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Órgão Informativo do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal Ano XIII - Julho-Agosto / 2010 - nº 82

Revista 82

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Órgão Informat ivo do S ind icato dos Médicos do D ist r i to Federa l

Ano

XIII

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E d i t o r i a l

Uma classe cada vez mais unida

Os números não mentem. Cada vez mais os médicos aprovam a atuação que o SindMédico-DF faz em favor da classe. Isto pode ser constatado por meio da última pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi – um dos principais institutos de pesquisa do Brasil – que recentemente apurou os indicadores de satisfação entre os colegas sindicalizados, em relação a nossa organização. Pelos dados levantados, 79,2% dos médicos aprovam o trabalho do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal. Este valor retrata um crescimento de 10 pontos percentuais em relação ao levantamento feito pelo próprio Vox Populi no ano passado (68,3%). Tamanha satisfação só é possível por meio de um trabalho que tem como foco as necessidades e desejos dos médicos que, por sua vez, enxergam no sindicato uma instituição de credibilidade, pronta para representar bem a categoria e defender o médico nas mais diversas frentes. Hoje, pode-se dizer que o SindMédico-DF é uma organização moderna, atuante e gerenciada de maneira profissional, que se preocupa em atender unicamente seu cliente: o médico. Lógico que este processo não aconteceu da noite para o dia. O sindicato se orgulha de sua trajetória, formada por gestores que ano-após-ano, trouxeram suas contribuições e oxigenaram as idéias de se fazer um sindicato mais forte um pouco mais a cada dia. Uma caminhada segura e consistente de manter ao longo de sua história, a única filosofia da instituição que deve ser preservada: ser a casa e a causa do médico. O Sindicato dos Médicos do DF se orgulha de ser uma entidade de resultados, sem vinculação com partidos políticos, movimentos religiosos ou outras instituições da sociedade civil organizada. Acreditamos sim, que todas elas devam existir e estruturar em seu meio os interesses que lhe cabem. Sendo livre para cuidar do médico, podemos atuar de maneira enfática em prol da categoria e também acolher em nosso meio, todos os pensamentos e correntes ideológicas, que encontram no sindicato, um ambiente fértil ao debate que promova o sentimento de coletividade. É por isso que o sindicato conseguiu unir a classe médica e retirar dela, os melhores indicadores de aprovação, tão desejados por todos e somente conquistados por poucos. Poderia tamanha confiança depositada pelo médico no sindicato ser elemento de descanso. Mas se tem uma coisa que apreendemos à frente da instituição é que há sempre novas barreiras a transpor. Lembremos que alguns anos atrás, sequer o médico era assim nominado enquanto profissional da Secretaria de Saúde do DF. Não só passou a ser chamado de médico, como conquistou um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). Diga-se de passagem, o primeiro PCCS do Brasil. O mesmo, porém, que atualmente está na mira do próprio sindicato para ser reformulado, permitindo uma drástica redução nos níveis de referência, para que os colegas tenham uma ascensão mais rápida no serviço público, bem como permitir aos profissionais em início de carreira, melhores ganhos salariais. Nesta lógica, estamos reconstruindo algo importante conquistado no passado, para servir melhor ao médico no futuro. Não bastam apenas boas idéias, para manter o sindicato forte, unido e representativo da classe é preciso desejar fazer, saber fazer, querer fazer e por fim, fazer juntos, pois a nossa força está no sentimento de fraternidade que nos une agora e continuará unindo no futuro.

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S u m á r i o

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Entrevista

Fórum

Cresce a aprovação do SindMédico

Nova ação doPrecatório

40 horas paraRadiologia

Fabíola NunesNova Secretaria de Saúde

PôquerUma lição de vida

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18

Jurídico

Aconteceu

Itinerante

Capa

Vida Médica

Artigos

XII Encontro Nacionalde Entidades Médicas

Sindicato conclui visita aosCentros de Saúde

27RegionaisConselho Gestor do HBDF

26SindicaisParceria em defesa

dos aposentados

24EspecialEleições SindMédico 2010

Opinião - 5

Estratégia - 21

Vinhos - 28

Literárias - 30

Presidente

Vice Presidente

secretário Geral

2º secretário

tesoureiro

2º tesoureiro

diretor Jurídico

diretor de inatiVos

diretora de ação social

diretora de relações intersindicais

diretor de assuntos acadêmicos

diretora de imPrensa e diVulGação

diretor cultural

diretores adJuntos

conselho editorial

editor executiVo

Jornalista

diaGramação e caPa

Fotos

ProJeto GráFico e editoração

anúncios

GráFica

sindmédico/dF

Dr. Marcos GuteMberG Fialho Da costa

Dr. Gustavo De arantes Pereira

Dr. eMManuel cícero Dias carDoso

Dr. JoMar aMoriM FernanDes

Dr. Gil Fábio De oliveira Freitas

Dr. olavo Gonçalves Diniz

Dr. antônio José Francisco P. Dos santos

Dr. José antônio ribeiro Filho

Drª. olGa Messias alves De oliveira

Drª. raquel carvalho De alMeiDa

Dr. lineu Da costa araúJo Filho

Drª. aDriana DoMinGues Graziano

Dr. Jair evanGelista Da rocha

Dr. antônio GeralDo, Dr. cantíDio, Dr. césar neves, Dr. DiMas, Dr. DioGo MenDes,

Dr. taMura, Dr. vicente, Dr. tiaGo neiva.

Drª. aDriana Graziano, Dr. antônio José, Dr. Gil Fábio Freitas, Dr. GuteMberG Fialho,

Dr. Gustavo arantes, Dr. DioGo MenDes, Dr. José antônio ribeiro Filho.

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79,2%

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O p i n i ã o

Brasília está às portas de um novo processo eleitoral. Escândalos recentes, levaram a população de boa fé, à descrença nos pro-jetos políticos de postulantes aos cargos públicos. De alguma forma, tais frustrações procedem, mas em contrapartida, por uma questão de cidadania, não podemos embar-car na retórica do pessimismo e do descré-dito nos homens e nas Instituições. O resgate destes valores é essen-cial à sobrevivência da democracia, e só se fará com a participação efetiva das pessoas de bem, sendo fundamental o envolvimen-to dos segmentos da sociedade formadores de opinião. Nós médicos, estamos neste gru-po, e precisamos nos fazer presente com realce, para atingirmos tais objetivos. Graças à luta perseverante das En-tidades Médicas, o espírito associativo ga-nhou corpo entre nós e já é uma realidade no meio médico. A mobilização em torno de nossos interesses é uma questão de or-dem e não temos o que postergar mais. O Ato Médico, o Ensino Médico, a política de recursos para o SUS, o plano de cargos e salários, a carreira de Médico de Estado, dentre outros, são problemas levantados, discutidos e resolvidos no âm-

bito político. A sobrevivência da dignida-de profissional do médico, passa por estas questões. A conclusão lógica, é que não podemos torcer o nariz ante o Congres-so Nacional, as Câmaras Legislativas e os Gabinetes Governamentais; muito pelo contrário, temos que nos fazer presentes nestes Fóruns. É necessário pois, elegermos cole-gas comprometidos com a categoria, com a bandeira associativa das Entidades. Co-legas que zelem pelo exercício da boa me-dicina, cobrando dos gestores, condições dignas de trabalho para o médico. Colegas que em consonância com a realidade do País, assumam postura firme em defesa do SUS, exigindo o cumprimento das leis, que prevêem recursos para a Saúde. Colegas que estejam atentos aos compromissos do Governo com o sistema privado, honrando acordos. Enfim, pessoas que entendam o pensamento médico. Para viabilizar nossas propostas, precisamos eleger em todos os níveis, po-líticos que nos dêem suporte e que estejam em sintonia conosco. Opções sérias existem e temos candidatos com este perfil. Vamos votar em quem tem a nos-sa cara.

O médico e as eleições

Lairson Vilar RabeloPresidente da AMBr

79,2%

68,3%

20,6%

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POSITIVA NEM NEGATIVA NEM POSITIVA NEGATIVA NS/NR

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BASE 100% DOS ENTREVISTADOS

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E n t r e v i s t a

Secretaria vai rever contratos

Na entrevista desta edição, a atual secretária de Saúde do DF, Fabíola de Aguiar Nunes, fala sobre assuntos, como a autonomia financeira dos hos-pitais e contratos questionados pelo MP ou TCDF. A trajetória profissional da Secretária é norteada no campo do setor público, especialmente nas áreas de serviços e ensino. Mestre em saúde pública, com concentração em Adminis-tração Hospitalar e Serviços de Saúde pela Universidade da Califórnia (EUA), ela já dirigiu a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre 2001 e 2003.

REVISTA MÉDICO – A autonomia dos diretores é uma das principais motiva-ções daqueles que defendem a recupe-ração do modelo de gestão preconizado pela antiga Fundação Hospitalar. Você defende essa vertente? Fabíola Nunes: Eu não tenho uma po-sição, quero e gostaria, de ter tempo de deixar os diretores com maior responsa-bilidade sanitária e mais autonomia. Só que esta autonomia tem que ser estu-dada e negociada, porque não é eficien-te. Por exemplo, se todos os diretores comprarem medicamentos, isso seria o paraíso da indústria farmacêutica, mas não é a melhor aplicação do recurso fi-nanceiro, por exemplo. Algumas compras nós iremos manter centralizadas, outras

teremos que descentralizar. Na regionali-zação, a gente tem que estudar o que vai ficar com quem e, como vai ser essa auto-nomia. Porque ao final das contas, mes-mo que a gente se responsabilize por uma determinada coisa no conjunto, somos todos responsáveis pela população que mora ou trabalha no DF. Temos que fazer isso com cuidado. Por isso, nós demos um primeiro passo, estamos discutindo uma finalização de como receber e usar esse recurso, eles terão isso daí, porém a regionalização parte mais adiante, que eu espero ter tempo de dar nesses seis me-ses. Iremos discutir antes como é que vai ser feito, o que vai ficar com quem.

REVISTA MÉDICO – Esse recurso já têm valores definidos?

Fabíola Nunes: Esse recurso, quando eu cheguei aqui, já estava definido em função de alguns critérios. Por exemplo, população e fa-turamento dos hospitais. Eu também não vou ficar revendo todas as coisas, isso é um critério técnico. Agora o que queremos aprofundar é na regionalização, mas isso será objeto para uma próxima questão.

