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Revista idealizada e produzida pela aluna Livia Zanolini como exigência a conclusão do curso de Comunicação Social habilitação em Jornalismo da Universidade de Uberaba.
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EDUca aR E V I S T A
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A educação além da sala de aula
Trabalhar com Educação foi uma vontade que surgiu a partir de
minha participação em um programa de Iniciação Científica, junto
ao Mestrado de Educação da Universidade de Uberaba, em 2007.
Responsável pela Comunicação desenvolvida no projeto, percebi
a visão equivocada de educadores sobre o verdadeiro papel do
comunicador. Esse fato me incentivou a trabalhar com temas que
mostrassem que a Educação pode encontrar aliados para cumprir
com o verdadeiro sentido de educar.
Em todas as produções como bolsista no projeto e em ambos os
relatórios que elaborei para apresentar à Pró-reitoria de Pesquisa e
Pós-graduação, com o objetivo de avaliação e evolução nas
pesquisas, busquei abordar sobre a relevância de unir as áreas da
Comunicação e da Educação nos processos de ensino-
aprendizagem. Nesses estudos, minha orientadora no projeto –
admirável professora que tanto faz falta a todos! – Mirna Tonus,
percebendo os caminhos que vinha seguindo nessa área,
apresentou-me um tema novo: a Educomunicação.
Evoluir dos artigos que abordavam a simples relação entre as
áreas da Comunicação e da Educação para a Educomunicação
não foi muito difícil. Mas, confesso, é um tema que vai além, muito
além, dessa inter-relação entre as áreas ou do uso de tecnologias
nos processos educativos. É um campo que busca o
conhecimento priorizando a prática social. Pelo menos é isso que
me mostrou o pai do campo da Educomunicação, professor Ismar
de Oliveira Soares, que vocês conhecerão ao longo dessa revista.
Esta Educativa procura mostrar exatamente o objetivo da
Educomunicação: educar de forma cativante e ativa, promovendo
o saber além dos conhecimentos sistematizados nas disciplinas,
que promova transformações íntimas nos indivíduos tornando-os
ativos e agentes das transformações sociais. Preparando-os para
viver, de fato, em sociedade.
Acredito na Educação como a melhor forma de tornarmos
indivíduos autônomos e ativos. Quando falo em educomunicar,
não imagino uma sala de aula repleta de alunos sentados, com
seus lápis e cadernos, olhando fixamente para a lousa, mas
imagino um pátio escolar repleto de alunos envolvidos em
atividades recreativas. Quando falo em educomunicar, penso em
novos recursos, novas abordagens, novos pensamentos. Penso
em participação, integração, união, criatividade, imaginação.
Penso em crescimento individual e, acima de tudo, coletivo. A
Educomunicação é absolutamente DE todos e PARA todos.
Editorial
EDUca os
Jornalista: Lívia Zanolini
Projeto Gráfico: Luciano Guimarães
Fotografia: Michelle Parron
Diagramação: Claudineia Santos
e José Adolfo
Professora Responsável: Indiara Ferreira
Edição 001 • Ano 01 • Nº 01
Uberaba • Minas Gerais • Brasil
EDUCAÇÃO E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Foto: Michelle Parron
Educomunicação e as Novas Abordagens Educativas
Aprender a Educomunicar
Conversa com Professor Ismar
A Educomunicação nas Universidades
Educomunicação na Intercom
Rádio Corina - Em Sintonia com a Educação
As Mídias e os Muros da Escola
Educação em Pauta
Os Diários Virtuais
Luz, Câmera, Criação!
Recursos Tecnológicos na Educação
Como Montar um Projeto Educomunicativo
Dicas sobre Educomunicação
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16
19
20
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28
29
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33
37
Índice
4
participem das transformações sociais atuando pelo
bem comum.
Você, como professor, já deve ter sentido a influência
das mídias sob os jovens. Quantas vezes você viu
alunas exibindo algum modelito de personagens de
novelas? E os ditos populares dos programas que
ficam entre as frases mais pronunciadas? Lembra-se
de um caso verídico e chocante que tenha saído em
algum veículo de comunicação e que foi o assunto do
dia? De fato, os jovens, como qualquer pessoa, são
bombardeados pela quantidade de informações que
recebem dos meios de comunicação. É impossível
negar sua presença na formação deles.
Percebendo a presença da comunicação no cotidiano
e nos processos educacionais e a importância de se
fazer educação nos meios midiáticos, o coordenador
do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de
Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
(ECA-USP), Ismar de Oliveira Soares, começou a
estudar essa inter-relação entre as áreas da
Comunicação e Educação. A Educomunicação, como
é chamado o novo campo, ultrapassa os limites dos
terrenos escolares e estende-se a todo o contexto
social no qual o ser humano está inserido. Busca
promover a educação por meio da convivência com o
outro e a cultura, submetendo, tanto educadores,
quanto educandos, à aceitação das diferenças e à
valorização dos diversos discursos.
