1106
RESOLUÇÃO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC Nº 1.149 DE 23.01.2009 D.O.U.: 27.01.2009 Aprova a NBC T 19.15 - Pagamento Baseado em Ações. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade, em conjunto com outras entidades, é membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), criado pela Resolução CFC Nº 1.055/05; CONSIDERANDO que o CPC tem por objetivo estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de contabilidade e divulgar informações dessa natureza, visando permitir a emissão de normas uniformes pelas entidades-membro, levando sempre em consideração o processo de convergência às normas internacionais; CONSIDERANDO que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, a partir do IFRS 2 do IASB, aprovou o Pronunciamento Técnico 10 - Pagamento Baseado em Ações; resolve: Art. 1º Aprovar a NBC T 19.15 - Pagamento Baseado em Ações. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, aplicando-se aos exercícios sociais iniciados em 2008. Ata CFC Nº 921 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 19.15 - PAGAMENTO BASEADO EM AÇÕES Objetivo 1. O objetivo da presente Norma é estabelecer procedimentos para reconhecimento e divulgação, nas demonstrações contábeis, das transações com pagamento baseado em ações realizadas pela entidade. Especificamente, exige-se que os

RESOLUÇÃO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC Nº 1.149 DE 23.01.2009

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O objetivo da presente Norma é estabelecer procedimentos para reconhecimento e divulgação, nas demonstrações contábeis, das transações com pagamento baseado em ações realizadas pela entidade. Especificamente, exige-se que os efeitos das transações de pagamentos baseados em ações estejam refletidos no resultado e no balanço patrimonial da entidade, incluindo despesas associadas com transações nas quais opções de ações são outorgadas a empregados.

Citation preview

RESOLUO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC N 1.149 DE 23.01.2009

D.O.U.: 27.01.2009Aprova a NBC T 19.15 - Pagamento Baseado em Aes.O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais,CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade, em conjunto com outras entidades, membro do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), criado pela Resoluo CFC N 1.055/05;CONSIDERANDO que o CPC tem por objetivo estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Tcnicos sobre procedimentos de contabilidade e divulgar informaes dessa natureza, visando permitir a emisso de normas uniformes pelas entidades-membro, levando sempre em considerao o processo de convergncia s normas internacionais;CONSIDERANDO que o Comit de Pronunciamentos Contbeis, a partir do IFRS 2 do IASB, aprovou o Pronunciamento Tcnico 10 - Pagamento Baseado em Aes; resolve:Art. 1 Aprovar a NBC T 19.15 - Pagamento Baseado em Aes.Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data da sua publicao, aplicando-se aos exerccios sociais iniciados em 2008.Ata CFC N 921NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADENBC T 19.15 - PAGAMENTO BASEADO EM AESObjetivo1. O objetivo da presente Norma estabelecer procedimentos para reconhecimento e divulgao, nas demonstraes contbeis, das transaes com pagamento baseado em aes realizadas pela entidade. Especificamente, exige-se que os efeitos das transaes de pagamentos baseados em aes estejam refletidos no resultado e no balano patrimonial da entidade, incluindo despesas associadas com transaes nas quais opes de aes so outorgadas a empregados.Escopo2. A entidade deve aplicar esta Norma para contabilizar todas as transaes de pagamento baseadas em aes, incluindo:(a) transaes com pagamento baseado em aes liquidadas pela entrega de instrumentos patrimoniais da entidade (incluindo opo de aes), nas quais a entidade recebe produtos e servios em contrapartida a esses instrumentos patrimoniais;(b) transaes com pagamento baseado em aes liquidadas em dinheiro, nas quais a entidade adquire produtos e servios incorrendo em obrigaes com os fornecedores desses produtos e servios, cujo montante seja baseado no preo (ou valor) das aes ou outros instrumentos financeiros da entidade; e(c) transaes nas quais a entidade recebe produtos e servios e os termos do acordo conferem entidade ou ao fornecedor desses produtos ou servios a liberdade de escolha da forma de liquidao da transao, a qual pode ser em dinheiro (ou outros ativos) ou mediante a emisso de instrumentos patrimoniais, exceto conforme indicado nos itens 5 e 6.3. Para atender aos propsitos da presente Norma, as transferncias de instrumentos patrimoniais de uma entidade pelos seus acionistas para as partes que forneceram produtos ou servios entidade (incluindo empregados) so transaes de pagamento baseadas em aes, a menos que a transferncia tenha o objetivo claramente distinto do pagamento por produtos e servios fornecidos para a entidade. Essa disposio tambm se aplica transferncia de instrumentos patrimoniais da controladora da entidade ou de outra entidade sob controle comum, para as partes que forneceram produtos ou servios entidade.4. A transao envolvendo um empregado ou outra parte enquanto detentor de instrumento patrimonial da entidade no constitui transao de pagamento baseada em ao. Por exemplo, se a entidade outorga a todos os detentores de uma classe especfica de aes (ou outro instrumento patrimonial) o direito de adquirir aes adicionais da entidade a um preo que menor que o valor justo dessas aes, e um empregado recebe tal direito por ser detentor dessa classe especfica de aes (ou outro instrumento patrimonial), a concesso ou exerccio desse direito no est sujeito s exigncias da presente Norma.5. Conforme o disposto no item 2, esta Norma se aplica s transaes com pagamento baseado em aes nas quais produtos ou servios so adquiridos por uma entidade. Os produtos incluem estoques, materiais de consumo, itens do imobilizado, ativos intangveis ou outros ativos no financeiros. Contudo, a entidade no deve aplicar esta Norma nas transaes nas quais os produtos adquiridos integram os ativos lquidos adquiridos pela entidade em uma combinao de negcios (obteno de controle de ativos ou ativos lquidos), na qual se aplica a Norma sobre Combinao de Negcios. Portanto, a emisso de instrumento patrimonial em uma combinao de negcios para efetivar a obteno do controle de outra entidade tambm est fora do escopo desta Norma. Apesar disso, os instrumentos patrimoniais outorgados aos empregados da entidade adquirida pela continuidade dos servios prestados uma transao que est dentro do escopo desta Norma, assim como o cancelamento, a substituio ou outra modificao dos acordos de pagamento baseados em aes por conta de uma combinao de negcios ou outra reestruturao societria. A norma relativa combinao de negcios define as condies para se determinar se a emisso de instrumento patrimonial parte do montante transferido para a obteno do controle da adquirida e, portanto, fora do escopo desta Norma; ou se a transao constitui apenas uma contraprestao pela continuidade da prestao de servios, a qual ser reconhecida como tal aps a combinao e, portanto, dentro do escopo desta Norma.6. Esta Norma no se aplica s transaes com pagamento baseado em aes nas quais os produtos ou servios so adquiridos ou recebidos pela entidade em funo de contrato para compra e venda de itens no financeiros que pode ser liquidada em dinheiro ou outro instrumento financeiro ou pela troca de instrumentos financeiros (por exemplo, uma opo subscrita para comprar ou vender um item no financeiro que pode ser prontamente convertido em dinheiro). Nesses casos, devem ser observadas as exigncias da NBC T 19.19 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensurao e Divulgao.Reconhecimento7. A entidade deve reconhecer os produtos ou os servios recebidos ou adquiridos em transao de pagamento baseada em aes quando ela obtiver os produtos ou medida que receber os servios. Em contrapartida, a entidade deve reconhecer o correspondente aumento do patrimnio lquido em conta de instrumentos patrimoniais por pagamentos baseados em aes se os produtos ou servios forem recebidos em transao de pagamento baseado em aes liquidada em aes (ou com outros instrumentos patrimoniais), ou deve reconhecer um passivo, se a transao for liquidada em dinheiro (ou com outros ativos).8. Os produtos ou servios recebidos ou adquiridos em transao de pagamento baseada em aes que, no seu reconhecimento, no se qualifiquem como ativo, devem ser reconhecidos como despesa do perodo.9. Normalmente, uma despesa surge do consumo de produtos ou servios. Por exemplo, servios so normalmente consumidos imediatamente e, nesse caso, a despesa reconhecida em contrapartida aos servios prestados. Produtos podem ser consumidos dentro de um perodo de tempo ou, no caso de estoques, vendidos em uma data futura e, nesse caso, a despesa deve ser reconhecida quando os produtos forem consumidos ou vendidos. Contudo, pode ser necessrio reconhecer a despesa antes dos produtos ou servios serem consumidos ou vendidos em funo de eles no se qualificarem como ativo quando do seu reconhecimento. Por exemplo, a entidade pode adquirir produtos que so parte de um projeto de desenvolvimento de novo produto e, apesar de no terem sido consumidos, eles podem no se qualificar como ativo para fins de reconhecimento de acordo com as normas contbeis aplicveis ao caso.Transao de pagamento baseada e liquidada com aoViso geral10. Para transaes de pagamento baseadas em aes liquidadas pela entrega de instrumentos patrimoniais, a entidade deve mensurar os produtos ou servios recebidos e o aumento correspondente no patrimnio lquido de forma direta, pelo valor justo dos produtos ou servios recebidos, a menos que esse valor no possa ser estimado com confiabilidade. Se for esse o caso, a entidade deve mensurar o valor dos produtos ou servios recebidos e o correspondente aumento no patrimnio lquido de forma indireta, tomando como base o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados.11. Para fins de aplicao do item 10, nas transaes com empregados e outros prestadores de servios similares, a entidade deve mensurar o valor justo dos servios recebidos com base no valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados uma vez que normalmente no possvel estimar com confiabilidade o valor justo dos servios recebidos, conforme explicado no item 12. O valor justo desses instrumentos deve ser mensurado na respectiva data de outorga. Nos itens subseqentes, as referncias aos empregados incluem tambm outros prestadores de servios similares.12. Em geral, aes, opes de aes ou outros instrumentos patrimoniais so concedidos aos empregados como parte da remunerao destes, adicionalmente ao salrio e outros benefcios concedidos. Normalmente no possvel mensurar de forma direta cada componente especfico do pacote de remunerao dos empregados, bem como no possvel mensurar o valor justo do pacote como um todo. Portanto, necessrio mensurar o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados. Alm disso, aes e opes de aes so concedidas como parte de um acordo de pagamento de bnus ao invs de o serem como parte da remunerao bsica dos empregados, ou seja, trata-se de incentivo para permanecerem empregados na entidade ou de recompensa por seus esforos na melhoria do desempenho da entidade. Ao beneficiar empregados com a concesso de aes ou opes de aes adicionalmente a outras formas de remunerao, a entidade visa a obter benefcios adicionais. Em