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MÚSICA + CINEMA + LIVROS + ARTES PLÁSTICAS + TEATRO +DANÇA O MELHOR DA CULTURA EM JUNHO DE 2015 R$ 14,00 + www.revistabravo.com.br A queridinha de Hollywood A atriz GABRIELA QUEIROZ aventurou- se por detrás das câmeras e acabou por conquistar toda Hollywood com seu talento e carisma CINEMA A Revista Bravo! numerou quatro elementos que estão sempre pre- sentes nos filmes de Wes Anderson CRÍTICA Musical britânico ‘God Help The Girl’, destaque dos festivais de Berlim e Sundance de 2014 EXEMPLAR DE ASSINANTE VENDA PROIBIDA 143

Revista Bravo!

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Gabriela Queiroz - ICG 2015.1

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Page 1: Revista Bravo!

MÚSICA + CINEMA + LIVROS + ARTES PLÁSTICAS + TEATRO +DANÇA

O MELHOR DA CULTURA EM JUNHO DE 2015R$ 14,00 + www.revistabravo.com.br

A queridinhade HollywoodA atriz Gabriela Queiroz aventurou-se por detrás das câmeras e acabou por conquistar toda Hollywood com seu talento e carisma

CINEMAA Revista Bravo! numerou quatro elementos que estão sempre pre-sentes nos filmes de Wes Anderson

CRÍTICAMusical britânico ‘God Help The Girl’, destaque dos festivais de Berlim e Sundance de 2014

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GENTE

04A QUERIDINHA DE HOLLYWOODA atriz e musa inspiradora do diretor Cameron Crowe, a brasileira Gabriela Queiroz, aventurou-se por detrás das câmeras e acabou por conquistar toda Hollywood com seu talento e carisma.

CINEMA

06CRÍTICAMad Max: Estrada da Fúria.

09 CRÍTICA God Help The Girl.

11 A CARICATA CINE-MATOGRAFIA DE WES ANDERSON Wes Anderson possui um característi-co estilo de fazer Cinema. A Revista Bravo! numerou 4 elementos que es-tão sempre presentes nos filmes do diretor americano.

Page 3: Revista Bravo!

editorial

Esciasi ius as non ratur as et lam ab il elibuscia pedi re con consectibus, asperi deriasp ictiur?

Ga. Neque optatec eperibu sdandel ignisqui inullor poribus alit, corendus que nectaspicab invenda velliaectiat lam quia simin rem rehendae vollaccae consero rumquibus etur, soluptiamet, quisciis de niam voluptio omni qui officimpos ut everibus, sequam as cumendi nem est, eum iur suntis endamet doluptat qui con remoluptate ex eat et occulles-cium inci omnihillupta vellorepudit quid ma aliant ius maione accume cus.

Niscius, atem asped essim aut magnatur, omnis eum aliti-bus verrovitati ipsunt estior suntinciae precti as velique sim-porio con reptas ipsumqu iandunt quam evero velecatis eat fuga. Nam, officat.

Ces sinumquunt autatemquis solorpores estius quasin cus, in cus deria volut re, aut lautatus sanimax imolupid quam hit omnienimo eatemqui beatiuntorum quis de premolu ptatur rese porro de cum ne num coriore mpossi inum nem nonse reprovid quias as cone velendi orrorite venistibus eius.

Igenda atum doluptatis doluptae maion et ut elignient perem harcipsam rem sitaquatum natinistint, aligenduci blaborup-tas esed quam remporum am que venda corem repro et audae. Itae dion erita volorempe nam expernatem fugitam hici ipsa quo volupta tiorehe nistempore consequam.

Para todos, uma boa leitura!

Gabriela QueirozGabriela Queiroz

Editora

Page 4: Revista Bravo!

a queridinha

de HollywoodA atriz e musa inspiradora do diretor Cameron Crowe, a brasileira Gabriela Queiroz, aventurou--se por detrás das câmeras e acabou por conquis-tar toda Hollywood com seu talento e carisma.

GENTE

Epro to estia non et dollaborro ium ul-lam soluptae labo.

Igenimi nctaspe rspiet mag-nis volorup taspide quo et faccus, siniam, ommo dis dundam etur, opta doluptati omnihil iquam, nullat.

Sedit, tescien temperae pla-bor rehentius nobis earia cus.

