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CAFÉ EM EMBALAGEM LONGA VIDA ENTREVISTA: JOSÉ GOLDEMBERG Ano III • Nº 23 • Junho 2001 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br

Revista EmbalagemMarca 023 - Junho 2001

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Edição de junho de 2001 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comSiga-nos também no Twitter: http://twitter.com/EmbalagemMarcaEsta edição está incompleta, sem os anúncios, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível ler as matérias.

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 023 - Junho 2001

CAFÉ EM EMBALAGEM LONGA VIDA • ENTREVISTA: JOSÉ GOLDEMBERG

Ano III • Nº 23 • Junho 2001 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

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ovamente agradeçoo apoio de leitores,

anunciantes e amigos deEMBALAGEMMARCA. Elestornaram possível chegar aesta edição, que marca osegundo aniversário da re-vista. Ao longo destes 24meses realizamos 23 edi-ções regulares e cinco Do-cumentos Especiais, sobrediferentes temas.Por sua vez, a tiragem –auditada pelo IVC, o maisrespeitado instituto brasi-leiro de auditoria de circu-lação de mídia impressa –aumentou de 5 000 exem-plares para 8 000 (9 500nesta edição). Comercial-mente, a revista firmou-se,numa evidência de que omercado reconhece ternela um veículo que levasuas mensagens ao públi-co-alvo de forma eficaz.Por tudo isso, a equipe deEMBALAGEMMARCA agra-dece e me autoriza a pro-meter empenho redobradopara continuar mantendo apostura ética e a qualidadejornalística oferecida nes-tes dois anos. Porém, que-remos ir além. Este é um momento espe-cial para renovarmos ocompromisso que temoscom nosso público econosco de ampliar, apro-fundar e aperfeiçoar sem-pre a revista. Os elogios re-cebidos ao longo destetempo indicam que esta-mos no caminho certo. Nessa linha, o exemplar darevista que está em suasmãos apresenta diferençasem seu projeto gráfico.

Apesar dos elogios prati-camente unânimes, procu-ramos tornar mais ágil suaprodução e mais agradávelsua leitura. O projeto origi-nal, da artista gráfica Cás-sia Barros, ficou pratica-mente inalterado. Mas,como aprendemos em nos-sa didática convivênciacom os profissionais da ca-deia de embalagem, osapelos do produto preci-sam ser permanentementeatualizados, sem que eleperca suas característicasessenciais, ou equities.Na atualização do projeto,de responsabilidade do di-retor de arte Carlos Gusta-vo Curado, foram introdu-

zidos alguns elementos ecores que tornam o visualda revista mais movimen-tado e facilitam a localiza-ção de seções. Panorama,que trata da movimentaçãoe das novidades da indús-tria de embalagem, am-pliou o volume de infor-mação compacta e veloz.A seção é fruto da criativi-dade e da dedicação dojornalista Guilherme Ka-mio. Além dessas mudan-ças, introduzimos no finaldas reportagens uma for-ma prática e direta de loca-lização das empresas cita-das. Até julho.

Wilson Palhares

Muito obrigado, mas vamos além

N

23cartaeditor 12/06/01 15:09 Page 3

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Redação: Rua Arcílio Martins, 53CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por carta, e-mail ou fax poderão ter trechos não es-senciais eliminados, em função do es-paço disponível, de modo a dar o maiornúmero possível de oportunidades aosleitores. As mensagens poderão tam-bém ser inseridas no site da revista(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA

Elogiar a revista em seu todo se-ria redundância. Este já é um fatoconsumado. Mais que elogiar, eu etodos que apreciam a revista torce-mos para que, de modo natural, esteveículo de informação trilhe seu ca-minho e que o sucesso seja umaconstante.

Enio VitorRepresentante comercial

Itaprint Embalagens PlásticasMaringá, PR

OPrograma Bahia Design dese-ja agradecer a contribuição da re-vista EMBALAGEMMARCA na reali-zação do Concurso Bahia Designpara Estudantes 2001 e salientar aimportância deste tipo de parceriaem eventos que fomentam, difun-dem e incentivam a produção dodesign como um todo.

Henry Benavides-PuertoCoordenador ExecutivoFIEB – Federação das

Indústrias do Estado da BahiaSalvador, BA

A sistemática cobertura dada porEMBALAGEMMARCA ao setor de rótu-los ajuda-nos a manter nossa empresaem sintonia com o que vem aconte-cendo no mercado. Como anunciante,não posso deixar de mencionar o ex-celente retorno que estamos tendocom as inserções que fazemos.

Paulo Antonio O. MeloDiretor da Silk Mac

São Paulo, SP

Considero EMBALAGEM MARCA

uma revista útil não só para o setor deembalagens, mas para os negócios emgeral. As análises que costuma fazerpara fundamentar as reportagens mui-tas vezes contêm ótimas dicas deoportunidades. A propósito, anexo en-trevista publicada na Folha de S. Pau-lo de 21/5/2001, em que o economis-ta Antonio Barros de Castro, profes-sor titular da URFJ, corrobora plena-mente o sentido das reportagens decapa “Luxo” (fev/2001) e “O charmedo produto popular” (abr/2001).

Rimantas ValaviciusSócio-gerente da EAC Lecce Pen

do Brasil, São Paulo, SP

Por limitação de espaço, resumimosapenas a abertura da entrevista, feitapelo jornalista André Singer.

“(...) Castro acha que um dos ingredi-entes importantes para desbloquear ocrescimento do Brasil está dentro dasempresas e não nas reformas econômi-cas. (...) se os empresários perceberem avirada que precisam dar nas suas ativi-dades, vai se abrir um caminho novo parao país e para a sociedade. A virada con-siste em investir em áreas sofisticadas.“(...) no mundo moderno, a fabricação em

si do produto agrega pouco valor. Houve(...) uma migração do valor para essasoutras áreas, onde as empresas paramde imitar umas às outras e adquiremidentidades próprias. Se uma conversãodesse tipo desse certo, as vantagensseriam três: as empresas ganhariammais, o Brasil sairia do aperto externoporque a exportação aumentaria e os tra-balhadores teriam melhores salários.“Para Castro, a opção pelo sofisticadonão implica deixar de lado o mercado demassa que ainda não foi atendido noBrasil. Ele acha que com alta tecnologiaé possível produzir produtos simples apreços muito baixos.”

Na reportagem “O aço dá a voltapor cima” (maio/2001) o sr. DjalmaCarlos aparece erroneamente nocargo de gerente comercial para osegmento de produtos alimentíciosda Cia. Metalúrgica Prada. Na ver-dade, ele é gerente de vendas dessesegmento na empresa. Onde está ditoque a Prada se destaca como fornece-dora de embalagens para alimentosprocessados, a informação certa éque ela é lider em embalagens de açopara produtos químicos.

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23espacoaberto 11/06/01 14:20 Page 1

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ENTREVISTA: JOSÉ GOLDEMBERGPara falar sobre a criseenergética, ouvimosuma das vozes maisautorizadas do país

ESTRATÉGIAParcerias, a arma daCSN para retomar parao aço espaços perdidospara outros materiais

CAPAEbulição na área debiscoitos abre novasoportunidades no setorde embalagens

MAKING OFSeção para designersmostrarem como sãofeitas as embalagens.Case do mês: bakeryda Parmalat

DESIGNConfirmando que épreciso mudar semprepara ficar no tempo, oSonho de Valsa está de cara nova. Novamente

PROMOCIONAISSó faltava falar? Poisagora as embalagensnão só fazem issocomo estão cantando

CAFÉSUma válvula amplia avida do produto em póe aumenta chancesde exportação

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Lara [email protected]

Thays [email protected]

ColaboradoresJosué Machado

Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Wagner Ferreira

Circulação e AssinaturasClaudia Regina Salomão

[email protected]

Assinatura anual (11 exemplares):R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição9 500 exemplares

Filiada ao

EMBALAGEMMARCA

é uma publicação mensal daBloco de Comunicação Ltda.

Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara SantoAntonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.br

O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

junho 2001

CartasA opinião, as sugestões e os comentários dos leitores

4AlmanaqueEm edição extra, a seção traz de ontemsoluções para a crise energética de hoje

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PanoramaMovimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

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EditorialA essência da edição domês, opinião – e mudanças

3

DisplayLançamentos e novidades no mercado de consumo

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23sumario 12/06/01 17:18 Page 1

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a atual crise de abastecimento deenergia, a única coisa que ficarealmente clara é a total falta deregras, planos, caminhos. O go-verno e seu errante “ministériodo apagão” não os apontam. Na

verdade, o governo foge à própria responsa-bilidade pelo dever não cumprido e, pelavoz de seu representante máximo, o presi-dente da República, atribui a seca aos céus ea São Pedro, que não mandam chuvas.Da oposição, até o momento de encerra-mento desta edição, haviam surgido basica-mente críticas às autoridades, mas nenhumprojeto alternativo, já que os partidos estãoempenhados em estar no poder. Assim,fazem programas de governo, mas não ex-plicam como os colocarão em prática, comovem sendo feito na era do tucanato e comose fez antes. Nem por isso devemos desinte-ressar-nos da política. Certamente um dia seconseguirá mudar a modalidade que aindase pratica no Brasil.Enquanto isso, como não cabe neste espaçotal tipo de discussão, EMBALAGEMMARCA

tenta, sem trocadilhos, jogar um pouco deluz sobre o assunto e buscar possíveis saídaspara que as empresas amenizem o impactonegativo da queda ou de cortes no abasteci-mento de energia elétrica. Para isso a reda-ção ouviu o prof. José Goldemberg, umadas vozes mais autorizadas do Brasil emquestões de energia.O prof. Goldemberg é doutor em CiênciasFísicas pela Universidade de São Paulo(USP), da qual foi reitor. Foi presidente daSBPC – Sociedade Brasileira para o Pro-gresso da Ciência, Secretário de Ciência eTecnologia e Secretário do Meio Ambientedo Estado de São Paulo e Ministro de Esta-do da Educação do Governo Federal atéagosto de 1992. É autor de inúmeros traba-lhos técnicos e de vários livros sobre FísicaNuclear, Energia e Meio Ambiente. Nestaentrevista, sem emitir opiniões políticas, oprof. Goldemberg não hesita em sugerir cor-tes maiores em segmentos produtores deembalagens, embora entenda que estes sódevam ocorrer como última opção.

