceção, peticionar nos autos da Exceção de Suspeiçãonº2007.61.81.014762-9, em trâmite perante o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, comunicando tal fato:

‘A presente exceção foi oposta em face do MM. Juiz Federal Fausto Martins de Sanctis, por conta da sua atuação nos autos da ação penal nº 2006.61.81.008647-8 em trâmiteperante a 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo.

Ocorre que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar o ‘habeas corpus’ nº 94.016-1/SP, impetrado em favor do co-réu Boris Berezovsky, concedeu a ordem em favor do paciente, estendendo-se seus efeitos aos demais co-réus, para anular todos os atos processuais realizados nos autos da ação nº 2006.61.81.008647-8, desde a fase dos interrogatórios.

Assim, o juiz da 6ª Vara Federal Criminal, em atendimento à decisão emanada do Supremo Tribunal Federal, bem como em face da nova redação dada ao Código de Processo Penal, intimou os defensores dos réus a fim apresentarem resposta à acusação. Os patronos dos excipientes, em cumprimento ao determinado, apresentaram referida resposta, bem como, em face do art. 96 do CPP, opuseram nova Exceção de Suspeição, no prazo legal.

Diante do exposto, considerando a nova oposição de exceção de suspeição, requerer-se seja reconhecida a perda de objeto do presente feito.

(doc. 13).’A Procuradoria daquele Tribunal nada opôs ao pleito dos

Reclamantes, estando os autos no gabinete da Desembargadora Relatora, Dra. Cecília Mello (doc. 14).

O Reclamado, entretanto, em decisão absolutamente arbitrária e contrária à determinação desse Egrégio Tribunal, julgou extinta, sem resolução de mérito, a exceção oposta, sob o fundamento de que as arguições nela constantes já teriam sido objeto de exceção anteriormente oposta, o que demonstraria estarem as Defesas agindo de ‘forma inconveniente’ buscando ‘protelar ou tumultuar feitos, criminais a fim de violar a correta aplicação da lei, com reiterações diversas e incongruentes’ (doc. 15).

Incongruente e incoerente e a decisão proferida. O Juízo singular – ‘parte’ na exceção, é bom frisar - condenou os Reclamantes por litigância de má-fé, aplicando multa de R$ 37.200,00 para cada. Determinou, ainda, fosse oficiada a Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrição em débito e expedição da respectiva Certidão de Dívida Ativa para cobrança. Determinou, por fim, fosse encaminhada a decisão para o Conselho Nacional de Justiça e para a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo.

Inconformados, os Reclamantes apelaram da decisão, não tendo o Reclamado, entretanto, se manifestado quanto ao recebimento do recurso (doc. 16).

Não obstante o apelo interposto, referida decisão, além de disparatada, negou a autoridade da decisão deste Egrégio Supremo Tribunal Federal que anulou o feito a partir dos interrogatórios, inclusive. Por essa razão, justifica-se a interposição da presente reclamação.” (grifei)

Sendo esse o contexto, passo a apreciar o pedido de medida liminar.

E, ao fazê-lo, observo que os elementos produzidos na presente sede reclamatória parecem evidenciar o alegado desrespeito ao que decidido, por esta Suprema Corte, no julgamento do HC94.016/SP, de que sou Relator, revelando-se suficientes para justificar, na espécie, o acolhimento da pretensão cautelar deduzida pelos ora reclamantes.

Com efeito, a colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, aoapreciar o HC 94.016/SP, de que sou Relator, concedeu, de ofício,a ordem de “habeas corpus”, para anular, desde os interrogatórios judiciais dos demais co-réus, inclusive, realizados sem a co-participação da defesa dos ora reclamantes, o Processo- -crimenº 2006.61.81.008647-8, em curso perante a 6ª Vara Federal Criminal da 1ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo.

O julgamento em questão, que foi confirmado em sede de embargos de declaração, restou consubstanciado em acórdão assim ementado:

“‘HABEAS CORPUS’ – SÚMULA 691/STF – INAPLICABILIDADE AO CASO – OCORRÊNCIA DE SITUAÇÃO EXCEPCIONAL QUE AFASTA A RESTRIÇÃO SUMULAR - ESTRANGEIRO NÃO DOMICILIADO NO BRASIL – IRRELEVÂNCIA - CONDIÇÃO JURÍDICA QUE NÃO O DESQUALIFICA COMO SUJEITO DE DIREITOS E TITULAR DE GARANTIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS - PLENITUDE DE ACESSO, EM CONSEQÜÊNCIA, AOS INSTRUMENTOS PROCESSUAIS DE TUTELA DA LIBERDADE – NECESSIDADE DE RESPEITO, PELO PODER PÚBLICO, ÀS PRERROGATIVAS JURÍDICAS QUE COMPÕEM O PRÓPRIO ESTATUTO CONSTITUCIONAL DO DIREITO DE DEFESA - A GARANTIA CONSTITUCIONAL DO ‘DUE PROCESS OF LAW’ COMO EXPRESSIVA LIMITAÇÃO À ATIVIDADE PERSECUTÓRIA DO ESTADO (INVESTIGAÇÃO PENAL E PROCESSO PENAL) - O CONTEÚDO MATERIAL DA CLÁUSULA DE GARANTIA DO ‘DUE PROCESS’ - INTERROGATÓRIO JUDICIAL - NATUREZA JURÍDICA – MEIO DE DEFESA DO ACUSADO - POSSIBILIDADE DE QUALQUER DOS LITISCONSORTES PENAIS PASSIVOS FORMULAR REPERGUNTAS AOS DEMAIS CO-RÉUS, NOTADAMENTE SE AS DEFESAS DE TAIS ACUSADOS SE MOSTRAREM COLIDENTES - PRERROGATIVA JURÍDICA CUJA LEGITIMAÇÃO DECORRE DO POSTULADO CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA - PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (PLENO) - MAGISTÉRIO DA DOUTRINA - CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO – ‘HABEAS CORPUS’ CONCEDIDO ‘EX OFFICIO’, COM EXTENSÃO DE SEUS EFEITOS AOS CO-RÉUS.

DENEGAÇÃO DE MEDIDA LIMINAR – SÚMULA 691/STF – SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS QUE AFASTAM A RESTRIÇÃO SUMULAR.

- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem admitido o afastamento, ‘hic et nunc’, da Súmula 691/STF, em hipóteses nas quais a decisão questionada divirja da jurisprudência predominante nesta Corte ou, então, veicule situações configuradoras de abuso de poder ou de manifesta ilegalidade. Precedentes. Hipótese ocorrente na espécie.

O SÚDITO ESTRANGEIRO, MESMO AQUELE SEM DOMICÍLIO NO BRASIL, TEM DIREITO A TODAS AS PRERROGATIVAS BÁSICAS QUE LHE ASSEGUREM A PRESERVAÇÃO DO ‘STATUS LIBERTATIS’ E A OBSERVÂNCIA, PELO PODER PÚBLICO, DA CLÁUSULA CONSTITUCIONAL DO ‘DUE PROCESS’.

- O súdito estrangeiro, mesmo o não domiciliado no Brasil, tem plena legitimidade para impetrar o remédio constitucional do ‘habeas corpus’, em ordem a tornar efetivo, nas hipóteses de persecução penal, o direito subjetivo, de que também é titular, à observância e ao integral respeito, por parte do Estado, das prerrogativas que compõem e dão significado à cláusula do devido processo legal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 38

- A condição jurídica de não-nacional do Brasil e a circunstância de o réu estrangeiro não possuir domicílio em nosso país não legitimam a adoção, contra tal acusado, de qualquer tratamento arbitrário ou discriminatório. Precedentes.

- I mpõe-se, ao Judiciário, o dever de assegurar, mesmo ao réu estrangeiro sem domicílio no Brasil, os direitos básicos que resultam do postulado do devido processo legal, notadamente as prerrogativas inerentes à garantia da ampla defesa, à garantia do contraditório, à igualdade entre as partes perante o juiz natural e à garantia de imparcialidade do magistrado processante.

A ESSENCIALIDADE DO POSTULADO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, QUE SE QUALIFICA COMO REQUISITO LEGITIMADOR DA PRÓPRIA ‘PERSECUTIO CRIMINIS’.

- O exame da cláusula referente ao ‘due process of law’ permite nela identificar alguns elementos essenciais à sua configuração como expressiva garantia de ordem constitucional, destacando-se, dentre eles, por sua inquestionável importância, as seguintes prerrogativas: (a) direito ao processo (garantia de acesso ao Poder Judiciário); (b) direito à citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação; (c) direito a um julgamento público e célere, sem dilações indevidas; (d) direito ao contraditório e à plenitude de defesa (direito à autodefesa e à defesa técnica); (e) direito de não ser processado e julgado com base em leis ‘ex post facto’; (f) direito à igualdade entre as partes; (g) direito de não ser processado com fundamento em provas revestidas de ilicitude; (h) direito ao benefício da gratuidade; (i)direito à observância do princípio do juiz natural; (j)direito ao silêncio (privilégio contra a auto- -incriminação); (l) direito à prova; e (m) direito de presença e de ‘participação ativa’ nos atos de interrogatório judicial dos demais litisconsortes penais passivos, quando existentes.

- O direito do réu à observância, pelo Estado, da garantia pertinente ao ‘due process of law’, além de traduzir expressão concreta do direito de defesa, também encontra suporte legitimador em convenções internacionais que proclamam a essencialidade dessa franquia processual, que compõe o próprio estatuto constitucional do direito de defesa, enquanto complexo de princípios e de normas que amparam qualquer acusado em sede de persecução criminal, mesmo que se trate de réu estrangeiro, sem domicílio em território brasileiro, aqui processado por suposta prática de delitos a ele atribuídos.

O INTERROGATÓRIO JUDICIAL COMO MEIO DE DEFESA DO RÉU.

- Em sede de persecução penal, o interrogatório judicial – notadamente após o advento da Lei nº 10.792/2003 – qualifica-se como ato de defesa do réu, que, além de não ser obrigado a responder a qualquer indagação feita pelo magistrado processante, também não pode sofrer qualquer restrição em sua esfera jurídica em virtude do exercício, sempre legítimo, dessa especial prerrogativa. Doutrina. Precedentes.

POSSIBILIDADE JURÍDICA DE UM DOS LITISCONSORTES PENAIS PASSIVOS, INVOCANDO A GARANTIA DO ‘DUE PROCESS OF LAW’, VER ASSEGURADO O SEU DIREITO DE FORMULAR REPERGUNTAS AOS CO-RÉUS, QUANDO DO RESPECTIVO INTERROGATÓRIO JUDICIAL.

- Assiste, a cada um dos litisconsortes penais passivos, o direito – fundado em cláusulas constitucionais (CF, art. 5º, incisos LIV e LV) – de formular reperguntas aos demais co-réus, que, no entanto, não estão obrigados a respondê-las, em face da prerrogativa contra a auto- -incriminação, de que também são titulares. O desrespeito a essa franquia individual do réu, resultante da arbitrária recusa em lhe permitir a formulação de reperguntas, qualifica-se como causa geradora de nulidade processual absoluta, por implicar grave transgressão ao estatuto constitucional do direito de defesa. Doutrina. Precedente do STF.”

(HC 94.016/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)A parte ora reclamante alega, na presente causa, que, “(...)se todos

os atos processuais praticados desde os interrogatórios foram anulados, inclusive a defesa prévia, forçoso convir estarem anulados, também, ‘os atos que deles dependam diretamente ou sejam consequência’, conforme dispõe o art. 573, § 1º do Código de Processo Penal. Exatamente essa é a hipótese da primeira exceção de suspeição oposta contra o Reclamado” (fls. 08 – grifei).

Esse específico aspecto da presente reclamação afigura-se-me relevante, pois, invalidado o processo, desde o interrogatório, inclusive, parece não subsistir a exceção de suspeição oposta em momento posterior a referido interrogatório.

A ocorrência de possível desrespeito à autoridade da decisão ora invocada como paradigma estaria a legitimar a utilização, na espécie, do instrumento constitucional da reclamação.

Com efeito, todos sabemos que a reclamação, qualquer que seja a natureza que se lhe atribua - ação (PONTES DE MIRANDA, “Comentários ao Código de Processo Civil”, tomo V/384, Forense), recurso ou sucedâneo recursal (MOACYR AMARAL SANTOS, RTJ 56/546-548; ALCIDES DE MENDONÇA LIMA, “O Poder Judiciário e a Nova Constituição”, p. 80, l989, Aide), remédio incomum (OROSIMBO NONATO, “apud” Cordeiro de Mello, “O processo no Supremo Tribunal Federal”, vol. 1/280), incidente processual (MONIZ DE ARAGÃO, “A Correição Parcial”, p. 110, 1969), medida de direito processual constitucional (JOSÉ FREDERICO MARQUES, “Manual de Direito Processual Civil”, vol.3º, 2ª

parte, p. 199, item n. 653, 9ª ed., l987, Saraiva) ou medida processual de caráter excepcional (Ministro DJACI FALCÃO, RTJ112/518-522) -, configura instrumento de extração constitucional destinado a viabilizar, na concretização de sua dupla função de ordem político-jurídica, a preservação da competência e a garantia da autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 102, I, “l”), consoante tem enfatizado a jurisprudência desta Corte Suprema (RTJ 134/1033, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Vale referir, neste ponto, que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem enfatizado que a reclamação reveste-se de idoneidade jurídico-processual, quando utilizada com o objetivo de fazer prevalecer a autoridade decisória dos julgamentos emanados desta Corte, notadamente quando impregnados de eficácia vinculante (RTJ 169/383-384 – RTJ 183/1173-1174 – RTJ 187/150-152, v.g.).

A destinação constitucional da via reclamatória, portanto - segundo acentua, em autorizado magistério, JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Instituições de Direito Processual Civil”, vol. IV/393, 2ª ed., Forense) -, além de vincular esse meio processual à preservação da competência global do Supremo Tribunal Federal, prende-se ao objetivo específico de salvaguardar a extensão e os efeitos dos julgados desta Suprema Corte.

Esse saudoso e eminente jurista, ao justificar a necessidade da reclamação - enquanto meio processual vocacionado à imediata restauração do “imperium” inerente à decisão desrespeitada-, assinala, em tom de grave advertência, a própria razão de ser desse especial instrumento de defesa da autoridade decisória dos pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal (“Manual de Direito Processual Civil”, vol. 3/199-200, item n. 653, 9ª ed., 1987, Saraiva):

“O Supremo Tribunal, sob pena de se comprometerem as elevadas funções que a Constituição lhe conferiu, não pode ter seus julgados desobedecidos (por meios diretos ou oblíquos), ou vulnerada sua competência. Trata-se (...) de medida de Direito Processual Constitucional, porquanto tem como causa finalis assegurar os poderes e prerrogativas que ao Supremo Tribunal foram dados pela Constituição da República.” (grifei)

Mostra-se irrecusável concluir, desse modo, que o descumprimento, por quaisquer juízes ou Tribunais, de decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal autoriza a utilização da via reclamatória, vocacionada, em sua específica função processual, a resguardar e a fazer prevalecer, no que concerne à Suprema Corte, a integridade, a autoridade e a eficácia dos comandos que emergem de seus atos decisórios, na linha do magistério jurisprudencial consagrado por este Tribunal (RTJ 187/150-152, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Plenamente justificável, assim, a utilização, no caso, do instrumento constitucional da reclamação.

Como precedentemente assinalado, tenho por demonstrada, ainda que em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão cautelar deduzida pela parte ora reclamante, que também comprovou a ocorrência, na espécie, de situação configuradora de “periculum in mora” (fls. 12/13).

Sendo assim, e sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria, quando do julgamento final da presente reclamação, defiroopedido de medida liminar, em ordem a suspender, cautelarmente, a eficácia e a execução da “decisão exarada nos autos do Incidente de Exceção de Suspeição nº 2009.61.81.006144-6” (fls. 13 - grifei).

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao MM. Juiz Federal da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo (Exceção de Suspeição nº 2009.61.81.006144-6) e à eminente Senhora Desembargadora Federal CECÍLIA MELLO, Relatora, no E. Tribunal Regional Federal da 3ª Região, das Exceções de Suspeição nº 2007.61.81.014761-7 e nº 2007.61.81.014762-9.

2. Requisitem-se informações à autoridade judiciária que figura como reclamada na presente causa.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 8.808-1 (206)PROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE

ARACAJURECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20º REGIÃO

(PROCESSO Nº 01494-2008-003-20-00-5)INTDO.(A/S) : LUIZ CONCEIÇÃO DOS SANTOSADV.(A/S) : ROBERTO BATISTA DE SANTANA

DECISÃORECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO

DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 3.395/DF. CONTRATO TEMPORÁRIO. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE.

Relatório1. Reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pelo Estado

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 39

de Sergipe, em 14.8.2009, contra decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, nos autos do Recurso Ordinário na Reclamação Trabalhista n. 01494.2008.003.20.00-5.

O caso2. Em 25.8.2008, Luiz Conceição dos Santos, ora Interessado,

ajuizou a Reclamação Trabalhista n. 01494.2008.003.20.00-5, objetivando fosse o Estado de Sergipe condenado a pagar-lhe “férias, dobradas, simples e proporcionais mais 1/3; 13º salários simples e proporcionais; liberação de FGTS mais 40% ou indenização equivalente e adicional noturno”, além de “comunicar aos órgãos competentes a não anotação na CTPS e descontos equivalentes”(fl. 3).

Na oportunidade, esclareceu ter sido “admitido na Reclamada em 21/03/2003, exercendo a função de Vigilante e despedido no dia 20/03/2007” (fl. 2).

Em 7.10.2008, o Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Aracajú/SE não acolheu a exceção de incompetência deduzida pelo Reclamante e declarou a nulidade do contrato temporário firmado. No mesmo ato, julgou parcialmente procedente o pedido do Interessado, condenando o Reclamante ao pagamento do FGTS referente a todo período trabalhado (fls. 50-51).

Contra essa decisão, o Reclamante interpôs o Recurso Ordinário n. 01494.2008.003.20.00-5, alegando novamente a incompetência material da Justiça do Trabalho.

Ainda, pediu fosse a sentença reformada para que se aplicassem ao caso os dispositivos da Lei Estadual n. 2.148/77 – Estatuto do Servidor Público do Estado de Sergipe, em substituição às normas da CLT, bem como fosse julgado procedente o pedido de “compensação de todas as parcelas pagas que não [se] enquadr[avam] no conceito de horas trabalhadas e FGTS, tais como férias, décimo terceiro e salário família” (fl. 73).

Em 13.4.2009, o Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região rejeitou a arguida exceção de incompetência da Justiça do Trabalho e negou provimento ao recurso, mantendo os fundamentos e o dispositivo da sentença questionada (fls. 108-110).

Contra essa decisão o Estado de Sergipe interpôs Recurso de Revista (fls. 113-123), ao qual foi negado seguimento (fls. 127-128).

É contra a tramitação da Reclamação Trabalhista n. 01494.2008.003.20.00-5 na Justiça do Trabalho a presente Reclamação.

3. O Reclamante alega, em síntese, que a decisão reclamada afrontaria a autoridade da decisão proferida por este Supremo Tribunal Federal no julgamento da Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395/DF.

Argumenta que a decisão reclamada refletiria entendimento da Justiça do Trabalho em Sergipe, a qual afirmaria sua competência para “julgar dissídios instaurados por servidores públicos estatutários, ocupantes de cargo em comissão (art. 37, II, CF/88) ou contratados temporariamente (art. 37, IX – CF-88) contra o Estado de Sergipe, aqui demonstrado através do Processo TRT nº. 01494-2008-003-20-00-5, cuja inicial admite, de plano, se tratar de ex-servidor público contratado temporariamente (fls. 2-3).

Salienta que “mesmo com as insistentes alegações do Estado de Sergipe da inviabilidade de tais ações na Justiça do Trabalho, inclusive através de preliminares de exceção de incompetência, vem a 3ª Vara do Trabalho de Aracajú-SE e o TRT da 20ª Região – entendimento este sufragado pelo Tribunal Superior do Trabalho -, admitindo a competência material da Justiça do Trabalho, como no caso em exame” (fl. 3).

Assevera que “o procedimento adotado pela Justiça do Trabalhista sergipana e pelo eg. TST atenta contra o texto constitucional, e, de forma direta, contra decisão des[te] Excelso Pretório na Ação Direta de Inconstitucionalidade de n º3.395, negando eficácia à decisão liminar do Supremo Tribunal Federal” (fl. 03).

Sustenta que a fumaça do bom direito decorreria da “premissa, fixada pelo próprio Supremo Tribunal Federal em sede de controle concentrado de constitucionalidade, de que, em casos que tais, as ações trabalhistas que envolvam servidores estatutários, ocupantes de cargo em Comissão e função pública por contratação temporária, nas palavras do Ministro Nelson Jobim, “relação de caráter jurídico-administrativo”, foge da competência da Justiça do Trabalho” (fl. 8).

Alega que o perigo da demora estaria presente “nos prejuízos que as decisões da Justiça do Trabalho determinem o pagamento de verbas trabalhistas ou não a servidores ou ocupantes de função pública, sem o necessário respaldo constitucional no que tange sua competência material e criando precedentes em total desrespeito a eficácia da liminar do Supremo Tribunal Federal” (fl. 8).

Requer seja deferida medida liminar para suspender “os atos (...) no processo TRT nº 01494-2008-003-20-00-5, no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho” (fl. 9).

No mérito, pede “integral provimento da presente reclamação, para que se venha a garantir a autoridade da decisão proferida na ADI nº 3.395” (fl. 8).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Registro, inicialmente, que a matéria tratada nestes autos é

idêntica a de diversas outras Reclamações ajuizadas, as quais foram julgadas procedentes monocraticamente.

Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes: Rcl 8.481, de minha relatoria, DJE 4.8.2009; Rcl 8.501/PI, de minha relatoria, DJE 3.8.2009; Rcl 8.514/PI, de minha relatoria, DJE 3.8.2009; Rcl 4.912/GO, de minha

relatoria, DJE 15.10.2008; RCL 4.974/GO, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 10.2.2009; RCL 6.994/ES, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 9.2.2009; Rcl 4.371/TO, Rel. Min. Carlos Brito, DJE 30.1.2009; Rcl 6.159/GO, Rel. Min. Ellen Gracie, DJE 19.11.2008; Rcl 5.255/GO Rel. Min. Ellen Gracie, DJE 18.11.2008; Rcl 5.793/AM, Rel. Min. Ellen Gracie, DJE 18.11.2008; Rcl 6.229/PA, Rel. Min. Ellen Gracie, DJE 18.11.2008; Rcl 4.824/MS, Rel. Min. Menezes Direito, DJE 18.11.2008; Rcl 6.018/PA, Rel. Min. Menezes Direito, DJE 18.11.2008; Rcl 5.184/SP, Rel. Min. Menezes Direito, DJE 5.11.2008; Rcl 5.297/PA, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJE 29.10.2008; Rcl 6.410/PA, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 10.10.2008; Rcl 4.940/GO, Rel. Min. Eros Grau, DJE 19.9.2008; Rcl 6.002/MT, Rel. Min. Eros Grau, DJE 17.9.2008; Rcl 4.940/GO, Rel. Min. Eros Grau, DJE 19.9.2008; Rcl 6.536/PA, Rel. Min. Menezes Direito, DJE 15.9.2008; Rcl 6.424/PA, Rel. Min. Menezes Direito, DJE 9.9.2008; Rcl 5.235/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJE 3.9.2008; Rcl 6.321/MT, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 27.8.2008.

Em casos como o presente, o Procurador-Geral da República tem opinado, indistintamente, pelo reconhecimento da incompetência de Justiça do Trabalho e pela necessidade de se remeterem os autos à Justiça comum estadual, razão pela qual deixo de requisitar sua manifestação na presente Reclamação, como seria de rigor (art. 160, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), e passo a análise do mérito.

5. O que se põe em foco nesta Reclamação é a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar a lide que versa sobre a relação jurídica estabelecida entre o Interessado e a Administração Pública, fundamentando-se o Reclamante na decisão da Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395/DF.

6. Em 5.4.2006, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395/DF, este Supremo Tribunal Federal, por maioria, referendou cautelar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, cujos termos são os seguintes:

“EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária” (DJ 10.11.2006).

Na decisão pela qual deferiu a medida liminar, ad referendum, o Ministro Nelson Jobim consignou:

“Dou interpretação conforme ao inciso I do art. 114 da CF, na redação da EC n. 45/2004. Suspendo, ad referendum, toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a ‘(...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo’” (DJ 4.2.2005).

7. A questão posta nos autos foi solucionada por este Supremo Tribunal Federal, que, em diversas oportunidades, suspendeu o processamento de ações ajuizadas perante a Justiça do Trabalho nas quais se discutia o vínculo jurídico estabelecido entre entidades da administração direta e indireta e seus ex-servidores, contratados com fundamento em leis locais que autorizavam a contratação por tempo determinado, por excepcional interesse público, ou mesmo quando contratados para exercerem cargos em comissão.

8. Na assentada de 17.3.2008, no julgamento da Reclamação n. 5.381/AM, de relatoria do Ministro Carlos Britto, na qual se examinava ação civil pública ajuizada perante a Justiça do Trabalho com o objetivo de impor o desligamento de servidores contratados por tempo determinado, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA. 1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do artigo 114 da CF (na redação da EC 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo. 2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados. 3. Procedência do pedido. 4. Agravo regimental prejudicado” (DJ 8.8.2008).

Nos debates travados no julgamento daquela ação, os Ministros deste Supremo Tribunal assentaram que, diante do restabelecimento da norma originária do art. 39, caput, da Constituição da República, os regimes jurídicos informadores das relações entre os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e seus respectivos servidores são o estatutário e o regime jurídico-administrativo. Assim, o vínculo jurídico que se estabelece entre servidores contratados temporariamente e a Administração é de direito administrativo e, por isso mesmo, não comporta discussão perante a Justiça Trabalhista.

Na oportunidade, consignei que:“Quando foi promulgada, a Constituição estabelecia, no artigo 39, o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 40

que desde 2 de agosto de 2007 este Plenário decidiu, suspendendo os efeitos da norma que tinha sido introduzida pela Emenda n. 19, e voltando, portanto, ao regime jurídico único [Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 2.135/DF]. E o que ela estabeleceu, parece-me, no artigo 37, inc. IX, foi que haveria um regime de servidores públicos assim considerados, conforme Vossa Excelência acaba de dizer, que é um estatuto, ou seja, um conjunto de direitos, deveres e responsabilidades daqueles que integram o serviço público e passam a ocupar ou a titularizar cargos públicos; esses são os servidores públicos ditos de provimento efetivo. Há um outro tipo de direitos, deveres e responsabilidades para aqueles que ocupam cargo comissionado(...)

E a Constituição estabelece um outro aspecto, o do art. 37, inc. IX: a contratação por necessidade temporária. E não significa que esses contratados serão submetidos a regime que não o administrativo, porque a Constituição estabelece ‘jurídico-administrativo’ (...)

Não se pode contratar pela CLT, porque, inclusive - estou chamando de novo a atenção -, quando esta Constituição foi promulgada, o artigo 39 estabelecia expressamente:

‘Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único ...’

E esse regime jurídico era administrativo para todos os casos, pela singela circunstância de que Estados e Municípios não podem instituir regime, porque legislar sobre Direito do Trabalho é competência privativa da União” (DJ 8.8.2008, grifos nossos).

Asseverei, ainda, que:“Tudo isso que permeia a relação jurídico-administrativa foge à

condição da Justiça Trabalhista, porque não é regime celetista (...), exatamente porque o que está na base de tudo isso é a relação de um ente público, para prestar serviço público. E, então, vou-me abster de dizer se ele estava correto ao contratar, às vezes, dizendo que era excepcional o interesse público, quando não era uma situação prevista, como a dessa professora. Isso leva eventualmente o Ministério Público a questionar essas situações, ao fundamento de que essas contratações, na verdade, estariam acontecendo para não se ter um concurso público. Mas não é na seara da Justiça Trabalhista que se tem de resolver isso, a solução é em outra seara.

Então, Excelência, pedi este aparte apenas para enfatizar que a doutrina e a jurisprudência sempre fizeram referência ao fato de que a relação jurídico-administrativa não comportava nada de regime celetista, máxime em se tratando de situações posteriores à Constituição de 1988, em cuja norma, inicialmente redigida no artigo 39, não se poderia ter senão o regime estatutário ou o regime jurídico-administrativo” (DJ 8.8.2008, grifos nossos).

Essa orientação foi confirmada pelo Ministro Cezar Peluso, que, nos apartes desta Reclamação, ressaltou:

“[Na data em que a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395/DF foi referendada] ainda não nos tínhamos pronunciado sobre a alteração do artigo 39, de modo que havia excepcionalmente casos que poderíamos entender regidos pela CLT. Mas hoje isso é absolutamente impossível, porque reconhecemos que a redação originária do artigo 39 prevalece. Em suma, não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chame-se a isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação contratual sujeita à CLT. (...)

Sim, eu sei, mas estou apenas explicando por que a Emenda nº 45 deu essa redação [ao art. 114, inc. I, da Constituição da República] abrangendo os entes da administração direta, porque havia casos, com a vigência da Emenda nº 19, que, eventualmente, poderiam estar submetidos ao regime da CLT. Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da Constituição, que não admite relação de sujeição à CLT, que é de caráter tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e a Administração Pública” (DJ 8.8.2008, grifos nossos).

9. Esse entendimento foi reafirmado em 21.8.2008, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 573.202/AM, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski (DJE 5.12.2008), e na Reclamação n. 4.904/SE, de minha relatoria, ocasião em que o Plenário deste Supremo Tribunal assentou:

“EMENTA: RECLAMAÇÃO. CONTRATO TEMPORÁRIO. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO. DESCUMPRIMENTO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 3.395/DF. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL.

1. Contrato firmado entre o Reclamante e o Interessado tem natureza jurídica administrativa, duração temporária e submete-se a regime específico, estabelecido pela Lei sergipana n. 2.781/1990, regulamentada pelo Decreto 11.203/1990.

2. Incompetência da Justiça Trabalhista para o processamento e o julgamento das causas que envolvam o Poder Público e servidores que sejam vinculados a ele por relação jurídico-administrativa. Precedentes.

3. Reclamação julgada procedente” (DJ 17.10.2008).No mesmo sentido, são precedentes os seguintes julgados do

Plenário deste Supremo Tribunal Federal: Rcl 4.752/SE, DJ 17.10.2008; Rcl 5.264/DF, DJ 10.10.2008; Rcl 5.475/DF, DJ 3.10.2008; Rcl 5.548/DF, DJ 3.10.2008; e Rcl 5.171/DF, DJ 3.10.2008, todos de minha relatoria, e, ainda, a Rcl 4.012-AgR/MT, Rcl 4.054-AgR/AM e Rcl 4.489-AgR/PA, de relatoria do Ministro Marco Aurélio e para os quais fui designada Redatora, todos publicados no DJ de 21.11.2008.

10. O Termo de Contrato nº. 0010/2003 de fls. 24-25 e o 1º Termo Aditivo ao Contrato nº. 010/2003 (fls. 34-35) demonstram que o Interessado prestava serviços à Secretaria de Estado de Educação de Sergipe, na qualidade de vigilante, de acordo com a Lei estadual nº. 2.781/1990.

A referida lei estabelece:“Art. 1º – A Administração Pública Direta e Indireta, inclusive

fundacional, do Estado de Sergipe, fica autorizada a contratar servidores, por tempo determinado, para atender necessidade temporária do serviço, em casos de excepcional interesse público”

Ao examinar a preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho, o Juiz Relator consignou:

“Sem amparo a alegação suscitada.A rigor, acolher o entendimento de que a real natureza do vínculo

atrairia a competência de outro ramo do Poder Judiciário despreza um ingrediente de relevante importância: o de que a competência material se estabelece com base na natureza do pedido.

É bem ver que a reclamante pleiteia, na inicial, o pagamento de verbas tipicamente trabalhistas. Logo, cabe à Justiça do Trabalho prover a jurisdição neste feito” (fl. 109).

De acordo com a orientação firmada por este Supremo Tribunal Federal nas decisões acima apontadas, dúvidas não remanescem que o vínculo firmado entre o Estado de Sergipe e o Interessado está submetido ao regime jurídico estatutário ou jurídico-administrativo, o que afasta a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar a causa.

11. Pelo exposto, por entender caracterizado desrespeito ao que ficou decidido por este Supremo Tribunal na Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.395/DF, julgo procedente a presente Reclamação e declaro a incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar a Reclamação Trabalhista n. 01494.2008.003.20.00-5 determinando a remessa dos autos à Justiça comum estadual.

Publique-se.Arquive-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.827-8 (207)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO - ESTADO

DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DPE-SP - FERNANDO RODOLFO MERCÊS MORISRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.142620-0)INTDO.(A/S) : CARLOS EDUARDO DA SILVA ROSAADV.(A/S) : DPE-SP - FERNANDO RODOLFO MERCÊS MORIS

DECISÃORECLAMAÇÃO. SENTENCIADO SUBMETIDO À SINDICÂNCIA

PARA APURAÇÃO DE FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. DESNECESSIDADE DE DEFESA TÉCNICA. ALEGADA APLICAÇÃO INDEVIDA DA SÚMULA VINCULANTE N. 5 DO STF. PERICULUM IN MORA NÃO DEMONSTRADO. LIMINAR INDEFERIDA. ACÓRDÃO RECLAMADO TRANSITADO EM JULGADO. SÚMULA 734. DEFENSORIA PÚBLICA. INTIMAÇÃO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório1. Reclamação, com pedido de liminar, ajuizada em 18.8.2009 pela

Defensoria Pública do Estado de São Paulo, contra acórdão da 11ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, no qual afastada nulidade, apontada pelo Juízo das Execuções Penais da Comarca de Marília/SP, de sindicância instaurada para apuração de cometimento de falta grave pelo sentenciado defendido pela ora Reclamante.

O caso2. Narra a Reclamante que, “... no cumprimento da reprimenda penal,

o reeducando tivera, em seu desfavor, a instauração de sindicância, para a apuração de falta grave, perante a unidade penitenciária”, consubstanciada na “... posse de aparelho celular” (fls. 3).

E continua:“Submetida a sindicância ao crivo do JUÍZO DE DIREITO DAS

EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE MARÍLIA/SP, esta fora anulada, integralmente, pela ausência de defesa técnica, no âmbito do processo administrativo.

Inconformado com a r. sentença monocrática, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO, interpôs AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL, alegando ofensa à Súmula Vinculante n. 05, que contraminutado e após parecer da D. PROCURADORIA GERAL DO ESTADO, fora provido pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.” (fls. 3 e 4)

3. Assevera a Reclamante que “... o acórdão reclamado deu aplicação inadequada, ilegal e arbitrária, da Súmula Vinculante n. 05 ...” (fls. 4), que dispõe:

“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.” (DJe 16.5.2008)

Para tanto, sustenta que “[o] regime jurídico próprio da Lei de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 41

Execuções Penais exige, para imposição de falta grave, a plenitude da defesa e do contraditório, com a presença da defesa técnica, tal como o processo penal...” (fls. 7), conforme se depreenderia dos arts. 1º; 2º; 10; 44, inc. III; 15; 16; 41, incs. VII e IX; 59; 66, inc. V, al. a, incs. VII e VIII; e 194, da Lei de Execução Penal, c/c arts. 3º e 261, do Código de Processo Penal, e art. 5º, incs. LIV e LV, da Constituição da República.

Cita em favor de sua tese o que decidido no HC 77.862 (Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 2.4.2004), assim ementado:

“EMENTA: HABEAS CORPUS. CONDENADO SUBMETIDO À SINDICÂNCIA PARA APURAÇÃO DE FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. DEFESA TÉCNICA.

Formalidade a ser observada, sob pena de nulidade do procedimento -- que pode repercutir na remição da pena, na concessão de livramento condicional, no indulto e em outros incidentes da execução --, em face das normas do art. 5º, LXIII, da Constituição, e do art. 59 da LEP, não sendo por outra razão que esse último diploma legal impõe às unidades da Federação o dever de dotar os estabelecimentos penais de serviços de assistência judiciária, obviamente destinados aos presos e internados sem recursos financeiros para constituir advogado (arts. 15 e 16).

Habeas corpus deferido.”4. Requer a concessão de liminar “... sustando os efeitos das

punições administrativas validadas pelo Tribunal-reclamado, que deu indevida aplicação à súmula vinculante...” (fls. 11).

No mérito, a Reclamante pede a cassação do acórdão reclamado, restaurando-se, assim, a nulidade na sindicância apontada pelo Juízo da Execução Penal.

5. Distribuídos, os autos vieram-me conclusos em 19.8.2009.Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.6. O advento do instituto da súmula vinculante inaugurou nova

hipótese de cabimento de Reclamação para o Supremo Tribunal Federal, conforme disposto no art. 103-A, § 3º, da Constituição da República.

Assim, a contrariedade a determinada súmula ou a sua aplicação indevida por ato administrativo ou decisão judicial possibilita a atuação do Supremo Tribunal Federal, que, ao julgar a Reclamação procedente, pode anular o ato ou cassar a decisão e determinar que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

7. Na espécie em foco, a Reclamante afirma ser indevida a aplicação da Súmula Vinculante n. 5 ao caso.

Em efeito, a simples leitura dos precedentes utilizados na elaboração da Súmula Vinculante n. 5 evidencia a ausência de identidade entre a natureza das sanções resultantes dos procedimentos administrativos neles tratados (previdenciário: RE 434.059, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 11.9.2008; fiscal: AI 207.197-AgR, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ 5.6.1998; disciplinar-estatutário/militar: RE 244.027-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 28.6.2002; e em tomada de contas: MS 24.961, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 4.3.2005) com o procedimento disciplinar para apuração de falta grave no âmbito da execução penal, donde a densa plausibilidade nas alegações da Reclamante.

Essa circunstância é realçada pelo precedente referido na petição inicial (HC 77.862), no qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence, ao proferir seu voto naquele julgamento, afirma que eventual condenação advinda da jurisdição disciplinar instaurada para apuração de falta grave imputada ao condenado à pena privativa de liberdade resultaria em verdadeira sanção penal, considerada, especialmente, a perda da remição. “E para imposição de sanção penal,” – advertiu Sua Excelência, acompanhando a maioria formada na ocasião – “acho absolutamente coerente com os princípios constitucionais a exigência de defesa técnica”.

8. Não há, entretanto, na petição inicial, qualquer argumento pela configuração do periculum in mora na espécie, requisito indispensável para o deferimento da liminar.

A razão para isso pode estar em fato omitido pela Reclamante, consubstanciado na remessa dos autos à origem, em 29.6.2009, após o trânsito em julgado do acórdão reclamado para o Ministério Público em 27.6.2009, conforme informação obtida no sítio do Tribunal de Justiça de São Paulo na internet (http://esaj.tj.sp.gov.br/esajweb/cpo/sg/open.do - n. do processo: 990081426200), o que atrai a aplicação da Súmula 734 na espécie, que dispõe:

‘Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.’

Entretanto, a incidência da Súmula 734 depende da comprovação do trânsito em julgado para a Reclamante, o que torna imprescindível o conhecimento da data em que realizada a intimação pessoal da Defensoria Pública (art. 5º, § 5º, da Lei n. 1.060/50, c/c art. 798, § 5º, al. a, do Código de Processo Penal).

9. Pelo exposto, indefiro a liminar. Oficie-se ao Reclamado solicitando informações sobre a

ocorrência de trânsito em julgado do acórdão proferido no Agravo em Execução n. 990.08.142620-0 para a Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Publique-se.Brasília, 24 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.828-6 (208)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA ESTADO - ESTADO

DE SÃO PAULOADV.(A/S) : DPE-SP - FERNANDO RODOLFO MERCÊS MORISRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.144571-9)INTDO.(A/S) : WELLINGTON LEANDRO APARECIDO DONIZETE

FERNANDES CORRÊA

DECISÃORECLAMAÇÃO. SINDICÂNCIA PARA APURAÇÃO DE FALTA

DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. CONTROVÉRSIA RELATIVA À NECESSIDADE DE DEFESA TÉCNICA. ALEGADA APLICAÇÃO INDEVIDA DA SÚMULA VINCULANTE 5 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PERICULUM IN MORA NÃO DEMONSTRADO. LIMINAR INDEFERIDA. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório1. Reclamação, com pedido de medida liminar, ajuizada pela

Defensoria Pública de São Paulo, contra acórdão da Décima Sexta Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo proferido no julgamento do recurso de Agravo em Execução 990.08.144571-9, interposto pelo Ministério Público de São Paulo.

2. O ato reclamado está assim ementado:“AGRAVO EM EXECUÇÃO – Apuração de falta grave – Nulidade do

procedimento administrativo – Ausência do advogado na colheita da prova oral – Irrelevância – Caráter inquisitório do procedimento – Defesa técnica apresentada – Ausência de prejuízo ao agravado – Súmula Vinculante n. 5 – Decisão cassada – Recurso provido” (fl. 14).

Tem-se, ainda, nesse julgado:“Cuida-se de recurso contra a r. decisão de fl. 36/37, mantida a fl. 66,

que declarou nula a sindicância instaurada para apuração de falta grave, sob o argumento de que não houve defesa técnica.

O agravante alega, em síntese, que o procedimento disciplinar foi regular, inclusive com apresentação de defesa técnica por defensor da FUNDAP, garantindo o exercício do contraditório e da ampla defesa. Sustenta a aplicabilidade da Súmula Vinculante n. 05 do STF, requerendo seja a decisão cassada com o reconhecimento da falta grave e aplicação dos efeitos dela decorrentes.

(...)Cuida-se de procedimento administrativo instaurado para apuração

de falta grave consistente na posse de aparelho celular e seus componentes, prevista no inciso VII do art. 50 da LEP.

Consta dos autos que o agravado e os agentes penitenciários foram regularmente ouvidos (fls. 19/21), tendo o detento, na ocasião, assumido a posse dos aparelhos celulares e componentes de telefonia.

Houve a presença de defensor da FUNDAP que apresentou razões finais sem arguir nulidade alguma pela colheita da prova oral, requerendo, tão somente, a absolvição do detento.

A douta magistrada, acolhendo preliminar arguida na fase de aplicação de sansão, declarou a nulidade da sindicância ante a ausência de defensor durante a oitiva do agravado.

Contudo, em que pese entendimentos em sentido contrário, não se há falar em nulidade no caso em apreço, merecendo total reforma a decisão proferida.

Como se sabe, o procedimento disciplinar tem caráter inquisitivo não havendo dessa forma necessidade do pleno contraditório. Além disso, o art. 59 da LEP refere-se ao direito de defesa e não a exigência da presença de defensor quando da oitiva do sindicando.

(...)E a defesa, pelo que se verifica, foi efetivamente apresentada pelo

defensor da FUNDAP que nem mesmo aventou a hipótese discutida nestes autos, mencionando objetiva e singelamente a absolvição do detento.

Assim, não se vislumbrou qualquer desrespeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa, pois não houve prejuízo algum ao agravado visto que obteve defesa técnica antes da decisão judicial, ocasião em que o advogado é indispensável, conforme dispõe o art. 133 da CF e art. 2º da Lei 8.906/94 (Estatuto de Advocacia).

Ainda que assim não fosse, vigora o recente pronunciamento do Colendo Supremo Tribunal Federal no sentido de que:

‘A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo não ofende a Constituição’ – Súmula Vinculante nº 05.

O simples fato de o advogado da FUNAP não estar presente nos depoimentos não reveste o procedimento de nulidade, posto que a prova dos autos, no seu conjunto, não é favorável ao agravante. Portanto, não há falar em decretação de nulidade da sindicância, em razão de não ter havido prejuízo algum ao detento (art. 563, CPP).

Assim, tendo sido respeitados os princípios constitucionais na defesa dos interesses do agravado, sem qualquer irregularidade a macular o procedimento administrativo ou a prejudicá-lo, não se há falar em nulidade da sindicância, devendo a r. decisão ser cassada para que outra seja proferida, com exame do mérito.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 42

Ante o exposto, dá-se provimento ao agravo” (fls. 14-17).3. Afirma a Reclamante que, “no cumprimento da reprimenda penal, o

reeducando tivera, em seu desfavor, a instauração de sindicância, para apuração de falta grave, perante a unidade penitenciária”, consubstanciada na “posse de aparelho celular” (fl. 3).

E continua:“Submetida a sindicância ao crivo do JUÍZO DE DIREITO DAS

EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE MARÍLIA/SP, esta fora anulada, integralmente, pela ausência de defesa técnica, no âmbito do processo administrativo.

Inconformado com a r. sentença monocrática, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO interpôs AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL, alegando ofensa à Súmula Vinculante n. 05, que contraminutado, sustentado, e após parecer da D. PROCURADORIA GERAL DO ESTADO, fora provido pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO” (fls. 3 e 4).

Assevera, ainda, que “o acórdão reclamado deu aplicação inadequada, ilegal e arbitrária, da Súmula Vinculante n. 05” (fl. 4), cujo teor é o seguinte:

“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição” (DJe 16.5.2008).

Para tanto, sustenta que “[o] regime jurídico próprio da Lei de Execuções Penais exige, para imposição de falta grave, a plenitude da defesa e do contraditório, com a presença da defesa técnica, tal como o processo penal” (fls. 7), conforme se depreenderia dos arts. 1º, 2º, 10, 11, inc. III, 15, 16, 41, inc. VII e IX, 59, 66, inc. V, alínea a, inc. VII e VIII, e 194 da Lei de Execução Penal; dos arts. 3º e 261 do Código de Processo Penal e do art. 5º, inc. LIV e LV, da Constituição da República.

Cita em favor de sua tese o que decidido no Habeas Corpus 77.862, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 2.4.2004, assim ementado:

“EMENTA: HABEAS CORPUS. CONDENADO SUBMETIDO À SINDICÂNCIA PARA APURAÇÃO DE FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. DEFESA TÉCNICA.

Formalidade a ser observada, sob pena de nulidade do procedimento -- que pode repercutir na remição da pena, na concessão de livramento condicional, no indulto e em outros incidentes da execução --, em face das normas do art. 5º, LXIII, da Constituição, e do art. 59 da LEP, não sendo por outra razão que esse último diploma legal impõe às unidades da Federação o dever de dotar os estabelecimentos penais de serviços de assistência judiciária, obviamente destinados aos presos e internados sem recursos financeiros para constituir advogado (arts. 15 e 16).

Habeas corpus deferido”.Este o teor dos pedidos:“Face ao exposto, o reclamante, vem, com o maior respeito à

presença de Vossa Excelência, requerer seja ‘inaudita altera pars’ deferida liminar, sustando os efeitos do acórdão do agravo em execução penal do Tribunal-reclamado, que determinaram a validade da sindicância de apuração de falta disciplinar em sede de execução criminal, diante do regime jurídico próprio da Lei de Execução Penal, onde se exige a defesa técnica e a presença de advogado em todos os atos e termos da sindicância para apuração de falta grave (art. 2º, §§§ 1º, 2º e 3º, da LICC c.c. arts. 1º, 2º, 10, 11, III, 15, 16, 41, VII, IX, 59, 66, V, a, VII, VIII e 194, LEP c.c. arts. 3º e 261, Cód. Proc. Penal c.c. art. 5º, LIV, LV, CR/88), pela indevida aplicação do quinto verbete sumular vinculante, até final julgamento da reclamação.

Requer, seja ouvido o Procurador Geral da República, seja cassado o acórdão do agravo em execução penal do Tribunal reclamado, face ao regime jurídico próprio da Lei de Execução Penal, para sindicância de apuração de falta grave (art. 2º, §§§ 1º, 2º e 3º, da LICC c.c. arts. 1º, 2º, 10, 11, III, 15, 16, 41, VII, IX, 59, 66, V, a, VII, VIII e 194, LEP c.c. arts. 3º e 261, Cód. Proc. Penal c.c. art. 5º, LIV, LV, CR/88), onde se exige a defesa técnica e a presença de advogado em todos os atos e termos da sindicância para apuração de falta grave, pela indevida aplicação da Súmula vinculante n. 05, confirmando-se a liminar, como medida da mais lídima JUSTIÇA!” (fls. 11-12).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. O advento do instituto da súmula vinculante inaugurou nova

hipótese de cabimento de reclamação para o Supremo Tribunal Federal, conforme disposto no art. 103-A, § 3º, da Constituição da República.

Assim, a contrariedade à determinada súmula ou a sua aplicação indevida por ato administrativo ou decisão judicial possibilita a atuação do Supremo Tribunal Federal, que, ao julgar a reclamação procedente, pode anular o ato ou cassar a decisão e determinar que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

5. Na espécie em foco, a Reclamante afirma ser indevida a aplicação da Súmula Vinculante 5.

Em efeito, a simples leitura dos precedentes utilizados na elaboração da Súmula Vinculante 5 evidencia a ausência de identidade entre a natureza das sanções resultantes dos procedimentos administrativos neles tratados (previdenciário: RE 434.059, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 11.9.2008; fiscal: AI 207.197-AgR, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ 5.6.1998; disciplinar-estatutário/militar: RE 244.027-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 28.6.2002; e em tomada de contas: MS 24.961, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 4.3.2005) e o procedimento disciplinar para apuração de falta grave no âmbito da execução penal, donde a densa plausibilidade nas alegações da Reclamante.

Essa circunstância é realçada pelo precedente referido na petição inicial (HC 77.862), no qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence, ao

proferir seu voto naquele julgamento, afirma que eventual condenação advinda da jurisdição disciplinar instaurada para apuração de falta grave imputada ao condenado à pena privativa de liberdade resultaria em verdadeira sanção penal, considerada, especialmente, a perda da remição. “E para imposição de sanção penal,” – advertiu Sua Excelência, acompanhando a maioria formada na ocasião – “acho absolutamente coerente com os princípios constitucionais a exigência de defesa técnica”.

6. Não há, entretanto, na petição inicial, a indicação de qualquer elemento que pudesse caracterizar a existência do periculum in mora na espécie, requisito indispensável para o deferimento da liminar.

A Reclamante limita-se a alegar, nesse ponto, que:“sendo a Lei de Execução Penal, Lex especiallis, possuindo regime

jurídico próprio, onde a figura do advogado e da defesa técnica são indispensáveis, o Tribunal reclamado, ao invocar a Súmula Vinculante n. 5, deu indevida aplicação ao comando sumular, afrontando a autoridade de expressa disposição legislativa, devendo ser cassada.

Súmula vinculante não é lei, e muito menos pode revogar lei, devendo esta ser conforme a legislação infraconstitucional compatível com a Carta da República.

A validade das punições administrativas, afetas a prática de falta grave em execução penal, tem como imprescindível a atuação de advogado e defesa técnica, tendo o acórdão do Tribunal reclamado procedido a indevida aplicação das decisões sumulares vinculantes.

Deste modo, deferida a liminar, sustando os efeitos das punições administrativas validadas pelo Tribunal reclamado, que deu indevida aplicação a súmula vinculante, cessa a sensação de grave insegurança jurídica ora instalada” (fls. 10-11).

7. Pelo exposto, indefiro a liminar. 8. Oficie-se ao Reclamado para que preste informações no prazo

de 10 dias e encaminhe-lhe cópia desta decisão (art. 14, inc. I, da Lei 8.038/90 e art. 157 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

9. Na sequência, vista ao Procurador-Geral da República (art. 16 da Lei 8.038/90 e art. 160 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECLAMAÇÃO 8.845-6 (209)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

GERAIS (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Nº 1.0024.513616-8/002)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DESPACHORETIFICAÇÃO – AUTUAÇÃO.RECLAMAÇÃO – CONTRADITÓRIO – INFORMAÇÕES - MEDIDA

LIMINAR - EXAME POSTERGADO.1.Retifiquem a autuação para lançar, como interessado, o Ministério

Público do Estado de Minas Gerais.2.Deem ciência, via postal, desta reclamação ao interessado.3.Solicitem informações. Com o recebimento, apreciarei o pedido de

concessão de medida acauteladora formulado na inicial.4.Publiquem.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.852-9 (210)PROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ESTADO DO TOCANTINSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINSRECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

GUARAÍ (PROCESSO Nº 00264-2009-861-10-00-1)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE

PALMAS (PROCESSO Nº 00226-2009-801-10-00-4)INTDO.(A/S) : VANDA SOUSA DA SILVAADV.(A/S) : JOÃO DOS SANTOS GONÇALVES DE BRITOINTDO.(A/S) : STÊNIA ALVES GUIMARÃES

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pela Estado de Tocantins contra atos das Varas do Trabalho de Guaraí e Palmas do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, nos Processos Trabalhistas 00264-2009-861-10-00-1 e 00226-2009-801-10-00-4, que teriam afrontado o conteúdo de decisão desta Corte nos autos da ADI 3.395/DF, Rel. Min. Cezar

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 43

Peluso. Afirma o reclamante, em suma, a incompetência da justiça

especializada, uma vez que as autoras das Reclamações Trabalhistas citadas foram nomeadas para cargo em comissão com fundamento na legislação municipal.

Pugna, assim, pelo deferimento da medida liminar para suspender a tramitação dos referidos feitos.

No mérito, requer a procedência desta reclamação. É o relatório. Passo a decidir o pedido de medida liminar.Com efeito, ao apreciar situações análogas a esta, o Plenário do

Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que compete à Justiça Estadual processar e julgar causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores submetidos ao regime especial disciplinado por lei local editada antes da Constituição de 1988, com fundamento no art. 106 da Carta de 1967, na redação que lhe conferiu a Emenda Constitucional 1/69 e o art. 37, IX, da Constituição Federal de 1988.

Nesse sentido, nos autos do Conflito de Jurisdição 6.829/SP, Relator o Ministro Octavio Gallotti, julgado na Sessão Plenária de 15/3/1989, este Tribunal reconheceu a competência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para processar e julgar ação movida por servidor municipal, sob regime especial administrativo, disciplinado em lei local, fundada no referido dispositivo da Constituição de 1967.

A promulgação da nova Constituição não alterou o entendimento desta Corte acerca do tema. Com efeito, várias decisões vêm sendo prolatadas no sentido de que o processamento de litígios entre servidores temporários e a Administração Pública na Justiça do Trabalho afronta a decisão do Plenário desta Corte, proferida na ADI 3.395-MC/DF, da qual é Relator o Ministro Cezar Peluso. Nela foi referendada liminar deferida pelo Ministro Nelson Jobim, em que se suspendeu, cautelarmente, qualquer interpretação do art. 114, I, da Carta Magna

“que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a (...) apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”.

Por ocasião do referendo da cautelar, o Ministro Cezar Peluso trouxe à colação trecho de voto do Ministro Carlos Velloso, Relator da ADI 492, na qual a Corte entendeu ser inconstitucional a inclusão, no âmbito de competência da Justiça do Trabalho, de causas que digam respeito a servidores que mantenham, com a Administração Pública, vínculo de natureza estatutária, por ser este estranho ao conceito de “relação de trabalho”.

E avançou ainda mais para sustentar que“ao atribuir à Justiça do Trabalho competência para apreciar ‘as

ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios’, o art. 144, inc. I, da Constituição, não incluiu, em seu âmbito matéria de validade, as relações de natureza jurídico-administrativa dos servidores públicos”.

O Plenário desta Corte também já se pronunciou sobre a matéria, depois da edição da Constituição de 1988, no julgamento a Reclamação 5.381/AM, relatada pelo Ministro Carlos Britto, em que ficou vencido o Ministro Marco Aurélio, a qual recebeu a ementa abaixo transcrita:

“CONSTITUCIONAL. RECLAMAÇÃO. MEDIDA LIMINAR NA ADI 3.357. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME TEMPORÁRIO. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA.

1. No julgamento da ADI 3.395-MC, este Supremo Tribunal suspendeu toda e qualquer interpretação do inciso I do art. 114 da CF (na redação da Emenda 45/2004) que inserisse, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

2. Contratações temporárias que se deram com fundamento na Lei amazonense nº 2.607/00, que minudenciou o regime jurídico aplicável às partes figurantes do contrato. Caracterização de vínculo jurídico-administrativo entre contratante e contratados.

3. Procedência do pedido.4. Agravo regimental prejudicado”.Ao longo dos debates, o Ministro Cezar Peluso, de forma enfática

asseverou o seguinte:“não há possibilidade, na relação jurídica entre servidor e o Poder

Público, seja ele permanente ou temporário, de ser regido senão pela legislação administrativa. Chama-se isso relação estatutária, jurídico-administrativa, ou outro nome qualquer, o certo é que não há relação contratual sujeita à CLT”.

A Ministra Cármem Lúcia, por sua vez, fazendo alusão à decisão da Corte tomada em 2007, que suspendeu os efeitos da EC 19 quanto à pluralidade de regimes de pessoal na Administração Pública, restabelecendo o regime único, afirmou enfaticamente que “não há como, no sistema jurídico-administrativo brasileiro constitucionalmente posto, comportar esses contratações pelo regime da CLT”.

Nesse aspecto foi secundada pelo Ministro Peluso, que assentou:“Como a Emenda nº 19 caiu, nós voltamos ao regime original da

Constituição, que não admite relação sujeita à CLT, que é de caráter tipicamente privado, entre servidor público, seja estável ou temporário, e

Administração Pública”.Essa perspectiva recebeu também o apoio do Ministro Menezes

Direito, que afirmou o seguinte:“(...) com a adição do Supremo, houve reunificação para que se

voltasse ao texto original. E, na realidade, está acontecendo que a relação jurídica entre o trabalhador do Estado e a relação jurídica entre o trabalhador e o empresário privado são completamente diferentes, independentemente da existência, ou não, de uma lei especial, pois o que caracteriza, pelo menos na minha compreensão, o vínculo é exatamente essa relação especial do servidor público com o Estado, que é de caráter administrativo. Na Emenda nº 19 tentou-se alterar esse padrão para permitir que houvesse uma dicotomia de regimes, mas isso caiu no Supremo”.

Corroborando tal entendimento, aduziu o Ministro Peluso:“Imaginem a relação de trabalho numa situação de emergência, onde

o Estado tem de mobilizar todas as suas forças, sem nenhuma limitação, submetido às restrições da Consolidação das Leis do Trabalho. Em outras palavras, seria inútil contratar sob o regime, porque não sanaria emergência nenhuma. Ficaria sujeito a não trabalhar em fim de semana, porque se trabalha, a lei prevê pagamento de hora extra etc. E o regime de emergência vai por água abaixo”.

Isso posto, defiro o pedido liminar para, nos termos do decidido pelo Plenário deste Tribunal no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, suspender a tramitação dos Processos 00264-2009-861-10-00-1 e 00226-2009-801-10-00-4.

Comunique-se com urgência.Requisitem-se informações.Imediatamente após, ouça-se a Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECLAMAÇÃO 8.858-8 (211)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E

SANEAMENTO - CASANADV.(A/S) : CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00562-2008-043-12-00-1)INTDO.(A/S) : CARLOS ANTONIO ROLIM DE QUADROSADV.(A/S) : DALCIETE FELIZARDO

DESPACHORECLAMAÇÃO – CONTRADITÓRIO – INFORMAÇÕES - MEDIDA

LIMINAR - EXAME POSTERGADO.1.Deem ciência, via postal, desta reclamação ao interessado.2.Solicitem informações. Com o recebimento, apreciarei o pedido de

concessão de medida acauteladora formulado na inicial.3.Publiquem.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.860-0 (212)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E

SANEAMENTO - CASANADV.(A/S) : CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00514-2008-043-12-00-3)INTDO.(A/S) : LUIZ ARGEMIRO PACHECOADV.(A/S) : DALCIETE FELIZARDO

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - CASAN, contra decisão proferida pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região nos autos do Recurso Ordinário 00514-2008-043-12-00-3, por inobservância da Súmula Vinculante 4 desta Corte.

Alega a reclamante, em suma, que o TRT, ao determinar que o adicional de insalubridade fosse calculado com base no salário básico do autor, contrariou o enunciado da súmula vinculante invocada.

Pugna pela concessão da medida liminar para que seja suspensa a decisão objeto desta Reclamação e, no mérito, pela sua procedência.

É o relatório. Passo a decidir o pedido liminar. Em uma análise perfunctória dos autos, verifico que estão presentes

os requisitos que ensejam a concessão da liminar. O verbete da Súmula Vinculante 4, indicada como paradigma

afrontado, recebeu a seguinte redação: “Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não

pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial” (grifei).

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 44

O RE 565.714/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, um dos precedentes que deu origem a essa Súmula foi assim ementado:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. ART. 7º, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO-RECEPÇÃO DO ART. 3º, § 1º, DA LEI COMPLEMENTAR PAULISTA N. 432/1985 PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO MÍNIMO: PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DA MODIFICAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO POR DECISÃO JUDICIAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O sentido da vedação constante da parte final do inc. IV do art. 7º da Constituição impede que o salário-mínimo possa ser aproveitado como fator de indexação; essa utilização tolheria eventual aumento do salário-mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se admitida essa vinculação (RE 217.700, Ministro Moreira Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir que aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso maior do que aquele diretamente relacionado com o acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor do salário-mínimo, o que significaria obstaculizar a implementação da política salarial prevista no art. 7º, inciso IV, da Constituição da República. O aproveitamento do salário-mínimo para formação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outro objetivo pecuniário (indenizações, pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pela Constituição do Brasil. Histórico e análise comparativa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Declaração de não recepção pela Constituição da República de 1988 do Art. 3º, § 1º, da Lei Complementar n. 432/1985 do Estado de São Paulo. 2. Inexistência de regra constitucional autorizativa de concessão de adicional de insalubridade a servidores públicos (art. 39, § 1º, inc. III) ou a policiais militares (art. 42, § 1º, c/c 142, § 3º, inc. X). 3. Inviabilidade de invocação do art. 7º, inc. XXIII, da Constituição da República, pois mesmo se a legislação local determina a sua incidência aos servidores públicos, a expressão adicional de remuneração contida na norma constitucional há de ser interpretada como adicional remuneratório, a saber, aquele que desenvolve atividades penosas, insalubres ou perigosas tem direito a adicional, a compor a sua remuneração. Se a Constituição tivesse estabelecido remuneração do trabalhador como base de cálculo teria afirmado adicional sobre a remuneração, o que não fez. 4. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (grifos no original).

Como se vê, é defeso ao Judiciário estabelecer novos parâmetros para base de cálculo do adicional de insalubridade.

Conforme se pode depreender da decisão proferida nos autos do RO 00514-2008-043-12-00-2, a autoridade reclamada afastou o salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade, o que afronta, em tese, a Súmula Vinculante 4.

Isso posto, defiro o pedido de medida liminar para suspender a decisão reclamada.

Comunique-se com urgência.Requisitem-se informações. Imediatamente após, ouça-se a Procuradoria-Geral da República. Publique-se.Brasília, 25 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSOS

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 647.113-6 (213)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : LEOMAR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PESCADOS

LTDAADV.(A/S) : JOÃO PAULO TAVARES BASTOS GAMA E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Reconsidero a decisão de fls. 91, restando prejudicado, em conseqüência, o exame do recurso interposto a fls. 94/108.

Passo, desse modo, a apreciar o presente agravo de instrumento.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-

QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 593.824/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos

feitos, refere-se à discussão em torno da constitucionalidade, ou não, da “inclusão dos valores pagos a título de ‘demanda contratada’ (demanda de potência) na base de cálculo do ICMS”.

Sendo assim, e pelas razões expostas, dou provimento ao presente agravo de instrumento, para admitir o recurso extraordinário a que ele se refere, impondo-se, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 686.541-2 (214)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTHER COELHO TAVEIRAADV.(A/S) : ROBERTO SOLIGO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : KEULLA CABREIRA PORTELA E OUTRO (A/S)

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1.Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2.Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 691.550-2 (215)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FAPOLPA INDÚSTRIA DE POLPA LTDAADV.(A/S) : VIRGILIO CÉSAR DE MELO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo regimental, com pedido de reconsideração, interposto contra decisão monocrática por mim proferida que negou seguimento a recurso extraordinário sob os seguintes termos:

“O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 520.648-AgR/DF, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 376.628-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Ademais, observa-se que, com a negativa de provimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (REsp 768.623/PR, com trânsito em julgado em 26/10/2007), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso” (fl. 157).Na origem, a ora recorrente impetrou mandado de segurança contra

ato de Delegado da Receita Federal, buscando obter a compensação dos débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal com o crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei 491, de 5 de março de 1969.

A segurança foi denegada sob o argumento de que o crédito-prêmio do IPI foi extinto em 30 de junho de 1983, por força do art. 1º, § 2º, do Decreto-Lei 1.658, de 24 de janeiro de 1979.

Contra essa decisão foi interposta apelação, a qual, no entanto, se viu desprovida pela Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

O acórdão recorrido entendeu que o incentivo fiscal à exportação instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei 491/69, conhecido como crédito-prêmio do IPI, foi extinto em 1983.

Em face desse acórdão foi interposto recurso extraordinário.No Recurso Extraordinário, fundado no art. 102, III, a e c, da

Constituição Federal, alegou-se que o acórdão recorrido teria violado o inciso III do art. 146 da Constituição Federal de 1988 e o § 1º do art. 41 do ADCT de 1988.

É o relatório.Passo a decidir.Inicialmente, reconsidero a decisão de fl. 157, uma vez que a matéria

em debate possui natureza constitucional, razão pela qual dou provimento ao agravo de instrumento para conhecer do recurso extraordinário.

A pretensão recursal do recurso extraordinário, entretanto, não merece acolhida.

É que o acórdão recorrido está em consonância com o entendimento firmado pelo plenário deste Tribunal, em 13/8/2009, ao negar provimento aos Recursos Extraordinários 577.348/RS e 561.485/RS, ambos de minha relatoria.

Naquele julgamento, o Supremo Tribunal estabeleceu que, em virtude

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 45

de sua natureza setorial, aplica-se ao incentivo fiscal instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei 491/1969 o disposto no § 1º do art. 41 do Ato de Disposições Constitucionais Transitórias de 1988.

É isso que se observa nos fundamentos expostos no voto por mim proferido, in verbis:

“assento que, por ser um incentivo fiscal de cunho setorial, o crédito-prêmio do IPI, para continuar vigorando, deveria ter sido confirmado por lei superveniente no prazo de dois anos após a publicação da Constituição de 1988. Como isso não ocorreu, ele foi, inexoravelmente, extinto em 5 de outubro de 1990”.

Isso posto, nos termos autorizados pelo egrégio Plenário desta Suprema Corte, em sessão de 13/8/2009, reconsidero a decisão de fl. 157, para, com esses novos fundamentos, dar provimento ao agravo de instrumento (art. 544, §§ 3º e 4º, do CPC) para conhecer do recurso e negar-lhe provimento (Código de Processo Civil, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 696.872-9 (216)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : VENDELINO OENNING E FILHOS LTDAADV.(A/S) : JAIME LUIZ LEITE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo regimental, com pedido de reconsideração, interposto contra decisão monocrática por mim proferida que negou seguimento a recurso extraordinário sob os seguintes termos:

“O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 520.648-AgR/DF, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 376.628-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Ademais, observa-se que, com a negativa de provimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (REsp 768.623/PR, com trânsito em julgado em 26/10/2007), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso” (fl. 90).Na origem, a ora recorrente impetrou mandado de segurança contra

ato de Delegado da Receita Federal, buscando obter a compensação dos débitos tributários administrados pela Secretaria da Receita Federal com o crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei 491, de 5 de março de 1969.

A segurança foi denegada sob o argumento de que o crédito-prêmio do IPI foi extinto em 30 de junho de 1983, por força do art. 1º, § 2º, do Decreto-Lei 1.658, de 24 de janeiro de 1979.

Contra essa decisão foi interposta apelação, a qual, no entanto, se viu desprovida pela Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

O acórdão recorrido entendeu que o incentivo fiscal à exportação instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei 491/69, conhecido como crédito-prêmio do IPI, foi extinto em 1983.

