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Uma publicação do Sindcomércio Vale do Aço Ano 2 Setembro de 2012 R E V I S T A MG-760: novo mercado a ser explorado Cecília, Jésus e Rosângela: os três tiveram a oportunidade de detalhar seus planos de governo Sindcomércio ouve candidatos à prefeitura de Ipatinga Aprendizagem: lei é esmiuçada em workshop Comércio é o maior gerador de empregos

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Uma publicação do Sindcomércio Vale do Aço Ano 2 • Setembro de 2012

R E V I S T AMG-760: novo mercado

a ser explorado

Cecília, Jésus e Rosângela:os três tiveram a oportunidadede detalhar seus planos de governo

Sindcomércio ouve candidatosà prefeitura de Ipatinga

Aprendizagem: lei éesmiuçada em workshop

Comércio é o maiorgerador de empregos

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E-commerce A compra e venda de mercadorias ou serviços por meio da Internet é

assunto polêmico e bastante discutido por comerciantes varejistas e ataca-

distas de bens e serviços do Vale do Aço. O que se sabe é que o comércio

eletrônico, também chamado de e-commerce, representa um mercado

jovem, uma vez que mais de 60% das pessoas que fazem compras online

têm até 35 anos. Conforme apontam especialistas, “na medida em que

essas pessoas vão crescendo e evoluindo economicamente, esse percen-

tual vai ficando maior”.

O potencial e a dimensão do comércio eletrônico não podem ser me-

nosprezados, uma vez que através das transações comerciais online é que

as empresas têm condições de levar os seus produtos para qualquer lugar

do mundo. A ascendência do e-commerce (veja o gráfico) faz-se cada vez

mais vertiginosa: atualmente o Brasil é primeiro país da América Latina

que consegue atingir 1% do seu PIB apenas com vendas eletrônicas. Isso

se deve à confiabilidade na compra e venda de mercadorias pela Internet,

que aumentou consideravelmente nos últimos anos. É importante desta-

car também que através da Internet é possível fazer grandes pesquisas de

preço rapidamente. Há, ainda, a comodidade de receber o produto em

casa.

E foi pensando nas peculiaridades do comércio eletrônico – e nos

adventos que têm surgido – que o Sindcomércio Vale do Aço lançará

um projeto que vai beneficiar todo o comércio varejista e atacadis-

ta de bens e serviços da região. Trata-se de uma loja virtual

abrangente que vai nortear os passos do lojista na Internet.

Será um empreendimento ousado e inovador que vai abrir

oportunidades únicas para que as vendas pela Internet

no Vale do Aço alcancem elevados patamares. Nos-

sa intenção é solidificar o mercado online da

região, pois sabemos que existe espaço para

que nossos associados cresçam com

um potencial sem igual.

José Maria FacundesPresidente do Sindcomércio

• Jornalista responsável: Emmanuel Franco• Equipe de planejamento e coordenação: Camila Magalhães, Dário Barbeto, Ricássia Perdigão, Carlos Souto e Tiago Barcelos• Fotos: Emmanuel Franco• Colaborador: Lairto Matins / Jornal Vale do Aço

• Revisão: Graça Castro

• Diagramação, Fotolito e Impressão: Gráfica Art Publish• Tiragem: 7.000 exemplares

Sindicato do Comércio Varejista eAtacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço

TIMÓTEO

3849.4490CORONEL FABRICIANO

3842.2040IPATINGA

3821.9020

Através dastransações

comerciais online é que as

empresas tem condições delevar os seus

produtos para qualquer lugar

do mundo.

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3COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012www.sindcomerciova.com.br

“Turismo no Vale”depende da adesãode empresários Projeto elaborado pelo Circuito MataAtlântica e aprovado pelo Sebrae estáem fase de capacitação de profissionais

De iniciativa do Circuito Mata Atlântica de Minas (CTMAM), o pro-jeto “Turismo no Vale” tem o apoio de entidades como Sebrae e Senac. No entanto, para que a ideia decole é necessário que também seja abra-çada pelos empresários do Vale do Aço, conforme afirma uma das ide-alizadoras do projeto, a turismóloga Lívia Araújo Duarte Castro. Segundo ela, o “Turismo no Vale” foi iniciado em 2011, quando foi feito um diag-nóstico sobre a atual situação turísti-ca do Vale do Aço através de um do-cumento profissional e técnico com as demandas da região. A partir do levantamento de dados feito por Lí-via Castro e outros três turismólogos, Horácio Carvalho, Vinícius de Assis Moreira e Rodrigo Pinho, foi apre-sentado um Plano de Trabalho ao Se-brae, que aprovou a iniciativa.

Lívia Castro, gestora do Circui-to Turístico do CTMAM, explica que a segunda fase do projeto, após o diagnóstico ter sido feito, prevê a capacitação de empresários e profis-sionais ligados ao turismo no Vale do Aço. “Há vários cursos acontecendo junto com o Sebrae e Senac que vão desde desenvolvimento de habilida-

des gerenciais até a gastronomia, atendimento a turistas e inglês bási-co”, informa a turismóloga.