Século XXI. Grande influência da mídia na sociedade e necessidade cada vez maior de se preparar para o mercado e para a vida. A Educomunicação é um campo que traz propostas que podem revolucionar a Educação no país e preparar os futuros profissionais para lidar com essa avalanche de transformações sociais.
Você conhece a frase “educação é aquilo que fica
depois que você esquece o que a escola ensinou” de
Albert Einstein? O autor já se foi há quase 55 anos e a
afirmação ainda faz sentido, como se tivesse sido
escrita ontem. Bem, se educação é o que fica depois
que seus alunos esquecem todas as teorias e fórmulas
que aprenderam na escola, pressupõe-se que a
educação formal – aquela presente no ensino escolar
institucionalizado, baseada em livros e apostilas
escolares – não é a única forma de construir o
conhecimento. Ela é essencial, mas sozinha não
cumpre com o verdadeiro sentido de educar.
De acordo com o professor de Filosofia da Educação e
Filosofia Política, Eduardo Chaves, a educação deve
ser vista como algo capaz de formar pessoas
preparadas para sobreviver em uma sociedade que
precisa mais do que conhecimentos ligados somente
às ciências do saber. Mas que saibam, também,
conviver com os demais, que tenham atitudes
coerentes perante as diversas situações e que
Educomunicação e asNovas Abordagens Educativas
É impossível negar a presença
dos meios de comunicação
na formação dos jovens.
5
Foto: Michelle Parron
Educar é cativar.
6
Para ele, a Educomunicação, como um campo
disposto entre a comunicação e a educação, usufrui
da mídia e das tecnologias para criar espaços
educativos que visam ao aprendizado mútuo e onde
todos têm direito – e dever – à participação. Contrário
ao conceito da educação tradicional, que valoriza a
lógica dos objetos e os produtos obtidos com estudos
sistematizados, a Educomunicação se detém nos
processos educativos e estimula o envolvimento dos
sujeitos com suas individualidades.
Ismar Soares concorda com o pensamento do
professor da Universidade Ibero-Americana do
México, Leonardo Méndez Sánchez, quando ele
relembra que a educação necessita reestruturar-se e
voltar-se, também, para a valorização do sujeito e da
sensibilidade no processo educativo, pois o homem é
um ser repleto de vivências e sentimentos tão
importantes no processo educativo, quanto à
presença das teorias e conceitos. Enfim, que sentido
teria a educação se ficasse restrita apenas ao que é
exterior ao homem?
Por isso, a Educomunicação é um campo que concilia
todas as partes que envolvem a inteligência e incentiva
a vivência de todas para o verdadeiro aprendizado. A
apreensão da realidade dá-se por meio das
experiências e, a partir disto, o ser humano constrói
seu conhecimento. Afinal, não é possível estabelecer
uma cultura que se ampare apenas em teorias e
conceitos. Mais do que isso, a cultura se constitui de
ações comuns da realidade de um povo, como
crenças, comportamentos e valores.
De acordo com os princípios educomunicativos, as
escolas são palcos de intersecção de idéias que
podem ser utilizadas a favor da educação. Por meio de
ferramentas comunicativas, os professores incentivam
os alunos a produzirem conteúdos educativos de
forma lúdica e criativa por meio da execução de
projetos a serem desenvolvidos na escola. A proposta
é promover educação por meio da comunicação para
a compreensão não somente do conteúdo formal de
âmbito escolar, mas também para compreensão da
sociedade e da cultura.
Nesse processo, além dos benefícios pedagógicos, os
alunos aprendem a expor suas idéias e a respeitar os
pensamentos alheios. Desenvolvem a cidadania,
pesquisam, aprendem para sat is fazer as
necessidades próprias e as do projeto, além de
mostrar seu potencial fora das salas de aula. Aprender
a conviver com as diferenças, com as diversas
culturas, conquistar novos saberes e tornar-se mais
seguros na tomada de suas decisões, passar a
entender o poder da mídia e a utilizá-la a seu favor, sem
deixar-se manipular por ela, também estão entre os
objetivos da Educomunicação.
Mesmo depois de estudos que comprovaram a
relevância desta inter-relação, Ismar Soares percebe
que ainda há resistências e teorias que neguem a
aproximação entre os campos da comunicação e da
educação. “No entanto, no mundo latino, certa
aproximação foi constatada, graças à contribuição
teórico-prática de filósofos da educação como
Célestin Freinet ou Paulo Freire, ou da comunicação,
como Jésus Martín-Barbero e Mário Kaplún”. Além
Educomunicação nas escolas
O homem é repleto de vivências
e sentimentos tão importantes
no processo educativo, quanto à
presença das teorias e conceitos.
A Educomunicação concilia todas as
partes que envolvem a inteligência
para o verdadeiro aprendizado.
7
disso, o avanço tecnológico e os estudos cada vez
mais direcionados apontam ainda mais para este
ajuntamento entre os dois campos do saber.