Em face desse acórdão foi interposto recurso extraordinário.No Recurso Extraordinário, fundado no art. 102, III, a e c, da

Constituição Federal, alegou-se que o acórdão recorrido teria violado o inciso III do art. 146 da Constituição Federal de 1988 e o § 1º do art. 41 do ADCT de 1988.

É o relatório.Passo a decidir.Inicialmente, reconsidero a decisão de fl. 90, uma vez que a matéria

em debate possui natureza constitucional, razão pela qual dou provimento ao agravo de instrumento para conhecer do recurso extraordinário.

A pretensão recursal do recurso extraordinário, entretanto, não merece acolhida.

É que o acórdão recorrido está em consonância com o entendimento firmado pelo plenário deste Tribunal, em 13/8/2009, ao negar provimento aos Recursos Extraordinários 577.348/RS e 561.485/RS, ambos de minha relatoria.

Naquele julgamento, o Supremo Tribunal estabeleceu que, em virtude de sua natureza setorial, aplica-se ao incentivo fiscal instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei 491/1969 o disposto no § 1º do art. 41 do Ato de Disposições Constitucionais Transitórias de 1988.

É isso que se observa nos fundamentos expostos no voto por mim proferido, in verbis:

“assento que, por ser um incentivo fiscal de cunho setorial, o crédito-prêmio do IPI, para continuar vigorando, deveria ter sido confirmado por lei superveniente no prazo de dois anos após a publicação da Constituição de 1988. Como isso não ocorreu, ele foi, inexoravelmente, extinto em 5 de outubro de 1990”.

Isso posto, nos termos autorizados pelo egrégio Plenário desta

Suprema Corte, em sessão de 13/8/2009, reconsidero a decisão de fl. 90, para, com esses novos fundamentos, dar provimento ao agravo de instrumento (art. 544, §§ 3º e 4º, do CPC) para conhecer do recurso e negar-lhe provimento (Código de Processo Civil, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.152-2 (217)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : S/A CORREIO BRAZILIENSEADV.(A/S) : MARCELO PIMENTEL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JADER DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CARLOS ODORICO VIEIRA MARTINS E OUTRO

(A/S)

1.Trata-se de agravo regimental contra decisão proferida pelo meu antecessor, Ministro Gilmar Mendes, que negou seguimento ao agravo de instrumento da parte agravante, ao analisar diretamente as razões do recurso extraordinário, por entender, com apoio na jurisprudência desta Corte, que não configura ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal, o fato de a decisão recorrida ter sido contrária aos interesses da parte.

2.Alega a parte agravante, em síntese, que a decisão agravada não se manifestou a respeito da alegada ofensa ao art. 5º, II, XXXV e LV, da Constituição Federal, no que tange à deserção do recurso extraordinário, apontada pela decisão que o inadmitiu, sob o seguinte fundamento:

“Apesar de ter sido recolhido o depósito recursal no valor exigido pelo Ato GP nº 251/2007, na guia de fl. 239 há identificação de número de processo diverso do destes autos e o empregado nela indicado não é o recorrido, o que caracteriza a deserção do recurso” (fl. 164)

3.Assiste razão ao agravante. Dessa forma, reconsidero a decisão de fl. 164 (art. 557, § 1º, do CPC), e passo a julgar o agravo de instrumento, cuja deserção foi o objeto do recurso.

4.Com efeito, o art. 59, § 1º do RISTF diz que “nenhum recurso subirá ao Supremo Tribunal Federal, salvo caso de isenção, sem a prova do respectivo preparo e do pagamento das despesas de remessa e retorno, no prazo legal”. E o art. 511 do CPC é claro ao dispor que o preparo deverá ser comprovado no ato da interposição do recurso, sob pena de deserção, in verbis:

“No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de retorno, sob pena de deserção.”

5.Este Supremo Tribunal também fixou entendimento segundo o qual o preparo do recurso extraordinário deve ser comprovado no ato de sua interposição. Nesse sentido, AI 689.209-AgR/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowsky, 1ª Turma, unânime, DJe 05.06.2008, o AI 691.496-ED/BA, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJe 05.06.2008, e AI 703.179-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 05.06.2008.

6. Assim, não tendo sido comprovado o preparo do apelo extremo, no ato de sua interposição, o recurso não enseja admissão.

7.Ademais, ainda que superado tal óbice, não merece reparos a decisão agravada, ao concluir que o acórdão recorrido estava suficientemente fundamentado. É o que se depreende do seguinte trecho da ementa do aresto proferido pelo TST, ao afastar, em preliminar, a alegação de violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal:

“NULIDADE. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Não se reconhece violação dos artigos 93, IX, da Constituição Federal, 453, II, do Código de Processo Civil e 832 da Consolidação das Leis do Trabalho em face de julgado cujas razões de decidir abarcando a totalidade dos temas controvertidos. Uma vez consubstanciada a entrega completa da prestação jurisdicional, afasta-se a argüição de nulidade. Agravo de instrumento a que se nega provimento.” (fl. 125)

E o fato de a decisão ter sido contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao referido artigo 93, IX, da Constituição Federal. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados: RE 535.315-AgR-ED/SP, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 22.05.2009; AI 557.074-AgR/SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 22.06.2007.

Ressalte-se, ainda, que, sobre o assunto, esta Corte tem o seguinte entendimento: “o que a Constituição exige, no inc. IX, do art. 93, é que o juiz ou o tribunal dê as razões de seu convencimento, não se exigindo que a decisão seja amplamente fundamentada, extensamente fundamentada, dado que a decisão com motivação sucinta é decisão motivada”(RE 430.637-AgR/PR, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, unânime, DJ 23.09.2005).

8. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se. Brasília, 20 de agosto de 2009. Ministra Ellen Gracie Relatora

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.560-4 (218)PROCED. : MATO GROSSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 46

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOELMES JESUS DA COSTA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : HOSANA ANTUNES DE ALMEIDAAGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO

DESPACHO (Petição STF n. 35.506/2009)AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA ACÓRDÃO QUE NEGOU PROVIMENTO AO AGRAVO REGIMENTAL. ERRO GROSSEIRO. DEVOLUÇÃO DA PETIÇÃO Á ADVOGADA SUBSCRITORA. BAIXA À ORIGEM APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO.

1. Em 3 de março de 2009, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal negou provimento a este agravo regimental no agravo de instrumento, em razão da ausência de impugnação dos fundamentos da decisão agravada (fl. 383).

O acórdão foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico em 27.3.2009.2. Em 31 de março de 2009, Joelmes Jesus da Costa e outros, ora

Agravantes, por meio desta petição, interpuseram recurso extraordinário contra o julgado proferido pela Primeira Turma deste Supremo Tribunal no presente agravo (fls. 386-399).

Requereram o “recebimento do presente recurso extraordinário, o seu conhecimento e o integral provimento, com fundamento no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República Federativa do Brasil, nos termos expostos nas razões recursais, para reformar a r. decisão da Turma do Supremo Tribunal Federal do Agravo Regimental no Agravo de Instrumento 735.560, por ofensa aos arts. 5º, inc. XXXVI, e 37. inc. XV, da Constituição da República” (fls. 397-398).

3. Nada há a deferir. É de conhecimento primário que o recurso apresentado não é o instrumento processual adequado para impugnar acórdão proferido por Turma do Supremo Tribunal Federal.

É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de não se aplicar o princípio da fungibilidade quando se cuida de erro grosseiro na interposição de recurso na via recursal extraordinária.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“1. O princípio da fungibilidade recursal deve ser aplicado com

parcimônia, sob pena de comprometer-se o sistema recursal previsto no Código de Processo Civil, principalmente quando há erro grosseiro na escolha do recurso cabível” (MS 23.605-AgR-ED, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, DJ 14.10.2005 – grifos nossos).

E: “RECURSO - PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE - ERRO

GROSSEIRO. Se, de um lado, é certo que o princípio da fungibilidade está implícito no artigo 250 do Código de Processo Civil, de outro, não menos correto, é que há de ser observado afastando-se situações concretas que encerram erro grosseiro” (AI 517-808-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 12.8.2008).

E ainda:“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO DE DECISÃO DENEGATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA PROFERIDA EM ÚNICA INSTÂNCIA POR TRIBUNAL LOCAL. APLICAÇÃO O PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. INCABÍVEL. ERRO GROSSEIRO. AGRAVO IMPROVIDO. I - É inaplicável o princípio da fungibilidade recursal ante a clara existência de erro grosseiro. II - Agravo regimental improvido” (AI 630.444-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 29.8.2008).

4. Pelo exposto, indefiro o que requerido na Petição STF 35.506/2009 e determino o seu desentranhamento, com as cópias de fls. 406-494, e sua devolução à advogada subscritora.

5. À Secretaria, para, após o trânsito em julgado da decisão proferida, baixar imediatamente os autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.832-0 (219)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : SÃO BERNARDO ASSISTÊNCIA MÉDICA S/AADV.(A/S) : OSWALDO DUARTE DE SOUZA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Reconsidero a decisão de fls. 148, restando prejudicado, em conseqüência, o exame do recurso interposto a fls. 151/163.

Passo, desse modo, a apreciar o presente agravo de instrumento.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-

QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do

Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 593.824/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da constitucionalidade, ou não, da “inclusão dos valores pagos a título de ‘demanda contratada’ (demanda de potência) na base de cálculo do ICMS”.

Sendo assim, e pelas razões expostas, dou provimento ao presente agravo de instrumento, para admitir o recurso extraordinário a que ele se refere, impondo-se, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.739-8 (220)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : GAS NATURAL SÃO PAULO SUL S/AADV.(A/S) : LÁZARO PAULO ESCANHOELA JÚNIOR E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : NADIR APARECIDA TAROSSOADV.(A/S) : DENISE DE FÁTIMA TAROSSO E OUTRO (A/S)

(Petição STF nº 80.350/2009)DECISÃO: A desistência de recurso opera pela só declaração de

vontade (art. 158, caput, do CPC) e, como tal, independe de homologação, só necessária para a chamada “desistência da ação” (art. 158, § único). Com a declaração do desistente operou-se a extinção do recurso. Certifique-se, pois, o trânsito em julgado da decisão de fls. 194 – 196. Após, baixem os autos.

Publique-se. Int..Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.957-1 (221)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL S AADV.(A/S) : RODRIGO LEPORACE FARRET E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo regimental interposto de decisão que em 30/4/2009, negou seguimento ao agravo de instrumento em que se buscava destrancar recurso extraordinário interposto de acórdão que porta a seguinte ementa:

“MANDADO DE SEGURANÇA – TRIBUTÁRIO – ICMS – CREDITAMENTO EXTEMPORÂNEO DE VALORES RELATIVOS À AQUISIÇÃO DE BENS OU INSUMOS (MATÉRIAS PRIMAS, PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS E MATERIAIS DE EMBALAGENS) UTILIZADOS NA INDUSTRIALIZAÇÃO DE PAPEL IMUNE EM DETERMINADO PERÍODO – FALTA DE PROVA PRÉCONSTITUÍDA QUANTO À EXISTÊNCIA DO DIREITO VINDICADO. RECURSO OFICIAL E VOLUNTÁRIOS PROVIDOS” (fl. 217).

A agravante sustentou, em suma, que a decisão agravada deve ser reformada e insistiu, dessa forma, no processamento do recurso extraordinário. Argumentou-se que a

“questão jurídica em julgamento diz respeito à correta interpretação do princípio constitucional da não-cumulatividade (art. 155, § 2º, I, da Constituição Federal) e ao alcance das restrições constitucionalmente estabelecidas a este princípio (art. 155, § 2º, II, alíneas ‘a’ e ‘b’), especialmente à luz da imunidade assegurada na alínea ‘d’ do inciso VI do art. 150 (...)” (fl. 353).

Reconsidero a decisão de fl. 349.Bem examinados os autos, verifico que a matéria merece melhor

exame e, para tanto, entendo imprescindível o acesso aos autos originais.Isso posto, reconsidero a decisão de fl. 349 e, preenchidos os

pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento e determino a subida dos autos principais para melhor exame da matéria.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 47

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.912-4 (222)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JULIANA DE ALMEIDA FRANÇAADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Reconsidero a decisão de fls. 531, restando prejudicado, em conseqüência, o exame do recurso interposto a fls. 537/546.

Passo, desse modo, a apreciar o presente agravo de instrumento.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-

QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 573.232/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa, fazendo-o em acórdão assim ementado:

“CONSTITUCIONAL. ASSOCIAÇÃO. NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DOS ASSOCIADOS. ART. 5º, XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. Questão relevante do ponto de vista jurídico.”

Sendo assim, e pelas razões expostas, dou provimento ao presente agravo de instrumento, para admitir o recurso extraordinário a que ele se refere, impondo-se, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.216-1 (223)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : PAULO RICARDO GONTIJO LOYOLAADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de agravo regimental em agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.A parte agravante alega que foi reconhecida a repercussão da matéria tratada nos autos, e, portanto, deve ser observado o disposto no artigo 543-B, do CPC, conforme já decidiu esta Corte em caso análogo ao dos autos no AI n. 749.904, Relatora a Ministra Cármen Lúcia.

3.Assiste razão ao agravante. O agravo não merece provimento. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos --- o alcance da expressão “quando expressamente autorizadas”, prevista no inciso XXI do art. 5º da Constituição do Brasil, nas ações ordinárias de caráter coletivo ajuizadas pelas entidades associativas --- que será submetida à apreciação do Pleno do Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE n. 573.232, Relator o Ministro Marco Aurélio.

Sendo assim, dou provimento ao agravo regimental para tornar sem efeito a decisão de fl. 510 e admitir o recurso extraordinário que, no entanto, ficará sobrestado na origem, para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 461.397-2 (224)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : USINA NOVA AMÉRICA S/AADV.(A/S) : CAMILA GONÇALVES DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo regimental contra decisão do teor seguinte:

“1. Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e assim ementado:

“IPI. AÇÚCAR. FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS. DECRETO 2.092/96, CONSTITUCIONALIDADE. PRINCÍPIO DA ISONOMIA.

Não se afigura inconstitucional o Decreto 2.092/96 que fixou alíquotas de IPI distintas para o açúcar nas diferentes regiões do país, uma vez que observado o limite estabelecido na Lei 8.393/91 e o permissivo legal estabelecido no art. 151, I, in fine, da CF.”

Sustenta a recorrente, com fundamento no art. 102, III, a, da Constituição Federal, ter havido violação aos artigos 5º, XXXV, 149, 153, IV e §3º e 151, I, da Constituição Federal.

2.Inviável o recurso.Em caso análogo, assim decidiu esta Corte:RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPI. CONCESSÃO DE

BENEFÍCIOS. ALÍQUOTAS REGIONALIZADAS. LEI 8.393/91. DECRETO 2.501/98. ADMISSIBILIDADE.

1. Incentivos fiscais concedidos de forma genérica, impessoal e com fundamento em lei específica. Atendimento dos requisitos formais para sua implementação.

2. A Constituição na parte final do art. 151, I, admite a “concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do país”.

3. A concessão de isenção é ato discricionário, por meio do qual o Poder Executivo, fundado em juízo de conveniência e oportunidade, implementa suas políticas fiscais e econômicas e, portanto, a análise de seu mérito escapa ao controle do Poder Judiciário. Precedentes: RE 149.659 e AI 138.344-AgR.

4. Não é possível ao Poder Judiciário estender isenção a contribuintes não contemplados pela lei, a título de isonomia (RE 159.026).

5. Recurso extraordinário não conhecido”. (RE nº 344.331, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Primeira Turma, DJ de 14.03.2003. No mesmo sentido, cf. RE nº 328.509, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 01.07.2003).

Mais recentemente, a Primeira Turma, no julgamento do AI nº 515.168-AgR-ED, de minha relatoria, julgou constitucional a fixação de percentual de 18% para certas regiões, como se pode ver à seguinte ementa:

“TRIBUTO. Imposto sobre produtos industrializados. IPI. Alíquota. Fixação. Operações relativas a açúcar e álcool. Percentual de 18% (dezoito por cento) para certas regiões. Art. 2º da Lei nº 8.393/91. Ofensa aos arts. 150, II, 151, I, e 153, §3º, I, da CF. Inexistência. Finalidade extrafiscal. Constitucionalidade reconhecida. Improvimento ao recurso extraordinário. Não é inconstitucional o art. 2º da Lei federal nº 8.393, de 30 de dezembro de 1991.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e 557 do CPC).” (fl.334/335).

Alega a parte agravante que a matéria versada nos autos teve repercussão geral reconhecida pelo plenário da corte e que, por isto, deve ser o recurso extraordinário sobrestado até a apreciação do mérito pelo Tribunal.

2.Esta Corte, no julgamento do RE nº 483.994-AgR-QO (Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJE de 20.11.2008), decidiu estender a todos os agravos regimentais e embargos de declaração anteriores a 20.8.2008, interpostos de decisões monocráticas proferidas em processos cujo tema foi reconhecido como de repercussão geral, a seguinte solução: reconsiderar a decisão agravada e determinar a devolução dos autos ao Tribunal de origem, ficando prejudicado o agravo regimental ou os embargos de declaração.

No caso, trata-se de recurso extraordinário que versa sobre tema cuja repercussão geral foi reconhecida na análise do RE nº 567.948 (Rel. Min. MARCO AURÉLIO).

3.Ante o exposto, reconsidero a decisão agravada e, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC, ficando prejudicado o agravo regimental.

Publique-se. Int..Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 274.431-7 (225)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE. : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADVDOS. : DÉBORA SANTOS E OUTROSAGDA. : COMPANHIA TELEFÔNICA DA BORDA DO CARMOADVDOS. : ZULEICA RODRIGUES DE MOURA E OUTROS

(Petição STF nº 77.733/2009) DESPACHO: Em resposta ao ofício que comunica o provimento do

agravo e determina a subida do recurso extraordinário para melhor exame, o juízo a quo informa “(...) que a Execução Fiscal nº 8810/1992, em que a Prefeitura Municipal de Santo André move contra Cia Telefônica da Borda do Campo, foi liquidada e que o feito foi incinerado, conforme consta no Processo Administrativo de Controle de Incineração de Autos de nº 03/2003 (...)” (Ofício nº 754/09, do Juízo de Direito da 2ª Vara de Fazenda Pública, Comarca de Santo André – SP) . Sendo assim, perde utilidade a análise do recurso extraordinário, pois prejudicado.

Não havendo lugar agora para se juntar esta documentação, restitua-se ao Tribunal a quo.

Publique-se. Int..

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 48

Brasília, 29 de julho de 2009.Ministro CEZAR PELUSO

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 487.432-7 (226)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : PROFUSA PRODUTOS PARA FUNDIÇÃO LTDAADV.(A/S) : LUIS HENRIQUE DA SILVA E OUTRO (A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. MAJORAÇÃO

DE ALÍQUOTAS. LEI N. 6.556/1989 DE SÃO PAULO: INCONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“DECLARATÓRIA DE ICMS – RECONHECIMENTO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA ALÍQUOTA DE 18% - RECONHECIMENTO – Apenas, antes da edição da lei n. 9.903/97. COMPENSAÇÃO DE VALORES RELATIVOS À RECOLHIMENTO DE ICMS, POR MEIO DE CREDITAMENTO – INADMISSIBILIDADE. Não obstante ter sido declarada inconstitucional a majoração da alíquota de ICMS de 17% para 18%, a apelante não tem legitimidade para pleitear a compensação do que já foi pago. Não comprovado que tenha assumido o encargo financeiro. Deram provimento, parcial, ao recurso” (fl. 36).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência, na espécie, das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal (fls. 118-123).

3. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria afrontado o art. 167, inc. IV, da Constituição da República.

Argumenta que “o acórdão declarou a inexistência de relação jurídica apta a lastrear o aumento da alíquota interna no Estado de São Paulo, de 17% para 18%, veredito que expressamente se fundamentou na existência de precedente em que o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucionais diversos artigos da Lei estadual 6.656/89” (fl. 3).

Sustenta que “prequestionamento houve, porque o precedente de que se louvou o acórdão recorrido se fundamenta expressamente e precipuamente no artigo 167, IV, da C.F., tido por contrariado pela Recorrente” (fl. 4).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 5. Cumpre assentar, inicialmente, que o período discutido nestes

autos é anterior à vigência da Lei n. 9.903/97, que teve a repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário n. 585.535, de relatoria da Ministra Ellen Gracie.

6. Afasto o óbice da decisão agravada, pois a matéria constitucional foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante.

7. Ao julgar o Recurso Extraordinário n. 183.906, em 18.8.1997, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário do Supremo Tribunal declarou inconstitucionais os dispositivos da Lei estadual paulista n. 6.556/1989, nos quais foi definida majoração da alíquota do Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e sua destinação ao financiamento de programas habitacionais populares, por ofensa ao art. 167, inc. IV, da Constituição da República. Tem-se na ementa desse julgado:

“IMPOSTO - VINCULAÇÃO A ÓRGÃO, FUNDO OU DESPESA. A teor do disposto no inciso IV do artigo 167 da Constituição Federal, é vedado vincular receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. A regra apanha situação concreta em que lei local implicou majoração do ICMS, destinando-se o percentual acrescido a um certo propósito - aumento de capital de caixa econômica, para financiamento de programa habitacional. Inconstitucionalidade dos artigos 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º da Lei n. 6.556, de 30 de novembro de 1989, do Estado de São Paulo.”

E ainda:“IMPOSTO - VINCULAÇÃO A ÓRGÃO, FUNDO OU DESPESA. A

teor do disposto no inciso IV do artigo 167 da Constituição Federal, é vedado vincular receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. A do ICMS, destinando-se o percentual acrescido a um certo propósito - aumento de capital de caixa econômica, para financiamento de programa habitacional. Inconstitucionalidade dos artigos 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º da Lei n. 6.556, de 30 de novembro de 1989, do Estado de São Paulo” (RE 188.443, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 11.9.1998).

8. Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o acórdão recorrido.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (arts. 557, caput,

do Código de Processo Civil e 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 494.069-5 (227)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ELIEL RODRIGUES MARINSADV.(A/S) : JAILSON TENÓRIO DOS REISAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Petições/STF nos 77.390/2009 e 79.925/2009DECISÃOAGRAVO REGIMENTAL – VISTA DOS AUTOS.1.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:Celso Luiz Cosenza, na qualidade de interessado, requer vista dos

autos para eventual manifestação, porquanto, segundo o alegado, os efeitos do julgamento do recurso poderão ser estendidos a ele, nos termos do artigo 509 do Código de Processo Civil. Sustenta ser litisconsorte passivo na Ação Civil Pública nº 1.192/95, proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, a qual deu origem aos autos. Apresenta procuração.

Consigno que, de acordo com o acórdão recorrido, o requerente é réu na ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, assim como o ora agravante.

O agravo regimental encontra-se em mesa, para julgamento na Primeira Turma.

2.Ante a qualidade do requerente, defiro o pedido de vista, observando-se o prazo de dez dias.

3.Publiquem.Brasília – residência -, 7 de julho de 2009, às 21h20.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 535.096-8 (228)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : HAYDÉA LAGO BITTENCOURTADV.(A/S) : ENIO IMBRIACO

DECISÃO: Vistos, etc. O Superior Tribunal de Justiça acolheu a pretensão da parte

agravante, ao apreciar o recurso especial interposto simultaneamente ao recurso extraordinário cuja admissibilidade ora se examina. Nessa contextura, o apelo extremo e, consequentemente, o agravo de instrumento manejado contra a decisão que negou trânsito ao recurso extraordinário perderam os respectivos objetos.

Isso posto, e frente ao caput do artigo 557 do CPC e ao inciso IX do artigo 21 do RI/STF, julgo prejudicado o agravo.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 543.771-1 (229)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : LAOB BIOQUÍMICOS LTDAADV.(A/S) : NATALIA CARDOSO FERREIRA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, caput, 24, I, 150, II, 155, I, b e § 2º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Verifico que o agravante não atacou o fundamento da decisão agravada relativo à ofensa reflexa, limitando-se a alegar o prequestionamento da matéria constitucional. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. Observo que não houve o devido prequestionamento dos arts. 5º, caput, 24, I, 150, II, 155, I, b e § 2º, da Constituição Federal. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 49

recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de norma infraconstitucional local (Decreto 33.118/1991, do Estado de São Paulo), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões: AI 705.512/CE, Rel. Min. Eros Grau; AI 377.564-AgR/CE, Rel. Min. Maurício Corrêa.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 547.518-1 (230)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE CHARLEY FAYAL DE LYRA

(REPRESENTADO PELA SUA INVENTARIANTE THEREZA DE JESUS MIRANDA LYRA)

ADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DA ROCHA LINS

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face do acórdão que julgou ser lícita a tríplice acumulação de aposentadorias do servidor.

2.No RE, sustenta-se, em síntese, ofensa ao art. 37, XVII, da Constituição Federal (fls. 62-68).

3.O presente recurso não merece prosperar. Verifico que o dispositivo constitucional, ao qual se alegou violação, não foi prequestionado, porque não abordado pelo acórdão recorrido, e ao qual não foi oposto embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento (Súmulas STF 282 e 356).

Cabe destacar ainda que, nas razões do agravo de instrumento, a parte recorrente faz referência ao art. 37, XVI, dispositivo esse diverso do apresentado no recurso extraordinário (fls. 06-13).

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 551.898-5 (231)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BANCO ITAÚ S/AADV.(A/S) : MAXIMIANO JOSÉ GOMES DE PAIVA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : HELCIO RODRIGUES DOS SANTOSADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS MARINHO PEREIRA E OUTRO

(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que, apoiado apenas na jurisprudência dos Tribunais Superiores, ao qual não foram opostos embargos de declaração pelo ora recorrente, deu parcial provimento ao recurso do ora agravado, no qual pleiteava diferenças de índices aplicados em contas de poupança (Planos Bresser, Verão e Collor), decorrentes dos expurgos de planos econômicos.

2.Mostra-se impertinente, na hipótese dos autos, a invocação do art. 97 da Constituição Federal e da alínea “b” do permissivo constitucional (art. 102, III), uma vez que não houve, no acórdão recorrido, declaração de inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, sem margem, portanto, para o cabimento do recurso extraordinário.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen Gracie Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 578.516-2 (232)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO

DOS MÉDICOS DE LIVRAMENTO LTDA - UNICRED LIVRAMENTO

ADV.(A/S) : RAFAEL LIMA MARQUES E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, a inconstitucionalidade dessa inclusão.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso em questão, o recurso extraordinário versa sobre matéria – inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS – cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 574.706-RG/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 574.706-RG/PR.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 579.411-5 (233)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : CAMPS BOYS CONFECÇÕES LTDAADV.(A/S) : CAESAR AUGUTUS F. DE SOUZA ROCHA DA SILVA E

OUTRO (A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. MAJORAÇÃO

DE ALÍQUOTAS. LEI N. 6.556/1989 DE SÃO PAULO: INCONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alíneas a e c, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“EXECUÇÃO FISCAL – ICMS – Embargos do devedor – Procedência parcial – Diferença de alíquota de 18% para 17% - A inconstitucionalidade da diferença de alíquota não impede o aproveitamento do título executivo, bastando a retificação de seu valor – Somente o contribuinte de fato pode cobrar do contribuinte de direito o ônus tributário que lhe repassou indevidamente – Recursos em manifesto confronto com a jurisprudência dominante nos tribunais superiores – Negado seguimento” (fl. 7).

2. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência, na espécie, das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal (fls. 35-40).

3. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 1º, 24, 155, inc. II e § 2º, e 167, inc. IV, da Constituição da República.

Sustenta que “a jurisprudência vem admitindo amplamente o prequestionamento implícito, assim entendido aquele que ventila e afronta indiretamente ou por via reflexa a norma violada” (fl. 4).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 5. Cumpre assentar, inicialmente, que o período discutido nestes

autos é anterior à vigência da Lei n. 9.903/97, que teve a repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário n. 585.535, de relatoria da Ministra Ellen Gracie.

6. Afasto o óbice da decisão agravada, pois a matéria constitucional foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante.

7. Ao julgar o Recurso Extraordinário n. 183.906, em 18.8.1997, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário do Supremo Tribunal declarou inconstitucionais os dispositivos da Lei estadual paulista n. 6.556/1989, nos quais foi definida majoração da alíquota do Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e sua destinação ao financiamento de programas habitacionais populares, por ofensa ao art. 167, inc. IV, da Constituição da República. Tem-se na ementa desse julgado:

“IMPOSTO - VINCULAÇÃO A ÓRGÃO, FUNDO OU DESPESA. A teor do disposto no inciso IV do artigo 167 da Constituição Federal, é vedado vincular receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. A regra apanha situação concreta em que lei local implicou majoração do ICMS, destinando-se o percentual acrescido a um certo propósito - aumento de capital de caixa

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 50

econômica, para financiamento de programa habitacional. Inconstitucionalidade dos artigos 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º da Lei n. 6.556, de 30 de novembro de 1989, do Estado de São Paulo.”

E ainda:“IMPOSTO - VINCULAÇÃO A ÓRGÃO, FUNDO OU DESPESA. A

teor do disposto no inciso IV do artigo 167 da Constituição Federal, é vedado vincular receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. A do ICMS, destinando-se o percentual acrescido a um certo propósito - aumento de capital de caixa econômica, para financiamento de programa habitacional. Inconstitucionalidade dos artigos 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º da Lei n. 6.556, de 30 de novembro de 1989, do Estado de São Paulo” (RE 188.443, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 11.9.1998).

8. Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o acórdão recorrido.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (arts. 557, caput,

do Código de Processo Civil e 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 580.483-7 (234)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : JOÃO CARLOS DA ROCHA MATTOSADV.(A/S) : ALUISIO LUNDGREN CORRÊA REGIS E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : DANIELA REGINA PELLINADV.(A/S) : CAROLINE DE BAPTISTIAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz de todos os preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, não foram opostos embargos de declaração. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99; e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6.O entendimento deste Tribunal é firme no sentido de que “a ofensa à Constituição, que autoriza admissão do recurso extraordinário, é a ofensa direta, frontal, e não a ofensa indireta, reflexa. Se para demonstrar a contrariedade à Constituição, tem-se, antes, de demonstrar a ofensa à norma infraconstitucional, é esta que conta para a admissibilidade do recurso” [AI n. 204.153–AgR, 1ª Turma, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836–AgR, 2ª Turma, DJ de 3.9.99].

7.Por fim, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 600.490-5 (235)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ELISA PHOLS DE QUEIROZ ANDRETTO E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO ANDRETTOAGDO.(A/S) : MARIA DO CARMO DE LARA CAMPOS DORINI

ANGELICIADV.(A/S) : CERES LINA BEHMER E OUTRO (A/S)

1.Não consta nos autos cópia da procuração outorgada pelos agravantes ao advogado subscritor do presente agravo de instrumento.

2.Por expressa disposição das normas que regulam o agravo de instrumento contra despacho de inadmissão do recurso extraordinário (Súmula STF 288 e art. 544, § 1º, do CPC), é imprescindível a juntada ao traslado de qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia.

Segundo reiterada orientação desta Corte, é encargo da parte recorrente fiscalizar a inteireza do traslado (AI 330.970-AgR, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 10.08.2001; e AI 481.531-AgR, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJ 22.10.2004).

3.Com base no enunciado da Súmula STF 288 e no art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.252-1 (236)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : BV FINANCEIRA S/A - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : ROSIANE APARECIDA MARTINEZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : PAULO SÉRGIO GOMESADV.(A/S) : FLORISVALDO HAROLDO ANSELMI

DECISÃOVistos.BV Financeira S.A. – Créditos, Financiamento e Investimento interpõe

agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional.

A agravante, no entanto, deixou de instruir os presentes autos com cópia da procuração outorgada ao advogado do agravado, peça obrigatória exigida pelo § 1º do artigo 544 do Código de Processo Civil, com a alteração da Lei nº 10.352, de 26/12/01. Incidência da Súmula 288/STF.

Anote-se, por fim, que o Plenário desta Corte, na sessão de 8/10/08, ao julgar o RE nº 536.881/MG-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, ratificou a orientação de ser incabível perante este Supremo Tribunal Federal o suprimento de eventuais falhas ou realização de diligências com o objetivo de viabilizar o conhecimento de recurso interposto nas demais instâncias.

Não conheço do agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.853-1 (237)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : AUTO VIAÇÃO NOSSA SENHORA DA LUZ LTDA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCOS WENGERKIEWICZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LOURIVAL BRAZ DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DORVAL ANGELO CURY SIMÕES E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, por afronta ao art. 37, § 6º, da Constituição Federal. O acórdão recorrido afastou a alegação de culpa exclusiva da vítima e condenou os agravantes ao pagamento de pensão e ressarcimento de despesas com funeral, em razão da morte da mãe e esposa dos autores, ocorrida em virtude do acidente envolvendo ônibus de propriedade da empresa ré (fls. 15-25).

2.O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná asseverou a incidência da Súmula STF 279, sob o fundamento de que a alegada ofensa à Constituição Federal pressupõe a análise da matéria de fato (fls. 48-49).

3.Os agravantes afirmam, em síntese, que o recurso extraordinário preenche os pressupostos e requisitos de admissibilidade. E seu objetivo não é o reexame de provas, mas sim a “valoração do conjunto probatório constante dos autos”.

4.O agravo não merece seguimento. A Corte de origem aplicou entendimento perfilhado no Supremo Tribunal segundo o qual, nos termos do art. 37, § 6º, da Carta Magna, uma vez estabelecido o nexo de causalidade entre a conduta do poder público e o prejuízo sofrido pelos autores, as pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos seus atos. Cito o AI 504.920-AgR/ES, rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 20.4.2006; e o RE 272.839/MT, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ de 08.04.2008, dentre outros.

5.Ademais, rever a decisão recorrida para concluir que não houve responsabilidade da Concessionária a afastar o dever de indenizar os autores, implica reexame dos fatos e das provas em que se baseou a Corte de origem, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279). Nesse sentido: RE 558.036-AgR/RJ, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJ 09.05.2008, AI 655.792-ED/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJ 08.02.2008.

6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 51

art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.436-2 (238)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : PAULO SALIM MALUFADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPESAGDO.(A/S) : GILBERTO TANOS NATALINIADV.(A/S) : MARIA MARLENE MACHADO E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário contra acórdão no qual se discute o pagamento de indenização por danos morais em razão de declarações do agravado em matéria intitulada “Maluf, o favorecido”, publicada em 16.07.2001, no Jornal da Tarde.

2.O Tribunal de origem concluiu que a questão é de fato, cujo reexame enseja o revolvimento de provas, o que atrai a incidência da Súmula STF 279 (fls. 103-104).

3.O agravante afirma que a questão não é infraconstitucional e, no caso, não incide a Súmula STF 279, pois não se trata de mero reexame dos fatos e das provas, e sim “a efetiva aplicação do direito ao caso concreto para que sejam sanadas as violações à Constituição Federal”.

4.A insurgência não merece prosperar. Esta Corte fixou o entendimento segundo o qual a análise sobre a indenização por danos morais limita-se ao âmbito de interpretação de matéria infraconstitucional, cujo exame se mostra inviável nesta sede recursal. Ademais, rever a decisão da instância a qua para concluir de modo diverso implicaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279).

Nesse sentido, o AI 676.656-AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 12.06.2008, o AI 602.400-AgR, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 11.05.2007; o AI 604.526-AgR, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 31.01.2008; e o AI 389.888-AgR, rel. Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ 13.06.2003.

5.Ainda que assim não fosse, verifica-se que o Tribunal de origem, fundado nos fatos e nas provas contidas nos autos, as quais não se reexaminam em sede de recurso extraordinário, concluiu pela ausência de “potencialidade lesiva na matéria jornalística em causa, de modo a ocasionar sério abalo psíquico no autor ou comprometimento profundo da sua imagem pública” (fls. 25-33), para julgar improcedente o pedido de indenização.

Concluir de modo diverso implica além do reexame de fatos e de provas, vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279), a interpretação de matéria infraconstitucional, que, por sua vez, ficou preclusa uma vez que o Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado (fls. 114-116), não conheceu do agravo de instrumento contra a decisão que negou seguimento ao recurso especial manejado pelo recorrente.

Tal fundamento, per se, é suficiente para manter o acórdão recorrido, que se tornou definitivo, obstando a impugnação, mediante apelo extremo, com base no art. 5º, V e X, da Constituição Federal. Incide no caso, mutatis mutandis, a Súmula STF 283.

6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 627.994-1 (239)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : COMERCIAL ANDRETA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : FLÁVIO SARTORI E OUTRO (A/S)

DECISÃOVistos.União interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não

admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 97 e 195, inciso I, alínea “b”, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que declarou a inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo da COFINS fixada no artigo 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98.

Opostos embargos de declaração (fls. 215 a 224), foram rejeitados (fls. 226 a 231).

Decido.A irresignação merece prosperar, haja vista que o Plenário desta

Corte, em 18/6/08, no julgamento do RE nº 482.090/SP, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, interposto contra acórdão de Turma do Superior Tribunal de Justiça que afastou a incidência da Lei Complementar nº 118/05 sem a observância da cláusula de reserva de plenário, firmou entendimento, já

assentado na Primeira Turma desta Corte, no sentido de que “reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RE nº 240.096/RJ, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 21/5/99).

Concluiu o Plenário pelo provimento do recurso para reformar o acórdão atacado e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que fosse observada a norma do artigo 97 da Constituição Federal.

Ressaltou-se, também, que essa orientação aplica-se, inclusive, aos casos em que, após a prolação do acórdão recorrido, o Tribunal de origem, por meio de seu Pleno ou de sua Corte Especial, tenha declarado a inconstitucionalidade da norma legal impugnada. Nessa hipótese, incidirá a norma do artigo 481, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

Nessa mesma sessão foi aprovada a Súmula Vinculante nº 10 deste Tribunal, com a seguinte redação:

“Viola a cláusula de reserva de Plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência no todo ou em parte”

O acórdão recorrido afastou a aplicação da regra do artigo 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98, todavia, sem a observância da cláusula de reserva de Plenário, o que determina a incidência da Súmula Vinculante nº 10 desta Corte.

Ante o exposto, nos termos do artigo 544, § 3º, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 9.756/98, conheço do agravo e dou provimento ao recurso extraordinário para reformar o acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que, observando-se a norma do artigo 97 da Constituição Federal, c/c art. 481, parágrafo único, do Código de Processo Civil, seja proferido novo julgamento pelo órgão competente.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.696-4 (240)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : AUTO POSTO PALÁCIO LTDAADV.(A/S) : WANDERLEI BAN RIBEIRO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - LIETE BADARÓ ACCIOLI PICCAZIOINTDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO

(A/S)

Petição 169.396/2008-STF.Defiro vista dos autos pelo prazo de 5 (cinco) dias (RISTF, art. 86).Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 634.873-5 (241)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS SANTA CRUZ

LTDAADV.(A/S) : JÚLIO ASSIS GEHLEN E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOVistos.Distribuidora de Medicamentos Santa Cruz Ltda. interpõe agravo de

instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. MATÉRIA DE DIREITO. PROVA PERICIAL. DESNECESSIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA DESCARACTERIZADO.

O indeferimento de prova pericial nos embargos à execução fiscal em que se discute exclusivamente matéria de direito não implica em cerceamento de defesa” (fl. 1.115).

Opostos embargos de declaração (fls. 1.117 a 1.123), foram rejeitados (fls. 1.125/1.126)

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração

foi publicado em 28/9/05, conforme expresso na certidão de folha 1.127, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 52

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se que a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, tida por desnecessária pelas instâncias ordinárias, não viola os princípios do contraditório e da ampla defesa. Nesse sentido, anote-se:

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DE DILIGÊNCIA PROBATÓRIA. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. II - Este Tribunal tem decidido no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, tida por desnecessária pelo juízo a quo, não viola os princípios do contraditório e da ampla defesa. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 616.277/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 19/9/08).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Indeferimento de produção de prova pericial. Julgamento antecipado da lide. 3. Controvérsia infraconstitucional. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 582.608/BA-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 14/9/07).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 637.596-7 (242)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : OXFORD UNIVERSITY PRESS DO BRASIL

PUBLICAÇÕES LTDAADV.(A/S) : JULIANO DI PIETRO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Verifico faltar, nestes autos, cópia do inteiro teor do acórdão proferido nos embargos de declaração. Trata-se de peça de traslado obrigatório, indispensável à formação do presente instrumento de agravo, exigida pelo art. 544, §1º do Código de Processo Civil.

Sem que a parte agravante promova a adequada e integral formação do instrumento, com a apresentação de todas as peças que dele devem constar obrigatoriamente, ou com qualquer outra que seja essencial à compreensão da controvérsia, ou, até mesmo, à aferição da própria tempestividade do recurso extraordinário deduzido (RTJ131/1403, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável conhecer do recurso de agravo (AI 214.562-AgR/SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES), cabendo enfatizar, ainda, que a composição do traslado deveprocessar-se, necessariamente, perante o Tribunal “a quo” (RTJ144/948, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 199.935-AgR/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA).

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço deste recurso (Súmula 288/STF).

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.133-4 (243)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JHOMI IMOBILIÁRIA LTDAADV.(A/S) : ANDRAL NUNES TAVARES FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que decidiu pela ilegitimidade do agravante para opor embargos de terceiro em execução fiscal promovida pela Fazenda Nacional.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXV, LIV, LV e LVI, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A pretendida discussão em torno da necessidade de produção de provas possui natureza meramente processual, o que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais (AI 540.904/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 473.282/BA, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 232.809/MG, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 399.257/MT, Rel. Min. Carlos Britto).

O Supremo Tribunal Federal tem decidido no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, tida por desnecessária pelo juízo a quo, não viola os princípios do contraditório e da ampla defesa (AI 552.281/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 474.746-AgR/GO, Rel. Min. Carlos Britto; AI 378.628/SP, Rel. Min. Celso de Mello).

Ademais, a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Ainda, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Por fim, observa-se que, com a negativa de provimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (REsp 951.078/RJ, com trânsito em julgado em 29/4/2009), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 655.129-1 (244)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : LOJAS ARAPUÃ S/AADV.(A/S) : JOÃO LUÍS GUIMARÃES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que reconheceu a constitucionalidade, por não existir vinculação de receita, da majoração da alíquota do ICMS do Estado de São Paulo, de 17% para 18%, prevista na Lei 9.903/97.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, ofensa ao art. 167, IV, da mesma Carta, por existir vinculação de receita de imposto.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria – a inconstitucionalidade da Lei 9.903/1997 e seguintes do Estado de São Paulo que preveem majoração da alíquota do ICMS por vinculação da receita do imposto – cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 585.535-RG/SP, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 53

visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 585.535-RG/SP.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 655.833-1 (245)PROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : PAULETE MARIA NUNES NEIVAADV.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO PATRÍCIO DINIZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CAPEMI CAIXA DE PECÚLIOS PENSÕES E

MONTEPIOS BENEFICENTEADV.(A/S) : RENATO CARNEIRO DE RESENDE

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão em que se discute a restituição de valores pagos ao plano de pensão de aposentadoria, nos contratos de pecúlio.

No RE sustenta-se ofensa aos artigos 5º, II e XXXV; e 170, V, da Constituição Federal.

2.O recurso não merece prosperar. Primeiramente, para o exame das violações alegadas, far-se-ia necessária a análise de cláusulas contratuais (Súmula STF 454) e de legislação infraconstitucional, hipóteses inviáveis em sede extraordinária. Nesse sentido, cito o AI 559.343/MS, rel. Min. Cármen Lúcia, pub. DJe 09.10.2008:

“A questão em debate foi decidida com base na aplicação e interpretação da legislação infraconstitucional – Código de Defesa do Consumidor. Assim, a alegada ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. 7. Ademais, para o deslinde da matéria posta à apreciação judicial, as instâncias originárias examinaram as cláusulas contratuais do plano de pensão firmado entre as partes. Concluir de forma diversa demandaria, necessariamente, o reexame dessas cláusulas, procedimento incabível em recurso extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula 454 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. DEVOLUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 665.803-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJE 20.6.2008). E: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. DESLIGAMENTO DO PLANO DE BENEFÍCIOS. DEVOLUÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES. INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida com fundamento na legislação infraconstitucional e nas cláusulas contratuais. Incidência das Súmulas 636 e 454 do STF. Precedentes. 2. Ausência de violação do disposto no artigo 195, § 5º, da Constituição do Brasil, que diz respeito apenas à seguridade social financiada por toda a sociedade. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 663.362–AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJE 22.2.2008).”

3.Ademais, ainda quanto à alegação de ofensa ao art. 5º e seus incisos, da Constituição Federal, além do fato de decisão contrária aos interesses da parte não caracterizar violação aos dispositivos constitucionais apontados, a jurisprudência desta Corte está sedimentada, no sentido de que “(...) as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário”. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/PR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 11.06.2002; AI 662.319-AgR/RO, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJE 05.03.2009 e AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJE 03.04.2008.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.160-4 (246)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : ORLINDO SADI RIBEIRO HOFFMANN E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANIAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGS E OUTRO (A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO

Vistos.Orlindo Sadi Ribeiro Hoffmann e outros interpõem agravo de

instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e incisos II, XXXV, LIV e LV, 93, inciso IX, 150, inciso IV, e 195, inciso II, da Constituição Federal.

Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL. JUROS DE MORA. TERMO A QUO. TRÂNSITO EM JULGADO. ART. 167 DO CTN. SÚMULA Nº 188/STJ.

I - São devidos juros moratórios, à razão de 1% ao mês, tanto na repetição, como na compensação de tributos, a partir do trânsito em julgado da sentença, de acordo com o preceito estabelecido no art. 167 do CTN.

II - A declaração de inconstitucionalidade do tributo não afasta a aplicação do parágrafo único do artigo 167 do Código Tributário Nacional, devendo permanecer integralmente válido o teor da Súmula nº 188/STJ. Precedentes:AgRg no REsp nº 777.009/RS, Rel .Min. FRANCISCO FALCÃO, DJ de 19/12/2005 REsp nº 718.994/RS, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJ de 25/04/2005, REsp nº 693.018/RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ de 02/05/2005, REsp nº 505.050/SP, Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE BARROS, DJ de 01/09/2003.

III - Agravo regimental improvido” (fl. 83).Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

26/10/06, conforme expresso na certidão de folha 84, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que os dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nº 282 e 356 desta Corte.

Ressalte-se que, no que tange ao termo inicial da incidência dos juros de mora, o acórdão recorrido se limitou a aplicar a legislação infraconstitucional pertinente ao caso. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TERMO INICIAL DA INCIDÊNCIA DE JUROS MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (SÚMULAS 282 E 356). CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCINAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI Nº 648.816/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 12/12/08).

“RECURSO. Extraordinário. inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE nº 556.733/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 14/11/08).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.362-0 (247)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : NILVO DORINI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DANIELLE ZULATO BITTAR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que negou seguimento ao recurso extraordinário sob o argumento de que a controvérsia trazida nos autos foi dirimida a partir de interpretação de norma estritamente legal, sem qualquer entendimento contrário à Carta da República.

O Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento do agravo regimental, manteve decisão monocrática que dera provimento ao agravo de instrumento, e também ao recurso especial eleitoral, para reconhecer o interesse de agir do representante da ação de investigação judicial eleitoral e determinar que o Tribunal Regional Eleitoral prosseguisse no julgamento do recurso (fls. 636-643).

Naquela ocasião, considerou que o interesse de agir está na necessidade de se coibir a prática de condutas tendentes a afetar a lisura do pleito eleitoral e a igualdade de oportunidades entre os candidatos, bem como que o interesse público se sobrepõe ao particular, no sentido de ver bem

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 54

conduzido o processo eleitoral.Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (fls. 661-668).O recurso extraordinário alega ofensa aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV e

14, da Constituição federal, sob o argumento de que não houve oportunidade para impugnação ao recurso especial.

Sustenta a impossibilidade de intervenção do Ministério Público na relação processual, em agravo de instrumento, porque não teria figurado como parte na ação de investigação judicial.

Afirma que a matéria de fundo já foi apreciada pelo Tribunal Superior Eleitoral em caso idêntico, sendo que o retorno dos autos viria a contrariar o princípio da celeridade processual.

Reitera os argumentos sobre a falta de interesse de agir do representante e do Ministério Público Eleitoral.

É o breve relatório. Decido.Verifico que inexiste a alegada afronta ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da

Constituição federal, pois o ora agravante teve a oportunidade de enfrentar as questões trazidas no recurso especial eleitoral, provido pelo relator (fls. 602-604), no momento da interposição do agravo regimental.

Além disso, a petição juntada posteriormente ao agravo regimental (fls. 623-629) não pode funcionar como um aditamento às razões de recurso, tendo em vista a preclusão consumativa e a própria preclusão temporal, já que a inovação de tese findaria por burlar o prazo legal fixado para a apresentação das razões recursais.

Por outro lado, no que se refere à ofensa ao art. 14, o recurso não merece prosperar. Ao inovar nos autos, suscitando nos embargos de declaração matéria que não consta do agravo regimental (fls. 606-619), deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356. Nesse sentido, AI 265.938-AgR (rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 15.09.2000), cujo acórdão ficou assim ementado:

“- Não tem razão a agravante. Para que haja o prequestionamento da questão constitucional com base na súmula 356, é preciso que o acórdão embargado de declaração tenha sido omisso quanto a ela, o que implica dizer que é preciso que essa questão tenha sido invocada no recurso que deu margem ao acórdão embargado e que este, apesar dessa invocação, se tenha omitido a respeito dela. No caso, não houve omissão do aresto embargado quanto às questões concernentes aos incisos XXIII e XXX do artigo 5º da Carta Magna, sendo elas invocadas originariamente nos embargos de declaração, o que, como salientou o despacho agravado, não é bastante para o seu prequestionamento.

Agravo a que se nega provimento.”Ademais, quanto ao mencionado artigo, a fundamentação do recurso

extraordinário impede a exata compreensão da controvérsia, impondo-se a aplicação da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Por fim, o recurso extraordinário não poderia ser admitido, pois as alegadas ofensas demandariam o exame prévio da legislação infraconstitucional, de modo que se trata de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.685-2 (248)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CARLOS FRANCISCO RIBEIRO JEREISSATI E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : HEITOR FARO DE CASTRO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : GRUPO DE COMUNICAÇÃO TRÊS S/A E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : RENATO AZEVEDO DOS SANTOS OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário contra acórdão no qual se discute o direito à indenização por danos morais em razão de publicação de matéria jornalística tida como ofensiva à honra dos autores, publicada na Revista Isto É. Na oportunidade, afastou-se a incidência de caracterização do dano moral, ante a prevalência do dever de informação (fls. 322-325).

2.O Tribunal de origem asseverou a inadmissibilidade do extraordinário, sob o fundamento de que a lide foi decidida com base nos fatos e nas provas dos autos, o que atrai a Súmula STF 279 (fl. 385).

3.Os agravantes afirmam que a questão é constitucional e, ao não admitir o recurso extraordinário por violação a dispositivos constitucionais (art. 5º, V e X, CF/88), infringiu o art. 93, IX, da Carta Magna.

4.A insurgência não merece prosperar. Esta Corte já fixou entendimento segundo o qual a análise sobre a indenização por danos morais limita-se ao âmbito de interpretação de matéria infraconstitucional, cujo exame se mostra inviável nesta sede recursal. Ademais, rever a decisão da instância a qua para concluir de modo diverso implicaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279).

Nesse sentido: AI 676.656-AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 12.06.2008; AI 602.400-AgR, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 11.05.2007; AI 604.526-AgR, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 31.01.2008; e AI 389.888-AgR, rel. Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ 13.06.2003.

5.Ressalte-se que, contra o aresto impugnado, o autor interpôs, concomitantemente, recurso especial (fls. 349-358), ao qual, em acórdão transitado em julgado, foi negado provimento pelo Superior Tribunal de Justiça, sob o entendimento de que, para alterar os fundamentos do acórdão recorrido, seria necessário o reexame da matéria fático-probatória dos autos, incidindo ali o óbice da Súmula 7/STJ (Ag 879.654/SP, rel. Min. Sidnei Beneti, 3ª Turma, DJ 22.04.2008).

Há, pois, fundamento, per se, suficiente para manter o acórdão recorrido, que se tornou definitivo, obstando a impugnação, mediante apelo extremo (Súmula STF 283). Nesse sentido, entre outros, o RE 545.161/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJ 28.06.2007.

6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.878-3 (249)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : VANDA CECILIA DE ANDRADE GOMESADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO (A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOVistos.Vanda Cecília de Andrade Gomes interpõe agravo de instrumento

contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e incisos II, XXXV, LIV e LV, 93, inciso IX, e 195, inciso II, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL.

1. Os juros de mora na repetição do indébito, ainda que de tributos declarados inconstitucionais, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença, na conformidade do que dispõem o art. 167 do CTN e a Súmula n.º 188/STJ. Precedentes da Seção.

2. O argumento de que o tributo declarado inconstitucional perde a natureza tributária, razão por que não lhe pode ser aplicado o disposto no art. 167 do CTN, gera reflexos práticos de difícil equacionamento. Se ao tributo não se aplica o termo inicial de incidência dos juros previstos na lei para a repetição do que foi pago indevidamente, também não incidem as demais normas que disciplinam o indébito tributário, tais como as relativas à prescrição, à decadência, à compensação, à taxa Selic, dentre outras.

3. O art. 167 do CTN, que trata da incidência dos juros moratórios na repetição de indébito, não faz qualquer distinção quanto à origem do pagamento indevido, se decorrente da ilegalidade ou inconstitucionalidade do tributo. É regra de hermenêutica, não cabe ao intérprete distinguir onde a lei não distingue, principalmente em matéria tributária, que, assim como no Direito Penal, socorre-se do princípio da legalidade e da tipicidade cerrada.

4. ‘Não cabem embargos de divergência, quando a jurisprudência do tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado’.

5. Agravo regimental improvido” (fl. 134).Opostos embargos de declaração (fls. 137 a 141), foram rejeitados

(fls. 142 a 147).Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração

foi publicado em 11/12/06, conforme expresso na certidão de folha 148, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar.Não houve negativa de prestação jurisdicional, uma vez que a

jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão da recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Ressalte-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados pela então agravante, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 18/5/01).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 55

Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Por fim, no que tange ao termo inicial da incidência dos juros de mora, o acórdão recorrido se limitou a aplicar a legislação infraconstitucional pertinente ao caso. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TERMO INICIAL DA INCIDÊNCIA DE JUROS MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (SÚMULAS 282 E 356). CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCINAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 648.816/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 12/12/08).

“RECURSO. Extraordinário. inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE nº 556.733/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 14/11/08).

“TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. I - A alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. II - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da CF quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. III - É indireta a ofensa à Constituição, quando a definição do termo inicial dos juros moratórios for decidida com base na interpretação de normas infraconstitucionais. IV - A Corte já decidiu pela incidência de juros de mora a partir do trânsito em julgado da decisão que, reconhecendo a incidência da imunidade tributária, determina a restituição de valores recolhidos a título de contribuição previdenciária. V - Agravo regimental improvido” (AI nº 675.745/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 16/5/08).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 664.215-0 (250)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : ODONTO COMERCIAL IMPORTADORA LTDAADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO BALIEIRO LIMA E OUTRO (A/S)

DECISÃOVistos.União interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não

admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 195, § 6º, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que impôs a observância do prazo da anterioridade nonagesimal à aplicação da regra prevista no artigo 58 da Lei nº 8.981/95, que limitou em 30% a possibilidade de compensação, para fins de

cálculo da contribuição social sobre o lucro, dos prejuízos acumulados em anos-bases anteriores.

Decido.Ressalte-se, inicialmente, que o Plenário desta Corte, em sessão

realizada por meio eletrônico, concluiu, no exame do Recurso Extraordinário no 591.340/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, pela existência da repercussão geral do tema constitucional versado no presente feito.

Na sessão Plenária de 25 de março de 2009, por sua vez, o Tribunal, ao apreciar o mérito do Recurso Extraordinário no 344.994/PR, Redator para acórdão o Ministro Eros Grau, concluiu pela constitucionalidade dos artigos 42 e 58 da Lei nº 8.981/95 que limitaram em 30% a compensação dos prejuízos acumulados em anos-bases anteriores para fins de apuração do lucro real e para determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro das empresas.

Na ocasião, assentou-se que tais dispositivos legais regulamentam uma benesse da política fiscal e que os prejuízos havidos em exercícios anteriores não são fatos geradores, mas meras deduções cuja projeção para exercícios futuros foi autorizada nos termos da lei, a qual poderá ampliar ou reduzir a proporção de seu aproveitamento. Concluiu o Plenário que a Lei nº 8.981/95 não teve incidência sobre fatos geradores ocorridos antes do início de sua vigência, afastando-se, assim, as alegações de inobservância do princípio da irretroatividade e da garantia constitucional do direito adquirido.

O acórdão recorrido, portanto, não está em sintonia com a decisão desta Corte na parte em que determina a observância, quanto ao cálculo da contribuição social sobre o lucro, do princípio da anterioridade nonagesimal.

Ante o exposto, nos termos do artigo 544, § 3º, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 9.756/98, conheço do agravo e dou provimento ao recurso extraordinário para reformar o acórdão recorrido e denegar a segurança. Sem condenação em honorários, nos termos da Súmula nº 512/STF. Custas ex lege.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 665.225-1 (251)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : AÇOS VILLARES S/AADV.(A/S) : MARISA APARECIDA DA SILVA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 155, § 2º, XII, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Verifico que o agravante não atacou os fundamentos da decisão agravada. Na peça de agravo, ora se refere a recurso especial, ora a recurso extraordinário e faz menção à matéria estranha a estes autos. Assim, cabe, por oportuno, trazer trecho do recurso interposto:

“Depreende-se que não houve sequer o juízo de admissibilidade do recurso, posto que tal decisão foi genérica, contrastando o pedido da autora no recurso especial, que era o de ser cassado o acórdão resultante do julgamento da apelação, pelo fato de o mesmo ter infringindo a lei federal, qual seja, o Código de Trânsito Brasileiro, pedido este fundamentado somente na alínea “a”, do art. 105, inciso III, da Constituição” (fl. 8 – grifei).

Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 668.337-1 (252)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : MARINITA FROHLICH MUDERSADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO (A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOVistos.Marinita Frohlich Muders interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e incisos II, XXXV, LIV e LV, 93, inciso IX, e 195, inciso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 56: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 56

II, da Constituição Federal.Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Seção do

Superior Tribunal de Justiça, assim ementado: “PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – AGRAVO REGIMENTAL –

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO – JUROS MORATÓRIOS.1. Pacificado no âmbito da Primeira Seção que os juros de mora, em

se tratando de repetição de indébito, devem seguir a regra do CTN, incidindo a partir do trânsito em julgado da decisão que determinou sua inclusão.

2. Impossibilidade de, contra legem, determinar-se a aplicação desses juros a partir da citação.

3. Agravo regimental improvido” (fl. 207).Opostos embargos de declaração (fls. 209 a 213), foram parcialmente

acolhidos para fins de prequestionamento (fls. 214 a 218).Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração

foi publicado em 12/2/07, conforme expresso na certidão de folha 219, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar.Não houve negativa de prestação jurisdicional, uma vez que a

jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão da recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Ressalte-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados pela então agravante, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 18/5/01).

Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Por fim, no que tange ao termo inicial da incidência dos juros de mora, o acórdão recorrido se limitou a aplicar a legislação infraconstitucional pertinente ao caso. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TERMO INICIAL DA INCIDÊNCIA DE JUROS MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (SÚMULAS 282 E 356). CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCINAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 648.816/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 12/12/08).

“RECURSO. Extraordinário. inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE nº 556.733/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 14/11/08).

“TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. I - A alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. II - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da CF quando o

acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. III - É indireta a ofensa à Constituição, quando a definição do termo inicial dos juros moratórios for decidida com base na interpretação de normas infraconstitucionais. IV - A Corte já decidiu pela incidência de juros de mora a partir do trânsito em julgado da decisão que, reconhecendo a incidência da imunidade tributária, determina a restituição de valores recolhidos a título de contribuição previdenciária. V - Agravo regimental improvido” (AI nº 675.745/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 16/5/08).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 671.632-2 (253)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEAGDO.(A/S) : CLEANTO ALVES PANTALEÃO FILHOADV.(A/S) : MARC ALFONS ADELIN GHIJS

1.Trata-se de agravo de instrumento da decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão em que se discute a competência privativa da União para legislar sobre o sistema monetário, com relação ao pagamento de valores no percentual de 11,98%, quando da conversão do cruzeiro real para URV (Lei 8.880/94).

2.Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, II; 18; 167; 169, § único, I e II, da Constituição Federal.

3.Esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 561.836/RN, rel. Min. Eros Grau, pub. DJE 22.02.2008.

No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, sessão plenária de 20.08.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, sessão plenária de 11.06.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC.

4.Dessa forma, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do art. 328 do RISTF, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao RE interposto, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 672.526-4 (254)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : TOMAS WIENER E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RENATO AMARAL CORRÊA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que entendeu que sobre as verbas recebidas em razão da adesão a programa de demissão voluntária deve incidir imposto de renda, por não se tratar de verba de natureza indenizatória.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alega-se, em suma, ofensa aos arts. 7º, I, 150, I, e 153, III, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que o acórdão recorrido decidiu à luz da legislação infraconstitucional (Lei 7.713/88) e da jurisprudência do STJ. A ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, ente outras: AI 630.157/SP, Rel. Min. Eros Grau; RE 252.848/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 339.323-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso.

Por fim, observa-se que, com a negativa de provimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (Ag 862.771/RS, com trânsito em julgado em 29/6/2007), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 57

- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.085-7 (255)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : EROTILDES SOUZA DA SILVAADV.(A/S) : TELMO RICARDO SCHORR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOVistos.Erotildes Souza da Silva interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional.

A decisão agravada negou seguimento ao recurso mediante o seguinte fundamento:

“(...)O exame sobre a presença ou não da repercussão, de seu conteúdo,

é da competência do Supremo Tribunal Federal, conforme a regra constitucional do art. 102, § 3º. No entanto, quanto à forma, a ausência dessa alegação ou defeito grave na fundamentação, induz a não admissão, desde logo, no primeiro juízo de admissibilidade.

Deve-se lembrar que no apelo extremo impera o rigor formal, devendo ser barrada a admissão na hipótese da peça recursal ser defeituosa, inepta e que não atende à imposição expressa da nova lei (Súmula nº 284 do STF).

Na hipótese em exame, o recurso é inepto, ante a ausência desse requisito, considerado apenas o aspecto formal.

Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO a este recurso extraordinário” (fls. 151 a 153).

Decido.Merece reparos a decisão agravada, uma vez que esta Corte, reunida

em Sessão Plenária, resolveu Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, no sentido de estabelecer que, somente dos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir do dia 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda nº 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, deve ser exigida a demonstração da repercussão geral das questões constitucionais discutidas nos autos.

Na espécie, o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem foi publicado em 16/2/07 (fl. 131), antes, portanto, do marco inicial fixado por esta Corte. Destarte, inexigível o requisito formal adotado pelo Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Ante o exposto, conheço do agravo e lhe dou provimento para afastar a incidência do artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil e determinar que o Tribunal de origem prossiga no juízo de admissibilidade do recurso extraordinário como de direito.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.696-3 (256)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : MOSCA GRUPO NACIONAL DE SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : WANDERLEI BAN RIBEIRO E OUTRO (A/S)

DECISÃOVistos.União interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não

admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 195, § 6º, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que impôs a observância do prazo da anterioridade nonagesimal à aplicação da regra prevista no artigo 58 da Lei nº 8.981/95, que limitou em 30% a possibilidade de compensação, para fins de cálculo da contribuição social sobre o lucro, dos prejuízos acumulados em anos-bases anteriores.

Alega a recorrente violação do artigo 195, § 6º, da Constituição Federal, aduzindo que “tal legislação não implicou em majoração tributária ao contribuinte, uma vez que apenas limitou o aproveitamento dos excedentes de bases de cálculo negativas sem, porém, eliminá-las, o que, portanto, demonstra a ausência de lei mais gravosa, motivo pelo qual não é plausível a alegação de ofensa ao princípio da anterioridade” (fl. 142).

Decido.Ressalte-se, inicialmente, que o Plenário desta Corte, em sessão

realizada por meio eletrônico, concluiu, no exame do Recurso Extraordinário

no 591.340/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, pela existência da repercussão geral do tema constitucional versado no presente feito.

Na sessão Plenária de 25 de março de 2009, por sua vez, o Tribunal, ao apreciar o mérito do Recurso Extraordinário no 344.994/PR, Redator para acórdão o Ministro Eros Grau, concluiu pela constitucionalidade dos artigos 42 e 58 da Lei nº 8.981/95 que limitaram em 30% a compensação dos prejuízos acumulados em anos-bases anteriores para fins de apuração do lucro real e para determinação da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro das empresas.

Na ocasião, assentou-se que tais dispositivos legais regulamentam uma benesse da política fiscal e que os prejuízos havidos em exercícios anteriores não são fatos geradores, mas meras deduções cuja projeção para exercícios futuros foi autorizada nos termos da lei, a qual poderá ampliar ou reduzir a proporção de seu aproveitamento. Concluiu o Plenário que a Lei nº 8.981/95 não teve incidência sobre fatos geradores ocorridos antes do início de sua vigência, afastando-se, assim, as alegações de inobservância do princípio da irretroatividade e da garantia constitucional do direito adquirido.

O acórdão recorrido, portanto, não está em sintonia com a decisão desta Corte na parte em que determina a observância, quanto ao cálculo da contribuição social sobre o lucro, do princípio da anterioridade nonagesimal.

Ante o exposto, nos termos do artigo 544, § 3º, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 9.756/98, conheço do agravo e dou provimento ao recurso extraordinário para reformar o acórdão recorrido e julgar improcedente os pedidos formulados na presente ação declaratória. Custas e honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da causa pelo autor, vencido.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.730-7 (257)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CALÇADOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : NELSON LOMBARDI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

O agravo perdeu o objeto.Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao

recurso especial para anular o acórdão dos embargos de declaração para que outro julgamento seja realizado pelo Tribunal a quo (REsp 1.089.073/SP, com trânsito em julgado em 24/6/2009).

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (RISTF, art. 21, IX).Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.865-7 (258)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ORLANDO BATISTA DIAS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SILMA APARECIDA BISPO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que decidiu pela competência da Justiça Estadual para julgar ação de usucapião proposta pelos agravados, na qual a União não apresentou prova idônea a demonstrar o seu interesse no processo.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, 20, I, 93, IX, 109, I, 183, § 3º, e 191, parágrafo único, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento.

Além disso, o acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não-cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Ademais, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 58: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 58

constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Ainda, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Por fim, observa-se que, com a negativa de provimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (Ag 957.088/SP, com trânsito em julgado em 30/4/2009), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.261-0 (259)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : TECNO-THERM EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES

LTDAADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO MARCONDES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se afronta aos arts. 5º, caput, e 150, II, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado este óbice, o recurso não prosperaria. A apreciação das questões relativas à compensação de valores recolhidos a maior com outros tributos, bem como a aplicação da taxa SELIC no cálculo dos créditos a serem compensados, depende da análise de normas infraconstitucionais e do prévio exame de fatos e provas. A ofensa à Constituição, acaso existente, seria reflexa, o que inviabiliza o recurso extraordinário. No mesmo sentido: RE 422.005-ED/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 456.273-ED/SP, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 684.650-8 (260)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CARLOS ALBERTO JULIANOADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto em face do acórdão assim ementado:

“FUNCIONÁRIO PÚBLICO – COMPLEMENTAÇÃO DE PROVENTOS – FUNDO DE COMPLEMENTAÇÃO, LEIS Nº 1.386/51 E 4.819/58 – FUNCIONÁRIO DA LIGHT, NA ÉPOCA DA EDIÇÃO DA LEI Nº 200/74 QUE REVOGOU OS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELO FUNDO DE PENSÃO, ASSEGURANDO AS VANTAGENS ÀQUELES QUE FOSSEM EMPREGADOS DAS EMPRESAS QUE SE ENQUADRASSEM NA HIPÓTESE LEGAL – EMPRESA PRIVADA – SOMENTE EM 1981 A ELETROPAULO PASSOU A SER CONTROLADA PELO ESTADO – INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO OU DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA – MANUTENÇÃO DOS HONORÁRIOS TAL COMO FIXADOS.” (fl. 75)

2.No RE, a parte recorrente alega ofensa aos arts. 5º, XXXVI e 114, da Constituição Federal (fls. 96-117).