A cota de participação das empre-sas nos cursos é de R$ 700, valor que pode ser parcelado em até 10 vezes. A adesão ao “Turismo no Vale” vai garantir a inserção dos empresários e respectivos profissionais em até 10 cursos. “As empresas participan-tes do projeto ainda terão subsídio de 80% em consultorias”, revela Lí-via Castro. De acordo com ela, entre outras coisas, o “Turismo no Vale” tem por objetivo “melhorar o desem-penho empresarial na região, pos-sibilitar excelência na prestação de serviços de receptivo turístico e aper-feiçoar os métodos de gestão e de organização do trabalho”. “Tivemos a coleta de dados em 2011, estamos iniciando a capacitação em 2012 e em 2013 estaremos mais voltados para o mercado. Falando de forma bem genérica, a gente vai situar a região no mercado turístico”, afirma Lívia Castro, acrescentando que isso será feito, por exemplo, através de formatação de roteiros e criação de propostas para conhecer o Vale do Aço, seus atrativos e estrutura turís-tica. “Teremos mais agências de re-ceptivo turístico com os guias e rotei-ros estabelecidos”, complementou a turismóloga. Por último, Lívia Castro ainda lembrou-se de dois fatores que reforçam a importância do desen-volvimento do projeto “Turismo no Vale”: a iminente pavimentação da MG-760, que vai abrir novos cami-nhos turísticos, e a escolha de Ipatin-ga como provável sede de um Centro de Treinamento de Seleções (CTS) para a Copa de 2014. Inscrições em cursos e informações sobre o “Turis-mo no Vale” podem ser conseguidas através do telefone (31) 3841-1891, de 8h às 13h, pelo e-mail [email protected] ou pelo site www.circuitomataatlantica.com.br.

Lívia Castro informaque as empresas

participantes do projeto ainda terão subsídio de

80% em consultorias

O “Turismo no Vale” prevê formatação de roteiros e criação de propostas para conhecer o Vale do Aço, seus atrativos e estrutura turística

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4 COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012 www.sindcomerciova.com.br

Preocupado com o desenvolvimento do comércio varejista e atacadis-ta de bens e serviços de Ipatinga, o Sindcomércio Vale do Aço convidou os três principais candidatos a prefeito na cidade para um bate-papo, de maneira a conhecer qual o Plano de Governo de cada um e as pro-postas para o crescimento comercial do maior município da região. Foi dado a cada postulante ao Poder Executivo ipatinguense o mesmo tem-po para a explanação de ideias. Os candidatos também responderam a questionamentos feitos pelos diretores do Sindcomércio e demais co-merciantes convidados. As reuniões ocorreram em clima cordial e foram importantes para que cada Programa de Governo fosse detalhadamente conhecido. “Representamos mais de 6 mil comerciantes em Ipatinga e somos a entidade de maior abrangência no setor. As reuniões com os três candidatos foram importantes para colocar à mesa os anseios e as dificuldades enfrentadas por micros, pequenos e grandes empresários”, observou José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio.

Candidatos de Ipatinga apresentam Plano deGoverno ao SindcomércioPostulantes à prefeitura responderam a questionamentos de diretores e em-presários de diversos segmentos

4 COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012 www.sindcomerciova.com.br

Os diretores do Sindcomércio e demais comerciantesacompanharam atentos as explanações dos candidatos

José Garcia (acima) e Lauro Fonseca foram dois dos comerciantes que fizeram questionamentos aoscandidatos

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5COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012www.sindcomerciova.com.br

O primeiro a se reunir com os representantes do Sindcomércio, no último dia 8 de agosto, foi o candidato Jésus Nascimento da Sil-va (PMDB). Natural de Visconde de Rio Branco, na Zona da Mata, Jésus é contador, advogado e trabalhou durante sete anos na Usiminas. Fundador da Faculdade de Direito de Ipatinga (Fadipa), também aju-dou a criar o Lions Clube Ipatinga Armando Farjado e o Grupo Raízes. Com a ajuda de sócios, ainda im-plantou a Faculdade de Medicina de Ipatinga, a Univaço. Em 2008 foi eleito empresário do ano em Ipatin-ga e também é cidadão honorário da cidade, além de fazer parte da equipe veterana de futebol da Usi-pa, onde foi atleta profissional.

Jésus Nascimento frisou a im-portância de investimentos emer-genciais em saúde, educação e na limpeza urbana, revelando tam-bém que tem quatro projetos para o trânsito. O candidato a prefeito pelo PMDB destacou o potencial do comércio de Ipatinga, sobretudo na Avenida 28 de Abril, que, segundo ele, recebe diariamente pessoas de

Jésus Nascimento

várias cidades vizinhas como Marlié-ria, Mesquita e Jaguaraçu, por exem-plo. “Como prefeito vou usar meu conhecimento e experiência como gestor, que já demonstrei na minha trajetória comunitária, educacional, empresarial e desportiva”, disse Jésus Nascimento, afirmando que apoia a ideia de criação de uma Secretária do Comércio na prefeitura, que buscaria soluções para o desenvolvimento do setor.

O candidato da frente “Por Amor

a Ipatinga” falou dos problemas enfrentados na segurança pública e afirmou que, se eleito for, vai criar a Guarda Municipal e barreiras nas principais saídas de Ipatinga para monitorar e impedir a chegada e fuga de criminosos. Jésus Nasci-mento prometeu que se chegar à frente do Poder Executivo muni-cipal vai primar por um mandato mais descentralizado, com a parti-cipação de todos os setores da so-ciedade.