O técnico e coordenador do Serviço Social do
Comércio (SESC) São José dos Campos, Sérgio
Seabra, esclarece, ainda, sobre a importância do
diálogo entre mídia e escola. “‘Apáticos’ ou ‘rebeldes’,
o comportamento dos alunos é reativo à clausura de
um ambiente em que não se pode expressar-se com
liberdade: a sala de aula – e, em sentido mais amplo, o
mundo”. Ele acredita o quanto os elementos
midiáticos, quando utilizados na escola, podem atuar
em benefício, tanto individual, quanto coletivo. Isso
mostra que o poder da comunicação, aliado à
educação, tende a atrair mais a atenção dos
educandos, podendo conquistar melhores resultados.
A mestre em Ciências Sociais e doutora em
Comunicação e Cultura, Ângela Schaun, enfatiza a
impor tânc ia da Educomun icação para o
desenvolvimento dos princípios de cidadania. Para ela,
a prática educomunicativa torna possível viver em uma
sociedade em que há diferenças, pois elas serão
respeitadas; em uma sociedade em que há novas
tecnologias e constantes transformações, pois haverá
inclusão; em uma sociedade em que há líderes, mas
que, apesar disso, haverá comunicação democrática e
com a participação de todos que querem se
manifestar.
Os estudos e a prática da Educomunicação fazem
com que os envolvidos nos processos educativos
passem a olhar a educação não somente como forma
de atingir boas notas, mas como forma de tornarem-se
pessoas autônomas, compromissadas com a
realidade e persistentes em relação aos seus
objetivos.
Foto: Michelle Parron
Falar de Educomunicação é falar de união pelo bem comum.
8
Aprender a EducomunicarProfa. Dra. Mirna Tônus
A primeira vez em que comunicação e educação se
mostraram unidas em minha carreira acadêmica foi
ainda na graduação em Jornalismo, na Universidade
Metodista de Piracicaba (Unimep), no início da década
de 1990. Desde aquela época, tem sido um longo e
prazeroso período de aprendizagem, no qual separar
as duas áreas se tornou impensável, ainda mais
depois da tentativa de fomentar um diálogo entre elas
no mestrado em Educação, na mesma instituição, e de
estender essa reflexão para as Tecnologias da
Informação e da Comunicação no doutorado em
Multimeios na Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
Certa vez, publiquei um pequeno artigo – Entre a
comunicação e a educação –, no qual busquei refletir
sobre o trânsito nas duas áreas. Hoje, porém, ao
pensar sobre o conceito de Educomunicação, que tem
no professor Ismar de Oliveira Soares, da Escola de
Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
(ECA/USP), um dos maiores entusiastas e um
importante especialista, percebo que se trata não de
“entre”, mas de “com”. Educação com comunicação.
E de “para”. Educação para comunicação e,
igualmente importante, comunicação para educação.
Essa concepção, cada vez mais fortalecida em minhas
pesquisas e atividades acadêmicas, tem encontrado,
satisfatoriamente, reflexos em alguns alunos que, a
meu ver, já pensavam de maneira semelhante. Assim,
estamos todos, continuamente, aprendendo a
educomunicar, seja por meio do ensino, em disciplinas
que abordam esse diálogo; seja no desenvolvimento
de pesquisas, nas quais aprofundamos as discussões
teóricas e conhecemos melhor se, onde e como a
educomunicação tem se realizado; seja em projetos
de extensão, ao sensibilizar professores e outros
atores sociais relacionados à escola para a
importância do tema.
Nesse tripé que caracteriza a universidade, deparo-me
com os ecos dessa aprendizagem nos projetos de
pesquisa e extensão que coordeno na Universidade
Federal de Uberlândia (UFU), com foco em
educomunicação e meio ambiente.
Se o mundo humano é um mundo de comunicação,
como afirmava o educador Paulo Freire, que essa
comunicação possa ser vista, por campos como a
educação, como uma importante aliada na promoção
de uma sociedade mais consciente e humana, no mais
pleno sentido que o “humano” pode ter.
FotoMirna
Foto: Arquivo Pessoal
Falar de Educomunicação é abordar a união
entre a Educação e Comunicação. É falar de
criatividade, prática social, interação e
desenvolvimento. O coordenador do Núcleo
de Comunicação e Educação (NCE) da Escola
de Comunicação e Artes da Universidade de
São Paulo (ECA-USP), Ismar de Oliveira
Soares, apesar de mostrar-se otimista,
considera que a oferta de formação na área
da Educomunicação ainda é pequena. A
equipe do núcleo tem trabalhado ao redor de
30 mil pessoas, nesses últimos anos, e,
atualmente, orienta cerca de cinco mil
professores do estado de São Paulo. “O Brasil
tem três milhões de professores, o que é
falar em 30 mil? Não é nada. Então, na
verdade, a formação aos poucos está
surgindo”.
Conheça o trabalho do pesquisador que
ampliou o conceito da Educomunicação.