REVISTA MÉDICO – Chegaram denun-cias ao sindicato com relação a con-tratação de novos médicos. Alguns funcionários da rede informaram ao sindicato que a lista de remoção não estava sendo seguida. Como poucos médicos estavam querendo assumir, devido a localização da unidade em que foi lotado, nestes casos, a secretaria estaria oferecendo uma vaga no local

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Fabíola de Aguiar Nunes

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E n t r e v i s t a

que o selecionado trabalharia? Isto está acontecendo? Fabíola Nunes: Até onde eu sei, nós tenta-mos realmente fazer com que um número maior de pessoas que fossem nomeadas e entrassem. A gente trocava quando era um problema regional, por exemplo, “Eu não quero ir para Samambaia, mas eu iria para o Paranoá. Eu não iria para Sobradinho, mas eu iria para a Ceilândia ou vice-versa. Para o Plano não! Porque, se fizermos isso no Plano Piloto, o que vai acontecer é que terá uma insatisfação geral com as pessoas que estão ía há mais tempo.” Temos notí-cias, estamos atuando nisso, que antes de chegarmos aqui houve muita remoção por critério político. Identificado, nós estamos revertendo isso junto com os diretores dos hospitais. E tem histórias que são até esca-brosas. A impressão que eu tenho, mas não quero afirmar porque não sei, é que houve uma negociação política que se deu, entre aspas. Tem um caso concreto que nós identificamos e estamos demitindo a pes-soa. Ele pegou um cargo de chefia, a pessoa que anteriormente estava executando esse cargo com um conjunto de tarefas passou o serviço e essa pessoa recém nomeada, que ficou tão indignada, disse: “Eu não vim aqui para fazer isso não, você não sabe? Eu vim aqui pra fazer política”. Então, que ele vá fazer política com o dinheiro do candidato dele. Nós estamos identificando essas situ-ações e nós estamos mudando. Estamos re-vendo as remoções dos últimos dois meses. Estou trocando pneu e correndo. Só tenho seis meses. O melhor projeto depois do pra-zo político não vale para nada. Estou vendo o que é exequível fazer em seis meses. Po-rém, não gostaria de reverter isso! Uma das condições que eu coloquei ao governador é que na saúde o lado político-partidário não vai ser considerado. E eu não estou conside-rando. Eu recebo deputados, recebo. Quem quiser vir aqui falar comigo no escritório pode vir, agora não me venha pedir para re-mover sicrano, botar beltrano, que eu não vou considerar. Simplesmente eu vou fazer assim. Não sou filiada a partido nenhum, sou eleitora da Bahia, nunca tive interesse político-partidário. Toda vida me meti na

política de saúde, então minha missão é para isso. Fora disso, tem todos os médicos aí pra serem atendidos, se ele me escolheu é porque queria isso. E o governador tem me dado apoio no sentido de que é isso que ele quer. Ele é o governador da saúde. Então, para isso, conte comigo.

REVISTA MÉDICO - Em relação a con-tratos. Existem alguns da SES que já vem há anos sendo questionados. Um deles, o contrato da empresa Sanoli, foi feito a caráter de emergência. Se-gundo a procuradoria do TCDF, há mais de cinco anos foi pedindo para que se separasse a licitação de limpeza, segu-rança e alimentação. Com a separação, abriria uma concorrência mais justa e impediria possíveis direcionamentos. Fabíola Nunes: Uma das prioridades é re-ver esses grandes contratos. Eu tirei a Sa-noli do Hospital Universitário. Eu que to-mei a frente e tirei. Tenho orgulho de dizer isso. Agora eu não sei se em 6 meses a gente pode trabalhar uma alternativa à Sanoli. O que a gente pode sim trabalhar é para ter um contrato mais justo e melhor. O que não podemos permitir na licitação é o direcionamento. O Dr. Hebert, que está encarregado disso, talvez saiba mais. Mas, ele está revendo os grandes con-tratos. Segurança, limpeza, administração e laboratório. Veja bem, temos que fazer isso de uma maneira que seja justa, porém que atenda a população e que a gente não fique tão vulnerável. Eu tinha o Restaurante Universitário na minha retaguarda e a Esco-la de Nutrição, então pude fazer um plano lá com o apoio do reitor e do diretor do hospi-tal para tirar a Sanoli e o hospital absorver tudo. Mas também, os gastos com a Sanoli já estavam superando o faturamento do hospital.

REVISTA MÉDICO – A Sra. pretende procurar as entidades e colher as de-mandas das classes para servir de base no seu plano de gestão?

Fabíola Nunes: Eu estou precisando “to-mar pé” da Secretaria e nós dois juntos, Hebert e eu, estamos estabelecendo uma

relação com os diretores de hospitais em reuniões semanais, para que a gente come-ce a delegar um pouco mais a eles. O aten-dimento à população não pode ficar mais prejudicado do que já está. Eu não posso buscar o perfeito e deixar a população desa-tendida. Estou criando essas bases, traba-lhando num projeto comum. Com certeza eu conto e vou buscar o apoio das entidades de classe.

REVISTA MÉDICO – Dentro do gover-no você acha que vai ter, não só do go-verno, mas também dos políticos apoio para realizar tudo aquilo que almeja. Você acha que vai ter o apoio de todos os lados?

Fabíola Nunes: Até aqui eu não tenho pro-blema nenhum. Tudo que eu pedi foi feito. Eu cheguei dizendo que quero todos os con-troles possíveis. Eu quero transparência. Irei reorganizar o Conselho de Saúde, para que ele realmente seja um conselho popu-lar. Agora é trabalhar, transparente e no diálogo, com bons projetos, com pessoas boas que estão querendo mudar. Vou ver se consigo mudar alguma coisa. Eu acredito, por isso que eu assumi.

“Quem quiser vir aqui falar comigo no escritó-rio pode vir, agora não me venha pedir para remover sicrano, botar beltrano, que eu não vou considerar.”

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F ó r u m

A Proposta de Emenda à Cons-tituição (PEC) nº 555/2006, que trata da extinção da contribuição previdenciária por parte de servidores já aposentados, de autoria do ex-deputado Carlos Mota é dis-cutida com prioridade entre sindicalistas, servidores aposentados e pensionistas. A PEC revoga o artigo 4º da Emen-da Constitucional 41, de 2003, que insti-tuiu a reforma da Previdência, alterando a Constituição Federal de 1988. Após tra-mitar na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o processo segue para o Plená-rio, onde precisa ser votada em dois turnos. O autor da proposta, Carlos Mota sustenta que a contribuição dos inativos foi uma das mais injustas medidas já tomadas contra os servidores aposentados. De acordo

ele, a contribuição foi imposta devido à difícil situação, à época, das contas da Previdência e não deve se perpetuar. Em junho, o SindMédico-DF se filiou ao Movimento dos Servidores Apo-sentados e Pensionistas (Mosap) e ganhou mais um aliado para pressionar o Congres-so Nacional, na aprovação desta PEC. A contribuição previdenciária foi instituída em 2003 e, em seguida, considerada in-constitucional pelo Supremo Tribunal Fe-deral (STF), porém por forças políticas, foi declarada novamente constitucional. “Os argumentos são diversos, dificuldades na Previdência e por aí afora”, declara Edson Guilherme, presidente do Mosap. Para o presidente do Mosap, a união de sindicatos, entidades, federações e dos

Fim do fator previdenciário tramita na Câmara dos Deputados

O QUE DIZ O ART 4º:“Art. 4º Os servidores inativos e os pensionis-tas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, em gozo de benefícios na data de publicação desta Emenda, bem como os al-cançados pelo disposto no seu art. 3º, contri-buirão para o custeio do regime de que trata o art. 40 da Constituição Federal com percen-tual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.”

A classe médica comemora a apro-vação e sanção da lei nº 4480/2010, que permite a jornada de trabalho de 40h aos médicos da radiologia, radioterapia e medi-cina nuclear. No dia 01/07 o governador do DF, Rogério Rosso, sancionou a lei, que já havia sido aprovada na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O SindMédico-DF se empenhou para que esta antiga reivindicação torna-se realidade. Para alcançar mais essa vitória para a classe médica, a iniciativa do Sindi-cato contou com o trabalho político e par-lamentar realizado pelo deputado distrital, Dr. Charles (PTB/DF) (foto ao lado), que le-vou a reivindicação ao GDF.

Segundo Dr. Charles, a aprova-ção da lei é uma vitória dos profissionais da área, do sindicato e de toda a socie-dade. “Há mais de 20 anos a categoria luta por isso. É uma forma de prestar um atendimento melhor para os pacientes, porque você valoriza o funcionário. Isso é de fundamental importância para o pro-fissional e para os que precisam da saú-de”, destacou o deputado. Ainda ressal-tou a importância do SindMédico-DF na aprovação da lei. “O sindicato foi funda-mental, sempre lutou pela categoria, cor-reu muito, tivemos muitas dificuldades. Mas hoje podemos comemorar”, concluiu Dr. Charles.

Aprovada a jornada de 40h para os médicos da radiologia, radioterapia e medicina nuclear

O QUE DIZ A LEI:“Os ocupantes do cargo de Médico em Saú-de, na especialidade Médico em Radiologia, Medicina Nuclear e Radioterapia, ficam submetidos à jornada de 20 (vinte) horas semanais de trabalho, podendo ser concedi-do o regime opcional de 40 (quarenta) horas semanais, nos termos da legislação vigente.”

Em carta, o SindMédico-DF se posicionou contrário a resolução sobre pu-blicidade médica, que deve ir ao plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM) em novembro. O Sindicato acredita que a iniciativa irá fragilizar ainda mais a se-gurança dos médicos que trabalham nos pronto socorros das grandes cidades e re-giões de alta criminalidade.

A resolução, proposta pela Comis-são de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame), estabelece regras, onde os pa-cientes deveriam ter acesso a informações precisas sobre os médicos que os aten-dem, como: nome, número de registro e especialidade (os dados ficariam expostos em carimbos, jalecos e placas de identifi-cação). A decisão foi tomada em reunião

realizada em 31 de março, em Brasília/DF, com a participação de representantes dos Codames regionais. Para o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, “a segurança desses profissionais praticamente não existe. Além de expor o profissional, o médico ainda pode-rá responder uma sindicância por não cum-prir uma resolução nesses termos”, concluiu.

SindMédico contra à resolução da publicidade médica

próprios servidores aposentados é funda-mental para a vitória no Congresso. “ Quanto mais servidores, aposentados ou não, se uni-rem para garantir seus direitos, melhor será para o futuro dos futuros e dos atuais aposen-tados”, concluiu Edson.