Jésus Nascimento acredita ser viável a criação de uma Secretaria do Comércio na Prefeitura de Ipatinga

No dia 21 de agosto os represen-tantes do Sindcomércio e os comer-ciantes convidados receberam a candi-data Rosângela Reis (PV), da coligação “Responsabilidade com Ipatinga”. Professora, orientadora e supervisora escolar por 14 anos, ela é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Di-dática. Começou sua carreira política em 2000, quando se elegeu vereado-ra em Ipatinga. Foi reeleita em 2004. Em seu segundo mandato, exerceu o cargo de vice-presidente da Câmara Municipal (2005-2006). Em 2010, foi reeleita deputada estadual com 67.519 votos. Apoia as entidades so-ciais para a prestação de serviços co-munitários e há 15 anos desenvolve um projeto social de capacitação de alunos do ensino profissionalizante e

Rosângela Reis

Rosângela Reis disse que, caso seja eleita, áreasimportantes do comércio receberão o devido apoio

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6 COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012 www.sindcomerciova.com.br

Cecília Ferramenta falou sobre a possibilidade decriação de um Departamento do Comércio naatual Secretaria de Desenvolvimento

encaminhamento para o mercado de trabalho.

A deputada mostrou seu plano de governo, onde – segundo ela – estão previstas diversas ações para fomen-tar ainda mais o comércio varejista no município. “Somente no Centro há uma circulação diária de 45 mil pessoas. Esses números ilustram a importância que a região central re-presenta para a economia de Ipatin-ga. Sabemos que o Centro necessi-

ta de melhor pavimentação, melhor acessibilidade para pessoas com de-ficiência, uma reestruturação do ca-melódromo e soluções para melhorar o trânsito e a segurança. Outras áre-as importantes para o comércio de Ipatinga também receberão o devido apoio do nosso governo”, garantiu.

Rosângela Reis ainda assegurou que, se eleita for, dará uma respos-ta imediata à população de Ipatin-ga, fazendo investimentos pontuais

em saúde através da construção de uma Unidade de Pronto Atendimen-to (UPA) 24 horas. No que tange à educação, a candidata também pro-meteu que irá erguer duas creches na cidade, além de implantar cursos profissionalizantes e uma universi-dade federal. Rosângela Reis anotou as sugestões dos representantes do Sindcomércio e afirmou que, mesmo se não for eleita, vai continuar lutan-do pelos anseios de Ipatinga.

Já no dia 28 de agosto foi a vez de o Sindcomércio ouvir a candi-data Cecília Ferramenta (PT), da coligação “Pra Consertar de Novo”. Maria Cecília Ferreira Delfino, Ce-cília Ferramenta, nasceu em Bom Despacho, é casada com Chico Ferramenta há 30 anos, com quem tem três filhos. A candidata che-gou a Ipatinga em 1981, acompa-nhando o esposo, que trabalhava na Usiminas. Cecília Ferramenta coordenou todas as campanhas vitoriosas de Chico Ferramenta: para deputado estadual, deputado federal e prefeito de Ipatinga por três mandatos. Em 2003, tornou-se a primeira mulher a ser eleita deputada estadual no Vale do Aço, sendo reeleita em 2007.

Conforme Cecília Ferramenta, seu Programa de Governo está focado em cinco grandes marcas: Ipatinga governada com eficiência, transparência e participação popu-lar; Ipatinga inclusiva e de opor-tunidades; Ipatinga bem cuidada, com qualidade de vida para todos; Ipatinga engajada no desenvolvi-mento regional; Ipatinga crescen-do em ritmo de Brasil. “Para a im-plantação dessas marcas, muitos desafios serão enfrentados, inclu-sive de ordem emergencial, diante

Cecília Ferramenta

da atual situação crítica do municí-pio”, afirmou a candidata.

Cecília Ferramenta foi questiona-da sobre a viabilidade da criação de uma Secretaria do Comércio em Ipa-tinga, uma vez que diariamente co-merciantes sofrem com problemas como as recorrentes mudanças fis-cais e tributárias, por exemplo, e não têm onde recorrer. “Sugiro criarmos um Departamento do Comércio na já existente Secretaria de Desenvol-vimento Econômico”, disse, ressal-tando que são muitos os pedidos de novas secretarias para diversos seg-mentos. “Não podemos sair criando

secretarias. Temos que resolver os problemas de maneira mais sim-ples e sabemos que o que for bom para o comércio será para a nossa cidade”, emendou a candidata.

Cecília Ferramenta ainda lem-brou que Ipatinga perdeu R$ 300 milhões nos últimos anos muito em função da turbulenta adminis-tração municipal pela qual o muni-cípio passa. “Não temos recebido mais recursos estaduais e federais por conta de diversos problemas que assolam a prefeitura. Isso tem que mudar”, concluiu a candida-ta.

Todas a três reuniões com os candidatos aconteceram na sede do Sindcomércio em Ipatinga, que está situada na Rua Sabará, no Centro. Os candidatos às prefeituras de

Coronel Fabriciano e Timóteo também serão ouvidos e, assim como em Ipatinga, terão a oportunidade de deta-lhar seus Planos de Governo.

Reuniões

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8 COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012 www.sindcomerciova.com.br

Benefícios de ser um associado/Convênios

cursos

Linhas definanciamentode capitalde giro.

Linhas de financiamento eempréstimo para empresários.

Cursos de boas práticas namanipulação de alimentos.

Desconto de 15% nasmensalidades.

25% de desconto nas mensalidades para associados e dependentes.

Hotel Senac Grogotó em Barbacena:a beleza daSerra daMantiqueira.

Inscrições em cursos com até 30% de desconto.

Desenvolvimento dosempreendimentosde micro epequeno porte.

Jurídica, Administrativa, Contábil e de Informática.

Exames com-plementares,

Gestão dePessoas,

Ergonomia doTrabalho, Cursos e Treinamentos.

