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ISSN 1982-5897

O BILOGORevista do Conselho Regional de Biologia 1 Regio (SP, MT, MS) Ano IV - N 14 Abr/Mai/Jun 2010

CRBio-01

gua de lastro e seus impactos

Leia tambm:Resoluo CFBio n 213/2010 Conservao de espcies de serpentes em cativeiro Educao Ambiental e seus caminhos

NDICE

O BILOGORevista do Conselho Regional de Biologia 1 Regio (SP, MT, MS) Ano IV - N 14 Abr/Mai/Jun 2010 ISSN 1982-5897

NDICECRBio-01

Conselho Regional de Biologia 1 Regio-So Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CRBio-01) Rua Manoel da Nbrega, 595 - Conjunto 111CEP 04001-083 - So Paulo - SP Tel: (0xx11) 3884-1489 - Fax: (0xx11) 3887-0163 E-mail: [email protected] Home page: www.crbio01.org.br

Editorial.......................................................................... 03 Entre os assuntos comentados esto o incndio no Instituto Butantan e as Resolues do CFBio n213/2010 e n 214/2010 Ecos da Plenria ........................................................... 04 O que aconteceu nas 137 e 138 Sesses Plenrias do CRBio-01 Acontece........................................................................ 05 Notcias em destaque relacionadas ao CRBio-01 e aos Bilogos Ps-Graduao ............................................................. 09

Delegacia Regional de Mato Grosso - CRBio-01 Em breve novo endereo

Diretoria:Wlademir Joo Tadei Presidente Elizer Jos Marques Secretrio Luiz Eloy Pereira Vice-Presidente Edison Kubo Tesoureiro

O Instituto de Botnica o foco desta edio Arquivo do Bilogo ........................................................ 10 Seo que publica fotos curiosas e interessantes clicadas por Bilogos Publicaes ................................................................... 10 Lanamentos de livros de interesse s Cincias Biolgicas Agenda .......................................................................... 11 Divulgao dos eventos cientcos no Brasil e no exterior Destaque ....................................................................... 12 gua de lastro e seus impactos,entrevista com o Bilogo e pesquisador Dr. Rubens Lopes do Instituto Oceanogrco da Universidade de So Paulo Em F oco ........................................................................ 16 Conservao de espcies de serpentes ameaadas atravs da criao e reproduo em cativeiro, artigo da Biloga e pesquisadora Silvia R. Travaglia Cardoso Resoluo...................................................................... 17 Publicada a Resoluo n 213/2010 do CFBio que trata dos requisitos mnimos para o Bilogo atuar em Meio Ambiente, Sade & Biotecnologia e Produo Bilogos Inscritos .......................................................... 17 Relao dos Bilogos inscritos no CRBio-01 em 2009, segunda e ltima parte Ponto de Vista ............................................................... 21 A Biloga Alessandra C. Sekircoff Stona escreve sobre Educao Ambiental e seus caminhos

Conselheiros Mandato (2007-2011)Efetivos: Wlademir Joo Tadei; Edison Kubo; Elizer Jos Marques; Murilo Damato; Mrio Borges da Rocha; Maria Teresa de Paiva Azevedo; Luiz Eloy Pereira; Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira; Rosana Filomena Vazoller; Giuseppe Puorto. Suplentes: Adauto Ivo Milanez; Sandra Farto Botelho Trufem; ngela Maria Zanon; Eliana Maria Beluzzo Dessen; Marlene Boccatto; Sarah Arana; Edison de Souza; Normandes Matos da Silva; Regina Clia Mingroni Netto; Osmar Malaspina.

Revista do Conselho Regional de Biologia (CRBio-01)Responsvel: Comisso de Comunicao e Imprensa do CRBio-01 Editora: Maria Eugenia Ferro Rivera (MTb 25.439) Periodicidade: trimestral Tiragem: 18.000 exemplares Editorao Eletrnica: Mauro Teles CtP, impresso e acabamento: Rettec Artes Grficas Fone: (11) 2063-7000 www.rettec.com.br [email protected]

Ano IV - N 14 - Abr/Mai/Jun 2010

Mar e navio (imagem meramente ilustrativa), Tubastraea tagugensis Wells, foto: Joel Creed; e Perna perna, foto: Maria Augusta G. Ferreira-Silva

Os artigos assinados so de exclusiva responsabilidade de seus autores e podem no refletir a opinio desta entidade. O CRBio-01 no responde pela qualidade dos cursos divulgados. A publicao destes visa apenas dar conhecimento aos profissionais das opes disponveis no mercado.

2 Jan-Fev-Mar/2008 CRBio-01 O BILOGO 2 Abr-Mai-Jun/2010 CRBio-01 O BILOGO

EDITORIALPrezados Bilogos:Neste trimestre, alm de suas atividades rotineiras tcnicas e administrativas, este Conselho Regional esteve envolvido na reforma das instalaes de sua sede. Ela permitir melhor aproveitamento do espao, principalmente para o setor de fiscalizao, e melhor atendimento ao profissional Bilogo, objetivo principal da obra. A procura por solues ecologicamente responsveis nos levou a substituir os envelopes plsticos utilizados por este Conselho. A partir deste nmero a revista O Bilogo ser enviada protegida por envelope plstico oxi-biodegradvel. Este tipo de plstico tem sido testado e comprovado por laboratrios de testes independentes. totalmente degradvel, no produz resduos nocivos e, ainda, atende as exigncias essenciais da Diretriz para Descarte de Embalagens da Unio Europia. Um fato ocorrido recentemente chamou a ateno de toda a comunidade cientfica brasileira. No poderamos deixar de manifestar a nossa solidariedade ao Instituto Butantan e aos seus funcionrios quando do incndio que destruiu a maior parte da maior coleo cientfica de animais peonhentos do planeta e uma das mais importantes e talvez o nico documento cientfico de espcies coletadas desde 1901. O Instituto Butantan, reconhecido internacionalmente, produz 93% das vacinas no Brasil e rgo de referncia mundial na produo de soros, vacinas e pesquisas com animais peonhentos. Os prejuzos alguns irreparveis - no se limitam rea das cincias bsicas, como sistemtica, ecologia, morfologia e bioqumica, mas tambm na rea industrial - produo de frmacos, vacinas, soros. Pelos servios prestados sociedade, pela excelncia e dedicao do seu corpo de funcionrios tcnicos e administrativos, certamente tudo dever ser feito para que o Instituto Butantan volte regularidade, no menor prazo possvel. Legislao recente do Conselho Federal de Biologia possibilita o registro de atividades realizadas pelos Bilogos fora do pas. A Resoluo CFBio n 214/2010 regulamenta a incluso no Acervo Tcnico do Bilogo das atividades e servios prestados no exterior, inclusive desempenho de funes tcnico-administrativas, por meio de registro de ART. Para finalizar, chamamos a ateno para a Resoluo CFBio n 213, de 20 de maro de 2010, que estabelece os requisitos mnimos para o Bilogo atuar em pesquisa, projetos, anlises, percias, fiscalizao, emisso de laudos, pareceres e outros servios nas reas de meio ambiente, sade & biotecnologia e produo. Foram definidos novos parmetros para avaliao dos currculos, fixada a carga horria mnima para os graduandos em Cincias Biolgicas Bacharelado e Licenciatura - em 2.400 horas de componentes curriculares especficos das cincias biolgicas para egressos com colao de grau at dezembro de 2013, e em 3.200 horas para os que colarem grau a partir de 2014. Caso o Bilogo no comprove as exigncias estabelecidas em termos de carga horria, o interessado poder complementar a sua formao por meio de educao continuada nas trs reas de atuao. O documento que subsidia a nova Resoluo o Parecer CFBio n 01/2010 GT Reviso das reas de Atuao. Esta Resoluo, reproduzida neste nmero da revista, foi baixada visando a melhoria da qualidade do profissional Bilogo. Os documentos completos podem ser encontrados no Portal deste Conselho: www.crbio01.org.br. At a prxima oportunidade! A Diretoria do CRBio-01

Antes de Emitir a 1 ART Consulte o CRBio-01!CURSO DE CAPACITAO: PERITO AMBIENTAL

CRBioDigitalCRBio-01

O espao do Bilogo na InternetO CRBio-01 estabeleceu parceria com a empresa Enozes Publicaes para implantao do CRBioDigital, espao exclusivo na Internet para Bilogos registrados divulgarem seus currculos, artigos, notcias, prestao de servios, alm de disponibilizar um Site a cada profissional. O contedo totalmente gerenciado pelo prprio profissional. O CRBioDigital alm de ser guia e catlogo eletrnico de profissionais, promove tambm a interao entre os Bilogos registrados, formando uma comunidade profissional digital. Para acessar entre no portal do CRBio-01: www.crbio01.org.br

O Conselho Regional de Biologia 1 Regio (CRBio-01) realizar no segundo semestre deste ano, em So Paulo, o Curso de Capacitao: Perito Ambiental , ministrado pelo Bilogo Dr. Murilo Damato. O curso, destinado aos Bilogos profissionais inscritos no CRBio-01 (e em outros CRBios), ter carga horria de 40 horas, ministradas em cinco sbados, em data e local a serem definidos brevemente. Investimento total do curso: R$ 350,00 (em duas parcelas de 50%). N. de vagas: 40 Critrio para seleo dos candidatos: ordem de inscrio, e esta somente ser confirmada de acordo com a data de pagamento do boleto bancrio. Em caso de desistncia, no haver devoluo. Mais informaes e inscries, em breve no portal do CRBio-01: www.crbio01.org.br

O BILOGO CRBio-01 Abr-Mai-Jun/2010 3

ECOS DA PLENRIAA 137 Sesso Plenria do CRBio-01 foi realizada no dia cinco de fevereiro do ano de dois mil e dez , em sua sede, na cidade de So Paulo. O presidente comunicou as tratativas efetuadas pelo Sistema CFBio/CRBios junto a PETROBRAS visando modificaes no edital de concurso pblico, que possibilitaram a inscrio de Bilogos mediante apresentao de certido especca emitidas pelo CRBios com base na avaliao curricular especca da rea. Comunicou que a Prof Dra. Bertha Lange de Morretes fez nova doao de R$ 5.000,00 (cinco mil reais ) para o fundo que premia os melhores trabalhos apresentados nos Congressos de Bilogos do CRBio-01. Em janeiro do corrente exerccio, o saldo da referida conta era R$ 88.660.24. O plenrio aprovou o calendrio de Sesses Plenrias proposto pela Diretoria para este exerccio: 09/04; 18/06; 06/08; 08/10 e 17/12. O Presidente informou tambm que o Curso de Capacitao: Perito Ambiental teve grande procura e que as 40 vagas disponibilizadas se esgotaram j no segundo dia de inscrio, quando tiveram que ser encerradas. Devido ao grande nmero de pedidos de matrcula que no puderam ser atendidos, o CRBio-01 est considerando a realizao de novos cursos. A Diretoria manifestou-se pelo exame dessa possibilidade, aps avaliao deste primeiro curso. O conselheiro Elizer Jos Marques relatou sobre os diversos e-mails recebidos de Bilogos que atuam no estado de Mato Grosso relatando suas diculdades no desempenho de atividades relativas elaborao de Licena Ambiental nica (LAU), junto SEMA daquele estado. Colocada a questo em pauta, foi decidido que os Bilogos prejudicados devem acionar juridicamente as entidades envolvidas, possibilitando a interveno do CRBio-01 de forma a resguardar os direitos dos Bilogos daquela regio. Em seguida, foram homologadas 310 inscries, sendo 82 provisrias e 228 denitivas; 38 reativaes e cancelados 77 registros de pessoa fsica, por vencimento do registro provisrio e 68 por encerramento das atividades prossionais, a pedido, e dois por falecimento. Foram aprovadas duas solicitaes de ttulo de especialista, negada uma e outra colocada em instruo. Vinte e nove solicitaes de desconto na anuidade baseadas nos dispositivos da Resoluo CFBio 152/08 foram aprovadas, bem como a inscrio/ cadastro de uma pessoa jurdica e concedido o respectivo TRT. Aprovada a concesso de TRT e o cancelamento de registro de quatro empresas e os TRTs dos Bilogos responsveis. O plenrio aprovou o arquivamento de PED proposto pela Comisso de tica Prossional, restaurando os direitos do Bilogo envolvido. Foram referendadas oito solicitaes de transferncia de Bilogos do CRBio-01 para outros CRBios e de seis Bilogos vindos de outros Regionais. Foram aprovadas oito solicitaes de licena. O plenrio decidiu que a Comisso de Comunicao e Imprensa ser responsvel pela elaborao dos cartazes destinados divulgao da prosso de Bilogo que sero distribudos empresas registradas e cadastradas neste Conselho, entidades de ensino superior, Ministrio Pblico, instituies de pesquisas, Assemblias Legislativas e Cmaras Municipais. A plenria aprovou, por unanimidade, a indicao dos Bilogos Dr. Murilo Damato e Dra. Rosana Filomena Vazzoler, titular e suplente, respectivamente, como representantes do CRBio-01 junto ao recm-criado Conselho Estadual de Recursos Hdricos (CRH). tros. Foram aprovadas cinco solicitaes de Desconto em Anuidade sendo quatro com base no 1 do artigo 1 e uma no 2 do artigo 1, ambos da Resoluo CFBio N 152/2008. Foram aprovadas 218 solicitaes de cancelamento de registro, sendo 78 por vencimento do prazo de validade do registro provisrio; 137 por encerramento das atividades prossionais, a requerimento do interessado e trs por falecimento. Aprovado parecer da Comisso de tica solicitando o arquivamento de um Processo tico Disciplinar, por quitao total do dbito. Foram aprovadas oito solicitaes de ttulo de especialista e homologadas 16 solicitaes de Termo de Responsabilidade Tcnica com registro/cadastramento de pessoa jurdica e dois pedidos encontram-se em instruo; foram apreciadas e aprovadas quatro solicitaes de Termo de Responsabilidade Tcnica e um pedido de insero de rea do conhecimento em TRT j aprovado. Por outro lado, foram homologadas nove solicitaes de cancelamento de registro de empresas, bem como os respectivos TRT. Foi aprovado o cancelamento do registro de Pessoa Jurdica por descumprimento de legislao e referendados os pedidos de transferncia de quatro Bilogos de outras regionais para o CRBio-01 e a transferncia de 13 Bilogos deste CRBio para outros Regionais. O plenrio aprovou 14 solicitaes de licena de registro. Tambm aprovou, por unanimidade, a proposta da Diretoria de reajuste salarial dos funcionrios do CRBio-01, constando de: reposio da inao ocorrida no perodo em discusso, apurada pelo ICV-DIEESE, e aumento do valor facial do vale-refeio para R$ 18,00. A presidncia apresentou relato dos incidentes ocorridos que culminaram com a resciso, por justa causa, do contrato rmado com a primeira empresa para reforma e readaptao das instalaes do CRBio-01 (11 e 12 andares). O Conselheiro-Tesoureiro apresentou a Prestao de Contas referente ao exerccio de 2009 que, aps anlise pelo Plenrio, foi aprovada por unanimidade.