N

JOSÉ GOLDEMBERG,

doutor em Ciências

Físicas e uma das

vozes mais autorizadas

do Brasil em questões de

energia, aponta algumas

medidas – até mesmo

provisórias – que as

empresas e o governo

podem tomar no curto

prazo para amenizar

os possíveis cortes e

evitar o racionamento

entrevista

DIV

ULG

ÃO

“Cortes só como última opção”

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Deixando de lado as causas da crise deabastecimento de energia elétrica e da res-ponsabilidade do governo, gostaríamos defocar esta entrevista basicamente na áreaprodutiva, mais especificamente na indús-tria de embalagens. Em artigos e entrevis-tas, o senhor tem sugerido a aplicação decortes maiores em setores intensivos em ele-tricidade, como o de alumínio, materialmuito presente em embalagens. Mas os de-mais segmentos da indústria fornecedorade matérias-primas e transformadora deembalagens – aço, papel, vidro e plástico,na produção de resinas – também são gran-des consumidores de energia. Cortes numsó setor não favoreceriam outros,que são concorrentes?Creio que a ação do governo deveriase concentrar nos setores eletro in-tensivos, mas alguns deles são muitomais expressivos que outros, como ode alumínio. Algumas poucas açõesteriam importantes conseqüências.Contudo, compensações deveriamser dadas aos setores mais atingidos,como fez o governo americano nasindústrias desse segmento no no-roeste dos Estados Unidos.

Há condições de estabelecer parida-de nos possíveis cortes?O governo estabeleceu cortes maio-res para este setor (25% em compa-ração com 20% para residências). Ogoverno está tentando a paridade oque, não creio, será suficiente.

Quando, a seu ver, os efeitos dos cortes e deoutras medidas começarão de fato a sersentidos?Os cortes residenciais e comerciais não te-rão grandes consequências econômicas maso corte nas indústrias terá e causará desem-prego e recessão.

O que as empresas podem fazer para que oscortes sejam minimamente severos?Instalar geradores próprios, além de adotaras medidas óbvias de economia de energia.

Fala-se que na indústria os cortes serãomais seletivos do que para a população.Mas há setores, como o de gases indus-triais, que são enormemente prejudicadospor oscilações no fornecimento. Num pro-grama de racionamento ou cortes é possívelser seletivo a ponto de evitar oscilações?Cortes, a meu ver, são a última opção e de-verão ser evitados. Fiz várias sugestões demedidas a serem adotadas antes de optar pe-

los cortes.

Qual delas seria prioritária?Reforçar as linhas de transmissão doSul e do Norte do país, por meio deum programa emergencial. É precisotambém reforçar as interligações compaíses vizinhos de onde a energia elé-trica poderá ser importada.

Enquanto isso não acontece, mesmoporque exige tempo e investimentos,como administrar o problema?É necessário simplificar o sistema re-gulatório diante da situação emergen-cial em que nos encontramos – se ne-cessário por medida provisória —,abrindo assim caminho para aceleraro programa de termoelétricas.

O atual problema energético poderáter impacto negativo na programação de in-vestimentos de capital externo no país?Sim, e acredito que o mal está feito, porquehaverá, com certeza, redução desses investi-mentos com ameaças de transferências deindústrias e desinteresse em geração deenergia devido a um sistema regulatóriopouco claro e transparente.

É necessário simpli-ficar o sistema regu-latório diante da situ-ação emergencial em

que estamos – senecessário por medi-

da provisória –,abrindo caminho paraacelerar o programa

de termoelétricas

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Várias autoridades sugerem que as pessoassubstituam equipamentos domésticos, comogeladeiras, televisores e lâmpadas por ou-tros, mais eficientes. O senhor tem informa-ção de quanto seriam ineficientes as máqui-nas do parque industrial brasileiro? De modo geral os equipamentos são 30%menos eficientes no Brasil do que no exte-rior. Em alguns casos, chegam a ser menos50% eficientes. Assim, mesmo os usuáriosque desejam comprar produtos mais efi-cientes não os encontram no mercado.

Não seria interessante o governo, atravésde suas agências de fomento, estudar for-mas de financiar a substituição deequipamentos pouco eficientes, coma vantagem de que isso resultaria emaumento da produtividade e da com-petitividade da indústria brasileirano mercado internacional?Claro. Além disso o governo deveráintroduzir padrões de desempenhoobrigatórios a fim de ir eliminandoos equipamentos menos eficientes domercado.

Além dessa medida, que outros cami-nhos seriam viáveis para evitar gas-tos de energia além do desejável.Um deles é valorizar a conservação,estimulando a ação das Escos (em-presas de serviços de energia), sobre-tudo no momento atual, em que oBanco Mundial disponibilizou recur-sos por meio de um empréstimo e re-cursos a fundo perdido para essa finalidade.Isso significa revitalizar o Programa deConservação de Eletricidade (Procel) daEletrobrás. Cabe também ao governo esti-mular o uso de gás natural em unidades des-centralizadas de pequeno porte, mas sufi-cientes para suprir as necessidades de eletri-cidade de grandes edifícios e de shoppingcenters.

O governo teria alguma forma de atuarcom incentivos fiscais para redução de con-sumo e também para a geração de energia?No caso das termoelétricas a gás e cogera-ção de eletricidade da biomassa, o governo,através do BNDES e da Petrobras, está fa-zendo justamente isso: está garantindo os

investimentos contra variação cambial econcedendo empréstimos com condiçõesespeciais.

Especificamente, em termos de eletricidadeda biomassa, que providência pode ser to-mada nesta emergência?O governo pode, por exemplo, encorajar acogeração de eletricidade nas usinas decana-de-açúcar, sobretudo no Estado de SãoPaulo, na safra e na entressafra, usandocomo energéticos o bagaço ou outras for-mas de biomassa.

No setor de embalagens, o uso de resíduossólidos na fabricação de recipientes –a tão falada reciclagem – resulta emeconomia de energia, com destaqueno caso do alumínio. A economia égrande também em outros materiais.Mais do que apoiar verbalmentecampanhas pontuais de reciclagem, ogoverno não deveria investir concre-tamente para efetivar um programanacional de reciclagem? Sim. Se o setor de embalagens prepa-rar uma proposta concreta nesse sen-tido eu mesmo, como membro da Co-missão Nacional de Política Energéti-ca, a encaminharei à Câmara de Ges-tão e ao BNDES.

Embalagens recicladas não pode-riam ser menos taxadas do que as fei-tas com matérias-primas virgens, queconsomem mais energia?

Sim. Essa é uma das idéias a serem incluí-das na proposta a que acabei de me referir.

Além da reciclagem, não poderia ser esti-mulada a utilização de resíduos como for-ma de energia, ainda que, num primeiromomento, com conseqüências ambientais?Refiro-me ao uso de plásticos como com-bustível, como ocorre de forma expressivano Japão, com a diferença de que lá, umpaís rico, as emissões resultantes da queimasão controladas e filtradas. Ou seja, hámais investimento em equipamentos.Isso é verdade, mas alguns desses projetosnão são competitivos, além de criarem pro-blemas ambientais. Cada caso exige estudosespeciais.

Se o setor de embala-gens preparar umaproposta concretapara um programanacional de reci-clagem, eu, como

membro da ComissãoEnergética, a enca-

minharei à Câmara deGestão e ao BNDES

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caba de ser quebrada uma tradi-ção em embalagens no Brasil.Até agora acondicionado exclu-sivamente em garrafas de PET,

o óleo de canola, uma das vedetes da ali-mentação saudável, que vem conquistandonúmero crescente de consumidores interes-sados em evitar gorduras e outros vilões daculinária, agora é apresentado também emlata de aço. No final de maio último, ao lan-çar sua marca de varejo Lilás, a Camera, deSanta Rosa (RS), maior produtora nacionalde grãos de canola, utilizou uma embala-gem metálica inédita no país.

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Parcerias de aço

Trata-se de um recipiente cilíndrico do-tado de bico dosador de plástico, para dire-cionar o fluxo do óleo. Além de não precisarser furada, a embalagem oferece outra van-tagem em relação às tradicionais latas deóleo: é retampável. Por ser retrátil, perma-necendo embutido na lata até o momento deconsumo, quando é puxado para cima pormeio de um anel, o bico dosador não preju-dica o empilhamento no varejo. Com im-pressão rica em cores e formas, a nova em-balagem disputa mercado não só com oPET, mas um lugar na mesa do consumidorcom os azeites importados, acondicionados

estratégia

A

Dois planos de ação distintosA estratégia de parcerias da CSN se dá emdois planos de ação distintos, explica JoãoAudi, diretor de embalagem da empresa(foto). De um lado, desenvolver ações coope-radas com os envasadores, como no caso doóleo de canola Lilás, da Camera. De outro,atuar em sintonia com o fabricante de emba-lagens. “A indústria do aço precisa inovar, ea CSN tem consciência de que sem inovaçãonão terá oportunidade de crescer”, ele diz.Para levar adiante essas parcerias, a empre-sa está criando uma turma de especialistascom experiência em diferentes áreas. “Sãoprofissionais que entendem não só do mate-rial de embalagem, mas das necessidadesdos segmentos de bebidas, de alimentos, detintas, de rações para animais e todos aque-les em que o aço pode estar presente comoo material mais adequado”, diz Audi.O diretor de embalagem da CSN apontacomo exemplo de inovação que ilustra o po-tencial do aço para ganhar fatias do mercadode embalagem a tampa Abre-Fácil da Metal-gráfica Rojek para atomatados, um sucessomundial. “Em atomatados, o aço tinha perdi-do espaço para o vidro e para as embalagensassépticas”, ele lembra. “Com essa embala-gem inovadora o espaço foi recuperado.”