funo da dificuldade de mensurao direta do valor justo dos servios recebidos, a entidade deve mensur-los de forma indireta, ou seja, deve tomar o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados como o valor justo dos servios recebidos.13. Para fins de aplicao do disposto no item 10 nas transaes com outras partes que no os empregados, normalmente no se aceita a premissa de que no se pode mensurar confiavelmente o valor justo dos produtos ou servios recebidos. Dessa forma, o valor justo destes deve ser mensurado na data em que a entidade obtm os produtos ou que a contraparte presta os servios. Em casos raros, quando no for possvel mensurar com confiabilidade o valor justo dos produtos ou servios recebidos e o correspondente aumento do patrimnio lquido, ela deve efetuar essa mensurao indiretamente, ou seja, com base no valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados na data em que os produtos so recebidos pela entidade ou os servios so prestados pela contraparte.Transao na qual recebido o servio14. Se o direito aos instrumentos outorgados for concedido imediatamente, ento a contraparte no precisa completar um perodo de tempo especfico de prestao de servio para se tornar titular incondicional desses instrumentos. Na ausncia de evidncia em contrrio, a entidade deve considerar os servios prestados pela contraparte como o montante recebido em troca pelos instrumentos patrimoniais. Nesse caso, a entidade deve reconhecer a totalidade dos servios recebidos com o correspondente aumento do patrimnio lquido.15. Se o direito aos instrumentos outorgados no for concedido at que a contraparte complete um perodo de tempo especfico de prestao de servio, a entidade deve presumir que os servios sero prestados durante o perodo de aquisio (vesting period), ao final do qual a entidade entrega os instrumentos patrimoniais contraparte, em troca dos servios prestados. A entidade deve contabilizar os servios prestados pela contraparte ao longo do perodo de aquisio, com o correspondente aumento do patrimnio lquido. Por exemplo:(a) Se a outorga de opes de aes ao empregado estiver condicionada ao cumprimento de um perodo de trs anos de servio, ento a entidade deve presumir que os servios sero prestados pelo empregado no decorrer dos trs anos estabelecidos como perodo de aquisio das opes de aes outorgadas;(b) Se a outorga de opes de aes ao empregado estiver condicionada ao cumprimento de uma condio especfica de desempenho e sua permanncia como empregado da entidade at que esse desempenho seja alcanado, apesar de a durao do perodo de aquisio variar em funo do tempo necessrio para o cumprimento da condio estabelecida, a entidade deve presumir que os servios sero prestados pelo empregado no decorrer do tempo esperado de durao do perodo de aquisio das opes de aes outorgadas. Nesse caso, a entidade deve, na data da outorga, estimar o prazo de durao do perodo de aquisio com base no resultado mais provvel da condio de desempenho. Se a condio de desempenho for uma condio de mercado, a estimativa do perodo de aquisio deve ser consistente com as premissas assumidas na avaliao do valor justo das opes outorgadas e a estimativa no deve ser subseqentemente revisada. Se a condio de desempenho no for uma condio de mercado, a entidade deve, se necessrio, revisar a estimativa do perodo de aquisio quando informaes subseqentes indicarem que a durao desse perodo diverge da estimativa anterior.Transao mensurada com base no valor justo do instrumento patrimonial outorgadoDeterminao do valor justo do instrumento patrimonial16. No caso de transaes mensuradas de forma indireta, ou seja, com base no valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, a entidade deve mensurar o valor justo desses instrumentos na data da mensurao, baseando-se no respectivo preo de mercado destes quando disponvel e considerando os termos e condies em que os instrumentos foram outorgados (sujeito s exigncias dos itens 19 a 22).17. Se no houver preo de mercado disponvel, a entidade deve estimar o valor justo dos instrumentos outorgados utilizando tcnica de avaliao para estimar a que preo os respectivos instrumentos patrimoniais poderiam ser trocados, na data da mensurao, em transao sem favorecimentos, entre partes conhecedoras do assunto e dispostas a negociar. A tcnica de avaliao deve ser consistente com as metodologias de avaliao geralmente aceitas para precificar instrumentos financeiros e deve incorporar todos os fatores e premissas conhecidas que seriam considerados pelos participantes do mercado no estabelecimento do preo (sujeito s exigncias dos itens 19 a 22).18. O Apndice B contm orientaes adicionais sobre a mensurao do valor justo de aes e opes de aes, com foco especfico nos termos e condies que so caractersticas comuns da outorga de aes ou opes de aes a empregados.Tratamento da condio de aquisio19. A outorga de instrumentos patrimoniais condicional quando depende do cumprimento de condies especficas de aquisio (vesting). Por exemplo, a outorga de aes ou opes de aes ao empregado normalmente condicionada permanncia do empregado na entidade por determinado perodo de tempo. Alm disso, podem existir condies de desempenho a serem atendidas, tais como o alcance de determinado crescimento dos lucros ou determinado aumento no preo das aes da entidade. As condies de aquisio, desde que no sejam condies de mercado, no devem ser levadas em conta quando da estimativa do valor justo das aes ou opes de aes na data da mensurao. Por outro lado, as condies de aquisio devem ser consideradas para fins de determinao do nmero de instrumentos patrimoniais includos na mensurao do valor da transao de tal forma que o valor dos produtos ou servios, recebidos em contrapartida aos instrumentos outorgados, seja estimado com base na quantidade de instrumentos que sero concedidos. Assim, em bases cumulativas e sujeito s exigncias do item 21, nenhum valor deve ser reconhecido para os produtos ou servios recebidos se os instrumentos patrimoniais outorgados no forem concedidos em razo do no-atendimento das condies de aquisio; por exemplo: a contraparte no cumpriu ou o prazo especificado de prestao de servio ou a condio de desempenho no foi alcanada.20. Para fins de aplicao do disposto no item 19, a entidade deve reconhecer o montante relativo aos produtos ou servios recebidos durante o perodo de aquisio, baseando-se na melhor estimativa disponvel sobre a quantidade de instrumentos patrimoniais que se espera conceder, devendo revisar tal estimativa sempre que informaes subseqentes indicarem que o nmero esperado de instrumentos que sero concedidos seja diferente da estimativa anterior. Na data da aquisio e sujeito s exigncias do item 21, a entidade deve revisar a estimativa de forma a se apurar a quantidade de instrumentos patrimoniais que efetivamente ser concedida.21. As condies de mercado, tal como um preo meta sobre o qual a aquisio (ou direito de exerccio) das aes ou opes de aes est condicionada, devem ser consideradas na estimativa do valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados. Por essa razo, quando da outorga de instrumentos patrimoniais com condies de mercado, a entidade deve reconhecer os produtos ou servios recebidos de contraparte que satisfaz todas as demais condies de aquisio (por exemplo, servios recebidos de empregado que permaneceu empregado no perodo especificado), independentemente de as condies de mercado estarem satisfeitas.Tratamento da condio de no-aquisio21A. De forma similar, a entidade deve considerar as condies estabelecidas sob as quais os instrumentos no sero concedidos (condies de no-aquisio) quando estimar o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados. Portanto, quando da outorga de instrumentos patrimoniais sujeitos a condies de no-aquisio, a entidade deve reconhecer os produtos e servios recebidos de contraparte que cumpriu todas as condies de aquisio, exceto as condies de mercado (por exemplo, servios recebidos de empregado que permaneceu empregado no perodo especificado), independentemente de as condies de no-aquisio estarem satisfeitas.Tratamento da caracterstica de recarga22. No caso de opes com mecanismos de recarga (repactuao), esse aspecto no deve ser considerado quando da estimativa do valor justo das opes outorgadas, na data da mensurao. Em vez disso, a opo de recarga deve ser contabilizada tal como nova outorga de opo, se e quando ela for subseqentemente outorgada.Aps a data da aquisio23. Aps o reconhecimento dos produtos e servios recebidos em conformidade com os itens 10 a 22, e o correspondente aumento no patrimnio lquido, a entidade no deve fazer nenhum ajuste subseqente no patrimnio lquido aps a data da aquisio dos instrumentos patrimoniais. Por exemplo, a entidade no deve subseqentemente reverter o montante reconhecido dos servios recebidos de empregado se os instrumentos patrimoniais concedidos forem posteriormente perdidos, ou ainda, no caso de opes de aes, se estas no forem exercidas pelo empregado. Contudo, essa exigncia no elimina a necessidade do reconhecimento, pela entidade, de uma transferncia dentro do patrimnio lquido, ou seja, a transferncia de um componente para outro dentro do patrimnio lquido. Quando o valor justo do instrumento patrimonial no puder ser mensurado confiavelmente24. As exigncias contidas nos itens 16 a 23 aplicam-se quando a entidade deve mensurar a transao de pagamento baseado em aes de forma indireta, ou seja, baseando-se no valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados. Em casos muito raros, a entidade pode no ser capaz de estimar com confiabilidade o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados na data da mensurao, conforme requerido nos itens 16 a 22. Somente nesses raros casos, a entidade deve:(a) mensurar os instrumentos patrimoniais pelo seu valor intrnseco, inicialmente na data em que a entidade obtm os produtos ou a contraparte presta os servios e, posteriormente, no final de cada exerccio social da entidade e na data da liquidao final, sendo reconhecida no resultado do perodo qualquer mudana no valor intrnseco. Em outorga de opes de aes, a liquidao final do acordo de pagamento baseado em aes ocorre quando as opes forem efetivamente exercidas, perdidas (por exemplo, quando houver o desligamento do empregado) ou prescritas (por exemplo, aps o trmino do prazo fixado para exerccio da opo);(b) reconhecer os produtos ou servios recebidos com base na quantidade de instrumentos patrimoniais que forem efetivamente concedidos ou (se aplicvel) que forem efetivamente exercidos. No caso de opes de aes, por exemplo, a entidade deve reconhecer os produtos ou servios recebidos durante o perodo de aquisio, se houver, em conformidade com o disposto nos itens 14 e 15, exceto as exigncias contidas na alnea (b) do item 15 sobre condies de mercado. O valor reconhecido para os produtos ou servios recebidos durante o perodo de aquisio deve ser apurado com base no nmero de opes de aes que se espera conceder. A entidade deve revisar sua estimativa sempre que informaes subseqentes indicarem que o nmero esperado de opes de aes a serem concedidas divergir da estimativa anterior. Na data da aquisio, a entidade deve revisar sua estimativa para igualar o nmero de instrumentos patrimoniais efetivamente concedido. Aps a data da aquisio, a entidade deve reverter o montante reconhecido para os produtos ou servios recebidos se as opes de aes forem posteriormente perdidas ou prescritas no fim do prazo fixado para exerccio da opo.25. Se a