s nove horas do dia nove de abril do ano de dois mil e dez, na sede do Conselho Regional de Biologia 1 Regio (SP, MT, MS) CRBio-01, em So Paulo, SP, teve incio a 138 Sesso Plenria deste Conselho. Inicialmente, o senhor Presidente relatou as providncias tomadas visando rebater a argumentao apresentada pela AOCEANO Associao dos Oceangrafos questionando itens de recente Edital. Argumentou que deve ser salientado que a Oceanograa rea de conhecimento do Bilogo, de acordo com o item 2.18 da Resoluo CFBio n 10/2003, e uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Biologia Resoluo n 17/1993. Em seguida, apresentou extenso relato sobre a edio de recentes Resolues pelo Conselho Federal: a Res. CFBio 212/2010 que dispe sobre a Re-Raticao da Resoluo CFBio n 192, de 05 de setembro de 2009, a Resoluo CFBio 214/2010 que regulamenta a incluso no Acervo Tcnico de atividades prossionais exercidas por Bilogos fora do pas por meio do registro de ART. Discorreu tambm sobre o Parecer CFBio n 01/2010 elaborado pelo GT Reviso das reas de atuao. Este Parecer fundamenta a Resoluo CFBio 213/2010 que estabelece os requisitos mnimos para o Bilogo atuar em pesquisa, projetos, anlises, percias, scalizao, emisso de laudos, pareceres e outros servios nas reas de meio ambiente, sade & biotecnologia e produo. O Sistema CFBio/CRBios j solicitou aos Coordenadores de Cursos de Cincias Biolgicas os Projetos Pedaggicos de Curso (PPC) que sero analisados pelas Comisses de Formao e Aperfeioamento Prossional (CFAPs) dos CRBios. Prosseguindo, o plenrio homologou 412 inscries novas de reConra as opes de assinatura no gistros de pessoa fsica do CRBio-01: www.crbio01.org.br sendo 155 provisrios e 257 denitivos; 42 reativaes de regis-

Parceria CRBio-01 e Revista Terra da Genteportal

4 4 Abr-Mai-Jun/2010 CRBio-01 O BILOGO

ACONTECE

Estudo avalia fatores ligados queda de rvores urbanasPesquisa apresentada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, abordou os principais aspectos relacionados ao perigo de queda de rvores na condio urbana. O trabalho do Bilogo Srgio Brazolin (CRBio 10135/01-D), pesquisador do Laboratrio de Preservao de Madeiras e Biodeteriorao de Materiais Instituto de Pesquisas Tecnolgicas (IPT) do Estado de So Paulo, mostra que a presena de fungos e cupins um fator importante associado ao risco de queda. Das 1.109 rvores estudadas, 16% se em encontravam em estado de alerta mximo, indicando a necessidade de manejo para impedir danos populao. O pesquisador analisou rvores da espcie tipuana (Tipuana tipu), existentes nas ruas de bairros das Zonas Oeste e Sul de So Paulo. uma espcie extica, de crescimento rpido, trazida para os bairros loteados pela Companhia City nas primeiras dcadas do sculo passado, conta Brazolin. Apesar de terem sido plantadas h cerca de 70 anos, as tipuanas sofrem com a ao do meio, como o apodrecimento por fungos provocados por injrias no tronco em podas inadequadas ou aes de vandalismo. Entre as condies avaliadas para se estimar o risco de queda esto as medidas da rvore, o estado de sanidade biolgica (presena de fungos e cupins, entre outras pragas), a deteriorao interna e as condies de entorno, como a rea permevel do canteiro. Tambm analisada a interferncia de transformadores, postes, pontos de nibus, se a poda da copa foi feita com equilbrio e se h danos nas razes, completa o Bilogo. A pesquisa elaborou um roteiro para que os responsveis pelo manejo das rvores possam identicar problemas e priorizar rvores que necessitem de maiores cuidados. Em casos de alerta mximo, o pesquisador ressalta a necessidade de providncias imediatas. Deve-se realizar tratamento para eliminar cupins e uma poda na copa que reequilibre a rvore, buscando o seu centro de gravidade, aponta o Bilogo. preciso tambm tomar cuidado com a ao eltrica nas proximidades e educar as pessoas para evitarem injrias contra as razes e o tronco. A remoo e a substituio da rvore devem ser feitas apenas em ltimo caso, quando ela se encontra no limite da resistncia. Acima de tudo, as autoridades devem avaliar o risco de queda para a populao, acrescenta Brazolin. Em 2003, uma srie de acidentes envolvendo queda de rvores zeram com que a Prefeitura de So Paulo procurasse o IPT para realizar um estudo sobre as causas do problema, que durou dois anos. Para aprofundar a investigao sobre os fatores envolvidos na deteriorao e queda, o Bilogo pesquisou o tema em sua tese de doutorado. O trabalho de Sergio Brazolin foi apresentado na Esalq em agosto ltimo, com orientao do professor Mario Tomazello Filho. Fonte: Agncia USP de Notcias

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ACONTECE

Sistema CFBio/CRBios participa da mobilizao pela sustentabilidade dos Conselhos ProssionaisFoto: CFBio

A presidente do CFBio, Dra. Maria do Carmo Brando Teixeira; o Assessor Jurdico do CRBio-02, Dr. Flvio Torres Nunes e o Presidente do CRBio-01, Dr. Wlademir Joo Tadei

Coordenados pelo Frum dos Conselhos Federais das Prosses Regulamentadas (Conselho), Presidentes e Conselheiros Federais e Regionais dos conselhos de classes prossionais realizaram, em 24 de fevereiro, visitas s Lideranas partidrias na Cmara e Senado na busca de apoio e maior agilidade na tramitao do Projeto de Lei N 6.463/2009, quando tambm foi distribudo um manifesto preparado pelo Sistema CONFEA/CREA explicando a importncia deste PL para a sustentabilidade dos conselhos prossionais. O PL N 6.463/2009 visa regulamentar a denio de valores das anuidades pelos prprios Conselhos Federais.

O Coordenador do Conselho, Jos Augusto Viana Neto (presidente do CRECI-SP), no tem medido esforos e vem se empenhando junto ao Executivo e ao Legislativo, na expectativa de ver o PL aprovado ainda este ano. Neste sentido, tem proposto agenda de visitas na Cmara dos Deputados e no Senado Federal. Ressaltamos que o Sistema CFBio/CRBios tem participado dos fruns de discusso ocorridos em Braslia e em vrios Estados, tanto com representantes do Legislativo, como do Executivo. Nesta reunio o Sistema esteve representado pela Presidente do CFBio , Dra. Maria do Carmo Brando Teixeira,

o Presidente do CRBio-01, Dr. Wlademir Joo Tadei, o Assessor Jurdico do CRBio-02, Dr. Flvio Torres Nunes, e do Assessor Parlamentar do CFBio , Dr. Rogrio Corra Jansen .Entre os vrios parlamentares visitados, o Grupo esteve com o Deputado Federal Eudes Xavier (PT), que ser o relator do PL, expondo a angstia de um grupo de Conselhos, que j vem sofrendo com demandas judiciais, pela falta de uma legislao prpria. O deputado demonstrou interesse em apoiar o Grupo, e disse que acredita que como j h um entendimento positivo na Cmara e no Senado o mesmo poder tramitar com maior agilidade. A Senadora Ideli Salvatti (PT), recebeu tambm de forma acolhedora a comitiva de representantes dos Conselhos, e aps ouvir a solicitao do Grupo declarou seu apoio integral ao PL, dizendo que se o mesmo vier acertado com os Conselhos, l da Cmara, entrar pronto na pauta do Senado e poder ser aprovado rapidamente. A aprovao do PL colocar um m s brechas da legislao, garantindo a segurana necessria para que os Conselhos possam exercer suas funes de orientar e scalizar o exerccio prossional com qualidade e compromisso com a sociedade. Fonte: CFBio

Sistema CFBio/CRBios na Reunio Ato Mdico com o Senador Antonio Carlos ValadaresRepresentantes dos Conselhos Prossionais da rea da Sade, Associaes prossionais e a Coordenao do FENTAS (Frum das Entidades Nacionais dos Trabalhadores da rea da Sade) reuniram-se, no dia 24 de fevereiro, com o Senador Antonio Carlos Valadares, relator do PLS N 268/2002 (PLC N 7.703 C/2006 Ato Mdico) na Comisso de Constituio, Justia e Cidadania e com o Deputado Federal Lobbe Neto, em Braslia. O objetivo foi esclarecer as incoerncias do PL do Senado N 268 de 2002 e solicitar seu apoio contra o mesmo. Embora o tempo no tenha sido suciente para que todos os Conselhos se manifestassem, a reunio foi muito importante, pois mostrou ao Senador a unidade das treze prosses da rea da sade, na defesa da sade pblica e no apenas de seus espaos pro ssionais. Os que zeram uso da palavra foram unnimes, solicitando apoio quanto rejeio do PL, por denotar, entre outras, excesso de corporativismo dos mdicos, desrespeito s demais prosses da sade, alm de representar retrocesso, pois renega o carter inovador e eciente do SUS, no que tange a multidisciplinaridade na sade. O Sistema CFBio/CRBios se fez representar pelos Presidentes do CFBio, Dra. Maria do Carmo Brando Teixeira e do CRBio-01, Dr. Wlademir Joo Tadei. A Presidente do CFBio, em sua fala, disse que a sua prosso cujo

6 Abr-Mai-Jun/2010 CRBio-01 O BILOGO

ACONTECEsignicado estudo da vida - sente que este PL vai contra a misso dos Bilogos, pois ao atrelar todo e qualquer procedimento ao mdico interferir negativamente nos servios em prol da vida, especialmente daqueles menos favorecidos. Acrescentou ainda que alm dos pontos j levantados, h outros que interferiro no exerccio da Biologia, dada sua abrangncia, como nas anlises e diagnsticos nos servios de acompanhamento gentico, na docncia de disciplinas tpicas da Biologia e sempre ministradas pelos Bilogos como: Gentica, Microbiologia, Parasitologia, Entomologia Mdica, entre outras. Preocupa tambm ao Sistema CFBio/CRBios o PL estabelecer como privativo dos mdicos a administrao dos servios de sade, por ser este um conceito muito amplo. No entendimento do Sistema, tanto o PL do Senado, quanto da Cmara afronta a Constituio Federal por desrespeitar as demais prosses, sendo, portanto, inconstitucional. Finalizadas as falas e atendendo solicitao do Senador para que fosse formado um grupo para discusses futuras, chegou-se ao acordo que o grupo seria formado pelas 13 prosses, o FENTAS, o CNS, as Entidades Representativas de Ensino Superior e outras que se interessassem em aderir ao grupo. Fonte: CFBio