CSN faz ações cooperadas com clientes para ganhar mercado

Lata retampávelcom bico dosador:o lançamentodo óleo Lilásquebra umparadigma

João Audi considera que outros terrenosonde a embalagem de aço pode avançar sãoos do alumínio (latas de cerveja e refrigeran-tes) e do PET. No primeiro caso, devido à cri-se de energia, já que o alumínio é um consu-midor intenso de eletricidade. Embora tam-bém o seja, o aço tem a vantagem de não de-pender de distribuidoras, já que a CSN, únicafornecedora brasileira de folha-de-flandres, éauto-suficiente, operando com termelétricasmovidas a gás gerado pelos altos fornos.“Temos chance também de ganhar fatias doPET em óleo comestível”, prevê o executivoda CSN. “Além de ter sido penalizado por umaumento do IPI, o PET vai sofrer pelo aumen-to do preço da nafta, insumo básico para suaprodução.”Natural do Rio de Janeiro, João Audi é for-mado em Engenharia de Produ-ção pela UFRJ e em Economiapela Universidade CândidoMendes. É também mestre emFinanças pela PUC-RJ. Antesdo atual cargo trabalhou naShell, por doze anos, e porum breve período nadistribuidora de medi-camentos Profarma.

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Bertol(54) 314-1722 [email protected]

Camera(55) 512-5503www.camera.ind.br

CSN(11) 3049-7219www.csn.com.br

em vidro ou em latas tradicionais. Segundo a Camera, a embalagem “é to-

talmente adaptada às demandas do consu-midor final, conforme indicado por pesqui-sas”. A lata do Lilás foi desenvolvida com oapoio da Companhia Siderúrgica Nacional(CSN), uma das maiores produtoras de açopara embalagem do mundo, e fabricadapela Bertol, de Passo Fundo (RS).

O lançamento faz parte da estratégia daCSN de fazer ações cooperadas com clien-tes não só para desenvolver embalagens,mas também de comunicação. No caso doóleo de canola Lilás, a campanha de divul-gação e promoção de vendas envolve a dis-tribuição de folhetos informativos sobresaúde, além de brindes que se acoplam àembalagem de aço.

O produto chega ao consumidor com oseguinte recado: “Já existe um óleo maissaudável do que o óleo de canola: óleo decanola Lilás na embalagem de aço”. Segun-do João Audi, diretor da recém criada Uni-

dade de Mercado Embalagem da CSN (vero quadro), “a mensagem procura transmitiros benefícios do baixo teor de gordura e co-lesterol zero do óleo de canola na formamais natural de conservação que é a emba-lagem de aço”.

“Sem aditivos” O diretor de embalagem da siderúrgica afir-ma que, “ao contrário das embalagens plás-ticas, o aço dispensa o uso de aditivos quí-micos para controlar a oxidação do óleoprovocada pela passagem de luz e oxigênio,pois é impermeável e não é transparentecomo as demais”. O investimento total noprojeto, que inclui desenvolvimento de pro-duto, desenvolvimento da embalagem eações de marketing, foi da ordem de R$ 2,5milhões, informa a CSN. Inicialmente, se-rão produzidas 400 000 embalagens/mêsdo Lilás, com distribuição direcionada àspraças de Porto Alegre, Rio de Janeiro eSão Paulo.

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á um alimento que, nos últi-mos anos, cresce sem parar emimportância dentro dos hábitosde consumo do brasileiro.

Não, não é o “frango do Real” (que aliás,com a desvalorização da moeda, jáanda mal das pernas). Trata-se dobiscoito. Se fosse utilizada a inci-dência do produto nos lares comoprincipal parâmetro na definiçãode artigos essenciais para formar a cesta bá-sica do brasileiro, não haveria como deixá-lo de fora.

Diferentes pesquisas mostram que o bis-coito está presente em nada menosque 97% das despensasnacionais, maior índiceentre as categorias de ali-mentos. “É um produtoconveniente, barato e quetem um caráter mais saudá-vel que o dos snacks”, diz RostyslavSzymanskyj, gerente de marketing da divi-são Tostines, marca da Nestlé.

Por causa dessa alta receptividade etambém porque os requisitos mínimos desua tecnologia de fabricação são acessíveis,diversas empresas resolveram ingressar nonegócio dos biscoitos. Houve uma prolife-ração de fabricantes e de marcas. Calcula-se que existam atualmente pertode 500 deles no país, o quetrouxe ao mercado extremacompetitividade e uma inevi-tável guerra de preços.

Apesar de constituir-se numcampo de batalha, trata-se de umfascinante e promissor campo detrabalho e um desafio à criatividade de pro-fissionais de embalagens, marketing, de-sign, promoções, engenharia de alimen-tos… Afinal, o produto biscoito permite

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Área de biscoitos cre s

trabalhar desde o paladar do consumidor –cujas preferências podem ir do sabor amar-go, ou azedo, ou apimentado ao simples-mente neutro, salgado, doce, ou de frutas –até a concepção de formatos, cores e, claro,tipos de embalagens.

Nos últimos tempos, os fabricantes depeso se deram conta de que o pa-

norama de concorrênciaacirrada na categoriaabre as portas para um fe-nômeno de comoditiza-

ção, o que retrai as mar-gens de lucro. Por isso, ganha força aidéia de que agregar valor aos biscoi-tos pode ser uma alternativa atraentepara gerar caixa e fugir desse jogoardiloso. Tal noção vem influindo

em investimentos pesados em fortaleci-mento de marca e em segmentação de li-nhas, e a embalagem vem sendo o veículo

visível dessas intenções.No quesito fortifica-

ção de marca, a explora-ção do “apelo institucio-nal” nas embalagens vemsendo uma estratégia

usual. Os principais players do mercado es-tão reunindo diversos tipos e linhas debiscoitos sob marcas guarda-chuvas ou,como muitos as vêm chamando, de“megabrands”.

A Bauducco saiu na frente nessatendência ao adotar a estratégia que de-

nominou “monobrand” (marca única), naqual operou uma ação de impacto nos pon-tos-de-venda: adotou uma identidade visualúnica, as chamadas “paredes amarelas” for-madas por suas embalagens. De acordo comRicardo Amorim, gerente de produto da di-visão biscoitos da Bauducco, o resultado foisurpreendente. “A percepção dos consumi-

Segmentação de um lado e concentração sob marcas guarda-chuvas de ou tr

capa

H

Bauducco estréia em

salgados comapelo natural

Por Guilherme Kamio

23biscoitos 12/06/01 16:51 Page 14

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jun 2001 • EMBALAGEMMARCA – 15

e sce em dois sentidosou tro movimentam a categoria e abrem novas oportunidades em embalagem

dores em relação à marca Bauducco mudousensivelmente”, ele diz, com base em pes-quisas feitas pela empresa. “Ganhamosmuito em valor.”

“Paredão” vermelhoO mesmo caminho está sendo trilhado

agora pela Parmalat. Depois de conquistaro reconhecimento dos consumidores comoprodutora de leites de alta qualidade, a mul-tinacional de origem italiana está se esfor-çando para que essa percepção atinja sua li-nha de bakery, a dos produtos de fornocomo biscoitos e lanchinhos, para a qual sedecidiu por uma reformulação visual nomínimo ousada. Além de propor o seu pró-prio “paredão” para o varejo, com a adoçãoda cor vermelha, a Parmalat decidiu rompercom os padrões em embalagens do seg-mento. Para isso, estabeleceu uma orienta-ção visual das embalagens na vertical, demaneira que fiquem em pé nas gôndolas.“Sem uma mensagem clara, não se conse-gue sucesso numa categoria com tantosconcorrentes e lançamentos”, diz José Ro-mero Neto, diretor de marketing da divisãobakery da Parmalat. “Queremos que as pes-soas lembrem que a embalagem que ficaem pé e que tem códigos visuais específi-

cos, como a cor, é da Parmalat.”Na mesma onda de valorizar os produ-

tos por meio de uma marca forte, a Danoneresolveu adotar recentemente a marca LUpara unificar suas linhas de biscoitos. Aem-presa resolveu explorar a força que a LUconstruiu em mais de cem anos de existên-cia na Europa, onde é líder de mercado, epromoveu uma reformulação no visual desuas embalagens para assinalar esse novoposicionamento. Para isso, foram montadostimes de trabalho, sendo que cada marca daempresa – Danyt’s, Break Up, Aymoré eTriunfo – ganhou um “time de embala-gem”, que aliou o expertise do marketing edas áreas de suprimentos, planejamentooperacional e desenvolvimento de embala-gem da Danone, das agências Team Creatif,da França, e Promo Brazil e dos fornecedo-res das embalagens, a Inapel e a Itap Bemis.“Aembalagem era o caminho crítico, pois éo grande veículo de comunicação da estréiada marca LU no Brasil”, diz Fred Fernan-des, diretor de supply chain da unidade LU.“Como estávamos reposicionando 95 itens,foi essencial concentrar esses perfis de co-nhecimento desde o início do projeto.”