9
Conversa com Professor Ismar
Ismar de Oliveira SoaresFoto: Divulgação
10
EDUCATIVA
Ismar Soares
- A partir do que surgiu o interesse de
estudar a Educomunicação?
- Ao longo da recente história,
especialmente a partir dos anos 40, as pesquisas em
Comunicação identificaram a hegemonia de alguns
pensamentos. Desde a escola chamada funcionalista,
passando por uma escola crítica, como a Escola alemã
de Frankfurt, e se desenvolvendo em uma perspectiva
estruturalista até chegar aos estudos culturais.
E o que acontecia é que a Comunicação tinha pontos
de vista sobre a Educação, e a Educação pontos de
vista sobre a Comunicação. Nesse caso, os dois
campos não se integravam. A Educação temia pelo
impacto da mídia e desenvolvia programas de
formação crítica frente à mídia, por exemplo. Ou senão
a Educação pretendia fazer uso de alguns
instrumentos da Comunicação, chamada tecnologias
educativas. Nesse caso, tanto esse olhar crítico,
quanto o uso, eram secundários, optativos. Não faziam
parte, portanto, do ideário da Educação. Porque para a
Educação, o que ela fazia já era comunicação
suficiente e não necessitava se preocupar com isso.
No entanto, ao longo dos últimos, pessoas dos dois
campos, da Comunicação e da Educação, passaram
a agir de uma forma diferenciada com relação a essas
teorias. Eram pessoas que, através daquilo que se
chamou antigamente de comunicação alternativa,
comunicação popular, passaram a dar uma
intencionalidade educativa para os processos
comunicativos. Aí, vamos ter práticas alternativas e um
pensamento alternativo.
Então, uma pesquisa realizada pelo Núcleo de
comunicação e Educação da ECA-USP examinou
essas práticas, no Brasil, América Latina e no mundo e
percebeu que muitas pessoas pensavam de forma
semelhante, tinham dúvidas semelhantes, ainda que
não se conhecessem. Aí, nós resolvemos usar um
termo Educomunicação, que é novo em termos de
constituição. Não absolutamente novo, pois tinha sido
usado há um tempo pela própria UNESCO –
Organização das Nações Unidas para a educação, a
ciência e a cultura – para designar a leitura crítica da
mídia.
- Como funciona o trabalho do NCE?
- O NCE tem trabalhado de forma
variada, dialogando com instituições. Exemplo,
dialoga com o canal Futura, que é uma mídia. Dialogou
com o Jornal da Tarde, quando produziu 80 páginas
para a mídia impressa. Não devemos ver a
Educomunicação como algo da escola, mas como
algo da sociedade. O núcleo ajudou a fundar uma
associação chamada Redecep, que é a Rede de
Experiência em Comunicação, Educação, formada por
dez organizações que trabalham com a prática
educomunicativa. Por funcionar em uma universidade
públ ica, se integra às organizações não
governamentais dialogando com o chamado terceiro
setor e também dialoga com as escolas. A conversa
com a escola é uma conversa decorrente do diálogo
com a sociedade, atendendo à educação formal. Isto
quer dizer que a Educomunicação está presente na
sociedade e vai caminhando até chegar à escola. A
esco la ser ia o ú l t imo reduto em que a
Educomunicação entra. Nessa conversa sobre o
diálogo, o que o NCE propõe sempre são trabalhos,
programas, projetos mediatizados. A gente entende
que viver em uma sociedade midiática em que a
juventude já está alfabetizada ou tem uma
aproximação ao alfabeto da linguagem audiovisual,
digital – que vai da produção impressa à própria
produção digital, através do uso de celular, passando
pelo vídeo, pelo rádio – possibilita um diálogo mais
profundo. O rádio tem sido um instrumento forte em
termos de trabalho em redes públicas. Agora, o rádio
leva à Internet, e o resultado é a web rádio por exemplo.
- A rede pública, pó si só, é capaz de
desenvolver projetos educomunicativos com os
currículos que possui?
- Dificilmente. Os currículos são
fragmentados dentro da perspectiva nacional da
educação bancária de Paulo Freire. Isso não significa
que toda a educação pública seja bancária. O que
EDUCATIVA
Ismar Soares
EDUCATIVA
Ismar Soares
Foto: Portal Niterói Comunidades
«Não devemos ver a
Educomunicação como algo
da escola, mas como »algo da sociedade.
11
significa é que as redes têm de cumprir determinadas
tarefas e funções esperadas pela sociedade. As
pessoas esperam que a escola desenvolva
determinados procedimentos e t ransmi ta
determinados conhecimentos. O ingresso da
Educomunicação só acontece quando lideranças no
âmbito escolar percebem a necessidade de
mudanças. Então, isso eles vêem quando as
autoridades escolares percebem que determinadas
organizações pequenas, como ONGs, que trabalham
com mídia e educação, alcançam excelentes
resultados com os jovens. As melhores escolas nas
avaliações de desempenho são aquelas que
desenvolvem projetos na linha da cultura, da produção
midiática, da Educomunicação. Isso tudo tem
sensibilizado o poder público.