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F ó r u m

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J u r í d i c o

O SindMédico-DF entrou com Ação de Repetição de Indébito, relativa ao precatório 449/94. Ela visa ressarcir os re-cebimentos por parte da Receita Federal do Brasil, relativos ao imposto de renda sobre os juros do precatório, recolhidos indevida-mente pelo órgão. Na prática, a causa pode-rá colocar no bolso do médico que faz parte deste grupo, valores que podem alcançar o patamar acima dos R$ 200 mil reais, se-

gundo estudos elaborados pela Advocacia Riedel, considerando a situação e enqua-dramento fiscal do atingido pela ação. O pagamento deste precatório foi uma conquista histórica, diante de uma causa antiga da categoria, demonstrando que uma boa articulação junto a outros ór-gãos e uma base de apoio significativa no meio médico possibilitou o feito. Agora, a expectativa da atual gestão do sindicato é

fazer mais esta justiça com este grupo e dar celeridade aos demais agrupamentos de médicos que ainda estão com precatórios em aberto para pagamento, cuja quitação já deverá evitar esta mordida indevida do “leão da receita”. O governo já pagou mais de R$ 200 milhões em precatórios, e cerca de mil servidores foram contemplados de 2006 a 2010, contudo ainda há servidores que aguardam a indenização.

Nova ação para restituição de perdas com GDATA

O SindMédico-DF informa que obte-ve liminar suspendendo os descontos da Gra-tificação por Condições Especiais de Trabalho (GCET) e Gratificação de Incentivo às Ações Básicas de Saúde (GIABS) no período de afas-tamento dos médicos (férias, licenças médicas,

acompanhamento, maternidade e adoção). A medida foi feita após o ajuiza-mento da ação que solicita a manutenção do pagamento destas gratificações. A Assesso-ria Jurídica do sindicato lembra que obteve sentença favorável na manutenção do paga-

mento da GCET aos médicos dos Centros de Saúde do Núcleo Bandeirante e Recanto das Emas. O GDF havia suspenso o pagamento do benefício desses colegas, por não estarem cadastrados no programa Saúde da Família, em turnos noturnos e nos finais de semana.

Precatório 449/94: nova ação voltará a beneficiar financeiramente mais de 400 médicos

Os servidores públicos federais aposentados e pensionistas, que continua-ram a receber a Gratificação de Desempe-nho de Atividade Técnico-Administrativa (GDATA), com a nomenclatura alterada e sofreram prejuízos, em razão da discrimi-nação ocorrida entre a pontuação fixada, têm o direito de reivindicar o pagamento da mesma no Judiciário. A gratificação foi instituída pela Lei nº 10.404/2002. Após 2004, por meio de novas edições normativas, os servidores da Saúde do Poder Executivo continuaram a receber a gratificação de desempenho,

porém as mesmas são nomeadas de acordo com o órgão ao qual está vinculado. Ainda em 2004, foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que servidores inativos têm direito em rece-ber os valores correspondentes ao perío-do de junho/2002 até a conclusão do ciclo de avaliação, como determina a Lei nº 10. 971/2004. A partir dessa data, os valores devem ser os correspondentes a 60 pontos. Em 2009, o STF confirmou o respeito à equiparação do pagamento da gratificação de desempenho entre ativos e inativos.

O SindMédico-DF convoca seus fi-liados interessados em reivindicar a equiparação apresentam os seguintes documentos:

- Procuração com firma reconhecida;- Cópia da identidade- CPF- Fichas financeiras de maio/2004 até o momento- Contrato de Honorários com firma reconhecida;

Liminar suspende desconto de gratificações nos períodos de afastamento

Mandado de injunção federal foi regulamentado Os médicos da área federal já podem solicitar a contagem diferenciada do tempo de serviço insalubre para efei-to de aposentadoria. Será mantido a in-tegralidade e a paridade, o formulário de requerimento já está disponível na sede

do SindMédico-DF. O Mandado de Injun-ção nº 837/2008 foi regulamentado pela orientação normativa SHR/MPOG Nº 6, de 21/06/2010, do Ministério do Planeja-mento. O sindicato aguarda o resulta-

do da ação judicial que objetiva o cum-primento do Mandado de Injunção, para profissionais do DF. No dia 28/06, os sindicalizados aprovaram em assembléia extraordinária realizada na sede do Sind-Médico-DF, o ajuizamento desta ação.

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A c o n t e c e u

Com o tema, “O Médico e a Reali-dade Brasileira”, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) realizou em São Paulo um dos principais eventos do seu calendá-rio anual, o X Congresso Fenam, nos dias 18 e 19 de junho. Além dos relevantes de-bates para o movimento médico brasilei-ro, os participantes também elegeram a nova diretoria da entidade para o biênio 2010/2012 durante o evento, que foi trans-mitido ao vivo, via internet. O Congresso da Fenam recebeu cerca de 130 delegados com direito a voto, entre eles estavam representando o Sind

Médico-DF as diretoras, Olga Messias e Raquel Almeida, além do diretor Jurídico, Antônio José, que foi reeleito Secretário de Assuntos Jurídicos na nova Diretoria da Fenam. No mesmo dia, o vice-presidente do sindicato, Gustavo Arantes e a diretora de Relações Intersindicais, Raquel Almeida, assumiram a representação do Distrito Fe-deral, na Federação Nacional dos Médicos Centro-Oeste e Tocantins. Outros temas foram discuti-dos durante o evento, como: a formação médica; escolas de medicina; residência médica e a revalidação de diplomas e tí-

tulos de especialistas; mercado de traba-lho e remuneração; o Plano de Carreiras, Cargos e Vencimento (PCCV), carreira de estado e o trabalho médico na saúde su-plementar. O evento é classificado pela Fe-nam, como um grande momento de ava-liação e definição das diretrizes e ações que serão desenvolvidas nos próximos dois anos em favor do médico brasileiro que, nos últimos anos, vem sofrendo um pro-cesso de desvalorização, principalmente por conta da baixa remuneração e falta de condições de trabalho.

SindMédico-DF participa do X Congresso da Fenam

Brasília recebeu o XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), de 28 a 30 de julho. O SindMédico-DF participou do evento, que discutiu e tomou providências sobre temas importantes para o futuro da classe médica. Cerca de 500 representantes de entidades médicas de todo o país estiveram presentes. O diretor Jurídico do SindMédico-DF, Antônio José, a diretora de Ação Social, Olga Messias, e a diretora de Relações Intersindicais, Raquel Almeida, participaram do evento. Os principais temas discutidos foram: formação médica, SUS, políticas de saúde e relação com a sociedade, mer-cado de trabalho e remuneração. O Enem também foi palco da posse da nova diretoria da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). O diretor Antônio José, foi reeleito no cargo de Secretário de Assuntos Jurídicos para o biênio 2010/2012. A nova diretoria é composta pela presidência, do doutor Cid Carvalhães, duas vice-presidên-cias, 11 secretarias, oito diretorias, seis regionais e o Conselho Fiscal.

Pré-Enem Norte/Centro-Oeste foi preparatório para o XII ENEM O SindMédico-DF também participou do Encontro Nacional das Entidades Médicas (Pré–Enem), das Regiões Norte e Centro-Oeste, que foi realizado nos dias 4 e 5 de junho, em Belém (PA). A edição finalizou a série de encontros regionais que antecederam a realização do XII Encon-tro Nacional de Entidades Médicas (ENEM). No último dia do evento, o presidente do Sindicato dos Médi-cos do DF, Gutemberg Fialho, presidiu a mesa que debateu “A relação dos médicos com a sociedade” (relação com a mídia, relação com o Judiciário, participação dos médicos no controle social), que teve como conferente Alceu Pimentel, da Comissão Pró-SUS do CFM.

O XXII ENEM aprovou proposta importantes para os médicos

Carta Brasília leva as decisões do Enem para os candidatos majoritários Durante o evento, mais de 35 pontos foram aprova-dos em Plenário, essas decisões compuseram a Carta Brasília, cujo o objetivo é encaminhá-la às autoridades públicas, como os candidatos majoritários; os médicos e a sociedade. Um dos destaques na carta foi a defesa de um salário mínimo profissio-nal, com a proposta de R$ 8.593,00 para 20h semanais, com reajuste anual. Outra bandeira antiga das entidades também foi in-cluída: o grupo decidiu lutar para aprovar a Proposta de Emen-da Constitucional nº 454/09, que irá criar a carreira de Estado para os médicos. A adoção de concurso público para preencher o quadro de funcionários das Unidades de Pronto Atendimen-to (UPAs), também foi inserida no documento.

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A c o n t e c e u

18/7 foi realizada a tradicio-nal festa junina promovida pela As-sociação Médica de Brasília (AMBr). Com tema inspirado no cinquentená-rio, Forró Brasília 50 anos, as atrações ficaram por conta das bandas Squema 6, Balalaica e Xamego Bom. Neste ano, além da música, o buffet Coffee Break voltou a ser um dos grandes destaques da festa, com comida de qualidade até o fim da festa.

O público pode desfrutar de um ótimo espaço para dançar e cerca de 20 barracas mostraram uma sabo-rosa diversidade em comidas típicas e bebidas. Para quem queria esquen-tar ainda mais a noite fria, também teve a oportunidade de degustar uma aguardente na barraca da cachaça. As crianças não ficaram de fora da festa, para elas a diversão garantida no touro mecânico.

O SindMédico-DF compareceu ao Arraiá Julino do Hospital Regional de Planaltina (HRP), que foi realizado nos dias 9 e 10 de julho, no estacionamento interno da unidade. O presidente, Gu-temberg Fialho, e o vice-presidente, Gus-tavo Arantes, compareceram na festa da noite de encerramento (foto ao lado). Quem conferiu pode se deliciar com as comidas e bebidas típicas, partici-par de bingos, leilão de prendas, apresen-tação de quadrilha, sorteios e fogueira.

Porém, o mais aguardado da festa foi o fa-moso ‘forrozão’. Na sexta-feira, o som fi-cou por conta da banda Skema Sertanejo e no sábado a dupla João Elói e Augusto. A festa Julina do HRP já é tradicional no calendário de eventos da cidade e marca uma integração dos servidores da saúde com a população. Todo dinheiro arrecadado será usado em pequenas reformas no hospital, com a finalidade de melhorar o conforto de servidores e pacientes.