Outra palavra de ordem para agregar va-lor aos biscoitos vem sendo a diferenciação

Para as crianças,Nabisco aposta em profusão de cores

Specialat: valoragregado no produto e naembalagem

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de linhas, com o lançamento de produtosposicionados para públicos com necessida-des e desejos específicos. “Como se trata deum produto conhecido e assimilado por to-dos, o desafio agora é valorizar os biscoitos,diferenciá-los”, sustenta Romero Neto, daParmalat.

Nesse sentido, uma tendência forte é aaposta em biscoitos com apelopremium, longe dos corriqueiroscrackers, maizenas e marias. Emmercados desenvolvidos, como oamericano ou o europeu, predo-minam categorias de maior valoragregado, “como os cookies e osamanteigados”, comenta RicardoAmorim, da Bauducco. De olhonisso, sua empresa lançou há al-guns meses um produto comapelo super premium: uma cai-xa de especialidades, em quebiscoitos sortidos são embala-dos individualmente em flow-packs e acondicionados emuma lata, fornecida pela Metal-gráfica Itaquá. Como os famosos biscoitosdinamarqueses, acondicionados de maneirasimilar, o produto traz o apelo inegável deservir como objeto de presente fino a preçofinal muito acessível. “Há um grande po-tencial para este tipo de apresentação”, con-sidera Amorim.

AParmalat também está investindo nes-se nicho, com a nova linha Specialat de bis-coitos com ingredientes e preparação espe-ciais. Como nas marcas concorrentes, o va-lor agregado é evidenciado pelas embala-gens. Nelas, o produto é protegido por ber-ços de plástico envolvidos por flow-packscom visual recheado de signos que reme-tem a um tratamento premium, como a pre-sença de ornamentos dourados e uso de ti-pologia sóbria. “Vamos ver o quanto o mer-cado está maduro para absorver este exercí-cio”, propõe Romero Neto. Já Szymanskyj,da Tostines, enxerga no horizonte das em-balagens para biscoitos “espaço para filmescom brilho superior ou metalizados e com-binação maior de filmes com papel cartão”.A marca da Nestlé, aliás, é outra que estáenfatizando linhas nobres, com o lança-mento da linha Tostines Special.

Apelo saudávelOutro nicho que está à toda é o de biscoitoscom apelo saudável, de maior teor nutritivoe que exploram benefícios funcionais. Essaonda traz em si chances de apostar em em-balagens especiais, como no exemplo daSão Luiz, da Nestlé, que colocou no merca-do o biscoito Vita Life acondicionado emcartucho de papel cartão, fornecido pelaIbratec. Além do uso de tons verdes, ima-gens dos ingredientes são destacadas, pararealçar o ar natural do produto.

É um recurso do qual a Bauducco tam-bém está lançando mão, com o lançamentode seus biscoitos salgados, cujos pacotessão impressos pela Shellmar. Na verdade, autilização do apelo ao natural em geral ébem vista pelos profissionais do segmento.“Filmes plásticos opacos ‘casam’ muito

Lata, boa para pre-sentear e reutilizar

Special, linha nobre da Tostines

Danone montou “times de embalagem”para unificar suas linhas com a marca LU

Surpresa,“megabrand” da Nestlé para opúblico infantil

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bem com a atitude destes produtos, dandoum ar rústico”, opina, por exemplo, Rome-ro Neto, da Parmalat.

Porções diferenciadas também são cadavez mais freqüentes, aspecto impulsionadopor fatores indissociáveis do consumo debiscoito como o chamado “consumo derua” e o consumo no intervalo de refeições,e pelo crescimento do público single, quetem clara preferência por porções indivi-duais. Essa é a razão por que surgem segui-dos lançamentos para atender tais expecta-tivas. Deles, talvez o de maior sucesso re-cente seja o do Club Social, da Nabisco,

Trakinas, daNabisco, em stand-up pouch de BOPPmetalizado

Aspecto nutriti-vo do Vitalife éreforçado pelocartucho depapel cartão

acondicionado em flow packs de 31 gra-mas, por sua vez agrupados em multipackscom nove unidades. Nessa linha, a Tostinesestá trabalhando wafers, em porções de 135gramas direcionadas às crianças, com a li-nha Surpresa Wafer.

Aliás, por serem elas o maior públicoconsumidor de biscoitos, não poderiam fal-tar produtos pensados especialmente paraas crianças. Nesse quesito, Ricardo Amo-rim, da Bauducco, ressalta que deverão sur-

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Bauducco(11) 6421-9550www.bauducco.com.br

Danone(11) 3741-9087www.danone.com

Exxon Mobil Films(11) 6165-7091www.exxonmobilfilms.com

Ibratec(11) [email protected]

Inapel(11) 6480-3055www.inapel.com.br

Itap Bemis(11) 5515-1177www.itapbemis.com.br

Metalgráfica Itaquá(11) [email protected]

Nabisco(21) 574-1368www.biscoitostrakinas.com.br

Nestlé (Tostines - São Luiz)(11) 5508-9000www.nestle.com.br

Parmalat(11) 3848-0975www.parmalat.com.br

Polo(11) 4360-8200www.poloind.com.br

Santa Rosa(11) [email protected]

Votocel(11) 269-4261www.votocel.com.br

gir ainda mais “megabrands” voltadas aopúblico mirim, a exemplo de marcas de su-cesso como a Passatempo e a Surpresa, daNestlé, e a Danyt’s, da Danone LU. “Nestecampo específico, deverá aumentar a pre-sença de embalagens que viram brinquedo,a utilização de personagens infantis, licen-ciados ou não, e a mistura no sabor dos re-cheios”, acredita Amorim.

A Nabisco resolveu atrair a atenção dacriançada com a linha Mini-Trakinas, acon-dicionada em stand-up pouches de filme depolipropileno bi-orientado (BOPP) metali-zado, fabricadas pela Santa Rosa e pela ItapBemis. Por sua vez, para não perder o bon-de da criançada, a Parmalat está lançando alinha Kidlat.

Numa prova de que a onda de segmen-tação é realmente extrema, já existe até bis-coito posicionado para adolescentes. O pio-

neiro é o Break Up, da Danone LU, “cujacor roxa, assim como os ícones na embala-gem, o aproximam do jovem”, define odiretor de supply chain da Unidade LU daempresa.

O certo é que na categoria dos biscoitosessas tendências deverão encher ainda maisas gôndolas com produtos de novos saborese embalagens de formatos e visuais diferen-ciados. Resta aguardar essas novidades saí-rem – literalmente – do forno.

Vivere é maisum a atentarao fator saúde

Por que usar três agasalhos se há apenasum que pode substituí-los com vanta-gens? Numa analogia, é isso o que vemacontecendo com as embalagens flexíveispara biscoitos, mercado dominado pelosfilmes de polipropileno bi-orientado(BOPP). Em vez das estruturas laminadas,que sobrepõem diversas camadas dessesfilmes para proporcionar proteção e visualatraente, há uma tendência inequívoca naadoção dos filmes monocamada, cuja pro-posta básica é oferecer numa única “fo-lha” desempenho semelhante ou até supe-rior ao das camadas múltiplas.Os benefícios dos filmes monocamada deBOPP são consideráveis, segundo os for-necedores. “Eles dão mais rendimento, re-duzem perdas e melhoram a selagem, semdiminuir as barreiras”, resume CecíliaVero, especialista técnica da Exxon MobilFilms do Brasil. As barreiras, no caso, sãopara evitar que oxigênio, vapor d’água ouluz afetem as propriedades dos biscoitos.Há ainda mais benefícios, como os salien-tados por Aldo Arruda Mortara, gerente detecnologia da Votocel, outra empresa quecomercializa tais filmes. “A impressão ex-terna, própria ao trabalho com os filmesmonocamada, reduz o risco de solventesresiduais contaminarem o alimento e, pelofato de a estrutura ser mais robusta, a ve-locidade de impressão é maior”, ele diz.

A tendência é o uso de filmes monocamadaSegundo Mortara, os “encanoamentos”, ouseja, tensões diferentes entre as camadasdos laminados, são eliminados. E de acor-do com Adriana Pereira Collares, do mar-keting da Votocel, há ainda o aspecto eco-lógico. “São produtos mais limpos e maisfáceis de reciclar.” Dado interessante é que a opinião do enduser da embalagem, ou seja, do fabricante,vem sendo decisiva para a adoção dos fil-mes monocamada no Brasil. A Danone,para seguir uma política global de embala-gem, fechou no país um trabalho conjuntocom a Exxon Mobil e as convertedoras ItapBemis e Inapel para que seus pacotes port-fólio – os mais tradicionais para biscoitos,com selagem do tipo “envelope” – fossemem monocamada.Já nas estruturas laminadas, onde vem ha-vendo cada vez mais combinação de BOPPtransparente, impresso no verso, com pe-rolado e alguns filmes coextrudados, “háainda um amplo espaço para se explorar ouso de filmes transparentes com filmesmetalizados”, diz Davide Botton, gerentecomercial da Polo, outro grande player emfilmes de BOPP no país. O potencial domercado de biscoitos, o maior consumidorde filmes de BOPP, foi decisivo para que aPolo investisse recentemente em mais umafábrica, nas proximidades do pólo petro-químico de Triunfo (RS).

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rabalhar uma nova identida-de visual para uma linha comquase cinqüenta produtos,gerando uma proposta inédi-

ta no mercado. Essa foi a tarefa de fôlegoda agência a10 Design junto à divisão debakery da Parmalat, que compreende oschamados produtos de forno, como bis-coitos e lanchinhos. A meta era propor-cionar uma identidade forte aos produtosda divisão, gerando uma familiaridadeimediata no consumidor. “Era precisoque as pessoas tivessem a certeza de estarfrente a um produto Parmalat”, resumeRenata Melman, designer da a10. “Maisque isso, que identificassem imediata-mente tratar-se da linha de bakery da em-presa”, argumenta.