CRBio-01 lamenta a perda de Dr. Osvaldo Frota-Pessoamou-se em Histria Natural pela Escola de Cincias da Universidade do Distrito Federal (1938). Em seguida, o cientista graduou-se na Faculdade de Medicina da ento denominada Universidade do Brasil (1941), hoje UFRJ. No mesmo ano, cursou tcnicas de pesquisas biolgicas no Instituto Oswaldo Cruz e fez doutorado em Histria Natural na Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro, e passou a se dedicar pesquisa. Dr. Frota-Pessoa autor de diversos trabalhos nos campos da Gentica Humana e da Citogentica, e foi membro da Sociedade Brasileira de Botnica, de Gentica e da Academia Brasileira de Cincias (ABC). Construiu sua carreira norteada por trs vertentes: a pesquisa cientfica, a contribuio para melhorar o ensino e a divulgao cientfica. O reconhecimento de seu trabalho veio com inmeras premiaes, entre elas o prmio Jos Reis de Divulgao Cientca, do CNPq (1981), o prmio Kalinga, da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura, Unesco (1982) e Alfred Jurzikowyski, de pesquisa bsica relevante para a Medicina, da Academia Nacional de Medicina (1989). Em 2001, Dr. Osvaldo Frota-Pessoa concedeu entrevista ao Jornal Biologia do CRBio-01, na qual disse que os alunos devem buscar ativamente o conhecimento, desenvolvendo projetos e resolvendo problemas. Tambm deixou mensagem aos universitrios: Os jovens devem tomar em suas mos seu prprio desenvolvimento e no car apenas pendurados no professor. Somos ns que construmos nossas carreiras, e no os outros.Fonte: Folha de So Paulo e Jornal de Biologia do CRBio-01

Dr. Osvaldo Frota-Pessoa

No dia 24 de maro, faleceu em So Paulo, aos 93 anos, o Bilogo Prof. Dr. Osvaldo Frota-Pessoa. O cientista era professor emrito do Instituto de Biocincias da Universidade de So Paulo (USP). Nascido no subrbio da cidade do Rio de Janeiro, Dr. Frota-Pessoa for-

Curso de Percia Ambiental promovido CRBio-01 alcana suas metasO Curso de Capacitao: Perito Ambiental, realizado pelo Conselho Regional de Biologia - 1 Regio destinado aos Bilogos registrados, ultrapassou as expectativas mais otimistas. Assim que abertas, as vagas foram rapidamente preenchidas. Ao todo 52 Bilogos assistiram as 40 horas de aula nos dias 06, 13, 20 e 27 de maro e no dia 10 de abril, no Auditrio do Museu Biolgico do Instituto Butantan, em So Paulo (SP). O curso foi ministrado pelo Bilogo e Conselheiro do CRBio-01, Prof. Dr. Murilo Damato, que comentou: O curso superou todas as expectativas e foi um enorme sucesso. J existem solicitaes para que este curso seja ministrado no segundo semestre. Tambm foi solicitado pelos alunos que o Conselho promova regularmente novos cursos de capacitao na rea ambiental.Foto: M. E. Rivera

O BILOGO CRBio-01 Abr-Mai-Jun/2010 7

ACONTECE

EXPOPRAG 2010 ter participao do CRBio-01Esta quinta participao consecutiva do CRBio-01, pois entende que este um campo de atuao muito importante para o Bilogo, que est se aprimorando cada vez mais. Alm disso, o Bilogo o profissional que possui o aporte tcnico-cientfico e a habilitao legal necessrios para prestar servios com qualidade. A EXPOPRAG 2010 acontecer nos dias 09, 10 e 11 de setembro, no Centro de Convenes Frei Caneca, em So Paulo. Mais informaes: www.pragas.com.br/ expoprag2010/

O CRBio-01 conrmou sua presena na EXPOPRAG 2010, o maior evento do setor de controle de vetores e pragas urbanas da Amrica Latina. Promovida pela APRAG Associao dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas, a feira acontece bienalmente, desde 1996,

e rene especialistas de diversas partes do Brasil e do mundo. Oportunidade nica para conhecer as novidades em servios, produtos e equipamentos para o controle prossional de pragas. Paralelamente, realizado o congresso, onde so abordados diversos temas ligados ao setor.

Diretoria do CRBio-01 rene-se com deputado CapezFoto: M. E. Rivera

O assessor do deputado, Dr. Felice Balzano; Dr. Edison Kubo; Dr. Elizer Jos Marques; o deputado estadual Dr. Fernando Capez; Dr. Wlademir Joo Tadei; Dr. Luiz Eloy Pereira e Dra. Sandra Farto Botelho Trufem

Em 06 de abril, a Diretoria do CRBio-01 composta pelo presidente, Dr. Wlademir Joo Tadei; vice-presidente, Dr. Luiz Eloy Pereira; conselheiro-secretrio Dr. Elizer Jos Marques, e conselheiro tesoureiro, Dr. Edison Kubo e mais a conselheira Dra. Sandra Farto Botelho Trufem estiveram no escritrio do deputado estadual Fernando Capez, que preside a Comisso de Constituio e Justia da Assemblia Legislativa de So Paulo. O deputado tem se mostrado interessado nos assuntos pertinentes aos Bilogos. O encontro foi produtivo e serviu para avaliar o andamento de questes que envolvem a categoria prossional dos Bilogos nos mbitos da Legislao Estadual e Municipal. Vale lembrar que recentemente, o parlamentar solicitou Procuradoria-Geral de Justia do Estado de So Paulo a criao da Promotoria de Defesa Animal, a qual ter como atribuio especca a tutela de animais silvestres e exticos.

Laboratrio de pesquisa do Instituto de Biologia da UNICAMP investiga a sensibilidade de peixes aos pesticidasPesquisas realizadas no Laboratrio de Histosiologia e Histopatologia Experimental em Ectotrmicos (LHHEE) do Instituto de Biologia da UNICAMP, coordenadas pela Biloga e Profa. Dra. Sarah Arana (CRBio 02566/01-D), visam verificar a aplicabilidade de espcies brasileiras de peixes como bioindicadores de contaminao aqutica. O pacu (Piaractus mesopotamicus) encabeou a lista de espcies testadas pela equipe do Laboratrio, pela sua importncia nos ecossistemas onde se encontra, pelo seu valor scio-econmico e tambm pelo fato de haver registro da presena de vrios agrotxicos nas bacias do Pantanal do Mato-Grosso, em virtude da intensa agricultura praticada na regio. Os resultados preliminares de ensaios ecotoxicolgicos para avaliao da sensibilidade do pacu ao endosulfan, inseticida organoclorado de elevada toxicidade, muito contriburam nas medidas tomadas pelo Ministrio do Meio Ambiente e dos Recursos Renovveis (IBAMA) por ocasio do acidente ambiental ocorrido em novembro de 2008, quando 8.000 litros de endosulfan diludo em xileno foram lanados no Rio Paraba do Sul, na regio de Resende (RJ). Segundo a Dra. Sarah Arana, que realizou criterioso levantamento sobre o assunto, no h registros no mundo de um acidente dessas propores envolvendo o endosulfan. De fato, este pesticida j havia sido banido da Comunidade Europia e de vrios outros pases h anos, pelo risco que representa para a sade humana e pela elevada toxicidade para organismos

8 Abr-Mai-Jun/2010 CRBio-01 O BILOGO

ACONTECEaquticos. Em decorrncia do acidente, toneladas de peixes morreram, prejuzo que no s foi sentido de imediato pela comunidade pesqueira da regio, como trar srios danos ambientais no futuro, difceis de serem previstos dada a falta de dados sobre os efeitos a longo prazo desse tipo de contaminao e dessa reduo brusca do estoque pscicola.Foto: UNICAMP

Dos estudos do LHHEE j se sabe que o pacu bastante sensvel aos efeitos do endosulfan, mas h variaes individuais quanto essa sensibilidade, de forma que nem todos os peixes expostos mesma concentrao morrem, porm apresentam srias leses em rgos como o fgado, o rim e as brnquias. Com base nestas observaes, o que mais preocupa os pesquisadores so os efeitos a longo prazo de baixas concentraes que podem afetar tambm os rgos endcrinos e reprodutores dos peixes, o que pode acarretar sria reduo dos estoques e at comprometer a preservao de algumas espcies. Esse episdio, somado aos levantamentos em andamento na ocasio pela ANVISA sobre os efeitos do endosulfan

sade de brasileiros, culminou com a proibio do uso de agrotxicos que contenham endosulfan no Brasil a partir de setembro de 2009. Assim como o endosulfan, muitos outros agrotxicos alcanam as guas de rios e crregos, de maneira que h extrema necessidade de mais estudos como os que esto sendo conduzidos no Instituto de Biologia da UNICAMP, com o objetivo de conhecer melhor os efeitos agudos e crnicos dessas substncias, individualmente e tambm a possvel ao sinrgica desses vrios compostos, em espcies da ictiofauna brasileira. Tal conhecimento fundamental para nortear as agncias governamentais de fiscalizao, bem como a criao de leis mais rigorosas, com o intuito de preservar nossos recursos hdricos, pois depois que o acidente ambiental ocorre no h multa elevada o suciente que possa custear ou garantir a recuperao de todo um ecossistema, arma a Dra. Sarah Arana.

PS-GRADUAOFoto: M. E. Rivera

Ti t u l o d o P r o g r a m a d e P s Graduao(PPG): Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente rea(s) de Concentrao: Plantas Vasculares em Anlises Ambientais e Plantas Avasculares e Fungos em Anlises Ambientais Incio do PPG: Mestrado: 2003 Doutorado: 2003 Aprovado pela CAPES em: 30/12/2002 e publicao em DO: 31/12/2002 Conceito CAPES: incio 04, atual 04 N de dissertaes defendidas: 116 N de teses defendidas: 34 N atual de docentes: 34 N atual de discentes: 89 N de vagas/ano: 20 a 25

Esta seo trata sobre programas de ps-graduao nos Institutos de Pesquisa do Estado de So Paulo. A cada edio focaremos uma instituio. O Instituto de Botnica est vinculado Secretaria de Estado do Meio Ambiente, do Estado de So Paulo e tem como misso institucional desenvolver pesquisas na rea da Botnica, que norteiem a poltica ambiental estadual. O Instituto est localizado no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, onde tambm se encontram a

Reserva Biolgica e o Jardim Botnico, que esto sob a sua administrao. Possui tambm duas outras Unidades de Conservao, que representam os dois principais biomas do Estado: Mata Atlntica (Reserva Biolgica do Alto da Serra de Paranapiacaba) e Cerrado (Reserva Biolgica e Estao Experimental de Moji Guau). Desde 2003, mantm o seu programa de ps-graduao, nico do pas que abrange plantas avasculares at vasculares,incluindo fungos e cianobactrias.

Instituto de Botnica Av. Miguel Stfano, 3687 gua Funda - So Paulo (SP) 04301-902 Tel.: (11) 5073-6300 ramal 329 www.ibot.sp.gov.br/

O BILOGO CRBio-01 Abr-Mai-Jun/2010 9

ARQUIVO DO BILOGO

A fotografia faz parte da rotina de trabalho de muitos Bilogos. Esta seo da Revista publica fotos curiosas, interessantes, significativas e inusitadas da fauna, da flora, e de paisagens, captadas por Bilogos.

Flor de Couroupita guianensis Aubl. (Lecithydaceae), conhecida como abric-de-macaco, castanha-de-macaco, cuia-de-macaco, rvore-de-macaco, entre outras. Originria da Amrica do Sul (floresta amaznica), abrangendo principalmente o Amazonas, Par e Guianas. Foto tirada em um stio em Baro de Melgao, (MT). prximo ao Pantanal. Detalhe: abelhas no interior da flor.

A Biloga Dra. Ermelinda Maria De Lamonica Freire, CRBio 01233-01 D, professora e Conselheira do CFBio.

PUBLICAES

PARA DARWIN (FR DARWIN, 1864)Fritz Mller Traduo de: Luis Roberto Fontes e Stefano Hagen Editora da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC 280 p.O livro, publicado por Fritz Mller em 1864, foi pioneiro na apresentao e discusso minuciosa de provas factuais teoria da evoluo, proposta por Charles Darwin em 1859. Trata-se de obra decisiva na consolidao do evolucionismo darwinista, em poca de grande oposio, inclusive no meio acadmico. Apresenta estudos sobre crustceos, realizados em Desterro (atual Florianpolis, SC) entre 1861 e 1863, pelo naturalista Fritz Mller (cujo nome completo era Johann Friedrich Theodor Mller). A obra atual inclui a traduo do livro original (1864, Fr Darwin), com os aditamentos e correes do autor apresentados 2a edio (1869, Facts and arguments for Darwin), 6 resenhas bibliogrficas da poca, 4 necrolgios e vrias ilustraes. Os tradutores so os bilogos paulistas Luiz Roberto Fontes e Stefano Hagen. Embora seja basicamente um estudo realizado com crustceos, a obra atual no atende apenas ao interesse de carcinologistas. Destina-se aos estudiosos da evoluo biolgica, historiadores da cincia brasileira, bilogos em geral e pode se converter em uma boa leitura para quem quer saber um pouco mais sobre o darwinismo. Preo: R$ 32,00 Para comprar: http://www.editora.ufsc.br/ (entrar na livraria virtual e efetuar a busca) ou [email protected] ; [email protected] ; ou [email protected] ou por telefone: (48) 3721-8735; (48) 3721-9686 fax: (48) 3721-9680

INFORME SOBRE AS ESPCIES EXTICAS INVASORAS MARINHAS NO BRASILEditor Tcnico: Rubens Mendes Lopes Instituto Oceanogrfico da USP Ministrio do Meio Ambiente 437 p.A invaso de espcies exticas uma grande ameaa biodiversidade brasileira. Esta obra, que trata do assunto, composta por trs partes principais:1) aspectos metodolgicos da cincia da bioinvaso aplicados ao levantamento das espcies exticas invasoras marinhas; 2) fichas de espcies marinhas consideradas exticas na costa brasileira, com informaes sobre suas caractersticas ecolgicas e biolgicas; e (3) estrutura poltica, cientfica, institucional e legal existente no pas para a preveno, controle e monitoramento das espcies exticas marinhas. A publicao resultado de um projeto executado pela Universidade de So Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Marinha do Brasil, em parceria com a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministrio do Meio Ambiente, com o apoio do Programa das Naes Unidades para o Desenvolvimento (PNUD). O livro tem edio limitada e de distribuio gratuita. Entidades e profissionais interessados em obter um exemplar devem enviar e-mail para Vivian Pombo, Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministrio do Meio Ambiente: [email protected], citando como o tema espcies exticas marinhas se relaciona a sua rea de atuao.