Arraial da AMBr resgata seu prestígio

HRP comemora o tradicional Arraiá Julino

Sociedade Brasileira de Catarata tem nova gestão O médico oftalmologista do Distrito Federal, Leonardo Akaishi (foto ao lado) assumiu no dia 22/05, em Natal/RN, a presidência até 2010 da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intraoculares (SBCII) com a missão de minimizar as conseqüências do paciente com catarata. Por ano, 550 mil pessoas são diagnosticadas com a doença. Mesmo o problema sendo reversível, destas, apro-ximadamente 150 mil acabam cegas e passam da condição de cidadãos produ-

tivos, para dependentes da Previdência. O objetivo de Akaishi é colocar o país em destaque no cenário internacional da ca-tarata, com o estímulo à produção cien-tífica e à inovação alinhada ao que há de mais avançado no mundo. Leonardo Akaishi, foi homena-geado pelos colegas do Hospital Oftal-mológico de Brasília (HOB), onde é di-retor pela posse na SBCII. A diretora de Comunicação e Imprensa do SindMédi-co-DF, Adriana Graziano, representou o sindicato no evento.

Page 13: Revista 82

1 3R e v i s t a M é d i c o

A c o n t e c e u

No dia 11 de junho, o presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fia-lho, participou a cerimônia de entrega do III Prêmio Gestor de Excelência, às 20h30, no Espaço da Corte (foto ao lado). Os ven-cedores foram: na categoria Ouro: a fisio-terapeuta Tatiana Rodrigues Cardoso – Fi-sioterapia Anchieta. Prata: o oncologista Bruno Oliveira Carvalho – Clínica CEON; e Bronze: o otorrinolaringologista Gusta-vo Miziara – Clínica COTTA. O prêmio é baseado nos critérios do Programa Nacional de Qualidade – PNQ, desenvolvido pelo Hospital Anchieta, com o objetivo de alinhar a gestão dos co-

ordenadores dos serviços parceiros ao Sistema de Gestão da Qualidade, que rege o hospital desde 1998. Com o propósito de incentivar a partici-pação dos parceiros, o hospital ofe-rece aos melhores colocados, troféus e prêmios. Cada parceiro, após análi-se de fechamento de ano, recebe a visita da comissão avaliadora. São ressaltados os seguintes aspectos: liderança, estratégias e planos, cliente, sociedade, informações e conhecimentos, pessoas, processos e resultados Internos.

O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, nomeou como nova Procuradora-Geral de Justiça do Distri-to Federal e Territórios, Eunice Pereira Amorim Carvalhido. Ela foi a segunda colocada em lista tríplice com os candida-tos ao cargo. Em eleição realizada no dia 1º de junho, Eunice recebeu 155 votos, Carlos Al-

berto Cantarutti, primeiro colocado, ficou com 176 votos e Diaulas Costa Ribeiro, em último, obteve 133 votos. A nomeação da nova Pro-curadora de Justiça foi publicada no Diário Oficial da União no dia 1° de julho. Eunice vai ficar à frente do Ministério Público do DF e Territó-rios até 2012.

SindMédico-DF participa de noite de premiação no Hospital Anchieta

Procuradoria de Justiça do DF tem novo nome

No dia 02/06 foi inaugurado o Ins-tituto Santa Marta de Ensino e Pesquisa, com a presença dos diretores do hospital e do instituto. Na oportunidade, o presiden-te do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho (foto ao lado), representou a classe. O novo espaço contempla a impor-tância de reuniões e estudos, com conforto,

funcionalidade e privacidade. Estra-tegicamente localizado, ao lado da diretoria Médica, o Instituto terá a finalidade de desenvolver o Corpo Clínico, disseminando e aperfeiçoan-do o conhecimento médico, através do fomento de ensino e pesquisa, nas suas diversas formas e mídias.

Inaugurado instituto de pesquisa do Santa Marta

O SindMédico-DF, expõe todo nosso sentimento pela a perda recente dos colegas: Dr. Evandro de Oliveira Cunha, uro-

logista, Ex-Diretor Geral do Hospital Urológico de Brasília (12/11/1953 – 24/07/2010). Dr. Dagmar Eugenia Maria de Souza,

obstetra, (23/10/1928 – 14/07/2010). O sindicato reconhece e agradece aos cole-gas os serviços prestados para medicina da capital. E se solidariza aos familiares.

Obituário

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A avaliação positiva que os médicos fazem a respeito do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal subiu mais de 10 pontos percentuais no último ano, segundo levan-tamento feito pelo Instituto Vox Populi. Pelos dados apurados entre 2009 e 2010, o índice de aprovação da instituição passou de 68,3% para 79,2%. O dado revela que cada vez mais a categoria respeita a instituição e confia no trabalho que ela faz em favor do médico. Isto pode ser comprovado pela pró-pria pesquisa em dois quesitos abordados

pelo Vox Populi. Em primeira análise estão os motivos que levam o médico a se sindicalizar. Os três principais indicadores foram “contar com um órgão que reivindique os direitos da classe” (26%); “pelos serviços de assessoria jurídica” (23,8%); e “para fortalecer a classe médica” (20,7%). Em segunda análise, obser-va-se os pontos que os médicos mais acham positivo com relação a atuação do sindicato. Neste item aparece em primeiro lugar “luta por melhoria salarial” (22,1%); “maior atu-ação com relação aos interesses da classe” (20,6%); e “Assessoria Jurídica” (19,2%). Observando estes dados coleta-dos, vê-se que o médico reconhece que o sindicato faz um ótimo trabalho no sentido de lutar pelos interesses da categoria e ain-da presta um excelente serviço de defesa do médico, por meio de sua assessoria jurídi-ca. O grande destaque é a avaliação positiva que os colegas fazem à respeito das lutas salariais. Isto pode ser comprovado com a ampliação do percentual da Gratificação de Atividade Médica na Campanha Salarial de 2008, onde ela passou de 180% para 230% do valor de referência do salário do médico; e, posteriormente, na Campanha Salarial de 2009, quando a entidade con-

seguiu a incorporação da mesma GAM ao vencimento base do profissional médico. A própria gratificação foi analisada pela pesquisa, onde 87,4% dos médicos em geral, disseram que a incorporação dela foi po-sitiva. Este dado se confirma inclusive entre os médicos mais jovens, abaixo de 40 anos, onde 85,9% aprovaram a conquista. Até mesmo junto aos médicos da iniciativa privada – que não recebem esta gratificação - a medida reper-cutiu positivamente, já que 86,2% disseram que a incorporação da GAM foi positiva. Segundo o presidente do SindMé-dico-DF, Gutemberg Fialho, a repercussão da incorporação da GAM deverá ser ainda maior em 2011, quando ela será integral-mente incorporada ao salário, refletindo uma segurança jurídica contra a extinção dela e impactos percentuais nas demais vantagens que são computadas com base no vencimento. “Pela primeira vez estamos vendo nossos salários se aproximarem do teto estabelecido em lei”, ilustra ele. Ainda na pesquisa feita pelo Institu-to Vox Populi, foi feita uma estratificação so-bre a atuação feita pelo Sindicato aos médicos e novamente a questão salarial ficou em pri-meiro lugar, com 81,6% de avaliação positiva.

Gutemberg FialhoPresidente

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C a p a

Médicos confiam cada vez mais no sindicato

Avaliação que o médico faz do sindicato

Page 15: Revista 82

Avaliação que o médico faz sobre a incorpora-ção da GAM ao salário de base

1 5R e v i s t a M é d i c o

C a p a

Motivos que levam o médicoa se sindicalizar

Avaliação da atuação do sindicato em cada um destes quesitos

Base

Base 100%

100%

Aspectos positivos da atuação do sindicato

Page 16: Revista 82

Outro fator que está associado a este crescimento da aprovação do Sindicato dos Médicos do DF junto a sua base, em mais de 10% em um ano, está o trabalho que o sin-dicato fez em aproximar a instituição do colega médico no local de trabalho, por meio do Projeto SindMédico & Você, que de maneira itinerante levou a prestação de serviço para hospitais e centros de saúde. Segundo a pesquisa, 82,4% dos médicos conhecem ou já participaram do projeto e 86,5% aprovaram a iniciati-va. O maior indicador de aprovação da iniciativa por estrati-ficação veio inclusive dos médicos mais jovens (até 40 anos), onde 88,6% deles elogiaram o trabalho. Seguramente por te-rem menos tempo livre para se deslocar a sede do sindicato, a fim de cuidar de seus interesses. O sindicato itinerante circulou em 2009 pelos hos-pitais regionais; e em 2010, pelos centros de saúde do DF. A próxima fase vai ser levar o projeto para os hospitais priva-dos e centros comerciais particulares, onde a atividade médi-ca seja predominante.

MAIS E MELHORES SERVIÇOS A pesquisa ainda investigou os produtos e serviços ofertados para os médicos por meio de convênios. Os que mais tiveram destaque foram a Assessoria Jurídica (88,9%), seguida pela UTI Vida (82,1%), pelo Balcão da Contabilidade (81%) e planos de saúde (80,4%). Dos produtos mais utilizados pe-

los médicos observa-se que a Assessoria Jurídica aparece novamente em primeiro lugar, com 60,3% de indicação de uso en-tre os colegas médicos, seguido por des-contos em farmácias (32,6%) e planos de saúde (25,5%). Com estes dois quesitos, vê-se a importância do serviço de Assessoria Ju-

rídica para a classe médica, que é prestada de maneira gratuita para o colega médico. Outro aspecto de importância deste grupo de análise é o foco que o sindicato procura oferecer nas áreas de saúde do médico e familiares; assessoria contábil e convênios em educação. Todos eles com indicações superiores a 70%.

CADA VEZ MAIS PERTO DO MÉDICO

1 6J u l h o / A g o s t o 2 0 1 0

C a p a

Page 17: Revista 82

Desde 2009 o Sindicato dos Mé-dicos instituiu em seu planejamento es-tratégico a realização de pesquisa junto a um grande instituto nacional, que pudes-se fornecer subsídios para a melhor gestão do sindicato diante do seu quadro de cole-gas médicos. Esta é uma medida que vem auxiliando a profissionalizar ainda mais a atuação sindical, de modo a direcionar a atuação do SindMédico-DF para o que im-porta: representar e defender o médico. Neste aspecto, foi escolhido o Insti-tuto Vox Populi, reconhecido nacionalmente, com atuação em todo o território nacional e sede em Minas Gerais. Anualmente são fei-

tas coletas de dados que instruem o plano de trabalho da diretoria do sindicato e atesta se as atividades estão sendo bem conduzidas. Um resultado bastante importante deste trabalho é a expansão do nível de aprovação do SindMédico-DF, que em apenas um ano, cresceu mais de 10%. Para a pesquisa deste ano foram entrevistados 652 médicos pela técnica de telemarketing, assegurando ao estudo uma confiabilidade de 95% e margem de erro de apenas 5%. As coletas foram fei-tas entre 12 e 18 de junho e os resultados apresentados agora em agosto junto a ges-tão do sindicato.