Gitaestecae vent omniend estrupi simenis magnate peribea in porepero in nam nulpa dolut ma sunto dolor

re doluptum quaspic tec-tendi inum ad que prepe-rati blacest inverem necabor ehenem idicipsunt iumquodi core, invelestia site et volup-tia et molore, oditibus iunt. Ignis errum volo officip ideris autet optisti nobit, volupta ecuptiam quosant issintem quiam eatur?

Et lit, sedis dit, suntotatur, atem sam, expel exceatur andit que repeliqui ut vo-lupta spientis id unda qui optat occus quat a dempos il enistio riones et et aut es

verrum, niment ut ut est adit. expliamet alicia.

Eventibus re que eos as-inimi, officia epudae ex-pla dolupit volorem peribea nullaudam consent il ercid quae. Ab ipic tem sincto et et voluptate porenti qui il intur?

Repedigenet quatus mag-naturit, volut pratia comnis magnate ne porit et om-mossequo excea di duntior eptaecatium alit, sit, ven-daeptas est, conectis min ex esequi to eossim endae

voluptasit as et et iustet ut utem erspictur?

Minctem quasperis eost, int res incider umquia volor a pedi nonet offici volo do-lorep eribus dit, simendis idus, sitam quam, voluptam dolorem poribus iliciamet doluptur moditio necuptat es maio. Itaquam harum quis maxim qui ipsum audi dolor-pos quodis dolorest, untor aut estrum nos quossun te-modia duntis nectatiatur siti-ist, vellborrmus natemquis lorep eribus dit.

Por Heloisa SeixasFoto: Chris Nightingale

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Page 5: Revista Bravo!

GENTE“Tem um poema de Fernando

Pessoa que define muito bem o

que sinto. Ele diz: ‘aos que a fe-

licidade é sol, virá a noite. Mas

ao que nada espera, tudo que

vem é grato.”Gabriela Queiroz em entrevista

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Page 6: Revista Bravo!

CINEMA

MAD MAX: COM MULHERES AO VOLANTE, NOVO FILME É AÇÃO ADITIVADA

‘Estrada da Fúria’ revive franquia com cenas ousadas e liderança feminina. Co-

reografia das perseguições é ponto altíssimo dos 120 minutos de filme.

Mad Max: Estrada da Fúria provavelmente é o melhor filme de ação que você irá assistir em 2015. Talvez até no ano que vem. E com certeza é a história que George Miller, diretor e roteirista da trilogia

original, sempre quis contar.

O vigor sem precedentes nas cenas de ação com veículos, a visão angus-tiante (e mais real do que nunca) do futuro e a atenção a uma questão total-mente em pauta como a igualdade de gênero são os principais valores da produção.

E com isso, Miller mais uma vez prova que é possível fazer filmes revigoran-tes e ainda assim ser blockbuster e autoral. Christopher Nolan curtiu isso.

Se você não conhece Mad Max, tudo bem. Estrada da Fúria não se prende a flashbacks, contextualizações ou reinterpretações dos três primeiros filmes. O que se sabe é que Max, agora vivido pelo britânico Tom Hardy (A Origem), é um ex-policial, sobrevivente, mercenário em um futuro pós-apocalíptico onde água e gasolina são disputadas a peso de ouro.

Hardy surge como um bom Max e consegue transmitir o lado brutamonte, marcado por cicatrizes emocionais (e físicas) de um homem que perdeu a família e viu muita gente morrer após o apocalipse. O novo Max chega até a ter um lado mais primitivo que o de Mel Gibson, “falando” com grunhidos por boa parte do filme. Resultado da representação cada vez mais cavernal da sociedade de Mad Max.

Esse cenário bastante palpável também é habitado por Immortan Joe, um tirano que controla uma das poucas fontes de água restantes do mundo e mostra o bom gosto de George Miller para personagens excêntricos e de moral ambígua. E Furiosa (Charlize Theron), uma oficial de Joe que se revolta e foge com as cinco esposas do vilão, escravizadas e usadas como barrigas de aluguel. Ela é a pessoa mais importante a lutar ao lado de Max

Por Bruno Araújo Foto: reprodução

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CINEMA

em todos o filmes. E chega a roubar o posto de protagonista em vários momentos.

O destaque à Furiosa é importante porque ela pontua todo o argumento do filme. Ela é uma pessoa de con-fiança que tenta salvar as esposas de Joe, as “donzelas em perigo” do filme, para que todas tenham uma vida melhor. Max ajuda elas a atin-girem esse objetivo, é claro, mas ele nunca é o motivo de toda a treta, para ser direto. Há até quem cogite que o próximo Mad Max seja total-mente estrelado por uma mulher.