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AGENDAXV CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOLOGIA CELULARData: 24 a 27 de julho de 2010 Realizao: Sociedade Brasileira de Biologia Celular Local: Centro de Convenes Bourbon, So Paulo (SP) Informaes: www.sbbc.org.br

2 CONFERNCIA INTERNACIONAL SOBRE CLIMA, SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL EM REGIES SEMIRIDAS (ICID 2010)Data: 16 a 20 de agosto de 2010 Realizao: Governo de Pernambuco Local: Centro de Convenes do Cear, Fortaleza (CE) Informaes: www.icid18.org

61 CONGRESSO NACIONAL DE BOTNICAData: 05 a 10 de setembro de 2010 Realizao: Sociedade Brasileira de Botnica e Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia Local: Manaus (AM) Informaes: www.61cnbot.com.br

ENCONTRO DE HISTRIA E FILOSOFIA DA BIOLOGIAData: 11 a 13 de agosto de 2010 Realizao: Associao Brasileira de Filosofia e Histria da Biologia (ABFHiB) Local: Instituto de Biocincias/USP So Paulo (SP) , Informaes: www.abfhib.org/ index_arquivos/ Encontro_2010.html

8 CONGRESSO DE INICIAO CIENTFICA EM CINCIAS AGRRIAS, BIOLGICAS E AMBIENTAISData: 29 de agosto a 02 de setembro de 2010 Realizao: Instituto Biolgico Local: Instituto Biolgico, So Paulo (SP) Informaes: www.biologico.sp.gov.br

EXPOPRAG 2010 - VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS / VIII FEIRA INTERNACIONAL DE PRODUTOS E SERVIOS PARA CONTROLE DE VETORES E PRAGASData: 09 a 11 de setembro de 2010 Realizao: APRAG (Associao dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas) Local: Centro de Convenes Frei Caneca, So Paulo (SP) Informaes: http://expoprag2010.wordpress.com/

INSTITUTO BUTANTAN - PROGRAMA DE ATENDIMENTO DIDTICO 2 SEMESTRE DE 2010 Cursos de Nvel BsicoAnimais Peonhentos Soros & Vacinas Insetos Venenosos Anfbios Microscopia

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

16 9 14 13 11 10 17 21 19 18 19 16 21 25

Cursos de Extenso UniversitriaCurso Estratgias para o Ensino de Microbiologia nos ensinos Fundamental e Mdio Informaes Bsicas em Animais Peonhentos A Biodiversidade de Rpteis, Anfbios e Outras Feras na Educao Ecologia e Evoluo de Serpentes Anfbios: Biologia, Taxonomia e Venenos Bioprospeco de Protenas Animais com Interesse Teraputico e Biotecnolgico Iniciao Cientfica Mecanismos Celulares que Modulam Sistemas Homeostticos Vacinas Bacterianas Virais e Recombinantes Animais de Laboratrio, uma Especialidade Aracndeos Lacraias Data 06 a 08 de julho 12 a 16 de julho 18 a 23 de julho 26 a 30 de julho 16 a 20 de agosto 23 a 26 de agosto 23 a 27 de agosto 13 a 16 de setembro 20 a 24 de setembro 04 a 08 de outubro 18 a 22 de outubro 08 a 12 de novembro

As inscries para os cursos devem ser feitas com antecedncia mnima de 15 dias. Idade mnima para participar: 15 anos. As unidades pblicas de sade e militares esto isentos nos cursos de Nvel Bsico. Informaes: Ncleo de Ensino e Divulgao Cultural (11) 3726-7222 ramal 2222 [email protected] www.butantan.gov.br O BILOGO CRBio-01 Abr-Mai-Jun/2010 11

DESTAQUEImagem meramente ilustrativa

gua de lastro e seus impactos

O desenvolvimento do comrcio internacional e a globalizao aumentaram o uxo do transporte de mercadorias entre os continentes. Um dos impactos mais visveis dessa atividade a introduo de espcies exticas, aquticas e terrestres, que ameaam o equilbrio ecolgico, pondo em risco a sobrevivncia das espcies nativas e trazendo problemas scio-econmicos e de sade. Entre os principais vetores responsveis pela introduo de espcies exticas est a gua de lastro dos navios. Essa gua, proveniente tanto de fontes marinhas quanto fluviais, bombeada para o interior de estruturas especiais de embarcaes para que estas tenham a sua segurana de navegao possibilitada. A gua de lastro faz parte das operaes cotidianas dos navios, especialmente dos de grande porte. Para falar sobre esse tema, entrevistamos o Bilogo e pesquisador do Instituto Oceanogrco da Universidade de So Paulo, Dr. Rubens Mendes Lopes (CRBio 06082/01-D), especialista em zooplncton, autor de inmeros trabalhos na rea e integrante de diversos projetos de monitoramento, avaliao e gesto ambiental. A gua de lastro Os tanques de lastro esto localizados na parte lateral, no fundo do casco das

embarcaes, e tambm na proa e na popa. Quando o navio est com pouca carga preciso colocar lastro nesses tanques para que o calado (parte da embarcao que vai da linha dgua at o nal do casco) permanea afundado, mantendo assim, a sua estabilidade. Muitas vezes a gua de lastro bombeada de forma assimtrica nos tanques para equilibrar as cargas. Dr. Rubens comenta: A grande questo ambiental envolvendo a gua de lastro que, ao ser captada, traz consigo organismos aquticos. Dependendo do histrico da gua captada, os organismos podem sobreviver no interior do tanque ao longo da viagem e serem liberados no ambiente receptor durante o deslastre, podendo se tornar um problema ambiental, sanitrio ou scio-econmico. O Bilogo lembra que os primeiros indcios de preocupao com a gua de lastro remontam ao incio do sculo passado, quando um pesquisador europeu que trabalhava com toplncton lanou a possibilidade que uma espcie de microalga extica na regio poderia ter sido introduzida por gua de lastro. Entretanto, a gua de lastro passou a chamar a ateno da Cincia principalmente a partir da dcada de 1970, quando os pesquisadores comearam a perceber que algumas novas ocorrncias estavam na verdade relacionadas a espcies introduzidas, devido

sua distribuio mundial disjunta (por exemplo, quando uma espcie antes s registrada no sudeste asitico era encontrada na costa brasileira). Alm da gua de lastro, o transporte martimo possui outros componentes que auxiliam a translocao de organismos. As atividades de rotina dos navios geram resduos, os quais so segregados em tanques de dejetos que podem conter organismos indesejveis. Muitas vezes o contedo dos tanques despejado sem controle. Outro componente: os prprios cascos dos navios so propcios s incrustaes de organismos. H inmeros registros de espcies exticas introduzidas dessa forma. Fala-se muito em gua de lastro, mas devemos pontuar que no o nico vetor de transferncia de espcies exticas; por exemplo, existem organismos introduzidos por meio da aquicultura, do comrcio de organismos vivos para aquariolia e at mesmo pela pesquisa cientca, quando h escape no intencional de organismos mantidos em laboratrio. Espcies invasoras e os impactos O tipo e a quantidade de espcies exticas esto relacionados ao vetor do transporte martimo. Na gua de lastro existe grande diversidade de formas de vida, que abrangem desde bactrias at

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DESTAQUEgrupos metazorios de maior tamanho, como larvas de peixes e medusas. Alm disso, no fundo e nas laterais dos tanques de lastro so depositados sedimentos, onde podem ser encontrados organismos bentnicos e cistos de microalgas, que constituem um dos grupos mais problemticos. As microalgas produtoras de toxinas podem formar cistos como meio de resistncia s variaes ambientais. Alguns invertebrados tambm possuem essa estratgia, liberando ovos de dormncia. Estes cistos ou ovos de dormncia depositam-se nos sedimentos que entram junto com a gua de lastro e muitas vezes cam inacessveis para amostragem. Por sua prpria caracterstica biolgica, os cistos so mais resistentes aos tratamentos fsicos ou qumicos, e por esse motivo so um grande desao para o manejo da gua de lastro, complementa Dr. Rubens.Foto: Luis Fabiano Baldasso

O Bilogo e pesquisador do IO/USP, Dr. Rubens Mendes Lopes

No caso da incrustao em cascos de navios, beneciam-se os organismos bentnicos, como moluscos, cirripdios, cracas, cnidrios e outros, que so capazes de aderirem ao substrato. Sendo bem sucedidos, sobrevivem ao trajeto do navio, podendo liberar propgulos e larvas, ou destacam-se do casco e ocupam o ambiente da regio onde chegam.Quanto aos tanques de dejetos, Dr. Rubens comenta: H o problema srio dos organismos patognicos, principalmente bactrias e vrus que podem tambm estar presentes na gua de lastro, mas que nesses tanques ocorrem em maior concentrao. Sobre as consequncias da introduo de espcies exticas no ambiente costeiro do Brasil, Dr. Rubens diz: At o momento os impactos detectados aqui so pontuais, tanto quanto disperso geogrca, quanto ao nmero das espcies introduzidas que conhecemos, atualmente

na casa de aproximadamente 60 espcies. O Bilogo observa que esse baixo nmero de espcies exticas marinhas no Brasil provavelmente decorre da falta de informaes em escala temporal. No temos histrico de registro de espcies que remonta a dcadas, como nos pases do hemisfrio norte. Atribuir a uma determinada nova ocorrncia o carter de espcie extica ou introduzida s vezes se torna difcil, porque pouco conhecemos sobre a distribuio dos organismos no ambiente costeiro do pas em perodos anteriores a dcada de 1970 ou at mais recentes, no caso de alguns grupos taxonmicos. A Biologia Molecular pode nos ajudar a elucidar essa questo, porque o repertrio gentico das espcies reexo de sua distribuio biogeogrca original, o que til para traarmos as rotas e a cronologia da invaso, quando for o caso. Dr. Rubens ressalta que no Brasil e no mundo em geral, existe pouco apoio para estudos de monitoramento ambiental de longa durao. O tema das espcies invasoras um exemplo de que esse tipo de estudo se faz muito necessrio. No adianta estudarmos um ambiente em determinado perodo, e no voltar l por 10 anos; preciso ter continuidade. As agncias de fomento devem ter essa preocupao. De fato, algumas iniciativas nesse sentido j comeam a gerar resultados importantes. Por exemplo, o Ministrio de Cincia e Tecnologia mantm um programa de estudos ecolgicos de longa durao e a FAPESP tem o projeto BIOTA/FAPESP, que poderia ser ampliado para dar suporte a monitoramentos de longo prazo. Isso muito importante, conclui o Bilogo. Espcies planctnicas, que so o objeto de estudo do Dr. Rubens, podem causar impactos de diversas ordens. As toxinas produzidas pelas microalgas planctnicas podem gerar problemas na sade pblica. Por exemplo, pessoas que esto no mar por lazer ou trabalho podem apresentar irritao nos olhos ou problemas respiratrios quando certas espcies orescem. Em outros casos, as microalgas entram na cadeia alimentar e suas toxinas se acumulam em moluscos e peixes, afetando os seres humanos pelo consumo de alimentos marinhos. J organismos planctnicos de maior porte, como as medusas, podem causar outros tipos de problemas. Alm do impacto direto relacionado ao contato de banhistas

Foto: Joel Creed

Tubastraea tagusensis Wells, espcie de coral, originria do Arquiplago de Galpagos. Recentemente, a espcie foi reportada em Ilhabela (SP). Introduo causada, acidentalmente, por incrustao em plataformas de petrleo e possivelmente tambm, pelo transporte em cascos de navios.

com guas-vivas, existem relatos em outras regies do mundo sobre a ruptura completa de teias alimentares aquticas causada pela introduo e posterior invaso de certos organismos gelatinosos, como os ctenforos. A introduo da espcie Mnemiopsis leydi no Mar Negro e regio, por exemplo, foi devastadora para a pesca e para as populaes humanas dela dependente. Tudo isso porque o ctenforo passou a consumir a maior parte do estoque de biomassa do zooplncton, retirando do ecossistema organismos que representavam o principal alimento dos peixes. Em relao sade pblica existe tambm o problema de espcies patognicas introduzidas. O caso mais emblemtico relacionado gua de lastro, segundo o Bilogo, a bactria Vibrio cholerae, que causa a clera. Endmica do ambiente marinho, esta bactria possui grande diversidade gentica. Diferentes cepas podem carregar a toxina colrica e tornar a doena endmica em uma dada regio. Entretanto, essas cepas podem ser transportadas por gua de lastro e, caso lanadas em reas propcias, interagem com as cepas locais ocasionando transmisso horizontal dos genes que levam a sntese da toxina. Acredita-se que foi assim que a stima