entidade aplicar o item 24, no necessrio aplicar o disposto nos itens 26 a 29 porque na aplicao do mtodo de valor intrnseco devem ser consideradas as modificaes nos termos e condies sob as quais os instrumentos patrimoniais da entidade foram outorgados, conforme exposto no item 24. Contudo, se a entidade liquida a outorga de instrumentos patrimoniais em que o item 24 tenha sido aplicado, ela deve:(a) tratar como aquisio antecipada quando essa liquidao ocorrer durante o perodo de aquisio e, portanto, a entidade deve reconhecer imediatamente o montante que seria reconhecido como servios prestados no perodo remanescente de aquisio;(b) tratar como recompra de instrumentos patrimoniais qualquer pagamento feito quando da liquidao, ou seja, a contrapartida ao pagamento ser a reduo do patrimnio lquido, exceto se o valor do pagamento exceder o valor intrnseco desses instrumentos, mensurado na data da recompra. O respectivo valor excedente deve ser reconhecido como despesa do perodo.Modificao nos termos e condies sob os quais o instrumento patrimonial foi outorgado, incluindo cancelamento ou liquidao26. A entidade pode modificar os termos e condies sob os quais os instrumentos foram outorgados. Por exemplo, pode-se reduzir o preo de exerccio das opes outorgadas a empregados (i.e. alterar o preo das opes), o que aumenta o valor justo dessas opes. As exigncias contidas nos itens 27 a 29 para contabilizar os efeitos das modificaes esto no contexto das transaes de pagamento baseadas em aes com empregados. Contudo, tais exigncias tambm se aplicam nas transaes de pagamento baseadas em aes com partes distintas dos empregados e que so mensuradas indiretamente a partir do valor justo dos instrumentos outorgados. Nesse ltimo caso, qualquer referncia contida nos itens 27 a 29 data da outorga deve ser interpretada em relao data em que a entidade obtiver os produtos ou em que a contraparte prestar os servios.27. A entidade deve reconhecer, no mnimo, os servios recebidos mensurados na data da outorga pelo valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, a menos que esses instrumentos no sejam concedidos em funo do no cumprimento de alguma condio de concesso especificada na data da outorga (exceto se for uma condio de mercado). Isso se aplica independentemente de alguma modificao nos termos e condies sob as quais os instrumentos patrimoniais foram outorgados ou do cancelamento ou liquidao dos respectivos instrumentos. Adicionalmente, a entidade deve reconhecer os efeitos das modificaes que resultarem no aumento do valor justo dos acordos de pagamento baseados em aes ou que, de outra forma, vierem a beneficiar os empregados. No Apndice B, figuram orientaes para aplicao desse procedimento.28. Se um instrumento patrimonial outorgado cancelado ou liquidado durante o perodo de concesso (exceto quando o cancelamento ocorra por perda do direito ao instrumento patrimonial por no atender s condies de concesso), a entidade deve:(a) tratar como aquisio antecipada quando o cancelamento ou liquidao ocorrer durante o perodo de aquisio e, portanto, a entidade deve reconhecer imediatamente o montante que seria reconhecido como servios prestados no perodo remanescente de aquisio;(b) tratar como recompra de instrumento patrimonial qualquer pagamento feito quando do cancelamento ou liquidao, ou seja, a contrapartida do pagamento deve ser uma reduo do patrimnio lquido, exceto se o valor do pagamento exceder o valor justo desse instrumento, mensurado na data da recompra. Qualquer excesso deve ser reconhecido como despesa do perodo. Contudo, se o acordo de pagamento baseado em aes incluir componentes passivos, a entidade deve reavaliar o valor justo dessas obrigaes exigveis na data do cancelamento ou liquidao. Qualquer pagamento feito para liquidar esses componentes passivos deve ser contabilizado como amortizao integral do respectivo passivo;(c) se novos instrumentos patrimoniais forem outorgados aos empregados e, na respectiva data dessa nova outorga a entidade reconhece a transao como substituio dos instrumentos cancelados, a entidade deve considerar a outorga dos novos instrumentos (em substituio aos cancelados), como modificao dos instrumentos patrimoniais originalmente outorgados, em conformidade com o item 27 e com as orientaes contidas no Apndice B. O valor justo incremental deve ser a diferena entre o valor justo dos novos instrumentos patrimoniais dados em substituio e o valor justo dos instrumentos cancelados, na data da outorga dos novos instrumentos dados em substituio. O valor justo lquido dos instrumentos patrimoniais cancelados ser o seu valor justo imediatamente antes do respectivo cancelamento menos o montante de algum pagamento aos empregados quando do cancelamento dos mesmos, o qual deve ser contabilizado como reduo do patrimnio lquido, em conformidade com a alnea (b). Se a entidade no reconhece os novos instrumentos patrimoniais outorgados como substituio dos instrumentos patrimoniais cancelados, a entidade deve contabilizar esses novos instrumentos como outorga adicional de novos instrumentos patrimoniais.28A. Somente se a entidade ou a contraparte puder optar por atender a condio de no-aquisio, a entidade deve considerar a falha da entidade ou da contraparte no cumprir da respectiva condio de no-aquisio ao longo do perodo de aquisio, tal como um cancelamento.29. Se a entidade recomprar instrumentos patrimoniais concedidos, o pagamento feito ao empregado deve ser contabilizado como reduo do patrimnio lquido, exceto pelo valor em que o pagamento exceder o valor justo do instrumento patrimonial recomprado, mensurado na data da recompra. Qualquer excesso deve ser reconhecido como despesa do perodo.Transao de pagamento baseada em ao liquidada em dinheiro30. Nas transaes de pagamento baseadas em aes liquidadas em dinheiro, a entidade deve mensurar os produtos ou servios adquiridos e o passivo incorrido ao valor justo desse passivo. At que o passivo seja liquidado, a entidade deve reavaliar o valor justo desse passivo no fim de cada exerccio social e na data da liquidao, sendo qualquer mudana de valor reconhecida no resultado do perodo.31. A entidade pode, por exemplo, outorgar direitos sobre valorizao de suas aes aos empregados como parte do pacote de remunerao destes. Dessa forma, os empregados passam a ter o direito ao recebimento futuro de dinheiro (em vez de instrumento patrimonial), que ser pago pela entidade com base no aumento do preo das aes da entidade, considerando o nvel especificado de aumento nos preos e o perodo de tempo estabelecido. A entidade pode tambm conceder aos seus empregados o direito de receber pagamento futuro em dinheiro pela outorga de aes (incluindo aes a serem emitidas at o exerccio das opes de aes), resgatveis por opo do empregado ou de forma compulsria (como quando do trmino do vnculo empregatcio).32. A entidade deve reconhecer os servios e o passivo correspondente quando os servios forem prestados. Por exemplo, algum direito imediatamente concedido sobre a valorizao das aes, sem que os empregados tenham de completar determinado tempo de servio, torna esses empregados titulares do direito ao recebimento futuro. Na ausncia de evidncia em contrrio, a entidade deve presumir que os servios j foram prestados pelos empregados em contrapartida aos direitos sobre a valorizao de aes. Ento, a entidade deve imediatamente reconhecer os servios recebidos e o correspondente passivo. Quando os direitos sobre a valorizao de aes so concedidos aos empregados somente aps terem completado perodo especfico de servio, a entidade deve reconhecer os servios recebidos e o correspondente passivo ao longo desse respectivo perodo, medida que os servios so prestados pelos empregados.33. O passivo deve ser mensurado, inicialmente e ao fim de cada exerccio social, at a sua liquidao, pelo valor justo dos direitos sobre a valorizao de aes, mediante a aplicao de modelo de precificao de opes e considerando os termos e condies sob os quais os direitos foram outorgados, na medida em que os servios so prestados pelos empregados.Transao de pagamento baseada em ao com alternativa de liquidao em dinheiro34. No caso de transaes de pagamento baseadas em aes nas quais os termos do acordo estabelecem que ou a entidade ou a contraparte tem a opo de escolher se a liquidao ser em dinheiro (ou outros ativos) ou pela emisso de novos instrumentos patrimoniais, a entidade deve contabilizar essa transao ou seus componentes como transao de pagamento baseado em aes com liquidao em dinheiro, se e a partir do momento em que a entidade tenha incorrido em passivo que ser liquidado em dinheiro ou outros ativos ou como transao de pagamento baseada em aes com liquidao em aes se e at o momento em que nenhuma obrigao exigvel tenha sido incorrida pela entidade.Transao de pagamento baseada em ao na qual a contraparte tem o poder de escolha da forma de liquidao35. Se a entidade tiver outorgado contraparte o direito de escolher se a transao de pagamento baseado em aes ser liquidada em dinheiro ou pela emisso de instrumento patrimonial, a entidade ter outorgado, portanto, instrumento financeiro composto, o qual inclui um componente de dvida (ou seja, o direito da contraparte de exigir o pagamento em dinheiro) e um componente de capital (ou seja, o direito da contraparte de exigir a liquidao em instrumento patrimonial em vez de pagamento em dinheiro). Para as transaes firmadas com outras partes que no empregados, nas quais o valor justo dos produtos ou servios recebidos diretamente mensurado, a entidade deve mensurar o componente de capital do instrumento financeiro composto como a diferena entre o valor justo dos produtos ou servios recebidos e o valor justo do componente de dvida, na data em que os produtos ou servios forem recebidos.36. Para outras transaes, inclusive com empregados, a entidade deve mensurar o valor justo do instrumento financeiro composto na data da mensurao, levando em conta os termos e condies sob os quais os direitos ao instrumento patrimonial ou pagamento em dinheiro forem outorgados.37. Para aplicar o item 36, a entidade deve primeiramente mensurar o valor justo do componente de dvida e depois mensurar o valor justo do componente de capital, considerando que a contraparte perde o direito ao recebimento em dinheiro se optar pelo instrumento patrimonial. O valor justo do instrumento financeiro composto ser a soma do valor justo dos dois componentes. Contudo, as transaes de pagamentos baseadas em aes em que a contraparte pode optar pela forma de liquidao so usualmente estruturadas de tal modo que o valor justo de uma alternativa de liquidao o mesmo que o da outra. Por exemplo, a contraparte pode optar pelo recebimento de opes de ao ou direitos sobre a valorizao de aes liquidadas em dinheiro. Em tais casos, o valor justo do componente de capital zero e, conseqentemente, o valor justo do instrumento financeiro composto o mesmo que o do componente de dvida desse instrumento. De modo oposto, se os valores justos das alternativas de liquidao forem diferentes, o valor justo do componente de capital usualmente ser maior que zero e, nesse caso, o valor justo do instrumento financeiro composto ser maior que o valor justo do componente de dvida desse instrumento.38. A entidade deve contabilizar separadamente os produtos ou os servios recebidos ou adquiridos em relao a cada componente do instrumento financeiro composto. Para o componente de dvida, a entidade deve reconhecer os produtos ou os servios adquiridos e o correspondente