Atendendo as demandas de treinamento em

várias áreas.Cadastros de currículos viawww.sindcomerciova.com.br.

ASSESSORIAS SAÚDE OCUPACIONAL CURSOS E PALESTRAS BANCO DE EMPREGOS

Boas Práticas de Manipulação de AlimentosCarga horária: 20 horas

Objetivo geral: Ensinar os procedimentos de Boas Práticas na produçãoe manipulação de alimentos de acordo com a legislação sanitária vigente(RDC/ANVISA nº 216/04).

Período: de 24 a 28 de setembro, de 13h30 às 17h30

Pré-requisitos: 18 anos e 4ª série do EnsinoFundamental CompletoRua Sabará,110 - Centro - Ipatinga

Instrutora: Cláudia Gomes de Oliveira Lima - Nutricionista

Público-alvo: quem presta serviços de alimentação emlanchonetes, cantinas, padarias, restaurantes, cozinhasindustriais, bufês e confeitarias, entre outros estabelecimentospúblicos e comerciais.

OUTRAS INFORMAÇÕES:31.3842.2040 – 3821.9020

[email protected]

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9COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012www.sindcomerciova.com.br

Comércio é o maiorgerador de empregos em IpatingaNa contramão do que se vê na Indústria,o setor de Serviços também cresceu nos últimos 12 meses na cidade: foram 11.479 contratações

Dados do Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Empre-go (MTE) revelam que, ao contrário de outros setores, o Comércio em Ipatinga manteve o índice positivo de geração de emprego nos últimos 12 meses, com 11.063 admissões e 10.439 desligamentos – gerando um saldo de 624 novos postos de trabalho. Por outro lado, a Indústria de Transformação não apresenta o mesmo cenário: foram 7.237 ad-missões contra 10.941 desligamen-tos, gerando um saldo negativo de 3.704.

“Esses números mostram a for-ça imensurável do Comércio em Ipatinga e confirma que somos os principais geradores de emprego na cidade. Continuaremos trabalhando para que, cada vez mais, nossa ativi-dade econômica seja forte e contri-bua para a escalada do desenvolvi-

mento no Vale do Aço”, comemora o presidente do Sindcomércio, José Maria Facundes.

Ainda de acordo com os números do Caged, somente no último mês de julho o Comércio de Ipatinga ad-mitiu 1.118 profissionais e desligou outros 997, deixando um saldo po-sitivo de 121 novos empregos.

Também na contramão do que se vê na Indústria, o setor de Serviços foi outro que cresceu nos últimos 12 meses em Ipatinga, com 11.479 contratações e 10.987 desligamen-tos, gerando um saldo positivo de 492 postos de trabalho.

“O Sindcomércio representa o comércio varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço. A evolução do emprego nos nossos setores vem solidificar ainda mais o forte potencial do empresário em Ipatinga”, ressalta José Maria Fa-cundes.

Facundes: “Continuaremos trabalhando para que nossa atividade econômicacontribua para a escalada dodesenvolvimento no Vale do Aço”

Construção CivilOs dados do Caged registram

ainda que, nos últimos 12 meses, a Construção Civil também desligou mais do que admitiu: 11.359 contra 10.085, respectivamente, gerando um saldo negativo de 1.274.

Números mostram a força imensuráveldo Comércio e solidificam o setor como

principal gerador de emprego em Ipatinga

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Existem no Vale do Aço mais de 10 empresas especializadas na segurança de estabelecimentos comerciais, casas, prédios e veí-culos. A alta incidência de furtos, arrombamentos, assaltos e ou-tros crimes contra o patrimônio tem feito com que o comerciante varejista e atacadista de bens e serviços da região busque alter-nativas para não ficar à mercê de criminosos. E uma das soluções mais viáveis está na segurança eletrônica: instalar câmeras, alar-mes e cercas nas lojas pode pro-piciar tranquilidade ao empresá-rio.

Proprietário de uma das empre-sas especializadas em segurança

Tecnologia a favordo comércioSaiba como um sistema de segurançaeletrônica pode deixar sua loja protegidada ação de criminosos

eletrônica no Vale do Aço, Rodri-go Cordeiro Silva ressalta que há equipamentos com tecnologia de ponta para que as lojas fiquem protegidas e não sejam alvo da ação de marginais. “O alarme vai inibir a ação, mas se porven-tura houver alguma intrusão no estabelecimento comercial, uma central de monitoramento re-cebe esta informação imediata-mente e há um apoio tático no local. Temos uma estimativa de chegar a uma residência ou co-mércio em no máximo 11 minu-tos, embora esse tempo possa cair pela metade”, revela Rodrigo Cordeiro. Conforme ele, este tipo de vigilância é fundamental para

Proprietáriode uma dasempresasespecializadas em segurança eletrônica no Vale do Aço,Rodrigo Cordeiroafirma queinstalar câmeras, alarmes e cercas nas lojas pode propiciartranquilidadeao empresário.

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11COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012www.sindcomerciova.com.br

a segurança da loja. “Não basta comprar o alarme e colocá-lo. Sem monitoramento, o estabele-cimento comercial continua des-protegido e o empresário vai ter apenas uma ilusão de segurança. O alarme é só um instrumento de aviso. Ele precisa estar aliado a um monitoramento humano de 24 horas”, observa.