Foram consumidos dez meses entre osvaivéns de estudos, esboços, pesquisas eo resultado final, num trabalho marcadopela cooperação entre a agência de de-sign de embalagem, o marketing da Par-malat, a agência de publicidade DM9 e oinstituto de pesquisas Research Interna-tional, que realizou diversos levantamen-tos junto a consumidores para subsidiaras etapas de criação do novo visual. Doismomentos criativos guiaram o trabalho

22– EMBALAGEMMARCA • jun 2001

Invasão vermelha

da a10. Em primeiro lugar, a reformula-ção da logomarca estampada nas embala-gens, feita para personalizar de maneiraespecial o segmento de bakery.

O símbolo da Parmalat, a indefectívelrosácea, foi fundido ao nome, gerando umdesenho com efeitos tridimensionais e deluminosidade intensos. A criação de umlogo destacado e exclusivo para o seg-mento era ponto fundamental na estraté-gia pensada pelo marketing da Parmalat epela a10, pois se pretendia explorar umavalorização da força institucional da mar-ca no apadrinhamento dos produtos. Nes-se sentido, a logomarca foi “trazida para oprimeiro plano, para ganhar maior desta-que”, descreve a designer da a10.

Numa segunda ação, a agência con-centrou-se na aplicação do conceito dasembalagens dos 45 produtos da linha. Re-nata conta que as embalagens antigas nãopossuíam uma unidade visual marcante, oque foi solucionado com a adoção do ver-melho como cor para a categoria. “É umacor que traz movimento às prateleiras eque se associa muito bem aos produtos deforno”, afirma Renata. Segundo ela, aidéia de movimento é garantida pelo fatode a cor aplicada não estar “chapada, esim composta por diferentes nuanças”.

Após essas definições, aa10 debruçou-se sobre os pon-tos considerados críticos noredesign, ou seja, os elemen-tos de ruptura e de maior im-pacto. Eles foram definidoscomo a “verticalização dasembalagens” e a “divinizaçãodos produtos”. O primeiro se-

Com novo visual, Parmalat também quer ser sinônimo em bakery

making of

T

Identidade visual anterior não estabele-cia um padrão gráfico marcante para o segmento de bakery da empresa

Fusão da rosácea com o nomeParmalat foi passo fundamental naestratégia de concentrar a atenção

do consumidor na marca

Vermelho foiadotado comocor “oficial” paradar idéia demovimento;“verticalização”gráfica e“divinização”dos produtossão as outrasarmas paracausar impacto

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ÃO

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jun 2001 • EMBALAGEMMARCA – 23

ria a forma de ordenar as embalagens gra-ficamente no sentido vertical, colocando-as em pé nas gôndolas. Nesse desafio, aa10 contou com o apoio irrestrito do mar-keting da Parmalat, que buscou divulgara intenção da empresa aos varejistas. De-vido à radicalização do projeto, Renataexplica que as embalagens também pos-suem uma face horizontal, para que osprodutos não fiquem prejudicados diantede uma exposição inadequada ao consu-midor.

Já no caso do que Renata chama de di-vinização, a intenção era “conferir um as-pecto especial, quase mágico, aos produ-tos e à marca estampados na embalagem,fazendo-os flutuar”. Para isso, recursosgráficos como aplicação de contornos lu-minosos e sombras ajudaram a hierarqui-zar a disposição dos elementos visuaisnas embalagens. A idéia era que a marcafosse o aspecto de maior impacto, masque os produtos também fossem “eleva-dos”, que viessem ao primeiro plano e setornassem a imagem recorrente após aidentificação do “aval Parmalat”. Nesseaspecto, as fotografias dos produtos tam-bém foram meticulosamente trabalhadas,pois cumprem papel de peso no pretendi-do reforço do appetite appeal dos produ-tos.

Novas, as linhas Kidlat e Specialattambém ganharam identidade através dotrabalho da a10. Para o primeiro caso, fo-ram inseridos movimentos gráficos queaproximam os produtos das crianças,alvo da linha. Já para a Specialat, que de-

a10(11) 3845-3503www.a10.com.br

Parmalat(11) 3848-0975www.parmalat.com.br

fine produtos especiais, com apelo pre-mium, a agência trabalhou uma tipologiaprópria, com tons próximos do dourado,para dar um ar de glamour. Houve tam-bém alterações do formato da embala-gem: anteriormente em papelão, os pro-dutos Specialat agora são acondicionadosem flow-packs com um berço plástico nointerior, justamente para que possam fi-car em pé.

Mais que posicionar a intenção de in-tegrar a linha e valorizar a carga de atri-butos que a marca Parmalat transmite, anova identidade visual, que será trabalha-da no restante da América do Sul, tam-bém é flexível. “É uma identidade modu-lar”, define Renata. “Qualquer produtoque venha a ser lançado pode ser encaixa-do nessa proposta.”

Novas linhas Kidlat e Specialat: enquanto a primeiratraz dinamismo para atrair as crianças, a segundaressalta uma tipografia especial e tons dourados

para conferir caráter premium

A nova identidade visual é modular, segundo a a10 Design, e se encaixa a todos os produtos da linha; “aval Parmalat” é o fator mais importante

Todas as agências (inclusive os departamentosinternos das empresas) e todos os designersinteressados em colaborar com esta seção darevista estão convidados a participar. Paraobter detalhes, entre em contato com a reda-ção, por telefone (11) 5181-6533 ou por e-mail([email protected]).

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ara permanecer notempo, os íconesmudam sempre. Aembalagem do So-

nho de Valsa, primeiro bombomproduzido industrialmente no país,acaba de passar por nova reformu-lação visual, como vem acontecen-do de tempos em tempos desde quefoi lançado, em 1938. Em maio últi-mo foi mais uma vez modernizada ainconfundível imagem do casal dan-çando em um fundo na cor maravi-lha, alguns instrumentos e notasmusicais, dentro da série de alte-rações que confirma a tese deque é preciso mudar sempre parapermanecer igual e continuar vencedor.

No início, o envoltório do Sonho de Val-sa era muito simples: um papel estanho ver-melho, recoberto com celofane transparen-te. Como rótulo, no centro havia um selopreto com o nome do bombom e um violão.Era vendido por quilo e consumido só pormulheres. Foi por isso que a Lacta decidiuintroduzir algumas mudanças nas embala-gens, como forma de conquistar consumi-dores do sexo masculino.

A principal modificação aconteceu em1942. Foi naquele ano que apareceram ocasal dançando, o violão, as notas musicais,extraídas de uma valsa de Johann Strauss, eo fundo na cor maravilha. Com essas alte-rações, o Sonho de Valsa passou a ser ven-dido em unidades, seu tamanho aumentou ea distribuição, antes limitada a bombonniè-res, passou a ser feita em bares, padarias eempórios de todo o Brasil.

Desde então, a embalagem permaneceupraticamente inalterada. Mesmo com acompra da Lacta pela Kraft Foods, em1996, não foram feitas mudanças radicais.

24– EMBALAGEMMARCA • jun 2001

Em permanente mu dSonho de Valsa moderniza a embalagem para continuar líder

design

P

Kraft Foods(41) 314-4209www.kraftfoods.com.br

OZ Design(11) 5506-2177www.ozdesign.com.br

Afinal, com o visual praticamenteinalterado o produto sempre se mantevelíder absoluto de mercado, com 34% de

share hoje, segundo dados Nielsen (abril de2001), à frente do Ouro Branco, também daKraft; do Sedução, da Nestlé; e do Serenatade Amor, da Garoto.

Sintonia com o consumidorNesta nova reformulação, as mudanças naembalagem são outra vez sutis: no envoltó-rio do bombom, o logotipo passou a ter le-tras maiores, o violão saiu do centro do cam-po visual para as laterais, e o casal que dan-ça valsa ganhou design mais moderno. Acoramarela do rosto e das mãos do homem e damulher foi substituída pela branca. O fundomaravilha foi mantido. “Com a alteração,procuramos manter a sintonia com o consu-midor que gosta da embalagem, mas espera-va por uma modernização”, conta CláudiaPeruci Felippe, gerente de produtos da KraftFoods. O projeto da embalagem foi desen-volvido pela agência de design norte-ameri-cana Corner Stone. A fórmula do recheio dobombom foi alterada, depois de mais de doisanos de pesquisas em novas tecnologias,para permanecer cremoso por mais tempo,conta Cláudia. “Mas nunca se mexerá no sa-bor, já tão conhecido dos brasileiros.”

O logotipo e ocasal foram

redesenhados

Além da embalagem do

bombom, houvemudanças nos

sacos de 1 kg, de250g e de cinco

unidades

FO

TO

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AG

EN

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ÃO

Por Flávio Palhares

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u dança

A sofisticação pela embalagemAlém das mudanças no envoltório do Sonho de Valsa,a Kraft Foods passa a manter de forma regular no mer-cado duas embalagens para presente que haviamdado bons resultados de venda ao serem colocadasem datas promocionais, como finais de ano. Trata-seda caixa de papel cartão, para o que a gerente de pro-dutos da Kraft Foods chama de “mimos do dia-a-dia”,e da lata de aço, para “ocasiões especiais”. SegundoCláudia Peruci Felippe, foram criadas depois de váriospedidos de consumidores e de extensa pesquisa demercado. São claros exemplos de que o consumidor éreceptivo à adição de valor ao produto pela embala-gem e de que esta é um poderoso instrumento parasofisticar o produto.Os recipientes de sacos plásticos de 1 quilo, de 250gramas e de cinco unidades, antes incolores, ganha-ram a mesma cor do envoltório do bombom. A estrutu-ra do saco de 1 quilo foi reforçada, para evitar que ras-gue com facilidade. O desenho da lata, da caixa e dosaco plástico segue o padrão do envoltório do bom-bom, e foi adaptado pela Oz Design.A produção do Sonho de Valsa é de meio bilhão deunidades por ano, e a expectativa da Kraft Foods até ofim do ano é aumentar esse número, embora não es-pecifique em quanto. A empresa investiu 15 milhõesde reais na mudança da embalagem, em marketing enuma campanha publicitária desenvolvida pela agên-cia Full Jazz, que segue a linha de todos esses anosde história do Sonho de Valsa. Em 1942, o slogan damarca sugeria: “Saboreie um bombom com a sua na-morada”. Hoje, a campanha é baseada no slogan “Oamor tem esse sabor”.