- Quais dicas o senhor daria para
professores que desejam aprofundar-se em
Educomunicação?
- A primeira recomendação é que o
professor se apodere de literaturas de respeito. Se
forem ao “Google” colocando o conceito de
Educomunicação certamente vão aparecer inúmeros
artigos e várias teorias diferentes. Nós, no núcleo,
defendemos a hipótese de que a Educomunicação é
EDUCATIVA
Ismar Soares
Foto: Michelle Parron
Foto: Michelle Parron
Escola Corina prova que, apesar
das dificuldades, é possível
desenvolver projetos educomunicativos eficientes.
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um paradigma importante e pode estar presente em
todo lugar. Até numa empresa, que é fechada. Essa
literatura é importante. A segunda recomendação é
também descobrir eventos que estejam acontecendo.
Na Internet, se colocar “educomunicação +
organizações”, no Google, vai cair no site da Redecep
onde haverá experiências sendo mostradas através
das publicações. Isto é, descobrir se há alguém
fazendo e verificar, ver alguma literatura ou alguma
prática que possa ser seguida.
- O senhor ainda nota resistência de
alguns profissionais da área da Educação em relação
ao conceito da Educomunicação?
- A resistência é muito grande. Existem
grupos que acham que a Educomunicação não é
necessária. Alguns acham que é um conceito vazio.
Isso não é novidade nenhuma porque, dentro da
Educação, já existem movimentos voltados para uma
prática social. O próprio conceito de Construtivismo
avalia essa visão. O próprio movimento em torno de
uma educação cognitivista, portanto voltado para
integrar a criança à alfabetização digital. Isso tudo já
existe para quem então persegue a Educomunicação.
Então, alguns negam a hipótese da Educomunicação
porque seria um conceito que estaria invadindo um
campo já constituído.
- Como pode o profissional da
c o m u n i c a ç ã o a u x i l i a r n o p r o c e s s o d a
Educomunicação?
- Eles são os mais habilitados, caso eles
queiram sair um pouco da capa de donos de uma
tecnologia e sentar junto com os alunos e, a partir
dessa perspectiva de conversa, de produção conjunta,
dar sua contribuição. O professor necessita desse
apoio, porque teme a tecnologia e tem receio de fazer
papel feio frente aos alunos que já conheçam mais do
que eles. Então, o professor necessita de apoio do
técnico e do comunicador. É impossível fazer um curso
desses apenas com educadores.
- De quem deve partir a iniciativa de
desenvolver projetos educomunicativos? Dos
professores, diretores de escolas ou Secretarias de
Educação?
- É muito difícil te responder porque cada
EDUCATIVA
Ismar Soares
EDUCATIVA
Ismar Soares
EDUCATIVA
Ismar Soares
caso é um caso. Nós necessitamos de ter pessoas
entusiasmadas. Entendemos que o melhor caminho é
a pedagogia de projetos. Porque a pedagogia de
projetos não pergunta pela estrutura inteira, mas por
um pedaço da estrutura. Então, a escola é autoritária?
Ok. Mas nenhum professor, na aula de Artes ou na aula
de Língua Portuguesa ou de Matemática, pode fazer
alguma coisa? Pode reunir os alunos? Pode
implementar o processo? Então, vamos começar por
aí. É preciso encontrar professores ou agentes
culturais animados. Em segundo lugar, precisamos ter
o apoio da direção, da coordenação pedagógica,
mesmo que ela não entenda o processo em si, mas
que dê apoio, que dê l iberdade para o
desenvolvimento. Em terceiro lugar, nós precisamos
de uma secretaria que dê substrato. Que dê um
suporte tecnológico, que está cada vez mais barato e
mais acessível. Então, acredito na congeminação de
várias políticas. Porque não adianta a secretaria
determinar a Educomunicação como norma e não ter
ninguém entusiasmado para sustentá-la.
- Como a Educomunicação pode auxiliar
na melhoria do ensino no país?
- Vai auxiliar no momento em que escola,
ao reconhecer que a criança vive na sociedade
midiática e que, portanto, para ela é natural a
integração das linguagens para o processo educativo,
se abrir para projetos na perspectiva da
Educomunicação, isto é, na perspectiva de uma
gestão participativa. Utilizar os recursos para que a
comunidade educativa se expresse, não apenas o
professor se expresse e o lado do aluno dele, mas a
comunidade em geral. Com isso, a auto-estima das
crianças vai ficar mais elevada, a vontade de ir para
escola aumenta e o conhecimento começa a surgir, a
ser construído porque essas crianças têm problemas
para resolver. A Pedagogia afirma que o aprendizado
acontece na resolução dos problemas.
EDUCATIVA
Ismar Soares
«A Pedagogia afirma que o
aprendizado acontece na»resolução dos problemas.