Uma das principais preocupações do sindicato é conhecer bem os médicos de sua base, para poder sempre oferecer uma atuação de acordo com o pensamento cole-tivo da categoria. Com isso, se torna fun-damental compreender nossa composição. Pela pesquisa realizada, observa-se hoje que 57,9% dos sindicalizados são de homens e 42,1% de mulheres, mostran-do uma pequena predominância do públi-co masculino, quebrando o mito de que

sindicalismo “é coisa de homem”. Já com relação a idade, há uma distribuição mais homogênea dos sindi-calizados entre as faixas etárias, já que 27,6% dos médicos tem menos de 40 anos; 22,4% entre 41 e 50 anos; 29,1% entre 51 e 60 anos; e 20,9% com mais de 60 anos. Quando o assunto é o local de tra-balho, vê-se que 20,3% dos médicos esco-lheram atuar somente na iniciativa privada, mostrando uma tendência de crescimento

deste grupo. Nos que atuam somente no setor público, temos 45,9%. E dos que op-taram por trabalhar tanto no setor público quanto privado, estão 33,8% dos sindica-lizados. Um dado particular da categoria é que o médico não tende a trabalhar em ou-tro campo profissional. Para se ter uma idéia da importância de tal afirmativa, 95,8% dos colegas disseram não possuir outra atuação fora da Medicina. Dos que fazem outra ativi-dade, 2,1% são de professores.

QUEM SOMOS?

A PESQUISA

1 7R e v i s t a M é d i c o

C a p a

Page 18: Revista 82

1 8J u l h o / A g o s t o 2 0 1 0

I t i n e r a n t e

Sindicato Itinerante conclui visita a todos os Centros de Saúde

O Sindicato Itinerante esteve presente em 55 centros de saúde, em nove cidades. Na última fase do projeto, a equipe do SindMédico-DF esteve em seis cidades: Samambaia, Santa Maria, Gama, Guará, Taguatinga e Sobradinho. A última etapa iniciou no dia 26/04, as visitas ocorreram nas tardes de segundas

e quartas-feiras. Para alcançar a meta de finalizar o projeto em julho, o Sindicato Itineran-te seguiu o cronograma à risca. Durante as visitas, o SindMédico-DF acompa-nhou a realidade de trabalho de cada região administrativa, além de atender as demandas individuais dos médicos,

e que elogiaram a visita do sindicato no próprio local de trabalho. Aposentadoria, folha de paga-mento, benefícios e leis, foram algumas das principais dúvidas apresentadas pelos médicos durante o Sindicato Iti-nerante. Veja todas as fotos do projeto no nosso site: www.sindmedico.com.br

Dr. Marcos Cezar“Interessante. Não te-

mos tempo. É bom para

tirar dúvidas, por exem-

plo, eu não sabia desse

trabalho de revisão de

contra-cheque”

Dr Manoel Vanderlei“Válido. Muito im-

portante esse contato

direto.”

Drª Tatiana Lotfi“Parabenizo a iniciativa.

Excelente! O Sindicato

está nos prestigiando

e valorizando. É muito

bom para nós dos postos

sermos lembrados.”

Drª Janaína Amorim“É uma boa iniciativa

conhecer o ambiente de

trabalho e conversar com

os médicos. O diálo-

go é muito bom, pois

sindicato não é só para

salário é para condição

de trabalho também.”

Drª Lílian Lima“Ótimo. Estou há um

ano aqui e a primeira

vez que vejo o sindicato

nos postos. Muito boa a

iniciativa.”

Gama Sobradinho

Centro n° 6 Centro n° 1

Page 19: Revista 82

1 9R e v i s t a M é d i c o

I t i n e r a n t e

Em alguns centros, reuniões foram organizadas para esclareci-mentos e repasse de informações.

Os médicos mais jovens foram uma das grandes preocupações do projeto durante as visitas aos Centros de Saúde

Drª. Dione Figueiredo de Souza Finco“Não temos tempo de

ir lá, é bom que tiramos

algumas dúvidas.”

Dr. Álvaro Dalcomini“Excelente. Muito boa

essa proposta.”

Drª Mércia Almeida

Estrela Bernardo“É muito importante para

nossa classe. Antes não

era assim, não tínhamos

nem acesso ao sindicato.”

Drª Carla B.L dos Santos“É importante, pois sana-

mos nossas dúvidas. Esse

contato é bom, isso não

acontecia antes.”

Drª Sirlene Pudney“Muito importante, pois

o sindicato vê as con-

dições em que estamos

trabalhando.”

Drª Christiane Kono“É muito interessante,

tirei minhas as dúvidas.

A própria presença do Dr.

Gutemberg aqui é muito

boa.”

TaguatingaCentro n° 5

Centro n° 6

Page 20: Revista 82

2 0J u l h o / A g o s t o 2 0 1 0

I t i n e r a n t e

Drª. Kelen Cristina D. Rezende“É importante saber a

situação que a gente

trabalha. Muitas vezes

temos pacientes que

precisam de determi-

nada especialidade, nós

pedimos e custa sermos

atendidos. É excelente,

pois o sindicato pode ver

o que está acontecendo.”

Drª. Poliana Sousa de Abreu“Minha visão na posição

de médico mostra que

o sindicato está sempre

procurando defender o

profissional. O sindicato

vê os problemas de es-

trutura a as necessidades

dos colegas.”

Dr. Valter Eurázio Maranhão “Tenho visto a ação. É

inovadora e muito bem

vinda principalmente

para nós da periferia. É

muito confortante saber-

mos que temos o respal-

do da nossa categoria.”

Dr. Tiago Sasaki“Acho muito bom. Uma

atitude plausível. O lugar

do sindicato é mesmo do

lado do sindicalizado.”

Dr. Tiago Cestarolli “Nota 10! Só elogios.

Estando próximo, fica-

mos sabendo melhor os

serviços que o sindicato

oferece.”

Dr. Eduardo“Acho importante. Assim

o sindicato tem uma

idéia real da situação de

cada local.”

SamambaiaCentro n° 2

Centro n° 4 Centro n° 1

Drª Mônica Maria Madeira“Muito interessante.

Pois o sindicato pode

ver as dificuldades. E

ficamos sabendo de in-

formações importantes.”

Guará

Centro n° 3

Sindicato pode tirar dúvidas, apresentar os serviços que es-tão a disposição do médico e mostrar os novos valores sala-riais com a incorporação da GAM

O sindicato sempre foi muito bem recebido em todas as visitas que fez

Page 21: Revista 82

É fácil observar as dificuldades do cliente quando está em uma empresa de saúde. Em alguma medida, todos os negó-cios neste segmento vivenciam situações que colocam pacientes e prestadores em predisposição ao atrito. Senão vejamos al-guns exemplos: O usuário telefona, mas espera para ser atendido ou não consegue que alguém do outro lado da linha, atenda a chamada. Quando fala na empresa, não consegue marcar uma consulta. Quando consegue, o prazo é para muito distante. Se a consulta não for desmarcada até o dia agendado, quando comparece, falta autori-zação do convênio. Quando consegue au-torização, a consulta atrasa para ser feita. Todos estes episódios fazem referência so-mente ao primeiro momento de interação entre o cliente e a empresa, que consome boa parte da condição de encantamento e fidelização do primeiro junto ao segundo. É daí que vem a expressão: “a primeira im-pressão é a que fica”. Em todos estes momentos, a em-presa mesmo sem perceber, ativa pontos de contatos, que servem para estabelecer negociações, com resultados efetivos na divulgação e na venda de produtos e servi-

ços. Dependendo das objeções que o clien-te encontra, ele poderá basicamente adotar duas atitudes: não retornar ou fazer uma reclamação. Aos gestores e proprietários, esti-mulem a segunda via, pois o entendimento geral que existe, é que por detrás de uma reclamação, sempre existe um cliente que

deseja voltar a consumir. Ao ponto que no outro grupo, está a massa silenciosa de pessoas, que além de deixarem de adquirir o que você comercializa, cuidarão de contar a outros possíveis consumidores, os moti-vos pelo qual desistiram de seu empreendi-mento. A contabilidade desta escolha é poder reverter situações adversas, tornan-do fiéis, clientes insatisfeitos; ou então ver

as receitas caírem, sem ter a compreensão dos motivos que levam a isso, com o agra-vante de que menos pessoas batem à sua porta, a cada dia. Neste trabalho, o objetivo dos ges-tores e empresários, não é viver procuran-do prover soluções às queixas dos clientes, mas atuar cada vez mais nesta área nebu-losa, a fim de compreender o que leva a existência delas e corrigir processos que podem impactar negativamente o sucesso da organização. Se isso acontecer, a tendência é de que as reclamações se estabilizem em um patamar mínimo – já que elas sempre vão existir – e a empresa consiga inserir no seu relacionamento habitual com o mercado, condutas que tornem o processo de acolhi-mento e atendimento dos pacientes mais padronizado e com indicadores de satisfa-ção muito superior do que a média pratica-da pelos concorrentes. Então trate de abrir os olhos e os ouvidos, para o que vai ter manter próspe-ro e reconhecido.