O BILOGO CRBio-01 Abr-Mai-Jun/2010 13

DESTAQUEFoto: Beatriz Torrano e Carlos E. Amancio

pandemia da clera chegou Amrica do Sul em 1991, a partir da zona costeira do Peru. Atravs da bacia amaznica, a clera espalhou-se pela costa brasileira e afetou grande nmero de pessoas, principalmente nas regies norte e nordeste. Provavelmente foi pela transferncia dos genes entre cepas exticas e nativas que houve uma disseminao to rpida, o que leva as autoridades sanitrias a se preocuparem com que a doena volte a qualquer momento. O surgimento repentino da doena pode ser exemplificado, segundo Dr. Rubens, pelo surto de clera que ocorreu em 1999 na baa de Paranagu (PR), uma regio em que a doena no ocorria desde o sculo 19. Na poca ele defendeu a idia de que a gua de lastro teria sido o vetor de transporte da cepa toxignica que se instalou temporariamente na rea e interagiu com as populaes locais da bactria, uma interpretao que no era sequer considerada pelas autoridades sanitrias. Naquela ocasio, conseguimos detectar o Vibrio cholerae em amostras ambientais, com o apoio de pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois a ANVISA formou um grupo de trabalho sobre o tema e convidou-nos para realizar o estudo exploratrio para deteco de espcies patognicas em gua de lastro. Foram amostrados 100 navios em diversos portos ao longo da costa brasileira. Esse estudo aconteceu entre 2001 e 2002, e teve participao na rea de microbiologia da Dra. Irma Rivera, do Instituto de Cincias Biomdicas da USP, que tambm atuava com o grupo de Maryland.Foto: Cassia Goalo

O caso do mexilho-dourado Citado frequentemente como exemplo de bioinvaso, o mexilho dourado (Limnoperna fortunei) uma espcie de gua doce, originria do sudeste asitico, que foi introduzida por meio da gua de lastro no porto de Buenos Aires, na Argentina, e dispersou-se ao longo da bacia do rio Paran. A espcie no comestvel e no possui valor comercial, porm capaz de aumentar rapidamente a sua populao sobre substratos consolidados. Por ocupar grandes reas, o mexilho-dourado traz prejuzos s operaes das usinas hidreltricas e sistemas de captao de gua para abastecimento. A alta concentrao dessa espcie pode prejudicar equipamentos utuantes, obstruir tubulaes e causar danos em turbinas, prejudicando o abastecimento de energia e gua das cidades, indstrias e setor agropecurio. Sobre os impactos ambientais, Dr. Rubens diz: Como todo molusco bivalve uma espcie que ltra a gua, retira dela a biomassa planctnica, causando alteraes na cadeia alimentar. Problemas semelhantes foram vericados na Amrica do Norte, provocados pelo mexilho-zebra (Dreissena polymorpha). O papel da ANVISA, Marinha do Brasil e Organizao Internacional Martima A ANVISA, em funo dos estudos realizados pelo grupo de trabalho sobre gua de lastro, estabeleceu a Resoluo RDC 217 em 2001, que regulamenta, entre outros procedimentos, que todas as embarcaes vindas de guas internacionais e atracadas nos portos brasileiros devem reportar o seu programa de gesto de gua de lastro a bordo. Essas informaes devem constar em formulrio especco, que obrigatoriamente entregue autoridade sanitria durante a inspeo da embarcao, para que esta ento comece a operar no porto. Todas as embarcaes que chegam aos portos brasileiros passam por este procedimento. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92) realizada no Rio de Janeiro em 1992, teve como um de seus principais resultados a Conveno sobre a Diversidade Biolgica, que estabeleceu diretrizes para a preveno, controle e erradicao das espcies exticas invasoras. A partir da, a Organizao Internacional Martima (IMO), rgo das Naes Unidas, estabe-

Caulerpa scalpelliformis var. denticulata, espcie de alga marinha originria de diversas localidades do ndico e Pacco. Esta espcie foi registrada na Baa de Ilha Grande (RJ)

O Bilogo Dr. Rubens Lopes trabalhando na FlowCAM, equipamento que possibilita a anlise automtica do toplncton e do microzooplncton, no laboratrio do IO/USP em Ubatuba (SP)

leceu discusses sobre a gua de lastro e suas implicaes para o meio ambiente, o que acabou revertendo em uma conveno internacional. A Conveno Internacional para Controle e Gesto da gua de Lastro e Sedimentos de Navios foi aprovada em 2004, mas ainda no entrou em vigor, pois precisa ser raticada por um nmero mnimo de pases que tenham uma porcentagem mnima do transporte de cargas global, e esse ndice ainda no foi atingido. O Brasil est para raticar a conveno, a qual j foi aprovada pelo Congresso, na forma de um decreto legislativo, complementa Dr. Rubens. A Marinha do Brasil, preocupada com a questo, criou a NORMAM20 (www.dpc.mar.mil.br/ normam/N_20/N_20.htm), que preconiza uma srie de cuidados para a gesto da gua de lastro. Entre as determinaes, est a de que todos os navios com escala em portos ou terminais brasileiros esto sujeitos Inspeo Naval, a m de determinar se esto em conformidade com esta Norma. Tambm determina a troca da gua de lastro em alto mar. Dr. Rubens explica: o navio bombeia para o tanque de lastro gua do porto, provavelmente com alta concentrao de organismos costeiros, estuarinos ou de gua doce, dependendo do local de origem. Essa gua deve ser trocada em alto mar, a pelo menos 200 milhas nuticas da terra mais prxima e em guas com pelo menos 200 metros de profundidade. Como a gua de alto mar de salinidade elevada, supostamente os organismos ali lanados no sobrevivem e no causam danos. Por sua vez, tambm os organismos ocenicos no acarretam impactos ao serem descarregados no porto de destino, porque no sobrevivem nas condies de guas costeiras. Ento, a salinidade se torna um traador da troca da gua de lastro.

14 Abr-Mai-Jun/2010 CRBio-01 O BILOGO

DESTAQUESobre o papel da Marinha, Dr. Rubens faz algumas observaes: A Marinha s faz inspeo por meio de amostragem nos tanques de lastro se a autoridade naval perceber algum problema potencial a partir do formulrio da gua de lastro. Entretanto, nem sempre o que est no formulrio a informao correta. Tivemos essa experincia no trabalho com a ANVISA, quando percebemos que mais da metade dos formulrios continha informaes que no procediam. Outro problema apontado pelo Bilogo que a salinidade no necessariamente um bom traador da troca da gua de lastro, pois existem casos em que a salinidade da gua porturia to alta quanto no alto mar. No Brasil h vrios casos assim. A plataforma continental no nordeste muito estreita, ento a gua ocenica chega at a costa em muitos portos, como em Recife e Salvador. Se o navio trocou a gua nesses portos, difcil determinar se a gua de fato ocenica ou se dali mesmo; nesses casos preciso fazer a anlise dos organismos, que so traadores do ecossistema. Atualmente, as empresas do setor de transporte martimo esto procurando desenvolver e instalar nos navios sistemas ecazes de tratamento da gua de lastro, atendendo s diretrizes da IMO que obrigam todos os navios a serem construdos a partir de 2014 a possurem tratamento a bordo. Navios mais antigos tero prazo de adaptao. Dr. Rubens diz que os testes realizados para validar esses sistemas possuem critrios bem estabelecidos. So requisitados testes a bordo nos navios, em situao real, porm a avaliao da gua do ponto de vista fsico, qumico e biolgico ainda baseada em mtodos tradicionais de coleta e de anlise. Como o acesso aos tanques difcil, as coletas so geralmente pontuais, mas o ideal seria um nmero de amostrasFoto: Jasar Cirelli/Paola Lupianhes DallOcco

maior em diferentes posies dos tanques e ao longo de diferentes momentos, desde a captao at o descarte da gua. Para o Bilogo, em grande parte dos testes feitos para validar os sistemas, no realizada uma avaliao estatstica adequada. O estgio atual do estudo da gua de lastro no Brasil A pesquisa sobre a gua de lastro e seus impactos intensicou-se a partir da dcada passada no pas. Em vrios momentos o Brasil tem atuado de forma decisiva na pesquisa sobre espcies exticas marinhas. Cito como exemplo a participao no programa GloBallast (Programa Global de Gesto da gua de Lastro) nanciado pela IMO, que consistia em um projeto demonstrativo sobre a gesto da gua de lastro nos portos. Foram escolhidos seis portos de pases em desenvolvimento, entre eles o de Sepetiba, no Rio Janeiro (atualmente denominado porto de Itagua), onde foram desenvolvidos estudos sobre a caracterizao da biota porturia e a avaliao de risco das embarcaes que ali atracam. O estudo baseado em dados ambientais e em dados operacionais das embarcaes foi muito importante para avaliao de riscos. Este trabalho em Sepetiba contou com a participao decisiva de pesquisadores da UFRJ, da UERJ e da Marinha do Brasil. O Bilogo destaca tambm a sua participao em estudo piloto promovido pelo Ministrio do Meio Ambiente sobre caracterizao do ambiente porturio e a anlise de risco nos portos de Paranagu e Antonina, ambos no Paran, projeto este coordenado pelo Prof. Luciano Fernandes, da UFPR. Tambm ressalta a atuao do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), instituio de pesquisa da Marinha, em Arraial do Cabo (RJ), que desenvolve estudo de avaliao do mexilho-dourado e participa de vrios outros projetos relevantes sobre o tema da bioinvaso. H grupos de pesquisa fortes trabalhando com espcies exticas marinhas, principalmente no Rio de Janeiro (UERJ e UFRJ), no Rio Grande do Sul (FURG e UFRGS), em So Paulo (USP) e agora est aumentando o interesse das instituies do nordeste, como a UFPE, em Pernambuco. Nosso grupo tem desenvolvido estudos aplicados para o monitoramento de gua de lastro. No momento estamos trabalhando em conjunto com pesquisador da Universidade de Wisconsin Milwaukee,

Prof. Rudi Strickler, que atua na rea de comportamento do plncton, utilizando tcnicas pticas inovadoras para detectar os organismos mesmo em guas turvas. Esperamos que em um futuro prximo os navios tenham um sistema de monitoramento contnuo da qualidade da gua de lastro em seus tanques, gerando informaes teis para aumentar a eccia do tratamento a bordo e para documentao junto s autoridades martima e sanitria. Esse seria um passo importante para minimizar os impactos globais da gua de lastro.Foto: Flvio Fernandes

Isognomon bicolor, espcie originria do Caribe, teve seu 1 registro no Brasil, na praia de Barequeaba, So Sebastio (SP), em 1994. Tem como vetores de disperso potenciais: gua de lastro, aquicultura e correntes marinhas.

Charybdis hellerii, espcie de crustceo, cuja entrada no Brasil foi facilitada por meio do aumento do trfego naval, sendo transportada via gua de lastro

Segundo Dr. Rubens, apesar dos esforos da Marinha e do Ministrio da Sade, a estrutura de preveno e controle de espcies exticas invasoras aquticas ainda muito pequena no Brasil. Para ele a estrutura precisaria ser ampliada, mas com investimento em tecnologia. virtualmente impossvel fazer o monitoramento das embarcaes de maneira contnua, com base nas tcnicas tradicionais de amostragem e anlise laboratorial. Os navios no podem esperar uma anlise car pronta para somente ento, iniciar a operao de carga e descarga. Acredito que, como pesquisadores e Bilogos, desempenhamos papel importante para solucionar esse problema. Podemos aplicar tcnicas que conhecemos ou desenvolver novas abordagens, que visem tornar mais efetivo o monitoramento da gua de lastro nos navios e portos. H interao grande com os setores produtivo e governamental na questo da gua de lastro e o campo multidisciplinar da atuao do Bilogo pode contribuir para desenhar sistemas de monitoramento adequados, tanto a bordo dos navios quanto nos portos e em seu ambiente de entorno.