3.Não merece prosperar o presente recurso, dado que o acórdão recorrido decidiu a questão com fundamento na legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis estaduais 1.386/51, 4.819/58 e 200/74). Assim, eventual ofensa à Constituição Federal seria indireta e reflexa. Nesse mesmo sentido: RE 591.414/SP, rel. Min. Cezar Peluso, pub. DJe 15.12.2008; RE 594.848/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, pub. DJe 15.04.2009; e AI 601.549-ED-AgR/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, pub. DJe 27.03.2009. Para melhor ilustrar cito ainda, caso idêntico ao presente: AI

657.855/SP, rel. Min. Menezes Direito, pub. DJe 26.05.2009:“(...) Jáé pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no

sentido de que as questões relativas à complementação de aposentadoria nos termos das Leis Estaduais nºs 1.386/51 e 4.819/58 e da Lei Complementar nº 200/74 do Estado de São Paulo restringem-se ao plano do direito local, insusceptíveis de reapreciação no recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280/STF. Nesse sentido, anote-se: “1. RECURSO. Agravo de instrumento. Intempestividade. Comprovação de que o recurso foi interposto no prazo legal. Decisão agravada. Reconsideração. Provada a tempestividade do recurso, deve ser provido o agravo de instrumento. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Complementação de aposentadoria. Lei nº 4.819/58 e LC nº 200/74, do Estado de São Paulo. Ofensa a direito local. Súmula 280. Agravo regimental não provido. A questão relativa à complementação de aposentadoria fundada na Lei estadual nº 4.819/58 e na Lei Complementar estadual nº 200/74, é infraconstitucional, cujo reexame não é admitido em recurso extraordinário “(AI nº 418.313/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 2/6/06). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEIS ESTADUAIS Ns. 4.819/58, 1.386/51 E 200/74. OFENSA INDIRETA. INTERPRETAÇÃO DE NORMA LOCAL. Controvérsia afeta à interpretação de norma local, incidência da Súmula 280. Eventual ofensa à Constituição do Brasil adviria, quando muito, de forma indireta. Agravo regimental a que se nega provimento “(AI nº 568.155/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 1/9/06). No mesmo sentido as seguintes decisões monocráticas: AI nº 701.016/SP, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 5/3/09, AI nº 733.237/SP, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 9/12/08, e AI nº 699.609/SP, de minha relatoria, DJ de 21/8/08.”

4.Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.067-7 (261)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : COMPANHIA DISTRIBUIDORA DE GÁS DO RIO DE

JANEIRO - CEGADV.(A/S) : HISASHI KATAOKA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ROSA ALICE ARAÚJOADV.(A/S) : ANTONIO AUGUSTO DE SOUZA MALLET E OUTRO

(A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário contra acórdão no qual se discute o direito à indenização por perdas e danos em razão de lesão corporal sofrida pela autora em decorrência de queda em calçada onde a ré instalava serviço sem qualquer sinalização (fls. 664-667).

2.O Tribunal de origem asseverou a inadmissibilidade do extraordinário, sob o fundamento de que a ofensa às normas constitucionais, “se existisse, seria reflexa”, pois a lide foi decidida com base na legislação infraconstitucional (fls. 764-767).

3.A agravante afirma que a ofensa à Carta Magna é direta e que “o princípio que deve orientar o magistrado no momento da fixação do quantum debeatur encontra-se implícito no texto constitucional”.

4.A insurgência não merece prosperar. Esta Corte já fixou entendimento segundo o qual a análise sobre a indenização por danos morais limita-se ao âmbito de interpretação de matéria infraconstitucional, cujo exame se mostra inviável nesta sede recursal. Ademais, rever a decisão da instância a qua para concluir de modo diverso implicaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279).

Nesse sentido: AI 676.656-AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 12.06.2008; AI 602.400-AgR, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 11.05.2007; AI 604.526-AgR, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 31.01.2008; e AI 389.888-AgR, rel. Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ 13.06.2003.

5.Ressalte-se que, contra o aresto impugnado, a agravante interpôs, concomitantemente, recurso especial (fls. 724-739), ao qual, em acórdão transitado em julgado, foi negado provimento pelo Superior Tribunal de Justiça, sob o entendimento de que, para alterar os fundamentos do acórdão recorrido, seria necessário o reexame da matéria fático-probatória dos autos, incidindo ali o óbice da Súmula 7/STJ (fls.773-786).

Há, pois, fundamento, per se, suficiente para manter o acórdão recorrido, que se tornou definitivo, obstando a impugnação, mediante apelo extremo (Súmula STF 283). Nesse sentido, entre outros, o RE 545.161/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJ 28.06.2007.

6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 59: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 59

AGRAVO DE INSTRUMENTO 686.590-7 (262)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : WILSON CAMPOS TEIXEIRA MONTEIRO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS DE ABREU BRANCOADV.(A/S) : ANDRÉ LUIS MEDEIROS DE ALMEIDA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ALUIZO FERREIRA DE ALMEIDA

DECISÃO: 1. Trata-se agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto de acórdão que versa sobre índice de correção monetária de verba a ser restituída a associados que se desligam de plano de previdência privada.

2.Conquanto admissível o agravo, inviável o recurso extraordinário.É que suposta violação constitucional configuraria, aqui, o que se

chama mera ofensa reflexa, também dita indireta, à Constituição da República, porque eventual juízo sobre sua caracterização dependeria de reexame prévio do caso à luz das normas infraconstitucionais, em cuja incidência e interpretação, para o decidir, se apoiou o acórdão impugnado.

É, ao propósito, velhíssima a postura desta Corte no sentido de que, se, para provar contrariedade à Constituição, se deva, antes, demonstrar ofensa à lei ordinária, então é esta que conta para efeito de juízo de admissibilidade do recurso extraordinário (cf., por todos, RE nº 92.264-SP, Rel. Min. DECIO MIRANDA, in RTJ 94/462-464). E este enunciado sintetiza raciocínio de certa simplicidade, que está no seguinte.

É natural que, propondo-se a Constituição como fundamento jurídico último, formal e material, do ordenamento, toda questão jurídico-normativa apresente ângulos ou aspectos de algum modo constitucionais, em coerência com os predicados da unidade e da lógica que permeiam toda a ordem jurídica.

Mas tal fenômeno não autoriza que, para efeitos de admissibilidade de recurso extraordinário, sempre se dê relevo ou prevalência à dimensão constitucional da quaestio iuris, sob pretexto de a aplicação da norma ordinária encobrir ofensa à Constituição, porque esse corte epistemológico de natureza absoluta equivaleria à adoção de um atalho que, de um lado, degradaria o valor referencial da Carta, barateando-lhe a eficácia, e, de outro, aniquilaria todo o alcance teórico das normas infraconstitucionais, enquanto materialização e desdobramento necessário do ordenamento, destinadas, que são, a dar atualidade, conseqüência e sentido prático ao conteúdo normativo inscrito nas disposições constitucionais.

Tal preponderância só quadra à hipótese de o recurso alegar e demonstrar que o significado normativo atribuído pela decisão ao texto da lei subalterna, no ato de aplicá-la ao caso, guarde possibilidade teórica de afronta a princípio ou regra constitucional objeto de discussão na causa. E, ainda assim, sem descurar-se da falácia de conhecido estratagema retórico que, no recurso, invoca, desnecessariamente, norma constitucional para justificar pretensão de releitura da norma infraconstitucional aplicada, quando, na instância ordinária, não se discutiu ou, o que é mais, nem se delineie eventual incompatibilidade entre ambas. É coisa que não escapou a velho precedente da Corte, do qual consta o seguinte:

“(...) Observo, com relação [à questão constitucional], que é incomum que, para se interpretar um texto infraconstitucional, haja necessidade de, para reforçar a exegese, se invocarem textos constitucionais, exceto quando seja preciso conciliar a lei ordinária com a Constituição por meio da técnica da interpretação conforme a Carta Magna” (voto do Min. MOREIRA ALVES no RE nº 147.684, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, in RTJ 148/2).

Neste caso, não há questão constitucional capaz de tornar admissível o recurso extraordinário, porque o que, no fundo, sustenta a recorrente é que, aplicando normas subalternas, revestidas de incontroversa constitucionalidade formal e material, a fatos insuscetíveis de rediscussão nesta via, quando não poderia tê-lo feito, porque tais fatos não corresponderiam às suas fattispecie abstratas, teria o tribunal a quo proferido decisão errônea (error in iudicando), cujo resultado prático implicaria violação de normas constitucionais. É hipótese típica do que se costuma definir como ofensa reflexa ou indireta, que, a bem ver, não tipifica ofensa alguma à Constituição.

Ademais, esta Corte rejeitou a existência de repercussão geral e a constitucionalidade do tema (RE nº 582.504, de minha relatoria).

3.Ante o exposto, dou provimento ao agravo, convertendo-o em recurso extraordinário, a que nego seguimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.113-0 (263)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : PAULO SALIM MALUFADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES E

OUTRO (A/S)

AGDO.(A/S) : JORNAL REALIDADE E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCOS ROBERTO PIRES TONON

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário contra acórdão no qual se discute o pagamento de indenização por danos morais em razão de publicação de texto intitulado “Curriculum Vitae”, ofensivo à honra e imagem do autor, publicado em 10.05.2002, no Jornal da Realidade.

2.O Tribunal de origem asseverou a falta de prequestionamento de tema constitucional, pois decidira com fundamento nos fatos e nas provas dos autos, o que atrai a Súmula STF 279 (fls. 111-112).

3.O agravante afirma que a questão é constitucional, pois ao negar seguimento ao recurso extraordinário, violou o art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV, da Carta Magna.

4.A insurgência não merece prosperar. Preliminarmente, falta ao traslado o teor do relatório de fls. 182-183 dos autos originais e que foi adotado como parte integrante do acórdão recorrido (Súmula STF 288).

Além disso, está correta a decisão agravada. As normas insertas no texto constitucional, tidas como violadas, não foram prequestionadas, porque não abordadas pelo acórdão recorrido, e ao qual não foram opostos embargos de declaração para satisfazer tal requisito (Súmulas STF 282 e 356).

5.Mesmo que superados esses óbices, saliente-se que esta Corte já fixou entendimento segundo o qual a análise sobre a indenização por danos morais limita-se ao âmbito de interpretação de matéria infraconstitucional, cujo exame se mostra inviável nesta sede recursal. Ademais, rever a decisão da instância a qua para concluir de modo diverso implicaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279).

Nesse sentido, o AI 676.656-AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 12.06.2008, o AI 602.400-AgR, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 11.05.2007; o AI 604.526-AgR, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 31.01.2008; e o AI 389.888-AgR, rel. Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ 13.06.2003.

6.Ressalte-se que, contra o aresto impugnado, o autor interpôs, concomitantemente, recurso especial (fls. 70-88), ao qual, em acórdão transitado em julgado, foi negado provimento pelo Superior Tribunal de Justiça, sob o entendimento de que, para alterar os fundamentos do acórdão recorrido, seria necessário o reexame da matéria fático-probatória dos autos, incidindo ali o óbice da Súmula 7/STJ (fls. 134-136).

Há, pois, fundamento, per se, suficiente para manter o acórdão recorrido, que se tornou definitivo, obstando a impugnação, mediante apelo extremo (Súmula STF 283). Nesse sentido, entre outros, o RE 545.161/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJ 28.06.2007.

7.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.827-3 (264)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ROQUE ALOISIO ROHRADV.(A/S) : MARGARETE INÊS BIAZUS LEAL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LAÉRCIO REDONDOADV.(A/S) : ROGER PAMPANA NICOLAU E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão porta a seguinte ementa:

“DESAPROPRIAÇÃO. QUESTÕES FUNDIÁRIAS. INDENIZAÇÃO.Reconhecido o direito à indenização que deve corresponder ao valor

do depósito inicial, a ser pago de forma proporcional à área imobiliária, adquirida pela parte expropriada” (fl. 19)

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXIV, e 184, da mesma Carta, bem como requer que seja julgado indevido o pagamento de qualquer indenização ao recorrido.

O agravo não merece acolhida. Falta o necessário prequestionamento do art. 5º, XXIV, da Constituição. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado esse óbice, o recurso não prosperaria. A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais (Leis 8.629/1993 e 9.871/1999 e LC 76/1993). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Por fim, observa-se que, o recurso especial do agravante (REsp 896.696/RS, com trânsito em julgado em 29/6/2009), foi provido para limitar a

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 60

indenização apenas ao montante despendido pelo recorrido para receber o título de domínio (retitulação), como postulado pelo agravante, o que tornou definitivo os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 691.109-4 (265)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : VILMA RAMOIS MEDINAADV.(A/S) : MIRIAN PAULET WALLER DOMINGUES E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : WILLIAN MARCONDES SANTANA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que reconheceu a legalidade da cobrança da tarifa de assinatura básica de telefonia.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, II, 145, caput, e II, e 150, I e III, b, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que no julgamento do RE 567.454-RG/BA, Rel. Min. Carlos Britto, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a discussão sobre a cobrança da tarifa básica de assinatura de serviço de telefonia fixa tem natureza infraconstitucional. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Por fim, observa-se que, com a negativa de provimento ao recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (Ag 980.153/SP, com trânsito em julgado em 28/7/2008), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 691.809-2 (266)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : PERCIVAL ANTONIO MOREIRA BORGESADV.(A/S) : ALVÂNIA CASTILHOS DA SILVA BORGES E OUTRO

(A/S)

DECISÃODESPESAS PROCESSUAIS – DESERÇÃO – AUTARQUIA -

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CONVERSÃO EM EXTRAORDINÁRIO – PENSÃO - MAJORAÇÕES.

1.O recurso extraordinário veio a ser trancado ante a deserção. De início, o Juízo primeiro de admissibilidade deixou de atentar para o arcabouço normativo regedor da espécie. O artigo 27 do Código de Processo Civil preceitua que “as despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do Ministério Público ou da Fazenda Pública, serão pagas ao final pelo vencido”. Mais do que isso, o artigo 24-A da Lei nº 9.028, de 12 de abril de 1995, na redação decorrente da Medida Provisória nº 2.180-35, de 24 de agosto de 2001, dispõe que: “A União, suas autarquias e fundações, são isentas de custas e emolumentos e demais taxas judiciárias, bem como de depósito prévio e multa em ação rescisória, em quaisquer foros e instâncias”.

Descabe distinguir onde a norma não o faz, não se podendo concluir que a ausência de obrigatoriedade de pagamento das custas fica restrita à jurisdição federal.

2.Conheço deste agravo e o provejo, entendendo não subsistir o óbice apontado. Converto-o em extraordinário, consignando o enquadramento no permissivo da alínea “a” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal, ante a pacificação da matéria de fundo, e passo ao exame respectivo.

3.O tema versado nas razões recursais foi analisado na sessão do Plenário de 8 de fevereiro de 2007 – Recursos Extraordinários nº 415.454–4/SC e 416.827–8/SC. Na assentada seguinte, ocorreu o julgamento em massa de milhares de recursos, restando confirmada, com ressalva de entendimento dos vencidos na apreciação primeira, a óptica prevalecente. Em síntese, veio a ser reconhecida a impossibilidade de emprestar–se às Leis nº 8.213/91 e 9.032/95, no que implicaram majoração de benefícios, interpretação a alcançar situações jurídicas formalizadas e aperfeiçoadas anteriormente. Levaram–se em conta a segurança jurídica e o princípio

atuarial regedor do sistema previdenciário. Na oportunidade, os sucumbentes ficaram desobrigados da satisfação dos honorários advocatícios.

4.Cumpre observar o que decidido pelo Plenário. Ante os precedentes, aciono o disposto nos artigos 544, § 3º e § 4º, e 557, § 1º–A, do Código de Processo Civil, conhecendo do extraordinário e provendo–o para julgar improcedente o pedido de majoração do benefício.

5.Publiquem.Brasília, 3 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.703-8 (267)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPELADV.(A/S) : CRISTINA KAKAWA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ALESSANDRA REGINA RIBEIROADV.(A/S) : CARLYLE POPP E OUTRO (A/S)

1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário por ofensa aos art. 37, § 6º, da Constituição Federal, contra acórdão que condenou a ré a indenizar a agravada por danos materiais e morais, em virtude de atropelamento causado por veículo da ré (fls. 244-251).

O Tribunal de origem concluiu que a questão depende do reexame do conjunto fático-probatório dos autos (fls. 377-380).

2. A agravante sustenta violação ao art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Afirma, em síntese, a inaplicabilidade da responsabilidade objetiva a não-usuário do serviço público. O motorista envolvido no evento não estava exercendo função pública, nem a autora ostentava, naquele momento, condição de usuária do serviço público.

3.Esta Corte reiteradamente tem assentado que os elementos que fazem incidir a responsabilidade objetiva do Estado são: a) existência do dano; b) existência de ação ou omissão administrativa; c) ocorrência do nexo de causalidade entre a ação ou omissão administrativa e o dano observado (RE 130.764/PR, 1ª Turma, rel. Min. Moreira Alves, unânime, DJ 07.08.1992; RE 109.615, 1ª Turma, rel. Min. Celso de Mello, unânime, DJ 02.08.1996; e RE 178.806, 2ª Turma, rel. Min. Carlos Velloso, unânime, DJ 30.06.1995).

No caso em tela, asseverou o acórdão que ficou comprovada a existência do dano decorrente de culpa exclusiva da ré, de forma a responsabilizar a Concessionária pelos danos suportados pela agravada. Desse modo, uma vez presente um dos elementos configuradores da responsabilidade objetiva do Estado, rever o acórdão nessa parte implicaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em recurso extraordinário (Súmula STF 279). Nesse sentido, RE 346.978, rel. Min. Ilmar Galvão, 1ª Turma, unânime, DJ 07.03.2003; e RE 363.999-AgR, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, unânime, DJ 25.04.2003, dotados das seguintes ementas:

“RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ALEGADA FALTA DE COMPROVAÇÃO DE NEXO CAUSAL, EM VIOLAÇÃO AO § 6º DO ART. 37 DA CARTA DA REPÚBLICA. MATÉRIA PROBATÓRIA. SUMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

O recurso, ao sustentar a ausência de provas hábeis a caracterizar o liame entre os danos causados à recorrida e a ação ou omissão da União, como exigido pelo dispositivo constitucional sob enfoque, pretende o reexame do conjunto probatório dos autos, o que é inviável entre o preceituado na mencionada súmula desta corte.

Recurso extraordinário não conhecido.”“Recurso extraordinário. Agravo regimental. 2. Contaminação de

pacientes hemofílicos com o vírus da AIDS em hospital da rede pública. 3. Responsabilidade civil do Estado. Teoria do Risco Administrativo. Condenação com base em laudo pericial. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade. Súmula 279. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 693.131-4 (268)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MARIA DA GRAÇA RODRIGUES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DÉCIO SCARAVAGLIONI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Trata-se agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 100, caput, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido está primordialmente fundamentado na impossibilidade de aplicação do art. 601,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 61

caput, do CPC para coibir a inércia no cumprimento de decisão judicial transitada em julgado. A controvérsia, dessa forma, situa-se no âmbito infraconstitucional, inapreciável em recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI 714.644-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRECATÓRIO. NÃO PAGAMENTO. IMPOSIÇÃO DE MULTA. OFENSA INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento”

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 710.834/RS e AI 696.915/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 714.644/RS, Rel. Min. Eros Grau.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 693.628-6 (269)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ROSELI DA COSTA RIBEIRO CASTAGNOLIADV.(A/S) : BENEDITO ANTONIO DIAS DA SILVAINTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE

RODAGEM - DNERADV.(A/S) : ROGÉRIO EMÍLIO DE ANDRADE

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, por afronta ao art. 37, § 6º, da Constituição Federal. O acórdão recorrido reconheceu a responsabilidade objetiva da ré e condenou a União à indenização por danos decorrentes do acidente de trânsito ocorrido em rodovia federal, no qual a autora, além de perder o cônjuge e dois filhos, teve sequelas físicas irreversíveis (fls. 319-344).

2.O Tribunal Regional Federal da 3ª Região asseverou a incidência da Súmula STF 279, sob o fundamento de que o acórdão recorrido adotou entendimento perfilhado na Suprema Corte (fls. 395-397).

3.A agravante afirma, em síntese, que a decisão que não admitiu o extraordinário foi contraditória. Extrapolou a competência para exercer o juízo de admissibilidade e adentrou no mérito da questão.

4.O agravo não merece seguimento. A Corte de origem aplicou entendimento perfilhado no Supremo Tribunal segundo o qual, nos termos do art. 37, § 6º, da Carta Magna, uma vez estabelecido o nexo de causalidade entre a conduta do poder público e o prejuízo sofrido pelos autores, as pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos seus atos. Cito o AI 504.920-AgR/ES, rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 20.04.2006; e o RE 272.839/MT, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ de 08.04.2008, entre outros.

5.Ademais, rever a decisão recorrida para concluir que não houve responsabilidade da Administração Pública a afastar o dever de indenizar a autora implica reexame dos fatos e das provas em que se baseou a Corte de origem, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279). Nesse sentido: RE 558.036-AgR/RJ, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJ 09.05.2008; AI 655.792-ED/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJ 08.02.2008.

6.Ressalte-se que, contra o aresto impugnado, a recorrente interpôs, concomitantemente, recurso especial (fls. 378-382), o qual, em acórdão transitado em julgado, foi desprovido pelo Superior Tribunal de Justiça, sob o entendimento de que, para alterar os fundamentos do acórdão recorrido, seria necessário o reexame da matéria fático-probatória dos autos, incidindo ali o óbice da Súmula 7/STJ – fls. 411-424.

Há, pois, fundamento, per se, suficiente para manter o acórdão recorrido, que se tornou definitivo, obstando a impugnação mediante apelo extremo com base no art. 37, § 6º, da Carta Magna (Súmula STF 283). Nesse sentido, entre outros, o RE 545.161/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJ 28.06.2007.

7.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 697.746-8 (270)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ORLANDA DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO CAVALLAROAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Fls. 134-159: Sim quanto ao pedido de preferência (Lei 10.741/2003). Publique-se.

Brasília, 13 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 697.778-1 (271)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : REAL EXPRESSO LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOCIMAR MOREIRA SILVA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99; e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6.Quanto à alegação de ofensa ao disposto nos artigos 5º, XXXV, e 93, IX, da Constituição do Brasil, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

7.Ademais, tendo o fundamento suficiente do acórdão recorrido, de natureza infraconstitucional, ficado precluso com o trânsito em julgado da decisão do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento ao recurso especial dos ora agravantes, aqui incide a Súmula n. 283 do STF, circunstância que também impede a admissão do recurso extraordinário.

8.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.867-8 (272)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : CITY CLUBEADV.(A/S) : VALERIM BRAZ FERNANDES

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que entendeu pela não inclusão dos valores pagos a título de “demanda contratada” (demanda de potência) na base de cálculo do ICMS.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alega-se ofensa aos arts. 150, II, e 155, II, § 2º, IX, b, e § 3º, da mesma Carta. Sustenta-se, em suma, que a base de cálculo do ICMS corresponde ao valor total da operação de fornecimento de energia elétrica, razão pela qual o valor cobrado a título de “demanda contratada” (demanda de potência) também deve ser incluído.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre ¾ constitucionalidade da inclusão dos valores pagos a título de “demanda contratada” (demanda de potência) na base de cálculo do ICMS ¾ cuja repercussão geral já foi

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 62

reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.824-RG/SC, de minha relatoria).

Isso posto, preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário referente a este agravo, discute-se questão idêntica à apreciada no RE 593.824-RG/SC.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.738-5 (273)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ARITON PEDROSO LUIZADV.(A/S) : ARITON PEDROSO LUIZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ ULISSES ESCOUTO DA SILVAADV.(A/S) : LUIZ ULISSES ESCOUTO DA SILVA

DECISÃOAGRAVO – INSTRUMENTO – DUALIDADE – INADEQUAÇÃO –

NÃO-CONHECIMENTO.1.Observem a organicidade e a dinâmica do Direito. Uma vez

prolatada decisão negando seguimento a recurso extraordinário, incumbe à parte interessada interpor agravo de instrumento específico, individualizado, pouco importando que haja idêntico resultado quanto ao especial protocolado. A minuta de folha 2 a 14 é abrangente, encerrando o que a ordem jurídica não admite, ou seja, agravo duplo para apreciação, no mesmo instrumento, pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo.

2.Não conheço do agravo interposto.3.Publiquem.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.730-6 (274)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : TEMASA - TEMA SERVIÇOS AMBIENTAIS S/S LTDAADV.(A/S) : FLÁVIO EDUARDO DE OLIVEIRA MARTINS

DECISÃOVistos.União interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não

admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 195, inciso I, alínea “b”, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que declarou a inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo da COFINS fixada no artigo 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98.

Decido.Ressalte-se, inicialmente, que o Plenário deste Supremo Tribunal

Federal, na sessão de 10 de setembro de 2008, ao apreciar Questão de Ordem no Recurso Extraordinário nº 585.235/MG, Relator o Ministro Cezar Peluso, reconheceu a existência de repercussão geral da matéria tratada nestes autos e reafirmou a jurisprudência desta Corte acerca do tema.

A irresignação não merece prosperar, uma vez que incide no caso em tela a orientação firmada no julgamento dos Recursos Extraordinários nºs

346.084/PR, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 1º/9/06, e 357.950/RS, 358.273/RS e 390.840/SC, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 15/8/06, onde o Plenário desta Corte declarou a inconstitucionalidade do artigo 3o, § 1o, da Lei nº 9.718/98, por entender que a ampliação da base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS, na forma prevista no referido dispositivo legal, violou a redação original do artigo 195, inciso I, da Constituição Federal.

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 703.673-1 (275)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : ZULICA MARIZA SCHMITT E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUCIANA MARTINS BARBOSA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGS E OUTRO (A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOVistos.Zulica Mariza Schmitt e outros interpõem agravo de instrumento

contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e incisos II, XXXV, LIV e LV, 93, inciso IX, e 195, inciso II, da Constituição Federal.

Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO. JUROS MORATÓRIOS, A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO. LEI 9.494/97. NÃO-INCIDÊNCIA. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. COMPENSAÇÃO DE VERBA HONORÁRIA. APLICAÇÃO DO ART. 21 DO CPC. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

1. Segundo a jurisprudência desta Corte, os juros de mora devem incidir a partir do trânsito em julgado da decisão (art. 167, parágrafo único, do CTN), nos precisos termos da Súmula 188/STJ: ‘Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença’.

2. O art. 1º-F da Lei 9.494/97, introduzido pela Medida Provisória 2.180-35/2001, refere-se à incidência de juros de mora em relação ao pagamento de verbas remuneratórias, incluindo-se aí os benefícios previdenciários e demais verbas de natureza alimentar. Em se tratando de restituição tributária, seja na modalidade de repetição de indébito ou de compensação, não há falar em sua aplicação, porquanto, nesses casos, são devidos juros de mora de um por cento (1%) ao mês, nos termos do Código Tributário Nacional.

3. É assente o entendimento neste Superior Tribunal de Justiça no sentido do cabimento da compensação da verba honorária, em caso de sucumbência recíproca, sendo ou não a parte beneficiária da justiça gratuita. Precedentes.

4. Recurso especial parcialmente provido” (fl. 127).Opostos embargos de declaração (fls. 129 a 134), foram rejeitados

(fls. 136 a 141).Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.Não houve negativa de prestação jurisdicional, uma vez que a

jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão dos recorrentes, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Ressalte-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados pelos então agravantes, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 18/5/01).

Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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Celso de Mello, DJ de 20/9/02).Por fim, no que tange ao termo inicial da incidência dos juros de

mora, o acórdão recorrido se limitou a aplicar a legislação infraconstitucional pertinente ao caso. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TERMO INICIAL DA INCIDÊNCIA DE JUROS MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (SÚMULAS 282 E 356). CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCINAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 648.816/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 12/12/08).

“RECURSO. Extraordinário. inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE nº 556.733/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 14/11/08).

“TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. I - A alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. II - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da CF quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. III - É indireta a ofensa à Constituição, quando a definição do termo inicial dos juros moratórios for decidida com base na interpretação de normas infraconstitucionais. IV - A Corte já decidiu pela incidência de juros de mora a partir do trânsito em julgado da decisão que, reconhecendo a incidência da imunidade tributária, determina a restituição de valores recolhidos a título de contribuição previdenciária. V - Agravo regimental improvido” (AI nº 675.745/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 16/5/08).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.590-1 (276)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : EDUARDO COSENTINO DA CUNHAADV.(A/S) : MARIO REBELLO DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CARTA EDITORIAL LTDAADV.(A/S) : MARCIO FERNANDES DE SOUZA E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário contra acórdão no qual se discute o pagamento de indenização por danos morais em razão de publicação de matéria jornalística ofensiva à dignidade e reputação. O acórdão recorrido contém a seguinte ementa (fls. 102-106):

“RESPONSABILIDADE CIVIL. IMPRENSA. MATÉRIA JORNALÍSTICA. FIGURA PÚBLICA (POLÍTICO). REPORTAGEM QUE NÃO TRANSBORDA DOS LIMITES CONSTITUCIONAIS DA LIBERDADE DE IMPRENSA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À HONRA, INTIMIDADE, PRIVACIDADE OU IMAGEM DO AUTOR. PROVIMENTO DA APELAÇÃO.”

2.O Tribunal de origem asseverou que a alegada ofensa à Constituição Federal, se existente, seria reflexa, por depender de aferição da legislação infraconstitucional (fls. 148-150).

3.O agravante afirma que a questão é constitucional, pois violou o art. 5º, I, e X, da Carta Magna.

4.A insurgência não merece prosperar. Inicialmente, as normas insertas no texto constitucional, tidas como violadas, não foram prequestionadas, porque não abordadas pelo acórdão recorrido, e ao qual não foram opostos embargos de declaração para satisfazer tal requisito (Súmulas STF 282 e 356).

5.Quanto à questão de fundo, saliente-se que esta Corte já fixou entendimento segundo o qual a análise sobre a indenização por danos morais limita-se ao âmbito de interpretação de matéria infraconstitucional, cujo exame se mostra inviável nesta sede recursal. Ademais, rever a decisão da instância a qua para concluir de modo diverso implicaria o reexame de fatos e de provas, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279).

Nesse sentido, o AI 676.656-AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 12.06.2008; o AI 602.400-AgR, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 11.05.2007; o AI 604.526-AgR, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 31.01.2008; e o AI 389.888-AgR, rel. Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ 13.06.2003.

6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 707.279-1 (277)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : NELSON LONTGOMERI CAMPOS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MIGUEL ARCANJO DA CRUZ SILVA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOVistos.Nelson Lontgomeri Campos e outros interpõem agravo de

instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 40 e 195, inciso II, da Constituição Federal.

Decido.A decisão agravada negou seguimento ao recurso amparada no

seguinte fundamento:“(...)Com efeito, a suposta ofensa à Carta Magna não se constitui de

forma frontal e direta, como exige a Corte Suprema a fim de viabilizar o recurso extraordinário, mas pela via reflexa, já que para sua verificação se faz necessária prévia análise da legislação infraconstitucional que regulamenta a matéria controvertida.

..........................................................................................No caso dos autos, pelo que se observa, repito, trata-se de questão

insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que rege a matéria – leis nºs 7.672/82 e 10.916/97 – procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, em que não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna” (fls. 52/53).

O entendimento da Corte é no sentido de que deve a parte impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantida incólume a motivação acima reproduzida. A jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal é no sentido de negar provimento ao agravo de instrumento quando, como no caso, não são atacados os fundamentos da decisão que obsta o processamento do apelo extraordinário. Nesse sentido: AI nº 488.369/RS–AgR, 4/5/04, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04, e AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01.

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.646-1 (278)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : BARRAMAR PESCA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

PESCADOS LTDAADV.(A/S) : MARCEL ANDREI BATTISTELLA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que entendeu pela não inclusão dos valores pagos a título de “demanda contratada” (demanda de potência) na base de cálculo do ICMS.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alega-se ofensa aos arts. 150, II, e 155, II, § 2º, IX, b, e § 3º, da mesma Carta. Sustenta-se, em suma, que a base de cálculo do ICMS corresponde ao valor total da operação de fornecimento de energia elétrica, razão pela qual o valor cobrado a título de “demanda contratada” (demanda de potência) também deve ser incluído.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre ¾ constitucionalidade da inclusão dos valores pagos a título de “demanda contratada” (demanda de potência) na base de cálculo do ICMS ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.824-RG/SC, de minha relatoria).

Isso posto, preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário referente a este agravo, discute-se questão idêntica à apreciada no RE 593.824-RG/SC.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 64

AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.882-9 (279)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TUBARÃOADV.(A/S) : CLAUDIO ROBERTO NUNES GOLGO E OUTROAGDO.(A/S) : SUDAMERIS ARRENDAMENTO MERCANTIL S/AADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO ROSA DA SILVA E OUTRO (A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre os contratos de leasing (arrendamento mercantil).

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 592.905,

Relator o Ministro Eros Grau, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 592.905, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

4. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

5. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 713.386-7 (280)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BANCO RURAL S/AADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ AUGUSTO VASCONCELOSADV.(A/S) : HENRIQUE DE SOUZA MACHADO E OUTRO (A/S)

1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que julgou deserto o recurso extraordinário, por falta de pagamento do depósito recursal previsto no art. 899, § 1º, da CLT.

Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, incisos XXXV, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição Federal.

2.O recurso não merece prosperar. Primeiramente, esclareça-se que não é aplicável, nesta hipótese, o disposto no § 2º do art. 511 do CPC, que assegura ao recorrente a sua intimação para, no prazo de cinco dias, complementar o valor devido em relação às custas processuais.

Assim, em que pese ter a parte recorrente efetuado o pagamento das custas processuais, no momento da interposição do apelo extremo no Tribunal Superior do Trabalho, não comprovou o depósito exigido na legislação pertinente, o que impede o trânsito do recurso. Vejam-se, a propósito, decisões desta Corte nesse sentido: RE 585.379-AgR/SP, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 27.02.2009; AI 744.476-AgR/MG, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 07.08.2009; e AI 703.364, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 25.03.2008.

Embora seja atribuição deste Supremo Tribunal exercer o segundo juízo de admissibilidade dos recursos extraordinários dirigidos a esta Corte, em matéria trabalhista, o recorrente além de cumprir as regras previstas no CPC, também está submetido às exigências da legislação específica, sem que tal fato signifique invasão de competência.

Nesse sentido, o AI 691.496-ED, rel. Min. Celso de Mello, 2ª. Turma, unânime, DJe 06.06.2008, cujo trecho da ementa transcrevo:

“Assiste, ao Presidente do Tribunal de origem, competência para reconhecer a ocorrência de deserção recursal, sem que esse ato configure usurpação das atribuições jurisdicionais conferidas a esta Corte Suprema. Precedentes.”

3.Ademais, a análise da ocorrência de regular recolhimento de custas

ou de depósito recursal está adstrita ao preenchimento de pressuposto de admissibilidade recursal, cuja análise exige a apreciação da legislação processual ordinária, o que é inviável pela presente via. Nesse sentido o RE 585.379-AgR/SP, por mim relatado, 2ª Turma, unânime, DJe 16.2.2009.

4.Ressalte-se, ainda, que este Tribunal entendeu que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se existentes, seriam meramente reflexas ou indiretas, cujo exame se mostra inviável nesta sede recursal. Nesse sentido, o AI 372.358-AgR, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJ 28.06.2002.

5.Por fim, em relação à alegada contrariedade ao disposto nos arts. 5º, XXXV, e 93, IX, da Constituição Federal, o fato de a decisão ter sido contrária aos interesses da parte não caracteriza violação aos dispositivos constitucionais apontados. Nesse sentido, AI 662.319-AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJE 05.03.2009, e AI 682.065-AgR, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJE 03.04.2008, entre outros julgados.

6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.170-1 (281)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO MUNIZ MACHADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : EDIR JOSÉ RAMALHO XAVIERADV.(A/S) : ALUÍSIO SOARES FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOSÉ LINHARES PRADO NETO E OUTRO (A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 413, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 716.514-2 (282)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : SÃO BERNARDO ÔNIBUS LTDAADV.(A/S) : MARCELO PRADO BADARÓ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES DOS SANTOSADV.(A/S) : MARIA DO SOCORRO DE SOUZA FIUZA BRANCO E

OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que não admitiu recurso extraordinário por violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal, sob o fundamento de que, além da ausência de prequestionamento da matéria constitucional, a alegada ofensa, se existente, seria reflexa, além de demandar o reexame de matéria fática (Súmula STF 279).

2.A agravante alega, em síntese, que houve prequestionamento e que não busca o reexame das provas, e sim “o que se pretende é o correto enquadramento dos fatos ao dispositivo legal”.

3.O agravo de instrumento não merece seguimento. Inicialmente, ressalto que a controvérsia relativa ao reexame do julgamento proferido na Corte de origem, para fins de nulidade, por suposta ofensa ao princípio do contraditório, à ampla defesa e à ausência de fundamentação, reside no campo processual, inviabilizando o trânsito do apelo extremo interposto a pretexto de contrariedade ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal. Veja-se o RE 345.845-AgR/SP, 2ª Turma, rel. Min. Carlos Velloso, DJ 11.10.2002, o qual assentou em sua ementa:

“CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DE QUE O ACÓRDÃO NÃO ESTARIA FUNDAMENTADO. C.F., arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV, e 93, IX.

I. – Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional.

II. – Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (...)”

4.Quanto à questão de fundo, também não prosperam as alegações da agravante, pois rever a decisão recorrida para concluir de forma diversa da Corte de origem e afastar o dever da União de indenizar a autora implica análise dos fatos e das provas em que se baseou o Tribunal a quo, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279).

Nesse sentido, o RE 544.633-AgR/MG, rel. Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, pub. DJe 06.06.2008; e AI 635.632-AgR/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, pub. DJe 20.06.2008.

5.Ressalte-se que, contra o aresto impugnado, a recorrente interpôs, concomitantemente, recurso especial (fls. 87-101), o qual, em acórdão transitado em julgado, foi desprovido pelo Superior Tribunal de Justiça, sob o

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 65

entendimento de que, para alterar os fundamentos do acórdão recorrido, seria necessário o reexame da matéria fático-probatória dos autos, incidindo ali o óbice da Súmula 7/STJ (Ag 868.822-AgR/MG, rel. Min. Cesar Asfor Rocha, 4ª Turma, DJ 06.08.2007).

Há, pois, fundamento, per se, suficiente para manter o acórdão recorrido, que se tornou definitivo, obstando a impugnação mediante apelo extremo (Súmula STF 283). Nesse sentido, entre outros, o RE 545.161/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJ 28.06.2007.

6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.188-3 (283)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BOESE & CIA LTDAADV.(A/S) : WALDIR FIGUEIREDO RECCANELLO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido porta a seguinte ementa:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PEDIDO DE EXTINÇÃO DO PROCESSO EXECUTIVO EM FACE DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO DE COMPENSAÇÃO DO DÉBITO TRIBUNTÁRIO COM CRÉDITO ORIUNDO DE PRECATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. PEDIDO QUE, POR SI SÓ, NÃO TEM O CONDÃO DE EXTINGUIR A EXECUÇÃO. NECESSIDADE DE AVERIGUAÇÃO POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO DOS REQUISITOS CONTIDOS NO DECRETO ESTADUAL Nº 5.154/2001. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

(...)” (fl. 106).No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição,

alegou-se violação ao art. 78, do ADCT.O agravo não merece acolhida. É que, com exceção do

prequestionamento, verifico que o agravante não atacou os fundamentos da decisão agravada, limitando-se a repetir as razões do recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. Nesse sentido: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Ademais, para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar norma infraconstitucional local (Decreto 5.154/2001, do Estado do Paraná), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.739-3 (284)PROCED. : PARÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : HÉLCIO DA COSTA TEIXEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUIZ GUILHERME CONCEIÇÃO DE ALMEIDA

1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de recurso extraordinário por ofensa aos art. 37, § 6º, da Constituição Federal, contra acórdão que condenou a União a indenizar os agravados por danos materiais e morais, em virtude de acidente automobilístico causado por veículo da ré que resultou na morte do filho dos autores.

O Tribunal de origem concluiu que a questão é infraconstitucional e depende do reexame do conjunto fático-probatório dos autos (fls. 88-89).

2. A União sustenta violação ao art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Afirma, em síntese, que a teoria do risco integral é inaplicável à espécie e que a obrigação do Poder Público de indenizar requer a coexistência dos requisitos do dano, prejuízo e nexo causal, sendo que este não ficou comprovado e não pode ser presumido.

3.Esta Corte reiteradamente tem assentado que os elementos que fazem incidir a responsabilidade objetiva do Estado são: a) existência do dano; b) existência de ação ou omissão administrativa; c) ocorrência do nexo de causalidade entre a ação ou omissão administrativa e o dano observado (RE 130.764/PR, 1ª Turma, rel. Min. Moreira Alves, unânime, DJ 07.08.1992; RE 109.615, 1ª Turma, rel. Min. Celso de Mello, unânime, DJ 02.08.1996; e RE 178.806, 2ª Turma, rel. Min. Carlos Velloso, unânime, DJ 30.06.1995).

No caso em tela, asseverou o acórdão que ficou comprovado o nexo causal, de forma a responsabilizar a União pelos danos suportados pelos

agravados. Desse modo, uma vez presente um dos elementos configuradores da responsabilidade objetiva do Estado, rever o acórdão nessa parte implicaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em recurso extraordinário (Súmula STF nº 279).

Nesse sentido, RE 346.978, rel. Min. Ilmar Galvão, 1ª Turma, unânime, DJ 07.03.2003; e RE 363.999-AgR, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, unânime, DJ 25.04.2003, dotados das seguintes ementas:

“RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ALEGADA FALTA DE COMPROVAÇÃO DE NEXO CAUSAL, EM VIOLAÇÃO AO § 6º DO ART. 37 DA CARTA DA REPÚBLICA. MATÉRIA PROBATÓRIA. SUMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

O recurso, ao sustentar a ausência de provas hábeis a caracterizar o liame entre os danos causados à recorrida e a ação ou omissão da União, como exigido pelo dispositivo constitucional sob enfoque, pretende o reexame do conjunto probatório dos autos, o que é inviável entre o preceituado na mencionada súmula desta corte.

Recurso extraordinário não conhecido.”“Recurso extraordinário. Agravo regimental. 2. Contaminação de

pacientes hemofílicos com o vírus da AIDS em hospital da rede pública. 3. Responsabilidade civil do Estado. Teoria do Risco Administrativo. Condenação com base em laudo pericial. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade. Súmula 279. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.722-5 (285)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DIOCÉLIO FORTUNATO GOMESADV.(A/S) : JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : GUSTAVO SOARES DA SILVEIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TELECOMUNICAÇÃO. ASSINATURA

BÁSICA. TEMA CONSTITUCIONAL SEM REPERCUSSÃO GERAL, CONFORME PRONUNCIAMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ART. 543-B, § 3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto contra julgado no qual se discutem a incompetência dos Juizados Especiais Comuns para a apreciação de matérias complexas, a indispensável presença da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel no pólo passivo da ação e, no mérito, a ilegalidade da cobrança de assinatura básica e a cobrança dos pulsos além da franquia.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.2. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 571.572, Relator o

Ministro Gilmar Mendes, o Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a controvérsia sobre a ilegalidade da cobrança de “pulsos além da franquia” demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional na qual se fundamentou o acórdão recorrido, hipótese inviável de ser apreciada e acolhida em recurso extraordinário.

3. Na assentada de 17 de junho de 2009, ao julgar o Recurso Extraordinário n. 567.454, de relatoria do Ministro Carlos Britto, o Plenário do Supremo Tribunal Federal assentou que a Justiça Estadual é competente para processar e julgar as causas relacionadas à cobrança de tarifa básica de assinatura de serviço de telefonia fixa e que essa matéria não tem natureza constitucional, pois envolve direito do consumidor e regras do setor de telecomunicação regidas por normas infraconstitucionais (Informativo n. 551).

4. Ao apreciar questão de ordem suscitada pelo Ministro Cezar Peluso, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 567.454, o Supremo Tribunal Federal resolveu adotar o regime da inexistência de repercussão geral nos processos que envolvam a questão de assinatura básica de telefonia fixa, por terem natureza infraconstitucional.

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários que versam sobre a presente matéria deverão retornar ao Tribunal de origem para ser aplicado o procedimento do 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil.

5. Pelo exposto, determino a devolução dos autos à origem para que seja observado quanto o art. 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 724.616-7 (286)PROCED. : RIO DE JANEIRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 66

RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CHEVRON BRASIL LUBRIFICANTES LTDA.( ATUAL

DENOMINAÇÃO DE TEXACO BRASIL LTDA)ADV.(A/S) : EDUARDO ARRUDA ALVIM E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DESPACHO: Intime-se o agravado para que se manifeste sobre o pedido feito às fls. 589/591.

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.876-5 (287)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : LEONOR SANTOS BUCHABQUIADV.(A/S) : RANIERI LIMA RESENDE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOVistos.Leonor Santos Buchabqui interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e incisos II, XXXV, LIV e LV, 93, inciso IX, 150, inciso IV, e 195, inciso II, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – INATIVOS – APLICAÇÃO DO ART. 167, § 1º, DO CTN – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 188/STJ – JUROS DE MORA A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA – PRECEDENTES.

1. A controvérsia diz respeito à fixação do termo a quo da incidência de juros de mora na repetição de valores indevidamente recolhidos a título de contribuição previdenciária.

2. É nítida a natureza tributária das contribuições previdenciárias em comento, razão pela qual não há como afastar a aplicação da Súmula 188/STJ.

3. Precedentes: EREsp 415350, Rel. Min. José Delgado, DJ 12.6.2006; AgRg no REsp 811152, Rel. Min. Castro Meira, DJ 3.5.2006; EREsp 517.359/PB, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 7.3.2005.

Agravo regimental improvido” (fl. 119).Opostos embargos de declaração (fls. 121 a 128), foram rejeitados

(fls. 136 a 141).Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.Não houve negativa de prestação jurisdicional, uma vez que a

jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão do recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Ressalte-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados pelo então agravante, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 18/5/01).

Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as

alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Por fim, no que tange ao termo inicial da incidência dos juros de mora, o acórdão recorrido se limitou a aplicar a legislação infraconstitucional pertinente ao caso. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TERMO INICIAL DA INCIDÊNCIA DE JUROS MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (SÚMULAS 282 E 356). CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCINAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI Nº 648.816/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 12/12/08).

“RECURSO. Extraordinário. inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE nº 556.733/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 14/11/08).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.921-9 (288)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : AMÉLIA ALADES DOS SANTOSADV.(A/S) : AMANDA MENEZES DE ANDRADE RIBEIROAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOVistos.Amélia Alades dos Santos interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e incisos II, XXXV, LIV e LV, 93, inciso IX, e 195, inciso II, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – INATIVOS – APLICAÇÃO DO ART. 167, § 1º, DO CTN – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 188/STJ – JUROS DE MORA A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA – PRECEDENTES – AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.

1. A controvérsia diz respeito à fixação do termo a quo da incidência de juros de mora na repetição de valores indevidamente recolhidos a título de contribuição previdenciária.

2. É nítida a natureza tributária das contribuições previdenciárias em comento, razão pela qual não há como afastar a aplicação da Súmula 188/STJ.

3. Precedentes: EREsp 415350, Rel. Min. José Delgado, DJ 12.6.2006; AgRg no REsp 811152, Rel. Min. Castro Meira, DJ 3.5.2006; EREsp 517.359/PB, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 7.3.2005.

Agravo regimental improvido” (fl. 101).Opostos embargos de declaração (fls. 104 a 110), foram rejeitados

(fls. 114 a 122).Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 67: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 67

artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.Não houve negativa de prestação jurisdicional, uma vez que a

jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão da recorrente, tendo o Tribunal de origem justificado suas razões de decidir.

Ressalte-se que o referido artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-se sobre todos os argumentos de defesa apresentados pela então agravante, mas que fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 18/5/01).

Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Por fim, no que tange ao termo inicial da incidência dos juros de mora, o acórdão recorrido se limitou a aplicar a legislação infraconstitucional pertinente ao caso. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Sobre o tema, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TERMO INICIAL DA INCIDÊNCIA DE JUROS MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (SÚMULAS 282 E 356). CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCINAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 648.816/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 12/12/08).

“RECURSO. Extraordinário. inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE nº 556.733/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 14/11/08).

“TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. I - A alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. II - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da CF quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. III - É indireta a ofensa à Constituição, quando a definição do termo inicial dos juros moratórios for decidida com base na interpretação de normas infraconstitucionais. IV - A Corte já decidiu pela incidência de juros de mora a partir do trânsito em julgado da decisão que, reconhecendo a incidência da imunidade tributária, determina a restituição de valores recolhidos a título de contribuição previdenciária. V - Agravo regimental improvido” (AI nº 675.745/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 16/5/08).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.604-1 (289)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : LUIZ CÉSAR BAHIA DE AQUINO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO CLÁUDIO FRANZONI BARBOSA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : BRENO CALDEIRA RODRIGUES E OUTRO (A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. TELECOMUNICAÇÃO. ASSINATURA

BÁSICA. TEMA CONSTITUCIONAL SEM REPERCUSSÃO GERAL, CONFORME PRONUNCIAMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ART. 543-B, § 3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto contra julgado no qual se discutem a incompetência dos Juizados Especiais Comuns para a apreciação de matérias complexas, a indispensável presença da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel no pólo passivo da ação e, no mérito, a ilegalidade da cobrança de assinatura básica e a cobrança dos pulsos além da franquia.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.2. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 571.572, Relator o

Ministro Gilmar Mendes, o Plenário do Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a controvérsia sobre a ilegalidade da cobrança de “pulsos além da franquia” demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional na qual se fundamentou o acórdão recorrido, hipótese inviável de ser apreciada e acolhida em recurso extraordinário.

3. Na assentada de 17 de junho de 2009, ao julgar o Recurso Extraordinário n. 567.454, de relatoria do Ministro Carlos Britto, o Plenário do Supremo Tribunal Federal assentou que a Justiça Estadual é competente para processar e julgar as causas relacionadas à cobrança de tarifa básica de assinatura de serviço de telefonia fixa e que essa matéria não tem natureza constitucional, pois envolve direito do consumidor e regras do setor de telecomunicação regidas por normas infraconstitucionais (Informativo n. 551).

4. Ao apreciar questão de ordem suscitada pelo Ministro Cezar Peluso, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 567.454, o Supremo Tribunal Federal resolveu adotar o regime da inexistência de repercussão geral aos processos que envolvam a questão de assinatura básica de telefonia fixa, por terem natureza infraconstitucional.

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários que versam sobre a presente matéria deverão retornar ao Tribunal de origem para ser aplicado o procedimento do 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil.

5. Pelo exposto, determino a devolução dos autos à origem para que seja observado o art. 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.881-1 (290)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : NOELI HANN MAGNUSADV.(A/S) : JONATHAN AGUIAR DE CARVALHO E OUTRO (A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 919, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.435-1 (291)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO BRTPREVADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARCO ANTÔNIO AVILA BASSUINOADV.(A/S) : IVONE DA FONSECA GARCIA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto de acórdão que versa sobre índice de correção monetária de verba a ser restituída a associados que se desligam de plano de previdência privada.

2.Incognoscível o recurso.É que esta Corte rejeitou a existência de repercussão geral do tema

(RE nº 582.504, de minha relatoria).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 68

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, e 327, § 1º, do RISTF, e 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, c.c. arts. 102, § 3º, da CF, e 543-A, § 5º, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.943-0 (292)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : LEONARDO SANTANA CALDAS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CRISTIANA RODRIGUES GONTIJOAGDO.(A/S) : ÚRSULA MARIA RUTHNERADV.(A/S) : RENAN OLIVEIRA GONÇALVES E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento da decisão que inadmitiu recurso extraordinário deduzido em agravo de instrumento em recurso de revista.

2.O acórdão recorrido limitou-se a tratar de matéria processual, relativa a pressuposto de admissibilidade de recurso trabalhista, a teor do que dispõe o art. 896 da CLT. Assim, a alegada contrariedade aos dispositivos constitucionais apontados somente poderia ocorrer de forma indireta, a depender do exame da legislação infraconstitucional, sem margem para o acesso à via extraordinária.

Aliás, sobre o tema ambas as Turmas desta Corte têm reiterado esse entendimento: AI 486.403-AgR/RS, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, pub. DJ 22.4.2005; AI 437.622-AgR/MG, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, pub. DJ 10.6.2005; AI 480.496-AgR/PE, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, pub. DJ 17.02.2006; e RE 574.197-AgR/RS, de minha relatoria, 2ª Turma, pub. DJe 03.4.2009.

Da mesma forma, eventual contrariedade aos postulados da legalidade, da devida prestação jurisdicional, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da coisa julgada, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais. Por essa razão, pode configurar, quando muito, situação de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição da República, o que também não dá acesso ao contencioso constitucional.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.957-5 (293)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : ANA CLAUDIA FASANO DE SÁ E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ROBERTA MORAES DE VASCONCELOSAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOVistos.Ana Claudia Fasano de Sá e outras interpõem agravo de instrumento

contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 40 e 196 da Constituição Federal.

Decido.A decisão agravada negou seguimento ao recurso amparada,

também, no seguinte fundamento:“(...)Mesmo que assim não fosse, a análise do mérito da controvérsia não

conduz ao seguimento da inconformidade, por força do óbice sumular nº 280 do Supremo Tribunal Federal, pois a questão posta em exame foi solvida com base em interpretação de direito local – art. 5º, § 1º, da Lei Complementar Estadual nº 12.066/04, ou seja, o direito dos autores à suspensão do desconto de 3,1%, relativo ao Fundo de Assistência à Saúde – relativo a uma das matrículas -, foi negado pelo v. acórdão com base, justamente, na interpretação da referida norma, o que torna inviável o exame da matéria nesta via recursal” (fls. 32/33).

O entendimento da Corte é no sentido de que deve a parte impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantida incólume a motivação acima reproduzida, referente à incidência da Súmula nº 280/STF. A jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal é no sentido de negar provimento ao agravo de instrumento quando, como no caso, não são atacados os fundamentos da decisão que obsta o processamento do apelo extraordinário. Nesse sentido: AI nº 488.369/RS–AgR, 4/5/04, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04, e AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01.

Nego provimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.291-3 (294)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ALBERICO IRAN MACIELADV.(A/S) : ODILON MARQUES GARCIA JUNIOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO BRTPREVADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Inviável o recurso.Era ônus da parte ora agravante impugnar os fundamentos da

decisão agravada, para demonstrar a admissibilidade do recurso. Dele não se desincumbiu, pois não se manifestou quanto ao óbice da súmula 454 desta Corte, fundamento utilizado para negar seguimento ao recurso extraordinário. E, como tal, é inepto o agravo.

É o que já proclamou, aliás, a Corte, noutros casos, como o do AI nº 257.310-AgR (Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 9.6.2000), cuja ementa reza:

“RECURSO DE AGRAVO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO CORRETAMENTE DENEGADO NA ORIGEM - FGTS - CORREÇÃO MONETÁRIA - MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL - HIPÓTESE DE OFENSA REFLEXA - INADMISSIBILIDADE DO APELO EXTREMO - AGRAVO IMPROVIDO. O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. - O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, na redação dada pela Lei nº 9.756/98, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto”.

3.Isso posto, com base nos arts. 21 do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC, nego seguimento ao agravo.

Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.575-6 (295)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : GIOVANA MICHELIN LETTI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LEUCIR LUIZ DERMATINIADV.(A/S) : RICHARD AUGUSTO PLATT E OUTRO (A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 540, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.187-0 (296)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BANESPA S/AADV.(A/S) : RAFAEL LAZZARI SOUZA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : HEYMAR CALCANHOTO GALVÃO DOS SANTOSADV.(A/S) : VICTOR HUGO RODRIGUES DA SILVA E OUTRO

(A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DA

PROVÍNCIA DO RIO GRANDE DO SUL - DABADV.(A/S) : LUÍS RENATO FERREIRA DA SILVA E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário deduzido em ação de majoração do benefício de previdência complementar da parte recorrida.

2.No RE, sustenta-se, em síntese, ofensa aos arts. 5º, caput, II, XXXV, LV; 195, § 5º; 201; e 202 da Constituição Federal (fls. 114-124).

3.Verifico que o agravo de instrumento não merece seguimento, pois os dispositivos constitucionais aos quais se apontou violação não foram debatidos na instância de origem, e são inviáveis os embargos de declaração opostos para fins de prequestionamento quando a questão constitucional não tiver sido ventilada no recurso interposto perante o Tribunal a quo. Falta-lhe, pois, o necessário prequestionamento, a teor da Súmula STF 282. Nesse sentido: RE 449.137-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.4.2008; AI 706.449-AgR/SC, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, unânime, DJe 07.11.2008; AI 631.711-AgR/BA; rel. Min. Ricardo Lewandowski; 1ª Turma, unânime, DJe 21.11.2008; AI 663.687-AgR/DF, rel. Min. Cármen Lúcia,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 69

1ª Turma, unânime, DJe 20.2.2009, este último assim ementado:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria constitucional, o que ocorre em momento processualmente adequado, nos termos da legislação vigente. A inovação da matéria em sede de embargos de declaração é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento.

2. Admissibilidade de mandado de segurança: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta.

3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil.”

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.374-2 (297)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJOADV.(A/S) : EDUARDO BARROS MIRANDA PÉRILLIER E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : IRANDÊ NOGUEIRA DE AZEVEDOADV.(A/S) : MÁRCIA MARTA AIELLO E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, interposto contra acórdão de Turma Recursal dos Juizados Especiais/ RJ, que, ao confirmar sentença, considerou válido negócio jurídico firmado entre as partes, relativo à compra de um computador pelo preço anunciado.

2.A parte recorrente alega ofensa ao art. 170, IV, da Constituição Federal (princípio da livre concorrência), sustentando que houve erro material no anúncio de valor do produto, vendido a preço abaixo do valor do mercado, o que “constitui prática de infração à ordem econômica” (fl. 187).

3.A controvérsia dos autos foi decida com base no Código de Defesa do Consumidor e nos fatos e provas da causa. Assim, eventual ofensa à Constituição Federal seria indireta ou reflexa, além de depender do reexame de matéria fático-probatória dos autos (Súmula STF 279), o que impede o processamento do recurso extraordinário.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.333-9 (298)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAPITAL CENTER HOTÉIS S/AADV.(A/S) : KARINA MARQUES MACHADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 145, § 1º, 150, III e IV, 153, III e 195, I, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ademais, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, quanto à correção monetária decorrente da diferença entre o IPC-M e a UFIR, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF, bem como a análise de normas infraconstitucionais (lei 8.880/94, art. 38), o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.695-0 (299)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ARYZÁ FIALHO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : HAROLDO DO BAPTISTA DE BRITO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário, por afronta aos arts. 5º XLIX, e 37, § 6º, da Constituição Federal. O acórdão recorrido fundou-se na ausência de prova do nexo de causalidade entre a morte de interno que vivia extramuros, ocorrida fora do presídio, e qualquer ação comissiva ou omissiva de agente do Estado (184-185).

2.O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro asseverou que a ofensa à Constituição Federal, “se existisse, seria reflexa, uma vez que necessariamente precedida de afronta a preceito da legislação infraconstitucional” (fls. 275-277).

3.A agravante afirma, em síntese, que o recurso extraordinário preenche os pressupostos e requisitos de admissibilidade, pois a ofensa à Carta Magna é direta e frontal.

4.Alegação de que persiste a omissão da Corte de origem que ignorou a jurisprudência da Corte Suprema e violou as normas constitucionais insertas nos arts. 5º XLIX, e 37, § 6º, não merece prosperar. O Tribunal de origem, fundado nos fatos e nas provas, as quais não se reexaminam em sede de recurso extraordinário, concluiu pela ausência de nexo de causalidade entre uma ação ou omissão imputável à Administração e o evento ocorrido a ensejar a reparação civil.

5.Ademais, rever a decisão da instância a qua, para concluir de modo diverso, implica o reexame do quadro fático-probatório, o que é vedado em via extraordinária (Súmula STF 279). Veja-se: RE 558.036-AgR/RJ, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJ 09.5.2008; AI 645.864-ED/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 18.4.2008; e AI 655.792-ED/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJ 08.02.2008.

6.Ressalte-se que, contra o aresto impugnado, a agravante interpôs, concomitantemente, recurso especial (fls. 203-223), o qual, em acórdão transitado em julgado, foi desprovido pelo Superior Tribunal de Justiça, sob o entendimento de que, para alterar os fundamentos do acórdão recorrido, seria necessário o reexame da matéria fático-probatória dos autos, incidindo ali o óbice da Súmula 7/STJ – fls. 286-291.

Há, pois, fundamento, per se, suficiente para manter o acórdão recorrido, que se tornou definitivo, obstando a impugnação mediante apelo extremo com base nos arts. 5º, XLIX, e 37, § 6º, da Carta Magna (Súmula STF 283). Nesse sentido, entre outros, o RE 545.161/DF, rel. Min. Celso de Mello, DJ 28.06.2007.

7.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.087-0 (300)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : IURE CASAGRANDE DE LISBOA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ARTULINO DIAS DE SOUZAADV.(A/S) : CONRADO ERNANI BENTO NETO

1.Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto contra acórdão que, ao manter a sentença, condenou a recorrente a restituir, com correção monetária, os valores pagos ao recorrido pela construção de rede de eletrificação rural, sob o fundamento de que não poderia haver enriquecimento sem causa.

2.No RE a parte recorrente alega, em síntese, afronta aos artigos 5º, XXXVI e LV; 93, IX; e 175, da Constituição Federal.

3.Preliminarmente, verifico que os artigos 5º, XXXVI, e LV; e 93, IX, da Constituição Federal, dados como violados, não foram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, nem suscitado nos embargos de declaração a ele opostos (Súmulas STF 282 e 356).

4.Ademais, ressalte-se que, quanto à alegação de ofensa aos artigos 5º e seus incisos, e 93, IX, da Constituição Federal, além de o fato de decisão contrária aos interesses da parte não caracterizar violação aos dispositivos constitucionais apontados, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que “(...) as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário”. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª. Turma, DJ 26.06.2002; AI 662.319-AgR/PR, rel. Min. Ricardo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 70

Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009; e AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008.

5.No que tange ao art. 175 da Constituição Federal, pretende a parte recorrente, no recurso extraordinário, trazer a esta Corte debate da legislação de índole ordinária, o que impede o trânsito do apelo extremo, por ser indireta a alegada ofensa à Constituição Federal.

Nesse sentido, AI 490.491-AgR/RS, rel. Min. Cezar Peluso, 1ª. Turma, DJ 15.04.2005, assim ementado:

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Eletrificação rural. Financiamento. Devolução. Correção monetária. Matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Precedentes. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República.

2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado.”

6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.712-7 (301)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : LARA CORRÊA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : REGINA ROCHA PACHECOADV.(A/S) : RODRIGO DA SILVA E OUTRO (A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 1027, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.048-6 (302)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : LARA CORRÊA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CARMEN AULERADV.(A/S) : BRENO HERMES GONÇALVES VARGAS E OUTRO

(A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 1174, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.205-4 (303)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : SACHS AUTOMOTIVE BRASIL LTDAADV.(A/S) : CARLA MARIA DUNLEY SANSEVERINO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOVistos.O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico,

concluiu, no exame do RE nº 595.107/PR, de minha relatoria, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. Trata-se da discussão acerca da constitucionalidade do artigo 38 da Lei nº 8.880/94, que dispõe sobre os índices de correção monetária aplicáveis às demonstrações financeiras das pessoas jurídicas.

Na Questão de Ordem suscitada pelo Ministro Gilmar Mendes, Presidente, no Agravo de Instrumento nº 715.423/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, na sessão de 11/6/08, decidiu que o regime previsto no artigo 543-B, §§ 1º e 3º, do Código de Processo Civil, na hipótese de já ter sido reconhecida por esta Corte a repercussão da matéria constitucional discutida nos autos, aplica-se, também, aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007 e aos agravos de instrumentos respectivos.

Na sessão do Pleno de 20/8/08, no julgamento da Questão de Ordem

suscitada pelo Ministro Cezar Peluso, Relator, no Recurso Extraordinário nº 540.410/RS, este Tribunal decidiu, em situação similar à anterior, pela devolução dos autos ao Tribunal local para os fins do disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que sejam apensados aos autos originais, devendo ser aplicado, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.261-8 (304)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : ADAMI S/A MADEIRASADV.(A/S) : GONÇALO BONET ALLAGE E OUTRO (A/S)

DECISÃOVistos.A União interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não

admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 150, § 6º, e 153, § 3º, inciso II, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim fundamentado:

“No caso presente, o feito já foi julgado pela Turma, com a publicação no acórdão no Diário da Justiça da União. Publicado o acórdão, a Fazenda Nacional peticionou nos autos pedindo a suspensão do prazo. Indeferido o pleito, no dia seguinte retirou os processos em carga, devolvendo-os com o presente agravo regimental. Não vejo motivo para suspensão dos prazos, ainda mais tendo em vista a situação de que não escoado o prazo legalmente estabelecido para a Fazenda Nacional, sem esquecer que não ficou caracterizada a hipótese prevista no art. 265, V, CPC, e que a decisão do STJ somente reforça tal situação. Ademais, a própria petição salienta que o movimento ficou "suspenso" por trinta dias, enquanto se analisa a tramitação de projeto de lei. Nesta situação, não vejo como deferir o pleito, motivo pelo qual nego provimento ao agravo regimental.

Tenho por prequestionado o artigo 265, inciso V, do Código de Processo Civil” (fl. 120).

Opostos embargos de declaração (fls. 124 a 131), foram acolhidos parcialmente “para fins de prequestionamento dos artigos 265, inciso V e 334, inciso I do Código de Processo Civil” (fls.134).

Decido.Anote-se, inicialmente, que a recorrente foi intimada do acórdão dos

embargos de declaração em 15/9/04, como expresso na certidão de folha 127, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os dispositivos constitucionais apontados como violados carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pela ora recorrente Dessa forma, incabível o recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ressalte-se que o Tribunal de origem decidiu a questão relativa à suspensão dos prazos amparado, exclusivamente, nas disposições do Código de Processo Civil.

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.088-4 (305)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : KOCH KOCH YAEDU E FREITAS LTDAADV.(A/S) : ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 71

Vistos.Koch Koch Yaedu e Freitas Ltda. interpõe agravo de instrumento

contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 146, inciso III, 149, caput, § 2º, inciso III, alínea “a”, 167, inciso IV, e 195 da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça que julgou válida a exigência da contribuição de 0,2% destinada ao INCRA por entender que, não se tratando de contribuição previdenciária, não foi extinta pelas Leis nos 7.789/89 e 8.212/91.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim, conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.

Não merece trânsito o recurso, uma vez que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 578.635/RS, de minha relatoria, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria constitucional versada nesse feito. A decisão do Plenário está assim ementada:

“Direito Tributário. Contribuição social destinada ao INCRA. Exigibilidade das empresas urbanas. Ausência de repercussão geral”.