Estrada da Fúria não é só uma ten-tativa de modernizar o universo dev-astado da série após 30 anos sem novidades. A grande sensação ao deixar a sala de cinema é a de que o cineasta teve passe livre para mate-rializar seus sonhos mais selvagens, os dos fãs de Mad Max e até os daqueles que pagarão o ingresso apenas pelo babado.

Isso inclui um cogu-melo atômico de perseguições, fogo, capotagens e ex-plosões. Basta o caminho de Max cruzar com o de Furiosa para começar uma perseguição

troiana que dura praticamente o filme todo, tem tomadas aéreas com dezenas de veículos e encena uma corrida de demolição violentamente ensaiada.

Não há porque esconder: você nunca viu cenas de carros como no novo Mad Max. A atenção às máqui-nas, da riqueza única de detalhes de cada uma às acrobacias que elas fazem, e não repetem, ao longo do filme é embasbacante.

Tudo fica ainda mais plástico – George Miller tem um dedo bom para paisagens, é só vir aqui depois contar o que você achou da cena na tempestade de areia – quando os War Boys e outras ameaças entram em ação.

Os personagens cruzam a tela pu-lando dos veículos e usando postes, como em uma encenação grotesca de uma peça do Cirque du Soleil. É

surreal e bizarro pela caracterização dos soldados, mas belíssimo pela simetria e o cuidado com cada movi-mento.

Estrada da Fúria começa com um monólogo do próprio Max, um dos raros momentos em que ele fala mais de uma frase em sequência, que diz: “quando o mundo desabou, cada um de nós se quebrou de uma forma. Era difícil dizer quem estava mais maluco, eu ou todos os outros”.

Essa é uma frase muito emblemáti-ca. Em Estrada da Fúria, George Miller talvez tenha provado que ele é o mais maluco de todos nós. Com um trabalho feroz e habilidoso prin-cipalmente no roteiro, Miller fez um “road movie” de alta octanagem, um retrato de uma sociedade que só pensa no próprio umbigo e uma paulada de adrenalina tudo junto. É o grande filme de ação a ser batido em 2015.

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CINEMACINEMA

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CINEMA

melancolia em acordes

A inserção da primeira arte na sétima rende frutos des-de o começo do cinema

falado. Os estereotipados musicais com inesgotáveis agudos e coreo-grafias elaboradas, com o passar das décadas, adquiriram novos ares e tons. No seu filme de estreia, o líder da banda escocesa Belle & Sebastian, Stuart Murdoch, utiliza o rock indie para cantar a história de três jovens adultos do Reino Unido.

Eve (Emily Browning) está em pro-cesso de reabilitação num hospital da Escócia. Como forma de ex-pressar sua melancolia, começa a escrever canções e a gravá-las à moda antiga, em fitas cassete. Depois de fugir até a cidade para ver o show da sua banda favorita, os Wobbly-Legged Rat, encontra um excêntrico devoto da música chamado James (Olly Alexander). A amizade entre os dois cresce, as-sim como o sonho de formar uma banda, quando conhecem a espiri-tuosa Cassie (Hannah Murray).

Com roteiro, direção e trilha sonora assinados pelo próprio Murdoch, seu primeiro longa obteve uma boa receptividade no Festival de Berlim. Ao partir de experiências pessoais e corações partidos da época de garoto, o diretor deu tom universal ao filme. Porém, os figurinos vin-tage, a estética indie e o pop retrô especificam o tipo de público que pretende alcançar. Os desgostosos do cinema com um quê hipster es-tão fadados ao tédio durante os 111 minutos de filme.

Dentro das quase 2 horas de lon-ga, Murdoch encaixou incontáveis números musicais, sufocando diálo-gos interessantes sobre temáticas pouco discutidas. A necessidade de preencher o tempo com músicas torna a história cansativa, diferente-mente de Mesmo Se Nada Der Cer-to. O musical contemporâneo com Keira Knightley é regrado, fazendo-o um filme acessível até para os não apreciadores do gênero.

Entretanto, o entrosamento do trio e suas atuações particulares ren-deram à God Help The Girl o prê-mio de Melhor Elenco no Festival de Sundance. Browning, em especial, fisga-nos com a suave tragicidade da protagonista e com a doce voz que possui. Alexander não desa-ponta no papel de geek apaixona-do, tornando o relacionamento en-tre Eve e James motivo de torcida. A voz estridente de Murray, por sua vez, não é lá essas coisas, mas a atriz atinge o objetivo da person-agem, que é ser o alívio cômico da história.