O BILOGO CRBio-01 Abr-Mai-Jun/2010 15

Em Foco

Conservao de espcies de serpentes ameaadas atravs da criao e reproduo em cativeiroSilvia Regina Travaglia CardosoO litoral paulista possui grande nmero de ilhas, sendo a maioria de dimenses reduzidas e de gnese variada. Estes ambientes insulares so fontes importantes para estudos evolutivos, pois so constitudos de ecossistemas desaantes para a sobrevivncia das comunidades de plantas e animais, e o isolamento geogrco favorece a presena de espcies endmicas. Algumas ilhas so ecossistemas nicos, frgeis, alguns ainda com espcies desconhecidas, e que devem ser preservados. Por esse motivo so importantes todos os esforos que visem conservao de espcies endmicas e seus respectivos habitats. Duas ilhas do litoral paulista so bastante conhecidas pela sua importncia no cenrio ecolgico brasileiro: a Ilha da Queimada Grande, conhecida como ilha das cobras, situada a aproximadamente 33 km do municpio de Itanham, litoral Sul de So Paulo; e a Ilha de Alcatrazes, que faz parte do Arquiplago de Alcatrazes, municpio de So Sebastio, litoral norte de So Paulo, distando aproximadamente 35 km da costa. Em cada uma dessas ilhas habita uma espcie de serpente peonhenta endmica e com caractersticas biolgicas peculiares: Bothropoides insularis (= Bothrops insularis; jararaca ilhoa) na Ilha da Queimada Grande, e Bothropoides alcatraz (= Bothrops alcatraz; jararaca de Alcatrazes) na Ilha de Alcatrazes. Devido ao seu endemismo e degradao crescente de seus habitats, as duas espcies de serpentes esto ameaadas de extino. A espcie B. insularis apresenta hbitos semi-arbreos e algumas peculiaridades reprodutivas, sendo a populao formada por machos e fmeas que apresentam diferentes nveis de desenvolvimento do rgo copulador masculino. Com a ausncia de mamferos terrestres nessas ilhas, as serpentes tiveram que consumir outras presas. B. insularis apresenta variao ontogentica na dieta, os jovens alimentando-se de anfbios, lagartos e lacraias e os adultos principalmente de aves migratrias. Vale ressaltar que o veneno de B. insularis mais efetivo para matar aves do que mamferos. A espcie B. alcatraz uma serpente de pequeno porte, que pode ser encontrada no solo ou sobre a vegetao baixa e se alimenta durante toda a vida principalmente de lacraias, lagartixas e pequenos anfbios.Foto: Silvia R. T. Cardoso

Exemplar de Bothrops insularis

Na constatao da situao vulnervel dessas espcies de serpentes, alguns exemplares foram coletados e mantidos no Laboratrio de Herpetologia do Instituto Butantan, onde so realizados trabalhos de criao e reproduo desses animais. So serpentes que exigem cuidados especiais, pois alm de suas populaes estarem ameaadas, habitam locais protegidos e no devem ser retirados da natureza indiscriminadamente. Exemplares de B. alcatraz so mantidos h anos no biotrio (os mais antigos so mantidos h 10 anos), e nenhuma morte foi registrada. Em cativeiro essas serpentes passam a maior parte do tempo sobre os galhos colocados em seus terrrios, e aceitam camundongos como alimento, mas tambm so oferecidas lagartixas e anfbios esporadicamente. O nico exemplar macho chegou ainda lhote ao laboratrio, e foi preciso esperar sua maturidade sexual (por volta dos 18 aos 24 meses de idade) para iniciar as tentativas de reproduo em cativeiro. At o momento trs cpulas

da espcie j foram registradas, mas as fmeas no completaram a gestao. Da espcie B. insularis so mantidos em cativeiro um macho e uma fmea, ambos nascidos no Laboratrio de Herpetologia e atualmente com 12 e 10 anos de idade respectivamente. B. insularis tambm aceita camundongos e ratos como alimento e, s vezes, so oferecidos pintinhos para variar a alimentao. Algumas cpulas da espcie haviam sido registradas, porm a fmea tambm no completava a gestao. Finalmente, em decorrncia de uma cpula registrada em 2008, em maro de 2009 nasceu a primeira ninhada proveniente de cpula em cativeiro, gerando quatro lhotes que esto se desenvolvendo muito bem. Em fevereiro deste ano nasceu a segunda ninhada (mesmos pais da ninhada anterior) com seis lhotes. Alm dos trabalhos de desenvolvimento e reproduo em cativeiro, as atividades biolgicas dos venenos dessas espcies tambm esto sendo estudadas pela equipe da pesquisadora Maria de Ftima D. Furtado, tambm do Laboratrio de Herpetologia (temas abordados na edio 11 da Revista O Bilogo). Assim como a dieta desses animais em seu habitat diferente das serpentes do continente, algumas toxinas de seus venenos tambm so diferentes, e muitos resultados interessantes podem ser obtidos atravs desse raro material biolgico. Esses so importantes passos para a conservao dessas espcies ilhoas, que aparecem como criticamente em perigo na lista vermelha das espcies ameaadas de extino no mundo (The IUCN Red List of Threatened Species www.iucnredlist. org), na do IBAMA (2003) e tambm na lista da Fauna Silvestre Ameaada do Estado de So Paulo (2008).Silvia Regina Travaglia Cardoso, Biloga, CRBio 14.731/01-D, pesquisadora do Laboratrio de Herpetologia do Instituto Butantan

16 Abr-Mai-Jun/2010 CRBio-01 O BILOGO

RESOLUOResoluo CFBio N 213, de 20 de Maro de 2010Estabelece os requisitos mnimos para o Bilogo atuar em pesquisa, projetos, anlises, percias, scalizao, emisso de laudos, pareceres e outros servios nas reas de meio ambiente, sade e biotecnologia. O CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA, Autarquia Federal, com personalidade jurdica de direito pblico, criada pela Lei n 6.684, de 03 de setembro de 1979, alterada pela Lei n 7.017, de 30 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto n 88.438, de 28 de junho de 1983, no uso de suas atribuies legais e regimentais que lhe so conferidas pelo inciso I do artigo 1 c/c os incisos I a III do artigo 2 c/c os incisos II, III e XII do artigo 10 c/c o inciso XVIII da Lei n 6.684, de 03 de setembro de 1979, c/c o Decreto n 88.438, de 28 de junho de 1983, frente necessidade de estabelecer os requisitos mnimos para o Bilogo atuar em pesquisa, projetos, anlises, percias, scalizao, emisso de laudos, pareceres e outros servios nas reas de meio ambiente, sade & biotecnologia e produo. Considerando o Parecer do GT Reviso das reas de Atuao/CFBio 01/2010, aprovado pelo Parecer CFBio 02/2010- CFAP e Parecer CFBio 04/2010-CLN aprovados na CXXXIII Reunio Ordinria e 231 Sesso Plenria do CFBio, realizada em 20 de maro de 2010; RESOLVE: Art. 1 Para ns de atuao em pesquisa, projetos, anlises, percias, scalizao, emisso de laudos, pareceres e outros servios nas reas de meio ambiente, sade e biotecnologia, o Bilogo graduado em cursos especicados no art. 1 da Lei n 6.684/79, dever ter cumprido uma carga horria mnima de 2.400 horas de componentes curriculares especcos das Cincias Biolgicas nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais em Cincias Biolgicas, de acordo com a rea de conhecimento, incluindo, atividades obrigatrias de campo, de laboratrio e adequada instrumentao tcnica. Pargrafo nico. O Bilogo que no comprovar as exigncias de carga horria e contedos no curso de graduao, conforme previsto no caput deste artigo poder complementar sua formao por meio de educao continuada em uma das reas - meio ambiente, sade e biotecnologia, conforme especicado no Parecer do GT Reviso das reas de Atuao/CFBio 01/2010. Art. 2 Para ns de atuao em pesquisa, projetos, anlises, percias, scalizao, emisso de laudos, pareceres e outros servios nas reas de meio ambiente, sade e biotecnologia, os graduandos em Licenciatura e Bacharelado em Cincias Biolgicas que colarem grau a partir de dezembro de 2013 devero atender a carga horria mnima de 3.200 horas, contemplando atividades obrigatrias de campo, laboratrio e adequada instrumentao tcnica conforme Parecer CNE/CP 1.301/2001, Resolues CNE/CP 07/2002 e CNE/CP 04/2009. Pargrafo nico. Na carga horria referida no caput deste artigo devero estar includos os contedos de formao bsica e os de formao especca nas reas de meio ambiente, sade ou de biotecnologia, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Cincias Biolgicas e do Parecer do GT Reviso das reas de Atuao n 01/2010. Art. 3 O Sistema CFBio/CRBios solicitar ocialmente s autoridades competentes dos Cursos de Cincias Biolgicas os Projetos Pedaggicos de Curso (PPC), visando integralizar a anlise do currculo efetivamente realizado pelo egresso para sua adequada atuao no mercado de trabalho. Art. 4 Esta Resoluo entrar em vigor na data da sua publicao, aplicando-se exclusivamente aos registros que venham a ser efetivados pelos Conselhos Regionais de Biologia a partir desta data, preservando o exerccio prossional dos Bilogos que j tiveram o registro homologado. Maria do Carmo Brando Teixeira - Presidente do Conselho (Publicada no DOU, Seo 1, de 24/03/2010)

INSCRITOS RELAO DE BILOGOS COM REGISTROS HOMOLOGADOS NO ANO DE 2009Segunda e ultima parteN68464/01-P 68465/01-D 68466/01-D 68467/01-D 68468/01-D 68469/01-D 68470/01-P 68471/01-D 68472/01-D 68473/01-P 68474/01-D 68475/01-D 68476/01-D 68477/01-D 68478/01-D 68479/01-D 68480/01-P 68481/01-P 68482/01-P 68483/01-D 68484/01-D 68485/01-D 68486/01-D 68487/01-D 68488/01-D 68491/01-D 64745/01-D 68040/01-P 68062/01-D 68143/01-D 68240/01-P 68241/01-D 68267/01-D 68299/01-P 68412/01-P 68489/01-D 68490/01-D

BILOGOLUS RODOLFO JUNQUEIRA VELONI LUCIA MARIA ARMELIN CORREA KATIA BRAIMIS FIORAVANTI PAOLA MITIE APARECIDA GARCIA RITA DE CASSIA VIOLIN PIETROBOM ANDRIA DE FIORI LETICIA DISCONZI WILDNER REGIANE PRISCILA CARVALHO DE MAGALHES RONALDO COELHO ANA PAULA ARGOZINO DUARTE CESAR AUGUSTO DE MATOS DOMINGOS RENATO BORGES DE CARVALHO FABIANA ALVES DA SILVA ROGRIO MARTINS BORGES LETICIA PERLATTI CRISTAL COELHO GOMES FABIO GILBERTO DONA FALLA CAMILA APARECIDA OLIVEIRA MAIELLO MARINA DE BRITO RAMOS VANESSA ROMERO GODOFREDO RAFAEL RAMOS DA SILVA MORADEI THIAGO PHILIPE DE CAMARGO E TIMO LUCILA ANTUNES LUZ SANTOS MAURICIO POSSEDENTE DOS SANTOS LEONARDO RODRIGUES SARTORELLO GABRIEL FONSECA ALEGRE LUCIANA COSTA DOS SANTOS PEDRO PAULO DA SILVA SUELLEN SERAFINI SOKOL EDIVALDO SEBASTIO RAMOS ALEXANDRE JOSE DOS SANTOS RICARDO FELIPE YAGO LASCANE DANIELE MENEZES SOUZA DE ANDRADE DANIELE COUTINHO DOS SANTOS INDIANARA AQUINO DE AZEVEDO ROCHA DIEGO SWERTS MICIELI JULIANO JAMPIETRO

N68492/01-D 68493/01-P 68494/01-D 68495/01-P 68496/01-D 68497/01-P 68498/01-D 68499/01-D 68500/01-P 68501/01-P 68502/01-D 68503/01-D 68504/01-D 68505/01-D 68506/01-D 68507/01-P 68508/01-P 68509/01-D 68510/01-D 68511/01-P 68514/01-P 68515/01-P 68516/01-P 68517/01-P 68518/01-P 68519/01-P 68520/01-P 68521/01-P 68523/01-P 68524/01-P 68525/01-P 68526/01-P 68527/01-P 68528/01-P 68529/01-P 68530/01-P 68531/01-P

BILOGORENATA TIGULINI DE SOUZA ALESSANDRA BERNARDO ANTONIO RAQUEL KARINA PEREIRA THAIS PINHEIRO BORGES DE MEDEIROS MARTA APARECIDA PANNOCCHIA PAULA FONSECA DOMINGUES JOSE ROBERTO GOMES DE PAULA JUNIOR ALISSON JOS BATARRA CAROLINA DE CAMPOS GALVAO CAU MONTE CHELLI JANANA SIMONE DE NADAI DE SOUZA FABIO PIRES MACHADO MARIAH VALENTE BAGGIO VANESSA HERMIDA FIDALGO FRANCIANE JANUCCI BENITES MARLIA GAZZA ALVES VITOR INTI YUKI EDSON TIMOTEO SOARES MICHEL METRAN DA SILVA KELLEN CRISTINA ANDR BICICCHI ARIANA RODRIGUES YAMADA FELIPE ARTUR VIEIRA SANTOS MICHELE APARECIDA SANTANA NARA INACIO LUCCAS ORLANDO LUIZ AMADO GIARLETTI RENATA PACHECO NASCIMBEM GRAZIELLE DIAS POSCOLERE FERNANDA IACONTINO CATHERINE ABUD SCOTTON TAMIRIS FILIPAVICIUS CAMACHO STEPHANIE CONTE WENCESLAU SANCHEZ RITA DE CASSIA LIRA SERRA PATRICIA NAGAOKA MONIK DE CASSIA SENA DE ALMEIDA ADRIANA MARCELINO ALMEIDA ANA MARTA SOUZA DA CUNHA FRANCISCO ANNA LUIZA SILVA BIANCHI