13
A Educomunicação nas Universidades
Núcleo de Comunicação e
Educação da ECA-USP
Foto: JoseAdolfo.com.br
A Educomunicação ganha espaço. Algumas universidades organizam núcleos e grupos de pesquisas com o objetivo de estudar profundamente o tema, atraindo educadores e professores interessados no assunto, que desenvolvem projetos e trabalhos visando o estudo aprofundado do tema a fim de melhorar a educação na sociedade.
Núcleo de pesquisa ligados à Educomunicação
conquistam cada vez mais espaço nas
universidades brasileiras.
14
15
Núcleo de Comunicação Educativa da Intercom
Anped e GT deEducação & Comunicação
EducomAfro
16
Educomunicação na Intercom
Foto: Michelle Parron
Valorização do trabalho acadêmico começa
na escola.
17
Quando se fala de mídias e novas
tecnologias inseridas na
educação, é impossível não falar »em Educação à Distância
18
Foto: Lívia Zanolini
O reconhecimento e a adesão à EAD
aumentam dia após dia.
19
Rádio Corina
Rádio-escola envolve alunos e
professores da Escola Estadual
Professora Corina de Oliveira e
conquista um espaço importante
no cenário das melhores escolas
públicas da cidade.
Em sintonia com a educação
- Camila, vamos lá que hoje é sua vez de
fazer a locução – dizia a amiga.
- Eu? Eu não vou não, não consigo. Vocês
sabem! – retrucava amedrontada.
- Agora que você é locutora da rádio, precisa
dar as caras e enfrentar o público. Vem que
eles já estão esperando!
Foto: Michelle Parron
20
21
Os radialistas mirins
Márcia Gladys de Souza é graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela
Universidade de Uberaba, graduada e licenciada em Ciências Sociais pelo Centro de Ensino Superior
de Uberaba (CESUB) e atualmente é professora de Sociologia e Sociologia da Educação na Escola
Estadual Professora Corina de Oliveira.
22
• Fala aí, professor:
• Agenda Cultural:
• Informativo Corina:
• Música e recadinhos:
• Reflexão:
• Canal do aluno:
• Paparazzo Corina:
• O tema do dia é:
• Plantão Corina:
• Músicas e recadinhos:
direcionado aos professores, em
que um deles é escolhido para ser entrevistado a fim de
que os membros da escola possam conhecê-lo
melhor.
apresenta os principais eventos
que acontecerão na cidade.
visa repassar informações
importantes, tanto de dentro da escola, quanto de fora
dela.
permite com que os alunos
possam transmitir seus recados e dedicar suas
músicas para toda a escola.
transmite mensagens positivas na
tentativa de proporcionar conforto aos colegas em
momentos difíceis.
espaço em que os estudantes
podem falar o que pensam a respeito de determinados
assuntos. Claro, opinar sem desrespeitar.
um quadro de fofocas que
mantém os alunos em dia com as novidades.
oferece espaço para discussão e
debates sobre temas de interesse coletivo.
é veiculado quando ocorrem fatos
que mereçam destaque fora do horário normal da
p r o g r a m a ç ã o e q u e d e v e m n o t i c i a d o s
momentaneamente.
acontece todos os dias no
programa exibido no intervalo das aulas. Para deixar os
recados, basta o aluno procurar algum membro da
rádio durante a transmissão. É o momento de maior
integração entre radialistas e ouvintes.
Quadros dos programas
A verba
Prós e contras
23
A voz da moçada!O que você pensa da Rádio Corina?
“Acho a rádio bacana, as músicas tocadas e os temas
r
o
tratados. A minha c ítica é em relação a s integrantes.
c
Acho que eles aproveitam a parti ipação na rádio para
p
justificar o excesso de fal as nas aulas. Até ercebi que
t
n
o
uma alu a teve seu rendiment escolar prejudicado
r
por causa disso. A rádio é inte essante, mas teria que
s
r
a
e organizar melho . Conciliar projeto e ula é
n n
essencial”. Marco A tô i Ferreira Inácio, 15 anos.
o
Já iz t ste já n re , m tive que sair o
“ f e , e t i as nm sm d a or c das min n as
e o i p ausa has otque n es ão mui o rádio passa
ão t t boas. Ama co u icação muito p si va,
u m n o tiincen iva os alunos ficamos p de t o
t e
or n ros prin i ais f os que aconte em”.
d c p atcLuana G egório Balduin 16 an
ro, os.
“Para p rt ip d á é pr cis
a ic ar a r dio e oco romet n o. É muito po ta te
mp ime t im r n e exige e ponsa ilida e. A r dio r s b d ágiliza o tr balho o r f s or,
a a d p o e s fa il an o a com nicaç o n scola”.
c it d u ã a e Marco T lio Chag , 15 anosú as .
A d é um dos me r s rojetos a e cola. u é
“ rá iolho e p d s E at
o ece p rticip uma vez, m exig mui a dica ã e,
c m i a a ar as e t de ç o
o mom nto, e ão odia a ão outras atividades.
n e u n p brir m de
osto mu o pedir mú as” Brun T le, 15 ano
G it de sic . a ie s.