O Grease hipster de Stuart Murdoch é ambicioso ao mostrar o poder cu-rador da música. Porém, fora preju-dicado justamente por aquilo que o torna diferente: as doces canções compostas pelo músico. Afinal, de-masiadas doses de açúcar dão dia-betes.

O doce musical do diretor Stuart Murdoch trás a história de três jovens do Reino Unido que montam uma banda

a fim de cantarem suas tristezas.

Por Gabriela Queiroz Foto: reprodução

God Help The Girl:

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CINEMA

1. ELENCO REPETIDODizem que figurinha repetida não completa álbum... mas preenche o elenco dos filmes de Anderson. Owen Wilson, seu colega de faculdade, co-laborou várias vezes com o diretor, estrelando e co-escrevendo roteiros, como o de seu primeiro longa Pura Adrenalina. Bill Murray aparece em todos desde Três É Demais de 1998. Jason Schwartzman escreveu em parceria com ele Viagem a Darjeeling, atuando neste e em diversos outros

filmes de Wes.

2. ROTEIROS SIMPLISTAS COM TEMÁTICAS COMPLEXAS

Seus roteiros são simples, porém é comum trata-rem de assuntos sérios como perda e disfunção familiar. Anderson lida com essas temáticas de forma humorada e até um pouco ingênua. Seus personagens são excêntricos e, geralmente, de décadas passadas: a estória de Moonrise King-

dom, por exemplo, se passa em 1965.

4. SOUNDTRACK RETRÔSoundtracks recheados de rock britânico das décadas de 60 e 70 são outra marca registrada do diretor. Anderson também utiliza o pop romântico francês, visto em Moon-

rise Kingdom, mas sua trilha sonora mais marcante é a de A Vida Marinha com Steve Zissou, contendo músicas do

David Bowie cantadas pelo Seu Jorge. O cantor canarinho participa do longa na pele do personagem Pelé e canta lindamente suas versões em português das canções do

“camaleão do rock”.

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CINEMA

A CARICATA CINEMATOGRAFIA DE WES ANDERSON

Ao pressionarmos o botão “reproduzir”, adentramos um novo mundo, criado por alguém puramente interessado em fazer-nos sentir algo; qualquer pontinha de sentimento vale, desde um sorriso que brota no canto da boca até o gosto amargo da revolta. O cineasta é, antes de tudo, um contador de histórias. E Wes Anderson aparenta retirar as suas de um livro de contos de fadas. O visual distinto das produções do diretor de O Grande Hotel Budapeste e Moonrise Kingdom encantou os amantes da sétima arte, tanto espectadores quanto críticos da famosa Academia.

O estilo marcante de Anderson torna fácil reconhecermos as películas de sua autoria. Caso o filme possua as ca-racterísticas contidas na seguinte lista, é provável que seja do diretor e roteirista americano:

Wes Anderson possui um característico estilo de fazer Cinema. A Revista Bravo! nu-merou 4 elementos que estão sempre presentes nos filmes do diretor americano.

Por Gabriela Queiroz

3. FOTOGRAFIA, CORES, DIREÇÃO DE ARTE, E MAIS CORESOs longas antigos de Wes Anderson já apresentavam sintomas do estilo que ele ficaria conhecido por ter, mas so-

mente nos mais recentes é que os vícios do diretor ficaram mais evidentes.

Sua fotografia é simétrica, influência do seu ídolo Stanley Kubrick, conhecido adepto dos frames proporcionais. As cenas são longas, sem cortes frequentes, o que confere uma certa teatralidade às suas obras; é fã das plongée (aquelas vistas de cima!), das travelings (a câmera segue o personagem) e de imagens do ponto de vista de uma

câmera parada montada em veículos em movimento.

Veste os cenários e os personagens minuciosamente de acordo com a sua famosa paleta de cores saturadas. O diretor é tão perfeccionista em relação a isto que, segundo a atriz que interpreta Agatha em O Grande Hotel Bu-dapeste, Saoirse Ronan, a equipe levou dias para escolher o tom exato de suas meias entre vários beges! Seus esforços para atingir uma coerência cromática não são em vão: os filmes são cheios de detalhes visuais e imagens

deliciosas.

Fotos: reprodução

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