N68532/01-P 68533/01-P 68534/01-P 68535/01-P 68536/01-P 68537/01-P 68538/01-P 68539/01-P 68540/01-P 68541/01-P 68543/01-P 68544/01-P 68545/01-P 68546/01-D 68547/01-D 68548/01-D 68549/01-D 68550/01-D 68551/01-D 68552/01-D 68553/01-P 68554/01-P 68555/01-D 68556/01-D 68557/01-D 68558/01-D 68559/01-D 68560/01-D 68563/01-D 68564/01-D 68565/01-D 68566/01-P 68567/01-D 68568/01-D 68569/01-D 68570/01-P 68571/01-D

BILOGOALINE FERREIRA DE CARVALHO CAROLINA YAMAGUCHI DELMITA GOMES BARBOSA SILVA FERNANDA GRACEK GABRIELE REGINA DE FARIA FERREIRA JENIFFER ZAMPERLIN DE MORAES KARLA RIBEIRO DE CASTRO MARIO SERGIO SANTOS LOPES NATASHA CERETTI MARIA PALOMA FLORIANO NOGUEIRA PRISCILA RODRIGUES DE SOUSA SAMANTHA KELEN BUENO WILLIAN FRANCISCO ROCHA RODRIGO TSUJI MILENA GIORGETTI AMALHA VILEIDE DO NASCIMENTO RAMON GUSTAVO SANTOS GARCIA ERIKA SAYURI KAIHARA THALASSA POSSATTO FURBETTA JUCIARA DA COSTA SILVA MARCIO MOSCON CGO ZIRALDO CARVALHO DE FIGUEIREDO ADEMARIA MOREIRA NOVAIS ALESSANDRA MUNARETTO JOO ANTONIO SANCHES FAIRA RIBEIRO HAMIDA DO CARMO PENINO MORAES E SILVA SHEYLA LUCIA ROMAN KATO RAUL ALFFONSO RODRIGUES ROA MARIELLA ARAUJO LUNA VELLOSO LETICIA DOS SANTOS OLIVEIRA GUSTAVO VERNA E SILVA JOSE ALEXANDRE FROES BRENO NEVES DE ANDRADE AMANDA APARECIDA RIBEIRO VICTOR JUN ITI MAEDA MARILZA FRANCHI PIRES BROZEGHINI

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INSCRITOSN68572/01-D 68573/01-D 68574/01-P 68575/01-P 68576/01-D 68577/01-D 68578/01-D 68579/01-D 68580/01-D 68582/01-D 68583/01-D 68584/01-D 68585/01-D 68586/01-P 68587/01-D 68588/01-D 68589/01-D 68590/01-P 68591/01-P 68592/01-P 68593/01-D 68594/01-D 68595/01-D 68597/01-D 68598/01-D 68599/01-D 68600/01-D 68601/01-D 68602/01-P 68603/01-D 68604/01-P 68605/01-P 68606/01-D 68607/01-D 68608/01-D 68609/01-D 68610/01-D 68611/01-P 68612/01-D 68613/01-P 68614/01-D 68615/01-D 68616/01-P 68617/01-D 68618/01-D 68619/01-P 68620/01-D 68621/01-D 68622/01-P 68623/01-P 68624/01-D 68625/01-D 68626/01-D 68627/01-D 68628/01-D 68629/01-D 68630/01-D 68631/01-D 68632/01-D 068633/01-D 68634/01-P 68635/01-D 68636/01-P 68637/01-D 68638/01-P 68639/01-D 68640/01-D 68641/01-D 68642/01-D 68643/01-D 68644/01-D 68645/01-P 68646/01-D 68648/01-D 68649/01-D 68650/01-D 68651/01-D 68653/01-P 68654/01-P 68655/01-D 68656/01-D 68657/01-D 68658/01-D 68659/01-D 68660/01-P 68661/01-D 68662/01-D 68663/01-D 68664/01-D 68665/01-D 68666/01-P 68667/01-P 68668/01-D 68669/01-D

BILOGOKAISER DIAS SCHWARCZ THAIS MALAQUIAS PASTOR RODRIGO ADO PIEROBON ROGERIO FRANCO FLORES TEZORI ANDRE LUIS SILVESTRE DANIEL CLEMENC AGUIAR LEITE JUNIOR LETICIA FRANCO BISSON ARIANE CORTIZO PEREZ PEREIRA FABIO VILLANI BRUNA SCHWARZ RIBEIRO JULIANA DE MARIA FELIX CAMILA CALDEIRA SILVA VIVIANE BELARMINO BARBOSA MARIA PRISCILA SILVERIO BRUNO JULIA LAMPARELLI BRANDAO PEREIRA ANDREA GOMES FERNANDES DA SILVA MARIA HELENA DE CARVALHO E MELLO CLAUDIA LUCIA QUEIROZ FORTES MAURA LIMA PEREIRA PRISCILA SEMENARA FERNANDES MARCOS ROGERIO ROSA BEATRIZ ANTONIETA LOPES SALOMO DEISE CRISTIANE DE OLIVEIRA SIMONE SILVEIRA DA NEVES TAISA TREVIZANI ROCCHETTI ADRIANA FEIO PASTANA KALINE DE OLIVEIRA VARGES LILIANE FERREIRA E SILVA LONGHI EDUARDO ANTONIO ANANIAS RAFAEL DE MORAES PETECOF CLAUDIA SANTOS WANIA DOS SANTOS SILVA THELMA REGINA GABRIEL DA SILVA CLAUDIA CRISTIANE LADEIRA DE SOUZA CSSIA GONGORA GOALO LAIS DE AZEVEDO CALDEIRA ADRIANA TEODORO DA SILVA SARAIVA LETICIA NOGUEIRA FEITOSA MARIA LETICIA BUOSI DA COSTA MARCUS VINICIUS BRANDO DE OLIVEIRA CAROLINE YURA KUBOTA MARIA ANGELICA BARBOSA BECCATO MAILA GISELE CAVAGIONI DANIELE CRISTINA FERNANDES FERNANDA MENDES DA SILVEIRA ROSINEIDE CRISTINA DE AGUIAR ALONSO JESSICA FERRARI GEOVANIA CALDAS ALMEIDA SUELI APARECIDA SANTOS ALVES WAINER SANDRA ANTONIA CORREA GLAUCY DA COSTA ALVES NEEMIAS NUNES MARTINS LUCIANI PICOLO MATHEUS FIGUEIREDO MULLER DANIELLE OGATA MOREIRA GONALVES ANDREZZA NEVES RODRIGUES ANDREIA APARECIDA DE OLIVEIRA SILVA RENAN DARIN BERNARDI VANESSA DE SOUZA MORENO TATIANA CAROLINE SILVEIRA CORREA LUELMA CAMPOS TRINDADE DE SOUSA ALESSANDRA PEREIRA MAJER RAFAEL DE FREITAS MARIN APARECIDA PERPETUO FEDOSSI SILVEIRA DENISE DELABIO DARIN WESLEY DANIEL SOUZA DOS SANTOS CLAUDIO MARCIO DE ANDRADE KAREN LUIZE ALVES DI LORENZO KATIUSCIA DA SILVA COELHO REGINA LUCIA TALHETA VIDAL CORREIA RENATO NAVILLI RAQUEL MAZETTO JULIANA PAVANELLO GODOY PEDRO SOLANGE MARIA DOS SANTOS SOUZA MARCO ANTONIO CORDEIRO MITIDIERI JUCILEIA FERREIRA DE SOUSA ROBERTA TONOLLI CHIAVONE DELCHIARO FABIANO AUGUSTO DA SILVA RINALDO CALHEIROS GOMES REGINALDO VICENTE RIBEIRO LEANDRO LOURENO DA SILVA SMADY KELLEN NUNES DE MORAES CRISTINA MORAES JUNTA DIEGO LOURENO PERROTE AMAURI TADEU DE ANDRADE CAMILLA DA SILVA BIM CINTIA CRISTINA SANTOS ELIANAI CAROLINE MACEDO TARCILENE DE CAMPOS ZAINA DAIANA APARECIDA DAMIO GONZALO TILZA LETICIA MESTIERE JULIANE DE CAMPOS INACIO LUCIANA BONOME ZEMINIAN DANIEL CICCI DURCE

N68670/01-D 68671/01-D 68672/01-D 68673/01-D 68674/01-P 68675/01-D 68676/01-D 68677/01-D 68678/01-D 68679/01-D 68680/01-D 68681/01-D 68682/01-P 68683/01-D 68684/01-D 68685/01-D 68687/01-D 68688/01-P 68690/01-D 68691/01-P 68692/01-D 68693/01-D 68694/01-P 68695/01-P 68696/01-D 68697/01-D 68698/01-D 68699/01-D 68700/01-P 68701/01-P 68702/01-D 68704/01-D 68705/01-D 68706/01-D 68707/01-P 68708/01-D 68709/01-D 68710/01-D 68711/01-D 68712/01-P 68713/01-D 68714/01-D 68715/01-D 68716/01-D 68717/01-D 68718/01-D 68719/01-D 68720/01-D 68721/01-D 68722/01-D 68723/01-D 68725/01-D 68726/01-D 68727/01-D 68728/01-D 68729/01-D 68730/01-P 68731/01-D 68732/01-D 68734/01-D 68735/01-D 68736/01-D 68737/01-D 68738/01-P 68739/01-P 68740/01-D 68741/01-P 68742/01-D 68743/01-D 68744/01-D 68745/01-D 68746/01-D 68747/01-P 68748/01-P 68749/01-D 68750/01-D 68751/01-D 68752/01-D 68753/01-D 68754/01-P 68755/01-P 68756/01-D 68757/01-D 68758/01-D 68759/01-D 68760/01-D 68761/01-P 68762/01-D 68763/01-D 68764/01-D 68765/01-P 68766/01-P 68767/01-D 68768/01-P

BILOGOERIKA COUTINHO TEIXEIRA GIULIANA CORSINI REZENDE DA COSTA DE ARAUJO ANA CRISTINA DE CAMARGO DA COSTA JULIANA VITALI SERAFIM PRISCILA DE FATIMA FORTE GREGRIO DOS REIS MENEZES PAULA CAROLINE DOS REIS OLIVEIRA LUCIANA RIBEIRO MONTENEGRO LARYSSA YUMI YAMAMOTO PATRICIA CARLA DE OLIVEIRA ALEX FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA CIBELI MACHADO MARTINS BRBARA INCIO DE OLIVEIRA GISELA RAMOS TERARIOLI HERBERT SANTO DE LIMA VANESSA ANACLETO SILVA ANA LETCIA GORI LUSA ALEXANDRE BATISTA DO CARMO ELZA SERRA DA CRUZ CELIO RODRIGUES COSTA ANDR MURTINHO RIBEIRO CHAVES THAS DA CRUZ ALVES DOS SANTOS SUELLEN SANT ANA DE CARVALHO LIGIA CRISTINA OZI DE OLIVEIRA ANA ELISA PEREIRA DA SILVA TIAGO HENRIQUE VERNINI ANA ELISA SESTINI ARIANE DI TULLIO CAMILA PEREZ DA SILVA LUCELIA MARQUES DOS SANTOS ADRIANA MEGUME DA SILVA WAKINAGUNI DANIELA BONAPARTE PEREIRA ROSELI CRISTINA LARANJEIRA FELIPE AUGUSTO GASPAROTTO EDER PEREIRA DANIEL RODRIGUES SILVA FERNANDES VARELA MARIANA CRISTINA PEREIRA VINICIUS DE ARAUJO KLIER VIVIANE DE SANTANA SORAYA CARAMICO GIORDANO RUBENS ANTONIO PEREIRA JUNIOR MARISILVIA ROSSETTO DORIS CYRILLO JANAINA DO AMARAL VIEIRA MONIKY RUFINO DOS SANTOS REBECA BACCARIM SIQUEIRA AMELIA CRISTINA ELIAS DA PONTE SILVIA MARIA CASTEX ALY CLARO MARILIA FERNANDES MASCARENHAS SIRIANNI THIAGO MATHEUS BREDA DENISE FRANCYELLE BOLOGNESI SILVA MARLENE ALVES DE DEUS OLIVEIRA ROICE ELIANA ROSIM FLAVIA HELENA DA SILVA MARLENE COSETIN ELAINE CRISTINA ALEXANDRE LUIS FELIPE ROCHA ROSA STELMO SABINE POMPIA ALDIA BALDAN RUIZ RENATO AUGUSTO JUNQUEIRA GAIGA JOCELI OLIVEIRA BARBOSA ALESSANDRA CRISTINA DOS SANTOS GABRIELA NIEMEYER CALVOSO DINOLA CINDY RENATA DEZEN SPLICIGO MARCOS SPLICIGO MARIANA GUEDES RIBEIRO SANTOS ANTONIO MOLLO NETO VANESSA RENATA RAMOS GUILHERME TALLIA MENDES DE BARROS MARCELO ANTONIO BARAUNA HOMERO VICENTE FERREIRA DANILLA MARQUES DE OLIVEIRA FELIPE AUGUSTO ZANUSSO SOUZA BEATRIZ DE OLIVEIRA ADEMIR RODRIGUES DE OLIVEIRA MARCELO DEL BEL ROBERTO CESAR STAHL SARA LIVIA DA SILVA FERNANDES DA MATTA SOHEMYS SILVESTRE BODINE MARCUS VINICIUS ARIETTI NAIS MICHELLE BARBOSA FACCHINI SILVA ANA PAULA JIORA CATIA SUELI FERNANDES PRIMON LUCAS OLIVEIRA SOUSA DIEGO DE LIMA ROSA JULLYANA CRISTINA MAGALHES SILVA MOURA TATIANA GANASEVICI FERNANDES KATIA FERREIRA TOMAZ CRISTIANE GONALVES DA SILVA CAMILA VICENTE BONFIM ADRIANA DA ROSA CORREA MARISA SAWATANI GISLENE SANTOS DE OLIVEIRA RENATA GASPAROTTO PALEARI