Essa decisão, nos termos do artigo 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 11.418/06, “valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente”.

Ante o exposto, nos termos dos artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil e 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, indefiro o agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.960-2 (306)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : PRO. TE. CO. MINAS S/A (ATUAL DENOMINAÇÃO DE

PROEMA MINAS S/A)ADV.(A/S) : PRISCILLA TEDESCO ROJASAGDO.(A/S) : GEBRÜDER HELLER MASCHINENFABRIK GMBHADV.(A/S) : ERASMO MENDONÇA DE BOER E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : VITOR APARÍCIO SALZOINTDO.(A/S) : PRO TE CO INDUSTRIAL S/AINTDO.(A/S) : PAOLO PAPARONI

DECISÃO: Este recurso não impugna todos os fundamentos em que se apóia o ato decisório ora questionado.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por mais de uma vez, já se pronunciou no sentido da imprescindibilidade de a parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, impugnar todas as razões em que se assentou a decisão que não admitiu o recurso extraordinário (RTJ 133/485 - RTJ 145/940 - RTJ158/975).

Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço do presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.599-0 (307)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : MARIA ISAURA LEMOSADV.(A/S) : EGMAR JOSÉ DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃOVistos.Maria Isaura Lemos interpõe agravo de instrumento contra a decisão

que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, incisos II, XXXV, e LV, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL Intempestivo.

1. Revela-se intempestivo o recurso especial interposto fora do prazo de quinze dias previsto no art. 508 do CPC, razão pela qual não merece ser provido o presente agravo.

2. Agravo de instrumento desprovido” (fl. 403).Opostos embargos de declaração (fls. 478 a 483), foram rejeitados

(fls. 485 a 488).Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do

Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner de Castro Mathias Netto,

pelo desprovimento do recurso extraordinário (fls. 503 a 506).Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que os dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pelo recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Demais disso, o Superior Tribunal de Justiça ateve-se ao exame de pressupostos recursais de admissibilidade do recurso especial dirigido ao STJ, notadamente quanto à intempestividade do recurso, matéria circunscrita à legislação infraconstitucional e que não desafia recurso extraordinário, haja vista que a afronta ao texto constitucional se daria, caso houvesse, de forma indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. 1. A decisão do Superior Tribunal de Justiça, que nega seguimento a agravo de instrumento por ausência de pressupostos de admissibilidade, diz respeito às normas processuais de natureza infraconstitucional, circunstância impeditiva da subida do extraordinário. 2. A questão constitucional que serviu de fundamento ao acórdão do Tribunal de segundo grau deve ser atacada no momento próprio, sob pena de preclusão. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 641.299/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 3/8/07).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL. INDEFERIMENTO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA POR DEFICIÊNCIA NA SUA FORMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. PROVIMENTO DO AGRAVO E PROCESSAMENTO DO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA A DECISÃO. REEXAME DA MATÉRIA DE FATO E DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. 1. Incumbe à parte agravante instruir o agravo de instrumento com as peças de caráter obrigatório, sob pena de não conhecimento do recurso (CPC, artigo 544, § 1º). 2. Alegação de ofensa ao princípio do devido processo legal. Matéria não-prequestionada. Recurso extraordinário não conhecido” (RE nº 258.051/BA, Segunda Turma, Relator para acórdão o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 23/2/01).

“DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA ACÓRDÃO DO S.T.J., QUE CONSIDEROU DEFICIENTE A FORMAÇÃO DE INSTRUMENTO DE AGRAVO. 1. A questão resolvida pelo S.T.J. foi meramente processual, ou seja, a respeito dos documentos a serem trasladados no instrumento de Agravo. Sem nível constitucional, portanto. 2. E é pacífica a jurisprudência do S.T.F., no sentido de não admitir, em R.E., alegação de ofensa indireta à C.F., por má interpretação ou aplicação e mesmo inobservância de normas infraconstitucionais, como são as que regulam a formação de tal instrumento. 3. Tudo isso já ficou bem esclarecido na decisão embargada, que não contém qualquer omissão, obscuridade ou contradição e deve ser mantida por seus fundamentos. 4. Embargos rejeitados, por manifestamente protelatórios, aplicando-se aos embargantes a multa de 1% (um por cento) sobre o valor da causa, nos termos do parágrafo único do art. 538 do Código de Processo Civil” (AI nº 253.633/GO-AgR-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 2/2/01).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Junte-se cópia desta decisão nos autos do AI nº 709.634/GO.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.844-8 (308)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : UNIMED VARGINHA - COOPERATIVA DE TRABALHO

MÉDICOADV.(A/S) : MARIA INÊS MURGEL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE VARGINHAADV.(A/S) : TADAHIRO TSUBOUCHI E OUTRO (A/S)

DECISÃOVistos.Unimed Varginha – Cooperativa de Trabalho Médico

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 72

interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado:

“Apelação cível. Ação de mandado de segurança. Direito líquido e certo. Ausência de prova pré-constituída. Segurança denegada. Recurso não provido. 1. A ação de mandado de segurança exige prova pré-constituída porque não admite fase instrutória. 2. Ausente à prova pré-constituída quanto ao direito líquido e certo invocado, revela-se correta a sentença que denegou a segurança. 3. Apelação cível conhecida e não provida” (fl. 280).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido, conforme expresso

na certidão de folha 285, foi publicado em 20/4/05, não sendo exigível, conforme decidido na Questão de Ordem no AI nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário.

A irresignação não merece prosperar.O acórdão recorrido manteve a sentença que denegou o mandado de

segurança amparado no fundamento de que “a controvérsia desafia dilação probatória em forma de perícia” (fl. 283).

Assim, para acolher a pretensão da recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem, seria necessário o exame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRESSUPOSTOS. CABIMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA. A violação à Constituição do Brasil seria indireta, posto ser imprescindível o reexame das condições da ação, nos termos da Lei n. 1.533/51 e do Código do Processo Civil. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 510.089/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 6/5/05).

“AGRAVO REGIMENTAL. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, a fim de se verificar se, na hipótese em julgamento, o direito a amparar as pretensões do impetrante é líquido e certo. Não-cabimento de recurso extraordinário, por óbice da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 388.088/AC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 26/5/06).

“Recurso extraordinário: descabimento: ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos por violados (Súmulas 282 e 356); controvérsia relativa aos requisitos de cabimento do mandado de segurança decidida à luz de legislação infraconstitucional; não se presta o recurso extraordinário para o exame de ofensa reflexa à Constituição: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636.” (AI nº 629.562/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/5/07).

“Mandado de segurança. Hipótese de cabimento. Extinção de processo sem julgamento de mérito. Debate processual infraconstitucional. Ofensa indireta à CF. Regimental não provido” (AI nº 214.040/BA-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ de 25/2/2000).

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.004-3 (309)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : SIZINO BERNARDES ZICAADV.(A/S) : CARLOS FERNANDO VIEIRA DE SOUZA E OUTRO

(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. OFICIAL DA

POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. EXCLUSÃO DA LISTA DE PROMOÇÃO. DECRETO N. 7.456/1983. 1. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO DIVERGENTE DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRESUNÇÃO DE EXISTÊNCIA DA REPERCUSSÃO GERAL. 2. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: AFASTAMENTO. 3. OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE NÃO-CULPABILIDADE PENAL: INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO E RECURSO PROVIDOS.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios:

“CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSO CIVIL. GRATUIDADE DE JUSTIÇA. CONCESSÃO. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA DE RECURSOS. LEI N. 1.060/50. CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. RECURSO PROVIDO. SEGURANÇA CONCEDIDA. MAIORIA.

I – Prevalece no seio deste e. Tribunal o entendimento de que para ser beneficiário da Justiça Gratuita é necessário apenas que a parte necessitada cumpra o contido no art. 4º da Lei n. 1.060/50, apresentando simples declaração de que não tem condições de pagar as custas do processo e os honorários advocatícios sem prejuízo próprio ou de sua família.

II – Mostra-se ilegal a exclusão dos candidatos ao Curso de Formação de Sargento da Polícia Militar do Distrito Federal, por estar respondendo a processo administrativo junto à Corregedoria-Geral da PMDF, por flagrante afronta ao princípio constitucional da presunção de inocência” (fl. 123).

Consta no relatório e no voto condutor do acórdão:“(...) Em informações, a d. autoridade impetrada pontificou que o

Impetrante responde a processo administrativo junto à Corregedoria-Geral da Polícia Militar do DF, em aguardo ao julgamento pela Justiça Federal de crime supostamente praticado. Aduziu, ainda, que o ato impugnado encontra respaldo no item 3.5 do edital do certame, bem como não ofende ao princípio da presunção de inocência, visto que o Decreto n. 7.456/83 prevê remédio caso o impetrante seja absolvido, garantindo-lhe as respectivas promoções.

(...)Sob outro ângulo, entendo que o Impetrante teve direito líquido e

certo violado, ao ser impedido de participar do certame.Com propriedade, fundamentou o il. Parquet em seu parecer de fls.,

in verbis:‘A Constituição Federal estabelece que ninguém será considerado

culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, consagrando a presunção da inocência como um dos princípios basilares do Estado de Direito, visando à tutela da liberdade pessoal. Então, ao proibi-lo de participar de um Curso de Formação para sua promoção, apenas por estar respondendo a processo administrativo, viola o princípio constitucional proclamado no artigo 5º, LVII.

A aferição da idoneidade moral do candidato para a matrícula do Curso de Formação de Sargentos I/2007 da Polícia Militar não pode se ater a fatos que não implicaram condenação de qualquer natureza, haja vista que o princípio constitucional de presunção da inocência não se aplica apenas no âmbito penal, mas também na esfera administrativa.

É cediço que a exigência editalícia que condiciona a matrícula do candidato à prova de idoneidade não é ilegal. Todavia, a exclusão do candidato só pode se pautar em motivação consistente e critérios objetivos, a fim de que não prevaleça o arbítrio’.

Referido entendimento encontra-se em total consonância com julgados deste e. Tribunal, bem como com precedente julgado por esta e. Turma, verbis:

(...)Frente às razões supra, DOU PROVIMENTO ao recurso para,

reformando a r. sentença recorrida, conceder a ordem, determinando à d. autoridade impetrada que promova a matrícula do impetrante, possibilitando-lhe a participação no Curso de Formação de Sargentos Combatentes” (fls. 135-138 – grifo nosso).

3. Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fl. 145).4. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a circunstância de que o acórdão recorrido estaria em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“(...) Cumpre aduzir, inicialmente, que o recorrente afirmou e fundamentou a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutida na causa, em obediência aos ditames dos artigos 102, § 3º, da Constituição Federal, 543-A, do Código de Processo Civil, 322 e 327, ambos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Aliás, em relação à reserva de plenário, já decidiu o colendo STF explicitamente pela ocorrência de repercussão geral da questão. Confira: (...) (RE-RG 585702/ES, Relator Ministro MARCO AURÉLIO, DJ-e de 11/9/2008).

Contudo, em relação aos temas trazidos a debate pelo recorrente, verifica-se que o julgado impugnado encontra-se em sintonia com a orientação promanada da Corte Suprema. Assim, basta a desconformidade entre a tese constitucional sustentada com a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal, como fundamento hábil para basear o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário (RE-AgR 441881-MG, Relator Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 19/5/2006; Agravo Regimental em Agravo de Instrumento 202.049-5-MG, Relator Ministro OCTÁVIO GALLOTTI, DJ de 6/2/1998). A propósito, confiram-se os seguintes julgados:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ARTIGO 97 DA CONSTITUIÇÃO. 1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 73

sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 3. ‘Interpretação que restringe a aplicação de uma norma a alguns casos, mantendo-a com relação a outros, não se identifica com a declaração de inconstitucionalidade da norma que é a que se refere o artigo 97 da Constituição...’ [RE n. 184.093, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 5.9.97]. Agravo regimental a que se nega provimento. (grifei)(RE-AgR 572497/RS, Relator Ministro EROS GRAU, DJ-e de 27/11/2008)

(...)‘Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não

demonstra o desacerto da decisão agravada. 3. Concurso público. Polícia Militar. Candidato respondendo a ação penal. Exclusão do certame. Violação ao princípio da presunção da inocência. 4. Ausência de prequestionamento quanto aos demais artigos suscitados. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (grifei) (RE-AgR 487398/MS, Relator Ministro GILMAR MENDES, DJ de 30/6/2006)’.

III - Ante o exposto, INDEFIRO o processamento dos recursos especial e extraordinário” (fls. 172-176).

5. O Agravante alega que teriam sido contrariados os arts. 5º, inc. LVII, e 97 da Constituição da República.

Argumenta que “nenhum dos quatro precedentes se aplicam à espécie, pois tratam de situações diversas do caso concreto. Com efeito, no caso foi afastada a aplicação das normas legais e também das normas editalícias ao fundamento de que prevalece o princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, inc. LVII, da CF)” (fl. 6).

Afirma, também, que, “apesar de não ter sido declarada expressamente a inconstitucionalidade do art. 28, inc. II, do Decreto n. 7.456/83 e nem do item 3.5 do Edital 001/2007, a incidência de tais normas foi expressamente e integralmente afastada em virtude ‘da prevalência do princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF) sobre qualquer disposição legal que disponha em contrário” (fl. 6).

Sustenta, ainda, que “o presente caso envolve a inclusão de oficial militar no quadro de acesso à promoção (exclusão de policial militar do curso de formação de sargentos), (...). No presente caso, a legislação aplicável não permite a inclusão de oficial militar no quadro de acesso à promoção e também prevê o ressarcimento em caso de absolvição” (fls. 7-8).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.6. Em preliminar, é de se realçar que, apesar de ter sido o Agravante

intimado depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – na forma determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esta se presume “quando o recurso (...) impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante”.

7. A Quinta Turma Cível do Tribunal de origem concedeu a segurança requerida pelo ora Agravado para inscrição no Curso de Formação de Sargentos Combatentes da Polícia Militar do Distrito Federal, ao fundamento de ofensa ao princípio constitucional da presunção de não-culpabilidade penal antes do trânsito em julgado de decisão judicial (art. 5º, inc. LVII), e afastou as normas aplicáveis à espécie – Edital 001/2007 e Decreto n. 7.456/1983.

De início, cumpre realçar não prosperar a alegação de ofensa ao princípio da reserva de Plenário (art. 97 da Constituição da República), pois a espécie vertente trata de exame de norma editada antes da promulgação da Constituição da República de 1988, não sendo o caso de declaração de inconstitucionalidade pelo órgão fracionário do Tribunal de origem, e sim de revogação de norma pré-constitucional com o advento da nova ordem.

Confira-se, por exemplo:“CONSTITUIÇÃO. LEI ANTERIOR QUE A CONTRARIE.

REVOGAÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE. IMPOSSIBILIDADE. 1. A lei ou é constitucional ou não é lei. Lei inconstitucional é uma contradição em si. A lei é constitucional quando fiel à Constituição; inconstitucional na medida em que a desrespeita, dispondo sobre o que lhe era vedado. O vício da inconstitucionalidade é congênito à lei e há de ser apurado em face da Constituição vigente ao tempo de sua elaboração. Lei anterior não pode ser inconstitucional em relação à Constituição superveniente; nem o legislador poderia infringir Constituição futura. A Constituição sobrevinda não torna inconstitucionais leis anteriores com ela conflitantes: revoga-as. Pelo fato de ser superior, a Constituição não deixa de produzir efeitos revogatórios. Seria ilógico que a lei fundamental, por ser suprema, não revogasse, ao ser promulgada, leis ordinárias. A lei maior valeria menos que a lei ordinária. 2. Reafirmação da antiga jurisprudência do STF, mais que cinquentenária. 3. Ação direta de que se não conhece por impossibilidade jurídica do pedido” (ADI 2, Rel. Min. Paulo Brossard, Tribunal Pleno, DJ 21.11.1997).

E, ainda, do voto do Relator, Ministro Celso Mello, no Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n. 582.280, julgado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal:

“(...) É que, em tal situação, por tratar-se de lei pré-constitucional (porque anterior à Constituição de 1988), o único juízo admissível, quanto a ela, consiste em reconhecer-lhe, ou não, a compatibilidade material com a ordem constitucional superveniente, resumindo-se, desse modo, a solução da controvérsia, à formulação de um juízo de mera revogação (em caso de

conflito hierárquico com a nova Constituição) ou de recepção (na hipótese de conformidade material com a Carta Política).

Esse entendimento nada mais reflete senão orientação jurisprudencial consagrada nesta Suprema Corte, no sentido de que a incompatibilidade vertical de atos estatais examinados em face da superveniência de um novo ordenamento constitucional ‘(...) traduz hipótese de pura e simples revogação dessas espécies jurídicas, posto que lhe são hierarquicamente inferiores’ (RTJ 145/339, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RTJ 169/763, Rel. Min. PAULO BROSSARD, v.g.).

(...)Isso significa que a discussão em torno da incidência, ou não, do

postulado da recepção - precisamente por não envolver qualquer juízo de inconstitucionalidade (mas, sim, quando for o caso, o de simples revogação de diploma pré-constitucional) - dispensa, por tal motivo, a aplicação do princípio da reserva de Plenário (CF, art. 97), legitimando, por isso mesmo, a possibilidade de reconhecimento, por órgão fracionário do Tribunal, de que determinado ato estatal não foi recebido pela nova ordem constitucional (RTJ 191/329-330), além de inviabilizar, porque incabível, a instauração do processo de fiscalização normativa abstrata (RTJ 95/980 - RTJ 95/993 - RTJ 99/544 - RTJ 143/355 - RTJ 145/339, v.g.)” (DJ 6.11.06 – grifo nosso).

Em caso análogo ao presente recurso também a decisão monocrática do Ministro Menezes Direito, no Recurso Extraordinário n. 434.748, DJe 24.4.2009.

8. No mérito, é de se concluir que assiste razão jurídica ao Agravante.9. Este Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de

inexistir ofensa ao princípio da presunção de não culpabiliade (art. 5º, inc. LVII, da Constituição) “por se circunscrever essa norma ao âmbito penal, não impedindo, portanto, que a legislação ordinária não admita a inclusão do militar no quadro de acesso a promoção por ter sido denunciado em processo crime, enquanto a sentença final não transitar em julgado” (Recursos Extraordinários ns. 141.787, 210.363, 141.787, todos de relatoria do Ministro Moreira Alves, Primeira Turma, DJs de 25.6.1999, 30.6.1998, 16.11.2001).

E, ainda, em igual sentido:“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR.

EXCLUSÃO DA LISTA DE PROMOÇÃO. OFENSA AO ART. 5º, LVII DA CONSTITUIÇÃO. INEXISTÊNCIA. 1. Pacificou-se, no âmbito da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, o entendimento segundo o qual inexiste violação ao princípio da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) no fato de a legislação ordinária não permitir a inclusão de oficial militar no quadro de acesso à promoção em face de denúncia em processo criminal, desde que previsto o ressarcimento em caso de absolvição. 2. Precedentes. 3. Recurso extraordinário conhecido e provido” (RE 356.119, Rel. Min. Ellen Gracie, Primeira Turma, DJ 7.2.2003).

E“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

PROMOÇÃO DE OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR. EXCLUSÃO. ABSOLVIÇÃO. RESSARCIMENTO. PRECEDENTE. 1. A jurisprudência do Supremo é no sentido da inexistência de violação do princípio da presunção de inocência [CB/88, artigo 5º, LVII] no fato de a lei não permitir a inclusão de oficial militar no quadro de acesso à promoção em razão de denúncia em processo criminal. 2. É necessária a previsão legal do ressarcimento em caso de absolvição. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 459.320, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 23.5.2008).

E ainda:“Recurso Extraordinário. 2. Policial Militar. Impossibilidade de

promoção entre o oferecimento da denúncia e o trânsito em julgado da decisão. 3. Inexistência de ofensa ao artigo 5º, LVII, da Constituição Federal. 4. Precedentes da 1ª Turma. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido” (RE 368.830, Rel. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 17.9.2003).

10. De serem afastados também os precedentes citados na decisão agravada (RE 559.135-AgR e RE 487.398-AgR), porque não guardam identidade ou analogia com a espécie. Eles cuidam de exclusão de concurso público de candidato que responde a inquérito ou a ação penal condenatória não transitada em julgado.

11. Da orientação jurisprudencial, firmada por este Supremo Tribunal na matéria objeto do presente Agravo e respectivo recurso extraordinário, divergiu o acórdão recorrido, que não pode, então, subsistir.

12. Pelo exposto, dou provimento a este agravo, na forma do art. 544, §§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil, e, desde logo, ao recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1º-A, do mesmo diploma legal.

Considerando-se o art. 25 da Lei n. 12.016/2009 e a Súmula 512 do Supremo Tribunal Federal, deixo de condenar o Agravado/Recorrido ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.406-0 (310)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONALADV.(A/S) : GUSTAVO DOMINGUES DE MORAESADV.(A/S) : EYMARD DUARTE TIBÃES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 74

AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO PENDENTE DE

APRECIAÇÃO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AGRAVO SOBRESTADO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:

“AGRAVO REGIMENTAL. EXAME MÉDICO-PERICIAL A CARGO DO INSS. REALIZAÇÃO. INÉRCIA ADMINISTRATIVA. EMPREGADOS DA COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL. CONTRATOS DE TRABALHO SUSPENSOS POR FORÇA DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIAS POR INVALIDEZ. INSEGURANÇA JURÍDICA. RELAÇÃO TRABALHISTA. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. EXTINÇÃO DO FEITO SEM EXAME DO MÉRITO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU EMBORA POR FUNDAMENTO DIVERSO. (...)” (fl. 183).

3. A Agravante interpôs recurso especial simultaneamente ao extraordinário, tendo sido o primeiro admitido (fls. 313-316).

4. Pesquisa realizada no sítio do Superior Tribunal de Justiça dá notícia de que o Recurso Especial interposto foi autuado sob o n. 1.075.773 e está pendente de julgamento.

5. Assim, determino o sobrestamento deste agravo, nos termos do art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil.

À Secretaria, para o acompanhamento necessário, vindo-me os autos conclusos após o trânsito em julgado da decisão que apreciar o recurso em tramitação no Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.802-2 (311)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉADV.(A/S) : JOSUÉ HOFF DA COSTA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADOAGDO.(A/S) : SILVANA MARIA LUDWIGADV.(A/S) : SIDNEI ULYSSÉA PALADINI E OUTRO (A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto de acórdão que versa sobre índice de correção monetária de verba a ser restituída a associados que se desligam de plano de previdência privada.

2.Incognoscível o recurso.É que esta Corte rejeitou a existência de repercussão geral do tema

(RE nº 582.504, de minha relatoria).3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, e 327, §

1º, do RISTF, e 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, c.c. arts. 102, § 3º, da CF, e 543-A, § 5º, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.916-3 (312)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : FABIANO DE SOUSA NAVESADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOVistos.O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico,

concluiu, no exame do RE nº 573.232/SC, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. Trata-se da definição do alcance da expressão “quando expressamente autorizadas”, presente no inciso XXI do artigo 5ª da Constituição Federal, e da possibilidade de associados, que não autorizaram expressamente a respectiva associação a ajuizar ação ordinária, executarem a respectiva decisão quando do trânsito em julgado.

Na Questão de Ordem suscitada pelo Ministro Gilmar Mendes, Presidente, no Agravo de Instrumento nº 715.423/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, na sessão de 11/6/08, decidiu que o regime

previsto no artigo 543-B, §§ 1º e 3º, do Código de Processo Civil, na hipótese de já ter sido reconhecida por esta Corte a repercussão da matéria constitucional discutida nos autos, aplica-se, também, aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007 e aos agravos de instrumentos respectivos.

Na sessão do Pleno de 20/8/08, no julgamento da Questão de Ordem suscitada pelo Ministro Cezar Peluso, Relator, no Recurso Extraordinário nº 540.410/RS, este Tribunal decidiu, em situação similar à anterior, pela devolução dos autos ao Tribunal local para os fins do disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que sejam apensados aos autos originais, devendo ser aplicado, quanto ao apelo extremo ora admitido, o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.757-8 (313)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : JOSÉ FRANCISCO DO AMARALADV.(A/S) : GIOVANA ZIMMERMANN ODY E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : COAPETRO COMERCIAL AGRÍCOLA E PRODUTOS DE

PETRÓLEO LTDAADV.(A/S) : CESAR SOUZA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : IVANOR CATTOADV.(A/S) : ROBERTO WISOSKI AMARANTE E OUTRO (A/S)

DECISÃOVistos.José Francisco do Amaral interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, incisos XXXV e LV, da Constituição Federal.

Decido.A decisão agravada negou seguimento ao recurso amparada nos

seguintes fundamentos:“Não merece trânsito a inconformidade.O recurso não merece seguimento porque, em verdade, a questão

em exame diz respeito a eventual negativa de vigência de lei federal. Entretanto, a ofensa a preceito constitucional, para que autorize o Recurso Extraordinário, há que ser ‘direta e frontal’ (RTJ 107/661, 120/912, 125/705), ‘direta e não por via reflexa’ (RTJ 105/704, 105/1279, 127/758, 128/886; STF-RT 640/229); 'se, para comprovar a contrariedade à Constituição, tem-se, antes, de demonstrar a ofensa à lei ordinária, é esta que conta para a admissibilidade do recurso' (RTJ 94/462, 60/294, 84/119, 103/188, 104/191, 141/980, 143/1003), que em tal hipótese, somente pode ser o especial´ (in CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, Theotônio Negrão, 26ª ed., 1995, p. 1.325).

...........................................................................................Ademais, o acórdão recorrido contém carga construtiva fundada nos

elementos informativos do feito, terreno que pretende o insurgente revisitar, o que, todavia, é inviável em sede de recurso extraordinário a teor do enunciado da Súmula 279/STF” (fl. 308).

O entendimento da Corte é no sentido de que deve a parte impugnar todos os fundamentos da decisão que não admitiu o apelo extremo, o que não ocorreu na espécie, uma vez que mantida incólume a motivação acima reproduzida, referente à incidência da Súmula nº 279/STF. A jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal é no sentido de negar provimento ao agravo de instrumento quando, como no caso, não são atacados os fundamentos da decisão que obsta o processamento do apelo extraordinário. Nesse sentido: AI nº 488.369/RS–AgR, 4/5/04, Primeira Turma, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/5/04, e AI nº 330.535/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 21/9/01.

Nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.963-6 (314)PROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOSÉ LINHARES PRADO NETO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : HERMANO JOSÉ DA SILVEIRA FARIASADV.(A/S) : PACELLI DA ROCHA MARTINS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO (A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 145, que defiro pelo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 75

prazo legal. Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.646-8 (315)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : ALESSANDRA TEREZA PAGI CHAVES E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA HELENA PADOAM DE SOUZAADV.(A/S) : AUGUSTA DE HÉLIO STEFANI GHERARDI

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.927-9 (316)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARISA MATHILDE GOMES MEDINAADV.(A/S) : MAURICIO DE FIGUEIREDO CORRÊA DA VEIGA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JORGE PINHEIRO CASTELO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ASSISTÊNCIA MÉDICA SÃO PAULO S/AADV.(A/S) : ALEXANDRE ALTINO DE AQUINO E GROSSO E

OUTRO (A/S)

DECISÃO: A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em matéria trabalhista, firmou orientação no sentido de que a discussão em torno dos pressupostos de admissibilidade do recurso de revista não viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, por tratar-se de tema de caráter eminentemente infraconstitucional (RTJ 131/311, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 147/255, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ151/276, Rel.Min. FRANCISCO REZEK - RTJ 159/328, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RTJ 159/977, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

Esse mesmo entendimento, por sua vez, também tem prevalecido, no âmbito deste Tribunal, no que concerne aos requisitos de admissibilidade pertinentes aos recursos trabalhistas em geral (AI175.681-AgR/MS, Rel. Min. ILMAR GALVÃO - AI 220.109/DF, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - AI 254.389/MG, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - AI260.335/BA, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - RE 252.876-AgR/MG, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - RE 257.241-AgR/PR, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - RE 257.345-AgR/PR, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, v.g.).

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.089-7 (317)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : MARIANA DIEDRICH E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : NEIDE AMARALADV.(A/S) : ALEXANDRE SANTANA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que entendeu inexistente o excesso na execução de valores devidos em razão da determinação de extensão aos inativos de abono salarial, pago aos funcionários da ativa.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se

ofensa aos arts. 5°, caput, II, XXXVI, LIV, LV, 93, IX, 194, V, 195, § 5°, 201, caput, e 202, caput, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Falta o necessário prequestionamento do art. 5º, caput, e II, da Constituição. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. A orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Quanto ao art. 195, § 5º, da Constituição, a Primeira Turma desta Corte, no julgamento do AI 530.944-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, entendeu que esse dispositivo é aplicável somente à seguridade social financiada por toda a sociedade, sendo impertinente sua invocação por parte de entidade de previdência privada, conforme se vê da ementa a seguir transcrita:

“Previdência Privada: complementação de aposentadoria: recurso extraordinário: descabimento: controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional (Decreto 81.240/78 e Lei 6.435/77): alegada ofensa a dispositivos constitucionais que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636.

2. Recurso extraordinário: inadmissibilidade: alegação de contrariedade ao artigo 5º, XXXVI, da CF, para cuja verificação seria necessária a interpretação de cláusulas do regulamento da entidade de previdência privada: incidência das Súmulas 279 e 454.

3. Recurso extraordinário: invocação impertinente do art. 195, § 5º, da CF, que diz respeito apenas à seguridade social financiada por toda a sociedade.

4. Agravo regimental: necessidade de impugnação dos fundamentos da decisão agravada: precedentes”.

Indico, no mesmo sentido, as seguintes decisões de ambas as Turmas, entre outras: AI 221.622-AgR/SC, Rel. Min. Marco Aurélio; AI 598.382-AgR/SC, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.362-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; RE 528.911-AgR/SC, de minha relatoria; RE 534.369/RS, Rel. Min. Menezes Direito; RE 538.459/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa.

Por fim, em relação ao alegado excesso de execução, o Tribunal de origem manifestou-se:

“(...) verifica-se a ausência de qualquer tipo de excesso de execução, notadamente porque a atualização evolutiva do débito respeitou os exatos limites da sentença condenatória” (fl. 27).

Assim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator-

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.118-1 (318)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BRADESCO VIDA E PREVIDÊNCIA S/AADV.(A/S) : GERALDO NOGUEIRA DA GAMA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : WERNER RICARDO BOHRERADV.(A/S) : RAMON G. VON BERG E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, cujo acórdão está assim ementado:

“SEGURO DE VIDA EM GRUPO. RESILIÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO PELA SEGURADORA, COM BASE EM CLÁUSULA PERMISSIVA. ABUSIVIDADE CONFIGURADA. DANO MORAL. INOCORRENTE.

Resilição unilateral e imotivada do contrato de seguro de vida, pela ré, que, no caso dos autos, revela-se inadmissível.

Necessidade de proteção ao consumidor e observância dos princípios da boa-fé e da função social dos contratos.

Ausência de dano moral. Precedentes.Apelo provido, em parte.”2.Nas razões do RE, sustenta-se ofensa ao artigo 5º, II (princípio da

legalidade) e XXXVI (ato jurídico perfeito), da Constituição Federal.3. A controvérsia dos autos, além de encontrar óbice na

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 76

Súmula STF 454, também não dá margem ao cabimento do extraordinário por ser indireta a alegada ofensa aos citados dispositivos constitucionais dados como violados e demandar o reexame de fatos e provas (Súmula STF 279). É o que se observa no seguinte trecho do voto condutor do acórdão recorrido:

“Não obstante se reconheça a existência dos princípios constitucionais da autonomia privada e da livre iniciativa (artigo 170, caput, da CF/88), bem como do direito fundamental de garantia do ato jurídico perfeito (artigo 5º, XXXVI, da CF/88), imperioso, também, admitir a incidência à espécie dos princípios constitucionais insculpidos nos artigos 5º, XXXII e 170, V (normas gerais de proteção ao consumidor), tendo estes últimos, a meu ver, na hipótese em apreço, preponderância sobre aqueles primeiros.

O agir da seguradora, de resilir o contrato, a toda evidência, não pode subsistir, pois a conduta adotada pela ré constitui abuso do exercício de direito, contrária, portanto, aos princípios do código consumerista e à boa-fé contratual.” (fl. 204)

Veja-se a propósito, o RE 252.552-AgR/AC, Rel. Min. Ilmar Galvão, 1a. Turma, unânime, DJ 28.04.00, cujo trecho do acórdão transcrevo:

“Não há como se pretender haja o acórdão recorrido, ao concluir pela incidência do Código de Defesa do Consumidor, violado o ato jurídico perfeito, representado pelo contrato firmado entre as partes. A discussão demandaria o exame da legislação infraconstitucional e de cláusula contratual, o que não dá margem ao cabimento do recurso extraordinário.

Agravo Regimental improvido.”4.A jurisprudência deste Supremo Tribunal tem enfatizado que “a

verificação, no caso concreto, da ocorrência ou não de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional.” (RE 554.008-AgR/MG, rel. Min. Eros Grau, 2ª. Turma, unânime, DJe 05.06.2008).

5.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.977-5 (319)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BATHOMÉ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : NOELI MARIA SERRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RICARDO BARROS CANTALICE E OUTRO (A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 673, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.104-0 (320)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO BANRISUL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : LARA CORRÊA SABINO BRESCIANI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ITALGANI JOSÉ VIELING FALCETAADV.(A/S) : MARIA CRISTINA ZANETTI HORTA E OUTRO (A/S)

(Petição STF nº 95.545/2009)DESPACHO: Defiro o pedido de vista pelo prazo de cinco dias.Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.708-1 (321)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : JOSÉ RENATO BORGES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ ALBERTO PEREIRA TEIXEIRAADV.(A/S) : FABIANE BIGOLIN WEIRICH ALMEIDA E OUTRO

(A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 750, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.092-1 (322)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

AGTE.(S) : DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS - DMAE

ADV.(A/S) : JORGE LUIZ NEVES SARAIVAAGDO.(A/S) : CLAUDIO GETÚLIO FREITAS

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO PENDENTE DE

APRECIAÇÃO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AGRAVO SOBRESTADO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. DMAE. PRESCRIÇÃO. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO. VOTO DIVERGENTE QUANTO AO FUNDAMENTO. (...)” (fl. 99).

3. O Agravante interpôs recurso especial simultaneamente ao extraordinário, ambos inadmitidos na origem (fls. 157-159).

4. Pesquisa realizada no sítio do Superior Tribunal de Justiça dá notícia de que o agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu o recurso especial deu entrada na Seção de Registros de Processos daquele Tribunal em 19.5.2009 e aguarda autuação e distribuição para posterior julgamento.

5. Assim, determino o sobrestamento deste agravo, nos termos do art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil.

À Secretaria, para o acompanhamento necessário, vindo-me os autos conclusos após o trânsito em julgado da decisão que apreciar o recurso em tramitação no Superior Tribunal de Justiça.

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.575-8 (323)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LARA CORRÊA SABINO BRESCIANIAGDO.(A/S) : GLENIO ERONI POZZOBOM E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE JAENISCH MARTINI E OUTRO (A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 1265, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.350-2 (324)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUEAGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO SHOPPING CASSINO ATLÂNTICOADV.(A/S) : RÔMULO CAVALCANTE MOTA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão constitucional suscitada no RE 592.321/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO.

O não-atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 05 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.479-6 (325)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIALADV.(A/S) : MARIA CRISTINA NUNES PASSOS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLIAGDO.(A/S) : MIRIAN APARECIDA BARRETO DA SILVEIRA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUCIANO MARCOS DA SILVA E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 77

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto de acórdão que versa sobre índice de correção monetária de verba a ser restituída a associados que se desligam de plano de previdência privada.

2.Incognoscível o recurso.É que esta Corte rejeitou a existência de repercussão geral do tema

(RE nº 582.504, de minha relatoria).3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, e 327, §

1º, do RISTF, e 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, c.c. arts. 102, § 3º, da CF, e 543-A, § 5º, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.564-9 (326)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGAADV.(A/S) : CAMILA DRUMOND ANDRADE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : RUTH MARIA OLIVEIRA MONTE BATISTAADV.(A/S) : GUSTAVO RODRIGO ALMEIDA MEDEIROS E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, resolvendo questão de ordem formulada no AI712.743/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da constitucionalidade, ou não, do critério de progressividade das alíquotas do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) instituído por legislação municipal editada antes da promulgação da ECnº 29/2000.

Sendo assim, e pelas razões expostas, dou provimento ao presente agravo de instrumento, para admitir o recurso extraordinário a que ele se refere, impondo-se, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 05 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.018-3 (327)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : MILTON DOS REISADV.(A/S) : RODRIGO ABREU FERREIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO SÃO JOSÉADV.(A/S) : LUIZ CARLOS SILVA MACHADO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça que não admitiu recurso especial, por intempestividade.

2.Incognoscível o recurso.É que esta Corte rejeitou a existência de repercussão geral do tema

(RE nº 598.365, Rel. Min. CARLOS BRITTO).3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, e 327, §

1º, do RISTF, e 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, c.c. arts. 102, § 3º, da CF, e 543-A, § 5º, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.332-9 (328)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MARÍTIMA SAÚDE SEGUROS S/AADV.(A/S) : ANDRÉ FARIA CALDEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DANIEL MATIAS SCHMITT SILVAAGDO.(A/S) : ANTÔNIO MOREIRAADV.(A/S) : MARCELO SARAIVA RIBEIRO E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que não admitiu recurso extraordinário por violação aos arts. 5º, LIV, LV, e 93, IX, da Constituição Federal, sob o fundamento de que a alegada ofensa, se existente, seria reflexa, além de demandar o reexame de matéria fática (Súmula STF 279).

2.A agravante alega, em síntese, que o Tribunal de origem “não se posicionou quanto a ausência de comprovação dos danos materiais” decorrentes de prejuízo sofrido pelo autor no princípio de incêndio em sua residência, segurada pela ré.

3.Com efeito, o agravo de instrumento não merece seguimento. Inicialmente, ressalto que a controvérsia relativa ao reexame do julgamento proferido na Corte de origem, para fins de nulidade, por suposta ofensa ao princípio do contraditório, à ampla defesa e à ausência de fundamentação, reside no campo processual, inviabilizando o trânsito do apelo extremo interposto a pretexto de contrariedade ao disposto nos arts. 5º, LIV, e LV, e 93, IX, da Constituição Federal.

Nesse sentido: AI 639.672-AgR/RJ, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, unânime, DJe 27.06.2008; AI 635.749-AgR/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, unânime, DJe 24.04.2008; AI 746.588-AgR/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 26.06.2009; e AI 747.066-AgR/RJ, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, unânime, DJe 26.06.2009, este último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTIGOS 5º, LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA.

O acórdão recorrido negou provimento ao recurso da ora agravante, uma vez que a mesma não impugnou todos os fundamentos da decisão recorrida.

Inexiste a alegada ofensa aos arts. 5º, LV, e 93, IX, da Constituição, porquanto o Tribunal de origem prestou jurisdição, por acórdão devidamente fundamentado, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Agravo regimental a que se nega provimento.”4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC,

art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.855-1 (329)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : PALUSKA REPRESENTAÇÕES S/C LTDAADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp registrado sob o nº 2009/0104735-9), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.953-1 (330)PROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : JAMILTON PESTANAADV.(A/S) : PAULO ROBERTO ALMEIDA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

MARANHÃO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto em oposição a acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão que confirmou a sentença para manter a pronúncia do ora agravante por incurso no disposto do artigo 121, § 2º, IV, c/c artigo 14, II, ambos do Código Penal.

2.O recurso não merece provimento. O acórdão impugnado não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que a parte recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

3.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99; e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 78

4.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame de fatos e provas, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.259-1 (331)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ROBERTO DOS SANTOSADV.(A/S) : LEONARDO HENRIQUE DA SILVA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO

(A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 322, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.387-1 (332)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : SALETE MARIA MATTJE E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : GASPAR PEDRO VIECELIAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : MÁRIO LUIS MANOZZO E OUTRO (A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 594, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.683-9 (333)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : BRUNO BRITO QUINTANILHA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : RUTH MARIA PRAGERADV.(A/S) : FREDERICO LUNDGREN BASTOS E OUTRO (A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 191, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.992-4 (334)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ESPÓLIO DE FRANCISCO MUNHOZ FILHOADV.(A/S) : KARLA CRISTINA PRADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO: Vistos, etc.Oficie-se ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial —— sobrestado nos termos da Lei nº 11.672/08 —— interposto concomitante ao recurso extraordinário que originou este agravo de instrumento (Processo nº 586.129-5/1-00).

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.351-3 (335)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MÁRCIA GEPPADV.(A/S) : MONYA RIBEIRO TAVARES PERINI E OUTRO (A/S)

AGDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO S/A (EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL)

ADV.(A/S) : ROGÉRIO AVELARADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIORAGDO.(A/S) : BANCO BANERJ S/AADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento da decisão que inadmitiu recurso extraordinário deduzido em recurso de revista.

2.O acórdão recorrido limitou-se a tratar de matéria processual, relativa a pressuposto de admissibilidade de recurso trabalhista, a teor do que dispõe o art. 896 da CLT. Assim, a alegada contrariedade aos dispositivos constitucionais apontados somente poderia ocorrer de forma indireta, a depender do exame da legislação infraconstitucional, sem margem para o acesso à via extraordinária.

Aliás, sobre o tema ambas as Turmas desta Corte têm reiterado esse entendimento: AI 486.403-AgR/RS, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, pub. DJ 22.4.2005; AI 437.622-AgR/MG, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, pub. DJ 10.6.2005; AI 480.496-AgR/PE, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, pub. DJ 17.02.2006; e RE 574.197-AgR/RS, de minha relatoria, 2ª Turma, pub. DJe 03.4.2009.

Da mesma forma, eventual contrariedade aos postulados da legalidade, da devida prestação jurisdicional, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da coisa julgada, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais. Por essa razão, pode configurar, quando muito, situação de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição da República, o que também não dá acesso ao contencioso constitucional.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.435-5 (336)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSAADV.(A/S) : GRACE MARY VÉRAS OSIKAGDO.(A/S) : MARIA ITÁLIA BAQUETA DIASADV.(A/S) : RANDAL DAMASCENO LIMA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal Superior do Trabalho que não admitiu recurso de embargos, por não cabimento contra acórdão de Subseção Especializada em Dissídios Individuais.

2.Incognoscível o recurso.É que esta Corte rejeitou a existência de repercussão geral do tema

(RE nº 598.365, Rel. Min. CARLOS BRITTO).3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, e 327, §

1º, do RISTF, e 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, c.c. arts. 102, § 3º, da CF, e 543-A, § 5º, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.245-3 (337)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MANOEL MARIA DANERISADV.(A/S) : RACHEL DOS REIS CARDONE

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal que, segundo alega a parte recorrente, não aplicou devidamente a norma do art. 53 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Sustenta, ainda, violação dos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição federal.

Esta Corte já firmou o entendimento (cf. RE 213.733, rel. min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 20.11.1998; AI 478.472, rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 18.05.2004; AI 438.739, rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 19.03.2004; RE 404.035, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 26.11.2003; RE 391.844, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 02.12.2003) no sentido de que a discussão acerca da pensão de ex-combatente, quando implica a revisão de fatos e provas e passa pela análise de normas infraconstitucionais, inviabiliza o recurso extraordinário, pois resulta em afronta indireta à disposição transitória da Constituição Federal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 79

Por outro lado, inexiste a alegada afronta aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a ora agravante.

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.570-2 (338)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : LEX EDITORA S/AADV.(A/S) : PAULO ROGÉRIO DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : SILVIO GONÇALVESADV.(A/S) : ANGELSON FERREIRA MIDDLETON QUEZADA E

OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc. O recurso não merece acolhida, ante a ausência de

prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos por violados (inciso II do artigo 5º e inciso IX do artigo 93), não havendo sido opostos embargos declaratórios para suprir eventual omissão.

Com efeito, tendo em vista as limitações da via extraordinária, o apelo extremo é julgado no tocante ao que já foi discutido no aresto recorrido. Se o órgão julgador não adotou entendimento explícito acerca da matéria deduzida nas razões recursais, não se pode pretender o seu exame nesta excepcional instância.

Incide, portanto, no caso, as Súmulas 282 e 356 do STF.Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1º do artigo 21 do RI/

STF, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.605-0 (339)PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : WILSON DEMÉTRIO SAMPAIO JÚNIORADV.(A/S) : SEVERINO ANTONIO ALVES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARÁ

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o art. 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

3.O recurso não merece provimento. A decisão recorrida teve como fundamentos a falta de prequestionamento, a ofensa reflexa à Constituição e a necessidade de reexame da matéria fático probatória.

4.A agravante deixou de impugnar um dos fundamentos que serviu de suporte à decisão agravada. Esta deficiência técnica inviabiliza o processamento do agravo. A ausência de fundamentação que permita a apreciação do recurso faz incidir aqui a Súmula n. 287 do STF.

5. Ademais, quanto à alegação de ofensa ao disposto no artigo 5º, LIV e LV, da Constituição do Brasil, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.705-5 (340)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : MARIA CRISTINA S. MARINHO DE SOUZA FIRMOAGDO.(A/S) : ANDREIA CRISTINA SCHELLESADV.(A/S) : DÁRIO CORRÊA FILHO

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 258, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 19 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.708-7 (341)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : LILIAN THEODORO FERNANDES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTELA MARIA DA ROCHA CRAVEIROADV.(A/S) : RITA DE CÁSSIA FREITAS

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu processamento de recurso extraordinário.

2.Inviável o recurso.Era ônus da parte ora agravante impugnar os fundamentos da

decisão agravada, para demonstrar a admissibilidade do recurso. Dele não se desincumbiu, pois não se manifestou quanto à ofensa reflexa e quanto à incidência da súmula 283, fundamentos utilizados para negar seguimento ao recurso extraordinário. E, como tal, é inepto o agravo.

É o que já proclamou, aliás, a Corte, noutros casos, como o do AI nº 257.310-AgR (Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ 09/06/2000), cuja ementa reza:

“EMENTA: RECURSO DE AGRAVO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO CORRETAMENTE DENEGADO NA ORIGEM - FGTS - CORREÇÃO MONETÁRIA - MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL - HIPÓTESE DE OFENSA REFLEXA - INADMISSIBILIDADE DO APELO EXTREMO - AGRAVO IMPROVIDO. O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. - O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, na redação dada pela Lei nº 9.756/98, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto.”

3.Isso posto, com base no art. 21 do RISTF, no art. 38 da Lei 8.038, de 28.05.1990, e no art. 557 do CPC, nego seguimento ao agravo.

Publique-se. Int..Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.845-6 (342)PROCED. : PIAUÍRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍAGDO.(A/S) : MARIA ZILDA FERREIRA BRANDÃOADV.(A/S) : WILDSON DE ALMEIDA OLIVEIRA SOUSA E OUTRO

(A/S)

Despacho: Sim quanto ao pedido de vista de fls. 419-420, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 20 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.874-8 (343)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : LINAVE TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : VITOR IORIO ARRUZZO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MANOEL FELIX DA SILVA FILHOADV.(A/S) : RICARDO BORGES DE MENEZES E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão denegatória de seguimento do recurso extraordinário por ofensa aos arts. 5º, XXXV, X e LIV; e 93, IX, da Constituição Federal contra acórdão da 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em ação de indenização por danos decorrentes de acidente envolvendo veículo de transporte coletivo da ré, no qual se encontrava o autor, e que resultou em lesões físicas.

2.A decisão agravada concluiu que a alegada ofensa às normas constitucionais, “se existisse, seria reflexa, uma vez que necessariamente precedida de afronta a preceito da legislação infraconstitucional” (fls. 206-211).

3. Inicialmente, a controvérsia relativa ao reexame do julgamento proferido na Corte de origem, para fins de nulidade, por suposta ofensa ao princípio do devido processo legal, cerceamento de defesa, ao contraditório, ao duplo grau de jurisdição, à ampla defesa e à ausência de fundamentação, reside no campo processual, inviabilizando o trânsito do apelo extremo interposto a pretexto de contrariedade ao disposto nos artigos 5º, XXXV, LIV, e 93, IX, da Constituição Federal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 80: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 80

Nesse sentido: RE 195.884-ED/DF, rel. Min. Sydney Sanches, 1ª Turma, unânime, DJ 09.06.2000; e AI 320.562-AgR/SP, rel. Min. Néri da Silveira, 2ª Turma, unânime, DJ 26.10.2001.

4.Quanto à questão de fundo, também não merece prosperar a irresignação, pois esta Corte fixou o entendimento de que a análise sobre a indenização por danos morais (art. 5º, V e X, da Carta Magna) limita-se ao âmbito de interpretação de matéria infraconstitucional, cujo exame se mostra inviável nesta sede recursal. Ademais, rever a decisão da instância a qua para concluir de modo diverso implicaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279).

Veja-se: RE 558.036-AgR/RJ, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJ 09.05.2008; AI 645.864-ED/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 18.04.2008; e AI 655.792-ED/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJ 08.02.2008.

5.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.932-3 (344)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : CARREFOUR ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE

CRÉDITO, COMÉRCIO E PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : DANILO SAHIONE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GERVASIO CONCEIÇÃO DE ABREUADV.(A/S) : DANIELE CRISTINE DO VALLE ABREU

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário deduzido em ação de obrigação de fazer cumulada com danos morais da parte recorrida.

2.No RE, sustenta-se, em síntese, ofensa aos arts. 1º, III; 5º, II, V, X, XX, XXXV,LIV, LV, LVI e 93, IX da Constituição Federal (fls. 166-186).

3.Verifico que o agravo de instrumento não merece seguimento, pois os dispositivos constitucionais aos quais se apontou violação não foram debatidos na instância de origem, e são inviáveis os embargos de declaração opostos para fins de prequestionamento quando a questão constitucional não tiver sido ventilada no recurso interposto perante o Tribunal a quo. Falta-lhe, pois, o necessário prequestionamento, a teor da Súmula STF 282. Nesse sentido: RE 449.137-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.4.2008; AI 706.449-AgR/SC, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, unânime, DJe 07.11.2008; AI 631.711-AgR/BA; rel. Min. Ricardo Lewandowski; 1ª Turma, unânime, DJe 21.11.2008; AI 663.687-AgR/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 20.2.2009, este último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria constitucional, o que ocorre em momento processualmente adequado, nos termos da legislação vigente. A inovação da matéria em sede de embargos de declaração é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento.

2. Admissibilidade de mandado de segurança: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta.

3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil.”

4.Ressalte-se que, in casu, a jurisprudência sedimentada desta Corte não admite o chamado “prequestionamento implícito”. Nesse sentido, colaciono, entre muitos outros, os seguintes julgados que, por si só, demonstram a inviabilidade da pretensão recursal dos recorrentes: AI 508.555-AgR/MG, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 14.10.2005; RE 217.849-AgR/ES, rel. Min. Eros Grau, 1 ª Turma, DJ 05.08.2005; AI 413.963-AgR/SC, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJ 1º.04.2005; e AI 253.566-AgR/RS, 1ª Turma, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03.03.2000, este último assim ementado:

“Recurso extraordinário: prequestionamento “explícito”: exigibilidade. O requisito do prequestionamento assenta no fato de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões proferidas em única ou última instância, o RE não investe o Supremo de competência para vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o chamado “prequestionamento implícito” não é mais do que uma simples e inconcebível contradição em termos.”

5.Ademais, a controvérsia relativa ao reexame do julgamento proferido na Corte de origem, para fins de nulidade, por suposta ofensa ao princípio do contraditório, à ampla defesa, ao devido processo legal e à

ausência de fundamentação, reside no campo processual, inviabilizando o trânsito do apelo extremo.

Nesse sentido: AI 639.672-AgR/RJ, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, unânime, DJe 27.6.2008; AI 635.749-AgR/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, unânime, DJe 24.4.2008; AI 746.588-AgR/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 26.6.2009; e AI 747.066-AgR/RJ, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, unânime, DJe 26.6.2009, este último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTIGOS 5º, LV E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA.

O acórdão recorrido negou provimento ao recurso da ora agravante, uma vez que a mesma não impugnou todos os fundamentos da decisão recorrida.

Inexiste a alegada ofensa aos arts. 5º, LV e 93, IX, da Constituição, porquanto o Tribunal de origem prestou jurisdição, por acórdão devidamente fundamentado, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Agravo regimental a que se nega provimento.”6.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC,

art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.398-7 (345)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MOTTER ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O agravo não merece provimento. A controvérsia --- denúncia espontânea – parcelamento de débito tributário - multa moratória --- foi decidida à luz da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. No mesmo sentido, entre outros, os seguintes acórdãos: RE n. 496.271-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ de 10.11.06; AI n. 348.803-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 19.12.01; RE n. 422.005-ED, Relatora a Ministra Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 20.4.06, e AI n. 586.182-AgR, de que fui Relator, 2ª Turma, DJ de 1º.9.06.

4.No que diz respeito à aplicação da taxa SELIC, este Tribunal fixou entendimento no sentido de que a análise da incidência, ou não, de índices de correção monetária depende da interpretação das leis que dispõem sobre o tema. A controvérsia foi, no caso, decidida com amparo em legislação infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário [RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.595-6 (346)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE

DADOS - SERPROADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ ANTONIO FLORES VARGASADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS E

OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, II, XXXV, LIV e LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a causa à luz da legislação trabalhista e da jurisprudência do TST. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 81: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 81

Além disso, como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.702-8 (347)PROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MARIA JOSÉ RIBAMAR MARINHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99; e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6. Quanto à alegação de ofensa ao disposto nos artigos 5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição do Brasil, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.728-4 (348)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : NELSON PILLA FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : SUCESSÃO DE LAURO BERVINGADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS DA SILVA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2. Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida ‘a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso’ [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não

apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que a recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Ademais, para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição somente se daria de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6.A jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que a verificação, em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional [AI n. 135.632-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 3.9.99, AI n. 551.002-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 16.12.05].

7.Este Tribunal fixou o entendimento de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.801-6 (349)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : SABRINA FERRARI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LEANDRO IOSCHPE ZIMERMANADV.(A/S) : GLAUCIA BUCCO DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Verifico faltar, nestes autos, cópia do inteiro teor das contra-razões. Trata-se de peça indispensável à formação do instrumento de agravo, consoante tem proclamado, em reiteradas decisões, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Sem que a parte agravante promova a adequada e integral formação do instrumento, com a apresentação de todas as peças que dele devem constar obrigatoriamente, ou com qualquer outra que seja essencial à compreensão da controvérsia, ou, até mesmo, à aferição da própria tempestividade do recurso extraordinário deduzido (RTJ131/1403, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável conhecer do recurso de agravo (AI 214.562-AgR/SC, Rel. Min. MOREIRA ALVES), cabendo enfatizar, ainda, que a composição do traslado deveprocessar-se, necessariamente, perante o Tribunal “a quo” (RTJ144/948, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 199.935-AgR/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA).

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente agravo de instrumento (Súmula 288/STF).

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.813-7 (350)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SÉRGIO PEREIRA GOMESADV.(A/S) : DPE-RJ - JOSÉ HENRIQUE VIEIRA DOS SANTOSAGDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : NATASHA SHARON COHEN E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXII, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 93, IX, e 170, V, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 82

normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, a apreciação do RE demanda o exame de matéria de fato, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 7 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.841-1 (351)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ARCOS DOURADOS COMÉRCIO DE ALIMENTOS

LTDAADV.(A/S) : MÁRIO RICARDO MACHADO DUARTE E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : IGOR GASPARINIADV.(A/S) : ALESSANDRA BENEDITO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido entendeu que a área de “drive thru” é equiparada ao próprio balcão de caixas da lanchonete, motivo pelo qual há responsabilidade civil por roubo ocorrido no referido local.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 144 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional e na jurisprudência do STJ. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 563.220-AgR/DF, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 740.588/DF e AI 587.196-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.885-6 (352)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ANTÔNIA MÁRCIA FERNANDES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHARGAS CARVALHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a” , da Constituição do Brasil.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para suprir eventual omissão. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99; e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Ademais, a controvérsia foi decidida com amparo em legislação infraconstitucional local que disciplina a espécie --- Leis estaduais ns. 12.459/97, 13.434/99 e 14.683/03 ---, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Incide o óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta [AI n. 204.153-AgR, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836-AgR, DJ de 3.9.99].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.910-1 (353)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JULIO CÉSAR RIBEIROADV.(A/S) : RICHELMO GULART DE LIMA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ANA DIVA TELES RAMOS EHRICH E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, LIV, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, o princípio do devido processo legal, de acordo com o texto constitucional, também se aplica aos procedimentos administrativos. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 588.377/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 566.607/RS, Rel. Min. Marco Aurélio; AI 540.735/RS, Rel. Min. Carlos Velloso.

Além disso, a apreciação do RE demanda o exame de matéria de fato e a interpretação de cláusulas contratuais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF.

Por fim, a exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento, tal como ocorreu.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 7 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.938-1 (354)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : RENATA MOURA PEREIRA PINHEIRO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ DE ALENCAR SESSINADV.(A/S) : LEONARDO JOSÉ CARVALHO PEREIRA E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O agravo não merece provimento. O Tribunal Superior do Trabalho decidiu mera questão processual ao negar provimento ao recurso de revista.

4.Este Tribunal fixou jurisprudência no sentido de que a controvérsia a respeito da aferição dos pressupostos de admissibilidade dos recursos trabalhistas é afeta à legislação infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição do Brasil seria, quando muito, indireta, nesse sentido o AI n. 486.403-AgR, Relator o Ministro Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 22.4.05, AI n. 537.821-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ de 5.8.05, AI n. 543.896-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 3.2.06, e AI n. 480.496-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJ de 17.2.06, e o AI n. 720.779-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJe de 16.10.08, em acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - MATÉRIA TRABALHISTA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA AO TEXTO CONSTITUCIONAL - RECURSO IMPROVIDO.

- O debate em torno da aferição dos pressupostos de admissibilidade dos recursos trabalhistas em geral, ainda que se cuide de recurso de revista, não viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, por envolver discussão pertinente a tema de caráter eminentemente infraconstitucional. Precedentes.

- Situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição não viabilizam o acesso à via recursal extraordinária, cuja utilização supõe a necessária ocorrência de conflito imediato com o ordenamento constitucional. Precedentes.”

5.Por fim, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 541.361-AgR, de que fui relator, 1ª Turma, DJ de 3.2.06, e AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJ de 20.10.00, entre outros julgados].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 83

21, § 1º, do RISTF.Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.140-1 (355)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FERNANDO FERNANDES ALVES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : TATIANA RAMOS DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOANA D'ARC DE SOUZAADV.(A/S) : GERALDO LUIZ SCALIA GOMIDE E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceito inscrito na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min.SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.199-8 (356)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : PAULO ROBERTO DE MELO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS E MORADORES

DO VALE DO ELDORADOADV.(A/S) : MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 04 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.312-7 (357)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : COOPERATIVA VINÍCOLA AURORA LTDAADV.(A/S) : MAURÍCIO LINDENMEYER BARBIERI E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : AIRTON LEMBIADV.(A/S) : SUSAN MORÉ E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de

juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min.CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.471-3 (358)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : MÁRCIA MALLMANN LIPPERT E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSPETORIA OU PROVÍNICA NOSSA SENHORA

APARECIDAADV.(A/S) : LUIZ VICENTE VIEIRA DUTRA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 5º, XXXV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido encontra-se em consonância com a jurisprudência da Corte, como se vê do julgamento da AC 457-MC/MG, Rel. Min. Carlos Britto, cuja ementa segue transcrita:

“MEDIDA CAUTELAR. EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA. ICMS. IMUNIDADE INVOCADA PELO MUNICÍPIO. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 150, INCISO VI, LETRA "A". As decisões anteriores foram desfavoráveis ao requerente, o que transmuda o seu pedido em tutela antecipada em recurso extraordinário, cujo deferimento está condicionado à verossimilhança das alegações contidas no apelo extremo. Condição inexistente no caso, visto que, de acordo com o acórdão recorrido, o fornecedor da iluminação pública não é o Município, mas a Cia. Força e Luz Cataguases, que paga o ICMS à Fazenda Estadual e o inclui no preço do serviço disponibilizado ao usuário. A imunidade tributária, no entanto, pressupõe a instituição de imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio Município. Ademais, de acordo com o art. 155, § 3º, da Magna Carta, o ICMS é o único imposto que poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica. Medida cautelar indeferida”.

No mesmo sentido: AI 488.132/SP, Rel. Min. Marco Aurélio; RE 543.250-AgR/PA, Rel. Min. Cezar Peluso.

Quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.476-0 (359)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS -

CEDAEADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZVEITER E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO CENTRO COMERCIAL E

EMPRESARIAL ITAPERUNAADV.(A/S) : AMÉRICO TEODORO MORAES

DECISÃO: Vistos, etc.O recurso não merece acolhida. É que o aresto impugnado apreciou

a controvérsia sob enfoque exclusivamente processual. Logo, afronta à Magna Carta, se existente, apenas ocorreria de forma reflexa ou indireta, o que não enseja a abertura da via extraordinária.

Observo, de mais a mais, que a jurisdição foi prestada de forma completa, em decisão devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte agravante.

Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1º do artigo 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 05 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 84

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.489-8 (360)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ORMERINDO MANOEL BARBOSAADV.(A/S) : SUZE OLIVEIRA MENDONÇA RONDELLI E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : MÁRCIO DE OLIVEIRA RIBEIRO

DECISÃO: Vistos, etc. O recurso não merece acolhida. É que entendimento diverso do

adotado pelo aresto impugnado exigiria a análise da legislação infraconstitucional pertinente, bem como o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos (Súmula 279 do STF). Providências vedadas na instância extraordinária.

Incide, de mais a mais, no caso, a Súmula 282 desta Corte.Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1o do artigo 21 do RI/

STF, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009. Ministro CARLOS AYRES BRITTO Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.536-0 (361)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MARIA DE LOURDES VENTURINIAGTE.(S) : INÊZ ANTÔNIA VENTURINI CASAADV.(A/S) : ALFREDO SALOMÃO NETO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GUILLERMO JORGE NIMHAUSERAGDO.(A/S) : RENATO COLLARES DE BRUM MARANTESADV.(A/S) : GUILLERMO JORGE NIMHAUSER E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.O agravo não merece acolhida. É que a controvérsia destes autos

está circunscrita ao âmbito processual, o que não enseja a abertura da via extraordinária.

Por outra volta, pontuo que a alegada ofensa às garantias do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto. Nesse mesmo sentido é a jurisprudência desta Corte, de que são exemplos o AI 517.643-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello; e o AI 273.604-AgR, da relatoria do ministro Moreira Alves.

Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1º do artigo 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.558-7 (362)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ANTÔNIA CAMPOS DIAS OLÍMPIOADV.(A/S) : DEFENSOR-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2. Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida ‘a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso’ [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que a recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Ademais, para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição somente se daria de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6.A jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que a verificação, em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional [AI n. 135.632-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ

de 3.9.99, AI n. 551.002-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 16.12.05].

7.Este Tribunal fixou o entendimento de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

8.Por fim, para dissentir-se do acórdão impugnado, seria necessário o reexame da matéria fático-probatória, providência vedada nesta instância mercê de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.574-1 (363)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ROSELI MALAFAIA DA PREZAADV.(A/S) : MARIA AMÉLIA CORDEIRO LIMA MAUAD E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.663-2 (364)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE GUAPIMIRIM E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SANDRA MARIA NEVES VARELA COELHO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS

MUNICIPAIS DE GUAPIMIRIMADV.(A/S) : FABRÍCIA CUCO DA SILVA PINHEIRO E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Não consta dos autos cópia do inteiro teor do acórdão recorrido, peça

obrigatória, nos termos do § 1º do artigo 544 do CPC. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde.

Isso posto, e frente ao artigo 557 do CPC e ao § 1º do artigo 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 05 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 85

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.736-1 (365)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : LEONARDO SANTANA DE ABREU E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : OSMAR RIBEIRO ROSCHILDTADV.(A/S) : CONRADO ERNANI BENTO NETO

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário deduzido em ação de cobrança da parte recorrida.

2.No RE, sustenta-se, em síntese, ofensa aos arts. 5º, XXXVI, LV, LIV; 37; 93, IX; e 175 da Constituição Federal (fls. 101-118).

3.Verifico que o agravo de instrumento não merece seguimento, pois os dispositivos constitucionais aos quais se apontou violação não foram debatidos na instância de origem, e são inviáveis os embargos de declaração opostos para fins de prequestionamento quando a questão constitucional não tiver sido ventilada no recurso interposto perante o Tribunal a quo. Falta-lhe, pois, o necessário prequestionamento, a teor da Súmula STF 282. Nesse sentido: RE 449.137-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.4.2008; AI 706.449-AgR/SC, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, unânime, DJe 07.11.2008; AI 631.711-AgR/BA; rel. Min. Ricardo Lewandowski; 1ª Turma, unânime, DJe 21.11.2008; AI 663.687-AgR/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 20.2.2009, este último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria constitucional, o que ocorre em momento processualmente adequado, nos termos da legislação vigente. A inovação da matéria em sede de embargos de declaração é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento.

2. Admissibilidade de mandado de segurança: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta.

3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil.”

4.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.776-6 (366)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA - CEEE DADV.(A/S) : LEONARDO SANTANA DE ABREU E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ALVINO ANDRÉ DE VARGASADV.(A/S) : RICARDO MOREIRA DA SILVEIRA

(Petição STF nº 96.156/2009)DESPACHO: Defiro o pedido de vista pelo prazo de cinco dias.Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.794-4 (367)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CARLOS ADOLPHO OSBORNE DA COSTAADV.(A/S) : LEONARDO RZEZINSKI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O recurso extraordinário - a que se refere o presente agravo de instrumento - foi interposto contra decisão, que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, proclamou que a verba recebida a título de indenização especial, por adesão a programa de resilição incentivada do contrato individual de trabalho, está sujeita à incidência do imposto de renda.

O recurso extraordinário em questão revela-se inviável, eis que a discussão do tema em causa não reflete situação configuradora de ofensa direta ao texto da Constituição.

É que o exame da controvérsia jurídica - longe de envolver hipótese de contrariedade a princípios consagrados no sistema constitucional - situa-se nos estritos limites do contencioso de mera legalidade, podendo, quando muito, traduzir situação de ofensa reflexa à Carta Política, o que não basta para justificar o acesso à via recursal extraordinária, consoante adverte a

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 120/912 - RTJ 132/455 - RTJ 159/977).

Cabe acentuar, por oportuno, a propósito da questão oraversada na presente causa (não-incidência do imposto de renda sobre verbas trabalhistas de caráter indenizatório), que já se registram decisões, no âmbito desta Corte, no sentido de que a análise do tema em referência circunscreve-se ao domínio da estrita legalidade, tornando inviável, por isso mesmo, a utilização do recurso extraordinário (RE 246.960/SP, Rel. Min. ILMAR GALVÃO - RE254.798/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE 257.051/RJ, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, v.g.).

Sendo assim, e tendo em consideração as decisões mencionadas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.805-0 (368)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : LEONARDO SANTANA DE ABREU E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ALGEO LOUZADA DOS SANTOSADV.(A/S) : RICARDO MOREIRA DA SILVEIRA

Despacho: Fls. 120-122. Sim quanto ao pedido de vista, que defiro pelo prazo legal. Publique-se.

Brasília, 20 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.943-6 (369)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : AMIL - ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL LTDAADV.(A/S) : NATALIA BRASIL CORREA DA SILVA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ILONA SANDRA MAGALHÃESADV.(A/S) : RODRIGO TAVARES DE SALLES

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto de acórdão de Turma Recursal dos Juizados Especiais/RJ (fls. 150-153), que ao dar parcial provimento ao recurso inominado da ora recorrente, no qual discutia controvérsia relacionada a reajuste de plano de saúde em razão de mudança de faixa etária, condenou a recorrente a manter a mensalidade anteriormente cobrada, ressalvada a atualização de valor pelo índice fixado em lei e a restituir os valores recebidos a maior. Quanto à condenação por danos morais, reformou a sentença, para julgar improcedente tal pedido.