ProcedimentoRodrigo Cordeiro orienta que

o primeiro procedimento que o comerciante deve ter ao decidir instalar um sistema de segurança eletrônica em sua loja é acionar uma empresa especializada. “Tra-ta-se de um ramo de atividade onde você vai deixar o seu patri-mônio na mão de uma empre-sa. Então, primeiro é necessário entender que tipo de estabeleci-mento comercial é esse que será protegido e fazer essa análise de risco do ambiente da loja, iden-tificar quais são os pontos que você quer ter uma imagem gra-vada e desenvolver um projeto. Posteriormente teremos uma prestação de serviços que é, em resumo, um monitoramento de alarme e vídeo. É a união do sis-tema eletrônico com um opera-dor bem treinado e qualificado”, reforça.

Monitoramentogarantido

Há ainda o que as empresas de segurança chamam de “mo-nitoramento garantido”, que visa ressarcir o empresário no caso de crimes de menor porte contra a loja dele. “Por exemplo: o ban-dido arrombou o comércio du-rante determinada madrugada e levou uma câmera fotográfica e um laptop. Nos seguros conven-cionais há a franquia e eliminam eletrônicos de pequeno porte.

No nosso caso não, pois o ‘moni-toramento garantido’ serve justa-mente para premiar esses peque-nos delitos nos quais os marginais levam objetos eletrônicos. Então é garantido até R$ 7.500 para o cliente”, explica Rodrigo Cordei-ro. Segundo ele têm sido mui-to comum furtos deste tipo em estabelecimentos comerciais do Vale do Aço. “Atualmente as lojas são alvo da maioria dos arrom-bamentos. Quando o sistema de segurança é colocado em um es-

do acontece uma invasão numa loja há um disparo de alarme, a operadora conecta nas câmeras do cliente e é possível ver o que está ocorrendo em tempo real. Vão ser tomadas todas as provi-dências instantaneamente, que é acionar a Polícia Militar e equipes táticas”, discorreu Rodrigo Cor-deiro.

O sistema de segurança, escla-rece Rodrigo Cordeiro, também funciona quando a loja está aber-ta. “Se o comerciante for vítima de um assalto a mão armada du-rante o dia, por exemplo, ele po-derá acionar o que chamamos de ‘botão de pânico’, que fica em um local estratégico da loja e só deve ser acionado se houver a certeza de que o ladrão não está vendo. Após o botão ter sido apertado teremos um acesso rápido, atra-vés das câmeras de segurança, de tudo que está acontecendo na loja. É assim que conseguimos monitorar bancos, casas lotéricas e outros estabelecimentos que movimentam grandes quantias em dinheiro”, conta.

Veículos As empresas especializadas

em segurança eletrônica ainda disponibilizam outras tecnolo-gias de monitoramento. “Há o rastreamento de veículos para as pequenas frotas que as empresas têm, ou seja, vai desde o comér-cio de botijão de gás quando o empresário tem 3, 4 motos e quer rastreá-las, até os caminhões de entrega de um supermercado. É possível fazer o acompanhamen-to desses veículos sabendo qual a velocidade, pontos de parada e outras informações. O caminhão também tem a opção ter o bo-tão de pânico, já que o motorista pode ser rendido por um margi-nal”, conclui Rodrigo Cordeiro.

Com a atualtecnologia e

velocidade daInternet é possívelpresenciar uma

ação de criminososao vivo por

meio de câmeras de vigilância.

tabelecimento nós identificamos com adesivos e placas, indicando que aquele comércio é monito-rado. Isso acaba diminuindo a atração do meliante àquele de-terminado imóvel”, complemen-ta Rodrigo Cordeiro.

Tempo real Com a atual tecnologia e velo-

cidade da Internet é possível pre-senciar uma ação de criminosos, ao vivo, por meio de câmeras de vigilância. “É difícil a Polícia Mili-tar estar em todo lugar, mas um sistema de segurança pode estar em todos os comércios. Quan-

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12 COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012 www.sindcomerciova.com.br

A pavimentação cada vez mais iminente do trecho da rodovia MG-760 que vai de São José do Goiabal ao distrito de Cava Gran-de, em Marliéria, trará benefícios e oportunidades únicas para o comerciante varejista e atacadis-ta de bens e serviços do Vale do Aço. Haverá um maior fluxo para escoamento e chegada de mer-cadorias na região, minimizando custos e trazendo agilidade. Os avisos de licitação para a execu-ção das obras já foram publicados no Diário Oficial de Minas Gerais e a abertura dos editais deverá ocorrer entre os dias 17 e 20 de setembro.

O percurso a ser pavimentado tem uma extensão de 56,8 km. Fabrício César Fernandes, gerente da Regional Rio Doce do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pe-quena Empresas), lembra que a MG-760 está ligada às BRs 381 e 262, dando acesso ao Vale do Piranga e à Zona da Mata, entre outras regiões.

“A pavimentação beneficiará a indústria, mas vejo um impacto

Novo mercado a ser exploradoPavimentação da MG-760 trará benefícios,

oportunidades e desafios ao comerciante do Vale do Açomaior sobre o comércio, uma vez que a cidade de Ubá, por exem-plo, tem um arranjo produtivo de móveis em crescimento. Há aqui no Vale do Aço vários em-preendimentos deste segmento econômico e a nova MG-760 vai facilitar maiores e melhores aqui-sições nas indústrias localizadas na Zona da Mata”, analisa Fabrí-cio Fernandes. Ele ressalta que a

MG-760 corta o Parque Estadual do Rio Doce e que a pavimenta-ção pode potencializar o turismo regional e aumentar a consciên-cia ambiental.