“ rá o é m it pos iva Tr s i e
A di u o it . an m tmui as i for ações i po e .
t n m m rtant s
e h v tad de pa t c par Se
T n o on e r i i . desse, por o ta m to d espo es,
pu g s r ui e rt
gostari de f z um quadr esp ia
a a er o ec l
s b e a f in l do ampeo a o
o ra C
n tB asi ro” B no l ndr Barbo
r lei . ru A exa e saRo set i, 5 a os
s t 1 n .
o e mpd r nt s
.
“A rádio é ótima p r star se re tratando e vá ios assu o importantes
mu o s o me a c
Acho it importante a transmis ão nã so nte de notícias d es ola,
é nd rp
mu ta
como tamb m do mu o. Gosta ia de partici ar, mas exige i
ã c q C v s i a
dedicaç o. A ho ue a amila Pai a er a uma ótima profissional se lev sse
s e r ti d O i A 4 .
es e des jo de jo nalis a adiante”. M chelle e l veira breu, 1 anos
24
Foto: Claudinéia Ferreira
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Foto: Claudineia Santos
O Jornal Gração nunca valeu nota.
Surgiu como iniciativa dos alunos
pelo simples prazer de escrever
e desenvolver um projeto relevante
na escola.
O Patrocínio
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Repercussão e resultados
Foto: Arquivo Pessoal
Meninas da Redação do Jornal Gração:
Ingrid, Yulli, Geisla e Rúbia.
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A voz da moçada!O que você pensa do Jornal Gração?
O jor al tin matéri s mu t lega s. Eu osta a muito
“ n ha a i o i g vd s ntrevist as men nas escolhia em os
a e as, i m bentre ist os” ndré L z atista Júnior, 13 an s
v ad . A ui Bo .
“ h v ega u l gen d a r s n i
Ac a a l l, porq e á a te po i exp e sar ossa op nião
ar u q e se i . ma e rti i i en u
p a q em uis s ouv r U v z eu pa c pe escrev do m
o ô a. so l go o
p ema sobre a Amaz ni O pes a stou muito e, clar ,
d a u s o L c el r a l a, 3 o .
a orav o vir o elogi s”. u i en C istin Si v 1 an s
l r a o E
“O Jorna Gração e a leg l até no n me! u
oo
o r
g stava das n tícias e as fot s e am muito
c p t s
legais. Prin i almen e as fotos dos aluno
e l ”r i
aqui da sco a . Guilherme Sa k s Pales
y , oNer dos Santos 11 an s.
“A fo g af s q a menin s
s to r ia ue s al ca a jo n l e am uito
co o v m no r a r m int re n A ov a es
e ssa tes. s n id d defilme r s a ém ra u
s e liv o t mb e m m itog s” Elia Ir e Neto a os.
le ai . s in u , 11 n
“ ito Legal! Eu o tav de
Mu g s a
m d ecad para A a Fl a, an ar r o n ávi
m nh ex-n mor da . i a a a !”
J ã tor Roc a Marti s, 11 an .o o Vi h n os
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Os Diários Virtuais (blogs)
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A avaliação e os custos
Maria Cléria Fernandes
Coordenadora do Projeto FECIC
Foto: Michelle Parron
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Contribuições do projeto
Sirlene de Castro Oliveira
Coordenadora Pedagógica
Foto: Michelle Parron
Foto: Michelle Parron
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André Azevedo da Fonseca é graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade de
Uberaba, especialista em História do Brasil pela Pontifícia Universidade de Minas Gerais (PUC-MG),
mestrando em Histórica Cultural/Política (Unesp-Franca). Professor e coordenador do curso de
Comunicação Social na Universidade de Uberaba e coordenador do Memorial Mário Palmério.
Recursos Tecnológicos na Educação
O uso e a aplicação dos recursos tecnológicos têm
entendimentos diferentes por parte de professores e
instituições, da mesma forma, entre gestores e
pesquisadores da área pedagógica.
Algumas instituições adotam os recursos tecnológicos
como ferramentas educacionais, aliando-se eles. Outras
instituições os antagonizam.
Ao mesmo tempo, é preciso verificar também o
posicionamento do professor. Não significa que se uma
instituição os adota, todos os professores devem utilizá-los
efetivamente em suas aulas, como também não significa
que, se todos os professores queiram utilizar os recursos,
que as instituições irão adotá-los.
A adoção ou não de recursos tecnológicos pelas instituições
ou pelo professor, pode estar diretamente relacionada com
as concepções das práticas pedagógicas..
Cabe à educação, uma parcela da responsabilidade da
compreensão crítica das transformações que o país está
passando, principalmente no tocante às dinâmicas sociais
de comunicação e à informação.
É necessário haver uma escola próxima da comunidade,
que caminhe na mesma velocidade que as tecnologias e
que não fique aquém delas. Que lance mãos dos recursos
tecnológicos disponíveis e que deles faça-se uma aliada nos
processos mais eficazes da educação.