2.Alega a recorrente, nas razões do RE, ofensa aos artigos 2º; 5º, X, e LIV; e 93, IX, bem como aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

3. Não se encontram prequestionados os dispositivos dados como violados, porque não abordados pelo acórdão recorrido, tampouco opostos embargos de declaração para suprir a omissão (Súmulas STF nºs 282 e 356). É pacífica, neste Tribunal, a orientação de que o apelo extremo possui como requisito necessário à sua admissão o pronunciamento explícito sobre a controvérsia objeto do recurso, sob pena de supressão da instância inferior (AI 729.921-AgR/MT, rel. Min. Eros Grau, 2a Turma, DJE 17.04.2009, e AI 684.186-AgR/PR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1a Turma, DJE 19.09.2008).

4. Ademais, se violação houvesse aos mencionados dispositivos constitucionais (arts. 2º, 5º, X e LIV), somente poderia ocorrer de forma reflexa, a depender da prévia análise da legislação infraconstitucional (CDC), o que torna incabível o acesso a via recursal extraordinária.

5.No que tange ao art. 93, IX, da Constituição Federal, este Tribunal tem entendido que o fato de a decisão ter sido contrária aos interesses da parte não configura ofensa a tal dispositivo. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados: RE 535.315-AgR-ED/SP, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 22.05.2009; AI 557.074-AgR/SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 22.06.2007.

Ressalte-se, ainda, que, sobre o assunto, esta Corte tem o seguinte entendimento: “o que a Constituição exige, no inc. IX, do art. 93, é que o juiz ou o tribunal dê as razões de seu convencimento, não se exigindo que a decisão seja amplamente fundamentada, extensamente fundamentada, dado que a decisão com motivação sucinta é decisão motivada”(RE 430.637-AgR/PR, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, unânime, DJ 23.09.2005).

6.Por fim, rever o acórdão recorrido, para concluir de modo diverso, implicaria o reexame de fatos e de provas (Súmula STF 279) e a interpretação de cláusulas contratuais (Súmula STF 454).

7. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 557, caput, do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 86

CPC). Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.999-1 (370)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : WESLEY CARDOSO DOS SANTOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : OLIR TONELLOADV.(A/S) : GASPAR PEDRO VIECELIAGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO (A/S)

(Petição STF nº 96.612/2009)DESPACHO: Defiro o pedido de vista pelo prazo de cinco dias.Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.039-9 (371)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : WESLEY CARDOSO DOS SANTOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : OLIR TONELLOADV.(A/S) : GASPAR PEDRO VIECELI

(Petição STF nº 96.613/2009)DESPACHO: Defiro o pedido de vista pelo prazo de cinco dias.Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.130-9 (372)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO CODESC DE SEGURIDADE SOCIAL -

FUSESCADV.(A/S) : MAURÍCIO MACIEL SANTOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : HERCÍLIO JOSÉ TAMBOSIADV.(A/S) : ANDRÉ RODRIGUES DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário.

2.Inadmissível o recurso.É que há evidente deficiência na fundamentação do agravo, pois as

razões nele deduzidas são destoantes do real conteúdo da decisão agravada, o que atrai a aplicação da súmula 284.

A recorrente limita-se a sustentar tese de que teria invocado corretamente os artigos tidos por violados pelo acórdão recorrido. Mas a decisão agravada se refere ao permissivo constitucional do recurso extraordinário.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.146-9 (373)PROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : EMPRESA ENERGÉTICA DE SERGIPE S/A -

ENERGIPEADV.(A/S) : GISELLE FLÜGEL MATHIAS BARRETO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JORGE BARBOSA DE OLIVEIRA FILHOADV.(A/S) : MARCOS MELO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido entendeu que a parcela participação nos lucros, incorporada ao salário do empregado anteriormente à CF/88, possui natureza salarial e gera reflexos em todas as verbas salariais.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição,

alegou-se ofensa aos arts. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV, LV, e 7º, XI, XXVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. À exceção dos arts. 5º, XXXVI e 7º, XI, os demais dispositivos da Constituição não foram prequestionados. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Além disso, o acórdão recorrido decidiu a causa à luz da legislação trabalhista e da jurisprudência do TST. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Ademais, o exame dos temas constitucionais requer a apreciação do conjunto fático-probatório, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.224-7 (374)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CONSAVEL ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS

LTDAADV.(A/S) : RENATA FIGUEIREDO SOARES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : PRISCILA MATOS DE ANDRADE SALHERADV.(A/S) : CAIO MÁRCIO LOPES BOSON E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.239-0 (375)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MÁRCIO BATISTA DA SILVAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

1.Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão que negou provimento a recurso em sentido estrito, por considerar estarem presentes nos autos indícios de autoria e prova da materialidade de crime doloso contra a vida.

Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos arts. 5º, LIV, LV e LVII, e 93, IX, da Constituição Federal. Alega que foi intimado apenas da expedição da carta precatória e não da data da oitiva de testemunha de defesa, e que não existiriam indícios suficientes de autoria para que fosse proferida a decisão de pronúncia.

2.No que se refere especificamente à intimação da defesa quanto à data da audiência para oitiva de testemunha no juízo deprecado, registro que a jurisprudência consolidada desta Corte Suprema já assentou que "A ausência de intimação para a oitiva de testemunhas no juízo deprecado não consubstancia nulidade (precedentes). Havendo ciência da expedição da carta precatória, como no caso, cabe ao paciente ou a seu defensor acompanhar o andamento no juízo deprecado" (HC 89.159/SP, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJ 13.10.2006). Precedentes: HC 87.027/RJ, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 03.02.2006; HC 84.655/RO, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 04.02.2005; HC 82.888/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 06.06.2003)

3.Os argumentos utilizados pelo agravante para afirmar a inexistência de indícios suficientes de autoria para que fosse proferida a decisão de pronúncia são eminentemente fáticos, o que impede sua análise em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 87

decorrência da Súmula STF nº 279. Para se chegar a conclusão diversa da adotada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, hipótese inviável em sede extraordinária.

4.A sentença de pronúncia submete o acusado ao Tribunal do Júri, juízo natural dos crimes dolosos contra a vida. Para ser proferida exige-se prova da materialidade e indícios de autoria, vigorando o princípio do in dúbio pro societate. Presentes seus requisitos o acusado deve ser encaminhado ao Tribunal Popular, não cabendo falar em violação ao princípio da não culpabilidade. Nesse sentido o RE 540.999, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, DJE 19.06.2008.

5.Este Tribunal entendeu que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se existentes, seriam meramente reflexas ou indiretas, cujo exame se mostra inviável nesta sede recursal. Nesse sentido, AI 451.268-AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 30.04.2004; e AI 372.358-AgR, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJ 28.06.2002.

6.Em relação à alegada contrariedade ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal, o fato da decisão ter sido contrária aos interesses da parte não caracteriza violação aos dispositivos constitucionais apontados. Nesse sentido, AI 662.319-AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJE 05.03.2009, e AI 682.065-AgR, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJE 03.04.2008, entre outros julgados.

7.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.256-1 (376)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : LEANDRO VIEIRA DA ROCHA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GERALDO JOSÉ DE OLIVEIRA COBRAADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS TAVARES NETTO E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Oficie-se ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, para que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial —— sobrestado nos termos da Lei nº 11.672/08 —— interposto concomitante ao recurso extraordinário que originou este agravo de instrumento (Processo nº 1.0016.07.071.010-4/002).

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.267-4 (377)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AAGTE.(S) : ITAUCARD FINANCEIRA S/A CRÉDITO

FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOAGTE.(S) : UNIBANCO ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE

CRÉDITOAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : EDUARDO ARRUDA ALVIM E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MOVIMENTO DAS DONAS DE CASA E

CONSUMIDORES DE MINAS GERAISADV.(A/S) : DÉLIO DE JESUS MALHEIROS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: O recurso extraordinário - a que se refere o presente agravo de instrumento - é insuscetível de conhecimento, eis que a matéria constitucional nele suscitada não foi objeto de discussão no acórdão recorrido.

Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ131/1391 - RTJ 144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.339-5 (378)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

AGTE.(S) : RAMON RODRIGUES RAMALHOADV.(A/S) : RENATO DANTÉS MACEDO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - DER/MGADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.413-4 (379)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : COCELPA CIA DE CELULOSE E PAPEL DO PARANÁADV.(A/S) : JOEL GONÇALVES DE LIMA JÚNIOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE AURÉLIO FONTANA DE PAULIADV.(A/S) : ANTÔNIO FRANCISCO CORRÊA ATHAYDE E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.428-7 (380)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MARCUS VINÍCIUS FÉLIX DA SILVAADV.(A/S) : FLÁVIA MELLO E VARGASAGDO.(A/S) : COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEVADV.(A/S) : ROGER SEJAS GUZMAN JUNIOR E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 88

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.466-8 (381)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : SILAS HERMANN CHRISTIAN BICCAADV.(A/S) : GUSTAVO CHOAIRY COELHO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Finalmente, cabe enfatizar que a verificação da procedência, ou não, das alegações deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que impede o conhecimento do apelo extremo, nos termos da Súmula 279/STF.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.484-6 (382)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : GABRIELA DE LIMA NETTO TORRES E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : LENINE GOMES GARCIAADV.(A/S) : NÚBIA FARIA BARCELLOS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.487-8 (383)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : VOLKSWAGEN LEASING S/A - ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : ANA PAULA CAPITANI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LOTÁRIO MENZELADV.(A/S) : PEDRO BATISTA DOS SANTOS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceito inscrito na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min.SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO),

torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.591-6 (384)PROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UBATAL BENEFICIADORA DE ALGODÃO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ RINALDO FEITOZA ARAGÃOAGDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Finalmente, cabe enfatizar que a verificação da procedência, ou não, das alegações deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que impede o conhecimento do apelo extremo, nos termos da Súmula 279/STF.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.593-1 (385)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : VÂNIA MARIA DE SOUZA PORTOADV.(A/S) : FERNANDO MÁXIMO NETO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o órgão judiciário de origem teria transgredido preceito inscrito na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.651-6 (386)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CILON DE QUADROS COUTINHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RICARDO BARROS CANTALICE E OUTRO (A/S)

Despacho: Fls. 542-544. Sim quanto ao pedido de vista, que defiro

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 89: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 89

pelo prazo legal. Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.659-4 (387)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : MARCELO CORRÊA DA SILVA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ RAFFIADV.(A/S) : VERA ZILA VARGAS RODRIGUES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.663-7 (388)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : SEBASTIÃO PINHEIRO DA SILVAADV.(A/S) : DPE-RS - LÉA BRITO KASPER

DECISÃOVistos.O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul interpõe agravo

de instrumento contra decisão (fls. 19 a 23) que não admitiu recurso extraordinário, assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão proferido pela Quinta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça estadual no julgamento do Agravo em Execução nº 70018277004, assim fundamentado:

“AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME. REGIME CARCERÁRIO. REQUISITOS: ART. 112, DA LEP. VALORAR OUTROS REQUISITOS É AGREDIR A LEGALIDADE EM PREJUÍZO DO CIDADÃO-APENADO. DERAM PROVIMENTO AO RECURSO DEFENSIVO (UNÂNIME)” (fl. 25).

Não foram opostos embargos de declaração.O agravante, nas razões do extraordinário, alega, em síntese, que o

Tribunal de origem, “ao entender que a comprovação do elemento subjetivo à progressão de regime carcerário, mediante laudos psiquiátricos ou psicológicos, não encontra suporte legal, vindo em prejuízo do cidadão, porque viola o princípio da legalidade”, acabou por contrariar o artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal (fls. 37).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recorrente foi intimado do acórdão

recorrido em 1º/3/07, conforme certidão de folha 30, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no AI nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação, no entanto, não merece prosperar, uma vez que a suposta afronta ao mencionado dispositivo constitucional depende do reexame prévio de legislação infraconstitucional, a saber, o artigo 112 da Lei nº 7.210/84 com a nova redação dada pela Lei nº 10.792/03. Portanto, afronta à Constituição Federal, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Nesse sentido, sobre o tema, destaco excerto da decisão monocrática proferida pelo eminente Ministro Joaquim Barbosa no AI nº 643.988/RS, DJ de 1º/2/08:

“(...)Por outro lado, o v. acórdão recorrido baseou-se no exame do quadro

à luz da nova redação dada ao artigo 112 da Lei n° 7.210/84, pela Lei n° 10.729/2003. A matéria se restringe ao âmbito da legislação infraconstitucional e, portanto, é insuscetível de conhecimento no âmbito do recurso extraordinário. Para se chegar à conclusão diversa, seria necessário interpretar normas infraconstitucionais, de modo que se trata de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional...” (Grifos no original).

No mesmo sentido, de minha relatoria, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 716.515/RS, DJ de 13/8/08; AI nº 658.611/RS, DJ de 20/5/08; e AI nº 650.481/RS, DJ de 20/5/08, entre outros

De outra parte, a jurisprudência desta Suprema Corte é firme no sentido de que “a obrigatoriedade do exame criminológico e do parecer multidisciplinar da Comissão Técnica de Classificação, para fins de progressão de regime de cumprimento de pena, foi abolida pela Lei [10.792/03]. Nada impede, no entanto, que, facultativamente, seja requisitado o exame pelo Juízo das Execuções, de modo fundamentado, dadas as características de cada caso concreto...” (HC nº 86.631/PR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 20/10/06).

Perfilhando esse entendimento, destaco o precedente seguinte: “LEI - INTERPRETAÇÃO - NORMAS A REVELAREM EXCEÇÃO.

Preceitos que encerram exceções hão de ser interpretados de forma estrita e têm alcance considerado o que neles expressamente se contém. CRIME DE QUADRILHA - ARTIGO 14 DA LEI Nº 6.368/76 - NÃO-INCIDÊNCIA DA LEI Nº 8.072/90. O crime tipificado no artigo 14 da Lei nº 6.368/76 não está alcançado pela Lei nº 8.072/90. Precedentes: Habeas Corpus nº 75.978-8/SP, relatado pelo ministro Sepúlveda Pertence na 1ª Turma, Diário da Justiça de 19 de junho de 1998, e Habeas Corpus nº 73.119-8/SP, relatado pelo ministro Carlos Velloso na 2ª Turma, Diário da Justiça de 19 de abril de 1996. PENA - CUMPRIMENTO - LIVRAMENTO CONDICIONAL. As balizas para se aferir o atendimento dos requisitos próprios ao livramento condicional estão na lei, notando-se a abolição do exame criminológico - Lei nº 10.792/03. ALTERAÇÃO DOS ARTIGOS 83 E 112, RESPECTIVAMENTE DO CÓDIGO PENAL - DECRETO-LEI Nº 3.689/41 - E DA LEI DE EXECUÇÃO CRIMINAL - LEI Nº 7.210/84. Descabe levar em conta a participação em organização criminosa, ou seja, fato integrante do tipo penal envolvido na condenação” (HC nº 83.700/AC, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 17/12/04 - grifos nossos).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.766-4 (389)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : IURE CASAGRANDE DE LISBOA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LOURIVAL PEILADV.(A/S) : DERLI JESUS CUNHA RODRIGUES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 06 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.777-8 (390)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/AADV.(A/S) : IANAÊ D. M. C. MARTELLI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CÉLIA MARTHADV.(A/S) : VALMOR LUIZ ABEGG E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : BRADESCO SEGUROS S/AADV.(A/S) : GERALDO NOGUEIRA DA GAMA E OUTRO (A/S)

Decisão: Homologo o pedido de desistência formulado (fls. 297), para que surta seus efeitos legais. Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 90

Brasília, 20 de agosto de 2009.Ministra Ellen Gracie

Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.961-9 (391)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : CONTA CLIPADV.(A/S) : MARINA HERMETO CORRÊA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXV e LV e 24, I, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ademais, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.107-5 (392)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MENEZES DIREITOAGTE.(S) : ANSELMO BATSCHAUERADV.(A/S) : ELTON GESSI VOLTOLINIAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAINTDO.(A/S) : LUCIANO EMÍLIO MOLTENIADV.(A/S) : CHRISTIANE KLEIN FEDUMENTI

DECISÃOVistos.Anselmo Batschauer interpõe agravo de instrumento contra a decisão

que não admitiu recurso ordinário contra acórdão proferido pela Quinta Turma de Recursos do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina no julgamento do Habeas Corpus nº 206.500042-9.

Decido.O agravo é intempestivo.A publicação da decisão ora agravada ocorreu no DJ de 3/6/09 (fl.

153), e o agravo foi protocolado no dia 15/6/09 (fl. 2), quando exaurido o prazo de cinco dias previsto no artigo 28 da Lei nº 8.038/90.

Anote-se que a jurisprudência deste Supremo Tribunal é assente no sentido de que o prazo para a interposição do agravo de instrumento em recurso extraordinário criminal é de cinco dias, conforme o artigo 28 da Lei nº 8.038/90, não revogado, em matéria penal, pela Lei nº 8.950/94, de âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incidência da Súmula 699/STF (AI nº 640.461-AgR/PA, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/6/07).

No mesmo sentido: AI nº 655.692-AgR/RJ, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 31/8/07; AI nº 619.857-AgR/DF, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 15/6/07; e AI nº 476.707-AgR/RS, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 11/3/05.

Ante o exposto, não conheço do agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.254-1 (393)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEADV.(A/S) : CLAUDIA CRISTINA PEREIRA DE LACERDAAGDO.(A/S) : MARIETA CAMPOS DRUMONDADV.(A/S) : MICHEL ABURACHID E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais cuja ementa tem o seguinte teor (fls. 60):

“TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL – EXECUÇÃO FISCAL – EMBARGOS À EXECUÇÃO – DIVERSIDADE DE ALÍQUOTAS DO IPTU – COBRANÇA DE TAXAS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA E LIMPEZA PÚBLICA – ILEGALIDADE – ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL MAJORITÁRIO.

A jurisprudência consolidada do STF já declarou inconstitucional a cobrança das taxas de iluminação pública e limpeza pública, na forma lançada pela legislação municipal de Belo Horizonte, sendo a cobrança das mesmas arbitrárias e irregulares, o mesmo ocorrendo com a diversidade de alíquotas do IPTU.

O IPTU, como ocorre com os demais tributos, somente pode ser exigido ou majorado através de lei em sentido formal e material, demonstrando, portanto, que o Município por decreto somente poderia atualizar o valor venal dos imóveis cadastrados, acrescentando-lhes apenas o valor da correção monetária.”

O município alega violação do disposto nos arts. 145, II e § 2°, e 150, I, da Carta Magna, defendendo a constitucionalidade da taxa de limpeza pública e a possibilidade de aprovação do mapa de valores genéricos por meio de decreto.

Sem razão o recorrente.É pacífico o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que a

alteração ou reavaliação da base de cálculo do IPTU depende da edição de lei, por força do art. 150, I, da Constituição federal. Cite-se, nesse sentido, o RE 173.939 (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 20.02.1998), cuja ementa tem o seguinte teor:

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPTU: BASE DE CÁLCULO: VALOR VENAL DO IMÓVEL: REAVALIAÇÃO ECONÔMICA: EXIGÊNCIA DE LEI. C.F., art. 150, I.

I. - A apuração da base de cálculo do IPTU - valor venal do imóvel, CTN, art. 33 - mediante a reavaliação econômica do imóvel, segundo a previsão dos padrões da Planta de Valores Genéricos, implica majoração do tributo, motivo por que essa reavaliação econômica do imóvel depende de lei - C.F., art. 150, I - e não pode ser feita mediante decreto. Precedentes do S.T.F.

II. - R.E. conhecido e provido.”No mesmo sentido, o RE 174.595 (rel. min. Ellen Gracie, DJ de

10.06.2002).Ademais, a análise da alegação de que não houve majoração do

tributo em percentual superior ao índice oficial de correção monetária demandaria o reexame de fatos e provas, o que é vedado pelo disposto na Súmula 279 deste Tribunal.

Quanto à taxa de limpeza pública, esta Corte tem concluído pela inconstitucionalidade de sua cobrança, pois remunera serviço universal e indivisível (cf., v.g., a Súmula 668, o RE 256.588-EDcl-EDiv, rel. min. Ellen Gracie, Pleno, DJ de 03.10.2003; o RE 370.106-AgR, rel. min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 13.05.2005; o AI 501.706-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 06.05.2005; o AI 521.546, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 18.03.2005; AI 456.186-AgR, e o rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 23.04.2004).

Dessas orientações não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 07 de agosto de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.343-2 (394)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : FÁBRICA DE MANÔMETROS RECORD S/AADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO MARCONDES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Vistos, etc.Oficie-se ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, para que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial —— sobrestado nos termos da Lei nº 11.672/08 —— interposto concomitante ao recurso extraordinário que originou este agravo de instrumento (Processo nº 1999.61.00.043211-5/SP).

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.641-4 (395)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FERNANDO ANTÔNIO PALMA DA SILVAADV.(A/S) : WALTER CARLOS CONCEIÇÃO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 91

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa ao art. 5°, LV e LVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, a alegada violação ao art. 5º, LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Ademais, esta Corte, por ambas as Turmas, já fixou entendimento de que a discussão dos temas constitucionais acerca do cabimento da exceção de pré-executividade depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. Assim, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.829-1 (396)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CLÓVIS AÍRTON MARTINS BRAGAADV.(A/S) : CLÓVIS AÍRTON MARTINS BRAGAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.O recurso não merece ser conhecido. O agravante deixou de trasladar peças essenciais à formação do instrumento. Não constam dos autos cópias do acórdão recorrido, da certidão de sua publicação, das contrarrazões ao recurso extraordinário bem como da certidão de publicação da decisão agravada. Não tendo sido, pois, observado o disposto no artigo art. 28, § 1º, da Lei n. 8.038/90, aqui incide o óbice da Súmula n. 288 do STF.

3.Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o ônus de fiscalizar a correta formação do instrumento é exclusivo do agravante [AI n. 237.361-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 1º.10.99].

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.905-4 (397)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : YB INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DEFENSOR-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : FLÁVIO SILVA ROCHA E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que

informe, tão logo ocorra, o trânsito em julgado do agravo de instrumento contra decisão denegatória do recurso especial concomitantemente interposto (AG/REsp registrado sob o nº 2009/0107690-9), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.361-5 (398)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : TERESA CRISTINA MOREIRA DE LIMAADV.(A/S) : VALDEIR PEREIRA GOMES

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, a impossibilidade de extensão Gratificação de Encargos Especiais (GEE).

O recurso não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que a apreciação do tema constitucional, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais locais, a cujo exame não se presta o recurso extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“Agravo regimental. Agravo de instrumento. Gratificação de encargos especiais. Concessão por processo administrativo. Extensão a outros servidores militares. Impossibilidade. Ofensa a direito local. Precedentes.

1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte.

2. Agravo regimental desprovido” (AI 641.870-AgR/RJ, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. GRATIFICAÇÃO POR ENCARGOS ESPECIAIS. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

1.A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local. Incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal.

2.Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 594.415-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma).

Indico, ainda, as seguintes decisões, entre outras: AI 575.082/RJ e AI 578.978/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 650.006/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 720.729-AgR/RJ, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.928-5

(399)

PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : EDSON GOMESADV.(A/S) : LÚCIA MARIA DE FIGUEIREDOEMBDO.(A/S) : RUMALY CALÇADOS LTDAADV.(A/S) : CARLOS CARVALHO

DECISÃO: Os presentes terceiros embargos de declaração não se revelam suscetíveis de conhecimento, uma vez que a parte ora recorrente deixou de recolher a multa de 1% que lhe foi imposta pelo acórdão de fls. 327/337.

Cumpre relembrar, neste ponto, a jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal firmou a propósito do sentido e do alcance do parágrafo único do art. 538 do CPC, na qual enfatizou que o depósito da multa traduz pressuposto de admissibilidade do novo recurso (RTJ186/706-708, v.g.):

“O DEPÓSITO PRÉVIO DA MULTA CONSTITUI PRESSUPOSTO OBJETIVO DE ADMISSIBILIDADE DE NOVOS RECURSOS.

......................................................A ausência de comprovado recolhimento do valor da multa

importará em não-conhecimento do recurso interposto, eis que a efetivação desse depósito prévio atua como pressuposto objetivo de recorribilidade. Doutrina. Precedente.

- A exigência pertinente ao depósito prévio do valor da multa, longe de inviabilizar o acesso à tutela jurisdicional do Estado, visa a conferir real efetividade ao postulado da lealdade processual, em ordem a impedir que o processo judicial se transforme em instrumento de ilícita manipulação pela parte que atua em desconformidade com os padrões e critérios normativos que repelem atos atentatórios à dignidade da justiça (CPC, art. 600) e que repudiam comportamentos caracterizadores de litigância maliciosa, como aqueles que se traduzem na interposição de recurso com intuito manifestamente protelatório (CPC, art.17, VII). (...).”

(RTJ 175/816-817, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não

conheço do recurso de fls. 345/347.Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 657.496-9

(400)

PROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 92

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : GILMAR LUIS DE FRANÇAADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão da Primeira Turma desta Corte que negou provimento ao agravo regimental. Eis o teor do acórdão embargado:

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.

I – A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.

II - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

III - Agravo regimental improvido” (fl. 105).O embargante insurge-se contra suposta omissão no acórdão

embargado, por não apreciar a controvérsia. Passo a decidir. Como se sabe, os embargos de declaração visam sanar omissão,

obscuridade ou contradição de decisão judicial. O acórdão ora atacado não apresenta qualquer desses vícios.

A análise dos autos demonstra que o acórdão examinou de forma adequada a matéria e apreciou, inteiramente, as questões que se apresentavam. As razões de decidir, adotadas por ocasião daquele julgamento, são suficientes para afastar a pretensão dos embargantes.

Ressalta-se, ainda, que os embargos de declaração não configuram via processual adequada à rediscussão do mérito da causa. São admissíveis em caráter infringente somente em hipóteses excepcionais, de omissão do julgado ou de erro material manifesto. Nesse sentido: RE n. 223.904-ED/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, AO 1.047-ED/RR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, AI 600.506-AgR-ED/GO, Rel. Min. Cezar Peluso.

Outrossim, a jurisprudência desta Corte reconhece a competência do Relator para examinar a admissibilidade dos embargos declaratórios, mesmo que opostos contra decisão colegiada. Nesse sentido: ADI 1.138-ED/RJ, Rel. Min. Carlos Britto; MS 22.899-ED/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 414.533-AgR-ED-ED-EDv-AgR-ED/RN, MI 698-AgR-ED/DF e MS 25.893-AgR-ED/DF, de minha relatoria; AI 436.868-AgR-ED/RJ e RE 509.588-ED/SP e Ext 855-ED/CL, Rel. Min. Celso de Mello; AI 609.912-ED/BA, Rel. Min. Cezar Peluso; HC 89.906, Rel. Min. Cármen Lúcia.

A insurgência do agravante por meio de embargos desprovidos de fundamentação apta a modificar o que decidido pela Turma, demonstra o caráter protelatório deste recurso.

Isso posto, rejeito, desde logo, os embargos declaratórios (art. 21, § 1º, do RISTF) e condeno o embargante ao pagamento de multa de 1% (um por cento) do valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

EMB.DECL.NO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426.840-0

(401)

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : MARIA VILELA DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO HURTADO E OUTRO (A/S)

DESPACHOEMBARGOS DECLARATÓRIOS - EFEITO MODIFICATIVO -

CONTRADITÓRIO.1.Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão proferida.2.Diga a parte embargada.3.Publiquem.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.970-4 (402)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : VIA URBANA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S/A

E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO FARION DE AGUIAREMBDO.(A/S) : MÁRCIO ANTÔNIO PERCICOTTI

ADV.(A/S) : LIDSON JOSÉ TOMASS

Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que negou provimento ao agravo de instrumento. Eis o teor da decisão embargada:

“Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa aos art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido.

Ademais, a jurisprudência da Corte tem se orientado no sentido de que o debate acerca dos pressupostos de admissibilidade da ação rescisória não enseja a abertura da via extraordinária, por envolver questões de caráter infraconstitucional. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 559.132-AgR/DF, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 454.135-AgR/RS, Rel. Min. Celso de Mello; AI 416.316-AgR/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 410.333-AgR/RJ, Rel. Min. Ilmar Galvão.

Além disso, como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Outrossim, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Como se sabe, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso” (fls. 1.676-1.677).Insurgiu-se o embargante contra suposta omissão na decisão

impugnada acerca da suscitada afronta ao art. 5º, XXXVI, da Constituição. Passo a decidir.Bem reexaminados os autos, vê-se que os embargos de declaração

não merecem acolhida.Como se sabe, os embargos de declaração visam sanar omissão,

obscuridade ou contradição de decisão judicial. A decisão ora atacada não apresenta qualquer desses vícios.

A análise dos autos demonstra que a decisão examinou de forma adequada a matéria e apreciou as questões que se apresentavam. As razões de decidir adotadas são suficientes para afastar a pretensão do embargante.

É que, como consignado na decisão ora embargada, entender de forma diversa ao decidido no acórdão proferido pelo TST demandaria a análise dos fatos e provas constantes dos autos. Inviável em sede de recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279 desta Corte.

Oportuna, nesse sentido, a transcrição de trecho do acórdão proferido pelo Tribunal Superior do Trabalho:

“Assim sendo, a decisão embargada expressamente consignou existir julgamento extra petita, porquanto se o Reclamante postulava receber 23,5 salários mínimos, conforme pactuado em CTPS, e se o valor pago limitava-se a 6 salários mínimos, evidentemente a diferença mensal postulada era, na verdade, de 17,5 salários mínimos. Também foi esclarecido que à data em que foi proferida a decisão rescindenda, 1º/10/99 (fl. 1.330), o valor do salário mínimo era de R$ 136,00 (cento e trinta e seis reais). Portanto, se o valor fixado pelo juízo prolator da decisão rescindenda, a título de diferenças salariais, totalizava 22,05 salários mínimos, este valor seria superior àquele postulado na petição inicial. Assim, as Embargantes não demonstraram em que ponto a decisão embargada poderia ter-lhes sido ainda mais prejudicial, já que esta limitou as diferenças em 17,5 salários mínimos mensais, ou seja, em valor inferior ao deferido pela decisão rescindenda” (fl. 1.609).

Verifica-se, portanto, que a decisão ora embargada não merece reparos, uma vez que o julgamento contrário aos interesses das partes não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Isso posto, rejeito os embargos de declaração (RISTF, art. 21, § 1º).Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 445.393-2 (403)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MENEZES DIREITOEMBTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES INJUSTIÇADOS PELO

PROGRAMA DE DESLIGAMENTO VOLUNTÁRIO - AMI/PDV

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 93

ADV.(A/S) : HUGO NAPOLEÃO E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ

DECISÃOVistos.Embargos de declaração opostos pela Associação dos Militares

Injustiçados pelo Programa de Desligamento Voluntário – AMI/PDV contra o acórdão de folhas 331 a 365 que deu provimento ao recurso extraordinário.

Ocorre que foi encaminhada a esta Corte, protocolada em 29/5/08, sob o nº 75.971, petição da embargante com o seguinte teor:

“ASSOCIAÇÃO DOS MILITARES INJUSTIÇADOS PELO PROGRAMA DE DESLIGAMENTO VOLUNTÁRIO – AMI/PDV vem à presença de V. Exª., requerer Extração de Carta de Sentença e anexo substabelecimento.”

Decido.Ante o exposto, determino a juntada da referida petição aos autos e

indefiro o pedido de extração de carta de sentença, devendo ser aplicado o artigo 467-O, § 3º, do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009

Ministro MENEZES DIREITORelator

EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 546.995-8 (404)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : MARIE JOSÉ CORNIGLION ALVES DA SILVA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DÓRIA JÚNIOR E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : ESPÓLIO DE ISABEL GIRAUDADV.(A/S) : NICANOR DUTRA DA SILVA

(Petição STF nº 98.697/2009)DESPACHO: Por não constar como parte no feito, nem possuir

capacidade postulatória, restitua-se a petição avulsa nº 98.697/2009 e documentos que a acompanham ao seu signatário, Sr. Nilton Alves da Silva.

Publique-se. Int..Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.544-5 (405)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMBUÍADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIOEMBDO.(A/S) : MARIA JOSÉ GALLERANI RIBEIROADV.(A/S) : LAYLA FERREIRA PINTO

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. DECISÃO PROFERIDA EM

SESSÃO PLENÁRIA. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório1. Embargos de divergência opostos contra o seguinte julgado do

Tribunal Pleno deste Supremo Tribunal Federal:“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Apresentação

expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 3. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 4. Ausência preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no Recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (fl. 175).

2. O Embargante alega que “o v. acórdão embargado proferido pela 2ª T. deste STF, ao afirmar a inexistência de repercussão geral para admissão do recurso extraordinário, divergiu do entendimento firmado pela 1ª T., nos termos da r. decisão supra, de relatoria do Min. Marco Aurélio, na qual reconheceu a repercussão geral da matéria constitucional questionada nos presentes autos, conhecendo do recurso extraordinário. Trata-se de casos idênticos, com a mesma causa de pedir e pedido.” (fl. 190).

Afirma, também, que “a repercussão geral para admissão do recurso está presente, porque ultrapassa muito, muito além dos meros interesses subjetivos do embargante, mormente porque em risco, a própria organização do Estado Democrático de Direito.” (fl. 191).

Requer o conhecimento e provimento dos embargos de divergência para dar provimento ao recurso.

Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Embargante.4. O art. 330 do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal

dispõe serem cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma quando, “em recurso extraordinário ou em agravo de instrumento, divergir de julgado de outra Turma ou do Plenário”.

São incabíveis, portanto, contra acórdão prolatado pelo Plenário deste Supremo Tribunal. Nesse sentido:

“1. RECURSO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. Impugnação a acórdão que reconhece a intempestividade de recurso anterior. Suspensão ou interrupção do prazo. Não ocorrência. Trânsito em julgado. Embargos não conhecidos. Não se conhece de embargos de divergência quando já transitada em julgado a decisão recorrida.

2. RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Impugnação a acórdão do Plenário. Precedentes. Recurso não conhecido. Cabem embargos de divergência contra acórdão de Turma que divirja de julgado da outra Turma ou do Pleno, não, porém, contra acórdão do Plenário.” (AI 647.835-AgR-EDv, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 30.4.2009 - grifei)

“RECURSO. Embargos de divergência. Inadmissibilidade. Interposição contra acórdão do Tribunal Pleno. Agravo regimental não provido. São cabíveis embargos de divergência contra decisão de Turma, não, porém, contra acórdão do ‘Tribunal Pleno’, que obviamente é sinônimo de ‘Plenário’.” (RE 269.169-EDv-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJ 13.2.2004 – grifei)

5. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 335, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 5 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 228.041-7 (406)PROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃORECDO.(A/S) : MIRIAM DE MARIA TEIXEIRA MARANHÃO SÁ E

OUTROSADV.(A/S) : RAIMUNDO ARRUDA GOMES DE SÁ

DECISÃO: A controvérsia suscitada no presente recurso extraordinário já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal (RTJ117/400, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – RTJ176/1334, Rel. Min. ILMAR GALVÃO - RE106.955/MA, Rel. Min. CÉLIO BORJA – RE 113.126/MA, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA, v.g.):

“- Administrativo.Funcionalismo. Equiparação vedada: art. 98, parágrafo único, da C.F..

Súmula 339-STF.Incabível equiparação de vencimentos dos Técnicos de

Administração, Taquígrafos e Bibliotecários do Tribunal de Justiça, com Procuradores, Advogados e Engenheiros do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, sob o argumento de que aqueles passaram a ser classificados no Quadro daquela Corte em ‘Outras Atividades de Nível Superior’, se é certo que o art. 98, parágrafo único, da Constituição Federal estabelece expressa proibição de equiparação ou vinculação no pessoal do serviço público, e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, anteriormente à própria Constituição de 1967, já se firmara no mesmo sentido, e daí o enunciado 339 da sua Súmula.

Recurso extraordinário conhecido e provido, para julgar a ação improcedente.”

(RTJ 119/306, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO)O acórdão questionado nesta sede recursal extraordinária diverge

dessa orientação jurisprudencial.Como se sabe, a disciplina jurídica da remuneração devida aos

agentes públicos em geral está sujeita ao princípio da reserva absoluta de lei. Esse postulado constitucional submete, ao domínio normativo da lei formal, a veiculação das regras pertinentes ao instituto do estipêndio funcional.

O princípio da divisão funcional do poder impede que, estando em plena vigência o ato legislativo, venham, os Tribunais, a ampliar-lhe o conteúdo normativo e a estender a sua eficácia jurídica a situações subjetivas nele não previstas, ainda que a pretexto de tornar efetiva a cláusula isonômica inscrita na Constituição.

Não constitui demasia observar, a propósito do que consagra a Súmula 339/STF, que a reserva de lei - consoante adverte JORGEMIRANDA (“Manual de Direito Constitucional”, tomo V/217-220, item n. 62, 2ª ed., 2000, CoimbraEditora) - traduz postulado revestido de função excludente, de caráter negativo (que veda, nasmatérias a ela sujeitas, como sucede no caso ora em exame, quaisquer intervenções, a título primário, de órgãos estatais não-legislativos), e cuja incidência também reforça, positivamente, o princípio que impõe, à administração e à jurisdição, a necessária submissão aos comandos fundados em norma legal, de tal modo que, conforme acentua o ilustre Professor da Universidade de Lisboa, “quaisquer intervenções - tenham conteúdo normativo ou não normativo - de órgãos administrativos ou jurisdicionais só podem dar-se a título secundário, derivado ou executivo, nunca com critérios próprios ou autônomos de decisão” (grifei).

Não cabe, pois, ao Poder Judiciário, na matéria em questão, atuar na anômala condição de legislador positivo (RTJ 126/48 - RTJ143/57 - RTJ 146/461-462 - RTJ 153/765 - RTJ161/739-740 - RTJ175/1137, v.g.), para, em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 94

assim agindo, proceder à imposição de seus próprios critérios, afastando, desse modo, os fatores que, no âmbito de nosso sistema constitucional, só podem ser legitimamente definidos pelo Parlamento.

É que, se tal fosse possível, o Poder Judiciário - que não dispõe de função legislativa (Súmula 339/STF) - passaria a desempenhar atribuição que lhe é institucionalmente estranha (a de legislador positivo), usurpando, desse modo, no contexto de um sistema de poderes essencialmente limitados, competência que não lhe pertence, com evidente transgressão ao princípio constitucional da separação de poderes.

Impõe-se considerar, ainda, o fato de que a Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal - que consagra, na jurisprudência desta Corte, uma específica projeção do princípio da separação de poderes - foi recebida pela Carta Política de 1988, revestindo-se, em conseqüência, de plena eficácia e de integral aplicabilidade sob a vigente ordem constitucional (RMS21.662/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

Assentadas tais premissas, e tendo em vista o magistério jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência, impende ressaltar que o exame da presente causa evidencia, como anteriormente assinalado, que o acórdão ora recorrido diverge, frontalmente, do entendimento exposto nesta decisão.

Sendo assim, pelas razões expostas, conheço do presente recurso extraordinário, para dar-lhe provimento (CPC, art. 557, §1º-A), em ordem a julgar procedente a ação rescisória ajuizada pela parte ora recorrente.

As custas processuais e a verba honorária, que fixo em dez por cento sobre o valor atualizado da causa, serão pagas pela parte que sucumbiu integralmente.

Ressalvo, no entanto, quanto aos encargos resultantes da sucumbência, a hipótese de ser, a parte vencida, eventual beneficiária da gratuidade, caso em que lhe será aplicável a cláusula de exoneração prevista na Lei nº 1.060/50 (art. 3º), observando-se, no que couber, a norma inscrita no art. 12 desse mesmo diploma legislativo, cuja incidência foi reputada compatível com o que dispõe o art. 5º, LXXIV, da Constituição da República (RE184.841/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE).

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 236.556-2 (407)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : DISPACITA DISTRIBUIDORA PARANAENSE DE

CIGARROS TABACOS LTDAADV.(A/S) : IGOR LUBY KRAVTCHENKORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LONDRINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que a decisão recorrida teria vulnerado os preceitos inscritos no art. 30, inciso I, no art. 37, “caput”, e no art. 97 da Constituição Federal.

Cabe referir, desde logo, que os temas concernentes às alegadas transgressões aos preceitos inscritos no art. 30, inciso I, e no art. 97 da Constituição não se acham devidamente prequestionados.

E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ 144/300 - RTJ 153/989), incidem as súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

A configuração jurídica do prequestionamento decorre de sua oportuna formulação em momento procedimentalmente adequado. Não basta, no entanto, só argüir, previamente, o tema de direito federal para legitimar o uso da via do recurso extraordinário. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria constitucional questionada tenha sido efetivamente apreciada na decisão recorrida (RTJ 98/754 - RTJ 116/451).

De outro lado, no tocante à alegada violação ao art. 37, “caput”, da Constituição, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o acesso à via recursal extraordinária.

Impende observar, ainda, por oportuno, que a parte ora recorrente, ao deduzir o recurso extraordinário em questão, também invocou, como fundamento do apelo extremo, a cláusula inscrita no art. 102, III, “b”, da Constituição da República.

Ocorre, no entanto, que se revela impertinente, na espécie, a fundamentação com que a parte ora recorrente pretendeu justificar a interposição do presente recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido teria declarado a inconstitucionalidade de ato normativo municipal.

Cumpre ter presente, neste ponto, que o recurso extraordinário, quando interposto com apoio no art. 102, III, “b”, da Carta Política, supõe,

necessariamente, a existência de acórdão que haja declarado “a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal”, desde que observado, no entanto, quanto a esse pronunciamento, o postulado da reserva de Plenário (CF, art. 97), exceto se já houver, quanto ao “thema decidendum”, anterior declaração plenária reconhecendo a ilegitimidade constitucional do ato emanado do Poder Público (RTJ 166/1033-1035).

Tal situação processual, porém, como já enfatizado, não se registrou na espécie ora em exame.

Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 378.430-7 (408)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : SUSSUMI IVAMAADV.(A/S) : SILVIA HELENA BUCHALLA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE ALTO ALEGREADV.(A/S) : JOSÉ OSÓRIO DE FREITAS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. REJEIÇÃO DE

CONTAS ANUAIS DE PREFEITO. 1) ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, INC. LV, DA CONSTITUIÇÃO: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2) NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3) ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 31, § 2º, E 71, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“AÇÃO ANULATÓRIA – REJEIÇÃO DE CONTAS DO PODER EXECUTIVO PELA CÂMARA MUNICIPAL – SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA – MANTENÇA. O parecer do Tribunal de Contas poderia ter sido rejeitado pela Câmara Municipal, pelo voto de 2/3 (dois terços) dos vereadores, entretanto, foi acolhido pela unanimidade, tornando-se conclusivo e vinculante. Cumpre à Câmara Municipal fiscalizar a Administração pública municipal. O Poder Judiciário só avalia a regularidade do procedimento legislativo, porque o julgamento é político-administrativo e o Judiciário não pode adentrar ao seu mérito, em nome da independência dos Poderes da República.

Negam provimento ao recurso” (fl. 806).Tem-se no voto condutor do julgado recorrido:“O Autor, agora Apelante, ex-prefeito municipal, busca a anulação de

ato legislativo municipal, que rejeitou suas contas municipais, relativas ao ano de 1992, com fundamento nos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, eis que não lhe foi apresentada a oportunidade para a sua defesa.

(...)A douta sentença foi proferida consoante o estado da lide e de forma

adequada.A matéria em debate exige prova, exclusivamente documental, em

razão de ser contábil, e as partes tiveram a devida oportunidade de produzi-la.

A prova oral era desnecessária, por isso acertado o seu indeferimento implícito.

Assim sendo, não há falar-se em nulidade do processo, por cerceamento de defesa.

(...)O autor foi notificado a se manifestar sobre o procedimento no âmbito

do Tribunal de Contas do Estado, fls. 94/96, 114/115, 544/546, pelo Diário Oficial do Estado, sendo esta a forma legal prevista, mas quedou-se inerte” (fls. 807-808 – grifos nossos).

2. O Recorrente afirma que o Tribunal a quo teria ofendido os arts. 5º, inc. LV, 31, § 2º, e 71, inc. I, da Constituição da República.

Assevera que:“Nunca se questionou a regularidade das diligências realizadas por

aquele órgão auxiliar do Legislativo, exceto o fato da ‘notificação’ ao Recorrente, pois não se promoveu o correto chamamento do chefe do Executivo Municipal ao procedimento, através de sua intimação ou notificação pessoal (...).

(...) A Câmara Municipal de Alto Alegre admite e confessa que impediu a defesa do Recorrente (...).

Os atos jurisdicionais do Legislativo, que rejeitaram as contas do Recorrente, não foram precedidos do contraditório e da ampla defesa. A possibilidade [de o] agente político justificar, administrativamente, as irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas, por ocasião do exame das contas prestadas, não afasta o dever de se lhe propiciar o exercício do direito de defesa e do contraditório quando da apreciação procedida pelo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 95: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 95

Poder Legislativo” (fls. 821-826 – grifos nossos).Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a

alegação de afronta ao art. 5º, inc. LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional, como ocorre na espécie vertente, não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:

“EMENTA: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que "os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada". Precedentes. 2. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (AI 580.465-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJE 19.9.2008).

“EMENTA: (...) 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (RE 547.201-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJE 14.11.2008).

5. Além disso, a alegação do Recorrente de que não teria havido oportunidade de defesa perante a Câmara de Vereadores demanda a análise de fatos e provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal e também não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“EMENTA: 1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reexame de fatos e provas. Aplicação das súmulas nº 279. Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário que tenha por objeto o simples reexame de fatos e provas. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 3. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (RE 330.907-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJE 9.5.2008 – grifos nossos).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com fundamento em norma infraconstitucional e nas provas contidas nos autos” (RE 376.599-AgR, de minha relatoria, DJ 2.2.2007).

6. Os arts. 31, § 2º, e 71, inc. I, da Constituição não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de prequestionamento. Incidem, no caso, as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo. Tampouco foram opostos embargos de declaração, o que não viabiliza o extraordinário, por ausência do necessário prequestionamento” (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJE 15.5.2009).

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente.8. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 394.415-1 (409)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTERECDO.(A/S) : JULIANA ORDONES REGO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR

PÚBLICO MUNICIPAL. PROGRESSÃO HORIZONTAL. NECESSIDADE DA INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República.2. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais julgou apelação em ação

ordinária, nos termos seguintes:“ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL EM

ESTÁGIO PROBATÓRIO – PROGRESSÃO HORIZONTAL – VANTAGEM PECUNIÁRIA E QUINQUÊNIO – PERCEPÇÃO DE DUPLA VANTAGEM SOB MESMO TÍTULO NÃO CARACTERIZADA – RECURSO NÃO PROVIDO.

(...)Registre-se, primeiramente, que a progressão em espécie está prevista na Lei municipal n. 7.169, de 30 de agosto de 1996, cuja vigência e eficácia não se encontram condicionadas a nenhuma outra norma. Ademais, esta própria norma estabeleceu em seu artigo 91, inciso II, o prazo para que fosse concedido tal direito ao servidor público, não estando a Administração, sob pena de inobservância ao princípio da legalidade administrativa, autorizada a fixar critérios distintos dos já estabelecidos em texto legal” (fls. 164 e 166).

3. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria afrontado o art. 37, inc. XIV, da Constituição.

Argumenta que:“Os autores requerem, em suma, a aplicação automática do art. 96

da Lei 7.169/96, o que lhes foi deferido pelo Poder Judiciário.A questão refere-se à progressão horizontal, que para os servidores

da área da educação, veio prevista no art. 90, estabelecendo o art. 91 da Lei 7.235/96 os requisitos para sua concessão.

O citado artigo estabelece entre os requisitos para a concessão da progressão, a avaliação de desempenho a ser feita pelo CONAP – Conselho Administrativo de Pessoal (art. 31 e 32 da Lei 7.235/96).

O artigo 96 da Lei 7.169/96, cuja aplicação foi deferida pelo poder judiciário, estabelece que, não feita tal avaliação, o servidor faria jus à classificação automática.

Isso significa dizer que, no caso de aplicação do art. 96, como deferido pelo ilustre sentenciante e confirmado pelo TJMG, a progressão horizontal nessa hipótese, seria concedida apenas com fundamento no tempo de serviço, porquanto todos os demais requisitos estão relacionados com a avaliação.

(...)

Portanto, o óbice ao reconhecimento do direito é de ordem constitucional, de vez que o art. 37, inciso XIV da CR veda a cumulação de acréscimos pecuniários sob o mesmo título e idêntico fundamento, o que está a ensejar o presente recurso” (fls. 183-184).

4. O Subprocurador-Geral da República manifestou-se pelo não seguimento do recurso extraordinário, nos termos seguintes:

“Constitucional. Processual Civil. Administrativo.Recurso extraordinário que se revela inadmissível porque o STF

precisaria primeiro verificar a legislação municipal pertinente para saber se os servidores têm direito à progressão na carreira.

Além disso, a ausência de discussão do preceito constitucional obsta o conhecimento do apelo derradeiro, conforme enunciam as Súmulas 282 e 356 do STF.

Parecer recomendando que se negue seguimento ao extraordinário (art. 5657, do CPC)” (fl. 208).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.Concluir de forma diversa do que foi decidido pelas instâncias

originárias demandaria a análise prévia de legislação local aplicável à espécie (Lei municipal n. 7.169/96). Assim, a alegada contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula 280 deste Supremo Tribunal.

Nesse sentido, os julgados seguintes:“Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se

necessário analisar normas infraconstitucionais locais (Lei Municipal 7.169/96), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF” (AI 729.380-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 6.3.2009 - grifei).

Nada há a prover quanto às alegações do Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 96

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 398.568-0 (410)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MENEZES DIREITORECTE.(S) : EUCLIDES MARTINS LEITEADV.(A/S) : NELSON LEME GONÇALVES FILHO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : EDITORA GLOBO S/AADV.(A/S) : LUIZ DE CAMARGO ARANHA NETO E OUTRO (A/S)

DECISÃOVistos.Euclides Martins Leite interpõe recurso extraordinário, com

fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão da Oitava Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:

“Agravo de Instrumento – Ação indenizatória – Responsabilidade civil – Dano moral – Lei de Imprensa – Ação aforada mais de um ano depois da publicação da reportagem considerada ofensiva à imagem do autor – Aplicação do artigo 56, ‘caput’, da Lei nº. 5.250/67 – Norma especial anterior à Constituição Federal, não revogada expressamente, nem declarada incompatível com o ordenamento vigente – Receptividade pela nova Constituição – inaplicabilidade da regra geral da lei civil comum – Preliminar de decadência acolhida – Extinção do feito – Recurso provido” (fl. 87).

Opostos embargos de declaração (fls. 99 a 109), foram rejeitados (fls. 113 a 123).

Alega o recorrente contrariedade ao artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal. Pretende, em suma, que seja afastada a decretação da decadência do direito pleiteado, uma vez que o artigo 56 da Lei nº 5.250/67 não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1998.

Contra-arrazoado (fls. 176 a 186), o recurso extraordinário (fls. 128 a 146) foi admitido (fls. 201/202).

Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, “pelo não-conhecimento do recurso” (fls. 212/213).

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração,

conforme expresso na certidão de folha 124, foi publicado em 25/11/02, não sendo exigível, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário.

Merece prosperar a irresignação, haja vista que a jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de que o artigo 56 da Lei nº 5.250/67, Lei de Imprensa, não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Nesse sentido, anote-se:

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não demonstra o desacerto da decisão agravada. 3. Decisão em consonância com a jurisprudência desta Corte. Lei de Imprensa, art. 56, não recepcionado pela Constituição de 1988. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 423.141-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 21/10/05).

“CONSTITUCIONAL. CIVIL. DANO MORAL: OFENSA PRATICADA PELA IMPRENSA. DECADÊNCIA: Lei 5.250, de 9.02.67 - Lei de Imprensa - art. 56: NÃO-RECEPÇÃO PELA CF/88, art. 5º, V e X. I. - O art. 56 da Lei 5.250/67 - Lei de Imprensa - não foi recebido pela Constituição de 1988, art. 5º, incisos V e X. II. - R.E. conhecido e provido” (RE 420.784, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 25/6/04).

Essa orientação foi ratificada pelo Plenário desta Corte, em sessão realizada em 30 de abril de 2009, no exame da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 130/DF, Relator o Ministro Carlos Britto, que julgou procedente o pedido para declarar como não-recepcionados pela Constituição Federal todos os dispositivos da Lei de Imprensa.

O acórdão recorrido divergiu desse entendimento.Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de

Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para afastar o acolhimento da preliminar de decadência, devendo o feito prosseguir como de direito.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 433.863-7 (411)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CENTRAL DE CONVERSÕES DE SISTEMAS LTDAADV.(A/S) : LUÍS HERMÍNIO CASA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a inexigibilidade da contribuição prevista no inc. IV do art. 22 da Lei n. 8.212/91, com a redação dada pelo art. 1º da Lei n. 9.876/99. Esse dispositivo instituiu contribuição no percentual de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços realizados por cooperados, por intermédio de cooperativa de trabalho, a cargo da empresa tomadora dos serviços.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 595.838,

Relator o Ministro Menezes Direito, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento de mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B e seus parágrafos, do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 449.088-9 (412)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ZILAH COMÉRCIO DE MALHAS E LINGERIE LTDAADV.(A/S) : MURILO SERAGINIADV.(A/S) : LUIZ LOUZADA DE CASTRO E OUTRO (A/S)RECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃORECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. TRIBUTÁRIO. LEI N. 9.718,

ARTS. 3º, § 1º, E 8º. JULGADO RECORRIDO EM HARMONIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSOS AO QUAIS SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recursos extraordinários interpostos com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região:

“MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LEI 9.718/98. COFINS. BASE DE CÁLCULO. ALÍQUOTA. EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/98. APELO E REMESSA OFICIAL PARCIALMENTE PROVIDOS.

I. O § 1º do art. 3º da Lei n. 9.718/98, em conceituando a receita bruta, base de cálculo da COFINS, veio de dilargá-la, desbordando de seu fundamento de validade, posto no art. 195, I, b, da CF, com redação dada pela EC n. 20/98, que elege, alternativamente, a receita, ou faturamento, como base de cálculo da exação.

II. A lei tributária não pode desnaturar os institutos colhidos do direito privado (art. 110, CTN).

III. Majoração de alíquota que não fere os princípios constitucionais informativos da tributação.

IV. Apelação e remessa oficial parcialmente providas” (fl. 143).2. Zilah Comércio de Malhas e Lingerie Ltda. alega que a ampliação

da base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins teria ofendido o art. 195, inc. I, da Constituição da República (redação originária) e que o aumento da alíquota do tributo de 2% para 3% importaria em revogação da Lei Complementar n. 70/91 pela Lei n. 9.718/98, o que seria contrário ao art. 69 da Constituição.

3. A União sustenta ofensa ao princípio da reserva de plenário, pois o Tribunal a quo teria declarado a inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei n. 9.718/98 por meio de órgão fracionário.

Quanto ao mérito, assevera que seria constitucional a ampliação da base de cálculo da Cofins.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste às Recorrentes.5. O julgado recorrido está em harmonia com o entendimento adotado

pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal:“EMENTA: RECURSO. Extraordinário. Tributo. Contribuição social.

PIS. COFINS. Alargamento da base de cálculo. Art. 3º, § 1º, da Lei nº

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 97

9.718/98. Inconstitucionalidade. Precedentes do Plenário (RE nº 346.084/PR, Rel. orig. Min. ILMAR GALVÃO, DJ de 1º.9.2006; REs nos 357.950/RS, 358.273/RS e 390.840/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 15.8.2006) Repercussão Geral do tema. Reconhecimento pelo Plenário. Recurso improvido. É inconstitucional a ampliação da base de cálculo do PIS e da COFINS prevista no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98” (RE 585.235, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJE 28.11.2008 – grifos nossos).

“O Tribunal reafirmou sua jurisprudência no sentido da inconstitucionalidade do § 1º do art. 3º da Lei 9.718/98, no que ampliara o conceito de receita bruta — para envolver a totalidade das receitas auferidas por pessoas jurídicas — em descompasso com a noção conceitual de faturamento prevista no art. 195, I, da CF, na redação original. Assim, proveu-se parcialmente recurso extraordinário em que empresa contribuinte sustentava, também, a inconstitucionalidade do art. 8º, caput, da mesma lei, que elevou de 2% para 3% a alíquota da COFINS. Alegava a recorrente que a Lei 9.718/98 teria criado novas exações que apenas encontrariam fundamento de validade, quando da edição desse diploma legal, no art. 195, § 4º, da CF, não havendo que se falar em majoração da alíquota da COFINS, mas sim em fixação de uma nova alíquota para um novo tributo, a reclamar a edição de lei complementar. Reiterou-se que a Corte assentara, com eficácia erga omnes, a sinonímia entre as expressões receita bruta e faturamento, jungindo-as à venda de mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços (ADC 1/DF, DJU de 16.6.95). Dessa forma, tendo em conta que estabelecido que a contribuição em exame possuiria como base de incidência o faturamento e, afastado o disposto no § 1º do art. 3º da Lei 9.718/98, enfatizou-se que a COFINS estaria alcançada pelo preceito incerto no art. 195, I, da CF, o que tornaria dispensável cogitar-se de lei complementar para o aumento da alíquota. Aduziu-se que esse argumento também já teria sido analisado pelo STF” (RE 527.602, Rel. Min. Eros Grau, Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, julgado em 5.8.2009 – Informativo n. 454 do Supremo Tribunal Federal – grifos nossos)

6. Ressalte-se que a observância pelos Tribunais do princípio constitucional da reserva de plenário, disposto no art. 97 da Constituição da República, para declarar uma norma inconstitucional, apenas se justifica se não houver decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.

Sobrevindo decisão do Supremo Tribunal Federal, não há necessidade do retorno destes autos ao Tribunal a quo para que se pronuncie sobre a constitucionalidade da lei. Nesse sentido: RE 520.461, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 7.3.2007.

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações das Recorrentes.8. Pelo exposto, nego seguimento aos recursos extraordinários

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.313-8 (413)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : CALÇADOS AZALÉIA LTDAADV.(A/S) : LUIZ PAULO DE BRITO E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INCIDENTE SOBRE A PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. ART. 7º, INC. XI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PERÍODO ANTERIOR À EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA 794/94. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NÃO INCIDÊNCIA. ART. 7º, XI, DA CF/88.

Se a Constituição é expressa ao determinar que a participação nos lucros é desvinculada da remuneração, é descabida a alegação de que seria necessária lei regulamentadora para que fosse inexigível contribuição previdenciária sobre essa parcela” (fl. 70).

2. O Recorrente afirma que o Tribunal a quo teria ofendido o art. 7º, inc. XI, da Constituição da República.

Assevera que:“Ficou evidente, pois, a intenção de condicionar a isenção ao

atendimento dos requisitos traçados pela lei específica” (fl. 99).Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão jurídica assiste ao Recorrente.4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

da possibilidade da cobrança de contribuição previdenciária sobre a participação nos lucros em período anterior à edição da Medida Provisória 794/94, que regulamentou o inc. XI do art. 7º da Constituição da República.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“EMENTA: Participação nos lucros. Art. 7°, XI, da Constituição

Federal. Necessidade de lei para o exercício desse direito.1. O exercício do direito assegurado pelo art. 7°, XI, da Constituição

Federal começa com a edição da lei prevista no dispositivo para regulamentá-lo, diante da imperativa necessidade de integração.

2. Com isso, possível a cobrança das contribuições previdenciárias até a data em que entrou em vigor a regulamentação do dispositivo.

3. Recurso extraordinário conhecido e provido” (RE 398.284, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJe 19.12.2008).

“DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. ART. 7º, XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MP 794/94. 1. A regulamentação do art. 7º, inciso XI, da Constituição Federal somente ocorreu com a edição da Medida Provisória 794/94. 2. Possibilidade de cobrança da contribuição previdenciária em período anterior à edição da Medida Provisória 794/94” (RE 393.764-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 19.12.2008).

E, ainda, nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE 463.012, Rel. Min. Carlos Britto, DJe 4.6.2009; RE 351.506, Rel. Min. Eros Grau, DJ 4.3.2005; RE 380.636, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 24.10.2005.

5. Dessa orientação divergiu o julgado recorrido.6. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.

557, 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), invertidos os ônus da sucumbência, com a ressalva de eventual concessão do benefício de justiça gratuita.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.187-1 (414)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM

ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : LLOYDS TSB BANK PLCADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO (A/S)

DECISÃOAÇÃO RESCISÓRIA – ADEQUAÇÃO – MATÉRIA ESTRITAMENTE

LEGAL – PRECEDENTES. 1.Na interposição deste recurso, foram atendidos os pressupostos de

recorribilidade. Os documentos de folhas 135, 182 e 183 evidenciam a regularidade da representação processual e do preparo, tendo sido observado o prazo assinado em lei.

Quanto ao tema de fundo, a jurisprudência do Supremo veio a pacificar-se no sentido de o enquadramento, ou não, da ação rescisória em certo permissivo envolver matéria estritamente legal. Vale frisar que, na decisão proferida pela Corte de origem, há referência expressa ao que assentado pelo Tribunal sobre a ausência de direito à URP de fevereiro de 1989 – Plano Verão.

Em resumo, considerada a premissa relativa à rescisória, violência a literalidade de lei, mostra-se inviável o acesso ao Supremo.

3.Nego seguimento ao extraordinário. 4.Publiquem.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.551-5 (415)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS -

COPASA MGADV.(A/S) : JOÃO BOSCO ALEXANDRINO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO

TRIBUTÁRIA: AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO ANTERIOR A 3.5.2007. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alíneas a e c, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“TRIBUTÁRIO – ISENÇÃO – CONVÊNIO – IMPOSSIBILIDADE. A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 98

isenção tributária se concede apenas por lei, não valendo aquela reconhecida por Convênio aprovado por Resoluções da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa, isentando o Município de Belo Horizonte do pagamento dos tributos municipais – Arts. 97, VI e 176 do CTN” (fl. 316).

2. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 2º, 5º, inc. XXXVI, 23, inc. II e IX e parágrafo único, da Constituição da República.

Sustenta, ainda, violação também ao art. 6º, inc. IV, da Constituição do Estado de Minas Gerais e ao art. 153, §3º, da Carta de 1967/69.

Argumenta que “é falaciosa a argumentação de que a exoneração tributária em causa, exige autorização legislativa, porque não se trata de uma concessão de serviços de sentido estrito, mas de uma simples delegação entre esferas de governos federados – ato de cooperação, mediante condições conveniadas. A forma adotada não carece de legitimidade e o convênio se tornou ato jurídico perfeito e acabado” (fl. 369).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Inicialmente, quanto à preliminar de repercussão geral, é de se

anotar que a Recorrente foi intimada do acórdão recorrido antes de 3.5.2007 (fl. 343), o que dispensa a demonstração da repercussão geral da questão constitucional em capítulo especial do recurso extraordinário, nos termos do que decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.

4. Razão jurídica não assiste à Recorrente.5. A matéria constitucional tida como afrontada não foi objeto de

debate e decisão prévios no Tribunal de origem, requisito indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário.

A pretensa afronta aos mencionados dispositivos constitucionais teria sido suscitada apenas em embargos de declaração opostos (fls. 325-334), ponderando o Recorrente ter sido, assim, satisfeito o requisito do prequestionamento.

Entretanto, tem-se atendido o requisito do prequestionamento quando oportunamente suscitada a matéria, o que se dá em momento processual adequado, nos termos da legislação vigente. Quando, suscitada a matéria constitucional pelo interessado, não há o debate ou o pronunciamento do órgão judicial competente, é que pode – e deve -, então, haver a oposição de embargos declaratórios para que se supra a omissão, como é próprio desse recurso. Apenas, pois, nos casos de omissão do órgão julgador sobre a matéria constitucional que tenha sido arguida na causa, é que os embargos declaratórios cumprem o papel de demonstrar a ocorrência do prequestionamento.

A inovação da matéria em embargos declaratórios é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento. Primeiramente, porque, se não se questionou antes (prequestionou), não se há cogitar da situação a ser provida por meio dos embargos. Em segundo lugar, se não houve prequestionamento da matéria, não houve omissão do órgão julgador, pelo que não prosperam os embargos pela ausência de sua condição processual. Assim, os embargos declaratórios não servem para suprir a omissão da parte, que não tenha cuidado de providenciar o necessário questionamento em momento processual próprio.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de

que ‘Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada’. Precedentes” (AI 580.465-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 19.9.2008).

E ainda:“I. RE: PREQUESTIONAMENTO: SÚMULA 356. O QUE, A TEOR DA

SÚMULA 356, SE REPUTA CARENTE DE PREQUESTIONAMENTO É O PONTO QUE, INDEVIDAMENTE OMITIDO PELO ACÓRDÃO, NÃO FOI OBJETO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO; MAS, OPOSTOS ESSES, SE, NÃO OBSTANTE, SE RECUSA O TRIBUNAL A SUPRIR A OMISSÃO, POR ENTENDÊ-LA INEXISTENTE, NADA MAIS SE PODE EXIGIR DA PARTE, PERMITINDO-SE-LHE, DE LOGO, INTERPOR RECURSO EXTRAORDINÁRIO SOBRE A MATÉRIA DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E NÃO SOBRE A RECUSA, NO JULGAMENTO DELES, DE MANIFESTAÇÃO SOBRE ELA” (RE 210.638, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 19.6.1998 – grifos nossos).

Dessa forma, não foi atendido o requisito do prequestionamento. Incide, na espécie, a Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal, uma vez que a questão constitucional somente foi suscitada nos embargos opostos contra os termos da decisão recorrida.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.196-1 (416)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : COMPANHIA VALE DO RIO DOCEADV.(A/S) : NATÁLIA CARVALHO DE ARAÚJO E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INCIDENTE SOBRE A PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. ART. 7º, INC. XI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PERÍODO ANTERIOR À EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA 794/94. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:

“CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. NATUREZA JURÍDICA NÃO SALARIAL. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS (IMPOSSIBILIDADE DE SUA INCIDÊNCIA). HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

1. A desvinculação da verba percebida a título de participação nos lucros da remuneração do empregado, prevista no artigo 7º, XI, da Carta de 1988, tem aplicabilidade imediata.

2.Por não integrarem a remuneração do empregado, não possuindo natureza salarial, os valores da participação nos lucros não constituem base de incidência de contribuições previdenciárias.

3. Em se tratando de condenação em honorários advocatícios contra a Fazenda Pública, estes devem ser fixados em 5% sobre o valor em execução, de acordo com o entendimento desta Turma, nos termos do artigo 20, parágrafos 3º, alíneas a, b e c, e 4º do Código de Processo Civil.

4. Remessa oficial e apelação parcialmente providas” (fl. 221).2. O Recorrente afirma que o Tribunal a quo teria ofendido os arts. 7º,

inc. XI, e 201, § 11, da Constituição da República.Assevera que seria devida a contribuição previdenciária sobre os

valores pagos a título de participação nos lucros em data anterior à vigência da Medida Provisória 794/94.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão jurídica assiste ao Recorrente.4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido

da possibilidade da cobrança de contribuição previdenciária sobre a participação nos lucros em período anterior à edição da Medida Provisória 794/94, que regulamentou o inc. XI do art. 7º da Constituição da República.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“EMENTA: Participação nos lucros. Art. 7°, XI, da Constituição

Federal. Necessidade de lei para o exercício desse direito.1. O exercício do direito assegurado pelo art. 7°, XI, da Constituição

Federal começa com a edição da lei prevista no dispositivo para regulamentá-lo, diante da imperativa necessidade de integração.