Alternativas Após o fim das obras na rodo-

via alguns caminhos serão encur-tados e o tempo que as mercado-rias levam para chegar ao Vale do Aço consequentemente diminui-rá. Haverá um leque maior de pro-dutos disponíveis para a compra e o escoamento de itens que são produzidos em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, será facili-tado. “Outra análise que a gente pode fazer é que a pavimentação por si só pode não ser suficiente para estimular o desenvolvimen-to econômico dos municípios que serão impactados por ela, e as ci-dades precisam criar alternativas para se desenvolver. Isso sugere que os municípios impactados construam uma agenda de ações com foco no aumento de compe-titividade do setor privado”, ava-lia o gerente do Sebrae.

Após o fimdas obras na

rodovia algunscaminhos serãoencurtados e otempo que as

mercadorias levam para chegar ao

Vale do Açodiminuirá.

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13COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012www.sindcomerciova.com.br

Novo mercado a ser explorado

Com a pavimentação da MG-760 novas portas vão se abrir para que o comerciante do Vale do Aço pense em alternativas de expandir seu negócio com vistas em mercados novos. Da mesma maneira que o custo será menor para a chegada de outras mer-cadorias e produtos, ele também diminuirá para o envio. “Então é interessante que os empresários consigam vislumbrar a pavimen-tação com uma possível amplia-ção de mercado, de maneira que possam se inserir nele de forma competitiva”, recomenda Fabrício Fernandes.

19 mil

Conforme dados do Sebrae existem cerca de 19 mil empresas em Ipatinga, Fabriciano e Timó-teo, incluindo os Micro Empreen-dedores Individuais – que já che-gam a 7 mil na região. Mas não serão só os comerciantes das três principais cidades do Vale do Aço que serão beneficiados, uma vez que a pavimentação da MG-760 deverá trazer desenvolvimento também para o distrito de Cava Grande e cidades circunvizinhas. “O Vale do Aço sofreu um baque muito forte depois da crise eco-nômica mundial de 2008, uma vez que a siderurgia e a minera-ção foram dois segmentos bas-

tante afetados. Em contrapartida a pavimentação da MG-760 vai trazer consigo várias alternativas de desenvolvimento e expansão

mercadológica de alguns em-preendimentos, trazendo fôlego para muitos mercados”, comple-ta Fabrício Fernandes.

Em 2011 o Sebrae desenvol-veu um estudo chamado “Aná-lise de Atratividade”. Em quatro meses, por meio de entrevistas com empresários e profissio-nais de grandes empresas, foi feito um diagnóstico que ma-peou e tentou entender como funciona o setor logístico do Vale do Aço. “Percebemos que

os empresários do comércio em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo tendem a ter a sua lo-gística internalizada. Isso signi-fica que uma empresa tem suas entregas feitas por frota própria, sendo que – conforme o ramo do negócio – essa entrega nem sempre é um fator crítico para o sucesso do empreendimento. En-

tão verificamos que a logística internalizada pode ser reava-liada enquanto uma estratégia de posicionamento da empre-sa”, explica Fabrício Fernandes, acrescentando que nos casos de frota própria o comercian-te tem um alto investimento, é obrigado a montar uma equipe e ainda perde um tempo precio-

Sebrae fez diagnóstico sobre osetor logístico do Vale do Aço

Fabrício Fernandes, gerente da Regional Rio Doce do Serviço de Apoio às Microe Pequena Empresas

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14 COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012 www.sindcomerciova.com.br

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so que poderia ser direcionado para que ele avance mercado-logicamente e se posicione me-lhor no mercado.

A “Análise de Atratividade” apontou que há um núme-ro grande de transportadoras autônomas no Vale do Aço e, que em alguns casos, não se têm uma noção muito clara de como precificar o frete. “Tam-bém há uma dificuldade de en-tender o caminhão como um investimento, um bem que se deprecia e tem que ser atua-lizado. Nos esforçarmos para oportunizar capacitação para os motoristas e empresários das transportadoras, pois sabemos que é importante para estimu-larmos o crescimento do setor na região”, explica o gerente

do Sebrae. Conforme dados da RAIS (Re-

lação Anual de Informações So-ciais) 2009, 99% do setor logísti-co é representado pelo transporte de carga rodoviário, mesmo o Vale do Aço sendo cortado pela Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). “Constatamos que a fer-rovia e as rodovias poderiam ser mais bem integradas. Por exem-plo, vai uma locomotiva cheia para o Espírito Santo e volta va-zia. De que maneira isso pode ser

aproveitado? Quais os produtos que são comprados nesse des-tino da locomotiva e poderiam ser aproveitados nesse modal ferroviário? São questões a se-rem pensadas”, propõe Fabrício Fernandes.

Também de acordo com a “Análise de Atratividade” não há barreiras para a entrada de novas transportadoras em Ipa-tinga, Coronel Fabriciano e Ti-móteo, mas há a ressalva de que este tipo de empresa tem pouco poder de barganha na região. Por esta razão há de se estimu-lar um trabalho cooperativo en-tre as empresas de transporte de pequeno porte, de maneira que elas tenham condições de se posicionar no mercado e au-mentar o poder competitivo.

De acordo com aAnálise de Atratividade

não há barreiras para aentrada de novas transporta-doras em Ipatinga, Coronel

Fabriciano e Timóteo.