E s t r a t é g i a

Contato com a [email protected]/StrattegiaSaude

As barreiras que pavimentam caminhos

“reverter situ-ações adver-sas, tornando fiéis, clientes insatisfeitos”

A l e x a n d r e B a n d e i r a

Consultor de Estratégiae Marketing

Page 22: Revista 82

2 2J u l h o / A g o s t o 2 0 1 0

E s p e c i a l

O pôquer ensina a lidar com novas situações, frustrações e a saber esperar o momento de vencer

Uma lição de vida

Mais do que um hobby, o jogo de cartas transmite en-sinamentos de vida. Assim afirma o Dr. José Carlos Daher, um apaixonado pelo pôquer. Daher, apesar de praticar esportes, como tênis, pescaria, ski aquático e na neve, não abre mão de uma boa partida de pôquer. Uma vez por semana, o médico se reúne com um grupo de amigos para uma boa rodada. Segundo Daher, “o grupo joga sempre na casa de um deles, com valores insignificantes e com horário para começar e acabar”, contou o cirurgião. Para o médico, que está há 37 anos em Brasília, o jogo de cartas também auxilia no cotidiano da profissão. “O jogo traz uma emoção primária à mercê de fatores imprevisíveis (as cartas). Toda vez que se abre um jogo, nos deparamos com uma situação nova. Temos que lidar com ela e procurar a melhor saída”, expli-cou Daher. Aprender a lidar com novas situações, frustrações e sa-ber esperar o momento de vencer. Segundo o cirurgião, “freqüen-temente não conseguimos sair bem das situações adversas. Com isso, ficamos diante de uma frustração. Aí vem o ensinamento do jogo: aprender a lidar com as frustrações. A cada rodada temos oportunidades sucessivas de recomeçar e, em algum momento ganhar, que é o objetivo”, revelou o médico. O aprendizado não para por aí. O pôquer ajuda a conhecer melhor as pessoas, por se tratar de um jogo que lida com sucessivas oscilações emocionais. Assim, você pode conhecer, por exemplo, como cada pessoa reage ao ter o poder em suas mãos, diante de uma frustração, ou até mesmo em um momento decisivo.

Contudo, o pôquer como qualquer outro jogo, não deve ocupar papel de prioridade na vida das pessoas. “O jogo é como a vida, mas ele não pode ser o principal. Tem que ser um apenas um capítulo à parte. Senão, entra o grande problema do jogador que joga de uma maneira compulsiva, funciona como uma droga e pode causar dependência”, alertou Daher. O médico teve intimidade com o baralho desde cedo. Em casa, os pais tinham o hábito de jogar canastra ou pife-pafe. Mas apenas começou a jogar pôquer, quando estava na universidade, nos anos 60. Segundo Daher, o grupo que se reúne semanalmente já ga-nhou um aspecto familiar. Algumas esposas dos amigos começaram a participar dos jogos e lembra que o importante é sempre saber o limite entre o jogo e a realidade, para conseguir tirar do pôquer, lições que podem ajudar na vida.

Dr. Daher

O pôquer desenvolveu-se nos Es-tados Unidos e se tornou o jogo de cartas favorito dos norte-americanos. A origem do pôquer é muito antiga e está ligada a vá-rios outros jogos que também se baseiam

em combinações de cartas do mesmo valor e que apresentam um sistema de apostas muito semelhante ao do pôquer atual. O jogo cresce a cada dia mais no Brasil, já existem entidades nacionais e regionais.

Em Brasília, ocorre uma série de torneios e já reúne um grande número de praticantes. Para mais informações acesse: http://www.brasiliapoker.com.br/(Fonte: Wikipedia)

O PÔQUER

Page 23: Revista 82

2 3R e v i s t a M é d i c o

E s p e c i a l

Não importa em que fase da vida você está. Para viver com segurança,

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E s p e c i a l

Médicos abrem festa da democracia

Dia 1/9, Vote!

Veja os locais de votação

O Brasil de Norte a Sul está com os olhos voltados para urnas. Nas rodas de amigos, em família ou no tra-balho, brasileiros realizam os seus deba-tes para escolher os seus representantes nas casas legislativas e nos executivos da administração pública. Em Brasília, este momento tem um tempero especial, pois os médicos do Distrito Federal também estão escolhendo os seus representantes sindicais para o próximo triênio. O melhor, esta escolha será feita

mais cedo, no dia 01 de setembro, desco-lando assim o pleito eleitoral dos médicos, dos votos das eleições nacionais. As cam-panhas estão nos hospitais, centros de Saúde e na casa do médico. Para oferecer maior conforto ao colega na hora de votar, o Sindicato dos Médicos do Distrito Fede-ral expediu por carta, e-mail, SMS e pelo próprio site uma relação com os locais de votação, a fim de que o colega possa es-colher a urna onde deseja depositar o seu voto.

SINDMÉDICO 607 SUL HBDF

HR ASA NORTE HR TAGUATINGA

HR ASA SUL HR CEILÂNDIA

HR GAMA HR SOBRADINHO

HR PLANALTINA HR PARANOÁ

HR BRAZLANDIA HR SAMAMBAIA

HR GUARÁ CENTRO CLÍNICO SUL

HOSPITAL SANTA LÚCIA PRONTONORTE

AMBr HCB

HFA HOSPITAL SANTA MARTA

HOSPITAL BRASÍLIA CENTRO DE SAÚDE 10 LAGO NORTE

UMSS

Estão aptos a votar, conforme Edital divulgado pelo Sindicato, 4.295 médicos. Conforme o Estatuto da entidade, estes são membros há mais de seis meses da instituição e estão com suas mensalidades em dia. Para manter a lisura e independência do processo o SindMédico-DF no-meou comissão eleitoral formada pelos doutores Julio César Menezes Re-gis Serafim; Alexandre Morales Castillho Olmedo e Swedenburg do Nas-cimento Barbosa, que assumiram todas as atividades do pleito, tendo a entidade como órgão executor das decisões proferidas por este colegiado.

SindMédico escolhe diretoria para o próximo triênio

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2 5R e v i s t a M é d i c o

E s p e c i a l

No jornal de divulgação da Chapa 2, foi veiculada matéria onde o Dr. Denis Burns, afirma que o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal se omitiu do movimen-to que culminou com a conquistas para os médicos pediatras, no aumento do valor da consulta. O SindMédico-DF acredita que as mentiras propagadas pelo Dr. Burns, sejam objeto exclusivo de uma disputa eleitoral, já que o acusador é candidato membro dessa chapa e nada refletem o ótimo relaciona-mento do sindicato com os colegas da pe-diatria, que ajudam a construir os elevados índices de aprovação do sindicato com sua base, dado a última pesquisa do Vox Populi (ver matéria de capa). De qualquer forma, a instituição acredita que contra um ataque, nada me-lhor de que a verdade dos fatos.1º.) Quando da deflagração do movimento dos médicos pediatras, o SindMédico-DF colocou a sua infra-estrutura de mobiliza-

ção à disposição da especialidade.2º.) O sindicato abriu as páginas da Revis-ta Médico para consolidar e difundir este apoio, o que pode ser comprovado por matéria veiculada na edição 76, de Julho/Agosto de 2009, página 20, entitulada “SindMédico/DF apóia movimento da So-ciedade Brasiliense de Pediatria (ver abaixo). 3º.) O sindicato abriu as assembléias da Campanha Salarial da categoria do ano passado, que culminou com a incorporação da GAM aos salários, para informe e debate sobre o movimento da pediatria.4º.) O sindicato colocou a sua assessoria de imprensa e escalou os diretores pediatras, Jair Evangelista e Adriana Graziano, além do próprio presidente da instituição, Gu-temberg Fialho, para abrir espaços juntos aos veículos de imprensa e conceder entre-vista em defesa dos pediatras.5º.) O diretor Jurídico do sindicato, que também é diretor Jurídico da Federação

Nacional dos Médicos (FENAM), colocou a estrutura nacional da instituição também à disposição do movimento, o que neste caso, foi estranhamente recusada. As eleições sindicais correm para-lelas as eleições nacionais de outubro, onde muitos ataques e calúnias estão sendo vei-culadas. Porém o SindMédico-DF acredita que os médicos precisam de um pleito de alto nível, focado em verdades e que com-portamentos como este da Chapa 2, não es-tão em sintonia com o propósito de união da classe médica. O colega médico precisa de verda-des e que sejam ditas por pessoas de cre-dibilidade, que venham representar a cate-goria no futuro. Em tempo: o doutor Denis Burns assina as acusações e concorre pela Chapa 2, como presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria do DF. Até isso não é verdade, pois ele não é mais o presidente da instituição.

Por uma campanha de alto nível: SindMédico-DF desmente Chapa 2

O Sindicato dos Mé-dicos do Distrito Federal apóia o

movimento dos pediatras aos planos de saúde, para exigir uma melhor re-muneração das consultas. Após uma paralisação, no dia 1º de julho, e uma espera de 15 dias, os pediatras de Bra-sília decidiram cancelar o contrato com os 53 convênios do Grupo Unidas, Bradesco e Amil. A partir de agosto, os pediatras terão de 30 a 60 dias para cancelar os contratos definitivamente. A partir daí, os planos de saúde não contarão com os médicos. Os pediatras reivindicam R$ 90 por consulta, além do pagamento

do retorno, previsto em 15 dias. Atu-almente os pediatras recebem de R$ 24 a R$ 40 reais brutos por uma consulta, sendo que, com direito a retorno em 15 dias, este valor fica 50% menor. O mé-dico José Marco Resende Andrade, do departamento de Defesa Profissional da Sociedade Brasiliense de Pediatria disse que nesse período, apenas a Amil e o Bradesco ofereceram como contra proposta um reajuste de 21% passando a consulta para R$ 60. “A proposta foi rejeitada pela Sociedade Brasiliense de Pediatria”. A médica pediatra Adriana Graziano, diretora de imprensa do SindMédico/DF, explicou que “não se

trata apenas de um movimento por sa-lários dignos, mas para a melhoria das condições de trabalho”. Segundo ela, diante da repercussão positiva do mo-vimento no Distrito Federal, o protesto pode se estender para outros estados. Em alguns deles, os médicos já come-çam a reagir contra os preços repassa-dos pelos planos de saúde. O presidente do SindMédico/DF, Gutemberg Fialho, concorda com o movimento porque há anos os médicos estão sendo prejudicados, inclusive de outras especialidades. “Devido à baixa remuneração, está diminuindo o inte-resse pela residência em pediatria”, ex-plicou o presidente.

SindMédico/DF apóia movimento da Sociedade Brasiliense de Pediatria

Julho / Agosto 2009

Matéria veiculada na Revista Médico, nº 76, pg. 20

20

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S i n d i c a i s

2 6J u l h o / A g o s t o 2 0 1 0

Os médicos agora podem revisar seus contra-cheques O novo serviço do SindMédico-DF já é um sucesso. Desde o dia 09/07, uma asses-soria especializada atende individualmente os médicos que solicitam revisão em seus contra-cheques. Os profissionais agendam o atendi-mento e são recebidos no próprio sindicato, com os contra-cheques em mãos, o consultor

informa se os médicos estão recebendo corre-tamente todos os benefícios e gratificações. Os profissionais são atendidos to-das as sextas-feiras. Quando é detectado alguma falha no contra-cheque, o consultor orienta as medidas que devem ser tomadas para passar a receber a gratificação. Em al-

guns casos, os servidores tem direito até a ressarcimento retroativo (relativo ao período em que não desfrutou do recebimento). Com a orientação adequada, além restituir os va-lores não creditados no passado pelo GDF, o médico ainda irá saber como o seu contra-cheque estará no futuro.