passivo a pagar, medida que a contraparte fornecer os produtos ou prestar os servios, em conformidade com os requerimentos aplicveis para as transaes de pagamento baseadas em aes liquidadas em dinheiro (itens 30 a 33). Para o componente de capital, se houver, a entidade deve reconhecer os produtos ou servios recebidos e o correspondente aumento do patrimnio lquido medida que a contraparte fornecer os produtos ou prestar os servios, em conformidade com os requerimentos aplicveis para as transaes de pagamento baseadas em aes liquidadas pela entrega de instrumentos patrimoniais (itens 10 a 29).39. Na data da liquidao, a entidade deve reavaliar os passivos correspondentes pelo seu valor justo. Se a entidade tiver emitido instrumento patrimonial na liquidao, em vez de efetuar o pagamento em dinheiro, o passivo deve ser transferido diretamente para o patrimnio lquido, em contrapartida emisso de instrumento patrimonial.40. Se, no momento da liquidao, a entidade pagar em dinheiro em vez de emitir instrumentos patrimoniais, esse pagamento deve ser utilizado para liquidar todo o passivo. Algum componente de capital previamente reconhecido deve permanecer dentro do patrimnio lquido. Por ter optado pelo recebimento em dinheiro na liquidao, a contraparte perde o direito ao recebimento de instrumento patrimonial. Contudo, essa exigncia no elimina a necessidade de a entidade reconhecer a transferncia de um componente para outro dentro do patrimnio lquido.Transao de pagamento baseada em ao na qual a entidade tem o poder de escolha da forma de liquidao41. A transao de pagamento baseada em aes em que os termos e as condies do acordo estabelecem que a entidade pode optar pela liquidao da transao em dinheiro ou pela emisso de instrumento patrimonial, a entidade deve determinar se ela tem uma obrigao presente a ser liquidada em dinheiro e contabilizar a transao de pagamento baseada em aes em conformidade com essa determinao. A entidade possui uma obrigao presente a ser liquidada em dinheiro se a escolha pela liquidao em instrumento patrimonial no tem substncia comercial (ou seja, a entidade est legalmente proibida de emitir aes), ou a entidade tem por prtica ou poltica a liquidao em dinheiro, ou geralmente efetua a liquidao em dinheiro sempre que a contraparte assim o solicita.42. Se a entidade tiver uma obrigao presente de efetuar a liquidao em dinheiro, ela deve contabilizar essa transao em conformidade com as exigncias aplicveis s transaes de pagamento baseadas em aes liquidadas em dinheiro, conforme itens 30 a 33.43. Se nenhuma obrigao existe, a entidade deve contabilizar essa transao em conformidade com as exigncias aplicveis s transaes de pagamento baseadas em aes liquidadas pela entrega de instrumentos patrimoniais, conforme os itens 10 a 29. Quando da liquidao:(a) se a entidade opta por realizar a liquidao em dinheiro, o pagamento deve ser contabilizado como recompra de aes, ou seja, como reduo do capital, exceto na situao descrita na alnea (c);(b) se a entidade opta por realizar a liquidao pela emisso de instrumento patrimonial, nenhum registro contbil requerido (a no ser a transferncia de um componente de patrimnio lquido para outro, se necessrio), exceto na situao descrita na alnea (c);(c) se a entidade, na data da liquidao, opta por realizar a liquidao pelo maior valor, a entidade deve reconhecer a despesa adicional em relao ao valor excedente, ou seja, a diferena entre o valor pago em dinheiro e o valor justo do instrumento patrimonial que teria sido emitido se a liquidao fosse pela entrega de instrumento patrimonial ou a diferena entre o valor justo do instrumento patrimonial emitido e o montante que seria pago em dinheiro se a liquidao fosse em dinheiro, conforme a que for aplicvel.Divulgao44. A entidade deve divulgar informaes que permitam aos usurios das demonstraes contbeis entender a natureza e a extenso de acordos de pagamento baseados em aes que ocorreram durante o perodo.45. Para tornar efetivo o cumprimento do disposto no item anterior, a entidade deve divulgar, no mnimo, o que segue:(a) a descrio de cada tipo de acordo de pagamento baseado em aes que vigorou em algum momento do exerccio social, incluindo, para cada acordo, os termos e condies gerais, tais como as condies de aquisio, o prazo mximo das opes outorgadas e a forma de liquidao (em dinheiro ou em aes). Quando a entidade tem substancialmente tipos similares de acordos de pagamento baseados em aes, ela pode agregar essa informao, a menos que a divulgao separada para cada acordo seja necessria para atender o princpio contido no item 44;(b) a quantidade e o preo mdio ponderado de exerccio das opes de ao para cada um dos seguintes grupos de opes:(i) em aberto no incio do perodo;(ii) outorgada durante o perodo;(iii) perdida durante o perodo;(iv) exercida durante o perodo;(v) expirada durante o perodo;(vi) em aberto no final do perodo; e(vii) exercvel ao final do perodo.(c) para as opes de ao exercidas durante o perodo, o preo mdio ponderado das aes na data do exerccio. Se opes forem exercidas em base regular durante o perodo, a entidade pode, em vez disso, divulgar o preo mdio ponderado das aes durante o perodo;(d) para as opes em aberto ao final do perodo, deve-se divulgar o valor mximo e mnimo de preo de exerccio e a mdia ponderada do prazo contratual remanescente. Se a diferena entre o preo de exerccio mnimo e mximo (intervalo) for muito ampla, as opes em aberto devem ser divididas em grupos que sejam significativos para avaliar a quantidade e o prazo em que aes adicionais possam ser emitidas e o numerrio que possa ser recebido quando do exerccio dessas opes.46. A entidade deve divulgar informaes que permitam aos usurios das demonstraes contbeis entender como foi determinado o valor justo dos produtos ou servios recebidos ou o valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados durante o perodo.47. Se a entidade tiver mensurado o valor justo dos produtos ou servios recebidos indiretamente, baseando-se no valor justo dos instrumentos patrimoniais outorgados, para tornar efetivo o disposto no item anterior, a entidade deve divulgar no mnimo o seguinte:(a) Para opes de ao outorgadas durante o perodo, o valor justo mdio ponderado dessas opes, na data da mensurao, e informaes de como esse valor justo foi mensurado, incluindo:(i) o modelo de precificao de opes utilizado e os dados usados na aplicao do modelo, incluindo o preo mdio ponderado das aes, preo de exerccio, volatilidade esperada, prazo de vida da opo, dividendos esperados, a taxa de juros livre de risco e quaisquer outros dados de entrada do modelo, incluindo o mtodo utilizado e as premissas assumidas para incorporar os efeitos esperados de exerccio antecipado;(ii) a forma de determinao da volatilidade esperada, incluindo uma explicao da extenso na qual a volatilidade esperada foi suportada pela volatilidade histrica; e(iii) se e como alguma outra caracterstica da opo outorgada foi incorporada na mensurao de seu valor justo, tal como uma condio de mercado.(b) Para os demais instrumentos patrimoniais outorgados durante o perodo (isto , outros que no as opes de ao), a quantidade e o valor justo mdio ponderado desses instrumentos, na data da mensurao, e informaes sobre como o valor justo foi mensurado, incluindo:(i) como o valor justo foi determinado quando ele no tiver sido mensurado com base no preo de mercado observvel;(ii) se e como os dividendos esperados foram incorporados na mensurao do valor justo; e(iii) se e como alguma outra caracterstica do instrumento patrimonial outorgado foi incorporada na mensurao de seu valor justo.(c) Para os acordos de pagamento baseados em aes modificados durante o perodo:(i) explicao dessas modificaes;(ii) valor justo incremental outorgado (como resultado dessa modificao);(iii) informao sobre como o valor justo incremental outorgado foi mensurado, consistentemente como o exigido nas alneas (a) e (b), se aplicvel.48. Se a entidade mensurou diretamente o valor justo dos produtos ou servios recebidos durante o perodo, a entidade deve divulgar como o valor justo foi determinado, como, por exemplo, se o valor justo foi mensurado pelo preo de mercado desses produtos ou servios.49. Se a entidade refutou a premissa contida no item 13, ela deve divulgar tal fato, e dar explicao sobre os motivos pelos quais essa premissa foi refutada.50. A entidade deve divulgar informao que permita aos usurios das demonstraes contbeis entenderem os efeitos das transaes de pagamento baseadas em aes sobre os resultados do perodo da entidade e sobre sua posio patrimonial e financeira.51. Para tornar efetivo o disposto no item anterior, a entidade deve divulgar no mnimo o seguinte:(a) o total da despesa reconhecida no perodo decorrente de transaes de pagamento baseadas em aes nas quais os produtos ou os servios no tenham sido qualificados como ativos no seu reconhecimento e, por isso, foram reconhecidos como despesa, incluindo divulgao em separado da parte do total de despesas que decorreram de transaes contabilizadas como transaes de pagamento baseadas em aes liquidadas pela entrega de instrumentos patrimoniais;(b) para os passivos decorrentes de transaes de pagamento baseadas em aes:(i) saldo contbil no final do perodo; e(ii) valor intrnseco total no final do perodo das exigibilidades para as quais os direitos da contraparte ao recebimento de dinheiro ou outros ativos foram concedidos at o final do perodo (como por exemplo os direitos sobre a valorizao das aes concedidas).52. Se a divulgao de informaes exigida por esta Norma no suficiente para atender aos princpios contidos nos itens 44, 46 e 50, a entidade deve divulgar informaes adicionais para tal finalidade.SILVIA MARA LEITE CAVALCANTEPresidente do ConselhoEm exerccioRESOLUO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC N 1.150 DE 23.01.2009