N68769/01-D 68770/01-P 68771/01-D 68772/01-D 68773/01-D 68774/01-D 68775/01-D 68776/01-D 68777/01-D 68778/01-D 68779/01-D 68780/01-D 68782/01-D 68786/01-D 68790/01-D 68149/01-D 68308/01-D 68309/01-D 68395/01-D 68422/01-P 68512/01-D 68513/01-D 68522/01-D 68542/01-P 68581/01-P 68647/01-D 68686/01-D 68703/01-D 68724/01-D 68733/01-D 68781/01-D 68783/01-D 68784/01-P 68785/01-D 68787/01-D 68788/01-D 68789/01-P 68791/01-D 68792/01-D 68793/01-P 68794/01-D 68795/01-P 68796/01-D 68797/01-D 68798/01-D 68799/01-D 68800/01-P 68801/01-D 68802/01-D 68803/01-D 68804/01-P 68805/01-D 68806/01-D 68807/01-P 68808/01-P 68809/01-D 68810/01-D 68811/01-P 68812/01-D 68813/01-P 68814/01-P 68815/01-D 68816/01-P 68817/01-P 68818/01-D 68819/01-D 68820/01-P 68821/01-P 68822/01-D 68823/01-P 68824/01-D 68825/01-D 68826/01-D 68827/01-D 68828/01-D 68829/01-D 68830/01-D 68831/01-D 68832/01-D 68833/01-P 68834/01-D 68835/01-D 68836/01-D 68837/01-D 68838/01-P 68839/01-P 68840/01-P 68841/01-P 68842/01-P 68843/01-D 68844/01-D 68845/01-D 68846/01-D 68847/01-D

BILOGOSABRINA CARNEIRO SICCHI SILAS DE LIMA VIEIRA CAROLINA PRADO DE FRANA CARVALHO TATIANE NAOMI TAKAHASHI SANDRA NOVAES TEIXEIRA ALICRIM SUELLEN CRISTINA PIRES DA SILVA ROBERTA DOMINICI MARCELO DE CARVALHO PERAZZA MARCELA COZATTI GREICE KELLY BARBOSA ALEX SANDRO LUIZ DOS SANTOS RIBEIRO JOAO MANOEL DE CASTRO GISELE CRISTINA DEDEMO FABIANA PESTANA BARBOSA JULIANA ARAUJO MASIRONE VANESSA LEONORA GOMES FABIANA DE OLIVEIRA BRANCHINI GISELE CRISTINA SEBRIAN LUIZ CLAUDIO MARTINS JOAQUIM EDVANIA RODRIGUES DA SILVA SANDRA AZANHA FELTRIN SHIMENY PEREZ GARCIA JOSE GUILHERME DE SOUZA GALVAO MARIA IVONETE ALVES SANTOS CAIO BARBOSA PRATES FABIO LEAL BOSCOLO PAULA MEERHOLZ ROOSCH FRANCYSLENE ROSA FLORES FRANCISCONI JOELMA ALEXANDRE DUARTE DE LIMA KELLIN DOS SANTOS BOSCOLO DANIELA PERES ALMENARA BRUNO FERNANDES TAKANO CHYMMENE RIBEIRO TEODORO SURAYA ABDALLAH DA ROCHA RAQUEL MARY RODRIGUES PERES STFANI RAFAELA AMARAL DIAS FERREIRA TERRY TRINDADE RIBEIRO DE OLIVEIRA DEBORAH SANAE NISHIMURA CLAUDIA MONTEIRO DE GOES ANTONIO OCIMAR FIORAVANTI JUNIOR LAILA BUENO DOS SANTOS FERNANDO AUGUSTO MEDEIROS ANDRESSA CRISTINA DA SILVA ADRIANA LUZIA CARNIO DE MELLO THICIANE CRISTINA DOS SANTOS JOS PRETTE JUNIOR CARLA CRISTINA DE AQUINO FABIO HERMES PUSCEDDU ADILSON JOSE COSTA OLIVEIRA FERNANDA GOMIDE DE BARROS CLAUDIRENE DOS ANJOS SILVA ELIVANIA ALVES RODRIGUES ROSANA DA SILVA RUIZ LUANA KARIN MONTEIRO LEITE ANA CRISTINA LUSTOZA DA LUZ BRUNA DEMARI E SILVA DARGEO RAGNI NETO SUSAN ROVAROTO AGUIAR VALDIR TENORIO DE LIMA CRISLEI RODRIGUES ROSA ANA CLUDIA BENATI GITTI ADRIANO MARTISON FERREIRA JOMIL COSTA ABREU SALES SIMONE FABRIS DE SOUZA JOSE RENATO LEGRACIE JUNIOR LIDIANA DE ANDRADE CLARISSE ERLICHMAN ELIANE MARTINS DINIZ BARRIELI STEFANO FRANZOTTI DAS NEVES NATALIA APARECIDA NEPOMUCENO ERICA CRISTINA DE CARVALHO SILVA BERNARDI JULIANA BALDIN CAPORALIN THAMARA ALESSANDRA BRAZ DA SILVA LEAL FELIPE JORDANI ANDRADE JULIA RAMOS ESTEVO ADRIANA GUSSAO SABRINA MESQUITA ROCHA VANDERLIA APARECIDA TOSTE ADRIANA ABALEN MARTINS DIAS RAQUEL KELLER DE CARVALHO THIAGO DE CAMPOS BELO THIAGO NILTON ALVES PEREIRA DANIELLE BARBOSA LOPES VINICIUS VENDRAMINI CESARIO ERMES TEODORO DA SILVA WILLIAN DE SOUZA OLIVEIRA DANIELLA DA SILVA RAMOS MONTEIRO MONICA DO CARMO GONALVES UVLEIQUE ALVES FERNANDES CAMILA FILIPIN CHAVES DALVA MARIA GOLVEIA EORLANDO DE OLIVEIRA FERREIRA SARA ROCHA MOREIRA KAREN REGINA DOMINGO SOBREIRA

18 Abr-Mai-Jun/2010 CRBio-01 O BILOGO

INSCRITOSN68848/01-D 68849/01-D 68851/01-D 68852/01-D 68854/01-D 68856/01-D 68857/01-D 68858/01-D 68859/01-P 68860/01-P 68861/01-P 68862/01-D 68863/01-D 68864/01-D 68865/01-D 68866/01-D 68867/01-D 68868/01-D 68869/01-P 68870/01-D 68871/01-P 68872/01-D 68873/01-D 68874/01-D 68875/01-D 68876/01-D 68877/01-P 68878/01-D 68879/01-D 68880/01-D 68881/01-P 68882/01-D 68883/01-P 68884/01-P 68885/01-D 68886/01-D 68887/01-P 68888/01-D 68889/01-D 68890/01-P 68891/01-P 68892/01-D 68893/01-D 68894/01-D 68895/01-D 68896/01-D 68897/01-D 68898/01-P 68899/01-D 68900/01-D 68901/01-D 68902/01-D 68903/01-D 68904/01-D 68905/01-D 68906/01-D 68907/01-D 68908/01-D 68909/01-P 68910/01-D 68911/01-D 68912/01-D 68913/01-D 68914/01-D 68915/01-D 68916/01-P 68917/01-D 68918/01-D 68919/01-D 68920/01-D 68921/01-D 68922/01-P 68923/01-D 68924/01-D 68925/01-D 68926/01-P 68927/01-P 68928/01-D 68929/01-D 68930/01-D 68931/01-D 68932/01-D 68933/01-D 68934/01-D 68935/01-D 68936/01-D 68937/01-D 68938/01-D 68939/01-P 68940/01-P 68941/01-D 68942/01-D 68943/01-D 68944/01-P

BILOGOLUCINEIA CLAUDIA DE TONI AQUINO DA CRUZ MANOEL JOO DE ARRUDA MICHELLE CHRISTINE BONFIM VILAS BOAS PAULO LINO DA SILVA UIARA CASTORINA PEREIRA DE SOUSA MARTINS KEILA SOUZA SILVA TALITA SADAKANE DO NASCIMENTO JOS CORDEIRO DE LACERDA RENATA CRISTINA DE RAMOS JANAINA PINEIRO COSTA RICHARD RASMUSSEN DOUGLAS FERNANDES RODRIGUES ALVES JOABE GIRO DA SILVA PRISCILA DAS GRAAS PAES TAIS MARIA DE NAZARETH GONALVES MARIA AMALIA CAVINATO NASCIMENTO GABRIELA SALOMO DURIGAN BRUNO ALEXANDRE NOGUEIRA FERRARINI MARIA HELENA COSTA PATRICK BRUNO MONKS DAS NEVES HENRIQUE ROSA VARELLA CAU SIERRA DE CAMARGO ALINE FEOLA DE CARVALHO VITOR HUGO MENDONA DO PRADO LEIDIANE PONSONI DE FREITAS TAYNARA FACCO DANIELE KAREN SILVA DE OLIVEIRA CASSIA YUMI IMAIZUMI RODRIGO TRASSI POLISEL ALEX DE ARAUJO SANTOS JULIANA GOUVEIA FRATUCCI ZAGATO JULIO CESAR BORGES DE QUEIROZ MARILIA PEREIRA DANILO HIDEKI TASHIMA ANDRE LUIS CAVALLARO MARIANE QUAGLIA PINHEIRO MRCIA CARDOSO FAGIOLLI QUEIROZ MARCELA ROQUETTI VELLUDO TATIANE FERRAZ LUIZ AMANDA SOUZA ANTNIO ALINE SOUZA ANTNIO RENATA MARA HELMANN MARIANA NAGY BALDY DOS REIS GIOVANNA MARGARIDA SCHMALZ CARDILLO FELIPE PESSOA DE MELO HERMIDA MARCELO AWADE TIAGO PORTO ARANHA NEUSA FERNANDES CHIERICI PMELA REIS SANTOS ACAUAN BERNARDO CORDEIRO FRANCISCO DE ASSIS ALVES FELIPE ANDRADE DE AS DOMINGOS DONIZETI BISSIGUINI VIVIANE DE CASSIA DE OLIVEIRA ELISABETE RODRIGUES CIRILO DO MONTE MURILO BORDUQUI RENAN LIMA DE ARAUJO CLAUDIA HEROMY GUIMARES THAIS YAMAMOTO KISHI MARINA BEGALI CARVALHO JULIANA BERALDO MACIEL LEME ALINE DE LIMA LEITE LUCIMARA DE OLIVEIRA PEDRO BASTOS BERNARDES DE OLIVEIRA HUGO DE SIQUEIRA PEREIRA MONICA DE SOUZA SILVA ALEXANDRA OTSUKA CARLA CRISTIANE TERSAROTTO JOS ANGELO SCARELLI JUNIOR PAULA OLIVEIRA DO ROSARIO LEANDRO MARTINS DE SOUSA BUENO ANDRA SILVIA BORIN FABIO COSTA DE AS MICHELE LUIZA VIVIANI BRUNA MARIA CALVI JULIO CESAR FORTUNATO DE MELO WELLINGTON CAMPOS GUSMO IZABELLA MARIA GOMES XAVIER MARIA ROSA JESUS DO NASCIMENTO FERNANDA RODRIGUES MARCELINO FRANCIELI SIMIONI JOS ALDO RUSI MARCOS TEODORO OLIVEIRA MARIA AUXILIADORA MACIESKI RODRIGO PEREZ DE ANDRADE ROSANGELA FERREIRA RODRIGUES MELO TIAGO JOS DOMINGOS JULIANO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE MONTANO SHIRLEIDE PINHEIRO MULLER NATHALIA DE CASTRO CLIMENI PRISCILA MOSZ JULIANA LOPES NIBON JOYCE DE SOUSA DOMINGOS PATRICIA DE CARVALHO BALTASAR PEREIRA

N68945/01-P 68946/01-P 68947/01-P 68948/01-D 68949/01-D 68950/01-D 68951/01-D 68952/01-D 68953/01-D 68954/01-D 68955/01-D 68956/01-P 68957/01-P 68958/01-P 68959/01-D 68960/01-D 68961/01-D 68962/01-P 68963/01-D 68965/01-D 68966/01-D 68967/01-D 68968/01-D 68969/01-D 68970/01-P 68971/01-P 68972/01-D 68973/01-D 68974/01-D 68975/01-D 68976/01-D 68977/01-P 68978/01-P 68979/01-P 68980/01-D 68981/01-D 68982/01-P 68983/01-P 68984/01-P 68985/01-P 68986/01-P 68987/01-P 68988/01-P 68989/01-D 68990/01-D 68991/01-D