Vejam o que os médicos que revisaram o contra-cheque tem a dizer sobre o novo serviço do SindMédico-DF:

Hebe Magalhães“Achei muito interessante. Pois, assim sa-bemos como são feitos os cálculos, analisar e identificar, eu acho isso muito importante. O consultor detectou uma alteração, ele acha que existe um cálculo em determinado sentido que não bate, já estou com uma reunião marcada com o contador, onde ele vai me explicar como eu devo proceder para refazer esse cálculo jun-to à Secretaria de Saúde. Segundo o entendi-mento dele, não está correto.”

Maurílio de Campos“Excelente, não tenho um adjetivo melhor, muito bom para a nossa preparação. Eu, por exemplo, não sabia que deveria receber gratificação espe-cial por duas titulações. Nunca tinha sabido que tinha direito à gratificação e ainda ao retroativo”.Consuelo Cândida“Achei muito bom. O meu contra-cheque não teve problemas. Esse novo serviço será muito es-clarecedor e vai tirar muitas dúvidas, principal-mente para os aposentados que, por vezes, ficam

um pouco afastados desse tipo de informação”.Luciana Sugari“Muito prático, eficiente e esclarecedor. Problemas eu não tinha, mas deu para tirar muitas dúvidas.”Andréa Nogueira Araújo“Esclareceu-me várias dúvidas sobre o contra-cheque. Ótimo. Esclareceu tudo que eu precisava.”Martha Theresa Teles“Estava querendo há muito tempo tirar essas dúvidas. Quando fiquei sabendo achei muito bom. Veio agora essa oportunidade e gostei.”

O Movimento dos Servidores Aposen-tados e Pensionistas (Mosap) surgiu em 1992 e ganhou força em 2003, com a reforma da Pre-vidência, no início do governo Lula. A união de sindicatos, federações, servidores públicos, aposentados e pensionistas busca assegurar di-reitos considerados fundamentais, adquiridos pela Constituição Federal de 1988. A paridade de vencimentos, a integralidade e a não-contri-buição previdenciária são os três fundamentos principais que regem o movimento. De acordo com o presidente do Mo-vimento, Edson Guilherme, o Sindicato dos Médicos chega como uma força extra na de-fesa dos direitos da categoria. O Mosap pres-siona o Congresso Nacional pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC nº 555/2006), que trata da extinção da contri-buição previdenciária por parte de servidores já aposentados. A proposta se encontra na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. A contribuição previdenciária foi instituída

em 2003 e, em seguida, considerada inconstitu-cional pelo Supremo Tri-bunal Federal (STF), po-rém por forças políticas, foi declarada novamente constitucional. “Os ar-gumentos são diversos, dificuldades na Previ-dência e por aí afora”, declara Edson. Segundo o pre-sidente do Mosap a par-ceria com o SindMédico é de extrema importân-cia. “É sempre bom con-tar com a clareza e jovialidade das ações que o sindicato tão bem faz. Perante a sociedade isso significa muito. Precisamos reconhecer a dignidade dos aposentados e pensionistas. E é com muita alegria que incluímos todos os médicos e médicas do DF”, conclui.

Parceria em defesa dos aposentadosSindMédico e Mosap pressionam Congresso pela aprovação da PEC nº 555/2006

Edson, do Mosap, com Gutemberg Fialho.

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R e g i o n a i s

2 7R e v i s t a M é d i c o

No dia 9/7 o SindMédico-DF par-ticipou da 2ª Reunião Ampliada da Comis-são Nacional de Saúde Suplementar (Com-su), formada por representantes das três entidades médicas nacionais: Conselho Fe-deral de Medicina (CFM), Associação Mé-dica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). A diretora de relações Intersindicais, Raquel Almeida, representou o Sind Médico-

DF. O tema da reunião tratou da definição so-bre o posicionamento das entidades médicas nacionais perante os principais desafios na relação entre os profissionais da medicina e as operadoras de planos de saúde. Na oportunidade, foram realiza-das 15 deliberações envolvendo principal-mente a relação com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os participan-tes destacaram que nos últimos 10 anos a

ANS autorizou reajuste de 131% aos planos de saúde, mas apenas 60% desse reajuste foram repassados aos médicos para as con-sultas. O cumprimento do papel da agên-cia como está previsto na Lei 9.961/2000, também foi questionado pelos participan-tes. O Comsu almeja unir as experiências de várias entidades médicas para construir uma estratégia nacional de mobilização. (Com informações do Portal do CFM)

No dia 11/06, o governador Ro-gério Rosso apresentou a nova secretária, Fabíola de Aguiar Nunes, que assumiu a pasta no lugar de Joaquim Barros. Na opor-tunidade, Rosso também divulgou a criação da Secretaria Extraordinária de Infra-es-trutura Logística de Saúde. O novo órgão, comandado pelo médico Herbert Teixeira Cavalcanti, irá trabalhar juntamente com

a Secretaria de Saúde do DF, especialmente para atuar em assuntos relativos ao orça-mento e recursos destinados aos hospitais públicos. O SindMédico-DF espera que as novas diretrizes tomadas pela atual gestão do GDF, sejam capazes de sanar antigos problemas, como a reestruturação da rede e melhores condições de trabalho para os

profissionais. Durante o mês de junho, a mídia noticiou graves problemas, em meio à posse da nova secretária, que envolveram principalmente a segurança no trabalho e suporte às demandas da população em aten-dimentos e medicamentos. Neste sentido, o Sindicato anseia também que a nova gestora tenha os apoios políticos necessários neste processo de reestruturação da saúde do DF.

Sindicato participa da reunião do Comsu

Em abril, o Hospital de Base do DF (HBDF) iniciou o processo de reestru-turação de seu Conselho Gestor, durante o cronograma de comemorações dos 50 anos do hospital. A iniciativa partiu da reivindi-cação de servidores e usuários. O Conselho é definido no cumprimento de um dispo-sitivo da Lei n° 8.122 do Sistema Único de Saúde (SUS), que exige a participação da sociedade nas ações que envolvem a saúde. Com a intenção de uma maior hu-manização aos pacientes, a nova gestão do hospital, conduzida pelo Dr. Luiz Carlos Schi-min retomou o conselho (foto ao lado com a doutora Alba Mirandiba). De acordo com o diretor uma reunião mensal define o crono-grama de ações. “Já tivemos duas reuniões e estamos retomando deliberações dentro do Conselho Gestor. Estamos passando por uma fase em que o Conselho visita os setores do

hospital e se intera da complexidade do Hospital de Base. As decisões e delibera-ções de um Conselho Gestor não são de caráter estruturante. As decisões são vol-tadas, por exemplo, à um aviso para faci-litar o acesso dos deficientes aos elevado-res, consertar o bebedouro, etc. Atitudes simples que facilitem a vida do usuário”, explicou ele. O conselho é formado por 10 pessoas. Seis são usuários indicados por ONGs e movimentos de apoio; três são servidores indicados pelo SindMédico-DF, Sindicato de Enfer-magem e o SindSaúde; e o último, faz parte da diretoria do hospital. A diretora de Comunicação do SindMédico-DF, Adriana Graziano, e o secretário geral, Emmanuel Cardoso fazem parte do conselho. “A cada reunião nós aprendemos muito a exercitar

a tolerância e escutar a opinião do outro. No início, há uma dificuldade de ter essa tolerância e paciência, para escutar a idéia contrária. Apesar de ter havido poucas reu-niões, o conselho está funcionando de uma forma bem acelerada”, esclareceu Schimin.

Conselho Gestor do HBDF foi reativado com novas diretrizes

Fabíola de Aguiar assume a Secretaria de Saúde do DF

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OC - Ótima CompraEC - Excelente CompraBC - Boa Compra

Legenda

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V i n h o s

Vinhos e HistóriasVinhos e Histórias

VINHOS DA TOSCANA V

Após o relato de quatro artigos versando sobre os principais vinhos da região toscana, aproveitamos esta oportuniudade para nominar e indicar alguns rótulos que se sobressaem considerando-se custo beneficio, que caiba melhor no bolso de cada consumidor. O vinho italiano re-flete o país e a sua história, pois é forte, individualista e não se submete facilmente às convenções e está em constante evolução. Existem uvas típicas em todas regiões nacionais.

Há entretanto, produtos usando uvas internacionais, mas, os mais atraentes derivam de cepas autóctones como no caso, a tinta Sangiovese e suas clones, e as brancas Canaiolo, Trebiano e Malvase. Apreciando vinhos italianos é sempre bom lembrar que foram feitos para acompanhar refeições. Nas degustações comparativas, sem comida, alguns podem não se destacar. Na mesa, porém tornam-se gigantes.

Tintos de US$ 75,00 a 180,00; Ricasoli Casalferro IGT 1999 - EC (LP); Sassoaloro IGT 2003 - EC (M); Albion Villa Novare 1999 Cantina Bertani - OC (M); Bolgheri Rosso “La Piastraia” DOC 2001 Michelle Satta - OC (C); Cerbaione 2003 Casanouva delle Cer-baie - OC (CV); Chiante Clássico 2002 Isole e Olena - OC (M); Chiante Clássico DOCG 2000 Fontodi- OC (E); Brunello Di Montalcino 2000 Cantina Camigliano - BC (CF/PP); Chiante Riserva di Famiglia DOCG 1998 Luigi Cecchi & Figli - BC (LP); Rosso di Montalcino 2003 Altesino - BC (M).

(Após a indicação de compra, qualidade, está a letra que corresponde a importadora. Qua-dro anexo, na próxima página).