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ão é raro ouvir a máxima deque a embalagem assumiu,pelos movimentos do varejo,a função de vendedora silen-

ciosa. Sobrou para ela as tarefas de apre-sentar as principais características doproduto, portar atributos que seduzam oconsumidor e ainda ser veículo de pro-paganda da marca. Tendo em vista a ari-dez dessa cruzada multitarefa e a impor-tância das ações promocionais, comoarma para se destacar na guerra das gôn-dolas, uma empresa americana, a River-side Technologies, propõe que, para ele-var vendas, latas, cartuchos, frascos egarrafas saiam da mudez – isso mesmo,que falem com o consumidor.

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Barulho na gôndola

A criativa estratégia de fazer as em-balagens interagirem com o público pormeio de sons baseia-se nas tecnologiasque a Riverside detém, patenteadas sobmarcas de fantasia como Talking Cans,Talking Caps e Talking Packages. Men-sagens são ativadas no momento doconsumo, assim que a embalagem éaberta, por um mecanismo sensível àluz. Normalmente elas duram oito oudezesseis segundos, podendo ser ouvi-das por até 300 vezes. “Basta tapar afotocélula com a mão e depois descobri-la para que ela entre novamente emação, tocando a música ou o recado dofabricante”, explica Jim Howes, presi-dente da Riverside e inventor do siste-

Empresa americana dá voz às “vendedoras silenciosas”

promocionais

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CASH CANSPrêmios, na forma de

dinheiro vivo ou de va-

les, são ejetados de la-

tas no momento de sua

abertura. A Brahma,

hoje AmBev, recorreu

ao serviço numa pro-

moção com cerveja no

mercado venezuelano,

em 1998, na qual as

vendas superaram as

expectativas em 55%.

CASH SOAP BARSPrêmios, acondiciona-

dos em tubos plásticos,

são colocados no inte-

rior de sabões em bar-

ra. A Riverside Techno-

logies diz que um clien-

te da área conseguiu in-

crementar em 38% suas

vendas utilizando o

atrativo.

TEE-SHIRT-N-CANCamisetas inseridas em

latas comuns de bebi-

das, ideais para promo-

ções em vending ma-

chines ou no varejo. Foi

o primeiro invento de

Jim Howes, que diz que

a proposta pode se

adaptar a outros tipos

de embalagens.

FLIPMOTION / FLOMOTIONSão imagens animadas que podem ser colocadas

em tampas ou outros produtos – cartões telefôni-

cos, cartões de crédito, cards colecionáveis…

Ideais para prêmios instantâneos, revelados no mo-

mento do consumo.

São canudos que mudam de cor quando em conta-

to com bebidas geladas ou quentes. As quatro co-

res disponíveis podem representar brindes diferen-

tes, e há ainda a possibilidade de se inserir mensa-

gens de prêmios, com o uso de tecnologia especial

de impressão, invisível antes do consumo.

THERMO STRAWS

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jun 2001 • EMBALAGEMMARCA – 27

ma, que pode ser aplicado em qualquertipo de embalagem.

Ele frisa que as soluções são imple-mentadas nas embalagens normalmenteutilizadas pelos fabricantes, não sendonecessárias adaptações ou mudança defornecedor. São acessíveis a qualquerempresa, de qualquer país, tanto no as-pecto de custos como de logística dedistribuição. A Riverside pode fazer omanuseio das embalagens nos EstadosUnidos e remetê-las ao Brasil, ou entãocolocar uma equipe diretamente naplanta do cliente, em processo off lineou na própria linha de produção, se aquantidade desejada de exemplares pre-miados for grande.

“Soluções vencedoras”Em sua coleção de cases que exemplifi-cam o uso criativo das embalagens fa-lantes, Howes destaca o da cerveja ca-nadense Molson, que teve aumento emvendas de aproximadamente 50% aorealizar uma promoção em que o consu-midor ganhava prêmios de acordo com

Riverside Technologieswww.riverside-technologies.com

LUCKY LIDSPara serem implementa-

das em tampas de co-

pos. O consumidor “des-

casca” a parte central da

tampa à procura de prê-

mios, que podem vir na

forma de bottons, ímãs

ou um vale-brinde.

LUCKY STRAWS /LUCKY CUPSCanudos e copos pre-

miados. No caso dos ca-

nudos, eles são envoltos

por um filme, que não

deixa transparecer quais

os premiados. Os copos

têm um compartimento

secreto na base, que es-

conde os prêmios. Feitos

sob medida para cadeias

de fast food e restauran-

tes.

PRIZE PRODUCTREPLICASImagine a surpresa ao

descobrir que um biscoito,

acondicionado junto aos

“normais”, é na verdade

um recipiente com um prê-

mio no interior… As répli-

cas de produtos causam

impacto no momento do

consumo e não exigem

mudanças na embalagem

tradicional do produto.

Consiste numa tecnolo-

gia ótica, baseada em len-

tes, para gerar animações

na parte externa de tam-

pas plásticas. Gera extre-

ma diferenciação no pon-

to-de-venda.

LENTICULAR CAPS

Frascos plásticos são

escondidos nos espaços

entre latas ou garrafas

vendidas na forma de

multipacks, sejam de

cartão ou filmes ter-

moencolhíveis (shrink).

No interior dos frascos

podem ser acondiciona-

dos vales, mensagens,

dinheiro ou pequenos

brindes.

MULTI-PACK PRIZE VIAL

o som emitido na abertura das garrafas.“Se fosse ouvido o som de uma buzina,o prêmio era um carro; um bip eletrôni-co indicava um computador como brin-de; no caso de um barulho de avião, apessoa ganhava uma viagem”, ele con-ta. Outro favorito do empresário-inven-tor foi executado pela Kellogg’s, quefez sair dos cartuchos de seus cereais otema do filme “Missão Impossível”,numa promoção casada.

Howes dedica boa parte de seu tem-po a imaginar soluções de impacto parapromoções. Além da “tecnologia falan-te”, concebida em 1992 e que se tornoua bandeira de sua empresa, ele tambémpatenteou outros sistemas originaispara embalagens (veja o quadroabaixo). Para comprovar a eficácia desuas engenhocas, Howes mostra os re-sultados das ações junto a clientes depeso como Coca-Cola, Pepsi, Kellogg’se Nabisco. “O aumento de vendas comnossas ‘embalagens vencedoras’, emporcentagem, sempre extrapola os doisdígitos”, afirma.

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Por Wilson Palhares

28– EMBALAGEMMARCA • jun 2001

omo no mistério basilar dagalinha e do ovo, não se sabeo que veio primeiro. A de-manda por cafés classifica-

dos como “fino”, “gourmet” e “pre-mium” vem aumentando em conseqüên-cia do reposicionamento e da segmenta-ção das marcas ou será o contrário?

Não importa a resposta, o fato é queum rápido passeio por alguns supermer-cados mostra uma nova realidade na áreade cafés torrados e moídos: recentemen-te, o número de produtos especiais au-mentou, a variedade se multiplicou e asembalagens estão melhores e mais boni-tas. Disputam um mercado interno de 3bilhões de reais/ano e, com essa moderni-zação, procuram tornar mais sólidas aspossibilidades de estar presentes nos pon-tos-de-venda de outros países, não maisde forma anônima, mas com embalagens“made in Brazil” e com marcas.

Válvula longa vida

Por trás dessa movimentação estão odesign e o desenvolvimento de novas tec-nologias de embalagem. Com a globaliza-ção da economia, ocorreu intensaabsorção de torrefadoras brasileiras porempresas multinacionais e, em conse-qüência, aumentou a busca por embala-gens também globais, com tecnologias deponta. Entre as mais inovadoras desta-cam-se duas válvulas de funcionamentosemelhante, destinadas a permitir a libera-ção do gás carbônico emanado do cafétorrado e moído. Em embalagens flexí-veis (almofadas), a válvula visa ampliar oshelf life do produto; já em multifolhadas,o objetivo é oferecer conveniência deabertura para concorrer com latas de açohermeticamente fechadas, como é comumacondicionar o café em outros países, so-bretudo nos Estados Unidos.

Para uso em latas multifolhadas, a vál-vula foi desenvolvida nos Estados Uni-

Nova tecnologia para embalagem aumenta shelf-life a baixo custo

cafés

C

Só para exportar, por enquantoQuando o assunto é exportação entram emcena produtos diferenciados dos encontra-dos no Brasil. É o caso do Drip Coffee, daPanthor Indústria e Comércio, um cafezinhopraticamente pronto que é exportado paraos Estados Unidos e se prepara para entrarna Espanha, no Canadá e na França.Dentro da embalagem de polipropileno bi-orientado (BOPP), metalizado, em que o pro-duto é acondicionado, o consumidor encon-tra um copo, um coador – ambos de polipro-pileno, fornecidos pela Dixie Toga – , palhetapara mexer, filtro importado, café tipo expor-tação e açúcar. Acrescentando-se água fer-vente ao coador, a bebida sai pronta parabeber. Para atender ao Mercosul, a embala-gem tem textos em inglês e espanhol, alémdo português. Quem assina o design é aagência Multigrafics.