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Empresários de todo oVale do Aço tiraram dúvidas

com os representantes do Sindcomércio,

Senac, Consul e MTE

Promulgada em dezembro de 2000, a Lei da Aprendizagem Co-mercial determina que todas as empresas de médio e grande porte contratem um número de jovens aprendizes equivalente a um míni-mo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários cujas funções demandem formação pro-fissional. Passados quase 12 anos a lei ainda gera algumas dúvidas acerca de como, onde e quando contratar o jovem aprendiz. Com o objetivo de esclarecer essas ques-tões, o Sindcomércio Vale do Aço, a Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego e o Senac promoveram, neste mês de agos-to, no Panorama Tower Hotel, em Ipatinga, um workshop com pales-

Lei da AprendizagemComercial é esmiuçada em workshopSindcomércio, Ministério do Trabalhoe Senac promoveram evento paraempresários em Ipatinga

tra e bate-papo com empresários.O evento teve início com pales-

tra da auditora fiscal Ana Carolina Timo, que abordou o tema “Orien-tações ao cumprimento da Lei da Aprendizagem Comercial”. Ela es-miuçou como é feito trabalho da Gerência Regional do Ministério e Emprego de Ipatinga, órgão res-ponsável pela fiscalização em 34 municípios da região. “O objetivo da aprendizagem comercial é pro-piciar uma formação profissional metódica aos jovens, de maneira a criar uma mão de obra qualificada a ser absorvida pelo próprio em-presário”, observou Ana Carolina Timo.

Empresas com mais de sete em-pregados, que não sejam micro

Empresascom mais desete empregados,que não sejammicro ou depequeno porte,estão obrigadasa contrataraprendizes.

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ou de pequeno porte, estão obri-gadas a contratar aprendizes. É considerado jovem aprendiz aque-le contratado diretamente pelo empregador ou por intermédio de entidades sem fins lucrativos, que tenha entre 14 e 24 anos e esteja matriculado e frequentando a es-cola, caso não tenha concluído o Ensino Médio. “Ao contratar um jovem aprendiz a empresa estará cumprindo uma função social pre-vista pela Constituição Federal”, emendou Ana Carolina Timo.

A auditora fiscal ainda discorreu sobre jornada de trabalho, como calcular a cota de jovens aprendi-zes dentro de uma empresa, pror-rogação de contrato de trabalho, salário mínimo proporcional e os direitos e deveres dos aprendizes, entre outros assuntos.

SenacA segunda palestra do workshop

foi ministrada por Anair Bragança, supervisora pedagógica do Senac Vale do Aço, que fez explanações acerca do tema “A importância do Programa Jovem Aprendiz para as

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Supervisorapedagógica do Senac, Anair Bragançaressaltou que ojovem aprendizpoderá “ter ocomportamentolapidado”

A auditora fiscal AnaCarolina Timo abordouo tema “Orientações aocumprimento da Lei daAprendizagem Comercial”

Estratégias das Empresas”. Anair ressaltou que são inúmeras as oportunidades que a empresa tem ao contratar um aprendiz. “Cada vez mais temos problemas com mão de obra qualificada no mer-cado. O aprendiz pode suprir essa carência, uma vez que é um jovem em formação que poderá ter o comportamento lapidado, tornan-do-se um profissional ético, apto a

trabalhar em equipe e com visão empreendedora”, analisou Anair Bragança.

“Case”Divaldo Pires, diretor da Consul,

foi o terceiro a proferir palestra e apresentou um “case” de sucesso, mostrando como são os critérios de contratação do aprendiz na co-operativa, revelando – ainda – que

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o período de aprendizagem nos supermercados dura 12 meses e tem início sempre em outubro. “De 2009 a 2011, a Consul contratou 90 aprendizes, que foram se-lecionados através de entrevistas com provas de redação e matemática. A experiência tem mostrado que vale a pena contratá-los”, pontuou Divaldo.

Dúvidas O workshop terminou com um debate com pergun-

tas e respostas envolvendo os empresários, Ana Carolina Timo, Anair Bragança e o assessor de Relações do Traba-lho e Sindical do Sindcomércio, Tiago Barcelos. Foram tiradas várias dúvidas referentes à Lei de Aprendizagem Comercial como, por exemplo, o fato de o jovem apren-diz não poder cumprir mais de uma função dentro de uma empresa, questão que foi esclarecida pela auditora fiscal.

O comerciante varejista e atacadista de bens e servi-ços do Vale do Aço que queira esclarecimentos acerca da Lei de Aprendizagem Comercial pode entrar em contato com o Sindcomércio através dos telefones 3842-2040, 3821-9020, 3849-4490 ou pelo e-mail [email protected]. O Sindcomércio ainda disponibiliza aos empresários interessados um CD com o manual da Lei da Aprendizagem Comercial.

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Divaldo Pires mostrou o “case” de sucesso da Consul, revelando que de 2009 a 2011 a

cooperativa contratou 90 jovens aprendizes

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Experiência, visão e empreendedorismo

No comércio há três décadas, Marco Túlio Lamounier Alves, de 44 anos, foi balconista e gerente até se tornar sócio-proprietá-rio da Flag’s, tradicional loja de calçados da região. Nascido em Itapecerica, na região Oeste de Minas Gerais, ele se estabele-ceu no Vale do Aço em 1982. Casado e pai de três filhos, Marco Túlio é o entrevistado deste mês da coluna “Bate-papo com o comerciante”. Ele recebeu a reportagem da Revista Comércio em Ação em seu escritório em Coronel Fabriciano.