Tintos até US$ 35,00; Rosso Toscano Sangiovese 2004 Renzo Mazi - OC (D); Chianti Bolla 2004 Vinicola Fratelli - BC; Montepulciano D’Abruso DOC 2004 La Carraia - BC; Chianti Colli Senese Caspagnolo - OC, Vní-cula Villa Poggio Salvi 2006 (375ml, meia garrafa);Sangivese Cancelli 2006 (375 ml) - OC, Sangiovesse Cancelli 2007 (375 ml) - BC, Vinícula Badia a Coltibuono; Barco Reale di Carmignano 2006 (375 ml) - BC, Vinícula Tenuta di Capezzana;

Tintos de US$ 35,00 a US$ 70,00; Magliano Morelino di Scansano Heba 2004 - EC (C); Poggio Salvi Chiante Senesi 2004 - EC (M); Querciabella Chianti Clássico 2003 - EC (C); Brusco dei Barbi IGT Fattoria dei Barbi 2003 - OC (FS); Chiante Clássico Vila Cerna Riserva 2001 Cecchi & Figli - OC (CF/PP); Poderuccio Toscano Cantina Camigliano 2003 - OC (CF/PP); Santa Cristina IGT 2004 Machesi Antinori - OC (E);Chianti Clássico San Fabiano 2003 - BC (CF/PP); Formulae-IGT Barone Ricasoli 2003 - BC (LP); Morellino di Scansano Riserva Val delle Rose Cecchi & Figli 2001 - BC; Rosso Sangervasio IGT 2003 Sangervasio - BC (Z); Testardo Sensi 2001 - BC (MC);

Apresentaremos os vinhos de acordo com o preço, podendo ter variação aproximada de 15% para mais ou menos.

D r . G i l F á b i o F r e i t a s

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2 9R e v i s t a M é d i c o

V i n h o s

Aurora 0800-7014555www.vinicolaaurora.com.brCasa de Amaro 54 3292-8800www.sulvin.com.brCasa Valduga 54 2105-3122www.casavalduga.com.brChâteau Lacave 54 4009-4822www.lacave.com.brDal Pizzol 54 3452-2055www.dalpizzol.com.br

Lídio Carraro 54 3459-1222www.lidiocarraro.com.brMarson 54 3446-1318www.vinhosmarson.com.brMiolo 0800-904165wwww.miolo.com.brPanceri 49 3566-7700www.panceri.com.brPiagentini 11 2106-1500www.piagentini.com.br

Pizzato 54 3459-1155www.pizzato.netSalton 11 6959-3144www.salton.com.brVallontano 54 3459-1006www.vallontano.com.br

A – Aurora: 11 3048-2288www.aurora.com.brAA – Adega Alentejana: 11 5044-5760www.adegaalentejana.com.brAF – Allfood: 11 6099-0422www.alfood.com.br AG – Almeida Garret: 11 3088-0226AN – Ana Import 71 3337-1111AS – Assemblage: 11 5561-3010B – Blumimpex 47 3322-3844BA – Barrinhas: 21 2584-9596 www.barrinhas.com.brBO – Bodegas de los Andes 11 5182-2401 www.bodegas.com.brBR – Bruck 11 3329-3400www.bruck.com.brBS – Coml. Beirão da Serra 21 2485-2070BV – Bevis 11 3313-0746BW – BestWine 11 5506-6422www.bestwine.com.brC – Cellar: 11 5531-2419 CA – Casa Veneto 11 3266-2221www.casaveneto.com.br CB – Casa di Bacco 21 8185-6770www.lacasadibaco.com.brCC – Cantu 47 2101-2300www.cantu.com.brCF – Casa Flora 11 3327-5199www.casaflora.com.brCP – Casa do Porto 27 3225-3260; 113061-3003 www.casadoporto.com.brCR – Casa Aragão 11 6168-3438www.aragao.com.brCV – Casa do Vinho 31 3337-7177D – Decanter 11 3071-3055www.decanter.com.brDG – Diageo 08007047200www.diageo.com

DM – Del Maipo 61 3361-7651E – Expand 11 46133300www.expandgroup.com.brEAS – Enoteca Acqua Santa 11 3081-7909 www.enacotecaacquasanta.com.brFS – Franco Suissa 115549-7599GC – Grand Cru 11 3062-6388www.grandcru.com.brGV –Grand Vin 11 3672-7133www.grandvin.com.brGZ – Gomez Carrera 11 3271-0002 H – Hannover 51 3337-3890www.hannovervinhos.com.brI – Interfood 0800-7701871www.interfood.com.brIM – Impexco 0800-7048456www.impexco.com.brIN – Intermares 19 3433-5929KMM – 11 3819-4020Www.kmvinhos.com.brL – Lusitana 11 5054-2032LP – Word Wine / La Pastino 11 3315-7477LV – La Vigne 0800-6430777www.lavgne.com.brM – Mistral 11 3372-3400www.mistral.com.brMAD – Mr. Man 11 6246-9000MC – Mercosul Vinhos 16 4009-2123MG – Magna Import. 11 6972-8800www.magnaimport.com.brMGC - MGC Comercial 21 3062-8388 www.mgccomercial.com.brMM – Moët Hennessy do Brasil 113062-8388 www.chandon.com.brP – Premium 31 3282-1588P35 – Paralelo 35 Sul 21 2487-7636 www.paralelo35sul.com.brPA – Proalbe do Brasil 11 3373-3444

PE – Peninsula 11 3822-3986Pl – Prima Linea 114702-3403PP – Porto a Porto 41 3342-0424www.portoaporto.com.brPR – Portus Cale 11 3259-4492www.portuscale.com.brPR – Pernod Ricard 0800142011www.pernod-ricard.com.brPT – Portus Cale 11 3259-7362www.portuscale.com.brQ – Qualimpor 11 5181-4492www.qualimpor.com.brQT – Qualitá 31 2127-1213www.qualita.com.brRL – Reloco 21 2580-0350www.reloco.com.brS – Santar 0800-163007www.santar.com.brSL – Casa Santa Luzia 11 3897-5000T – Terroir 113168-2200www.terroirvinhos.com.brTM – Terramatter 21 3385-4675www.terramatter.com.brVD – Vinhas do Douro 11 6842-0883 www.vinhasdodouro.com.brVE – Vinea 11 3052-2396www.vineastore.com.brVF – Vinifera 11 3285-1166VN – Vinália 11 3872-3227www.vinalia.com.brVS – Vinho Seleto 113815-5577WS – Wine & Spirits 21 2223-7746Z – Wine horse/Zahil 11 3815-1166www.winehorse.com.br

VINÍCOLAS BRASILEIRAS

IMPORTADORAS

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3 0J u l h o / A g o s t o 2 0 1 0

Depois das brincadeiras, no final da tarde, o menino toma banho, iniciando o uso do sabonete sempre pelo mesmo lo-cal do corpo. Depois da janta, começa a escovação dos dentes pelo mesmo lado da boca, e sempre pela arcada superior. Ao deitar, dá sempre um pulinho para sentar na cama, faz uma oração – Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador... -, beija a mãe e o pai e se mete debaixo do lençol. O pai apaga a luz, faz um aceno com a mão e sai. O garoto se descobre, tira uma um ursinho da gaveta do criado mudo e dorme com ele, porque assim consegue despistar alguns pensamentos que lhe acorrem à mente nessa hora. Toda criança tem seus rituais e superstições, que fazem parte do processo natural de desenvolvimento. Como Pediatra e pai, tomei conhecimento e vivenciei muitos desses comportamen-tos repetitivos, melhor evidenciados, em crianças pré-escolares, em atividades como dormir, comer e tomar banho. O irmão mais velho chega em casa chateado, depois de jo-gar videogame com seus amigos, onde, mais uma vez, houve muita discussão, com gritos e xingamentos, porque as regras estabeleci-das, segundo ele, não estavam sendo respeitadas. Em todo jogo era assim. Havia sempre discussões e aborrecimentos, e os desen-contros geralmente envolviam o não cumprimento das regras. Nos escolares, os rituais e superstições aparecem nos jo-gos, onde as discussão sobre as regras tendem a consumir mais tempo que a própria brincadeira. É também nessa idade que se iniciam aquelas coleções que todos nós fizemos, onde perdíamos tempo garimpando caixas de fósforo, chaveiros, latas de refrige-rantes e fotos de artistas. Quando adultos, os comportamentos ritualísticos conti-nuam, como acontece quando, ao chegamos em casa, deixamos o aparelho celular, a bolsa ou as chaves do carro sempre no mesmo lugar; na empresa, aquele ritual próprio que cada pessoa tem, an-tes de iniciar o seu trabalho Os rituais e superstições, quando normais, trazem van-

tagens para o indivíduo em seus relacionamentos com o meio, e auxiliam no controle da ansiedade, sendo fonte de prazer. Em al-gumas pessoas, entretanto, por um processo de descontrole, esses comportamentos repetitivos podem se estabelecer, e nestes casos, recebem o nome de transtorno obsessivo-compulsivo – TOC. Obsessões são ideias, impulsos ou comportamentos in-controláveis, repetitivos, que podem parecer absurdos ou ridí-culos. A pessoa é dominada por pensamentos desagradáveis que podem possuir conteúdo sexual, trágico, difíceis de afastar de sua mente. As obsessões podem consumir tempo, e interferir forte-mente nos afazeres do dia a dia, influindo negativamente em nos-so trabalho e em nossas atividades sociais e de relacionamentos em família. Compulsão é um comportamento consciente e repetiti-vo, como contar, lavar as mãos ou tomar banho, ou conferir, de forma reiterada, se esqueceu de apagar a chama do fogão, trancar a porta ou desligar o aparelho de som. Em Stonehenge, interior da Inglaterra, dois mil anos an-tes de Cristo, bater na virilha fazia parte de um ritual para afastar o mal, quando a vida ou a condição de mando estavam em risco. Aqui, um ritual para afastar a má sorte. Tiques são movimentos ou vocalizações involuntários, súbitos, repetitivos e breves, que podem trazer desconforto ao indivíduo, como o piscar excessivo dos olhos, o coçar a nuca ou a orelha, sem motivo aparente, e que, em alguns casos, podem ocor-rer juntamente com a obsessão e a compulsão. Na criança, é imperioso reconhecer quando tais compor-tamentos deixam de ser adaptativos, assumindo aspectos pato-lógicos e necessitando de ajuda especializada, para evitar que os rituais e superstições da infância e adolescência se transformem no grande mal dos nossos dias, o transtorno obsessivo-compulsivo, com suas facetas, suas máscaras e suas formas de disfarce e enco-brimento.

Medicina em ProsaMedicina

em ProsaDOS RITUAIS DA INFÂNCIA aos distúrbios do comportamento

L i t e r á r i a s D r . E v a l d o A l v e s d e O l i v e i r a

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