D.O.U.: 27.01.2009Aprova a NBC T 19.16 - Contratos de Seguro.O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais,CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade, em conjunto com outras entidades, membro do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), criado pela Resoluo CFC N 1.055/05;CONSIDERANDO que o CPC tem por objetivo estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Tcnicos sobre procedimentos de contabilidade e divulgar informaes dessa natureza, visando permitir a emisso de normas uniformes pelas entidades-membro, levando sempre em considerao o processo de convergncia s normas internacionais;CONSIDERANDO que o Comit de Pronunciamentos Contbeis, a partir do IFRS 4 do IASB, aprovou o Pronunciamento Tcnico 11 - Contratos de Seguro; resolve:Art. 1 Aprovar a NBC T 19.16 - Contratos de Seguro.Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor nos exerccios iniciados a partir de 1 de janeiro de 2010.Ata CFC N 921NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADENBC T 19.16 - CONTRATOS DE SEGUROObjetivo1. O objetivo desta Norma especificar o reconhecimento contbil para contratos de seguro por parte de qualquer entidade que emite tais contratos (denominada nesta Norma como seguradora) at que este Conselho Federal de Contabilidade complete a segunda fase do projeto sobre contratos de seguro, em consonncia com as normas internacionais de contabilidade as quais prevem, para essa segunda fase, o aprofundamento das questes conceituais e prticas relevantes.Em particular, esta Norma determina:(a) limitadas melhorias na contabilizao de contratos de seguro pelas seguradoras;(b) divulgao que identifique e explique os valores resultantes de contratos de seguro nas demonstraes contbeis da seguradora e que ajude os usurios dessas demonstraes a compreender o valor, a tempestividade e a incerteza de fluxos de caixa futuros originados de contratos de seguro.Alcance2. A entidade deve aplicar esta Norma para:(a) contratos de contratos de seguro (inclusive contratos de resseguro) emitidos por ela e co resseguro mantidos por ela; e(b) instrumentos financeiros que ela emita com caracterstica de participao discricionria (ver item 35). A prtica contbil em vigor sobre Instrumentos Financeiros requer divulgao dos instrumentos financeiros, entre os quais devem ser includos os instrumentos financeiros que possuam tais caractersticas.3. Esta Norma no trata de outros aspectos da contabilidade de seguradoras, como a contabilizao de ativos financeiros mantidos pelas seguradoras e de passivos financeiros emitidos pelas seguradoras, com exceo das disposies transitrias do item 45.4. A entidade no deve aplicar esta Norma para:(a) garantia de produtos emitida diretamente pelo fabricante, comerciante ou varejista;(b) ativos e passivos de empregador relativos a planos de benefcios de seus empregados e obrigaes de benefcios de aposentadoria reportados como planos de aposentadoria de benefcios definidos;(c) direitos ou obrigaes contratuais que dependem do uso, ou do direito de uso, de um item no-financeiro (por exemplo, algumas taxas de licena, royalties, pagamentos contingentes de arrendamentos mercantis e itens semelhantes), assim como garantia de valor residual embutido em arrendamento financeiro;(d) contratos com garantia financeira, a menos que o emitente tenha prvia e explicitamente afirmado que considera tais contratos como contratos de seguro e tenha usado um mtodo de contabilizao aplicvel a contratos de seguro, em cujo caso o emitente pode optar por adotar a prtica contbil aplicvel a um instrumento financeiro ou esta Norma a essas modalidades de contratos com garantia financeira. O emitente poder fazer essa opo "contrato a contrato", porm, a opo que vier a fazer para cada contrato ser irrevogvel;(e) recompensas contingentes a pagar ou a receber em uma combinao de negcios; e(f) contratos de seguro diretos que a entidade detenha (ou seja, contrato de seguro direto em que a entidade seja a segurada). Entretanto, uma cedente deve aplicar esta Norma para contratos de resseguro detidos por ela.5. Como referncia, esta Norma considera qualquer entidade que emita contrato de seguro como seguradora, independentemente se a emitente considerada seguradora para fins legais ou de superviso.6. O contrato de resseguro um tipo de contrato de seguro. Desse modo, todas as referncias nesta Norma para contratos de seguro tambm se aplicam aos contratos de resseguro.Derivativo embutido7. Um derivativo embutido um componente de um instrumento hbrido (combinado) que tambm inclui um contrato principal no derivativo - como resultado, alguns dos fluxos de caixa do instrumento hbrido (combinado) variam de forma semelhante a um derivativo isolado. Um derivativo embutido faz com que alguns, ou todos os fluxos de caixa que de outra forma seriam exigidos pelo contrato, sejam modificados de acordo com uma taxa de juros especificada, preo de instrumento financeiro, preo de mercadoria, taxa de cmbio, ndice de preos ou de taxas, avaliao ou ndice de crdito, ou outra varivel, desde que, no caso de uma varivel no financeira, essa varivel no seja especfica de uma das partes do contrato. Um derivativo que esteja includo em um instrumento financeiro, mas que seja contratualmente transfervel separadamente desse instrumento, ou que tenha uma contraparte diferente desse instrumento, no um derivativo embutido, mas um instrumento financeiro separado.7A. Esta Norma requer que a entidade separe os derivativos embutidos em um contrato principal (de seguro) se, e apenas se:(a) as caractersticas econmicas e os riscos do derivativo embutido no estiverem diretamente relacionados com as caractersticas econmicas e os riscos do contrato principal;(b) um instrumento separado com os mesmos termos que o derivativo embutido satisfizesse a definio de um derivativo; e(c) o instrumento hbrido (combinado) no for avaliado ao valor justo com as alteraes do valor justo reconhecidas no resultado do exerccio (por exemplo, um derivativo que esteja incorporado em um ativo ou passivo financeiro reconhecido pelo valor justo por meio do resultado no um derivativo separado). Os requerimentos deste item aplicam-se a derivativos embutidos em um contrato de seguro, a no ser que o derivativo embutido seja ele mesmo um contrato de seguro.8. Como exceo do exigido no item 7A, a seguradora no precisa separar e mensurar a valor justo a opo do segurado de resgatar o contrato de seguro por um valor fixo (ou por um valor baseado em montante fixo e uma taxa de juros), mesmo se o preo de exerccio for diferente do valor contabilizado no passivo pelo contrato de seguro principal. Entretanto, o requerimento do item 7A deve ser aplicado para opes de venda e opes de resgate em dinheiro embutidas no contrato de seguro, se o valor de resgate variar em funo de variveis financeiras (como preos ou ndices de aes ou de mercadorias), ou de varivel no financeira que no seja especfica para uma das partes do contrato. Alm disso, esse requerimento tambm deve ser aplicado se a possibilidade do detentor de exercer uma opo de venda ou de resgate em dinheiro for provocada por tal varivel (por exemplo, uma opo de venda que possa ser exercida se o ndice de aes da bolsa atingir um determinado nvel).9. O que est apresentado no item anterior tambm deve ser aplicado a opes de resgate de um instrumento financeiro que contenha caracterstica de participao discricionria.Separao dos componentes de depsito10. Alguns contratos de seguro contm tanto componentes de seguro quanto componentes de depsito. Em alguns casos, exigido ou permitido seguradora contabilizar em separado esses componentes:(a) a contabilizao em separado exigida se ambas as condies a seguir forem atendidas:(i) a seguradora pode mensurar o componente de depsito (inclundo qualquer opo embutida de resgate) separadamente (ou seja, sem considerar o componente de seguro); e(ii) a poltica contbil da seguradora no reconhece de outra forma todas as obrigaes e os direitos resultantes do componente de depsito;(b) a contabilizao em separado permitida, mas no exigida, se a seguradora puder mensurar o componente de depsito separadamente como em (a)(i), mas sua poltica contbil exige que ela reconhea todas as obrigaes e direitos advindos do componente de depsito, independentemente da base utilizada para mensurar tais direitos e obrigaes;(c) a contabilizao em separado proibida se a seguradora no puder mensurar o componente de depsito separadamente como em (a)(i).11. A seguir um exemplo em que a poltica contbil da seguradora no exige o reconhecimento de todas as obrigaes resultantes do componente de depsito. Uma cedente recebe indenizao de uma resseguradora, mas o contrato obriga a cedente a reembolsar a indenizao em anos futuros. Essa obrigao resulta de um componente de depsito. Se a poltica contbil da cedente permite o reconhecimento da indenizao como receita sem reconhecer a obrigao decorrente, a separao exigida.12. Para contabilizar em separado um contrato, a seguradora deve:(a) aplicar esta Norma para os componentes de seguro; e(b) aplicar a NBC T 19.19 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensurao e Evidenciao para componentes de depsito.Reconhecimento e mensuraoExcees temporrias a outras normas13. A NBC T 19.11 - Mudanas nas Prticas Contbeis, nas Estimativas e Correo de Erros especifica critrios a serem utilizados pela entidade no desenvolvimento de poltica contbil se nenhuma prtica contbil vigente se aplicar especificamente para aquele item. Entretanto, esta Norma isenta a seguradora de aplicar tais critrios para suas polticas contbeis relativas a:(a) contratos de seguro emitidos por ela (incluindo despesas de comercializao relacionadas e ativos intangveis relacionados, como os descritos nos itens 31 e 32); e(b) contratos de resseguro que ela mantenha.14. No obstante, esta Norma no isenta a seguradora de algumas implicaes dos critrios da citada NBC T 19.11. Especificamente, a seguradora:(a) no deve reconhecer como passivo qualquer proviso para possveis sinistros futuros, se esses sinistros forem originados de contratos de seguro que ainda no existem ou no esto vigentes na data da demonstrao contbil (como as provises para catstrofe ou proviso para equalizao de risco);(b) deve realizar teste de adequao de passivo descrito nos itens 15 a 19;(c) deve remover um passivo por contrato de seguro (ou parte dele) de seu balano patrimonial quando, e somente quando, ele estiver extinto, isto , quando a obrigao especificada no contrato for liquidada, cancelada ou expirada;(d) no deve compensar:(i) ativos por contrato de resseguro contra passivos por contrato de seguro relacionados; ou(ii) receitas ou despesas de contratos de resseguro com as receitas e as despesas de contratos de seguro relacionados.(e) deve considerar se seu ativo por contrato de resseguro est com valor de realizao reduzido (ver item 20).Teste de adequao do passivo15. A seguradora deve avaliar, a cada data de balano, se seu passivo por contrato de seguro est adequado, utilizando estimativas correntes de fluxos de caixa futuros de seus contratos de seguro. Se essa avaliao mostrar que o valor do passivo por contrato de seguro (menos as despesas de comercializao diferidas relacionadas e ativos intangveis relacionados, como os discutidos nos itens 31 e 32) est inadequado luz dos fluxos de caixa futuros estimados, toda a deficincia deve ser reconhecida no resultado.16. Se a seguradora aplicar um teste de adequao de passivo que atenda aos requisitos mnimos especificados, esta Norma no impe novas exigncias. Os requisitos mnimos so:(a) o teste deve considerar estimativas correntes para todo o fluxo de caixa contratual e os fluxos de caixa relacionados, como os custos de regulao de sinistros, assim como os fluxos de caixa resultantes de opes embutidas e garantias; e(b) se o teste demonstrar que o passivo est inadequado, toda a deficincia deve ser reconhecida no resultado.17. Se a poltica contbil da seguradora no exigir um teste de adequao de passivo que atenda aos requisitos mnimos do item 16, essa seguradora deve:(a) determinar o valor do passivo por contrato de seguro relevante menos o valor de:(i) qualquer despesa de comercializao diferida relacionada; e(ii) qualquer ativo intangvel relacionado, como os adquiridos em uma combinao de negcios ou transferncia de carteira (ver itens 31 e 32). Entretanto, ativos de contrato de resseguro no so considerados, porque a seguradora os contabiliza separadamente (ver item 20).