COMÉRCIO EM AÇÃO – Fale um pouco de sua trajetórianestas três décadas. Marco Túlio – Recém chegado à região em 1982, vim de Itapecerica para trabalhar, em Timóteo, com o meu tio Hamilton Lamounier na loja Sirigaita Calçados. Eu era garoto e não tinha muita noção do que era

De balconista a empresário, Marco TúlioLamounier completa três décadas nocomércio e anuncia novos investimentosno Vale do Aço

Marco TúlioLamounier écasado e pai detrês filhos

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21COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012www.sindcomerciova.com.br

o comércio, comecei como balco-nista, mas fazia de tudo. Tempos depois tive a oportunidade de me tornar gerente. Já em 1991 comecei como sócio-proprietário da Flag’s. Depois ainda me tornei sócio da Biboca, da Sirigaita, da Maluca e, por ultimo, em 2010, da Realce – uma moderna loja na Rua Maria Matos. Todas são do ramo de calçados e estão situadas aqui em Fabriciano. Me identifico muito com o Vale do Aço e tenho mais tempo na região do que em minha própria terra natal. Muitos anos se passaram e hoje eu tenho três filhos – dois rapazes e uma moça. Atualmente estou venden-do as lojas que tenho em outras regiões do estado para voltar a atenção e investir novamente no Vale do Aço. Quero me reestru-turar aqui na região e este ano mesmo, até novembro, teremos duas novas lojas em Ipatinga, uma da Sirigaita Calçados e outra da Flag’s. Acredito no comércio do Vale do Aço e mais novidades virão.

C.A. – Como foi a transição de comerciário para comerciante?M.T. – O comércio é uma luta di-ária e no início eu tive muitas difi-culdades, pois na década de 90 as condições de crédito eram escas-sas e havia uma inflação bastante complicada. Depois houve o Pla-no Real e as coisas começaram a melhorar um pouco. Hoje a con-corrência é mais acirrada, mas em contrapartida você tem uma linha de crédito bastante alongada. Quando eu estava começando, tudo era novidade e passei por

épocas nas quais o país enfrentava situações complicadas: você tinha um preço na vitrine de manhã e à tarde ele era outro. Você com-prava por 100 de manhã, vendia por 150 à tarde e, à noite, quan-do você ia comprar novamente, já estava custando 250. Foi uma época turbulenta com uma infla-ção terrível, era uma coisa absur-da e o comércio ficou bastante complicado. Foram poucas lojas que sobraram e os que sobrevive-ram estão até hoje.

C.A. – E quais são as dicas que o empresário Marco Tú-lio pode dar para quem quer abrir um comércio?M.T. – A primeira coisa é buscar as informações e fazer um pla-nejamento. Entidades como o Sebrae e o Sindcomércio te dão total acesso a tudo: existem pes-quisas e é possível saber qual o ramo que está em melhor ativi-

dade no momento, por exemplo. Abrir um comércio antigamente era mais difícil, uma vez que você não tinha muito a noção das coi-sas, do que estava acontecendo fora da nossa região. Mas atu-almente é possível estar sempre atualizado e ter todas as informa-ções gratuitas: você vai saber qual o montante pode gastar e quanto tem que vender para cobrir seus custos com aluguel, despesas, im-postos e ainda sobreviver. Então se você quer abrir um negócio é importante que busque orienta-ções com as pessoas certas. Atu-almente é tudo mais fácil, uma vez que se o comerciante tem uma empresa sólida e tranquila, sem nenhuma restrição, ele vai conseguir financiamentos para capital de giro ou reformas, por exemplo. Seja engenheiro, médi-co ou professor, todo mundo que tem uma oportunidade de ser um empresário, acaba se tornando

A Sirigaita Calçados, na Rua 6 de janeiro,em Timóteo, no início da década de 80

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um, pois é uma coisa que vale a pena.

C.A. – Gostaria que você falas-se também sobre contratação de empregados, das vanta-gens em ser empresário e dos pontos fortes do comércio no Vale do Aço. M.T. – Atualmente é comum o giro de funcionários nas lojas, muito por conta das oportunida-des de emprego que têm surgido. Comércio é venda e gerência: to-dos os meus gerentes começaram como vendedores e estamos sem-pre dando ofertas de emprego. Sabemos que essa rotatividade de funcionários nas empresas é ruim por um lado, mas também é bom, pois entendemos que está havendo muitas ofertas de em-prego e os novos empregados já começam com uma injeção nova

de ânimo. Sobre as vantagens em ser comerciante, eu posso dizer que a maior delas é trabalhar por conta própria. Foi a escolha que fiz e acho que é um bom cami-nho, não penso em mudar e ain-da quero crescer mais como co-merciante. Ser empresário é estar sempre na rua e em contato com as pessoas, aprendendo coisas novas e ficando atualizado. Você tem que ser uma pessoa política, uma vez que o comércio não é pra todo mundo. Na verdade ele é para poucos, pois nem todo mun-

do tem o dom de ser comercian-te. No Vale do Aço o comércio é muito forte, mas já foi melhor. As dificuldades que as siderúrgicas da região estão passando aca-bam nos afetando. As estradas de acesso a Ipatinga, Coronel Fa-briciano e Timóteo são péssimas e inviabilizam qualquer empresa de se instalar aqui. A logística por aqui é um fator complicado e os custos são altíssimos, mas sei que isso é só um momento que vai passar como muitas outras crises que já tivemos.

A Flag’s em meados de 1992:a loja foi o primeiro empreendimento do entrevistado deste mês da coluna

“Bate-papo com o comerciante”

A atual loja da Flag’sé espaçosa e moderna

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