Drip Coffee: dentro da embalagem deBOPP, copo, coador,palheta para mexer, filtro importado, café tipo exportação e açúcar.

STUDIO AG – ANDRÉ GODOY

No começo, os planos de exportar o Drip Cof-fee não eram prioritários na Panthor. “A ex-portação seria o segundo passo, mas por fal-ta de distribuição aqui acabou vindo antes”,explica Luís Carlos Fabichak, sócio da empre-sa. A empresa busca parcei-ros para atuar no mercadonacional, já que, segundoFabichak, o leque de opor-tunidades com o Drip Cof-fee é muito grande, pois ospotes podem ser personali-zados: “Não estamos pre-sos à marca”, ele diz. Dessamaneira, entre outras possi-bilidades, o produto podeser utilizado como brindeou pode ser adotado porinstituições.

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dos, pela Sonoco. Feita de alumínio flexí-vel e batizada de Valve-Pak, vem sendotrabalhada no Brasil pela subsidiária daempresa, a Sonoco For-Plas, para expor-tação de café de torrefadores brasileirosdestinado principalmente a marcas pró-prias de supermercados americanos.

Para utilização em almofadas, o siste-ma foi desenvolvido na Argentina, pelaCelomat, em conjunto com sua represen-tante no Brasil, a Bauch e Campos. É pro-duzida com polietileno perolizado e, porenquanto, é chamada simplesmente de

válvula unidirecional.A função da válvula, em ambas as

aplicações, se dá em mão dupla: devepermitir que o dióxido de carbono provo-cado pelo café torrado, em grãos e princi-palmente moído, exale do recipiente e, aomesmo tempo, impedir a entrada de ar.Dessa forma, o produto não oxida nemtem seu sabor alterado.

Funcionamento simplesA rigor, o funcionamento da válvula émuito simples: quando a pressão internacausada pelos gases é mais alta que a ex-terna, estes escapam por pequenos orifí-cios existentes na lâmina, forçando aabertura do selo flexível que os recobre.Quando a pressão externa é mais alta,mantém a válvula fechada.

Nestas páginas, a Sonoco For-Plas e aBauch e Campos expõem as característi-cas e as vantagens de seus produtos. Osdiretores de ambas as empresas acredi-tam que a ampliação do tempo de vida docafé acondicionado, a conveniência deuso e preços compatíveis permitiriam, fi-nalmente, eliminar alguns entraves à ex-portação do produto brasileiro já com va-lor agregado (ver o quadro).

Valve-Pak da Sonoco For-Plas:para conquistar o mercado americano

Vítima de políticas equivocadas, como ade retenção de estoques, e de falta deagressividade para vender nos mercadosexternos, o café brasileiro veio perdendoespaço ao longo dos anos e, a rigor, sem-pre esteve incluído na categoria das com-modities. Assim, mais dinheiro que osprodutores ganham os grupos exportado-ras multinacionais e empresas de paísesque torram, moem e acondicionam o pro-duto – isto é, agregam valor a ele. O jorna-lista Luís Nassif, colunista do jornal Folhade S. Paulo e diretor da agência DinheiroVivo, faz uma interessante conta em setepassos para demonstrar que “a única saí-da para o café brasileiro será agregar va-lor, marca e marketing”. É a seguinte:1) uma xícara de café no exterior custaUS$ 1;2) 1 quilo de café permite preparar em mé-dia 120 xícaras de bebida; ou seja, obtém-se US$ 120 com 1 quilo, ou US$ 120 000com 1 tonelada;3) estimando-se uma perda de 25% na in-dustrialização, os US$ 120 caem para US$90, ficando a tonelada em US$ 90 000;4) como desidrata, o café perde peso, de-vendo-se portanto abater 16% do total, oque resulta em US$ 75 600;5) o imposto de renda sobre o lucro é de30%, resultando num desconto de 10% so-bre o total; fica em US$ 74 844;6) os custos de distribuição e renda so-mam cerca de 50%; resta um líquido deaproximadamente US$ 37 000;7) atualmente, a tonelada de café brasilei-ro é vendida a US$ 1 000.

Luís Nassif faz a conta

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Sonoco For-Plas de olhono mercado americanoA Sonoco, que nos Estados Unidos trabalhacom embalagens flexíveis e rígidas, operano Brasil, com o nome de Sonoco For-Plas,apenas com rígidas, entre as quais as multi-folhadas destinadas a acondicionar produ-tos secos, granulados ou em pó. Com anova válvula, explica Sérgio Minerbo, dire-tor de vendas e marketing da empresa, o ob-jetivo é conquistar, inicialmente, o mercadoamericano de café torrado e moído, hojepredominantemente acondicionado em latade folha-de-flandres.

Ocorre que esse recipiente é semelhanteàs latas de alimentos em conserva. Ou seja,é hermeticamente fechado, exigindo o usode abridor para poder ser consumido. De-pois de aberto, é protegido com uma sobre-tampa também metálica. A Sonoco atacacom a Valve-Pak principalmente pelo flan-co da conveniência, para consolidar a alter-nativa da embalagem multifolhada. Em vezde abrir a lata de café com um abridor, bas-

ta ao consumidor remover a membrana dealumínio tipo peel-off (marca Ultra-Seal).O retampamento da embalagem no dia adia é feito com uma sobretampa de polieti-leno. A válvula situa-se na membrana, quepor sua vez vem aplicada no aro de folha-de-flandres da parte superior do recipiente.

Sérgio Minerbo conta que a Valve-Pak,que é patenteada e só pode ser utilizada nasembalagens multifolhadas produzidas pelaSonoco, vem sendo crescentemente adota-da nos Estados Unidos. Entre outras vanta-gens do sistema, ele destaca a de dispensara necessidade de vácuo no acondiciona-mento, as altas velocidades de enchimentoe o fato de este ser seguro e silencioso. “Atecnologia Valve-Pak foi testada e aprova-da em laboratório, na indúsria e nos pontos-de-venda”, diz o diretor de vendas e marke-ting da Sonoco For-Plas. Minerbo adiantaque a válvula, atualmente produzida nosEUA, está em processo de nacionalização,devendo passar a ser fabricada pela empre-sa em Limeira (SP).

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Bauch e Campos(11) 4704-6944www.bauchcampos.com.br

Panthor Ind. e Com(15) 243-5678www.dripcoffee.com.br

Sonoco For-Plas(11) 4091-4999www.sonoco.com

Válvula unidirecional daCelomat, comercializada pela Bauch e Campos: para embalagens flexíveis

Café com shelf-life de 180 diasem embalagens flexíveisAs embalagens flexíveis em que tradicio-nalmente são acondicionados os cafés tor-rados e moídos recebem, no processo de fe-chamento, quatro a seis minúsculos orifí-cios feitos por agulhas, próximo à area deselagem. Sem essa providência, os gasesemanados do produto estufam e rompem asolda. Com ela, a vida útil tem um limiteaproximado de trinta dias, impedindo a ex-portação de cafés torrados e moídos parapaíses do hemisfério norte, já que o trans-porte marítimo leva cerca de quinze dias.

Airton Campos, sócio diretor da Bauche Campos, considera o atual sistema empre-gado nas almofadas de café um contra-sen-so. “Não é um absurdo uma embalagemcom três camadas, proteção contra raios ul-travioleta e outros atributos ser furada?”,ele pergunta. “Assim, ela perde todas assuas propriedades protetoras e se transfor-ma em fonte de contaminação do produto.”

Por isso, a Celomat desenvolveu a vál-vula unidirecional comercializada pelaBauch e Campos e que, segundo seu dire-tor, mantém o café por mais de 180 diascom suas propriedades inalteradas. Já foitestada e aprovada na Colômbia pelo caféAguila Roja, uma das marcas mais vendi-das no país, e agora a Casa Luker, tradicio-nal produtora, prepara-se para fazer a pri-meira exportação de café colombiano empacotes de 250 e de 500 gramas para a Eu-ropa, utilizando a válvula da Celomat.

Segundo Francisco José Parra, innova-tion adviser da Celomat, essa válvula vempara concorrer com a desenvolvida na Itáliae que é usada por várias marcas no Brasil.Mais complexa, a válvula italiana, segundoele, “é perfeita, mas tem o inconveniente deser muito cara”. O milheiro custaria entre150 e 180 dólares, ou seja, algo próximo a40 centavos de real. Ademais, ele diz, limi-ta a velocidade de envase, pois não passano colarinho da máquina de embalagensflow-pack e, assim, exige uma operaçãoadicional após o enchimento.

Em contrapartida, o sistema da Celomattem custo de 18 dólares por milheiro – cer-ca de dez vezes menos – e não altera a ve-locidade de envase, pois, sendo flexível,passa suavemente pelo colarinho da máqui-na. Consiste numa etiqueta auto-adesiva, deaplicação simples, sem necessidade deequipamentos complementares. AirtonCampos afirma que, com a nova válvula, égarantida vida real de seis a oito meses aocafé, “com 100% de preservação de sabor,aroma e óleos essenciais”.

ABauch e Campos instala em máquinasempacotadoras da Fabrima, tradicional fa-bricante de equipamentos, cabeçotes paraaplicação das válvulas em pacotes de café.Trata-se de um cabeçote tradicional comum conjunto furador acoplado. Parra, daCelomat, entende que se trata de “uma no-vidade que muitas empresas do Brasil de-veriam considerar como oportunidade demelhorar o profit tão deteriorado com asvendas do café apenas em grão, cru”.

Cabeçote verticalpara aplicaçãodas válvulas

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Mazz assina linha de massas PetybonA nova linha de mas-

sas para sopas, caldos

e cremes da Petybon,

a Grano D’Oro, está

chegando às pratelei-

ras em novas embala-

gens, desenvolvidas

pela Mazz Design.