2. Com isso, possível a cobrança das contribuições previdenciárias até a data em que entrou em vigor a regulamentação do dispositivo.

3. Recurso extraordinário conhecido e provido” (RE 398.284, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJe 19.12.2008).

“DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. ART. 7º, XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MP 794/94. 1. A regulamentação do art. 7º, inciso XI, da Constituição Federal somente ocorreu com a edição da Medida Provisória 794/94. 2. Possibilidade de cobrança da contribuição previdenciária em período anterior à edição da Medida Provisória 794/94” (RE 393.764-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 19.12.2008).

E, ainda, nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE 463.012, Rel. Min. Carlos Britto, DJe 4.6.2009; RE 351.506, Rel. Min. Eros Grau, DJ 4.3.2005; RE 380.636, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 24.10.2005.

5. Dessa orientação divergiu o julgado recorrido.6. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.

557, 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), invertidos os ônus da sucumbência, com a ressalva de eventual concessão do benefício de justiça gratuita.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.838-5 (417)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : COOPERATIVA TRITÍCOLA SAMBORJENSE LTDAADV.(A/S) : MARCELO ROMANO DEHNHARDT E OUTRO (A/S)RECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃO1. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DA COOPERATIVA.

TRIBUTÁRIO. REVOGAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA DA ISENÇÃO DA COFINS E DO PIS DOS ATOS COORPORATIVOS. RECURSO PENDENTE DE ANÁLISE ATÉ DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 2.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 99

RECURSO EXTRAORDINÁRIO DA UNIÃO. CONSTITUCIONAL. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. RESERVA DE PLENÁRIO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. SÚMULA VINCULANTE 10 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO PROVIDO.

Relatório1. Recursos extraordinários interpostos com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República. O recurso extraordinário interposto pela Cooperativa Tritícola

Samborjense Ltda. tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“EMENTA: TRIBUTÁRIO. COFINS. PIS. SOCIEDADE COOPERATIVA. ISENÇÃO. ART. 6º, I, DA LC 70/91. REVOGAÇÃO PELA MP N. 1.858/99. CONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES DESTE TRF. A Corte Especial, quando do julgamento da Arguição de Inconstitucionalidade na AMS n. 1999.70.04.003502-0/PR, decidiu que foi válida a revogação da isenção prevista no artigo 6º, I, da LC 70/91 por parte da MP n. 2.113-27/2001 (nova numeração adotada pela MP 1.858/99)” (fl. 108).

2. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 5º, inc. XVIII, 59, 146, inc. III, alínea c, 170, 174, § 2º, 195 e 246 da Constituição da República.

Argumenta que “diante do processo legislativo disposto no art. 59 da Carta Política de 1988, a medida provisória é norma jurídica inferior a lei complementar, motivo pelo qual, não pode revogar os dispositivos contidos da Lei n. 5.764/71, que dão o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, eis que estes dispositivos foram recepcionados pela atual Constituição Federal, com força de lei complementar” (fl. 144).

Requer seja declarada “a inexigibilidade e inconstitucionalidade da Medida Provisória n. 1.858-10, e sucedâneas com mesma imposição legal, no que tange a obrigação de recolher PIS e COFINS sobre o ato cooperativo, eis que sua cobrança claramente afronta os arts. 59, 62, parágrafo único, 146, c, III; 174, §2º; e 246 da Constituição Federal” (fl. 161).

3. O Recurso Extraordinário interposto pela União tem como objeto o seguinte julgado do Superior Tribunal de Justiça:

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. COFINS. COOPERATIVAS. ISENÇÃO. LC N. 70/91. MP 1.858. REVOGAÇÃO. 1. No campo da exação tributária com relação às cooperativas a aferição da incidência do tributo impõe distinguir os atos cooperativos através dos quais a entidade atinge os seus fins e os atos não cooperativos; estes extrapolantes das finalidades institucionais e geradores de tributação; diferentemente do que ocorre com os primeiros. Precedentes jurisprudenciais. 2. A cooperativa prestando serviços a seus associados, sem interesse negocial, ou fim lucrativo, goza de completa isenção, porquanto o fim da mesma não é obter lucro mas, sim, servir aos associados. 3. Os atos cooperativos não estão sujeitos à incidência da COFINS porquanto o art. 79 da Lei 5.764/71 (Lei das Sociedades Cooperativas) dispõe que o ato cooperativo não implica operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria. 4. Se o ato cooperativo não implica operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria, a revogação do inciso I do art. 6° da LC 70/91 em nada altera a não incidência da COFINS sobre os atos cooperativos. O parágrafo único, do art. 79, da Lei 5.764/71 não está revogado por ausência de qualquer antinomia legal. 5. A Lei 5.764/71, ao regular a Política Nacional do Cooperatismo e instituir o regime jurídico das sociedades cooperativas, prescreve, em seu art. 79, que constituem 'atos cooperativos os praticados entre as cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associados, para a consecução dos objetivos sociais', ressalva todavia, em seu art. 111, as operações descritas nos arts. 85, 86 e 88 do mesmo diploma, como aquelas atividades denominadas 'não cooperativas' que visam ao lucro. Dispõe a lei das cooperativas, ainda, que os resultados dessas operações com terceiros 'serão contabilizados em separado, de molde a permitir o cálculo para incidência de tributos (art. 87). 6. É princípio assente na jurisprudência que: ‘Cuidando-se de discussão acerca dos atos cooperados, firmou-se orientação no sentido de que são isentos do pagamento de tributos, inclusive da Contribuição Social sobre o Lucro’. (Min. Milton Luiz Pereira, Resp 152.546, DJU 03/09/2001, unânime) 7. A doutrina, por seu turno, é uníssona ao assentar que pelas suas características peculiares, principalmente seu papel de representante dos associados, os valores que ingressam, como os decorrentes da conversão do produto (bens ou serviços) do associado em dinheiro ou crédito nas de alienação em comum, ou os recursos dos associados a serem convertidos em bens e serviços nas de consumo (ou, neste último caso, a reconversão em moeda após o fornecimento feito ao associado), não devem ser havidos como receitas da cooperativa. 8. Incidindo a COFINS sobre o faturamento/receita bruta impõe-se aferir essa definição à luz do art. 110 do CTN, que veda a alteração dos conceitos do Direito Privado. Consectariamente, faturamento é o conjunto de faturas emitidas em um dado período ou sob outro aspecto vernacular é a soma dos contratos de venda realizados no período. Não realizando a cooperativa contrato de venda não há incidência da COFINS. 9. Destarte, matéria semelhante a dos autos (relacionada às sociedades civis), vem sendo discutida pelas Primeira e Segunda Turmas desta Corte Superior, que, com fulcro no Princípio da Hierarquia das Leis, têm-se posicionado no sentido de que Lei Ordinária não pode revogar determinação de Lei Complementar, pelo que ilegítima seria a revogação instituída pela Lei n.

9.430/96 da isenção conferida pela LC n. 70/91 às sociedades civis prestadoras de serviços, entendimento, hodiernamente, sufragado pela Seção do Direito Público. Isto porque é direito do contribuinte ver revogada a suposta isenção pela mesma lei que o isentou, máxime quando a vontade política nela encartada revela quorum qualificado. 10. Recurso especial provido, com ressalvas” (fls. 205-206).

4. A Recorrente alega que o Superior Tribunal de Justiça teria afrontado os arts. 97, 102, inc. III, 105, inc. III, 146, inc. III, alínea c, 150, § 6º, 194, parágrafo único, 195, caput, inc. I e § 1º, da Constituição da República.

Argumenta que “os artigos 2º e 3º da Lei n. 9.718/98, acrescentado pelo § 6º inserido pelo art. 2º, bem como disciplinado pelo art. 15 da MP 1.858-11, de 25 de novembro de 1999 (reeditada até a MP 2.158-35/2001), são taxativos e expressos em determinar a incidência da COFINS e do PIS sobre faturamento advindo da prática dos atos cooperativos das cooperativas” (fl. 241).

Sustenta que “o acórdão recorrido do Superior Tribunal de Justiça afastou, no presente caso, todo o referido regramento normativo expresso nos citados dispositivos legais, sob o fundamento de que o ato cooperativo não pode sofrer a incidência da COFINS e do PIS face à própria natureza ontológica do ato-cooperativo que se extrairia da Lei n. 5.764/1971 elevada à condição de lei complementar por ter dado ‘adequado’ tratamento ao ato cooperativo” (fl. 242).

Assevera que “a decisão da Turma do Superior Tribunal de Justiça de afastar a aplicação dos citados dispositivos expressos da Lei n. 9.718/98, da MP 1.858-11/1999 (MP 2158-35/2001) equivaleu a uma verdadeira declaração de inconstitucionalidade desses, por órgão constitucionalmente incompetente, haja vista o princípio constitucional do full bench previsto no art. 97 da CF/88” (fl. 243).

5. O Subprocurador-Geral da República opinou “pelo desprovimento do recurso da União, confirmando-se a decisão favorável à Cooperativa” (fl. 282), nos termos seguintes:

“Conquanto seja pacífico, no âmbito da Suprema Corte, que as contribuições previstas no art. 195, inciso I, II e III, da CF/88, prescindem de lei complementar para eventual instituição e modificação, pois criam nova fonte de financiamento do sistema, podendo a COFINS, inserida neste grupo, sofrer alterações mediante simples lei ordinária, tal raciocínio não é extensível ao tratamento tributário do ato cooperativo. É que, nesta matéria, a Constituição exige quorum qualificado para a disciplina normativa, segundo se pode aferir da expressa disposição inscrita no art. 146, III, ‘c’, o que reveste a LC 70/91, nos limites da isenção tributária, relativa à COFINS, concedida aos ingressos oriundos de atos cooperativos, de caráter formal e materialmente complementar, restringindo a possibilidade de revogação a norma de igual status, sob pena de subverter a hierarquia que posiciona as leis no ordenamento jurídico” (fls. 281-282).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.6. Razão jurídica assiste à União.7. No julgamento do Recurso Extraordinário 240.096, Primeira Turma,

Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 30.3.1999, o Supremo Tribunal firmou entendimento segundo o qual “reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide para decidi-la sob critérios alegadamente extraídos da Constituição”, e, ainda, ressalta que, se esse acórdão fosse produzido por órgão fracionário de tribunal, estaria configurada a contrariedade ao art. 97 da Constituição da República.

Nesse sentido, os seguintes julgados:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. RESERVA DE PLENÁRIO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO PARA DETERMINAR O RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 578.589-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.6.2009).

E: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.

SOCIEDADE CIVIL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS REGULAMENTADOS. ISENÇÃO CONCEDIDA PELA LEI COMPLEMENTAR 70/1991. REVOGAÇÃO PELA LEI ORDINÁRIA 9.430/1996. DEBATE A RESPEITO DA POSSIBILIDADE DE REVOGAÇÃO DE LEI COMPLEMENTAR POR LEI ORDINÁRIA. ACÓRDÃO RECORRIDO. INOBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Viola a reserva de Plenário (art. 97 da Constituição) acórdão prolatado por órgão fracionário em que há declaração de inconstitucionalidade, sem amparo em anterior decisão proferida por Órgão Especial ou Plenário. Incidência da Súmula Vinculante nº 10. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 522.330-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 19.12.2008).

8. Ademais, em 18 de junho de 2008, o Supremo Tribunal editou a Súmula com efeito vinculante n. 10:

“VIOLA A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ARTIGO 97) A DECISÃO DE ÓRGÃO FRACIONÁRIO DE TRIBUNAL QUE, EMBORA NÃO DECLARE EXPRESSAMENTE A INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO, AFASTA SUA INCIDÊNCIA, NO TODO OU EM PARTE”.

Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão do Superior

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 100

Tribunal de Justiça.9. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário

interposto pela União, nos termos do art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, para cassar o acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos ao Superior Tribunal de Justiça, para que decida como de direito, observada a cláusula de reserva de plenário.

10. Após o julgamento do Superior Tribunal de Justiça os autos deverão retornar ao Supremo Tribunal Federal para análise do Recurso Extraordinário interposto pela Cooperativa Tritícola Samborjense Ltda. contra o acórdão do Tribunal Regional Federal da 4º Região.

Publique-se.Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 486.797-4 (418)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : CRISTHIANE SANTOS ALEJANDRO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MARCELO DA SILVA NOVITAADV.(A/S) : LEANDRO SAAD E OUTRO (A/S)

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. VIA

RECURSAL NÃO ESGOTADA NA ORIGEM: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO DA DECISÃO RECORRIDA ANTERIOR A 3.5.2007. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra a seguinte decisão monocrática:“Os termos do inciso III do artigo 114 da Constituição Federal, na

redação dada pela EC n.º 46, subordinam-se a ‘ações’ e não a ‘representação sindical’ que abre o inciso como pretende a agravante; referem-se às diversas ações cujo processamento e julgamento passaram a ser de competência da Justiça do Trabalho, a saber, ações sobre representação sindical, ações entre sindicatos, ações entre sindicatos e trabalhadores e ações entre sindicatos e empregadores. A ação de cobrança de contribuição sindical está incluída em sua última parte e deve ter seguimento perante a Justiça do Trabalho” (fl. 52).

2. A Recorrente alega que teriam sido contrariados os arts. 8º, inc. IV, e 114, inc. III, da Constituição da República.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão de direito não assiste à Recorrente.4. Inicialmente, quanto à preliminar de repercussão geral, é de se

anotar que a Recorrente foi intimada do acórdão recorrido antes de 3.5.2007 (fl. 54), o que dispensa a demonstração da repercussão geral da questão constitucional em capítulo especial do recurso extraordinário, nos termos do que decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.

5. O recurso não pode ter seguimento, pois o julgado recorrido não é de única ou última instância. O recurso extraordinário foi interposto contra decisão de relator em agravo de instrumento proferida de acordo com o art. 557 do Código de Processo Civil, não tendo ocorrido o esgotamento da instância recursal no Tribunal a quo.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a decisão possibilitadora do recurso extraordinário é aquela proferida em única ou última instância, porque a exigência insculpida no inc. III do art. 102 da Constituição da República visa ao esgotamento da jurisdição na origem. Incide, na espécie, a Súmula 281 do Supremo Tribunal Federal.

Confira-se, por oportuno, o Agravo de Instrumento 662.440-Agr, de minha relatoria, DJ 7.12.2007:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE DECISÃO DE ÚLTIMA INSTÂNCIA. VIA RECURSAL NÃO ESGOTADA NA ORIGEM. SÚMULA 281 DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.

E ainda:“1. RECURSO. Embargos de declaração. Oposição a acórdão que

julgou agravo regimental. Assinatura eletrônica. Demonstração. Embargos acolhidos. Reconsideração. Demonstrada a existência de assinatura eletrônica na petição de agravo regimental, deve ser apreciado o recurso. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Interposição contra decisão monocrática. Não exaurimento de instância. Súmula 281. Agravo regimental improvido. Não se admite recurso extraordinário quando ainda cabível a interposição de recurso nas instâncias ordinárias” (grifei) (AI 724.488-AgR-ED, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 19.6.2009).

6. Apesar de ter sido proferida por magistrado da segunda instância, a decisão não decorreu de análise do Colegiado, mas de exame individual de relator, o que não configura o esgotamento da instância.

7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente.8. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 495.690-0 (419)PROCED. : AMAZONASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E OUTRO (A/S)PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. AÇÃO CIVIL

PÚBLICA. POSSIBILIDADE DE PEDIDO INCIDENTAL DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região:

“EMENTA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA COMO SUCEDÂNEO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: IMPOSSIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 18 DA LEI N. 7.347/85. 1. A ação civil pública, em virtude de seu efeito erga omnes, não pode ser utilizada como sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, pois usurpa da Suprema Corte o controle concentrado da constitucionalidade das leis e atos normativos federais e estaduais. Precedentes desta Corte, do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal. 2. Honorários advocatícios indevidos nos termos do art. 18 da Lei nº 7.347/85. 3. Apelação e remessa providas para extinguir o processo sem julgamento do mérito” (fl. 235).

2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 102, inc. I, alínea a, e 103 da Constituição da República.

Relata que “o acórdão recorrido afirmou não ser cabível a ação civil pública em que se cogite de obter declaração de inconstitucionalidade de lei, mesmo que essa inconstitucionalidade haja de ser pronunciada como pressuposto para o acolhimento de um pedido de bem da vida deduzido pelo autor” (fl. 252).

Sustenta que “os preceitos constitucionais referidos não impedem que, nas instâncias ordinárias, seja julgada ação civil pública, mesmo que, para a análise da sua causa de pedir, se requeira o exame da constitucionalidade de lei” (fl. 254).

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. Razão jurídica assiste ao Recorrente.4. Na espécie vertente, a ação civil pública tem os seguintes pedidos:“a) concessão de medida liminar para compelir o Instituto Nacional do

Seguro Social, durante o transcorrer da ação, se abstenha de indeferir pedidos de inscrição de crianças e adolescentes sob guarda judicial, como dependentes do segurado guardião, no Regime Geral da Previdência Social, em face da inconstitucionalidade e ilegalidade do referido dispositivo de lei; (...) e) após a mais ampla cognição do feito, seja julgada procedente a presente Ação Civil Pública, declarando incidentalmente a inconstitucionalidade dos dispositivos da Lei n. 9.528/97 que alteraram o § 2º, do art. 16, da Lei n. 8.213/91, bem como os dispositivos do Decreto n. 2.172 que regulamentam as disposições da Lei no que tange à supressão do instituto da guarda judicial como forma de comprovação de dependência previdenciária do guardião, bem como sua ilegalidade, em face da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, obrigando-se o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS - a inscrever as crianças e adolescentes sob guarda judicial do Regime Geral da Previdência Social, como dependentes do segurado” (fls. 23-24).

5. O pedido principal da ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal é a inscrição de crianças e adolescentes, sob guarda judicial, no Regime Geral da Previdência Social como dependentes do segurado guardião. A inconstitucionalidade dos dispositivos da Lei n. 9.528/97 que alteraram o § 2º do art. 16 da Lei n. 8.213/91 foi requerida incidentalmente.

Assim, o entendimento do Tribunal a quo de que “a ação civil pública, em virtude de seu efeito erga omnes, não pode ser utilizada como sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade, pois usurpa da Suprema Corte o controle concentrado da constitucionalidade das leis e atos normativos federais e estaduais” (fl. 253) diverge da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que se firmou no sentido de que é cabível ação civil pública com pedido incidental de declaração de inconstitucionalidade de lei.

Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reconhecido que

se pode pleitear a inconstitucionalidade de determinado ato normativo na ação civil pública, desde que incidenter tantum. Veda-se, no entanto, o uso da ação civil pública para alcançar a declaração de inconstitucionalidade com efeitos erga omnes” (RE 424.993, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 19.10.2007).

E:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 101

“EMENTA: - Recurso extraordinário. Ação Civil Pública. Ministério Público. Legitimidade. 2. Acórdão que deu como inadequada a ação civil pública para declarar a inconstitucionalidade de ato normativo municipal. 3. Entendimento desta Corte no sentido de que ‘nas ações coletivas, não se nega, à evidência, também, a possibilidade de declaração de inconstitucionalidade, incidenter tantum, de lei ou ato normativo federal ou local.’ 4. Reconhecida a legitimidade do Ministério Público, em qualquer instância, de acordo com a respectiva jurisdição, a propor ação civil pública(CF, arts. 127 e 129, III). 5. Recurso extraordinário conhecido e provido para que se prossiga na ação civil pública movida pelo Ministério Público” (RE 227.159, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ 17.5.2002).

E ainda: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE

INSTRUMENTO. DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ALEGADA USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPROCEDÊNCIA. PRECEDENTES. Não usurpa a competência do Supremo Tribunal Federal a declaração incidental de inconstitucionalidade de lei municipal, proferida por juiz singular em ação civil pública. Especialmente quando não demonstrado que o objeto do pedido era tão-somente a inconstitucionalidade da lei. Agravo regimental desprovido” (AI 476.058-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJe 15.6.2007).

6. Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido.7. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.

557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), para que o Tribunal de origem prossiga no julgamento da ação civil pública, como entender de direito.

Publique-se.Brasília, 10 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 495.924-1 (420)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DANUSA PEREIRA MARTINS COSTAADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECA E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : CENTRO DE EDUCAÇÃO E CULTURA LTDA - CEDUCADV.(A/S) : CARLOS FREDERICO MEDINA MASSADAR E OUTRO

(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. PROFESSOR:

REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA. 1. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO ANTERIOR A 3.5.2007. 2. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Superior do Trabalho:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROFESSOR – REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA. Considerando a natureza excepcional do cargo de professor, não se trata de alteração ilícita a redução de carga horária pelo empregador, haja vista que a remuneração dos professores varia de acordo com as aulas ministradas e o número de aulas decorre da necessidade da escola. Agravo de instrumento a que se nega provimento” (fl. 95).

2. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 7º, inc. VI, da Constituição da República.

Argumenta que “o texto constitucional violado é absolutamente claro, não admitindo redução salarial, a não ser nas exceções mencionadas, o que não é o caso dos autos, uma vez que a alteração contratual ocorrida não estava prevista em convenção ou acordo coletivo” (fl. 107).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de ter sido a

Recorrente intimada depois de 3.5.2007 e constar do recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

4. Razão jurídica não assiste à Recorrente.5. O Tribunal de origem decidiu com base na Consolidação das Leis

do Trabalho e em Orientação Jurisprudencial, segundo a qual “A redução da

carga horária do professor, em virtude de diminuição do número de alunos, não constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula” (fl. 96). Para se concluir de forma diversa do acórdão recorrido, seria necessária a análise da legislação trabalhista. Assim, a afronta à Constituição da República, se existente, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.

Ademais, para se verificar se houve efetiva redução do valor da hora-aula e, em consequência, de salário, seria necessária a análise dos elementos probatórios constantes dos autos. Incide, na espécie, a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. (...)

IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 599.149-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 14.8.2009).

“3. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Apreciação da causa perante a prova e a legislação infraconstitucional. Aplicação da súmula 279. Não se admite, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, nem tampouco de violação que dependeria de reexame prévio de provas” (AI 598.353-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJ 14.8.2009).

Não há, pois, o que prover quanto às alegações da Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 531.696-3 (421)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : JOSIANE BORGES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ADRIANA CHRISTINA DE CASTILHO ANDREARECDO.(A/S) : FILEMON BAEZ LESCANOADV.(A/S) : EGÍDIO FERNANDO ARGUELLO JUNIOR E OUTRO

(A/S)

DECISÃOTELEFONIA – ASSINATURA BÁSICA – COMPETÊNCIA DOS

JUIZADOS ESPECIAIS – AGÊNCIA – QUALIDADE DE TERCEIRA – MATÉRIA DE FUNDO - NATUREZA.

1.O Plenário, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 567.454-1/BA, relator Ministro Carlos Ayres Britto, assentou ser da competência dos juizados especiais o conflito de interesses versando a assinatura básica, não ficando revelada a complexidade necessária ao deslocamento para a Justiça comum propriamente dita. Também concluiu, não conhecendo do recurso, que o tema de fundo alusivo à cobrança de valor referente à assinatura básica envolve interpretação de normas estritamente legais, não cabendo dizer do interesse da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.

A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.

2.Ante o precedente, nego seguimento a este recurso extraordinário.3.Publiquem.Brasília, 19 de junho de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 549.891-3 (422)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : AMARÍLIO OLIVEIRA MESQUITAADV.(A/S) : GILBERTO SOUZA DOS SANTOS E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão que decidiu não caber ação rescisória quando se pretende o reexame da matéria objeto da sentença rescindenda.

Opostos embargos de declaração, foram rejeitados (fl. 308).Sustenta o recorrente, com fundamento no art. 102, III, c, terem sido

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 102

julgados válidos a Lei Complementar estadual nº 10.098/94, e o ato de governo local que cassou a aposentadoria, contestados em face do art. 5º, XXXV, XXXVII, LII, LIV LV e LVII, da Constituição da República. Quanto ao art. 102, III, d, alega que o acórdão teria julgado válido o § 2º do art. 197 da referida Lei Complementar estadual, contestado em face da Lei nº 8.429/92.

2.Inconsistente o recurso.A questão relativa ao cabimento da ação rescisória é

infraconstitucional e, por isso, não enseja recurso extraordinário (art. 102, III, da Constituição da República), entendimento já sedimentado no âmbito desta Corte. É o que se vê à seguinte ementa exemplar:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Ação rescisória. Cabimento. Matéria processual. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Não cabe RE que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, como a de ordem processual sobre cabimento de ação rescisória” (AI nº 380.436, da minha relatoria, DJ de 21.5.2004).

No mesmo sentido: AI nº 335.961-AgR (Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 20.4.2004) e AI nº 387.022-AgR (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJ de 6.8.2002).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 558.750-9 (423)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO CARDOSO DA SILVA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : LILIANA PARAFITA DE BESSA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FERNANDO OTAVIO DE PAIVA MARINHO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu que a declaração de inexigibilidade de título executivo pelo Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 741, parágrafo único, do CPC, não atinge os títulos judiciais advindos de decisões com anterior trânsito em julgado.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, requereu-se o reconhecimento da inexigibilidade do título executivo judicial.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ a aplicação do parágrafo único do art. 741 do CPC e a extensão de precedentes do Supremo Tribunal Federal aos casos com trânsito em julgado ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.068-RG/PR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.068-RG/PR.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 560.972-3 (424)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSÉ JÚLIO BRIGIDOADV.(A/S) : JOSÉ MARIA GAMA DA CÂMARA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 5ª Região:

“CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO RESCISÓRIA. ACÓRDÃO QUE DETERMINOU A CONCESSÃO DE REAJUSTE EXTRAORDINÁRIO, QUANDO VERIFICADA A DEFASAGEM DOS PROVENTOS, APÓS EDIÇÃO DA LEI N. 8.213/1991. VIOLAÇÃO AO ART. 41, II, DA LEI N. 8.213/91. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. 1. Com a implementação do novo plano de benefícios da previdência social (Lei n. 8.213/91) os critérios de atualização dos benefícios previdenciários hão de ser

os legalmente estabelecidos. 2. Por tal motivo, somente com a implantação da Lei 8.213/91 foram determinados quais critérios de preservação do valor real do benefício. É dizer, se foi a Lei n. 8.213/91, que regulamentou o § 2º do art. 201, da atual Carta Política, somente se pode inferir que os critérios para a ‘preservação do valor real’ são aqueles ali (na Lei n. 8.213/91, art. 41, inc. II)” (fl. 108).

2. O Recorrente não faz a indicação de qualquer dispositivo constitucional supostamente contrariado.

Argumenta, apenas, que: “Quanto ao mérito, embora o Autor da ação rescisória não tenha

identificado qual a decisão que pretende rescindir, se a sentença monocrática ou acórdão das instâncias superiores, cujo remate composto de evidentes erros foi acatado pelo Pleno do TRF da 5ª Região, vale lembrar apenas, em relação ao conteúdo do anônimo acórdão, objeto deste recurso, que o tema envolvendo reajustamentos de benefícios previdenciários a partir da implantação dos Novos Planos de Benefícios (Lei 8.213/91) é, na verdade, matéria de interpretação controvertida nos tribunais, cabendo, neste caso, a aplicação da Súmula 343 do Supremo Tribunal Federal” (fls. 128-129).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.Não houve, na petição do recurso extraordinário, a indicação de qual

teria sido a suposta ofensa constitucional praticada pelo Tribunal a quo, o que atrai a incidência da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO QUAL NÃO HÁ A INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS TIDOS POR OFENDIDOS: DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. REMESSA NECESSÁRIA: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 705.593-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 13.2.2009 - grifei).

Nada há a prover quanto às alegações do Recorrente.4. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.846-3 (425)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : JOÃO CARDOSO DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MURILO DE PAULO VIEIRARECDO.(A/S) : HITA RODRIGUES RIBEIRO DE BRITO MOURA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : HELEN CRISTINA GOMES MOREIRA E OUTRO (A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu que a declaração de inexigibilidade de título executivo pelo Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 741, parágrafo único, do CPC, não atinge os títulos judiciais advindos de decisões com anterior trânsito em julgado.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, requereu-se o reconhecimento da inexigibilidade do título executivo judicial.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ a aplicação do parágrafo único do art. 741 do CPC e a extensão de precedentes do Supremo Tribunal Federal aos casos com trânsito em julgado ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.068-RG/PR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.068-RG/PR.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.927-3 (426)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECCIONAL

DO PARANÁADV.(A/S) : JULIANA MAIA BENATO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : DANIELA REGINA NERY DE LIMA E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 103: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 103

ADV.(A/S) : OSWALDO LOUREIRO DE MELLO JUNIOR E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO: INTEMPESTIVIDADE.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO INCABÍVEL: NÃO-INTERRUPÇÃO DO PRAZO. RECURSO NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Recurso Extraordinário interposto pela Ordem dos Advogados do

Brasil – Seccional do Paraná, com fundamento no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. EXAME DE ORDEM. ANULAÇÃO DE QUESTÃO DE PROVA. RECÁLCULO DA MÉDIA.

. Presente o requisito para a concessão da segurança, pois o direito líquido e certo reside no fato de que foi aplicada questão cuja matéria não estava prevista no programa da prova escolhida pelo candidato, razão porque o mesmo foi reprovado no exame, o que impede seu exercício profissional.

. Configurado o requisito legal, deve ser concedida a segurança para determinar à apelada que recalcule a média dos apelantes, desconsiderando questão que versava matéria alheia ao programa.

. Prequestionamento quanto à legislação invocada estabelecido pelas razões de decidir.

. Apelação dos impetrantes provida.

. Apelação da OAB e Remessa Oficial improvidas” (fl. 342).2. Contra o acórdão de apelação em mandado de segurança decidido

por maioria, a OAB – Seccional do Paraná interpôs embargos infringentes (fls. 347-360), que não foram admitidos por serem manifestamente incabíveis, pois ‘São inadmissíveis embargos infringentes no processo de mandado de segurança’” (fl. 363).

3. A Recorrente afirma que teriam sido contrariados os arts. 2º, 5º, caput, e 37, caput, da Constituição da República.

Sustenta que “ao se reconhecer a ilegalidade de uma das questões, o acórdão recorrido foi além de sua competência jurisdicional e atribuiu nota, declarando a aprovação automática dos impetrantes no certame, interferindo em verdadeiro absurdo no poder discricionário da Administração” (fl. 412).

Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. O recurso não pode ser conhecido por ser intempestivo. A Recorrente foi intimada do acórdão proferido em sede de apelação

em 16 de novembro de 2006 (fl. 342). Opôs, então, embargos de divergência, manifestamente incabíveis.

O recurso extraordinário foi interposto em 9 de fevereiro de 2007 (fl. 406) após o prazo legal.

5. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que recurso incabível não suspende ou interrompe o prazo para interposição do recurso adequado. Nesse sentido:

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. EMBARGOS INFRINGENTES. NÃO-CABIMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 597 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. De acordo com a jurisprudência desta Corte, a interposição de embargos infringentes quando incabíveis, não suspende nem interrompe o prazo para a apresentação do recurso extraordinário. No presente caso, os embargos infringentes são incabíveis nos termos da Súmula 597 desta Corte, que dispõe que "não cabem embargos infringentes de acórdão que, em mandado de segurança decidiu, por maioria de votos, a apelação." Assim, é intempestivo o recurso extraordinário, porquanto interposto após o decurso do prazo legal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 606.085-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 31.10.2007).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. INCABÍVEIS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTEMPESTIVO. 1. Não cabem embargos infringentes de acórdão que, em mandado de segurança, decidiu, por maioria de votos, a apelação (Súmula 597-STF). 2. Recurso incabível não tem o efeito de suspender o prazo do recurso extraordinário. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 244.609-AgR, Rel. Min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 10.12.1999).

6. Pelo exposto, não conheço do recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.026-1 (427)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : ANDERSON SANTOS CUNHAADV.(A/S) : MARIANO RODRIGUES DOS SANTOS E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : ALEXANDRE ROMERO DA MOTA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo e assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL – Interposição contra decisão que deu provimento a medida cautelar de cancelamento de protesto. Alegações de que o protesto lavrado consubstancia-se em exercício regular de um direito, que o mesmo foi lavrado dentro da mais absoluta legalidade e que não foi baixado devido a inércia do apelado. Sustenta ter entregue todos os documentos necessários e hábeis para o cancelamento. Fundamenta que não pode arcar com custas, despesas processuais e honorários advocatícios, uma vez que agiu corretamente. Inexistência de causalidade que justifique a sucumbência do apelante. Processo extinto por ausência de interesse processual do autor. Invertido o ônus da sucumbência.” (fls. 85/86).

A recorrente alega, com base no art. 102, III, a, ofensa ao art. 37 5º, XXXV, da Constituição Federal.

2.Inadmissível o recurso. Com efeito, o acórdão impugnado decidiu a causa com base no

conjunto fático-probatório. Dissentir desse juízo, quanto à caracterização ou não da união

estável, exigiria, como é óbvio, reexame de fatos e provas, de modo que eventual ofensa à Constituição seria, aqui, apenas indireta.

Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, pretensão de reexame de provas (súmula 279).

3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.088-1 (428)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ADILSON CARLOS FARIARECDO.(A/S) : JOAQUIM ALVES DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSE EMIDIO DE MELO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu que a declaração de inexigibilidade de título executivo pelo Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 741, parágrafo único, do CPC, não atinge os títulos judiciais advindos de decisões com anterior trânsito em julgado.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, requereu-se o reconhecimento da inexigibilidade do título executivo judicial.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ a aplicação do parágrafo único do art. 741 do CPC e a extensão de precedentes do Supremo Tribunal Federal aos casos com trânsito em julgado ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.068-RG/PR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, determino, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.068-RG/PR.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.040-7 (429)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIMED RS - FEDERAÇÃO DAS COOPERATIVAS

MÉDICAS DO RIO GRANDE DO SUL LTDAADV.(A/S) : MARCO TÚLIO DE ROSE E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. COFINS.

REVOGAÇÃO DA ISENÇÃO DOS ATOS COOPERATIVOS POR LEI ORDINÁRIA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“TRIBUTÁRIO. COFINS. SOCIEDADES COOPERATIVAS.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 104: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 104

CONSTITUCIONALIDADE. ART. 6º, I, LC 70/91. ISENÇÃO. MP 1.858/99. REVOGAÇÃO. POSSIBILIDADE. LEI N. 9.718/98. BASE DE CÁLCULO. VERBA HONORÁRIA” (fls. 290).

2. Contra essa decisão a Recorrente interpôs recursos especial e extraordinário, ambos admitidos na origem (fls. 394-395).

Nas razões do recurso extraordinário sustenta que “o dispositivo da lei complementar atingido confere, sob o título de isenção, exclusão da base de cálculo da contribuição sobre o financiamento da seguridade social, dos valores relativos a atos cooperativos praticados, nas condições que menciona, pelas sociedades cooperativas” (fl. 379).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. O recurso extraordinário está prejudicado, por perda superveniente

de objeto.4. O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao Recurso

Especial n. 752.036, interposto pela ora Recorrente, nos termos seguintes:“Tendo em vista que o benefício conferido às sociedades

cooperativas foi imposto por lei complementar, a revogação da isenção só poderia ter sido veiculada por norma de mesma hierarquia, sob pena de ofensa ao princípio da hierarquia das leis (...) tais as razões expendidas, DOU PROVIMENTO ao presente recurso especial, com fulcro no artigo 577, § 1º-A, do Código de Processo Civil” (fls. 401-402).

Contra essa decisão a União interpôs recurso extraordinário (fls. 464-480).

5. O Presidente do Superior Tribunal de Justiça negou seguimento ao recurso extraordinário interposto pela União, ao fundamento de que incidiria, na espécie, a Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal (fls. 519-520).

Contra essa decisão a União interpôs agravo de instrumento, conforme pesquisa realizada no sítio do Superior Tribunal de Justiça.

Esse agravo de instrumento foi protocolizado sob o n. 689.150 e em 3.6.2009 neguei seguimento a ele, ao fundamento de que a Recorrente não teria impugnado as razões do acórdão recorrido, fazendo incidir, na espécie, a Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.

Essa decisão transitou em julgado em 4.8.2009, conforme pesquisa realizada no Sistema de Acompanhamento Processual do Supremo Tribunal Federal.

6. O acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região foi substituído pela decisão do Superior Tribunal de Justiça e mantido pelo Agravo de Instrumento 689.150, de minha relatoria. Assim, o recurso extraordinário interposto contra o acórdão do Tribunal Regional ficou prejudicado, por perda superveniente de objeto.

Confira-se, a propósito, o seguinte julgado:“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. SUBSTITUIÇÃO DO ARESTO

IMPUGNADO PELA DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PERDA DE OBJETO DO APELO EXTREMO. O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial interposto simultaneamente com o apelo extremo. Decisão essa que substituiu o acórdão proferido pelo Tribunal de origem. Logo, o recurso extraordinário se encontra prejudicado. Precedente: AI 227.510, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio. Agravo regimental manifestamente infundado, ao qual se nega provimento. Condenação da parte agravante a pagar à parte agravada multa de 10% (dez por cento) do valor atualizado da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor. Isso com lastro no § 2º do art. 557 do Código de Processo Civil” (RE 529.439-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJE 17.10.2008).

7. Pelo exposto, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário, por perda do objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 571.606-6 (430)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ELLYS TAYNARA BRITO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ DE DEUS ALVES DOS SANTOS

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE

PREQUESTIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS SUPOSTAMENTE OFENDIDOS: INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. SENTENÇA PROLATADA PELO JUÍZO A QUO QUE, EM SEDE DE AÇÃO DECLARATÓRIA, RECONHECEU A EXISTÊNCIA DE DEPENDÊNCIA ECONÔMICA ENTRE A AUTORA E A SUA FALECIDA AVÓ, CONFERINDO

ÀQUELA O DIREITO DE PERCEBER O BENEFÍCIO POR ESTA DEIXADO PERANTE A PREVIDÊNCIA SOCIAL. MENOR QUE, COMPROVADAMENTE, SE ENCONTRAVA SOB A GUARDA DE SUA PROGENITORA. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA DA LEI Nº 8.213/91 (ART. 16, § 2º) E DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI Nº 8.069/90, ART. 33, § 3º). BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO CUJA CONCESSÃO, NA HIPÓTESE, SE IMPÕE. PRECEDENTES DO STJ. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E IMPROVIDA” (fl. 107).

2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo seria absolutamente incompetente para o julgamento do recurso de apelação e que, por conseguinte, teriam sido ofendidos os arts. 5º, inc. LIII, e 109, § 4º, da Constituição da República.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.4. A alegação de ofensa aos arts. 5º, inc. LIII, e 109, § 4º, da

Constituição da República não foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de prequestionamento. Incidem, no caso, as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. O tema constitucional suscitado no apelo extremo não foi objeto de análise prévia, e conclusiva, pelo Tribunal de origem. Pelo que incidem as Súmulas 282 e 356 desta colenda Corte. Agravo regimental desprovido” (AI 582.949-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ 29.2.2008).

5. Ressalte-se que os embargos declaratórios de fls. 314-318 versaram exclusivamente sobre a questão da tempestividade do recurso extraordinário e foram opostos não contra o julgado recorrido, mas contra a decisão da Presidência do Tribunal a quo, a qual, inicialmente, havia considerado intempestivo o recurso extraordinário.

Assim, a questão relativa à incompetência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte para o julgamento da apelação não foi sequer submetida ao Colegiado a quo.

6. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente.7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.603-3 (431)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO

DO RIO GRANDE DO SUL - FASEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MARIA GLENI COSTA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : AFONSO CELSO BANDEIRA MARTHA E OUTRO

(A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a possibilidade de fracionamento do valor a ser executado para expedição de requisição de pequeno valor em razão da existência de litisconsórcio ativo facultativo.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 568.645,

Relator o Ministro Menezes Direito, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 105

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.482-6 (432)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : GUILHERME VELOSO CAVALCANTIADV.(A/S) : SEBASTIÃO MORAES DA CUNHA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: (Referente à Petição nº 106.090) Junte-se. Defiro o pedido de assistência judiciária gratuita, com base no artigo

4º da Lei nº 1.060/50.Publique-se.Brasília, 03 de agosto de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.720-5 (433)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : HOSPITAL SANTA HELENA S/AADV.(A/S) : ELITON GUIMARÃES VAZ E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea b, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a incidência do ICMS sobre a importação de equipamento médico por sociedade civil não contribuinte do tributo, após a Emenda Constitucional n. 33/2001.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 594.996,

Relator o Ministro Eros Grau, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.170-9 (434)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ROSÂNGELA PEREZ MACIELADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO DE SOUZA MAIARECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra acórdão no qual se discute a possibilidade de os requisitos para ingresso nas forças armadas ser fixado por outro instrumento normativo que não a lei.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.

2. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 572.499, de minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento de mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B e seus parágrafos, do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.662-1 (435)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : JOSÉ ANDRÉ DE ARAÚJOADV.(A/S) : JOSÉ MAURÍCIO DE CASTRO E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre os proventos de militares inativos e pensionistas após o advento da Emenda Constitucional n. 41/2003.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 596.701,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.053-9 (436)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : ALCIDES NUNES DE ARAÚJOADV.(A/S) : WAGNER ANDRADE VIEIRA DUTRA E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre os proventos de militares inativos e pensionistas durante a vigência da Emenda Constitucional n. 20/1998 e a legitimidade dessa incidência após o advento da Emenda Constitucional n. 41/2003.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 106

2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 596.701, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.443-7 (437)PROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NEÓPOLISADV.(A/S) : LUIZ HAMILTON SANTANA DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : ANTÔNIO QUIRINO FILHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FRANCISCO SOUSA GUERRA

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a possibilidade de a Administração Pública poder proceder a anulação de ato administrativo relacionado a interesses individuais sem a instauração de processo administrativo, o qual permitiria o exercício do contraditório e da ampla defesa.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário 594.296,

Relator o Ministro Menezes Direito, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.143-3 (438)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : MÁRCIO ROBERTO S RODRIGUESRECDO.(A/S) : LUZIA DE RESENDE DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS CHAVES VIANA E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, em que se discute a incidência de contribuição previdenciária para custeio de previdência, pensão e assistência médica sobre proventos de inativos, instituída pela Lei estadual 13.455/2000.

O Plenário desta Corte, ao julgar o pedido de medida liminar na ADI 2.010, sob a égide da EC 20/98, decidiu pela inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre proventos da inatividade e pensões de servidores públicos. O conteúdo desse acórdão está assim resumido em sua ementa:

“(...) A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO ADMITE A INSTITUIÇÃO

DA CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL SOBRE INATIVOS E PENSIONISTAS DA UNIÃO.

- A Lei nº 9.783/99, ao dispor sobre a contribuição de seguridade social relativamente a pensionistas e a servidores inativos da União, regulou, indevidamente, matéria não autorizada pelo texto da Carta Política, eis que, não obstante as substanciais modificações introduzidas pela EC nº 20/98 no regime de previdência dos servidores públicos, o Congresso Nacional absteve-se, conscientemente, no contexto da reforma do modelo previdenciário, de fixar a necessária matriz constitucional, cuja instituição se revelava indispensável para legitimar, em bases válidas, a criação e a incidência dessa exação tributária sobre o valor das aposentadorias e das pensões.

O regime de previdência de caráter contributivo, a que se refere o art. 40, caput, da Constituição, na redação dada pela EC nº 20/98, foi instituído, unicamente, em relação “Aos servidores titulares de cargos efetivos...”, inexistindo, desse modo, qualquer possibilidade jurídico-constitucional de se atribuir, a inativos e a pensionistas da União, a condição de contribuintes da exação prevista na Lei nº 9.783/99. Interpretação do art. 40, §§ 8º e 12, c/c o art. 195, II, da Constituição, todos com a redação que lhes deu a EC nº 20/98.

(...)”Essa orientação foi confirmada pelo Plenário deste Tribunal, no

julgamento da ADI 2.189-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 09.06.2000; ADI 2.196-MC, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 18.08.2000.

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Contudo, a Primeira Turma desta Suprema Corte, no julgamento do

RE 372.356-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 20.06.2003, considerou legítima a exigência de contribuição previdenciária de inativos e pensionistas, desde que a respectiva cobrança refira-se a período anterior ao advento da EC 20/98:

“EMENTA: Contribuição previdenciária: incidência sobre proventos da inatividade de servidores públicos estaduais (L. est. 12.278/96, de Minas Gerais): constitucionalidade da cobrança no período que antecede a EC 20/98: precedente (ADInMC 1441, Pleno, 28.6.96, Gallotti, DJ 18.10.96)”

Nesse sentido, ainda, em casos análogos ao presente, o RE 364.829, rel. min. Gilmar Mendes, DJ 01.07.03; RE 365.383, rel. min. Carlos Velloso e RE 385.076, rel. min. Maurício Corrêa.

Do mesmo modo, esta Corte tem decidido que o percentual destinado à assistência médica não pode ser exigido dos aposentados e pensionistas durante o período de vigência da Emenda Constitucional 20/1998. Nesse sentido: RE 489.508 (rel. min. Ricardo Lewandowski; DJ 1º.02.2007); RE 364.240-AgR–ED (rel. min. Celso de Mello; DJ 06.08.2004); RE 369.097-AgR–AgR (rel. min. Carlos Britto; DJ 12.03.2004); RE 347.474-AgR (rel. min. Joaquim Barbosa; DJ 17.10.2003).

Do exposto, com base no art. 544, § 3º e § 4º, do Código de Processo Civil, dou provimento ao recurso extraordinário, para, nos termos do art. 557, § 1º-A, do referido diploma legal, e de acordo com os precedentes citados, dele conhecendo, determinar que a restituição se limite ao período de vigência da EC 20/1998. Compensem-se as custas e honorários à proporção das respectivas sucumbências.

Publique-se.Brasília, 07 de agosto de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.067-0 (439)PROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NEÓPOLISADV.(A/S) : LUIZ HAMILTON SANTANA DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS OLIVEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FRANCISCO SOUSA GUERRA

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a possibilidade de a Administração Pública poder proceder a anulação de ato administrativo relacionado a interesses individuais sem a instauração de processo administrativo, o qual permitiria o exercício do contraditório e da ampla defesa.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário 594.296,

Relator o Ministro Menezes Direito, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.085-8 (440)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : MARIA DA CONSOLAÇÃO ANGELINO SCARPONIADV.(A/S) : MARCOS CHAVES VIANA E OUTRO (A/S)

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto contra julgado do Tribunal de

Justiça de Minas Gerais, no qual se discute a constitucionalidade da cobrança compulsória, a título de custeio de assistência à saúde, paga pelos servidores públicos estaduais ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais – IPSEMG, por contrariedade ao art. 149, § 1º, da Constituição da República.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.3. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 573.540,

Relator o Ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.767-4 (441)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : JORGE ZAIDEN E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JORGE ZAIDEN E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Como já assinalado no despacho de fls. 249, o pedido de expedição de ofício à Coordenadoria de Administração Financeira da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo não pode ser apreciado por esta Suprema Corte, eis que versa matéria a ser examinada pelo juízo “a quo”.

2. À Secretaria, novamente, para cumprir a decisão de fls.243. Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.038-7 (442)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PELOTASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PELOTASRECDO.(A/S) : NARA VIEIRA GONÇALVESADV.(A/S) : PAULO ANTÔNIO NUNES DOS SANTOS E OUTRO

(A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório

1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a intempestividade dos embargos à execução opostos pelo Recorrente, nos termos do art. 4º da Medida Provisória nº 1.984-16/2000, mantida pela Medida Provisória nº 2.180-34/2001, o qual alterou o prazo estabelecido no art. 730 do Código de Processo Civil.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 590.871, Relator o

Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento de mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B e seus parágrafos, do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.711-5 (443)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : LUCIANO CORRÊA GOMES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : NELCI DA ROSA MARCHIORETTOADV.(A/S) : CRISTIANO COLOMBO E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade da capitalização mensal de juros (art. 5º da Medida Provisória n. 2.170/2001).

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 568.396,

Relator o Ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário, tema que, ademais, é objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 2.316 e do Recurso Extraordinário n. 592.377.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.849-9 (444)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MENEZES DIREITORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESTEZIL MOREIRA DANTAS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOMAR MACIEL PIRES E OUTRO (A/S)

DESPACHOVistos.Determino a juntada da Petição nº 63.666, protocolada nesta Corte

em 27/5/09, e defiro o pedido de vista dos autos por 5 dias.Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.823-6 (445)PROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 108

SERGIPE

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute o direito à nomeação de candidato aprovado entre as vagas previstas em edital de concurso público.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 598.099,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.926-7 (446)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : VILMA NATALICIA SAGASADV.(A/S) : LUCIANA DÁRIO MELLER E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a incidência de contribuição previdenciária sobre as gratificações e adicionais de caráter temporários, a saber, terço constitucional de férias, horas-extras, adicional noturno e adicional de insalubridade.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.068,

Relator o Ministro Joaquim Barbosa, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.942-9 (447)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MARESKA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS

LTDA

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea b, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a

constitucionalidade do art. 13 da Lei n. 8.620/93.Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 567.932,

Relator o Ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.086-9 (448)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. VAGA EM CRECHE MUNICIPAL. 1.

REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO ANTERIOR A 3.5.2007. 2. RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO: MANUTENÇÃO DO FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. PRECLUSÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Preceitua o artigo 211, § 2º, da Carta Magna que ‘os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil’. Esta, nos termos do texto constitucional, deve ser oferecida pelos Municípios por meio de creches e pré-escolas (Lei n. 8.069/90 – ECA, artigo 54, inciso IV, c.c. o artigo 11, inciso V, da Lei n. 9.394/96).

A Constituição Estadual reza em seu artigo 240: ‘os Municípios responsabilizar-se-ão prioritariamente pelo ensino fundamental, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, e pré-escolar, só podendo atuar nos níveis mais elevados quando a demanda naqueles níveis estiver plena e satisfatoriamente atendida, do ponto de vista qualitativo e quantitativo’.

Destarte, é delegada aos Municípios, cujos sistemas de ensino estejam organizados, a competência para autorizar o funcionamento e supervisionar as instituições de educação das crianças de zero a seis anos de idade.

Todavia, organização e autorização do ensino infantil depende da conveniência e oportunidade para a realização de atos físicos de administração, cuja discricionariedade é exclusiva do Poder Executivo, não sendo possível ao Poder Judiciário, sob o argumento de estar protegendo direitos coletivos, ordenar que tais atos sejam efetivados” (fls. 81-82).

2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 211, § 2º, da Constituição da República.

Argumenta que “o texto constitucional determina a atuação prioritária do Município no ensino fundamental e na educação infantil” (fl. 115).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Inicialmente, quanto à preliminar de repercussão geral, é de se

anotar que o então Recorrente foi intimado do acórdão recorrido antes de 3.5.2007, o que dispensa a demonstração da repercussão geral da questão constitucional em capítulo especial do recurso extraordinário, nos termos do que decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.

4. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.5. O Tribunal de origem decidiu com base em fundamentos

constitucional (art. 211, § 2º) e infraconstitucionais (art. 54, inc. IV, da Lei n. 8.069/90 – ECA, art. 11, inc. V, da Lei n. 9.394/96 e art. 240 da Constituição do Estado de São Paulo).

Os fundamentos infraconstitucionais, suficientes para a manutenção do acórdão recorrido, subsistem, em razão do trânsito em julgado da decisão do Superior Tribunal de Justiça, que negou seguimento ao Recurso Especial

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 109

n. 784.944 (fl. 160). Incide, na espécie, a Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 283 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia com base em fundamentos constitucional e infraconstitucional. O embasamento infraconstitucional é suficiente para manter o acórdão recorrido, pois não foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça. Precedentes” (AI 691.901-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 14.8.2009).

“5. RECURSO. Extraordinário. Duplo fundamento. Decisão proferida pelo STJ. Inatacada. Aplicação da súmula 283. Jurisprudência assentada. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (AI 489.338-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJ 15.5.2009).

Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.216-6 (449)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROADV.(A/S) : FÁTIMA MARIA AMARAL T PAESRECTE.(S) : GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : HELIO BELLO CAVALCANTI E OUTRO (A/S)RECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : FLÁVIO BOLSONAROADV.(A/S) : ANTONIO MOFATO

DECISÃO: Discute-se neste recurso extraordinário a constitucionalidade de lei estadual que elevou para 200% a alíquota do ICMS incidente sobre a comercialização de “armas de fogo e munições, suas partes e acessórios”.

2.O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro declarou a inconstitucionalidade da Lei estadual n. 4.135/03, texto normativo que veiculou a alteração da alíquota citada.

3.A recorrente sustenta que o provimento judicial violou o disposto nos artigos 5º, caput, 144, 150, IV e V, e 155 da Constituição do Brasil.

4.Assevera ser “evidente que na elaboração da Lei em tela não se almejou o alcance de metas fiscais, ou seja, não se pretendeu o puro e simples aumento de arrecadação no Estado. Na verdade, buscou-se intervir, por meio da tributação, em um aspecto da realidade social julgado de extrema relevância. O tributo cumpre, na espécie, uma função extrafiscal: desestimular a compra de armas esperando-se, com isso, reduzir o nível de violência no Estado”.

5.Prossegue afirmando que “de acordo com o artigo 155, § 2º, inciso III, da Carta Federal, o ICMS poderá ser seletivo, ‘em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços’. Logo, produtos ou serviços que não sejam essenciais, como é o caso das armas para a população em geral, podem sofrer a incidência de carga tributária mais elevada” [fls. 114-127].

6.É o relatório.7.O recurso merece prosperar, tendo em vista que a incidência, no

caso, atende ao requisito da seletividade, que lhe confere caráter extrafiscal. O tributo cumpre, na espécie, função extrafiscal; visa a desestimular a compra de armas de fogo e munições, suas partes e acessórios.

8.A jurisprudência do Supremo fixou-se no sentido de ser idôneo o uso do “caráter extrafiscal que pode ser conferido aos tributos, para estimular conduta por parte do contribuinte, sem violar os princípios da igualdade e da isonomia” [ADI n. 1.276, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 29.8.02].

Dou provimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 557, 1º-A, do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.488-6 (450)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CIRLENE BRANDÃOADV.(A/S) : PATRÍCIA REIS NEVES BEZERRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃO

ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO E PREVIDENCIÁRIO.

IMPOSTO DE RENDA. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. PROVENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE. TEMA CONSTITUCIONAL SEM REPERCUSSÃO GERAL, CONFORME PRONUNCIAMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ART. 327, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro:

“TRIBUTÁRIO. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO PAGO EM ATRASO OU ACUMULADAMENTE POR CULPA DO INSS. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA DE ACORDO COM A DISPONIBILIDADE DOS PROVENTOS MÊS A MÊS. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA” (fl. 106).

2. A Recorrente afirma que, ao aplicar o art. 12 da Lei n. 7.713/88, o Tribunal a quo teria ofendido os arts. 145, § 1º, e 150, inc. II, da Constituição da República.

Além disso, alega violação ao art. 5º, inc. XXXV e LV, uma vez que a Turma Recursal não se manifestou sobre ponto omisso.

Argumenta que “o acórdão recorrido considerou correta a aplicação da alíquota máxima sobre os valores recebidos pela ora Recorrente, tal qual considerado na decisão de primeira instância, vez que não haveria respaldo legislativo para aplicação de alíquota menor, apesar de ter a Recorrente alegado de forma cristalina, tal qual demonstrado com jurisprudência robusta, a violação ao princípio da isonomia tributária instituído no art. 150, inciso II da CRFB/88 e do art. 145, §1º da Carta Magna” (fl. 137).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.4. Inicialmente, cumpre ressaltar que não é necessária a análise dos

fundamentos do acórdão recorrido, pois, no julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário 592.211, Relator o Ministro Menezes Direito, o Supremo Tribunal Federal declarou a ausência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso, nos termos seguintes:

“DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA FÍSICA. INCIDÊNCIA SOBRE RENDIMENTOS PAGOS ACUMULADAMENTE. ALÍQUOTA APLICÁVEL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.” (RE 592.211, Rel. Min. Menezes Direito, Plenário Virtual, DJe 20.11.2008).

Assim, “negada a existência da repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal” (art. 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil c/c o art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

5. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

543-A, § 5º, do Código de Processo Civil e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.879-2 (451)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITORECTE.(S) : BV FINANCEIRA S/A - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOADV.(A/S) : GEOVANA PALERMO CARPES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MARIA HELENA GUILHERME LOBATOADV.(A/S) : GUSTAVO FETTER DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)

DECISÃOVistos.Recurso extraordinário interposto por BV Financeira S.A. – Crédito,

Financiamento e Investimento contra acórdão da Décima Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

Ocorre que foi protocolada nesta Corte, em 21/5/09, sob o nº 60.704, petição das partes comunicando que celebraram acordo, o que torna sem objeto o presente recurso.

Ante o exposto, defiro a juntada da mencionada petição e, nos termos do artigo 21, inciso IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o recurso extraordinário por falta de objeto.

Publique-se. Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.418-1 (452)PROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 110

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CUBATÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CUBATÃORECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE MAURÍCIO CUNHA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ALTAMIRO NOSTRE

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto contra julgado no qual se discute

a inclusão de juros moratórios e compensatórios no cálculo do parcelamento previsto no art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 590.751,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.853-4 (453)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREADV.(A/S) : LUÍS MAXIMILIANO TELESCARECDO.(A/S) : JOÃO MAURÍCIO FERREIRAADV.(A/S) : IÁRA KRIEG DA FONSECA E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a tempestividade de embargos à execução opostos pela Fazenda Pública, nos termos do art. 4º da Medida Provisória nº 1.984-16/2000, mantida pela Medida Provisória nº 2.180-34/2001, o qual alterou o prazo estabelecido no art. 730 do Código de Processo Civil.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 590.871, Relator o

Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento de mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B e seus parágrafos, do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.679-6 (454)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : GRÊMIO FOOT-BALL PORTO ALEGRENSEADV.(A/S) : MARIA CAROLINA NOGUEIRA SIMAS E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASIL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO

ORIGINÁRIA. SEGREDO DE JUSTIÇA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO DO

RECURSO ESPECIAL. MANUTENÇÃO DO FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. PRECLUSÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República.2. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou agravo de

instrumento, nos termos seguintes:“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE

CARÁTER EMINENTEMENTE PATRIMONIAL. SEGREDO DE JUSTIÇA. DESCABIMENTO.

. A regra da publicidade dos atos processuais comporta exceções legalmente previstas e outras em que a relevância dos fundamentos demonstre a necessidade de que o feito tramite em segredo de justiça.

. Hipótese em que descabe o segredo de justiça, uma vez que a ação versa eminentemente sobre direitos patrimoniais.

. Prequestionamento quanto à legislação invocada estabelecido pelas razões de decidir.

. Agravo de instrumento improvido.(...)

A regra da publicidade dos atos processuais pode ser restringida em circunstâncias especiais elencadas no artigo 155 do Código de Processo Civil, in verbis:

‘Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:

I - em que o exigir o interesse público;Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos

cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões

de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite’.

Observa-se que a pretensão do agravante não merece prosperar, pois não se enquadra em nenhuma das hipóteses previstas no referido dispositivo legal, uma vez que se trata de ação de caráter eminentemente patrimonial.

As demais alegações formuladas pelo recorrente também não são suficientes para a determinação de que o feito tramite em segredo de justiça.

Com efeito, o artigo 5º, inciso X da Carta Magna estabelece a inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem, abrangendo também as pessoas jurídicas. Contudo, é imperioso reconhecer que o curso regular de um processo judicial não constitui afronta ao texto constitucional e, sim, em uma garantia também com status de direito fundamental, consubstanciada no direito ao devido processo legal, previsto no inciso LIV do artigo citado” (fls. 368 e 371).

3. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria afrontado o art. 5º, inc. X, da Constituição.

Argumenta que:“1. Merece reforma a decisão hostilizada, uma vez que a Constituição

Federal, em seu artigo 5º, inciso X, dispõe que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. Desta forma, inadmissível o livre acesso a informações que deviam estar cobertas pelo sigilo bancário, como ocorre na espécie.

2. Ora, Excelências, restam absolutamente cristalinas as razões para a concessão do sigilo processual pretendido, na medida em que a Constituição Federal de 1988 foi clara e precisa no que diz respeito a todos os direitos da personalidade e ao considerar inviolável o sigilo dos dados pessoais, que abrangem, entre outros, dados da vida particular financeira, tanto da pessoa física ou, como no caso vertente, da pessoa jurídica.

(...)4. A decisão ora recorrida, por sua vez, colide frontalmente com o

texto inserido no art. 5º, X, da Carta Magna, tendo em vista que a matéria abordada na demanda anulatória é de interesse exclusivo das partes envolvidas, devendo, pois, ser preservado o sigilo dos autos.

5. Ademais, o sigilo à privacidade dos dados está garantido constitucionalmente, através da norma acima elencada, e só se admite a sua quebra em casos excepcionais e comprovadamente necessários, atendidas as determinações legais específicas. No caso sob análise, vale frisar ainda que, através do disposto nos artigos 1º e 2º da Lei Complementar n. 105/01, os dados de natureza bancária são sigilosos e devem ser preservados” (fl. 400).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.O Tribunal de origem decidiu sobre o pedido de decretação do

segredo de justiça na ação originária, com base em dois fundamentos, um infraconstitucional (Código de Processo Civil), e outro constitucional (art. 5º, inc. X).

Entretanto, subsiste o fundamento infraconstitucional suficiente para a manutenção do acórdão recorrido, em razão do trânsito em julgado da decisão do Superior Tribunal de Justiça, que negou seguimento ao recurso especial (fl. 428). Incide, na espécie, a Súmula 283 deste Supremo Tribunal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 111

FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. TRÂNSITO EM JULGADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283/STF. O fundamento infraconstitucional, suficiente para a manutenção do acórdão impugnado, transitou em julgado. Incidência da Súmula 283/STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 483.127-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJE 31.10.2008 – grifos nossos).

Nada há a prover quanto às alegações da parte recorrente.5. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.231-2 (455)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE RESENDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RESENDERECDO.(A/S) : HOTEL FAZENDA TRÊS PINHEIROS LTDAADV.(A/S) : ALFREDO JOSÉ DE GODOI MACEDO E OUTRO

(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CONTROLE

DE CONSTITUCIONALIDADE. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO: RESERVA DE PLENÁRIO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. SÚMULA VINCULANTE 10 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“TAXA MUNICIPAL DE MANUTENÇÃO DE REDES DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA (TMRIP). MUNICÍPIO DE RESENDE. LEI MUNICIPAL INSTITUIDORA DO TRIBUTO, NA FORMA DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL DO ART. 149-A. DECRETO MUNICIPAL QUE FIXA ALÍQUOTA E BASE DE CÁLCULO, PARA A INCIDÊNCIA DA EXAÇÃO. INFRINGÊNCIA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. ART. 150, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA EX OFFICIO DA LEI CRIADORA DO TRIBUTO, POR SE TRATAR DE MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA E PRESSUPOSTO LÓGICO E INAFASTÁVEL DO JULGAMENTO DA LIDE. ILEGALIDADE DO DECRETO MUNICIPAL QUE FIXOU A ALÍQUOTA E BASE DE CÁLCULO. ESPÉCIE NORMATIVA QUE SOMENTE SE PRESTA A REGULAMENTAÇÃO E EXECUÇÃO DE LEI, NÃO PODENDO INOVAR NO MUNDO JURÍDICO. INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO COBRADO, CUJA SOMA DEVE SER INTEGRALMENTE RESTITUÍDA AO CONTRIBUINTE. NAS CAUSAS EM QUE NÃO HÁ CONDENAÇÃO E NAQUELAS EM QUE FOR VENCIDA A FAZENDA PÚBLICA, OS HONORÁRIOS SERÃO FIXADOS CONSOANTE APRECIAÇÃO EQUITATIVA DO JUIZ, ATENDIDAS AS NORMAS DAS ALÍNEAS A, B E C, DO § 3º, DO ARTIGO 20, C.P.C. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO” (fl. 319).

2. O Recorrente alega que teriam sido contrariados os arts. 2º, 5º, caput, e 97 da Constituição da República.

Afirma que “o Recorrido ataca diretamente o ato normativo emanado pelo prefeito municipal, solicitando que seja declarado nulo, o que equivale, à sua supressão do ordenamento jurídico, o que somente pode ser feito por iniciativa daqueles dotados de legitimidade constitucional para tanto, e por apreciação do órgão judicial competente. Assim, houve flagrante violação ao art. 97 da Constituição Federal de 1988 que preceitua que a competência para enfrentar questão de inconstitucionalidade de Lei ou ato normativo Municipal é do Tribunal de Justiça do Estado” (fl. 359).

Sustenta, ainda, que “A Lei do Município de Resende que criou a Contribuição de Iluminação Pública não transgride as exigências contidas no art. 150, I e III, da Constituição Federal. Além disso, a lei nº 2.379/2002contém todos os elementos necessários a viabilizar a cobrança, como o fato gerador, o contribuinte, o sujeito ativo e o destinO da arrecadação” (fl. 360).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão de direito assiste ao Recorrente.4. A Décima Sexta Câmara Cível do Tribunal de origem asseverou

que:“muito embora a Lei Municipal tenha criado um tributo através do

permissivo constante no art. 149-A, da Constituição Federal, não estabeleceu todos os elementos necessários à sua instituição, em afronta ao princípio da legalidade, invocado pelo próprio art. 149-A, que explicitamente reza obediência ao art. 150, I e III, da Carta Magna, razão pela qual deve ser considerado inconstitucional, pois, não se pode delegar a outra espécie normativa (decreto municipal expedido pelo Poder Executivo, matéria intrinsecamente ligada à lei em sentido formal” (fl. 325).

5. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido de que a declaração de inconstitucionalidade por órgão fracionário de Tribunal, sem que tenha havido anterior declaração pelo órgão especial ou

pelo plenário, ofende o art. 97 da Constituição da República. Nesse sentido:“Controle incidente de constitucionalidade de normas: reserva de

plenário (CF, art. 97): viola o dispositivo constitucional o acórdão proferido por órgão fracionário, que declara a inconstitucionalidade de lei, ainda que parcial, sem que haja declaração anterior proferida por órgão especial ou plenário” (RE 544.246, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 8.6.2007).

6. Ademais, em 18 de junho de 2008, o Supremo Tribunal editou a Súmula com efeito vinculante n. 10:

“VIOLA A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ARTIGO 97) A DECISÃO DE ÓRGÃO FRACIONÁRIO DE TRIBUNAL QUE, EMBORA NÃO DECLARE EXPRESSAMENTE A INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO, AFASTA SUA INCIDÊNCIA, NO TODO OU EM PARTE”.

Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido.7. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário, nos

termos do art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, para cassar o acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, para que decida como entender de direito, observada a cláusula de reserva de plenário.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.560-5 (456)PROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : ASTRID PORTO CASTRO SIILVA DE MEIRA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : MANOEL FERREIRA LIRA

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. EQUIPARAÇÃO

DE VENCIMENTOS ENTRE PROCURADOR DO PODER LEGISLATIVO E PROCURADOR DO ESTADO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ACÓRDÃO RECORRIDO EM DESARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com fundamento no art. 102, inc.

III, alínea a, da Constituição da República.2. O Tribunal de Justiça de Alagoas julgou mandado de segurança,

nos termos seguintes:“MANDADO DE SEGURANÇA. PROCURADORES DO PODER

LEGISLATIVO ESTADUAL. REMUNERAÇÃO. PRESTAÇÕES DE TRATO SUCESSIVO. DECADÊNCIA INCONFIGURADA. PARIDADE REMUNERATÓRIA COM OS PROCURADORES DO PODER EXECUTIVO. ASSEGURAMENTO POR NORMA CONSTITUCIONAL LOCAL ESPECÍFICA. DIREITO CERTO E LÍQUIDO. SEGURANÇA CONCEDIDA. DECISÃO UNÂNIME” (fl. 166).

3. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 2º, 37, inc. III, 168, §§ 1º e 2º, e 132, da Constituição.

Argumenta que:“É inegável que não existe ‘paridade de funções’ entre a carreira

constitucional de procurador de estado e a carreira legal de procurador do tribunal de contas.

(...)Porém, ainda que as carreiras fossem assemelhadas é fato que já

decidiu este pretório excelso pela completa impossibilidade em face do princípio da legalidade dos vencimentos públicos, da extensão de vantagens por meio de decisão judicial a servidores públicos de outro poder: (...).

(...)Veja-se que o artigo constitucional estadual que deu guarda a

decisão do pleno do TJAL possuía a mesmíssima redação do artigo 39, § 1º, da Carta Federal revogado pela Emenda Constitucional 19/98, e revogado justamente para evitar ações como esta que agora se combate.

(...)É fato que o TJAL em seu decisum foi de encontro a própria

autoridade de Súmula expressa deste Pretório Excelso, in casu, a de número 339” (fls. 197-199).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica assiste ao Recorrente.Este Supremo Tribunal Federal já se manifestou, expressamente,

sobre a matéria aqui versada, qual seja, a impossibilidade de equiparação de vencimentos entre Procurador do Poder Legislativo e Procurador do Estado, pois o Judiciário não deve substituir-se ao legislador, a quem compete concretizar o princípio da isonomia, por meio de lei. Incide, na espécie, a Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“Vencimentos: isonomia: inadmissibilidade de equiparação por

decisão judicial de Procurador do Estado a Procurador da Assembléia Legislativa, sob o fundamento de similitude de funções (Súmula 339)” (RE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 112

228.038/SC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 28.5.1999 - grifei).

E, ainda, a decisão monocrática seguinte:“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.

EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS ENTRE PROCURADOR DO PODER LEGISLATIVO E PROCURADOR DO ESTADO: IMPOSSIBILIDADE ANTE A VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. ART. 158 E PARÁGRAFO ÚNICO DA CONSTITUIÇÃO ALAGOANA. SÚMULA 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. AÇÃO CAUTELAR N. 2.285/AL PREJUDICADA.

(...)12. Ao interpretar o parágrafo único do art. 158 da Constituição

estadual e definir que os Procuradores do Poder Legislativo alagoano que ingressaram originariamente nesse cargo teriam direito à ‘paridade vencimental’ com os Procuradores do Estado de Alagoas, o Tribunal de Justiça reconheceu o que se poderia denominar equiparação, vedada pela Constituição brasileira. Sobre o tema, em outra ocasião, consignei: ‘A equiparação é uma igualação horizontal de vencimentos ou de remuneração, determinada mediante comparação que conduz à conclusão sobre a analogia possível, juridicamente, de cargos, funções ou empregos ou das atribuições que lhes são inerentes. Os cargos, funções ou empregos são desiguais, mas, pela via comparativa, chega-se ao resultado jurídico de que os vencimentos que lhes são inerentes devem ser igualados. Equipara-se o que não é igual, mas que pode ser, juridicamente, tratado como se o fora, promovendo-se, então, a igualação dos vencimentos ou da remuneração que por conta deles deve ser atribuída a um servidor. A equiparação é movimento pelo qual se estabelece uma realidade a partir de fatores e critérios tidos como próprios para aproximar diferenças que, a despeito dessas características, guardam dados de aproximação em seus resultados. Faz-se ela entre cargos, funções ou empregados desiguais, insista-se, mas que comportam elementos de identificação tidos como válidos e, por isso mesmo, aproveitados pelo sistema. A conseqüência da equiparação é a definição de vencimentos iguais, em razão daquele fator de identificação tido como próprio pelo constituinte (e apenas por ele) para cargos que não são iguais, mas formalmente igualados no sistema fundamental. Note-se, pois, que a equiparação somente pode ser considerada válida se feita pelo próprio constituinte, pois, a Constituição, (...) proibiu o seu advento pela legislação infraconstitucional (art. 37, XIII)’ (Princípios constitucionais do servidor público. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 331). O Supremo Tribunal Federal já se manifestou, expressamente, sobre a matéria aqui versada, qual seja, a impossibilidade de equiparação de vencimentos entre Procurador do Poder Legislativo e Procurador do Estado, sendo exemplo: ‘EMENTA: Vencimentos: isonomia: inadmissibilidade de equiparação por decisão judicial de Procurador do Estado a Procurador da Assembléia Legislativa, sob o fundamento de similitude de funções (Súmula 339)’ (RE 228.038/SC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 28.5.1999). (...)

13. Pelo exposto, dou provimento a este recurso extraordinário para denegar a segurança (art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando prejudicada a Ação Cautelar n. 2.285/AL. Considerando a Súmula 512 do Supremo Tribunal Federal, deixo de condenar ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência” (RE 597.242, de minha relatoria, DJe 7.5.2009 – grifei).

O acórdão recorrido divergiu da jurisprudência sumulada deste Supremo Tribunal.

5. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Considerando a Súmula 512 do Supremo Tribunal Federal, deixo de condenar ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência.

Publique-se.Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.123-1 (457)PROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : COOPERATIVA CENTRAL DE CRÉDITO DE GOIÁS

LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MILTON LOPES MACHADO FILHO E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a

constitucionalidade das alterações introduzidas pela Medida Provisória n. 1.858/99, que revogou a isenção da Contribuição para o PIS e COFINS concedida pela Lei Complementar n. 70/91 às sociedades cooperativas, por contrariedade ao art. 146, inc. III, alínea c, da Constituição.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 598.085,

Relator o Ministro Eros Grau, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.737-4 (458)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : DOUGLAS SFORSIN CALVO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA

COMARCA DE ITANHAÉMINTDO.(A/S) : JOÃO ABEL SANGRA

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO

EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. VIA RECURSAL NÃO ESGOTADA NA ORIGEM. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado proferido por Juiz de Direito que rejeitou embargos de declaração opostos contra decisão de extinção de mandado de segurança.

2. A Recorrente alega que teria sido contrariado o art. 5º, inc. XXXV, LIV, LV e LXIX, da Constituição da República.

Sustenta, em síntese, que a decisão que extinguiu o mandado de segurança teria cerceado seu direito de defesa.

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Razão de direito não assiste à Recorrente.4. A decisão recorrida não é de única ou última instância. O recurso

extraordinário foi interposto contra decisão monocrática, não tendo ocorrido o esgotamento da instância recursal no Juízo a quo.

A jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a decisão possibilitadora do recurso extraordinário é aquela proferida em única ou última instância, porque a exigência, insculpida no inc. III do art. 102 da Constituição da República, visa ao esgotamento da jurisdição na origem. Incide, na espécie, a Súmula 281 deste Tribunal.

Nesse sentido:“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO. AUSÊNCIA DE DECISÃO DE ÚLTIMA INSTÂNCIA. VIA RECURSAL NÃO ESGOTADA NA ORIGEM. SÚMULA 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Inviável o agravo de instrumento no qual não são impugnados todos os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso extraordinário. Precedentes. 2. A decisão monocrática de relator que nega seguimento a recurso de apelação não é decisão de última instância, pois pode ser impugnada por agravo” (AI 651.750-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.4.2009).

“EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Recurso especial julgado por decisão monocrática. Não esgotada a instância de origem. Súmula nº 281/STF. 1. O recurso extraordinário é inadmissível quando interposto após decisão monocrática proferida pelo Relator, haja vista que não esgotada a prestação jurisdicional pelo Tribunal de origem. Incidência da Súmula nº 281/STF. 2. Agravo regimental desprovido” (AI 670.087-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJe 13.2.2009).

“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. VINCULAÇÃO DESTA CORTE AO JUÍZO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 113

ADMISSIBILIDADE PROFERIDO PELO TRIBUNAL A QUO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DA VIA RECURSAL ORDINÁRIA. SÚMULA 281 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O juízo de admissibilidade realizado pelo Tribunal a quo não vincula esta Corte. Precedentes. II - Recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática que rejeitou os embargos de declaração em apelação. Ausência de decisão de única ou última instância, incidência do óbice da Súmula 281 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI 708.224-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 21.11.2008).

5. Não há, pois, o que prover quanto às alegações da Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.563-6 (459)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOÃO MÁRIO DE SOUZA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FELISBERTO VILMAR CARDOSO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : CLOVIS KONFLANZ E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade do art. 29-C da Lei n. 8.036/1990, acrescido pela Medida Provisória n. 2.164-40/2001, que impede a condenação em honorários advocatícios nas ações entre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e os titulares de contas a este vinculadas.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 581.160,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.695-1 (460)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : CREDSUPER - COOPERATIVA DE ECONOMIA E

CRÉDITO MÚTUO DOS SERVIDORES DA UFRNADV.(A/S) : ANDRÉ VIDAL VASCONCELOS SILVA E OUTRO

(A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade das alterações introduzidas pela Medida Provisória n. 1.858/99, que revogou a isenção da Contribuição para o PIS e COFINS concedida pela Lei Complementar n. 70/91 às sociedades cooperativas, por contrariedade ao art. 146, inc. III, alínea c, da Constituição.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 598.085,

Relator o Ministro Eros Grau, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.997-6 (461)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CEVAL ALIMENTOS S/AADV.(A/S) : ARNO SCHMIDT JÚNIOR E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA - SESIADV.(A/S) : GLAUCO SILVA MENEZES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

INDUSTRIAL - SENAIADV.(A/S) : GLAUCO SILVA MENEZES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E

PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAEADV.(A/S) : JOSÉ MÁRCIO CATALDO DOS REIS E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESCADV.(A/S) : JORGE CEZAR MOREIRA LANNA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

COMERCIAL - SENACADV.(A/S) : MARCOS JOSE DA SILVA ARZUA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o salário-maternidade.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 576.967,

Relator o Ministro Joaquim Barbosa, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.093-1 (462)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : CARMEM SILVA PROMOÇÕES E PUBLICAÇÕES

ARTÍSTICAS LTDA

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que o órgão judiciário “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 114

reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o acesso à via recursal extraordinária.

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.971-8 (463)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA DO CARMO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : JAQUELINE BÜTTOW SIGNORINI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RUBENS SOARES VELLINHORECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL PRESIDENTE

JUSCELINO KUBITSCHECKPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a incidência de contribuição previdenciária sobre as gratificações e adicionais de caráter temporários, a saber, terço constitucional de férias, horas-extras, adicional noturno e adicional de insalubridade.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.068,

Relator o Ministro Joaquim Barbosa, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.050-1 (464)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALAIRD HORSTHADV.(A/S) : WANDER DA SILVA CARDOSO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. LIMITAÇÃO DO

SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO AO VALOR MÁXIMO DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea b, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. LIMITAÇÃO DO SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO AO VALOR MÁXIMO DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. DECISÃO MANTIDA. 1. Mesmo havendo precedentes do STF e do STJ em sentido contrário, mantém-se decisão proferida, com base no art. 557, § 1º, CPC, que está em conformidade com decisão do Plenário desta Corte, em incidente de uniformização de jurisprudência (AC nº 95.01.17225-2/MG), relativamente à inconstitucionalidade do teto máximo do salário de contribuição. Precedente deste Tribunal. 2. Agravo regimental não provido” (fl. 138).

2. O Recorrente interpôs, simultaneamente, os recursos especial e extraordinário, ambos admitidos na origem (fls. 240-241; 242-243).

Requer, no recurso extraordinário, “o conhecimento e provimento do

presente recurso interposto com fulcro na alínea ‘b’ do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, reconhecendo-se a constitucionalidade dos artigos 29, § 2º, e 33, ambos da Lei 8.213/91, e do parágrafo único do art. 26 da Lei n. 8.870/94, bem como a consequente improcedência do pedido de revisão do benefício” (fl. 170).

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. O recurso extraordinário está prejudicado, por perda superveniente

do objeto.O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao Recurso Especial

n. 872.869 nos termos seguintes:“Ante o exposto, com fundamento no art. 557, § 1º-A, do Código de

Processo Civil, dou provimento ao recurso especial, para reconhecer ser devida a imposição do limite-teto ao salário-de-benefício dos segurados, invertendo nessa parte os ônus da sucumbência, ressalvada a hipótese de concessão da justiça gratuita” (fl. 249).

Essa decisão transitou em julgado em 5.5.2009 (fl. 251), operando a substituição expressa do título judicial, nos termos do art. 512 do Código de Processo Civil.

Destarte, atendida a pretensão do Recorrente pela decisão prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça, o recurso extraordinário perdeu o objeto. Nesse sentido: RE 429.799-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ 26.8.2005; e RE 252.245, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 6.9.2001.

4. Pelo exposto, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário, por perda superveniente de objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.277-6 (465)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : TRITON MÁQUINAS AGRÍCOLAS LTDAADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLIRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade da inclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS na base de cálculo da Contribuição de Financiamento da Seguridade Social – Cofins e da contribuição ao Programa de Integração Social – Pis.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 574.706, de

minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.479-5 (466)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : DATAPROM EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE

INFORMÁTICA INDUSTRIAL LIMITADAADV.(A/S) : ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 115

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea b, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade dos arts. 3º e 4º da Lei Complementar n. 118/2005, que dispõem sobre a repetição de indébito tributário.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 561.908,

Relator o Ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.852-9 (467)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOÃO EDUARDO FIRMEADV.(A/S) : SANDRA LUIZA FELTRIN E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República.2. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios julgou

apelação em ação ordinária, nos termos seguintes:“CONSTITUCIONAL – ADMINISTRATIVO – PROCESSUAL CIVIL –

SERVIDOR PÚBLICO – REAJUSTE DE 84,32% INCORPORADO POR DECISÃO JUDICIAL – INCLUSÃO NO TETO REMUNERATÓRIO – IMPROVIMENTO DO RECURSO.

1. O teto remuneratório do servidor público é admissível, quando fixado por lei formal, não se computando, para esse fim, as vantagens de caráter pessoal definidas em lei.

2. Não tem natureza jurídica de vantagem pessoal, mas sim de reajuste de vencimento, os acréscimos decorrentes do denominado ‘Plano Collor’ e outros semelhantes e, por isso, são computáveis para o fim de fixação do teto de remuneração.

3. Apelo improvido. Unânime(...)A questão submetida ao crivo desta Corte, portanto, consiste em

saber se o reajuste perseguido pelo apelante qualifica-se, ou não, como vantagem pessoal a ser excluída na fixação do teto remuneratório estabelecido para os servidores públicos distritais” (fl. 127 e 132).

3. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 5º, inc. XXXV, XXXVI, LIV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição.

Argumenta que:“Com efeito, de acordo com o referido dispositivo da lei processual, ‘a

sentença que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas’, logo, uma vantagem judicial (que possui o caráter de vantagem derivada de ato jurisdicional com força de lei, por previsão legal expressa) somente pode ser sobrestada por ordem judicial expressamente contrária à sua manutenção, proferida em procedimento condizente com os meios jurídicos existentes, se cabíveis, e de autoria do órgão competente para tanto.

Em decorrência da afronta à autoridade da decisão judicial, bem como ao instituto da coisa julgada, faz-se mister o restabelecimento do pagamento da vantagem judicial contida no MS 3.180-2, referente aos 84,32%, suprimida administrativamente pelo recorrido através dos descontos feitos à título de ‘redutor de teto’. Ademais, ao recorrente é devido a restituição dos valores referentes aos meses em que não recebeu essa vantagem em sua integralidade.

À vista do exposto, o acórdão recorrido, ao desconsiderar que o percentual de 84,32% - pago ao recorrente como vantagem judicial, tal como

restou determinado em decisão transitada em julgado – não pode ser suprimido, incorreu em ofensa ao art. 5º, XXXVI, da CF/88, motivo pelo qual deve ser reformado.

De outro giro, o recorrido infringiu o devido processo legal, eis que, para proceder qualquer corte administrativo de rendimentos, deveria antes notificar o servidor atingido, proporcionando-lhe chance de defesa, ou seja, deveria haver prévio processo administrativo, em que oportunizados o contraditório e a ampla defesa” (fl. 189).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.O Tribunal de origem não julgou questão relativa aos limites da coisa

julgada ou direito adquirido à manutenção de parcela remuneratória. Limitou-se apenas a analisar se os acréscimos incluídos nos vencimentos do Recorrido tinham natureza jurídica de vantagem pessoal ou de reajuste. Incide, na espécie, a Súmula 284 deste Supremo Tribunal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE: RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO DISSOCIADAS DA MATÉRIA VERSADA NO JULGADO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 740.817-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.7.2009 - grifei).

Nada há a prover quanto às alegações da parte recorrente.5. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.890-1 (468)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : DOUGLAS SFORSIN CALVO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE

ITANHAÉM

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática suscetível de impugnação em sede recursal ordinária.

Vê-se, desde logo, que se apresenta incabível o recurso extraordinário em questão. É que a competência do Supremo Tribunal Federal, para julgar o apelo extremo, restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III). No caso, porém, a parte ora recorrente não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis.

Cabe rememorar, neste ponto, por necessário, o valioso magistério do saudoso e eminente THEOTÔNIO NEGRÃO (RT 602/9-11), para quem “O recurso extraordinário só é cabível de decisão final, isto é, de decisão deque já não caiba recurso ordinário na Justiça de origem (Súmula281). Não é dado ao recorrente interpor o recurso extraordinário per saltum, desistindo do recurso ordinário cabível e apresentando desde logo aquele. Há de esgotar, antes, a instância ordinária” (grifei).

O prévio esgotamento das instâncias recursais ordinárias, desse modo, constitui, tecnicamente, um dos pressupostos específicos e peculiares ao recurso extraordinário (RE 160.225/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE 195.888/RN, Rel. Min. CELSO DE MELLO). Nesse sentido, orienta-se, sem qualquer divergência, o magistério da doutrina (RODOLFO DE CAMARGO MANCUSO, “Recurso Extraordinário e Recurso Especial”, p. 69/71, 3ª ed., 1993, RT; JOSÉ FREDERICO MARQUES, “Manual de Direito Processual Civil”, vol. 3/178, itemn.643, 9ª ed., 1987, Saraiva), cabendo ressaltar, no ponto, a lição expendida por JOSÉ AFONSO DA SILVA (“Do Recurso Extraordinário”, p. 268, 1963, RT):

“... o núcleo do pressuposto do recurso extraordinário (...) é a definitividade da decisão judicial de que se recorre para o STF. Definitividade que se consubstancia no esgotamento de todos os recursos ordinários, via comum, existentes no sistema judiciário que conheceu da causa.” (grifei)

Sendo assim, e tendo em consideração o enunciado281 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.900-2 (469)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : DOUGLAS SFORSIN CALVO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 116: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 116

ITANHAÉM

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática suscetível de impugnação em sede recursal ordinária.

Vê-se, desde logo, que se apresenta incabível o recurso extraordinário em questão. É que a competência do Supremo Tribunal Federal, para julgar o apelo extremo, restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III). No caso, porém, a parte ora recorrente não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis.

Cabe rememorar, neste ponto, por necessário, o valioso magistério do saudoso e eminente THEOTÔNIO NEGRÃO (RT 602/9-11), para quem “O recurso extraordinário só é cabível de decisão final, isto é, de decisão deque já não caiba recurso ordinário na Justiça de origem (Súmula281). Não é dado ao recorrente interpor o recurso extraordinário per saltum, desistindo do recurso ordinário cabível e apresentando desde logo aquele. Há de esgotar, antes, a instância ordinária” (grifei).

O prévio esgotamento das instâncias recursais ordinárias, desse modo, constitui, tecnicamente, um dos pressupostos específicos e peculiares ao recurso extraordinário (RE 160.225/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE 195.888/RN, Rel. Min. CELSO DE MELLO). Nesse sentido, orienta-se, sem qualquer divergência, o magistério da doutrina (RODOLFO DE CAMARGO MANCUSO, “Recurso Extraordinário e Recurso Especial”, p. 69/71, 3ª ed., 1993, RT; JOSÉ FREDERICO MARQUES, “Manual de Direito Processual Civil”, vol. 3/178, itemn.643, 9ª ed., 1987, Saraiva), cabendo ressaltar, no ponto, a lição expendida por JOSÉ AFONSO DA SILVA (“Do Recurso Extraordinário”, p. 268, 1963, RT):

“... o núcleo do pressuposto do recurso extraordinário (...) é a definitividade da decisão judicial de que se recorre para o STF. Definitividade que se consubstancia no esgotamento de todos os recursos ordinários, via comum, existentes no sistema judiciário que conheceu da causa.” (grifei)

Sendo assim, e tendo em consideração o enunciado281 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.927-4 (470)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : WILLIAN MARCONDES SANTANA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA

COMARCA DE ITANHAÉM - ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática suscetível de impugnação em sede recursal ordinária.

Vê-se, desde logo, que se apresenta incabível o recurso extraordinário em questão. É que a competência do Supremo Tribunal Federal, para julgar o apelo extremo, restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III). No caso, porém, a parte ora recorrente não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis.

Cabe rememorar, neste ponto, por necessário, o valioso magistério do saudoso e eminente THEOTÔNIO NEGRÃO (RT 602/9-11), para quem “O recurso extraordinário só é cabível de decisão final, isto é, de decisão deque já não caiba recurso ordinário na Justiça de origem (Súmula281). Não é dado ao recorrente interpor o recurso extraordinário per saltum, desistindo do recurso ordinário cabível e apresentando desde logo aquele. Há de esgotar, antes, a instância ordinária” (grifei).

O prévio esgotamento das instâncias recursais ordinárias, desse modo, constitui, tecnicamente, um dos pressupostos específicos e peculiares ao recurso extraordinário (RE 160.225/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE 195.888/RN, Rel. Min. CELSO DE MELLO). Nesse sentido, orienta-se, sem qualquer divergência, o magistério da doutrina (RODOLFO DE CAMARGO MANCUSO, “Recurso Extraordinário e Recurso Especial”, p. 69/71, 3ª ed., 1993, RT; JOSÉ FREDERICO MARQUES, “Manual de Direito Processual Civil”, vol. 3/178, itemn.643, 9ª ed., 1987, Saraiva), cabendo ressaltar, no ponto, a lição expendida por JOSÉ AFONSO DA SILVA (“Do Recurso Extraordinário”, p. 268, 1963, RT):

“... o núcleo do pressuposto do recurso extraordinário (...) é a definitividade da decisão judicial de que se recorre para o STF. Definitividade que se consubstancia no esgotamento de todos os recursos ordinários, via comum, existentes no sistema judiciário que conheceu da causa.” (grifei)

Sendo assim, e tendo em consideração o enunciado281 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLO

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.078-7 (471)PROCED. : MARANHÃORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃORECDO.(A/S) : RONALD LUIZ NEVES RIBEIROADV.(A/S) : CARLOS SEBASTIÃO SILVA NINA E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR

PÚBLICO. DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS ESTABELECIDOS PELA LEI COMPLEMENTAR N. 51/1985 PREENCHIDOS ANTES DA VIGÊNCIA DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/98. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO TEMPUS REGIT ACTUM. JURISPRUDÊNCIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República.2. O Tribunal de Justiça do Maranhão julgou ação rescisória, nos

termos seguintes:“AÇÃO RESCISÓRIA. SERVIDOR PÚBLICO. DELEGADO DE

POLÍCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 51/85. EMENDA CONSTITUCIONAL N.20/98. NOVA REDAÇÃO DO ART. 40, § 4º, DA CF/88. APOSENTADORIA ESPECIAL COM PROVENTOS INTEGRAIS. INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR FEDERAL DISPONDO SOBRE A MATÉRIA. AÇÃO RESCISÓRIA IMPROCEDENTE. 1 - Após a Emenda Constitucional nº. 20/98, a aposentadoria especial somente pode ser concedida ao policial civil que exercer integralmente o período de 30 anos em atividades policiais, e não apenas os 20 anos previstos no art. 1º, I, da Lei Complementar Federal 51/85, que, nessa parte, restou derrogado. 2 - In casu, o réu já havia contemplado o tempo de serviço antes da edição da Emenda Constitucional nº. 20/98, portanto já preencheu o arcabouço fático suficiente à manutenção do referido benefício, nos termos da legislação vigente à época. 3 - Ação Rescisória improcedente” (fl. 329).

3. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 40, § 4º, da Constituição.

Argumenta que:“Mister frisar, (...), que a legislação ordinária pretérita, qual seja a Lei

Complementar n. 51/85, institutiva de aposentadoria especial ao funcionário policial, está implicitamente revogada a partir da vigência de texto constitucional inserto na Emenda n. 20/98, sob a égide da qual foi impetrado o mandado de segurança (15/07/2003) e prolatado o acórdão rescindendo (09/03/2005).

Como é cediço, em matéria de aposentadoria, aplica-se a legislação vigente ao tempo em que o servidor reúne os requisitos para a sua concessão.

Sucede que a pretensão do réu/impetrante deduzida na inicial da ação mandamental cinge-se unicamente à discussão em trono da incidência da Lei Complementar n. 51/85, que assegura a aposentadoria de funcionário policial, decorrente do exercício de cargo de natureza estritamente policial, por certo lapso de tempo (...).

Sucede que, para a concessão de aposentadoria almejada pelo réu/impetrante não basta apenas o requisito do tempo de serviço. Daí emerge facilmente a conclusão de que a LC n. 51/85 está em desconformidade com a Constituição Federal de 1988” (fls. 401-402).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Anote-se, inicialmente, que, no julgamento eletrônico do Recurso

Extraordinário n. 567.110, de minha relatoria, este Supremo Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral de questão constitucional na qual se discute se a aposentadoria especial de policiais civis e militares, prevista na Lei Complementar n. 51/85, foi recepcionada pela Emenda Constitucional n. 20/1998.

Entretanto, a questão posta à apreciação no presente recurso diz respeito ao preenchimento dos requisitos para a concessão de aposentadoria especial de delegado de Polícia Civil estabelecidos na Lei Complementar n. 51/85, em período anterior à vigência da Emenda Constitucional n. 20/98.

5. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.A jurisprudência deste Supremo Tribunal é firme no sentido de que o

benefício previdenciário rege-se pela lei vigente ao tempo em que reunidos os requisitos para sua aquisição.

Confira-se a decisão proferida em 26.9.2007 pelo Tribunal Pleno no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.104, de minha relatoria, DJ 9.11.2007:

“CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. ART. 2º E EXPRESSÃO ‘8º’ DO ART. 10, AMBOS DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/2003. APOSENTADORIA. TEMPUS REGIT ACTUM. REGIME JURÍDICO. DIREITO ADQUIRIDO: NÃO-OCORRÊNCIA.

1. A aposentadoria é direito constitucional que se adquire e se introduz no patrimônio jurídico do interessado no momento de sua formalização pela entidade competente.

2. Em questões previdenciárias, aplicam-se as normas vigentes ao

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 117: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 117

tempo da reunião dos requisitos de passagem para a inatividade.3. Somente os servidores públicos que preenchiam os requisitos

estabelecidos na Emenda Constitucional 20/1998, durante a vigência das normas por ela fixadas, poderiam reclamar a aplicação das normas nela contida, com fundamento no art. 3º da Emenda Constitucional 41/2003.

4. Os servidores públicos, que não tinham completado os requisitos para a aposentadoria quando do advento das novas normas constitucionais, passaram a ser regidos pelo regime previdenciário estatuído na Emenda Constitucional n. 41/2003, posteriormente alterada pela Emenda Constitucional n. 47/2005.

5. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada improcedente” (grifei).O acórdão recorrido não divergiu da jurisprudência deste Supremo

Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da parte recorrente.

6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 19 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.360-3 (472)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : VERA LÚCIA BICCA ANDÚJAR E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MARIO GLAU E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FELISBERTO VILMAR CARDOSO E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade do art. 741, parágrafo único, do Código de Processo Civil, que dispõe sobre a inexigibilidade de título executivo judicial quando este contrariar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 586.068,

Relator a Ministra Ellen Gracie, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.423-5 (473)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES -

ANATELPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : AMILCAR DELLAGIUSTINA LAGO CIA LTDA MEADV.(A/S) : PAULO ROBERTO FARAH E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIÇO DE

ACESSO À INTERNET SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES - ANATEL. INTERRUPÇÃO IMEDIATA DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E CONTRADITÓDIO. NECESSIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República.2. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou apelação em

mandado de segurança, nos termos seguintes:“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIÇO DE ACESSO À

INTERNET. AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO DA ANATEL. LAVARATURA DE

TERMO DE INTERRUPÇÃO DE SERVIÇO MULTIMÍDIA. INOBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA.

Descabido se afigura o ato que determina a interrupção dos serviços prestados pela empresa impetrante, sem lhe garantir os direitos do contraditório e da ampla defesa, sob o fundamento de que a providência seria urgente, justificando-se, assim a autoexecutoriedade do poder de fiscalização titulado pelos agentes administrativos.

(...)‘Entretanto, isso não pode ser feito como regra geral. É preciso que a

autoridade se submeta aos ditames da lei. A regra geral é que o contraditório e a ampla defesa, constitucional e legalmente assegurados, sejam garantidos. Somente quando a ANATEL demonstrar, no tempo de interrupção, situação de emergência ou urgência, é que se poderia agir sem prévia defesa, de forma liminar. Examinando o termo de fls. 59, entretanto, não se verifica nele nenhuma indicação de situação excepcional ou especial, que exigisse a adoção da providência com urgência. Não está ali dito que exista algum risco para outros serviços autorizados, nem está dito que há alguma interferência danosa ou prejudicial a outros serviços, que justificasse a interrupção liminar, sem prévia defesa. A defesa concedida no auto de infração de fls. 57 não impediu que os efeitos imediatos da interrupção se produzissem, o que somente poderia ocorrer se o agente da fiscalização declinasse no auto de infração ou no termo de interrupção motivos que justificam a urgência. Se nada disso é dito, o ato é ilegal por não ter observado o devido processo legal e não ter permitido aos autuados prévia defesa. O fato da atividade, em tese, constituir infração penal, não justifica a condenação sumária. No ordenamento jurídico brasileiro, em um Estado Democrático de Direito, as penas não são aplicadas imediatamente, mas toda a aplicação da lei penal subsume-se ao contraditório e ao devido processo legal. Há um processo a ser seguido, em que existe acusação, defesa, instrução e julgamento” (fls. 139 e 146).

3. A Recorrente alega que o Tribunal a quo teria afrontado os arts. 5º, inc. II e LXIX, 21, inc. XI, e 37, caput, da Constituição.

Argumenta que:“Pelas razões apresentadas na sentença e na decisão guerreada,

tornou-se incontroversa a necessidade de autorização estatal para exploração do serviço executado pela ré.

Todavia, ao analisar a questão, o Eminente Relator, pecou por considerar presentes fatores inexistentes e por valorar equivocadamente os fatos trazidos a julgamento. Deixou de observar as razões trazidas pela Anatel que a tolerância à execução clandestina de serviço de telecomunicação ocasionará e estimulará a clandestinidade em verdadeira afronta aos serviços regularmente outorgados, tudo isso sem falar que o comportamento imputado à Anatel pelos julgadores afronta o princípio da legalidade.

(...)Não se admite juízo de verossimilhança em Mandado de Segurança,

posto que sua definição legal no art. 5º, LXIX, da CF/88, deixa claro que a ação deve ter como fundamento direito líquido e certo, verificável de plano, tanto assim, a disciplina do tema pela Lei n. 1.531/51 informa que ação não comporta dilação probatória. Na questão aqui posta, o recorrido não preocupou-se em comprovar coisa alguma, limitando-se a alegar que fora violado o seu direito de defesa em face da interrupção levada a efeito pela Anatel, permanecendo silente sobre a ausência de autorização” (fl. 181).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste à Recorrente.Para se concluir diversamente do que assentado pelas instâncias

originárias seria necessário o reexame dos fatos e do conjunto probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente na via extraordinária, como dispõe a Súmula 279 deste Supremo Tribunal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PERDA DA GRADUAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A perda da graduação pode decorrer de processo administrativo disciplinar, desde que observados os princípios do contraditório e da ampla defesa. 2. Tribunal de origem decidiu que houve contraditório e ampla defesa: impossibilidade do reexame das provas. Incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal” (RE 470.546-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1.7.2009 – grifei).

Nada há a prover quanto às alegações da parte recorrente.5. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.567-3 (474)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : FLÁVIA BEZERRAADV.(A/S) : LUCIANE PINTO BRANDÃO E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 118

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 5º, II, e 37, caput, da Constituição do Brasil.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O recurso não merece prosperar. A controvérsia foi decidida com amparo na legislação local que disciplina a espécie, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Incide o óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta. Nesse sentido, o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

5.Cabe salientar que "a ofensa à Constituição, que autoriza admissão do recurso extraordinário, é a ofensa direta, frontal, e não a ofensa indireta, reflexa. Se, para demonstrar a contrariedade à Constituição, tem-se, antes, de demonstrar a ofensa à norma infraconstitucional, é esta que conta para a admissibilidade do recurso" [AI n. 204.153-AgR, 1ª Turma, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836-AgR, 2ª Turma, DJ de 3.9.99].

6.Ademais, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.644-1 (475)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CLÁUDIA ELISABETE EVANGELISTA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SEBASTIÃO HASENCLEVER BORGES NETO E

OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO (Petição Avulsa STF n. 93.626/2009)RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR

PÚBLICO ESTADUAL. 1. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. DESNECESSIDADE DE EXAME. ART. 323, PRIMEIRA PARTE, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. PERCEPÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE ESTÍMULO À PRODUTIVIDADE INDIVIDUAL - GEPI. NATUREZA JURÍDICA DA GRATIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES DO QUADRO PERMANENTE DE TRIBUTAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E ARRECADAÇÃO DO ESTADO. QUINQUÊNIOS E TRINTENÁRIOS. PRETENSÃO DE INCLUIR A GEPI NA BASE DE CÁLCULO DAS VANTAGENS. EMENDA CONSTITUCIONAL 57/2003. EXTINÇÃO DOS ADICIONAIS POR TEMPO DE SERVIÇO. CRIAÇÃO DE NOVA VANTAGEM SOB NOVOS CRITÉRIOS. ART. 3º DA LEI DELEGADA 46/2000. NÃO RECEPÇÃO PELOS ARTS. 112 E 113 DO ADCT. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. 1 - A partir do advento da Emenda Constitucional 57/2003, que extinguiu os quinquênios e trintenários do pessoal da Administração Direta, autárquica e fundacional mas, por meio de regras transitórias, recriou as vantagens sob novos critérios para os servidores admitidos até a sua publicação, toda a legislação infraconstitucional em vigor que estenda a base de cálculo dos adicionais por tempo de serviço para além do vencimento básico não foi recepcionada pelos arts. 112 e 113 acrescentados ao ADCT. 4 - Em consequência, verificando-se que o art. 3º da Lei Delegada 46/2000, ao prever a integração da GEPI ao vencimento dos servidores dos quadros da tributação, fiscalização e arrecadação para fins de adicionais por tempo de serviço, contraria as normas constitucionais que limitam a base de incidência destas vantagens ao vencimento básico, é de se o considerar revogado pelo caput dos arts. 112 e 113 do ADCT. 3 - Restringindo-se a solução da espécie a conflito de leis no tempo (LICC: art. 2º, § 1º), mediante o reconhecimento da revogação de lei anterior por lei posterior, ademais de superior hierarquia, fica dispensada a

arguição de inconstitucionalidade regida pelos arts. 480 e 481 do CPC. 4 - Sentença reformada, em reexame necessário, e recurso voluntário prejudicado” (fl. 236).

2. Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fl. 253).3. Os Recorrentes alegam que o Tribunal a quo teria contrariado o art.

37, inc. XIV, da Constituição da República.Argumentam que “não só o caráter permanente e contínuo da GEPI

dá a ela a característica jurídica de vencimento, mas as diversas leis estaduais que admitiram este caráter expressamente afastam qualquer dúvida que poderia persistir, pois a gratificação de que trata o art. 20, inc. I, da Lei 6.762/75 é a GEPI. E, como vencimento que é, sobre ela também incidem os adicionais por tempo de serviço (quinquênios), em observância ao art. 37, inc. XIV, da CF/88, ao qual se negou vigência” (fl. 265).

Sustentam também que, “pela EC estadual n. 57/2003 c/c art. 112 do ADCT da Constituição do Estado de Minas Gerais, foi assegurado aos servidores da carreira dos Recorrentes admitidos no serviço público até a data da referida EC estadual 57/2003 o direito ao adicional por tempo de serviço (quinquênios e trintenários). Determinou mais a disposição transitória que o quinquênio incidiria sobre o vencimento básico” (fl. 265).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Em preliminar, é de se ressaltar que, apesar de terem sido os

Recorrentes intimados depois de 3.5.2007 e constar no recurso extraordinário capítulo destacado para a defesa da repercussão geral da questão constitucional, não é o caso de se iniciar o procedimento para a aferição da sua existência, pois, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – com a redação determinada pela Emenda Regimental n. 21/2007 -, esse procedimento somente terá lugar “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Essa é a situação do caso em exame, em que a análise da existência, ou não, da repercussão geral da questão constitucional torna-se dispensável, pois há outro fundamento suficiente para a inadmissibilidade do recurso.

5. Razão jurídica não assiste aos Recorrentes.6. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu a controvérsia –

natureza jurídica da Gratificação de Estímulo à Produção Individual (GEPI) – com base na legislação local aplicável à espécie, na Emenda Constitucional estadual 57/2003 e na Lei Delegada 46/00, nos seguintes termos:

“De início, convém deixar registrado que, como o pedido inicial é expresso no sentido de que se reconheça aos Requerentes o direito à inclusão da GEPI na base de cálculo dos quinquênios e trintenários a partir de 16.7.2003, o pronunciamento desta instância revisora ficará circunscrito à Lei Delegada 46/2000 e à Emenda Constitucional 57/2003, não se mostrando relevante, para a solução do presente caso, o exame da norma do art. 37, inc. XIV, da Constituição da República, na redação dada pela Emenda 19/98, tampouco da Resolução 007/99, do Secretário de Estado de Recursos Humanos e Administração de Minas Gerais” (fl. 233).

Assim, a alegada ofensa à Constituição, se existente, seria indireta. Incide, na espécie, a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

Em casos análogos, os seguintes julgados:“ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. GRATIFICAÇÃO ESPECIAL. INTERPRETAÇÃO DA LEI ESTADUAL 6.371/93. APRECIAÇÃO DE DOCUMENTOS. SÚMULAS STF 279 E 280. 1. O Tribunal a quo, apreciando os documentos juntados aos autos e a legislação estadual que trata da matéria, entendeu ser devida a Gratificação Especial à parte agravada. 2. Para se concluir como pretende a parte agravante, necessário seria o reexame de matéria probatória e da legislação local, o que é defeso nesta via extraordinária (Súmulas/STF 279 e 280). 3. Agravo regimental improvido” (RE 560.814-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 22.5.2009).

E“CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS

GERAIS. GRATIFICAÇÃO DE ESTÍMULO À PRODUÇÃO INDIVIDUAL - GEPI. CONTROVÉRSIA RESTRITA À LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte está pacificada no sentido de que a discussão referente à incorporação da GEPI está restrita ao exame de legislação infraconstitucional local. Incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - A apreciação do recurso extraordinário demanda o reexame de matéria fático-probatória, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI 699.725-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 13.3.2009).

Não há, pois, o que prover quanto às alegações dos Recorrentes.7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

8. Junte-se a Petição Avulsa STF n. 93.626/2009. Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.688-2 (476)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 119

RECTE.(S) : MÁRCIA FRANZ AMARAL E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ LUIS WAGNER E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 593.068/SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da incidência, ou não, de contribuição social sobre adicionais e parcelas não incorporáveis à remuneração dos servidores públicos.

Isso significa que se impõe, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 07 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.704-8 (477)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALBERICO DOMINGOS DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : PAULO CESAR DAS NEVES CARDOSO

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min.SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o acesso à via recursal extraordinária.

Finalmente, cabe enfatizar que a verificação da procedência, ou não, das alegações deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que impede o conhecimento do apelo extremo, nos termos da Súmula 279/STF.

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.730-7 (478)PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : M. INOJOSA EDITORA E DISTRIBUIDORA DE LIVROS

LTDAADV.(A/S) : MÁRCIA NUNES FERREIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. COMPENSAÇÃO DE

CRÉDITOS. CORREÇÃO. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recursos extraordinários interpostos pela União Federal. O

primeiro recurso foi interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 5ª Região:

“TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. FINSOCIAL. SÚMULA

Nº 6 DO TRF 5ª REGIÃO. PRESCRIÇÃO. COMPENSAÇÃO. ART. 66 DA LEI 8.383/91. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS COMPENSATÓRIOS.

No que se refere à prescrição, em se tratando de tributo lançado por homologação, como é o caso em questão, a extinção do crédito tributário ocorre na data da homologação, e não na data do pagamento. Não havendo homologação expressa, esta se considera realizada tacitamente, pelo decurso do prazo de cinco anos, contados do pagamento. A extinção do direito à restituição, portanto, opera-se, nestes casos, em dez anos, contados do pagamento.

Conforme disposto na Súmula nº 6 deste Tribunal, subsiste a cobrança nos moldes de sua recepção pela Constituição, até a vigência da Lei Complementar nº 70/91.

Em face do art. 66, da Lei nº 8.383/91, é induvidosa a aparência do bom direito, de quem pagou indevidamente contribuições para o FINSOCIAL, e pretende compensar os valores correspondentes com outros créditos de mesma natureza e que possuam a mesma destinação.

Há de ser observado os índices do IPC apurados pelo IBGE no cálculo da correção monetária dos créditos para com a Fazenda Nacional, por melhor refletirem a oscilação da inflação.

Não devem ser aplicados os juros compensatórios cumulados com juros moratórios por falta de amparo legal.

Apelação da impetrante parcialmente provida e apelação da Fazenda e Remessa Oficial improvidas” (fls. 192-193).

3. Os embargos de declaração opostos pela parte contrária foram acolhidos para esclarecer quais os índices relativos aos expurgos inflacionários que incidiriam na correção do crédito (fls. 223-227). Os embargos de declaração posteriores foram opostos pela ora Recorrente e parcialmente providos para esclarecer que o prazo prescricional da Lei Complementar n. 118/2005 não se aplicaria à espécie vertente (fls. 247-254).

4. Nesse primeiro recurso extraordinário a Recorrente alega que teriam sido contrariados os arts. 2º, 5º, caput, inc. II, XXXV, LIV e LV, 22, inc. VI, 37, caput, 48, inc. XIII, da Constituição da República.

Afirma que teria sido cerceada em sua defesa em razão de ter o Tribunal de origem acolhido os embargos de declaração com efeitos infringentes sem possibilitar a ela o exercício do contraditório.

Argumenta, ainda, que os princípios da isonomia e da legalidade teriam sido afrontados, pois à Recorrida teria sido conferido o direito de aplicar aos seus créditos os índices relativos aos expurgos inflacionários, ao passo em que a Recorrente não poderia aplicar os mesmos índices aos seus créditos.

Sustenta, também, que “o Judiciário quando concede a inclusão de índices de correção monetária não previstos em lei está atuando como verdadeiro legislador positivo”, afrontando o princípio da separação dos poderes e invadindo sua competência privativa (fl. 336).

5. O segundo recurso foi interposto pela União com base no art. 102, inc. III, alínea b, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC NÃO CARATERIZADA - TRIBUTO LANÇADO POR HOMOLOGAÇÃO - REPETIÇÃO DE INDÉBITO - TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL: HOMOLOGAÇÃO EXPRESSA OU TÁCITA - LC 118/2005 - APLICAÇÃO RETROATIVA - INCONSTITUCIONALIDADE - PACIFICAÇÃO DO ENTENDIMENTO – EREsp's 435.835/SC e 644.736/PE - FINSOCIAL - COMPENSAÇÃO COM PARCELAS VENCIDAS DA COFINS - SÚMULA 283/STF - EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO NOS CÁLCULOS.

1. Não ocorre negativa ou deficiência na prestação jurisdicional se o Tribunal de origem decide, fundamentadamente, as questões essenciais ao julgamento da lide.

2. Declarada a inconstitucionalidade da parte final do art. 4º da LC 118/05, que determinava a aplicação retroativa do art. 3º do mencionado diploma legal, permanece rígido o entendimento consolidado pelo STJ, no sentido de que o termo inicial do prazo prescricional, nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação, é a data em que ocorrida essa, de maneira expressa ou tácita.

3. A ausência de impugnação específica aos fundamentos adotados pelo acórdão recorrido para determinar a compensação do indébito tributário com as parcelas vincendas da COFINS impede o conhecimento do recurso especial quanto a esse aspecto.

4. É pacífico nesta Corte o entendimento de que é possível a inclusão dos expurgos inflacionários nos cálculos da correção monetária incidente na compensação do indébito tributário. Precedentes.

5. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido” (fl. 370).

6. Nesse recurso, a Recorrente afirma que “o acórdão recorrido julgou a causa com esteio na declaração de inconstitucionalidade do art. 4º da LC 118/2005, pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça. Entretanto, concessa venia, a decisão do Superior Tribunal de Justiça merece ser corrigida por esse Supremo Tribunal Federal, pois referida lei não padece de nenhum vício de inconstitucionalidade e o art. 4º da LC 118/2005, ao conferir natureza interpretativa ao art. 3º da mesma lei, não fere os princípios constitucionais da autonomia e independência dos poderes e da segurança jurídica, previstos, nos arts. 2º e 5º, XXXVI, da CRF/88, tidos equivocadamente por violados” (fl. 382).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 120

Analisados os elementos havidos nos autos, DECIDO.7. Inicialmente, cumpre esclarecer que o tema em debate no recurso

extraordinário interposto contra o acórdão do Superior Tribunal de Justiça teve a repercussão geral reconhecida no julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário 561.908, Relator o Ministro Marco Aurélio e, conforme art. 543-B do Código de Processo Civil, a devolução dos autos foi determinada pela Presidência do Supremo Tribunal Federal.

8. Todavia, essa circunstância não impede a análise do recurso extraordinário interposto contra o acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, pois são distintos os objetos dos recursos. No recurso interposto contra julgado do Superior Tribunal de Justiça, a Recorrente discorda da aplicação dos índices de expurgos inflacionários no cálculo da correção dos créditos tributários. No recurso que combate a decisão do TRF 5ª Região, o inconformismo limita-se à aplicação da prescrição nos termos do art. 4º da Lei Complementar n. 118/2005. Logo, a devolução do primeiro não interfere no julgamento do segundo.

9. Feitos os necessários esclarecimentos, passo à análise do recurso extraordinário.

Razão de direito não assiste à Recorrente.O reexame do acórdão impugnado demandaria a análise prévia da

legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Assim, a alegada contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:

“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. As questões sobre a compensação dos valores recolhidos a maior com outros tributos, a aplicação de correção monetária e juros e a prescrição são infraconstitucionais. Precedentes” (RE 559.164-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJE 1º.2.2008).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. COFINS. LEI 9.718/98. COMPENSAÇÃO DOS VALORES RECOLHIDOS A MAIOR. PRESCRIÇÃO. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a apreciação das questões relativas à compensação dos valores recolhidos a maior com outros tributos, à aplicação de correção monetária e de juros, e à prescrição, dependem da análise de normas infraconstitucionais e do prévio exame de fatos e provas. Ofensa reflexa à Constituição. Precedentes. II - Embargos de declaração convertidos em agravo regimental a que se nega provimento” (RE 343.937-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 29.9.2006).

10. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Recorrente.11. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.737-4 (479)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : HOTEL VILA DO MAR LTDAADV.(A/S) : GABRIELLA DE MORAES CARDOSO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE NATALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que a decisão recorrida teria vulnerado o preceito inscrito no art. 5º, inciso II, da Constituição.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reiteradamente enfatizado que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito,situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição (RTJ 147/251 - RTJ 159/328 - RTJ 161/284 - RTJ170/627-628 - AI 126.187-AgR/ES, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - AI 185.669-AgR/RJ, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO - AI257.310-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE254.948/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

A espécie ora em exame não foge aos padrões acima mencionados, refletindo, por isso mesmo, possível situação de ofensa indireta às prescrições da Carta Política, circunstância essa que impede - como precedentemente já enfatizado - o próprio conhecimento do recurso extraordinário (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 07 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.789-7 (480)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : AMPERN - ASSOCIAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : FLÁVIO DE ALMEIDA OLIVEIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A petição do apelo extremo não impugna os fundamentos do acórdão recorrido, limitando-se a tratar de questão absolutamente estranha àquela que constituiu objeto de análise pelo ato decisório.

Essa incoincidência temática - que se evidencia pela ocorrência de divergência entre as razões em que se apóia a petição recursal e os fundamentos que dão suporte à matéria efetivamente versada na decisão impugnada - configura hipótese de divórcio ideológico, circunstância esta que inviabiliza a exata compreensão do pleito deduzido pela parte recorrente, impedindo, desse modo, o acolhimento do apelo extremo.

Cabe assinalar, por necessário, que a ocorrência de divórcio ideológico tem levado a jurisprudência do Supremo TribunalFederal a repelir petições recursais - mesmo aquelas veiculadoras de recurso extraordinário - que tenham incidido nesse vício de ordem lógico-formal (RTJ 164/784-785, Rel. p/ o acórdão Min. CELSO DE MELLO - RE 122.472/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES - AI145.651-AgR/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO - AI 165.769/MG, Rel. Min. FRANCISCO REZEK).

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 07 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.806-1 (481)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MARINA PRAIA SUL HOTEL LTDAADV.(A/S) : ALAN FRANKLIN ROSSITER PINHEIRO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : PATRICIA DOS REIS CERQUEIRAADV.(A/S) : VIVIANNA CÂMARA TAVARES DE SENA FERNANDES

E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min.SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário.

De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, fundando-se, ainda, para resolver o litígio, em interpretação de cláusula contratual, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém nas Súmulas 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 07 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.845-1 (482)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMBUÍADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : RITA DE SOUZAADV.(A/S) : MARCO AURELIO DE SOUZA

DECISÃO: A matéria discutida nestes autos --- constitucionalidade do artigo 55 da Lei Orgânica do Município de Cambuí/MG, que concede vantagens aos servidores públicos municipais --- está submetida à apreciação do Pleno deste Tribunal nos autos do AI n. 673.637, Relator o Ministro Marco

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 121

Aurélio.Determino o sobrestamento deste feito até o julgamento do aludido

recurso.Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.859-1 (483)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : DROGARIA PONTO COM LTDA - EPP E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : RENATO CUSTÓDIO LEVES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A controvérsia constitucional instaurada na presente causa já se acha dirimida pelo Supremo Tribunal Federal, cujo Plenário - ao julgar o RE 189.170/SP, Rel. p/ o acórdão Min.MAURÍCIO CORRÊA - reconheceu que “(...) o Município tem competência para regular o horário de funcionamento de estabelecimento comercial, à vista do disposto no art. 30, I, da CF, que diz ser da sua competência legislar sobre assuntos de interesse local” (grifei).

Esse entendimento tem sido observado pelo Supremo Tribunal Federal, cujas decisões, proferidas em sucessivos julgamentos sobre a matéria ora em exame, reafirmaram a tese segundo a qual compete ao Município - por tratar-se de matéria de interesse local (CF, art.30, I) - fixar o horário de funcionamento e de plantões das farmácias e drogarias, sem que o exercício dessa prerrogativa institucional importe em ofensa aos postulados constitucionais da isonomia, da livre iniciativa, da livre concorrência, do direito à saúde ou da defesa do consumidor (RE 162.305-AgR/SP, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI - RE182.558-AgR/SP, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – RE187.998-AgR/SP, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - RE203.358-AgR/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA - RE 218.749/SP, Rel. Min. ILMAR GALVÃO - RE240.389/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES - AI 249.956/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE 354.827/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, v.g.).

A decisão objeto do presente recurso extraordinário diverge da orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou no exame da matéria ora em análise.

Sendo assim, e pelas razões expostas, conheço do presente recurso extraordinário, para dar-lhe provimento (CPC, art. 557, §1º- A), em ordem a denegar o mandado de segurança impetrado pela parte ora recorrida. No que concerne à verba honorária, revela-se aplicável o enunciado constante da Súmula 512/STF.

Publique-se.Brasília, 07 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.873-7 (484)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMBUÍADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIORECDO.(A/S) : ROSIETE RAMOS DA SILVAADV.(A/S) : MARCO AURELIO DE SOUZA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A matéria discutida nestes autos --- constitucionalidade do artigo 55 da Lei Orgânica do Município de Cambuí/MG, que concede vantagens aos servidores públicos municipais --- está submetida à apreciação do Pleno deste Tribunal nos autos do AI n. 673.637, Relator o Ministro Marco Aurélio.

Determino o sobrestamento deste feito até o julgamento do aludido recurso.

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.875-3 (485)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOÃO PINTER MAXIMOADV.(A/S) : JORGE ALEXANDRE RODRIGUESRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto

constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min.CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do presente recurso extraordinário.

Finalmente, o exame desta causa evidencia que o presente recurso extraordinário, nos termos em que interposto, não se revela processualmente viável, eis que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279/STF.

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.882-6 (486)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMBUÍADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIORECDO.(A/S) : SALOMÃO APARECIDO LAMBERTADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO DE SOUZA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A matéria discutida nestes autos --- constitucionalidade do artigo 55 da Lei Orgânica do Município de Cambuí/MG, que concede vantagens aos servidores públicos municipais --- está submetida à apreciação do Pleno deste Tribunal nos autos do AI n. 673.637, Relator o Ministro Marco Aurélio.

Determino o sobrestamento deste feito até o julgamento do aludido recurso.

Publique-se.Brasília, 6 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.890-7 (487)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : RAFAEL MIKYO HASEGAWAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 - RTJ 131/1391 - RTJ144/300 - RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977).

De outro lado, cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min.CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do presente recurso extraordinário.

Finalmente, o exame desta causa evidencia que o presente recurso extraordinário, nos termos em que interposto, não se revela processualmente viável, eis que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279/STF.

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 07 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.926-1 (488)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ELOÁ DOS SANTOS CRUZ E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ELOÁ DOS SANTOS CRUZRECDO.(A/S) : COMPANHIA VALE DO RIO DOCE - CVRDADV.(A/S) : ANDRÉ OSÓRIO GONDINHO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: O Tribunal Regional Federal da 2ª Região manteve a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 122

decisão de 1ª instância que indeferiu a liminar pleiteada. 2.Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto no artigo

5º, incisos XXXV, LV, LXXIII e LXXVII, da Constituição do Brasil.3.O recurso não merece provimento. Incide, no caso, a Súmula n. 735

do STF, que prevê não ser cabível recurso extraordinário contra decisão que concede ou indefere provimento liminar.

4.No mesmo sentido, o AI n. 631.411-AgR, de que fui relator, DJ de 17.8.07; o AI n. 586.906-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 3.8.07; o AI n. 643.750-AgR, de que fui relator, DJ de 3.8.06; o AI n. 611.482-AgR, de que fui relator, DJ de 15.6.07, entre outros.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.016-2 (489)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMBUÍADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIORECDO.(A/S) : ORZÉLIA DOMINGUES DA SILVAADV.(A/S) : MURILO LESSA BRAGA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A matéria discutida nestes autos --- constitucionalidade do artigo 55 da Lei Orgânica do Município de Cambuí/MG, que concede vantagens aos servidores públicos municipais --- está submetida à apreciação do Pleno deste Tribunal nos autos do AI n. 673.637, Relator o Ministro Marco Aurélio.

Determino o sobrestamento deste feito até o julgamento do aludido recurso.

Publique-se.Brasília, 13 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.023-5 (490)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO -

UFRJPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANA CLAUDIA FERREIRA DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SAYONARA GOMES BASTOS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceito inscrito na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o acesso à via recursal extraordinária.

De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.041-3 (491)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ROSEANE LEITE VERONEZ E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : HELDER COSTA BARIZON E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : BORRACHAS DREBOR LTDAADV.(A/S) : TOMÁS ROBERTO NOGUEIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto no artigo 114, VI, da CB/88.

3.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz do preceito constitucional que o recorrente indica como violado. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para

ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Ademais, para dissentir-se do arresto impugnado seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido, o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.046-4 (492)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASRECDO.(A/S) : ANTONIA BRITO DE ARAÚJOADV.(A/S) : AMANDA LIMA MARTINS E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : LUCIANE BARROS DE SOUZA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, após reconhecer a existência de repercussão geral da questão constitucional igualmente versada na presente causa, julgou o RE563.965/RN, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, nele proferindo decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ‘ESTABILIDADE FINANCEIRA’. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA.

....................................................... 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a

constitucionalidade do instituto da ‘estabilidade financeira’ e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico.”

Cumpre ressaltar, por necessário, que essa orientação plenária vem sendo observada em decisões, que, proferidas no âmbito desta Corte, versaram questão virtualmente idêntica à que ora se examina nesta sede recursal (RE 399.050/PE, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RE 508.921/AM, Rel. Min. MENEZES DIREITO - RE 583.248/RN, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – RE 598.857/MG, Rel. Min. CARLOS BRITTO, v.g.).

O exame da presente causa evidencia que o acórdão ora impugnado diverge da diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na análise da matéria em referência.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente recurso extraordinário, para dar-lhe provimento (CPC, art. 557, §1º-A), em ordem a denegar o mandado de segurança impetrado pela parte ora recorrida. No que concerne à verba honorária, revela-se aplicável a Súmula 512/STF.

Publique-se.Brasília, 12 de agosto de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.049-9 (493)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : JULIANNA CANAAN ALMEIDA DUARTE MOREIRA E

OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ITALBRONZE LTDAADV.(A/S) : JOÃO LUIZ AGUION E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Devolvam-se os presentes autos ao Tribunal de origem, para que se aguarde, naquela instância judiciária, o julgamento do recurso especial a que alude o despacho de fls. 272, eis que, como se sabe, a apreciação do recurso especial há de preceder à do recurso extraordinário, exceto se ocorrente a hipótese prevista no art. 543, § 2º, do CPC.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

Page 123: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · agdo.(a/s) :gilberto cruz morem ... (a/s) :juiz de direito da 4º vara da fazenda pÚblica da comarca de porto ... agdo.(a/s)

STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 123

Brasília, 12 de agosto de 2009.Ministro CELSO DE MELLO

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.221-1 (494)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : BERNADETE RIBEIRO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOL E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : MÔNICA GOES DE ANDRADE MENDES DE ALMEIDA

E OUTRO (A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que versa sobre complementação buscada por adquirentes de linha telefônica mediante contrato de participação financeira, que deve tomar como referência o valor patrimonial da ação, na data em que efetuada a sua integralização.

2.Incognoscível o recurso extraordinário.É que esta Corte rejeitou a existência de repercussão geral do tema

(AI nº 729.263, de minha relatoria).3.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, e 327, §

1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, c.c. arts. 102, § 3º, da CF, e 543-A, § 5º, e 557 do CPC).

Publique-se. Int..Brasília, 21 de agosto de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 532.291-9 (495)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCOADV.(A/S) : BEATRIZ DONAIRE DE MELLO E OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JANAINA VIEIRA FLORES SIMIOLIADV.(A/S) : DANIEL PEROZA OLEGÁRIO E OUTRO (A/S)

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1.Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2.Publiquem.Brasília, 7 de agosto de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.548-2 (496)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : EDITORA GLOBO S/AADV.(A/S) : RODRIGO NEIVA PINHEIRO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : IGREJA EVANGÉLICA RENASCER EM CRISTO E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ROGÉRIO DE MENEZES CORIGLIANO E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 495

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 659.580-3 (497)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : IRUSA SAGARANA AGROPECUÁRIA LTDAADV.(A/S) : DANIEL GATSCHNIGG CARDOSO E OUTROAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 495

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.453-4 (498)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARCO ANTONIO OLIVEIRA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ COSME DOS SANTOS GOMESAGDO.(A/S) : AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/AADV.(A/S) : RAQUEL DA SILVA DE FARIA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : PAULO ROGÉRIO BRANDÃO COUTO

Despacho: Idêntico ao de nº 495

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 710.007-3 (499)PROCED. : RIO GRANDE DO SUL

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESPÓLIO DE LUIZ LEONEL GRUBERT E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : JORGE SIDMAR DIENSTMANN E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CAMPO BOMADV.(A/S) : EUNICE SCHUMANN

Despacho: Idêntico ao de nº 495

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.819-5 (500)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉAGDO.(A/S) : JORGE KIANEKADV.(A/S) : EVANDRO MONTEIRO KIANEK

Despacho: Idêntico ao de nº 495

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.185-7 (501)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARIA NOEMIA CABRERA GINDRIADV.(A/S) : ELCIO CLAUDIO DE CASTRO PEREIRA JUNIOR E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Despacho: Idêntico ao de nº 495

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.920-3 (502)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : OMNI INTERNACIONAL BRASIL COMÉRCIO

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO FIORIN PIRES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : RENATA DA SILVA NASCIMENTOADV.(A/S) : ISADORA MONTEIRO MOREIRA E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 495

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. ELLEN GRACIE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.159-1 (503)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : SÉ SUPERMERCADOS LTDAADV.(A/S) : DANIEL DOMINGUES CHIODE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DOS SANTOSADV.(A/S) : ANTÔNIO ADAUTO DE ANDRADE FILHO

1.Trata-se de agravo de instrumento da decisão que inadmitiu recurso extraordinário deduzido em agravo de instrumento em recurso de revista.

2.O acórdão recorrido limitou-se a tratar de matéria processual, relativa a pressuposto de admissibilidade de recurso trabalhista, a teor do que dispõe o art. 896 da CLT. Assim, a alegada contrariedade aos dispositivos constitucionais apontados somente poderia ocorrer de forma indireta, a depender do exame da legislação infraconstitucional, sem margem para o acesso à via extraordinária.

Aliás, sobre o tema ambas as Turmas desta Corte têm reiterado esse entendimento: AI 486.403-AgR/RS, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, pub. DJ 22.4.2005; AI 437.622-AgR/MG, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, pub. DJ 10.6.2005; AI 480.496-AgR/PE, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, pub. DJ 17.02.2006; e RE 574.197-AgR/RS, de minha relatoria, 2ª Turma, pub. DJe 03.4.2009.

Da mesma forma, eventual contrariedade aos postulados da legalidade, da devida prestação jurisdicional, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da coisa julgada, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais. Por essa razão, pode configurar, quando muito, situação de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição da República, o que também não dá acesso ao contencioso constitucional.

3.Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 17 de agosto de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.627-2 (504)PROCED. : PARÁ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 124

RELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BERTILLON VIGILÂNCIA E TRANSPORTE DE

VALORES LTDAADV.(A/S) : MÁRCIA NORAT GUILHON E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GILBERTO LIMA PESSOAADV.(A/S) : OSCARINA DE MIRANDA BRUNO

Despacho: Idêntico ao de nº 503

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.530-4 (505)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : GENARO NERYADV.(A/S) : SIMONE VALÉRIA DE MOURA FERREIRA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ÓRGÃO DE GESTÃO DE MÃO-DE-OBRA DO

TRABALHO PORTUÁRIO DO PORTO ORGANIZADO DE SANTOS - OGMO/SANTOS

ADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 503

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. CÁRMEN LÚCIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 387.872-7 (506)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIMED DE CHAPECÓ - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICO DA REGIÃO OESTE CATARINENSE LTDA

ADV.(A/S) : MARILÉA BOTTON ROSA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade das alterações introduzidas pela Medida Provisória n. 1.858/99, que revogou a isenção da Contribuição para o PIS e COFINS concedida pela Lei Complementar n. 70/91 às sociedades cooperativas, por contrariedade ao art. 146, inc. III, alínea c, da Constituição.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 598.085,

Relator o Ministro Eros Grau, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 14 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 432.888-7 (507)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : COOPERATIVA REGIONAL DE CAFEICULTORES EM

GUAXUPÉ LTDA - COOXUPÉADV.(A/S) : CELSO FERRAZ DE ARAÚJORECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 506

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.807-6 (508)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA

RECTE.(S) : COOPERATIVA DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES DE PASSAGEIROS E CARGAS DE NOVA LIMA LTDA - COOPERTRANSP

ADV.(A/S) : DAVID GONÇALVES DE ANDRADE SILVA E OUTRO (A/S)

RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 506

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.472-1 (509)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : UNIODONTO VITÓRIA - COOPERATIVA DE TRABALHO

ODONTOLÓGICOSADV.(A/S) : GEOVANA SINHORELO CAMPOS E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 506

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.545-0 (510)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : COOPERATIVA DE TÉCNICOS DO NOROESTE DO

ESTADO RIO GRANDE DO SUL LTDAADV.(A/S) : HERTON LUÍS MÜHLBEIER E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute a constitucionalidade das alterações introduzidas pela Medida Provisória n. 1.858/99, que revogou a isenção da Contribuição para o PIS e COFINS concedida pela Lei Complementar n. 70/91 às sociedades cooperativas, por contrariedade ao art. 146, inc. III, alínea c, da Constituição.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 598.085,

Relator o Ministro Eros Grau, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 18 de agosto de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.644-8 (511)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO

DOS MÉDICOS E DEMAIS PROFISSIONAIS DA SAÚDE DO OESTE DE MINAS LTDA - UNICRED OESTE DE MINAS LTDA

ADV.(A/S) : JOÃO CAETANO MUZZI FILHO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 510

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. MENEZES DIREITO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 431.086-4 (512)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MENEZES DIREITO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 125

RECTE.(S) : DBCON INFORMÁTICA LTDAADV.(A/S) : FERNANDO JOSÉ LOPES SCALZILLI E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOVistos.O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico,

concluiu, no exame do Recurso Extraordinário nº 595.838/SP, de minha relatoria, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. Trata-se da discussão acerca da constitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura decorrente de serviços prestados por cooperativas de trabalho, consoante o disposto no artigo 22, inciso IV, da Lei nº 8.212/91, com a redação alterada pela Lei nº 9.876/99.

Na Questão de Ordem suscitada pelo Ministro Gilmar Mendes, Presidente, no Agravo de Instrumento nº 715.423/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, na sessão de 11/6/08, decidiu que o regime previsto no artigo 543-B, §§ 1º e 3º, do Código de Processo Civil, na hipótese de já ter sido reconhecida por esta Corte a repercussão da matéria constitucional discutida nos autos, aplica-se, também, aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007 e aos agravos de instrumentos respectivos.

Na sessão do Pleno de 20/8/08, no julgamento da Questão de Ordem suscitada pelo Ministro Cezar Peluso, Relator, no Recurso Extraordinário nº 540.410/RS, este Tribunal decidiu, em situação similar à anterior, pela devolução dos autos ao Tribunal local para os fins do disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Assim, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja aplicado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Essa decisão aplica-se, igualmente, aos Recursos Extraordinários nºs 355.012/RS, 364.442/RS, 367.300/RS, 377.483/SC, 384.781/SC, 390.980/RS, 431.086/RS, 432.962/SC, 433.862/SC, 435.342/PR, 456.424/SP, 456.610/SP, 458.289/RS, 458.653/SP, 458.832/SP, 459.070/SP, 461.464/SP, 465.280/SP, 465.637/SP, 467.141/SP, 472.463/PR, 484.372/SP, 488.124/MG, 488.608/SP, 489.005/SP, 491.497/SP, 491.501/SP, 492.766/SP, 495.776/SP, 502.505/SP, 508.792/SP, 514.840/SP, 519.713/SP, 524.155/SP, 524.188/SP, 526.230/RS, 543.919/SP, 543.976/SP e 552.693/SC.

Determino, ainda, que a Secretaria junte cópia desta decisão aos autos anteriormente mencionados.

Publique-se.Brasília, 4 de agosto de 2009.