Apesar das tecnologias serem acessíveis, mesmo nos
países atrasados e estarem com os custos caindo
vertiginosamente, seu acesso está longe de ser igualitário.
Por conta das novas tecnologias digitais, passa a existir um
novo modo de produção da informação, do conhecimento e
da cultura.
Heloísa Maria Marques Lessa é graduada em Letras Português/Inglês pela Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ituverava, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Uberaba, Pós-graduada em
Docência no Ensino Superior pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Pós-graduanda em Crítica
Literária pela UFTM, Pós-graduada em Educação Especial (Deficiência Mental) pela Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).Foto: divulgação
Profa. Heloísa Maria Marques Lessa
Se não houver uma mudança radical na postura dos
educadores no sentido de se aliarem às novas tecnologias,
os métodos educacionais atualmente adotados se tornarão
cada vez mais obsoletos e ineficientes, não atingindo o
objetivo de educar bem para que os indivíduos alcancem a
prática da cidadania.
É sabido que o jovem tem muita “afinidade” com os recursos
tecnológicos, o que torna o seu uso facilitado. Utilizar esses
meios para disseminação da cultura é um ato inteligente de
aliar interesses em prol da educação.
O jovem de hoje idolatra os aparelhos eletrônicos e, por esse
motivo, as vias de comunicação que mais os atingem devem
ser veiculadas, preferencialmente, nesses meios. Por
exemplo: um jovem lerá, com certeza, um jornal virtual de
seu interesse, mas talvez não leia o mesmo jornal impresso.
A participação de alunos e professores na confecção de
informativos desse porte só faz aumentar o conhecimento
dos envolvidos, tanto quanto das pessoas que
compartilharem dos resultados dos mesmos.
É sempre uma forma prazerosa participar de um projeto
educomunicativo, principalmente se for de uma forma ativa.
Os alunos se integram mais, demonstram interesse por
assuntos que interferem na vida de todos da comunidade
escolar.
Há que se ressaltar que o cidadão só participa ativamente
do processo democrático de uma nação se tiver
informações suficientes sobre os fatos relevantes à sua
implicação social. Esse é o princípio básico de cidadania.
Que lugar melhor para colocá-lo em prática do que na
escola? Afinal, formar cidadãos é a meta da educação!
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Como Montar um Projeto Educomunicativo
Agora que você já sabe o que é
Educomunicação e conhece um
pouco sobre a prática
educomunicativa, é o momento
de refletir sobre o que pode
fazer para montar seu próprio
projeto educomunicativo.
Foto: Michelle Parron
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Projeto com material impresso
O material impresso vai além dos
domínios escolares com mais
facilidade. Isso se torna instigante
para os participantes.
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Foto: Michelle Parron
Projeto com vídeo
Independentemente da mídia utilizada no projeto desenvolvido na escola,
as reuniões de pauta são essenciais.
Educomunicação
Dicas
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Dica
s so
bre
Educ
omun
icaç
ão
Se deseja conhecer sobre alternativas para políticas públicas na área da
Educomunicação a fim de apoiar projetos educomunicativos na sua escola,
acesse http://rossetti.sites.uol.com.br/
No endereço você terá todo o relatório produzido pela equipe da Educarte, com
o apoio do O Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, contendo uma
pesquisa feita com nove experiências brasileiras que utilizam a
Educomunicação no contexto escolar. É um conteúdo bastante formativo para
você, professor, que se interessa por trabalhar com conteúdos
educomunicativos com seus alunos.
Educarte
Para conhecer uma dica de projeto educomunicativo interessante na internet,
acesse http://200.244.52.177/embratel/assistaAgora.do que você vai conhecer
a TVPontoCom. O projeto é uma iniciativa do Instituto Embratel, que transmite
produção cultural e educativa 24h por dia. Pra você, professor de escola
pública, a TVPontoCom transmite conteúdo específicos para sua escola de
segunda à sexta, das 8h às 18h. Converse com seus diretores, pense nas
possibilidades de aproveitar esse material, Nos outros horários a programação
é destinada para todos os tipos de público.
TVPontoCom
Se você procura por mais conteúdo que aborde sobre a relação das áreas da
Educação com a Comunicação e vice versa, existem sites que podem oferecer
diversas abordagens acerca do assunto.
Acessando http://www.redecep.org.br/educomunicacao_bibliografia.php,
você estará diante da chamada Rede de Experiências em Comunicação,
Educação e Participação (Redecep) que reúne organizações, centro de
pesquisa e colaboradores com experiência no campo da Educomunicação. A
Redecep proporciona rica bibliografia e conteúdo com o objetivo de disseminar
o campo e beneficiar alunos e professores de todo o Brasil.
Redecep
Educomunicação
Dicas
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Universidade de Uberaba – Curso de Comunicação Social – Bloco L Av. Nenê Sabino, 1801 – Uberaba/MG • Telefone: (34) 3319 8953 •