(b) determinar se o valor descrito em (a) menor que o valor que seria exigido se o passivo por contrato de seguro relevante fosse reconhecido de acordo com a NBC T 19.7 - Provises, Passivos, Contingncias Passivas e Contingncias Ativas. Se ele for menor, a seguradora deve reconhecer toda a diferena no resultado e diminuir o valor das despesas de comercializao diferidas relacionadas ou dos ativos intangveis relacionados ou aumentar o valor do passivo por contrato de seguro relevante. Passivo por contrato de seguro relevante o passivo por contrato de seguro (e os custos de aquisio diferidos e ativos intangveis relacionados) em que a prtica contbil da seguradora no requer teste de adequao de passivo que atenda aos requisitos mnimos do item 16.18. Se o teste de adequao de passivo atender aos requisitos do item 16, o teste aplicado no nvel de agregao definido no prprio teste. Se o teste de adequao de passivo no atender queles requisitos mnimos, a comparao descrita no item 17 deve ser feita ao nvel de uma carteira de seguros os quais estejam sujeitos a riscos similares e gerenciados em conjunto como uma nica carteira.19. O montante descrito no item 17(b) deve refletir margens futuras de investimento (ver itens 27 a 29) se, e somente se, o montante descrito no item 17(a) tambm refletir tais margens.Reduo ao valor recupervel dos ativos por contrato de resseguro20. Se o ativo por contrato de resseguro da cedente teve seu valor recupervel reduzido, a cedente deve reduzir o valor desse ativo e reconhecer a perda no resultado. Um ativo por contrato de resseguro perde valor recupervel se, e somente se:(a) houver evidncias objetivas, como resultado de evento que ocorreu aps o reconhecimento inicial do ativo por contrato de resseguro, que a cedente possa no receber todo o valor relacionado a ele nos termos do contrato; e(b) o impacto desse evento no valor que a cedente tem a receber da resseguradora pode ser mensurado de forma confivel.Mudana nas polticas contbeis21. Os itens 22 a 30 so aplicados tanto a mudanas feitas por seguradora que j adotem as prticas contbeis previstas nesta Norma quanto a mudanas feitas por seguradora que esteja adotando esta Norma pela primeira vez.22. A seguradora pode alterar sua poltica contbil para contratos de seguro se, e somente se, as alteraes tornarem as demonstraes contbeis mais relevantes para necessidades dos usurios que tomam decises econmicas e no menos confivel, ou mais confivel e no menos relevante para tais necessidades. A seguradora deve julgar relevncia e confiabilidade conforme os critrios da NBC T 19.11.23. Para justificar mudanas em sua poltica contbil para contratos de seguro, a seguradora deve demonstrar que a mudana tornou as demonstraes contbeis mais aderentes aos critrios da NBC T 19.11, mas a mudana no precisa alcanar conformidade total com tais critrios. Os seguintes problemas so discutidos a seguir:(a) taxas de juros de mercado correntes (item 24);(b) continuao das prticas existentes (item 25);(c) prudncia (item 26);(d) margens futuras de investimento (itens 27 a 29); e(e) shadow accounting (item 30).Taxa de juros de mercado correntes24. permitido a seguradora, porm no exigido, alterar sua poltica contbil a fim de reavaliar passivos por contratos de seguro designados (incluem as despesas de comercializao diferidas relacionadas e ativos intangveis relacionados, como discutidos nos itens 31 e 32) para refletir taxas de juros de mercado correntes e reconhecer as alteraes desse passivo no resultado. Ao mesmo tempo, a seguradora tambm pode introduzir poltica contbil que requeira outras estimativas e premissas correntes para tal passivo. A opo proporcionada por este item permite seguradora alterar sua poltica contbil para os passivos designados, sem aplicar tal poltica consistentemente para todos os passivos similares, como a NBC T 19.11 de outro modo exigiria. Se a seguradora designar passivos para adotar esse procedimento, ela deve continuar a aplicar taxa de juros de mercado corrente (e, se aplicvel, outras estimativas e premissas correntes) consistentemente em todos os perodos e para todos os passivos designados at que eles estejam extintos.Continuao de prticas existentes25. A seguradora pode continuar a adotar as prticas a seguir, mas a introduo de qualquer uma delas no satisfaz ao item 22:(a) mensurar passivos por contratos de seguro em base no descontada;(b) mensurar direitos contratuais relativos a comisses futuras de gesto de investimentos em valor que exceda seu valor justo obtido a partir da comparao com as taxas correntes cobradas por outros participantes do mercado para servios similares. provvel que o valor justo no incio de tais contratos seja igual ao custo original pago, a no ser que a comisso futura de gesto de investimentos e os custos relacionados no estejam compatveis com o mercado; e(c) utilizar poltica contbil para contratos de seguro (e despesas de comercializao diferidas relacionadas e ativos intangveis relacionados, se houver algum) no uniformes para subsidirias, com exceo do permitido pelo item 24. Se as polticas contbeis no esto uniformes, a seguradora pode alter-las se a alterao no tornar as polticas contbeis mais diversas e tambm satisfizer outros requerimentos desta Norma.Prudncia26. A seguradora no precisa alterar sua poltica contbil para contratos de seguro para eliminar excesso de prudncia. No entanto, se a seguradora j mensura seus contratos de seguro com prudncia suficiente, ela no deve introduzir prudncia adicional.Margem futura de investimento27. A seguradora no precisa alterar sua poltica contbil para contratos de seguro para eliminar margens futuras de investimento. Entretanto, h a refutvel presuno de que as demonstraes contbeis da seguradora ficaro menos relevantes e confiveis se ela introduzir poltica contbil que reflita margens futuras de investimentos na mensurao de contratos de seguro, a menos que tais margens afetem pagamentos contratuais. Dois exemplos de polticas contbeis que refletem tais margens so:(a) utilizar taxa de desconto que reflita o retorno estimado dos ativos da seguradora; ou(b) projetar os retornos desses ativos a uma taxa de retorno estimada, descontando esses retornos projetados a uma taxa diferente e incluir o resultado na mensurao do passivo.28. A seguradora pode superar a refutvel presuno descrita no item 27 se, e somente se, os outros componentes da alterao na poltica contbil aumentarem a relevncia e a confiabilidade de suas demonstraes contbeis de forma suficiente para compensar a diminuio na relevncia e na confiabilidade causada pela incluso das margens futuras de investimentos. Por exemplo, suponha que a poltica contbil da seguradora para contratos de seguro envolva premissas excessivamente prudentes definidas no incio e uma taxa de desconto prescrita pelo regulador sem referncia direta com as condies de mercado, e no considera algumas opes e garantias embutidas. A seguradora pode tornar suas demonstraes contbeis mais relevantes e no menos confiveis, alterando para uma contabilizao orientada para o investidor e que seja amplamente utilizada e envolva:(a) estimativas e premissas correntes;(b) ajustes razoveis (mas no excessivamente prudentes) para refletir riscos e incertezas;(c) mensuraes que reflitam tanto o valor intrnseco como o valor no tempo de opes e garantias embutidas; e(d) taxa de desconto de mercado corrente, mesmo que essa taxa de desconto reflita os retornos estimados dos ativos da seguradora.29. Em algumas abordagens de mensurao, a taxa de desconto utilizada para determinar o valor presente de margem futura de lucro. Essa margem de lucro atribuda a diferentes perodos por meio de uma frmula. Nessas abordagens, a taxa de desconto somente afeta a mensurao do passivo indiretamente. Em particular, o uso de uma taxa de desconto menos apropriada produz efeitos limitados ou no produz efeitos na mensurao inicial do passivo. Entretanto, em outras abordagens, a taxa de desconto determina a mensurao do passivo diretamente. Nesse ltimo caso, j que a introduo de taxa de desconto baseada no ativo tem efeito mais significativo, muito improvvel que a seguradora possa superar a presuno refutvel descrita no item 27.Shadow accounting30. Em alguns modelos contbeis, ganhos ou perdas realizados no ativo da seguradora tm efeito direto na mensurao de alguns ou de todos os (a) seus passivos por contrato de seguro; (b) despesas de comercializao diferidas relacionadas; e (c) ativos intangveis relacionados, como os descritos nos itens 31 e 32. permitido seguradora, mas no exigido, alterar sua poltica contbil, de forma que ganhos ou perdas reconhecidos, mas no realizados de um ativo, afetem essas mensuraes da mesma forma que ganhos ou perdas realizadas. O ajuste no passivo por contrato de seguro (ou na despesa de comercializao diferida ou no ativo intangvel) deve ser reconhecido no patrimnio lquido se, e somente se, os ganhos e as perdas no realizados forem reconhecidos diretamente no patrimnio lquido. Essa prtica algumas vezes descritas como shadow accounting.Contratos de seguro adquiridos em combinao de negcios ou transferncia de carteira31. A seguradora deve, na data de aquisio, e to logo esteja em vigncia a norma sobre combinao de negcios a ser emitido por este CFC em consonncia com as normas internacionais de contabilidade, mensurar a valor justo os passivos por contrato de seguro assumidos e os ativos por contratos de seguro adquiridos em uma combinao de negcios. Entretanto, permitido seguradora, mas no exigido, utilizar uma apresentao expandida que divida o valor justo dos contratos de seguro adquiridos em dois componentes:(a) passivo mensurado de acordo com as polticas contbeis para os contratos de seguro emitidos pela seguradora; e(b) ativo intangvel, representando a diferena entre (i) o valor justo dos direitos por contratos de seguro adquiridos e obrigaes por contrato de seguro assumidas e (ii) o montante descrito em (a). A mensurao subseqente desse ativo deve ser consistente com a mensurao do passivo por contrato de seguro relacionado.32. A seguradora, ao adquirir uma carteira de contratos de seguro, pode utilizar a apresentao expandida descrita no item 31.33. Os ativos intangveis descritos no item 31 e 32 esto excludos do alcance da NBC T 19.10 - Reduo ao Valor Recupervel de Ativos e da NBC T 19.8 - Ativo Intangvel. Entretanto, essas normas so aplicados para carteira de clientes e relacionamentos com clientes que reflitam a expectativa de contratos futuros que no fazem parte dos direitos por contratos de seguro e obrigaes por contratos de seguro j existentes na data da combinao de negcios ou transferncia de carteira.Caracterstica de participao discricionriaCaracterstica de participao discricionria em contratos de seguro34. Alguns contratos de seguro contm caracterstica de participao discricionria e tambm um elemento garantido. O emitente desse contrato:(a) pode, mas no obrigado, reconhecer o elemento garantido separadamente da caracterstica de participao discricionria. Se o emitente no os reconhecer separadamente, ele deve classificar todo o contrato como um passivo. Se o emitente classifica-os separadamente, ele deve classificar o elemento garantido como passivo;(b) deve, se reconhecer a caracterstica de participao discricionria separadamente do elemento garantido, classificar essa caracterstica ou como passivo ou como um componente separado do patrimnio lquido. Esta Norma no especifica como o emitente determina se a caracterstica um passivo ou faz parte do patrimnio lquido. O emitente pode dividir a caracterstica em componentes do passivo e patrimnio lquido e deve utilizar poltica contbil consistente para essa diviso. O emitente no deve classificar essa caracterstica como uma categoria intermediria que no seja nem passivo e nem patrimnio lquido;(c) pode reconhecer todo o prmio recebido como receita sem separar qualquer parcela para o patrimnio lquido. As mudanas resultantes no elemento garantido e na caracterstica de participao discricionria classificada como passivo devem ser reconhecidas no resultado. Se parte ou toda a caracterstica de participao discricionria estiver classificada no patrimnio lquido, uma parcela do resultado pode ser atribuda quela caracterstica (assim como uma parte pode ser atribuda aos minoritrios). O emitente deve reconhecer a parte do resultado atribuda a qualquer componente do patrimnio lquido com caracterstica de participao discricionria como uma destinao de resultado, no como uma despesa ou receita;(d) deve, se o contrato contiver um derivativo embutido dentro do alcance desta Norma, aplicar as disposies dos itens 7 a 9 para esse derivativo embutido; e(e) deve, para todos os aspectos no descritos nos itens 14 a 20 e 34 (a) a (d), continuar com suas polticas contbeis para tais contratos, a no ser que a seguradora mude suas polticas contbeis para se adequar aos itens 21 a 30.Caracterstica de participao discricionria em instrumentos financeiros35. Os requisitos do item 34 tambm se aplicam a instrumentos financeiros com caracterstica de participao discricionria. Em complemento:(a) se o emitente classificar toda a caracterstica de participao discricionria como passivo, ele deve aplicar o teste de adequao de passivo dos itens 15-19 para todo o contrato (isto , tanto para o elemento garantido quanto para a caracterstica de participao discricionria). O emitente no precisa determinar o montante que resultaria da aplicao da NBC T 19.19 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensurao e Evidenciao para o elemento garantido;(b) se o emitente classificar parte ou toda essa caracterstica como um componente separado do patrimnio lquido, o passivo reconhecido para todo o contrato no deve ser inferior ao valor que resultaria da aplicao da NBC T 19.19 para os elementos garantidos. Esse montante deve incluir o valor intrnseco da opo de resgate do contrato, mas no precisa incluir o fator tempo se o item 9 excetua essa opo da mensurao a valor justo. O emitente no precisa divulgar o montante que resultaria da aplicao da norma sobre Instrumentos Financeiros para o elemento garantido, nem precisa apresentar seu montante separadamente. Alm disso, o emitente no precisa determinar o valor resultante da aplicao da NBC T 19.19 se o passivo total reconhecido for claramente superior;(c) embora esses contratos sejam instrumentos financeiros, o emitente pode continuar a reconhecer os prmios desses contratos como receita e a reconhecer como despesa o valor do aumento do passivo;(d) embora esses contratos sejam instrumentos financeiros, a emitente que aplicar as normas de divulgao sobre instrumentos financeiros para contratos com participao discricionria deve divulgar o total da despesa de juros reconhecida no resultado, mas no precisa calcular tal despesa de juros utilizando o mtodo de taxa efetiva de juros.DivulgaoExplicao dos valores reconhecidos36. A seguradora deve divulgar informaes que identifiquem e expliquem os valores em suas demonstraes contbeis resultantes de contratos de seguro.37. Para estar adequada ao item 36, a seguradora deve divulgar:(a) suas polticas contbeis para contratos de seguro e ativos, passivos, receitas e despesas relacionados;(b) os ativos, os passivos, as receitas e as despesas reconhecidos (e fluxo de caixa, se a seguradora apresentar a demonstrao de fluxo de caixa pelo mtodo direto) resultantes dos contratos de seguro. Alm disso, se a seguradora for cedente, ela deve divulgar:(i) ganhos e perdas reconhecidos no resultado na contratao de resseguro; e(ii) se a cedente diferir e amortizar ganhos e perdas resultantes da contratao de resseguro, a amortizao do perodo e o montante ainda no amortizado no incio e final do perodo.(c) o processo utilizado para determinar as premissas que tm maior efeito na mensurao de valores reconhecidos descritos em (b). Quando possvel, a seguradora deve tambm divulgar aspectos quantitativos de tais premissas;(d) o efeito de mudanas nas premissas usadas para mensurar ativos e passivos por contrato de seguro, mostrando separadamente o efeito de cada alterao que tenha efeito material nas demonstraes contbeis;(e) a conciliao de mudanas em passivos por contrato de seguro, os ativos por contrato de resseguro e, se houver, as despesas de comercializao diferidas relacionadas.Natureza e extenso dos riscos originados por contratos de seguro38. A seguradora deve divulgar informaes que auxiliem os usurios a entenderem a natureza e a extenso dos riscos originados por contratos de seguro.39. Para estar adequada ao item 38, a seguradora deve divulgar:(a) seus objetivos, polticas e processos existentes para gesto de riscos resultantes dos contratos de seguro e os mtodos e os critrios utilizados para gerenciar esses riscos;(b) informao sobre riscos de seguro (antes e depois da mitigao do risco por resseguro), incluindo informaes sobre:(i) a sensibilidade do resultado e do patrimnio lquido a mudanas em variveis que tenham efeito significativo sobre eles (ver item 39A);(ii) concentrao de riscos de seguro, incluindo uma descrio da forma como a adminstrao determina concentraes, bem como uma descrio das caractersticas comuns que identificam cada concentrao (por exemplo, tipo de evento segurado, rea geogrfica ou moeda);(iii) sinistros ocorridos comparados com estimativas prvias (isto , o desenvolvimento de sinistros). A divulgao sobre desenvolvimento de sinistros deve retroceder ao perodo do sinistro material mais antigo para o qual ainda haja incerteza sobre o montante e a tempestividade do pagamento de indenizao, mas no precisa retroagir mais que dez anos. A seguradora no precisa divulgar essa informao para sinistros cuja incerteza sobre montante e tempestividade da indenizao tipicamente resolvida no perodo de um ano.(c) informaes sobre risco de crdito, risco de liquidez e risco de mercado que permitam aos usurios das demonstraes contbeis avaliar a natureza e extenso dos riscos decorrentes dos instrumentos financeiros (e contratos de seguro) a que a entidade est exposta ao final do perodo a que se referem as demonstraes contbeis. Entretanto:(i) a seguradora no precisa apresentar a anlise de maturidade que demonstre os vencimentos contratuais remanescentes se, divulgar informaes sobre a tempestividade estimada dos fluxos de caixa lquidos resultantes de passivos de seguro reconhecidos. Essa divulgao pode assumir a forma de uma anlise, por tempestividade estimada, das quantias reconhecidas no balano;(ii) se a seguradora usar um mtodo alternativo de gesto de sensibilidade s condies de mercado, tal como uma anlise de valor embutido, pode usar essa anlise de sensibilidade para cumprir o requerimento de divulgar a anlise de sensibilidade por cada tipo de risco de mercado a que a entidade est exposta. Essa seguradora dever apresentar as divulgaes sobre anlise de sensibilidade por ela preparada (ver item 39A) ;(d) informaes sobre a exposio ao risco de mercado dos derivativos embutidos em contrato de seguro principal se a seguradora no for requerida a mensurar, e no mensurar, os derivativos embutidos a valor justo.39A. Para cumprir o item 39(b)(i), a seguradora deve divulgar o constante das alneas (a) e (b) que seguem:(a) uma anlise de sensibilidade que mostre como o resultado e o patrimnio lquido teriam sido afetados caso tivessem ocorrido as alteraes razoavelmente possveis na varivel de risco relevante data do balano; os mtodos e os pressupostos utilizados na elaborao da anlise de sensibilidade; e quaisquer alteraes dos mtodos e das premissas utilizadas relativamente ao perodo anterior. Porm, se a seguradora utilizar um mtodo alternativo de gesto de sensibilidade s condies de mercado, como uma anlise do valor embutido, essa seguradora pode cumprir esse requisito fornecendo essa anlise de sensibilidade alternativa, bem como as divulgaes sobre anlise de sensibilidade por ela preparada, tais como value-atrisk, que reflete a interdependncia entre riscos (isto , taxas de juros e variaes cambiais) e o seu uso para o gerenciamento dos riscos financeiros. A entidade deve tambm divulgar (a) uma explicao do mtodo utilizado na preparao de tais anlises de sensibilidade e os principais parmetros e premissas e suas fontes; e (b) uma explicao do objetivo do mtodo usado e suas limitaes na apurao do valor justo dos ativos e passivos envolvidos;(b) informao qualitativa acerca da sensibilidade e informao relativa aos termos e s condies dos contratos de seguro as quais tm um efeito material sobre o valor, a tempestividade e a incerteza dos fluxos de caixa futuros da seguradora.Data de incio de aplicao e transio40. As disposies transitrias dos itens 41 a 45 aplicam-se tanto a entidades que j adotem as prticas contbeis previstas nesta Norma quando elas iniciarem a aplicao desta Norma, quanto as entidades que estejam aplicando as prticas contbeis previstas nesta Norma pela primeira vez.41. A entidade deve aplicar esta Norma para perodos anuais iniciados em 2010. Aplicaes antecipadas so encorajadas. Se a entidade aplica as normas internacionais de contabilidade para perodos anteriores, ela deve divulgar esse fato.Divulgao42. A entidade no precisa aplicar as exigncias de divulgao desta Norma para informaes comparativas de perodos anuais anteriores ao da adoo inicial desta Norma. Por exemplo, se o primeiro ano de adoo for 2010, a exigncia de divulgao comparativa introduzida por esta Norma est limitada a 2009.43. Se for impraticvel aplicar um requisito em particular contido nos itens 10 a 35 para informaes comparativas relacionadas a perodos anuais anteriores ao da adoo inicial desta Norma, a entidade deve divulgar o fato. Aplicar o teste de adequao de passivo (itens 15 a 19) para tais comparaes pode, algumas vezes, ser impraticvel, mas muito pouco provvel ser impraticvel aplicar os outros requerimentos dos itens 10 a 35 para informaes comparativas. A NBC T 19.11 explica o termo impraticvel.44. Ao aplicar o item 39(b)(iii), a entidade no precisa divulgar informaes sobre desenvolvimento de sinistros ocorridos h mais de cinco anos antes do fim do primeiro exerccio financeiro em que esta Norma for aplicado. Alm disso, se for impraticvel quando a entidade adotar esta Norma pela primeira vez - preparar informaes sobre desenvolvimento de sinistros que tenham ocorrido antes do incio do exerccio mais antigo para o qual a entidade apresente informaes comparativas completas que se ajustem a esta Norma, a entidade deve divulgar esse fato.Nova designao para ativos financeiros45. Quando a seguradora alterar suas polticas contbeis para passivo por contratos de seguro, permitido, mas no exigido, reclassificar alguns ou todos os seus ativos financeiros para a categoria de valor justo por meio do resultado. Essa reclassificao permitida se a seguradora alterar suas polticas contbeis na primeira vez que adotar esta Norma e se ela fizer, subseqentemente, alterao na poltica permitida no item 22. A reclassificao uma alterao na poltica contbil nos termos da NBC T 19.11.SILVIA MARA LEITE CAVALCANTEPresidente do ConselhoEm exerccio

RESOLUO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC N 1.151 DE 23.01.2009