Ministro MENEZES DIREITORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.124-1 (513)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MENEZES DIREITORECTE.(S) : COOPERATIVA DE TRABALHO DOS SERVIDORES DA

UFLA LTDA - COOPEUFLAADV.(A/S) : ALESSANDRO ALBERTO DA SILVA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Despacho: Idêntico ao de nº 512

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Processamento Final Substituto, conferi. ROSEMARY DE ALMEIDA, Secretária Judiciária.

Brasília, 26 de agosto de 2009.

ÍNDICE DE PESQUISA

(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

ABDON ANTÔNIO ABBADE DOS REIS (54)ACÁCIO MARCEL MARÇAL SARDÁ (48)ADENILDA DE SOUZA MEDEIROS VILELA (9)ADILSON CARLOS FARIA (428)ADIRSON DE OLIVEIRA JUNIOR(305) (466)ADOLPHO MARTINS DA COSTA (55)ADRIANA CHRISTINA DE CASTILHO ANDREA (421)ADRIANO ANDRADE MARZOLA (156)ADRIANO SILVEIRA ANELE (168)ADRIENE MARIA DE MIRANDA(130) (131)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

(39) (73) (74) (75) (76) (77) (78) (79) (80) (81)(82) (83) (84) (85) (86) (130) (131) (141) (142) (143)(146) (150) (182) (182) (183) (184) (187) (189) (222) (223)(228) (258) (269) (270) (271) (284) (312) (337) (363) (400)(401) (432) (434) (444) (446) (463) (476)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(37) (352) (378) (381) (391) (435) (436) (438) (440) (475)AFONSO CELSO BANDEIRA MARTHA (431)ALAIN SOUTO REMY (182)ALAN FRANKLIN ROSSITER PINHEIRO (481)ALBERTO DUALIB (205)ALBERTO PAVIE RIBEIRO (183)ALBERTO PEDRINI JUNIOR (6)ALDO GURIAN JUNIOR (9)ALESSANDRA BENEDITO (351)ALESSANDRA TEREZA PAGI CHAVES(8) (315)ALESSANDRO ALBERTO DA SILVA (513)ALEX BORGES BARRANT (172)ALEXANDRE ALTINO DE AQUINO E GROSSO (316)ALEXANDRE IUNES MACHADO(222) (223) (312)ALEXANDRE JAENISCH MARTINI (323)ALEXANDRE PAES DO ESPIRITO SANTO (62)ALEXANDRE ROMERO DA MOTA (427)ALEXANDRE SANTANA (317)ALFREDO JOSÉ DE GODOI MACEDO (455)ALFREDO SALOMÃO NETO (361)ALTAMIRO NOSTRE (452)ALUISIO LUNDGREN CORRÊA REGIS (234)ALUÍSIO SOARES FILHO (281)ALUIZO FERREIRA DE ALMEIDA (262)ALVÂNIA CASTILHOS DA SILVA BORGES (266)ALVARO TREVISIOLI (136)AMANDA LIMA MARTINS (492)AMANDA MENEZES DE ANDRADE RIBEIRO (288)AMÉRICO TEODORO MORAES (359)ANA DIVA TELES RAMOS EHRICH (353)ANA MARIA DANTAS DA SILVA FERREIRA (95)ANA PAULA CAPITANI (383)ANDERSON VITALINO(180) (180)ANDRAL NUNES TAVARES FILHO (243)ANDRÉ FARIA CALDEIRA (328)ANDRÉ LUIS MEDEIROS DE ALMEIDA (262)ANDRÉ LUIZ GONÇALVES TEIXEIRA (128)ANDRÉ OSÓRIO GONDINHO (488)ANDRÉ RODRIGUES DE OLIVEIRA (372)ANDRÉ VIDAL VASCONCELOS SILVA (460)ANDRÉA BUENO MAGNANI(246) (249) (347) (400)ANDREA PEREIRA DE SOUZA BILINSKI (169)ANDRIZE CALDEIRA(115) (116)ANDRIZE LEITE CALDEIRA (107)ANGELSON FERREIRA MIDDLETON QUEZADA (338)ANÍBAL NABIH GEBRIM (182)ANNA MARIA DA TRINDADE DOS REIS (19)ANTÔNIO ADAUTO DE ANDRADE FILHO (503)ANTONIO AUGUSTO DE SOUZA MALLET (261)ANTÔNIO BARTHOLOMEU DE FARIA MACHADO (43)ANTONIO CARLOS DE TOLEDO SANTOS FILHO (178)ANTONIO CARLOS VILELA (9)ANTONIO CLARETE DE OLIVEIRA (9)ANTÔNIO FRANCISCO CORRÊA ATHAYDE (379)ANTONIO FRANCISCO LEOPOLDO PIMENTEL (95)ANTONIO HELDER ALCÂNTARA LIMA (78)ANTÔNIO LUIZ GOMES DA SILVA (174)ANTONIO MOFATO (449)ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕES (158)ANTONIO RICARDO COLA COLLETE (165)ARCELINO LEON (143)ARISTON JOSÉ DE ARAÚJO (126)ARITON PEDROSO LUIZ (273)ARNO SCHMIDT JÚNIOR (461)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO (148)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ (147)ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS - AMB (183)ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO - ANAMATRA

(183)

AUGUSTA DE HÉLIO STEFANI GHERARDI (315)AUGUSTO BETTI (12)BANCO BRADESCO S/A (377)BEATRIZ DONAIRE DE MELLO E OLIVEIRA (495)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 126

BENEDICTO CELSO BENÍCIO (31)BENEDITO ANTONIO DIAS DA SILVA (269)BETO DOUGLAS ALVES DA CONCEICAO (95)BORIS BEREZOVSKY (205)BRAZILIO BARBIM (140)BRENO CALDEIRA RODRIGUES (289)BRENO HERMES GONÇALVES VARGAS (302)BRUNO BRITO QUINTANILHA (333)BRUNO CÉSAR GONÇALVES DA SILVA (154)BRUNO RODRIGUES (4)CAESAR AUGUTUS F. DE SOUZA ROCHA DA SILVA (233)CAIO MÁRCIO LOPES BOSON (374)CAIO MÁRIO CALDEIRA BRANT RIBEIRO (114)CAIRBAR CAPRONI DA SILVA (55)CÂMARA DOS DEPUTADOS(75) (77) (79) (80) (81)CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DO RIO GRANDE (108)CAMILA DRUMOND ANDRADE (326)CAMILA GONÇALVES DE OLIVEIRA (224)CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO(240) (331)CARLA MARIA DUNLEY SANSEVERINO (303)CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA LEAL (59)CARLOS ALBERTO FARION DE AGUIAR (402)CARLOS CARVALHO (399)CARLOS EDUARDO CAVALLARO(50) (123) (270)CARLOS EDUARDO CURY (125)CARLOS FERNANDO VIEIRA DE SOUZA (309)CARLOS FERREIRA GONÇALVES (61)CARLOS FREDERICO MEDINA MASSADAR (420)CARLOS GUILHERME SANTOS MACHADO (170)CARLOS HENRIQUE OTONI FERNANDES (132)CARLOS JOSÉ FERNANDES RODRIGUES (134)CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO (129)CARLOS MESQUITA DE SOUZA (38)CARLOS ODORICO VIEIRA MARTINS (217)CARLOS ROBERTO FIORIN PIRES (502)CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO(248) (369)CARLOS SEBASTIÃO SILVA NINA (471)CARLOS SÉRVULO DE MOURA LEITE (102)CARLOS SURITA (140)CARLOS WILLIANS OSÓRIO (137)CARLYLE POPP (267)CARMEM SILVA PROMOÇÕES E PUBLICAÇÕES ARTÍSTICAS LTDA (462)CAROLINE DE BAPTISTI (234)CELIO GUARNIERI (140)CELSO FERRAZ DE ARAÚJO (507)CERES LINA BEHMER (235)CESAR SOUZA (313)CEZAR ROBERTO BITENCOURT (63)CHRISTIANE KLEIN FEDUMENTI (392)CLAUDIA CRISTINA PEREIRA DE LACERDA (393)CLAUDIA MOTA ESTABEL (108)CLÁUDIO CEZAR DE ASSUNÇÃO OLIVEIRA (37)CLAUDIO GETÚLIO FREITAS (322)CLAUDIO ROBERTO NUNES GOLGO (279)CLAYTON BATISTA DE MELO(64) (64)CLEITON COSTA ALVES (110)CLÓVIS AÍRTON MARTINS BRAGA (396)CLOVIS BARROS BOTELHO NETO (3)CLOVIS KONFLANZ (459)COLIGAÇÃO ÚNICA ESQUERDA IPATINGUENSE (PSOL E PSTU) (1)CONRADO ERNANI BENTO NETO(300) (365)CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PAD Nº 200810000011027) (186)CORTE ESPECIAL DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (171)CRISTHIANE SANTOS ALEJANDRO (418)CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO (292)CRISTIANO COLOMBO (443)CRISTIANO CONSORTE ZAPELINI(87) (88) (89) (211) (212)CRISTINA KAKAWA (267)DALCIETE FELIZARDO(87) (88) (89) (211) (212)DANIEL CAMPOS MACHADO (177)DANIEL DOMINGUES CHIODE (503)DANIEL GATSCHNIGG CARDOSO (497)DANIEL LEON BIALSKI (67)DANIEL MATIAS SCHMITT SILVA (328)DANIEL PEROZA OLEGÁRIO (495)DANIELA REGINA PELLIN (234)

DANIELA SIQUEIRA VALADARES (153)DANIELE CRISTINE DO VALLE ABREU (344)DANIELLE ZULATO BITTAR (247)DANILO SAHIONE (344)DARCY ROSA CORTESE JULIÃO (117)DÁRIO BILK (58)DÁRIO CORRÊA FILHO (340)DAVID GONÇALVES DE ANDRADE SILVA (508)DÉBORA SANTOS (225)DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES TORRES FREIRE (16)DÉCIO SCARAVAGLIONI (268)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃO(39) (66) (104) (168) (174) (179) (487)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DA BAHIA (10)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(60) (61) (62)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ (15)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (52)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(103) (118)DEFENSOR-GERAL DA UNIÃO(362) (397)DEIVY JOSÉ TEIXEIRA (155)DÉLIO DE JESUS MALHEIROS (377)DENILSON MARCONDES VENÂNCIO(405) (482) (484) (486) (489)DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS(252) (346)DENISE CAVALCANTI (86)DENISE DE FÁTIMA TAROSSO (220)DERLI JESUS CUNHA RODRIGUES (389)DIRETORA DA PENITENCIÁRIA DE BALBINOS/SP (180)DJALMA NUNES FERNANDES JÚNIOR (34)DORVAL ANGELO CURY SIMÕES (237)DOUGLAS SFORSIN CALVO(458) (468) (469)DPE-AM - JOSÉ IVAN BENAION CARDOSO (36)DPE-RJ - JOSÉ HENRIQUE VIEIRA DOS SANTOS (350)DPE-RS - LÉA BRITO KASPER (388)DPE-RS - MARCIA MULLER NETTO (23)DPE-SP - FERNANDO RODOLFO MERCÊS MORIS(207) (207) (208)DRAUSIO A VILLAS BOAS RANGEL (128)EDILBERTO SILVA DOS SANTOS (202)EDILSON JAIR CASAGRANDE (193)EDINELSON SILVA DOS SANTOS (202)EDISON DE SOUZA(71) (71)ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA(119) (329) (345)EDMUNDO DINIZ ALVES (37)EDNALDO GERMANO DA CUNHA (204)EDUARDO ARRUDA ALVIM(286) (377)EDUARDO AUGUSTO DOS SANTOS LEITÃO (56)EDUARDO BARROS MIRANDA PÉRILLIER (297)EDUARDO HENRIQUE DO SANTOS(176) (176)EDUARDO MACHADO DIAS (409)EDUARDO SILVEIRA DA SILVA (9)EGÍDIO FERNANDO ARGUELLO JUNIOR (421)EGMAR JOSÉ DE OLIVEIRA (307)ELCIO CLAUDIO DE CASTRO PEREIRA JUNIOR (501)ELIALBA FRANCISCA ANTÔNIA DANIEL CASÓRIO (121)ELIO LOPES (140)ELITON GUIMARÃES VAZ (433)ELIZANGELA BEZERRA DA SILVA (95)ELOÁ DOS SANTOS CRUZ (488)ELTON GESSI VOLTOLINI (392)ELVIO HISPAGNOL (35)EMERSON ALEXANDRE HIRATA E SÁ (51)ENIO IMBRIACO (228)ERASMO MENDONÇA DE BOER (306)EUNICE SCHUMANN (499)EUSTÉRIO BENITZ FURIERI (182)EVADNA APARECIDA DE CARVALHO GALOTTI (73)EVANDRO MONTEIRO KIANEK (500)EVERSON NADOLSKIS (165)EYMARD DUARTE TIBÃES (310)FABIANE BIGOLIN WEIRICH ALMEIDA (321)FÁBIO ROBERTO DE ALMEIDA TAVARES (137)FABIOLA ALVES PEREIRA SANTOS (95)FABRÍCIA CUCO DA SILVA PINHEIRO (364)FABRÍCIO ZIR BATHOMÉ (319)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 127

FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ(290) (311) (323)FADAIAN CHARGAS CARVALHO (352)FÁTIMA MARIA AMARAL (20)FÁTIMA MARIA AMARAL T PAES (449)FÁTIMA PUGAS (184)FAUSTINA MARIA DE ARAUJO MAGALHAES SILVA (95)FELIPE KRUSSER PRIMO (193)FELIPE OSÓRIO DOS SANTOS (47)FELISBERTO VILMAR CARDOSO(459) (472)FERNANDO DE NAZARETH OLIVIERI SOARES (164)FERNANDO JOSÉ LOPES SCALZILLI (512)FERNANDO MÁXIMO NETO (385)FERNANDO OTAVIO DE PAIVA MARINHO (423)FILIPE CAIO BATISTA CARVALHO (24)FLÁVIA MELLO E VARGAS (380)FLÁVIO DE ALMEIDA OLIVEIRA (480)FLAVIO DE JESUS COSTA (140)FLÁVIO EDUARDO DE OLIVEIRA MARTINS (274)FLÁVIO JOSÉ SOUZA DA SILVA (152)FLÁVIO SARTORI (239)FLÁVIO SILVA ROCHA (397)FLORISVALDO HAROLDO ANSELMI (236)FRANCISCO ALVES NORONHA (86)FRANCISCO COSTA (202)FRANCISCO FAUSTO PAULA DE MEDEIROS (190)FRANCISCO JOSE DO NASCIMENTO (95)FRANCISCO MARCELO VASCONCELOS CHAVES (95)FRANCISCO SOUSA GUERRA(437) (439)FRANCISCO VALADARES NETO (111)FREDERICO JARDIM LISBOA (78)FREDERICO LUNDGREN BASTOS (333)GABRIEL DE AMORIM TURSO (70)GABRIELA DE LIMA NETTO TORRES (382)GABRIELLA DE MORAES CARDOSO (479)GASPAR PEDRO VIECELI(332) (370) (371)GEORGHIO ALESSANDO TOMELIN (158)GEOVANA PALERMO CARPES (451)GEOVANA SINHORELO CAMPOS (509)GERALDO LUIZ SCALIA GOMIDE (355)GERALDO NOGUEIRA DA GAMA(318) (390)GERLUSA SILVA DE FREITAS ALVES (202)GIANNA LÚCIA CARNIB BARROS(195) (196)GILBERTO CAETANO DE FRANÇA (128)GILBERTO SOUZA DOS SANTOS (422)GIOVANA MICHELIN LETTI (295)GIOVANA ZIMMERMANN ODY (313)GIOVANI BORTOLINI (108)GISELLE FLÜGEL MATHIAS BARRETO (373)GIULIANA VILELA DA ROCHA (27)GLAUCIA BUCCO DE ALMEIDA (349)GLAUCO SILVA MENEZES(461) (461)GONÇALO BONET ALLAGE (304)GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO (148)GOVERNO DA ESPANHA (159)GOVERNO DA ROMÊNIA (135)GRACE MARY VÉRAS OSIK (336)GUILLERMO JORGE NIMHAUSER(361) (361)GUSTAVO ANDRETTO (235)GUSTAVO CHOAIRY COELHO (381)GUSTAVO DOMINGUES DE MORAES (310)GUSTAVO FETTER DE ALMEIDA (451)GUSTAVO HENRIQUE FLORES CALDAS (182)GUSTAVO MARTINS DE ALMEIDA (11)GUSTAVO MOREIRA PESTANA (101)GUSTAVO RODRIGO ALMEIDA MEDEIROS (326)GUSTAVO SOARES DA SILVEIRA (285)HAROLDO CARNEIRO RASTOLDO (171)HAROLDO DO BAPTISTA DE BRITO (299)HEITOR FARO DE CASTRO (248)HELDER CÂMARA CRUZ LUSTOSA (186)HELDER COSTA BARIZON (491)HELEN CRISTINA GOMES MOREIRA (425)HELIO BELLO CAVALCANTI (449)HENRIQUE DE SOUZA MACHADO (280)HERTON LUÍS MÜHLBEIER (510)HILANA BESERRA DA SILVA (112)

HILTON CARVALHO GALVÃO (191)HISASHI KATAOKA (261)HOMERO SILVA NOGUEIRA (140)HOSANA ANTUNES DE ALMEIDA (218)HUGO MARTINS RODRIGUES (140)HUGO NAPOLEÃO (403)HUMBERTO PIRES (70)IANAÊ D. M. C. MARTELLI (390)IÁRA KRIEG DA FONSECA (453)IBRAIM PAULO MASSON (140)IGOR CAIO REIS SANTOS (10)IGOR LUBY KRAVTCHENKO (407)INÁCIO JOSÉ VENCIONEK (67)INOCÊNCIO MARTIRES COELHO (147)INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO PAULO - IPREM (12)IOLETE DO NASCIMENTO SILVA (95)ION GABRIEL PIRVU (135)ISAAC VASCONCELOS LISBOA FILHO (202)ISABEL CARLA DE MORAIS ABREU (95)ISADORA MONTEIRO MOREIRA (502)ISRAEL MOREIRA AZEVEDO (194)ITAUCARD FINANCEIRA S/A CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO

(377)

IURE CASAGRANDE DE LISBOA(300) (389)IURI VASCONCELOS BARROS DE BRITO (34)IVAIR FERREIRA DE SOUZA (33)IVONE DA FONSECA GARCIA (291)JACK MANHÃES DE AZEVEDO (13)JAILSON TENÓRIO DOS REIS (227)JAIME LUIZ LEITE (216)JAMES DE JESUS SANTOS GONDIM (202)JANAÍNA CORDEIRO CAMPOS RIBEIRO DE FREITAS (57)JANILDO HONÓRIO DA SILVA (92)JAQUELINE BÜTTOW SIGNORINI (463)JAQUELINE PIO FERNANDES (133)JAYME FERNANDES LABINAS (140)JAYME PEREIRA JUNIOR (198)JESIMIEL GONÇALVES DE LIMA (199)JOÃO ABEL SANGRA (458)JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FILHO (9)JOÃO BATISTA DOS ANJOS (201)JOÃO BOSCO ALEXANDRINO (415)JOÃO BÔSCO KUMAIRA (114)JOÃO CAETANO MUZZI FILHO (511)JOÃO CARDOSO DA SILVA(423) (425)JOÃO CARLOS CAMPANINI (97)JOÃO CLÁUDIO FRANZONI BARBOSA (289)JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA (285)JOÃO DOS SANTOS GONÇALVES DE BRITO (210)JOÃO JOAQUIM MARTINELLI(325) (465)JOÃO LUCIANO DA FONSECA PEREIRA DE QUEIROZ (99)JOÃO LUÍS GUIMARÃES (244)JOÃO LUIZ AGUION (493)JOÃO MÁRCIO LIMA DO NASCIMENTO (182)JOÃO PAULO TAVARES BASTOS GAMA (213)JOÃO TEOTONIO NASCIMENTO NETO(65) (65)JOÃO ULISSES DE BRITO AZÊDO (149)JOAQUIM BARBOSA DE ALMEIDA NETO (149)JOCIMAR MOREIRA SILVA (271)JOEL GONÇALVES DE LIMA JÚNIOR (379)JOEL LUIZ DA SILVA (173)JOMAR MACIEL PIRES (444)JONATAS BARRETO NETO(195) (196)JONATHAN AGUIAR DE CARVALHO (290)JORGE ALEXANDRE RODRIGUES (485)JORGE ANTONIO CULUCHI (11)JORGE CEZAR MOREIRA LANNA (461)JORGE DA COSTA MOREIRA NETO (40)JORGE EDUARDO MUNIZ LIBÓRIO (203)JORGE FERNANDES FILHO (177)JORGE FERREIRA LISBOA JÚNIOR (198)JORGE LUIZ NEVES SARAIVA (322)JORGE PINHEIRO CASTELO (316)JORGE SIDMAR DIENSTMANN (499)JORGE ZAIDEN (441)JOSÉ ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA (59)JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL(132) (133) (134)JOSÉ ALMEIDA SILVARES (125)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 128

JOSÉ ANTONIO BALIEIRO LIMA (250)JOSÉ ANTÔNIO BARRETTO DE CARVALHO (182)JOSÉ ANTONIO DUMAS (127)JOSÉ ANTONIO ROSA DA SILVA (279)JOSÉ AUGUSTO PATRÍCIO DINIZ (245)JOSÉ CARLOS BRANDÃO FILHO (29)JOSÉ CARLOS BUENO (140)JOSÉ CARLOS DA SILVA (348)JOSE CARLOS MARQUES(68) (68)JOSÉ CID CAMPÊLO (91)JOSÉ COSME DOS SANTOS GOMES (498)JOSÉ DE DEUS ALVES DOS SANTOS (430)JOSÉ DJACY VERAS (191)JOSÉ EDUARDO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE (324)JOSE EMIDIO DE MELO (428)JOSÉ EYMARD LOGUÉRCIO (414)JOSÉ EYMARD LOGUERCIO (7)JOSÉ FERNANDO DE OLIVEIRA (19)JOSÉ FIGUEIRA FERREIRA (202)JOSÉ FLÁVIO NASCIMENTO TAVARES (202)JOSÉ FRANCISCO ARRUA PACHECO (106)JOSÉ FRANCISCO FRANCO OLIVEIRA (139)JOSÉ GERALDO ARAÚJO MALAQUIAS (100)JOSÉ LINHARES PRADO NETO(281) (314)JOSÉ LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA (53)JOSÉ LUIS WAGNER (476)JOSÉ MÁRCIO CATALDO DOS REIS (461)JOSÉ MARIA GAMA DA CÂMARA (424)JOSÉ MAURÍCIO DA COSTA TAVARES (93)JOSÉ MAURÍCIO DE CASTRO (435)JOSÉ NILO DE CASTRO (1)JOSÉ ORLANDO DA SILVA PEREIRA (9)JOSÉ OSÓRIO DE FREITAS (408)JOSÉ OSWALDO CORRÊA (21)JOSÉ PAIVA DE SOUZA FILHO (192)JOSÉ RENATO BORGES (321)JOSÉ RINALDO FEITOZA ARAGÃO (384)JOSÉ RIOLANDO TEODORO FONSECA (140)JOSÉ ROBERTO MARCONDES(259) (394)JOSE RODRIGUES DE CARVALHO ASSUNCAO JUNIOR (95)JOSÉLIO SILVEIRA MONTEIRO FILHO (182)JOSIANE BORGES (421)JOSIRAN DA COSTA SIQUEIRA (95)JOSUÉ HOFF DA COSTA (311)JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA ESTADUAL DA COMARCA DE NATAL (PROCESSOS Nº 001.05.019386-5 E 001.05.014298-5)

(92)

JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE

(177)

JUIZ DE DIREITO DA 4º VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE PORTO ALEGRE

(23)

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE ARAÇATUBA

(172)

JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ITANHAÉM

(458)

JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ITANHAÉM - ESTADO DE SÃO PAULO

(470)

JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE ITANHAÉM(468) (469)JUIZ DO TRABALHO DA 12ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS (PROCESSO Nº 01950-2008-012-11-00-7)

(198)

JUIZ DO TRABALHO DA 16ª VARA DO TRABALHO DE BELÉM (PROCESSO Nº 00212.2008.016.08.00-4)

(93)

JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE PALMAS (PROCESSO Nº 00226-2009-801-10-00-4)

(210)

JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE SANTARÉM (PROCESSOS NºS 00940-2005-109-08-00-3, 00880-2005-109-08-00-9, 00937-2005-109-08-00-0, 01114-2005-109-08-00-1, 01070-2005-109-08-00-0, 00938-2005-109-08-00-4, 01110-2005-109-08-00-3,

(202)

JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE TERESINA (PROCESSO Nº 00408-2009-001-22-00-4)

(95)

JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE MOSSORÓ (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 1280/2003-012-21-00-4)

(190)

JUIZ DO TRABALHO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE ARACAJU (206)JUIZ DO TRABALHO DA 6ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS (AÇÃO CAUTELAR Nº 06149-2008-036-12-00-2)

(90)

JUIZ DO TRABALHO DA 7ª VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ (PROCESSO Nº 01141.2007.007.23.00-3)

(201)

JUIZ DO TRABALHO DA 8ª VARA DO TRABALHO DE GUARULHOS (156)JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE GUARAÍ (210)

(PROCESSO Nº 00264-2009-861-10-00-1)JUIZ DO TRABALHO DA VARA FEDERAL DO TRABALHO DE SÃO RAIMUNDO NONATO (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 00323-2009-102-22-00-0)

(195)

JUIZ DO TRABALHO DA VARA FEDERAL DO TRABALHO DE SÃO RAIMUNDO NONATO (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 00352-2009-102-22-00-2)

(196)

JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(39)

JUIZ FEDERAL DA 2ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MATO GROSSO (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 2009.36.00.004493-8)

(197)

JUIZ FEDERAL DA 6ª VARA CRIMINAL DA 1ª SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO (PROCESSO Nº 2006.61.81.008647-8)

(205)

JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(39)

JUIZ FEDERAL PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE ALAGOAS (PROCESSO Nº 200780135003350)

(189)

JUÍZA DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE LAGES (PROCESSO Nº 00780-2009-007-12-00-3)

(193)

JUÍZA DO TRABALHO DA 6ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 08873-2008-036-12-00-0)

(193)

JUÍZA FEDERAL DA 2ª VARA FEDERAL DE GUARULHOS (156)JULIANA COSTA BEZERRA MADRUGA (122)JULIANA MAIA BENATO (426)JULIANNA CANAAN ALMEIDA DUARTE MOREIRA (493)JULIANO DI PIETRO (242)JULIANO ROSA ALEXANDRE (57)JULINE COLEEN VAN WYK (178)JÚLIO ASSIS GEHLEN (241)JULIO CESAR BROTTO (3)JÚLIO CÉSAR MARTINS CASARIN (150)KARINA MARQUES MACHADO (298)KARLA CRISTINA PRADO (334)KEULLA CABREIRA PORTELA (214)KIAVASH JOORABCHIAN (205)KLEZIA CLEYA LIMA DA SILVA (95)LAERCIO RODRIGUES DA SILVA (140)LARA CORRÊA(301) (302)LARA CORRÊA SABINO BRESCIANI(320) (323)LARISSA F MACIEL LONGO (81)LARISSA F. MACIEL LONGO (79)LARISSA FIALHO MACIEL LONGO(75) (77) (80)LAYLA FERREIRA PINTO (405)LÁZARO PAULO ESCANHOELA JÚNIOR (220)LEANDRO CHAVES DA SILVA BATISTA (26)LEANDRO SAAD (418)LEANDRO VIEIRA DA ROCHA (376)LEILHA DA ROCHA FARIA (98)LEONARDO HENRIQUE DA SILVA (331)LEONARDO JOSÉ CARVALHO PEREIRA (354)LEONARDO RZEZINSKI (367)LEONARDO SANTANA CALDAS(7) (292)LEONARDO SANTANA DE ABREU(365) (366) (368)LIDSON JOSÉ TOMASS (402)LILIAN THEODORO FERNANDES (341)LINCOLN CEZAR MELO GODOENG COSTA (41)LINDOCASTRO NOGUEIRA DE MORAIS (190)LIZANDRA GOMES MENDONÇA(22) (51)LUCAS ALEX DOS SANTOS (167)LÚCIA MARIA DE FIGUEIREDO(14) (399)LUCIANA DÁRIO MELLER (446)LUCIANA MARTINS BARBOSA (275)LUCIANE BARROS DE SOUZA (492)LUCIANE PINTO BRANDÃO (474)LUCIANO CORRÊA GOMES (443)LUCIANO MARCOS DA SILVA (325)LUCIMEIRE BARROSO OLIVEIRA (95)LUCINEIDE PEREIRA DOS SANTOS (95)LUIS HENRIQUE DA SILVA (226)LUÍS HERMÍNIO CASA (411)LUÍS MAXIMILIANO TELESCA (453)LUÍS RENATO FERREIRA DA SILVA (296)LUÍS ROBERTO BARROSO (158)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 129

LUIZ ALBERTO N. BARREIRAS (162)LUIZ ANTÔNIO DE MELLO (182)LUIZ ANTÔNIO MUNIZ MACHADO (281)LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO(291) (294) (311) (314) (332) (370) (371) (386)LUIZ CARLOS BUENO DE LIMA (179)LUIZ CARLOS DA SILVA NETO (375)LUIZ CARLOS NEMETZ (25)LUIZ CARLOS SILVA MACHADO (327)LUIZ CARLOS ZVEITER(356) (359)LUIZ CLÁUDIO AMERISE SPOLIDORO (167)LUIZ DE CAMARGO ARANHA NETO (410)LUIZ EDUARDO GREENHALGH (158)LUIZ FERNANDO ADAMI LATUF (166)LUIZ FERNANDO BRAZ SIQUEIRA (188)LUIZ FRANCISCO CAETANO LIMA (173)LUIZ GUILHERME CONCEIÇÃO DE ALMEIDA (284)LUIZ HAMILTON SANTANA DE OLIVEIRA(437) (439)LUIZ LOUZADA DE CASTRO (412)LUIZ PAULO DE BRITO (413)LUIZ TOMAZ DIONÍSIO (172)LUIZ ULISSES ESCOUTO DA SILVA (273)LUIZ VICENTE VIEIRA DUTRA (358)LYVIA MEDINA DA PAZ (95)MANOEL FERREIRA LIRA (456)MANTENGE - MANUTENÇÃO TÉCNICA E ENGENHARIA LTDA (191)MARC ALFONS ADELIN GHIJS (253)MARCEL ANDREI BATTISTELLA (278)MARCELO CORRÊA DA SILVA (387)MARCELO DA SILVA TROVÃO (164)MARCELO DE CARVALHO MIRANDA (171)MARCELO DUARTE DE OLIVEIRA (46)MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA (336)MARCELO PIMENTEL (217)MARCELO PRADO BADARÓ (282)MARCELO RAMOS BARBOSA (204)MARCELO RIBEIRO (35)MARCELO ROMANO DEHNHARDT (417)MARCELO SARAIVA RIBEIRO (328)MARCELO TORRES MOTTA (16)MARCIA JANETE SACCO GARCIA (76)MÁRCIA MALLMANN LIPPERT (358)MÁRCIA MARTA AIELLO (297)MÁRCIA NORAT GUILHON (504)MÁRCIA NUNES FERREIRA (478)MÁRCIA REGINA BÜLL (42)MÁRCIO ANTÔNIO SCALON BUCK (19)MÁRCIO DE OLIVEIRA RIBEIRO (360)MARCIO FERNANDES DE SOUZA (276)MÁRCIO ROBERTO S RODRIGUES (438)MARCO ANDRÉ COSTENARO DE TOLEDO (35)MARCO ANTÔNIO DE SOUZA MAIA (434)MARCO ANTÔNIO HURTADO (401)MARCO ANTÔNIO PINA DE ARAÚJO (56)MARCO AURÉLIO DE SOUZA (486)MARCO AURELIO DE SOUZA(482) (484)MARCO TÚLIO DE ROSE (429)MARCOS CHAVES VIANA(438) (440)MARCOS DOS SANTOS MOTA (202)MARCOS JEAN LOPES DA SILVA (95)MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES (141)MARCOS JOSE DA SILVA ARZUA (461)MARCOS MELO (373)MARCOS ROBERTO PIRES TONON (263)MARCOS SIDNEI VENTURA(175) (175)MARCOS WENGERKIEWICZ (237)MARCUS VINICIUS MARINHO PEREIRA (231)MARCUS VINICIUS TAVARES NETTO (376)MARESKA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS LTDA (447)MARGARETE INÊS BIAZUS LEAL (264)MARIA AMÉLIA CORDEIRO LIMA MAUAD (363)MARIA CAROLINA NOGUEIRA SIMAS (454)MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECA (420)MARIA CRISTINA LAPENTA(18) (260)MARIA CRISTINA NUNES PASSOS (325)MARIA CRISTINA S. MARINHO DE SOUZA FIRMO (340)MARIA CRISTINA ZANETTI HORTA (320)MARIA DE FATIMA DOS SANTOS (95)

MARIA DE FÁTIMA SANTOS GONDIM (202)MARIA DE LOURDES VENTURINI (361)MARIA DO SOCORRO ANDRADE ALVES (95)MARIA DO SOCORRO DE SOUZA FIUZA BRANCO (282)MARIA DO SOCORRO SOARES NOGUEIRA (95)MARIA HELENA LOPES DE FIGUEIREDO (356)MARIA INES MACEDO OLIVEIRA BRAGA (95)MARIA INÊS MURGEL (308)MARIA MARLENE MACHADO (238)MARIA RÔZELY BRASILEIRO DE JESUS DOS PASSOS (149)MARIA VIRGINIA BATISTA BEZERRA (95)MARIANA DIEDRICH (317)MARIANO RODRIGUES DOS SANTOS (427)MARILÉA BOTTON ROSA (506)MARÍLIA REGUEIRA DIAS (129)MARINA HERMETO CORRÊA (391)MARINÍSIA TUROLI FERNANDES DA SILVA (30)MARIO COSME MORAES BARREIRA (155)MÁRIO LUIS MANOZZO (332)MARIO REBELLO DE OLIVEIRA (276)MÁRIO RICARDO MACHADO DUARTE (351)MARISA APARECIDA DA SILVA (251)MARLENE PATRIOTA DE CARVALHO (189)MARLON LINO(72) (72)MARLUCE MIGUEL DE SIQUEIRA (47)MATUSALEM LOPES DE SOUZA (163)MAURI GUIMARÃES DE JESUS (201)MAURÍCIO DAL AGNOL (494)MAURICIO DE ABREU E SILVA (140)MAURÍCIO DE FIGUEIREDO C. DA VEIGA (157)MAURICIO DE FIGUEIREDO CORRÊA DA VEIGA (316)MAURÍCIO LINDENMEYER BARBIERI (357)MAURÍCIO MACIEL SANTOS (372)MAURÍCIO NEVES CAMPOS (202)MAXIMIANO JOSÉ GOMES DE PAIVA (231)MELISSA SERIAMA POKORNY (136)MICHEL ABURACHID (393)MIGUEL ARCANJO DA CRUZ SILVA (277)MILTON CÓRDOVA JÚNIOR (185)MILTON LOPES MACHADO FILHO (457)MILTON PAIVA JUNIOR (166)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS (9)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA (4)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONAS (6)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ (151)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (144)MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO (157)MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL(5) (86) (144) (188) (197)MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR (161)MIRIAN PAULET WALLER DOMINGUES (265)MÔNICA GOES DE ANDRADE MENDES DE ALMEIDA (494)MONYA RIBEIRO TAVARES PERINI (335)MURILO DE PAULO VIEIRA (425)MURILO LESSA BRAGA (489)MURILO SERAGINI (412)MYLENNA PIRES DE CARVALHO (95)NAMIS LEVINO DA SILVA(85) (187)NATALIA BRASIL CORREA DA SILVA (369)NATALIA CARDOSO FERREIRA (229)NATÁLIA CARVALHO DE ARAÚJO (416)NATASHA SHARON COHEN (350)NELSON LEME GONÇALVES FILHO (410)NELSON LOMBARDI (257)NELSON PILLA FILHO (348)NESI CURI (205)NEUDI FERNANDES (58)NEUZA TEBINKA SENHORINI (49)NICANOR DUTRA DA SILVA (404)NILTON DONIZETE MACHADO(181) (181)NILTON HENING (25)NORBERTO BOSSOLANI (140)NORVAL CAMPOS VALERIO (20)NÚBIA FARIA BARCELLOS (382)ODILON MARQUES GARCIA JUNIOR (294)OLIVIA MARIA ASSIS CAMPOS COUTO (36)OLYNTHO DE LIMA DANTAS (28)ONIEL DA SILVA MOREIRA (45)ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO MINAS GERAIS (9)OS MESMOS(412) (417)

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 130

OSCARINA DE MIRANDA BRUNO (504)OSMAR VITÓRIO CARLESSO (106)OSVALDO PALMEIRA DA SILVA (45)OSWALDO DUARTE DE SOUZA (219)OSWALDO LEMOS DE ALBUQUERQUE (200)OSWALDO LOUREIRO DE MELLO JUNIOR (426)OSWALDO PEREIRA RIBEIRO (140)PACELLI DA ROCHA MARTINS (314)PAOLO PAPARONI (306)PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOL (1)PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO - PSTU (1)PATRÍCIA REIS NEVES BEZERRA (450)PAULO ADRIANA DA SILVA (182)PAULO ANGIONI (205)PAULO ANTÔNIO NUNES DOS SANTOS (442)PAULO CESAR DAS NEVES CARDOSO (477)PAULO GUILHERME DE MENDONÇA LOPES(238) (263)PAULO HENRIQUE OLIVEIRA DA ROCHA LINS (230)PAULO REINOM VIEIRA DE AGUIAR (162)PAULO ROBERTO ALMEIDA (330)PAULO ROBERTO FARAH (473)PAULO ROGÉRIO BRANDÃO COUTO (498)PAULO ROGÉRIO DE OLIVEIRA (338)PAULO SATURNINO CHECHINATTO (140)PEDRO BATISTA DOS SANTOS (383)PEDRO HENRIQUE DE CASTRO ALVARES (94)PEDRO LOPES RAMOS(280) (346)PEDRO LUIZ DA CRUZ SALDANHA (182)PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADO (184)PGE-PE - RENATA DOS SANTOS DINIZ (105)PGE-PR - SERGIO BOTTO DE LACERDA (147)PGE-RR - DIRCINHA CARREIRA DUARTE (86)PGE-SP - FERNANDO FRANCO (140)PGE-SP - ISA NUNES UMBURANAS (97)PGE-SP - LIETE BADARÓ ACCIOLI PICCAZIO (240)PGE-SP - MARCOS FÁBIO DE OLIVEIRA NUSDEO (157)PLÍNIO JOSÉ DE AGUIAR GROSSI (183)PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS(183) (184)PRESIDENTE DO CONSELHO DE COORDENAÇÃO E CONTROLE DAS EMPRESAS ESTATAIS - CCE

(2)

PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL(183) (184)PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(56) (71) (170)PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR (164)PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (183)PRISCILLA TEDESCO ROJAS (306)PRO TE CO INDUSTRIAL S/A (306)PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (194)PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO (191)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(16) (136) (137) (137) (215) (216) (224) (232) (239) (241)(243) (250) (254) (256) (259) (274) (298) (303) (304) (305)(305) (310) (329) (345) (367) (385) (394) (395) (400) (411)(412) (413) (416) (417) (419) (429) (447) (450) (457) (460)(461) (462) (465) (466) (478) (497) (506) (507) (508) (509)(510) (511) (512)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(14) (32) (90) (95) (234) (247) (307) (419)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA (10)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

(209)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

(96)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA(48) (392)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(40) (227) (448)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE (445)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO (330)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ (339)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(375)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

(92)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(103) (106) (115) (118) (388) (396)PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL (454)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(100) (309) (433) (467)

PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(104) (107)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO - ESTADO DE SÃO PAULO (160)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA(45) (203)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS (456)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL (41)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(43) (199) (200)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA(24) (146)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(39) (90) (91) (109) (213) (272) (278)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(17) (18) (30) (46) (50) (117) (123) (221) (226) (229)(233) (242) (244) (251) (257) (260) (270) (441)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE(206) (384) (445)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ (120)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS(192) (492)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO(406) (471)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO (218)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(3) (283)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ(142) (342) (403)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(15) (20) (21) (219) (230) (286) (299) (398) (449)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(102) (112) (122) (124) (253) (474) (480)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(99) (246) (249) (252) (255) (268) (275) (277) (287) (288)(293) (358) (422) (431) (501)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS (210)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE(209) (409) (415)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CATANDUVA (33)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CUBATÃO (452)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA (407)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL (479)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NITERÓI (31)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PELOTAS(101) (442)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE (110)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RECIFE (153)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RESENDE (455)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR (38)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ (500)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS (138)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ (39)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(12) (27) (28) (42) (44) (334) (448) (483)PROCURADOR-GERAL ELEITORAL (1)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(49) (113) (156) (264) (266) (305) (347) (362) (430) (463)(464) (473) (477) (485) (487) (490) (513)PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(139) (310) (424)PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA (143)PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ (145)PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(23) (116)PROCURADORIA-GERAL FEDERAL(98) (145) (197) (476)RACHEL DOS REIS CARDONE (337)RAFAEL LAZZARI SOUZA (296)RAFAEL LIMA MARQUES (232)RAFAEL LLUNA PUIG (159)RAIMUNDO ARRUDA GOMES DE SÁ (406)RAIMUNDO CARLOS NOGUEIRA ALMEIDA (113)RAIMUNDO JORDÃO NASCIMENTO (202)RAIMUNDO NIVALDO S. DUARTE (202)RAIMUNDO NONATO ALVES DOS SANTOS (95)RAIMUNDO RODRIGUES NETO (95)RAIMUNDO TEREVALDO RODRIGUES DE ALMEIDA (202)RAIMUNDO UBIRAJARA SOUSA SILVA (95)RAMON G. VON BERG (318)RANDAL DAMASCENO LIMA (336)RANIERI LIMA RESENDE (287)RAQUEL DA SILVA DE FARIA (498)RAQUEL WIEBBELLING (84)RAUL TAVARES DA CUNHA MELLO (109)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 131

RELATOR DA RECLAMAÇÃO Nº 6568 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

(157)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 122.449 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(163)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 97708 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(162)

RELATOR DO HC Nº 105.178 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(168)

RELATOR DO HC Nº 109.171 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(62)

RELATOR DO HC Nº 109.172 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(61)

RELATOR DO HC Nº 109.174 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(60)

RELATOR DO HC Nº 111.428 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(59)

RELATOR DO HC Nº 124.473 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (178)RELATOR DO HC Nº 130.318 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(65)

RELATOR DO HC Nº 135.698 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(154)

RELATOR DO HC Nº 137282 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(155)

RELATOR DO HC Nº 142.934 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(72)

RELATOR DO HC Nº 143.493 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(67)

RELATOR DO HC Nº 144.133 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(57)

RELATOR DO HC Nº 145.462 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(70)

RELATOR DO HC Nº 89.848 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (179)RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 179.835-0/2-00 DO ÓRGÃO ESPECIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(194)

RELATOR DO RECURSO ESPECIAL Nº 572274 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(152)

RELATORA DO HC Nº 126.338 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(55)

RELATORA DO HC Nº 137.054 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(167)

RENAN BESSONI PAZ (26)RENAN OLIVEIRA GONÇALVES (292)RENATA DO AMARAL GONÇALVES (52)RENATA FIGUEIREDO SOARES (374)RENATA MOURA PEREIRA PINHEIRO (354)RENATA SARAIVA (158)RENATO AMARAL CORRÊA (254)RENATO AZEVEDO DOS SANTOS OLIVEIRA (248)RENATO CARDOSO DE ALMEIDA ANDRADE (151)RENATO CARNEIRO DE RESENDE (245)RENATO COÊLHO DE FARIAS (95)RENATO CUSTÓDIO LEVES (483)RENATO DANTÉS MACEDO (378)RENATO DI PRINZIO (182)RENATO DUPRAT FILHO (205)RENÉ ARIEL DOTTI (188)RIBAMÁ VIDAL (140)RICARDO ANTÔNIO DOS SANTOS PINTO (182)RICARDO BARROS CANTALICE(319) (386)RICARDO BORGES DE MENEZES (343)RICARDO BOTÓS DA SILVA NEVES (17)RICARDO DIAS VIEIRA (60)RICARDO LIMA CARDOSO (13)RICARDO M M SARMENTO (138)RICARDO MOREIRA DA SILVEIRA(366) (368)RICARDO NICOLAU (44)RICARDO QUINTAS CARNEIRO (2)RICHARD AUGUSTO PLATT (295)RICHARD RODRIGUES (160)RICHELMO GULART DE LIMA (353)RITA DE CÁSSIA FREITAS (341)ROBERTA LIOI VIEIRA (163)ROBERTA MORAES DE VASCONCELOS (293)ROBERTO BATISTA DE SANTANA (206)ROBERTO DE OLIVEIRA ARANHA (45)ROBERTO DÓRIA JÚNIOR (404)ROBERTO PERALTO (119)ROBERTO PODVAL(169) (205)ROBERTO SILVA(82) (83)

ROBERTO SOLIGO (214)ROBERTO WISOSKI AMARANTE (313)RODOLFO DA SILVA DE MENDONÇA(69) (69)RODRIGO ABREU FERREIRA (327)RODRIGO DA SILVA (301)RODRIGO GONÇALVES TRINDADE (96)RODRIGO HELFSTEIN (17)RODRIGO LEPORACE FARRET (221)RODRIGO NEIVA PINHEIRO (496)RODRIGO RAMOS BAIRROS (106)RODRIGO TAVARES DE SALLES (369)ROGER PAMPANA NICOLAU (264)ROGER SEJAS GUZMAN JUNIOR (380)ROGÉRIO AVELAR (335)ROGÉRIO DE MENEZES CORIGLIANO (496)ROGÉRIO EMÍLIO DE ANDRADE (269)ROGÉRIO ROCHA (74)RÔMULO CAVALCANTE MOTA (324)ROOSEVELT PACHECO DE OLIVEIRA (94)ROSA MARIA ASSEF GARGIULO (158)ROSA MARIA ROSA HISPAGNOL (35)ROSIANE APARECIDA MARTINEZ (236)RUBENS BARRETO (140)RUBENS CATENACCI (63)RUBENS GARCIA FILHO (8)RUBENS SOARES VELLINHO (463)SABRINA FERRARI (349)SALVATORE ALBERTO CACCIOLA (53)SAMUEL PASQUINI (121)SANDRA LUIZA FELTRIN (467)SANDRA MARIA NEVES VARELA COELHO (364)SANDRO BELTRÃO FARIAS (105)SANDRO FANTINEL DA SILVA (161)SANGELO ROSSANO DE SOUZA (111)SANTO APARECIDO GUTIER (19)SAYONARA GOMES BASTOS (490)SEBASTIÃO DE NAZARÉ DA SILVA (120)SEBASTIÃO ERNESTO SANTOS DOS ANJOS(85) (187)SEBASTIÃO HASENCLEVER BORGES NETO (475)SEBASTIÃO MORAES DA CUNHA (432)SENADO FEDERAL(75) (77) (79) (80) (81)SÉRGIO DOS SANTOS MORAES (4)SÉRGIO LUIZ DE ANDRADE (93)SERGIO ROBERTO DE CASTRO SANTOS (95)SETOR JUDICIÁRIO DA PENITENCIÁRIA DE BALBINOS/SP (180)SEVERINO ANTONIO ALVES (339)SHIGUEMASSA IAMASAKI (147)SIBELE REGINA LUZ GRECCO (152)SIDNEI ULYSSÉA PALADINI (311)SILÊNIO MARTINS (9)SILMA APARECIDA BISPO (258)SILVIA HELENA BUCHALLA (408)SIMONE VALÉRIA DE MOURA FERREIRA (505)SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE CAMPINAS (157)SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE MOGI DAS CRUZES (157)SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE RIBEIRÃO PRETO (157)SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE SANTOS (157)SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DE SOROCABA (157)SINDICATO DOS ESCRIVÃES DE POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(157)

SINDICATO DOS INVESTIGADORES DE POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(157)

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM TELEMÁTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(157)

SIRLEI DE ALMEIDA (47)SOLANGE DOS REIS E VAZ (182)SOLANGE SAMPAIO CLEMENTE FRANÇA (127)STELLA MARIA FERREIRA SIMÕES (108)STÊNIA ALVES GUIMARÃES (210)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(53) (54) (58) (63) (66) (160) (165) (166) (169) (173)(174) (181)SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR (161)SUSAN MORÉ (357)SUZANA ANGÉLICA PAIM FIGUERÊDO (158)SUZANA MARIA CAMPOS MARANHÃO DE LIMA AGUIAR (153)SUZE OLIVEIRA MENDONÇA RONDELLI (360)SYLVIO PELLICCE ALVES ARANHA (140)TADAHIRO TSUBOUCHI (308)TALES ROCHA BARBALHO (124)TATIANA RAMOS DE OLIVEIRA (355)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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STF - DJe nº 163/2009 Divulgação: sexta-feira, 28 de agosto Publicação: segunda-feira, 31 de agosto 132

TELMO RICARDO SCHORR (255)TGS - TECNO GLOBAL SERVICE LTDA (199)THIAGO BRUGGER BOUZA (170)THYERS NOVAIS FILHO (29)TOMÁS ROBERTO NOGUEIRA (491)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO (68)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA (177)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Nº 1.0024.513616-8/002)

(209)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.043459-7)

(91)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(64) (181)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.142620-0)

(207)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.144571-9)

(208)

TRIBUNAL REGIONAL DA TRABALHO DA 6ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00053-2008-016-06-00-9)

(191)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00514-2008-043-12-00-3)(89) (212)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00561-2008-043-12-00-7)

(88)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00562-2008-043-12-00-1)(87) (211)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20º REGIÃO (PROCESSO Nº 01494-2008-003-20-00-5)

(206)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00047-2009-040-03-00-2)

(94)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00877-2007-342-05-00-4)

(203)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00228-2008-351-06-00-0)

(200)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00310-2008-010-06-00-4)

(153)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00376-2007-291-06-00-4)

(199)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00440-2008-013-06-00-6)

(204)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (PROCESSO Nº 1280/2003-012-21-40.4)

(190)

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (RECURSO DE REVISTA Nº 92.695/2003-900-11-00.2)

(192)

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (185)TULIO SANTIAGO (57)TUMA ENGENHARIA TÉRMICA LTDA (16)TYCHO BRAHE FERNANDES (25)UNIBANCO ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO (377)VALDEIR PEREIRA GOMES (398)VALERIM BRAZ FERNANDES (272)VALMOR LUIZ ABEGG (390)VANDA DA SILVA MATTAR VILELA (9)VANDER DE SOUZA SANCHES (137)VERA LÚCIA BICCA ANDÚJAR (472)VERA ZILA VARGAS RODRIGUES (387)VICENTE MAGELA DE FARIA (32)VICTOR HUGO RODRIGUES DA SILVA (296)VICTOR HUMBERTO MAIZMAN (197)VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR(335) (335) (414) (505)VIRGILIO CÉSAR DE MELO (215)VITOR APARÍCIO SALZO (306)VITOR IORIO ARRUZZO (343)VIVIANNA CÂMARA TAVARES DE SENA FERNANDES (481)WAGNER ANDRADE VIEIRA DUTRA (436)WALDIR FIGUEIREDO RECCANELLO (283)WALDIR WALDAMERI (91)WALTER ADOLFO HANEMANN (22)WALTER CARLOS CONCEIÇÃO (395)WALTER DELGALLO (140)WANDER DA SILVA CARDOSO (464)WANDERLEI BAN RIBEIRO(240) (256)WELLINGTON LEANDRO APARECIDO DONIZETE FERNANDES CORRÊA

(208)

WENDEL LEMES DE FARIA (5)WESLEY CARDOSO DOS SANTOS(370) (371)WILDSON DE ALMEIDA OLIVEIRA SOUSA (342)WILLIAN MARCONDES SANTANA(265) (470)WILSON CAMPOS TEIXEIRA MONTEIRO (262)

WOLCER FREITAS MAIA (126)ZÉLIA CONCEIÇÃO DA SILVA LACERDA (202)ZULEICA RODRIGUES DE MOURA (225)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

AÇÃO CAUTELAR 1.906-1 (139)AÇÃO CAUTELAR 2.344-1 (140)AÇÃO CAUTELAR 2.416-1 (141)AÇÃO CAUTELAR 2.432-3 (142)AÇÃO CAUTELAR 2.440-4 (1)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.181-6 (143)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.266-5 (144)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.355-7 (145)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.391-3 (146)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.288-2 (148)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.290-4 (2)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.440-9 (149)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.533-2 (150)AÇÃO PENAL 503-4 (151)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 2.676-1 (152)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 8.063-3 (153)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 532.291-9 (495)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.548-2 (496)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 647.113-6 (213)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 659.580-3 (497)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 686.541-2 (214)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 691.550-2 (215)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 696.872-9 (216)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.453-4 (498)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 710.007-3 (499)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.152-2 (217)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.819-5 (500)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 731.185-7 (501)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.560-4 (218)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.832-0 (219)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.920-3 (502)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.739-8 (220)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.957-1 (221)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.912-4 (222)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.216-1 (223)AG.REG.NO HABEAS CORPUS 99.628-1 (154)AG.REG.NO HABEAS CORPUS 99.773-2 (155)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 461.397-2 (224)AGRAVO DE INSTRUMENTO 274.431-7 (225)AGRAVO DE INSTRUMENTO 487.432-7 (226)AGRAVO DE INSTRUMENTO 494.069-5 (227)AGRAVO DE INSTRUMENTO 535.096-8 (228)AGRAVO DE INSTRUMENTO 543.771-1 (229)AGRAVO DE INSTRUMENTO 547.518-1 (230)AGRAVO DE INSTRUMENTO 551.898-5 (231)AGRAVO DE INSTRUMENTO 578.516-2 (232)AGRAVO DE INSTRUMENTO 579.411-5 (233)AGRAVO DE INSTRUMENTO 580.483-7 (234)AGRAVO DE INSTRUMENTO 600.490-5 (235)AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.252-1 (236)AGRAVO DE INSTRUMENTO 611.853-1 (237)AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.436-2 (238)AGRAVO DE INSTRUMENTO 627.994-1 (239)AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.696-4 (240)AGRAVO DE INSTRUMENTO 634.873-5 (241)AGRAVO DE INSTRUMENTO 637.596-7 (242)AGRAVO DE INSTRUMENTO 646.133-4 (243)AGRAVO DE INSTRUMENTO 652.853-1 (119)AGRAVO DE INSTRUMENTO 655.129-1 (244)AGRAVO DE INSTRUMENTO 655.833-1 (245)AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.160-4 (246)AGRAVO DE INSTRUMENTO 658.362-0 (247)AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.685-2 (248)AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.878-3 (249)AGRAVO DE INSTRUMENTO 664.215-0 (250)AGRAVO DE INSTRUMENTO 665.225-1 (251)AGRAVO DE INSTRUMENTO 668.337-1 (252)AGRAVO DE INSTRUMENTO 671.632-2 (253)AGRAVO DE INSTRUMENTO 672.526-4 (254)AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.085-7 (255)AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.696-3 (256)AGRAVO DE INSTRUMENTO 674.730-7 (257)AGRAVO DE INSTRUMENTO 676.865-7 (258)AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.261-0 (259)AGRAVO DE INSTRUMENTO 684.650-8 (260)

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 685.067-7 (261)AGRAVO DE INSTRUMENTO 686.590-7 (262)AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.113-0 (263)AGRAVO DE INSTRUMENTO 689.827-3 (264)AGRAVO DE INSTRUMENTO 691.109-4 (265)AGRAVO DE INSTRUMENTO 691.809-2 (266)AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.703-8 (267)AGRAVO DE INSTRUMENTO 693.131-4 (268)AGRAVO DE INSTRUMENTO 693.628-6 (269)AGRAVO DE INSTRUMENTO 697.746-8 (270)AGRAVO DE INSTRUMENTO 697.778-1 (271)AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.867-8 (272)AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.934-2 (120)AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.738-5 (273)AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.730-6 (274)AGRAVO DE INSTRUMENTO 703.673-1 (275)AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.590-1 (276)AGRAVO DE INSTRUMENTO 707.279-1 (277)AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.646-1 (278)AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.882-9 (279)AGRAVO DE INSTRUMENTO 713.386-7 (280)AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.170-1 (281)AGRAVO DE INSTRUMENTO 716.514-2 (282)AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.188-3 (283)AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.739-3 (284)AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.722-5 (285)AGRAVO DE INSTRUMENTO 724.616-7 (286)AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.876-5 (287)AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.159-1 (503)AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.680-3 (3)AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.921-9 (288)AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.604-1 (289)AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.881-1 (290)AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.435-1 (291)AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.943-0 (292)AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.957-5 (293)AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.291-3 (294)AGRAVO DE INSTRUMENTO 734.575-6 (295)AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.187-0 (296)AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.374-2 (297)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.333-9 (298)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.712-1 (121)AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.529-1 (122)AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.775-5 (123)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.677-9 (124)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.958-0 (125)AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.404-4 (126)AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.695-0 (299)AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.087-0 (300)AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.712-7 (301)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.048-6 (302)AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.205-4 (303)AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.714-1 (4)AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.858-1 (127)AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.261-8 (304)AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.646-3 (5)AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.088-4 (305)AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.960-2 (306)AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.599-0 (307)AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.844-8 (308)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.004-3 (309)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.406-0 (310)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.802-2 (311)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.916-3 (312)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.757-8 (313)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.963-6 (314)AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.954-1 (128)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.627-2 (504)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.646-8 (315)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.927-9 (316)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.009-6 (129)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.061-6 (6)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.089-7 (317)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.118-1 (318)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.872-3 (130)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.977-5 (319)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.104-0 (320)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.708-1 (321)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.714-9 (131)AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.092-1 (322)AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.575-8 (323)AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.350-2 (324)AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.448-0 (132)AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.479-6 (325)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.564-9 (326)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.018-3 (327)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.063-9 (133)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.091-3 (7)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.332-9 (328)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.668-8 (134)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.855-1 (329)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.953-1 (330)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.977-3 (8)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.259-1 (331)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.387-1 (332)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.683-9 (333)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.992-4 (334)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.351-3 (335)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.435-5 (336)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.530-4 (505)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.245-3 (337)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.570-2 (338)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.605-0 (339)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.705-5 (340)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.708-7 (341)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.845-6 (342)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.874-8 (343)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.932-3 (344)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.398-7 (345)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.595-6 (346)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.702-8 (347)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.728-4 (348)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.801-6 (349)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.813-7 (350)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.841-1 (351)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.885-6 (352)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.910-1 (353)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.938-1 (354)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.140-1 (355)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.199-8 (356)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.312-7 (357)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.471-3 (358)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.476-0 (359)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.489-8 (360)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.536-0 (361)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.558-7 (362)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.574-1 (363)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.663-2 (364)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.736-1 (365)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.776-6 (366)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.794-4 (367)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.805-0 (368)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.943-6 (369)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.999-1 (370)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.039-9 (371)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.130-9 (372)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.146-9 (373)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.224-7 (374)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.239-0 (375)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.256-1 (376)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.267-4 (377)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.339-5 (378)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.413-4 (379)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.428-7 (380)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.466-8 (381)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.484-6 (382)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.487-8 (383)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.591-6 (384)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.593-1 (385)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.651-6 (386)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.659-4 (387)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.663-7 (388)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.766-4 (389)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.777-8 (390)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.850-0 (9)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.961-9 (391)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.107-5 (392)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.254-1 (393)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.343-2 (394)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.641-4 (395)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.829-1 (396)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.905-4 (397)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.361-5 (398)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.457-2 (10)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.458-0 (11)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.459-7 (12)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.462-2 (13)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.463-0 (14)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.471-1 (15)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.472-9 (16)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.473-6 (17)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.477-5 (18)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.479-0 (19)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.480-1 (20)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.481-8 (21)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.483-2 (22)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.484-0 (23)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.486-4 (24)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.488-9 (25)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.490-7 (26)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.491-4 (27)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.493-9 (28)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.494-6 (29)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.496-1 (30)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.498-5 (31)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.499-2 (32)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.500-5 (33)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.504-4 (34)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.505-1 (35)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.506-9 (36)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.507-6 (37)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.508-3 (38)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.509-1 (39)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.510-1 (40)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.511-9 (41)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.514-1 (42)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.515-8 (43)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.517-2 (44)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.518-0 (45)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.519-7 (46)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.520-8 (47)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.521-5 (48)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.522-2 (49)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.524-7 (50)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.525-4 (51)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.529-3 (52)AUT. APART. EM EXTRADIÇÃO 1.085-9 (158)CONFLITO DE COMPETÊNCIA 7.671-2 (156)EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.928-5

(399)

EMB.DECL.NO AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 7.406-4 (157)EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 657.496-9 (400)EMB.DECL.NO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426.840-0

(401)

EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 714.970-4 (402)EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 445.393-2 (403)EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 546.995-8 (404)EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 726.544-5 (405)EMB.DIV.NOS EMB.DECL.NO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.588-6

(96)

EXTRADIÇÃO 1.087-5 (159)HABEAS CORPUS 83.523-6 (160)HABEAS CORPUS 94.915-1 (161)HABEAS CORPUS 97.403-1 (162)HABEAS CORPUS 97.409-1 (163)HABEAS CORPUS 98.145-3 (53)HABEAS CORPUS 98.210-7 (164)HABEAS CORPUS 99.288-9 (165)HABEAS CORPUS 99.432-6 (167)HABEAS CORPUS 99.716-3 (168)HABEAS CORPUS 99.972-7 (169)HABEAS CORPUS 100.196-7 (170)HABEAS CORPUS 100.339-1 (172)HABEAS CORPUS 100.388-9 (175)HABEAS CORPUS 100.398-6 (176)HABEAS CORPUS 100.412-5 (179)HABEAS CORPUS 100.425-7 (180)HABEAS CORPUS 100.435-4 (181)HABEAS CORPUS 100.439-7 (54)HABEAS CORPUS 100.441-9 (55)HABEAS CORPUS 100.442-7 (56)HABEAS CORPUS 100.443-5 (57)HABEAS CORPUS 100.444-3 (58)HABEAS CORPUS 100.445-1 (59)HABEAS CORPUS 100.446-0 (60)HABEAS CORPUS 100.447-8 (61)HABEAS CORPUS 100.448-6 (62)HABEAS CORPUS 100.449-4 (63)HABEAS CORPUS 100.450-8 (64)HABEAS CORPUS 100.451-6 (65)HABEAS CORPUS 100.452-4 (66)HABEAS CORPUS 100.453-2 (67)

HABEAS CORPUS 100.454-1 (68)HABEAS CORPUS 100.455-9 (69)HABEAS CORPUS 100.456-7 (70)HABEAS CORPUS 100.457-5 (71)HABEAS CORPUS 100.458-3 (72)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.549-0 (182)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.650-0 (183)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.758-1 (184)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.767-1 (185)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.768-9 (73)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.769-7 (74)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.770-1 (75)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.771-9 (76)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.772-7 (77)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.773-5 (78)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.774-3 (79)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.775-1 (80)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.776-0 (81)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.777-8 (82)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.778-6 (83)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.779-4 (84)MANDADO DE SEGURANÇA 28.138-3 (186)MANDADO DE SEGURANÇA 28.209-6(85) (187)MED. CAUT. EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.945-2

(147)

MED. CAUT. EM EXTRADIÇÃO 1.173-1 (135)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 99.368-1 (166)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.308-1 (171)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.349-8 (173)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.368-4 (174)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.410-9 (177)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.411-7 (178)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.530-9 (197)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.604-6 (198)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.619-4 (199)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.621-6 (200)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.738-7 (203)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.751-4 (204)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.794-8 (205)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.827-8 (207)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.828-6 (208)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.852-9 (210)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.860-0 (212)PETIÇÃO 3.828-2 (86)PETIÇÃO 4.316-2 (188)RECLAMAÇÃO 6.770-0 (189)RECLAMAÇÃO 7.998-8 (190)RECLAMAÇÃO 8.144-3 (191)RECLAMAÇÃO 8.172-9 (192)RECLAMAÇÃO 8.198-2 (193)RECLAMAÇÃO 8.455-8 (194)RECLAMAÇÃO 8.497-3 (195)RECLAMAÇÃO 8.499-0 (196)RECLAMAÇÃO 8.669-1 (201)RECLAMAÇÃO 8.709-3 (202)RECLAMAÇÃO 8.808-1 (206)RECLAMAÇÃO 8.845-6 (209)RECLAMAÇÃO 8.858-8(87) (211)RECLAMAÇÃO 8.859-6 (88)RECLAMAÇÃO 8.860-0 (89)RECLAMAÇÃO 8.861-8 (90)RECLAMAÇÃO 8.862-6 (91)RECLAMAÇÃO 8.863-4 (92)RECLAMAÇÃO 8.864-2 (93)RECLAMAÇÃO 8.865-1 (94)RECLAMAÇÃO 8.866-9 (95)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 228.041-7 (406)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 236.556-2 (407)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 378.430-7 (408)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 387.872-7 (506)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 394.415-1 (409)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 398.568-0 (410)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 431.086-4 (512)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 432.888-7 (507)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 433.863-7 (411)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 449.088-9 (412)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 464.313-8 (413)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.187-1 (414)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 468.551-5 (415)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.196-1 (416)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 475.838-5 (417)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 486.797-4 (418)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.124-1 (513)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 495.690-0 (419)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 495.924-1 (420)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 525.807-6 (508)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 531.696-3 (421)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 549.891-3 (422)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 558.750-9 (423)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 560.972-3 (424)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.846-3 (425)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 561.927-3 (426)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.026-1 (427)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.088-1 (428)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.040-7 (429)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 571.606-6 (430)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 575.603-3 (431)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.482-6 (432)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.720-5 (433)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 577.170-9 (434)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.662-1 (435)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.053-9 (436)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.443-7 (437)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.143-3 (438)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.067-0 (439)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.085-8 (440)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.767-4 (441)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.038-7 (442)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.711-5 (443)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.849-9 (444)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.823-6 (445)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.926-7 (446)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.942-9 (447)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.086-9 (448)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.102-4 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.216-6 (449)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.488-6 (450)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.879-2 (451)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.418-1 (452)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.853-4 (453)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.545-0 (510)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 591.644-8 (511)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.679-6 (454)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.472-1 (509)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.231-2 (455)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.560-5 (456)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.123-1 (457)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.296-2 (137)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.368-3 (138)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.737-4 (458)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.563-6 (459)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.695-1 (460)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.997-6 (461)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.093-1 (462)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.971-8 (463)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.050-1 (464)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.277-6 (465)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.479-5 (466)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.792-1 (97)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.852-9 (467)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.890-1 (468)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.900-2 (469)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.927-4 (470)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.078-7 (471)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.360-3 (472)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.423-5 (473)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.567-3 (474)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.644-1 (475)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.688-2 (476)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.704-8 (477)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.730-7 (478)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.737-4 (479)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.789-7 (480)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.806-1 (481)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.845-1 (482)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.859-1 (483)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.873-7 (484)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.875-3 (485)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.882-6 (486)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.890-7 (487)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.926-1 (488)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.016-2 (489)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.023-5 (490)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.041-3 (491)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.046-4 (492)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.049-9 (493)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.221-1 (494)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.507-5 (98)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.508-3 (99)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.509-1 (100)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.510-5 (101)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.511-3 (102)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.513-0 (103)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.517-2 (104)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.526-1 (105)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.527-0 (106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.528-8 (107)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.529-6 (108)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.530-0 (109)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.531-8 (110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.534-2 (111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.537-7 (112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.538-5 (113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.539-3 (114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.540-7 (115)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.541-5 (116)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.542-3 (117)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.543-1 (118)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 411684