D.O.U.: 27.01.2009Aprova a NBC T 19.17 - Ajuste a Valor Presente.O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais,CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Contabilidade, em conjunto com outras entidades, membro do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC), criado pela Resoluo CFC N 1.055/05;CONSIDERANDO que o CPC tem por objetivo estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Tcnicos sobre procedimentos de contabilidade e divulgar informaes dessa natureza, visando permitir a emisso de normas uniformes pelas entidades-membro, levando sempre em considerao o processo de convergncia s normas internacionais;CONSIDERANDO que o Comit de Pronunciamentos Contbeis aprovou o Pronunciamento Tcnico 12 - Ajuste a Valor Presente;RESOLVE:Art. 1 Aprovar a NBC T 19.17 - Ajuste a Valor Presente.Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data da sua publicao, aplicando-se aos exerccios sociais iniciados em 2008.Ata CFC N 921NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADENBC T 19.17 - AJUSTE A VALOR PRESENTEObjetivo1. O objetivo desta Norma estabelecer os requisitos bsicos a serem observados quando da apurao do Ajuste a Valor Presente de elementos do ativo e do passivo quando da elaborao de demonstraes contbeis, dirimindo algumas questes controversas advindas de tal procedimento, do tipo:(a) se a adoo do ajuste a valor presente aplicvel to-somente a fluxos de caixa contratados ou se porventura seria aplicada tambm a fluxos de caixa estimados ou esperados;(b) em que situaes requerida a adoo do ajuste a valor presente de ativos e passivos, se no momento de registro inicial de ativos e passivos, se na mudana da base de avaliao de ativos e passivos, ou se em ambos os momentos;(c) se passivos no contratuais, como aqueles decorrentes de obrigaes no formalizadas ou legais, so alcanados pelo ajuste a valor presente;(d) qual a taxa apropriada de desconto para um ativo ou um passivo e quais os cuidados necessrios para se evitarem distores de cmputo e vis;(e) qual o mtodo de alocao de descontos (juros) recomendado;(f) se o ajuste a valor presente deve ser efetivado lquido de efeitos fiscais.2. A utilizao de informaes com base no valor presente concorre para o incremento do valor preditivo da Contabilidade; permite a correo de julgamentos acerca de eventos passados j registrados; e traz melhoria na forma pela qual eventos presentes so reconhecidos. Se ditas informaes so registradas de modo oportuno, luz do que prescreve a NBC T 1 - Estrutura Conceitual para a Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis, em seus itens 26 e 28, obtm-se demonstraes contbeis com maior grau de relevncia - caracterstica qualitativa imprescindvel.3. Deve-se sempre atentar do mesmo modo para a confiabilidade, outra caracterstica qualitativa imprescindvel prevista na citada NBC T 1, em seus itens 31 e 32. Nesse particular, o uso de estimativas e julgamentos acerca de eventos probabilsticos deve estar livre de vis. As premissas, os clculos levados a efeito e os modelos de precificao utilizados devem ser passveis de verificao por terceiros independentes, o que requer que a custdia dessas informaes seja feita com todo o zelo e sob condies ideais. Para que terceiros independentes possam chegar a resultados similares ou aproximados daqueles produzidos pelo prestador da informao, condio essencial para o atributo confiabilidade, torna-se imperativo que o processo na origem seja conduzido com total neutralidade.Alcance4. Esta Norma trata essencialmente de questes de mensurao, no alcanando com detalhes questes de reconhecimento. importante esclarecer que a dimenso contbil do "reconhecimento" envolve a deciso de "quando registrar" ao passo que a dimenso contbil da "mensurao" envolve a deciso de "por quanto registrar". A NBC T 1 - Estrutura Conceitual para a Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis, em seu item 82, assim define reconhecimento: "Reconhecimento o processo que consiste em incorporar ao balano patrimonial ou demonstrao do resultado um item que se enquadre na definio de um elemento e que satisfaa os critrios de reconhecimento mencionados no item 83. Envolve a descrio do item, a atribuio do seu valor e a sua incluso no balano patrimonial ou na demonstrao do resultado. Os itens que satisfazem os critrios de reconhecimento devem ser registrados no balano ou na demonstrao do resultado. A falta de reconhecimento de tais itens no corrigida pela divulgao das prticas contbeis adotadas nem pelas notas ou material explicativo."5. Nesse sentido, na presente Norma determina-se que a mensurao contbil a valor presente seja aplicada no reconhecimento inicial de ativos e passivos. Apenas em certas situaes excepcionais, como a que adotada numa renegociao de dvida em que novos termos so estabelecidos, o ajuste a valor presente deve ser aplicado como se fosse nova medio de ativos e passivos. de se ressaltar que essas situaes de nova medio de ativos e passivos so raras e so matria para julgamento daqueles que preparam e auditam demonstraes contbeis, vis--vis normas especficas.6. necessrio observar que a aplicao do conceito de ajuste a valor presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso, valor presente e valor justo no so sinnimos. Por exemplo, a compra financiada de um veculo por um cliente especial que, por causa dessa situao, obtenha taxa no de mercado para esse financiamento, faz com que a aplicao do conceito de valor presente com a taxa caracterstica da transao e do risco desse cliente leve o ativo, no comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece contabilmente o valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por representar melhor o efetivo custo de aquisio para o comprador. Em contrapartida o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a valor presente do seu recebvel como reduo da receita, evidenciando que, nesse caso, ter obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado.MensuraoDiretrizes gerais7. A questo mais relevante para a aplicao do conceito de valor presente, nos moldes de norma baseada em princpios como esta, no a enumerao minuciosa de quais ativos ou passivos so abarcados pela norma, mas o estabelecimento de diretrizes gerais e de metas a serem alcanadas. Nesse sentido, como diretriz geral a ser observada, ativos, passivos e situaes que apresentarem uma ou mais das caractersticas abaixo devem estar sujeitos aos procedimentos de mensurao tratados nesta Norma:(a) transao que d origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa (conforme definidos na NBC T 1 - Estrutura Conceitual para a Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis deste CFC) ou outra mutao do patrimnio lquido cuja contrapartida um ativo ou um passivo com liquidao financeira (recebimento ou pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses elementos;(b) reconhecimento peridico de mudanas de valor, utilidade ou substncia de ativos ou passivos similares emprega mtodo de alocao de descontos;(c) conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um ativo ou a um passivo;8. Em termos de meta a ser alcanada, ao se aplicar o conceito de valor presente deve-se associar tal procedimento mensurao de ativos e passivos levando-se em considerao o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados. Desse modo, as informaes prestadas possibilitam a anlise e a tomada de decises econmicas que resultam na melhor avaliao e alocao de recursos escassos. Para tanto, diferenas econmicas entre ativos e passivos precisam ser refletidas adequadamente pela Contabilidade a fim de que os agentes econmicos possam definir com menor margem de erro os prmios requeridos em contrapartida aos riscos assumidos.9. Ativos e passivos monetrios com juros implcitos ou explcitos embutidos devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value). Por isso, quando aplicvel, o custo de ativos no monetrios deve ser ajustado em contrapartida; ou ento a conta de receita, despesa ou outra conforme a situao. A esse respeito, uma vez ajustado o item no monetrio, no deve mais ser submetido a ajustes subseqentes no que respeita figura de juros embutidos. Ressalte-se que nem todo ativo ou passivo no-monetrio est sujeito ao efeito do ajuste a valor presente; por exemplo, um item no monetrio que, pela sua natureza, no est sujeito ao ajuste a valor presente o adiantamento em dinheiro para recebimento ou pagamento em bens e servios.10. Quando houver norma especfica do CFC que discipline a forma pela qual um ativo ou passivo em particular deva ser mensurado com base no ajuste a valor presente de seus fluxos de caixa, referida norma especfica deve ser observada. A regra especfica sempre prevalece regra geral. Caso especial o relativo figura do Imposto de Renda Diferido Ativo e do Imposto de Renda Diferido Passivo, objeto de norma especfica, mas que, conforme previsto nas Normas Internacionais de Contabilidade, no so passveis de ajuste a valor presente, o que deve ser observado desde a implementao desta Norma.11. Com relao aos emprstimos e aos financiamentos subsidiados, cabem as consideraes a seguir. Por questes das mais variadas naturezas, no h mercado consolidado de dvidas de longo prazo no Brasil, ficando a oferta de crdito ao mercado em geral com essa caracterstica de longo prazo normalmente limitada a um nico ente governamental. Assim, excepcionalmente, at que surja um efetivo mercado competitivo de crdito de longo prazo no Brasil, passivos dessa natureza (e ativos correspondentes no credor) no esto contemplados por esta Norma como sujeitos aplicao do conceito de valor presente por taxas diversas daquelas a que tais emprstimos e financiamentos j esto sujeitos. No esto abrangidas nessa exceo operaes de longo prazo, mesmo que financiadas por entes governamentais que tenham caractersticas de subveno ou auxlio governamental, tratadas na NBC T 19.4 - Subveno e Assistncia Governamentais.12. Outra questo relevante para fins de mensurao diz respeito forma pela qual devem ser alocados em resultado os descontos advindos do ajuste a valor presente de ativos e passivos (juros). A abordagem corrente deve ser eleita como mtodo de alocao de descontos por apresentar uma informao de qualidade a um custo desprezvel para sua obteno. Por essa sistemtica, vale dizer, deve ser utilizada para desconto a taxa contratual ou implcita (para o caso de fluxos de caixa no contratuais) e, uma vez aplicada, deve ser adotada consistentemente at a realizao do ativo ou liquidao do passivo.Risco e incerteza: taxa de desconto13. Ao se utilizarem, para fins contbeis, informaes com base no fluxo de caixa e no valor presente, incertezas inerentes so obrigatoriamente levadas em considerao para efeito de mensurao, conforme j salientado em itens anteriores desta Norma. Do mesmo modo, o "preo" que participantes do mercado esto dispostos a "cobrar" para assumir riscos advindos de incertezas associadas a fluxos de caixa (ou em linguagem de finanas "o prmio pelo risco") deve ser igualmente avaliado. Ao se ignorar tal fato, h o concurso para a produo de informao contbil incompatvel com o que seria uma representao adequada da realidade, imperativo da NBC T 1 - Estrutura Conceitual para a Elaborao e Apresentao das Demonstraes Contbeis, tratado nos seus itens 33 e 34. Por outro lado, no so admissveis ajustes arbitrrios para prmios por risco, mesmo com a justificativa de quase impossibilidade de se angariarem informaes de participantes de mercado, pois, assim procedendo, trazido vis para a mensurao.14. Em muitas situaes no possvel se chegar a uma estimativa confivel para o prmio pelo risco ou, em sendo possvel, o montante estimado pode ser relativamente pequeno se comparado a erros potenciais nos fluxos de caixa estimados. Nesses casos, excepcionalmente, o valor presente de fluxos de caixa esperados pode ser obtido com a adoo de taxa de desconto que reflita unicamente a taxa de juros livre de risco, desde que com ampla divulgao do fato e das razes que levaram a esse procedimento.15. No obstante, em geral os participantes de mercado so qualificados como tendo averso a riscos ou averso a perdas e procuram compensaes para assuno