Nessa nova apresenta-

ção a embalagem

flexível traz logotipo

com a imagem de uma

camponesa e um ra-

malhete de trigo. Um

ícone criado pela Mazz

foi acrescentado para

identificar e destacar a

linha. As embalagens

são fornecidas pela

Unipack.

ROTO, E NÃO FLEXO

Na nota “Sabão em pó em papelcar-tão laminado”, presente na seção Dis-play de EmbalagemMarca nº 21, pu-blicamos que a impressão dos cartu-chos dos sabões em pó Minerva Florale Minerva Brisa é feita em flexografia,conforme nos foi informado pela asses-soria do fabricante. Porém a DixieToga, convertedora da embalagem, es-clarece que o sistema de impressão uti-lizado é a rotogravura.

A Nestlé lançou uma nova apresen-tação para o chocolate Alpino. O tra-dicional bombom agora pode ser en-contrado também em tabletes de200g. O visual da embalagem,fornecida pela Alcan, preserva osequities da versão tradicional e trazuma foto do bombom. Ainda no seg-

TRADIÇÃO COM NOVAS APRESENTAÇÕESmento de chocolate, está voltandoao mercado a linha Sensação em ta-bletes. O produto, que fez muito su-cesso nos anos 80, está com novaapresentação. Em vez da tradicionalembalagem de papel e alumínio, eleagora vem em flow pack, fornecidapela Alcan e pela Converplast.

PORÇÕES INDIVIDUAISA Müller Associados é a agência res-ponsável pela criação da nova apre-sentação do açúcar Guarani: sachêsindividuais. Cada cartucho – empapelcartão da Suzano e impressopela Gráfica Santa Inês – acomodacem sachês. A empresa decidiu ofere-cer essa forma de consumo após pes-quisas que mostraram o interesse doconsumidor por embalagens indivi-duais. Os sachês são fornecidos pelaBig Laminados.

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Visual rico nas multipacks do Corpus FrutasA Danone lançou o Corpus Frutas e Fibras, um novo sabor para seu iogurte

light, em multipacks com quatro potes termoformados de 120g. A cor amarela

foi usada como forma de diferenciação e para

causar impacto nas prateleiras. O design, da

Sapiem Design, ressalta imagens de frutas e de

cereais. A tampa de alumínio é fornecida pela

Alcan e o rótulo pela Itaipava e pela Ensur.

Aproveitando o clima das festasjuninas, a Antarctica desenvolveuuma lata decorada com o tema. O material é fornecido pela Latasae o design, assinado pelaDM9DDB, apresenta o fundo emxadrez verde e pipocas por todasua extensão. O tradicional sloganda marca foi adaptado à época(“São João pede”) e também estácaracterizado com um chapéu depalha.

Guaraná Antarcticaem clima de São João

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LEÃO JUNIOR COME-MORA CEM ANOS COM NOVIDADESPara comemorar os cem anos, a LeãoJunior apresentou na APAS 2001 umaembalagem multipack para acomodarquatro copos de 300ml do Matte Leãoe Guaraná Power. Outro lançamentode comemoração é o Leãozinho, omatte direcionado ao público infantil.A bebida é acondicionada em embala-gens tetra brick 200ml, da TetraPak, eapresenta como personagem um leão-zinho praticando um esporte diferentepara cada sabor.

Azeite argentino com jeitinho brasileiroOs azeites argentinos San Juan de

los Olivos e Setubal passam a ser

distribuídos no Brasil pela ADM. O

azeite San Juan de los Olivos é

encontrado na versão extra vir-

gem em garrafa de vidro de 500ml

e azeite puro em lata de 500ml

com bico vertedor. O rótulo rece-

beu um design especial para o

mercado brasileiro. Enquanto na

Argentina a embalagem apresenta

a ilustração de uma paella, aqui

aparecem pedaços de queijo e

azeitonas. Já o azeite de oliva Se-

tubal é comercializado em garra-

fas de vidro para o extra virgem e

latas de 200ml e 500ml para o

azeite puro.

Título Old Masterem duas linhasA fim de transmitir classe e requinte,o Old Master, destilado alcoólico en-velhecido com malte uísque, estácom uma garrafa com linhas longilí-neas exclusivas. Os rótulos tambémreceberam atenção na reformulaçãoda imagem do uísque. A logotipiaestá em formato ‘bold’ e a cor doura-da ganhou um tom envelhecido. Aologotipo foi acrescentado um brasão.O design é da Plano Global Design.

Piratas inspiram visual de chicleteA Arcor lançou mais uma opção de

chiclete para integrar seu portfolio,

o Corsário. A novidade vem em

embalagens unitárias fornecidas

pela Embrás. O chiclete é encon-

trado em displays de 392g com

140 unidades cada. A identidade

visual do produto, voltado para cri-

anças entre seis e doze anos, foi

inspirada em piratas.

Comunicação nacaixa de embarque

As caixas de embarque da RREtiquetas estão apresentandouma nova programação visualtransformando-se, assim, emveículo de comunicação. O pro-jeto gráfico, desenvolvido pelaCapacitat Comunicações, contacom a ilustração dos diversosprodutos comercializados pelaempresa. A embalagem éfornecida pela Klabin e pelaEmbalagens Mara.

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Identidade uniforme para a marca

A Elida Gibbs está apresentando anova identidade visual da linha Sedade xampus e condicionadores. Onovo design – agora uniformizadoem todos os países onde os produtosda marca são comercializados – in-clui a alteração da logomarca, uma

IDENTIDADE FEMININAA versão líquida do sabo-nete Dove, o Dove Sho-wer Liquid, está sendoencontrada em novas em-balagens. A fim de provo-car uma identificação en-tre a mulher e o frasco,fornecido pela Alpla, o de-sign foi reformulado demodo a permitir um me-lhor encaixe nas mãos femininas. A tampa, daWeener, foi redesenhadapara se tornar mais segu-ra e prática. Os rótulossão impressos pelaBaumgarten.

Quebrando 19 anos de tradição A rede de coffee shop Dunkin’ Donuts reformulou sua emba-lagem tradicional para viagem, inalterada desde 1982, anoem que foi instalada a primeiraloja no Brasil. A caixinha que acomoda seisunidades de Donuts estámais atraente, com umaampla ilustração devariedades dos produ-tos. O design é assina-do pela Pentágono Pu-blicidade. A six packtraz ainda uma promo-ção permanente: cuponsimpressos para serem trocados, quando cinco são acumula-dos, por Minidonuts, uma variedade do Donuts. A gráficaIbratec é a responsável pela impressão das caixas.

Displays funcionais e convenientesCom estrutura reforçada, maior du-

rabilidade e beleza, novos displays

da marca americana Jerzees de

roupas estão sendo colocados nos

pontos-de-venda. Com três modelos

diferentes, a novidade apresenta de-

sign funcional, garantindo facilidade

na instalação e o contato dos con-

sumidores com as peças. O display,

fornecido pela Autodisplay, surgiu

após uma pesquisa realizada junto

aos clientes, que reclamaram da de-

sorganização e da dificuldade para

comprar roupas em supermercados.

RÓTULO COMSANGUE AZULEstá chegando ao mercado ovinho Anticuário Reserva Es-pecial 2000 com a imagem to-talmente reformulada. O rótu-lo, antes representado poruma etiqueta suspensa, agoraé em papel couchê auto-ade-sivo com aplicação de vernizde proteção e hot stamping,impresso pela RB ImpressõesSerigráficas. Seu design, assi-nado pela Caesar ProjetosGráficos, apresenta a cor dou-rada e a logomarca sobreuma imagem do Castelo Laca-ve. Fornecida pela Saint-Go-bain, a garrafa de vidro de750ml também sofreu altera-ções: seu design permanecearredondado, porém maisalongado.

arte diferenciada para os rótulos decada versão e novas cores para astampas, fornecidas pela SeaquistClosures. No verso, o rótulo recebeuorientações mais didáticas. Os fras-cos são da Sinimplast e os rótulossão impressos pela Baumgarten. F

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Para fortalecer o lançamento da

marca Sorvetes Nestlé e ganhar

destaque nas prateleiras dos su-

permercados, o segmento “leve

para casa” da marca teve seu vi-

“LEVE PARA CASA” COM NOVO DESIGNsual reformulado pela M De-

sign. O novo rótulo, além de

apresentar a assinatura Sorve-

tes Nestlé, coloca os ingre-

dientes do sabor em primeiro

plano e a imagem do próprio

sorvete ao fundo. No verso es-

tão estampadas a foto de uma

família e receitas de milk sha-

ke. Os potes em polipropileno de

dois litros são fornecidos pela

Plásticos Regina. Já o rótulo, de

papelcartão da Klabin, é impresso

pela Gráfica 43.

Visual que remeteao “feito em casa”A linha de pães de forma Pullman, daPlus Vita Alimentos, recém-adquiridapelo grupo mexicano Bimbo, tem doislançamentos: o Pullmann/Plus Vita Gol-den e o Plus Vita sem Casca. Quemcuidou do visual das embalagens,fornecidas pela Shellmar, foi a MazzDesign, que buscou ressaltar o apelode “toque caseiro”, representado pelailustração de pães feitos em casa.

Preocupação ambiental

Sacos de 25 quilos para ajudar as padariasO Moinho São Jorge está lançan-

do a Lydia Mix, pré-mistura para

agilizar o preparo de pão francês

nas panificadoras. O produto é

acondicionado em sacos de ráfia

laminados, de 25kg, impressos em

flexografia. Quem os fornece é a

Tectêxtil, de Piracicaba (SP).

COMO ENVIAR AS SUAS INFORMAÇÕESQuando a sua empresa tiver algum

lançamento que se encaixe no per-

fil desta seção, é importante que no

material enviado para a nossa

redação constem informações re-

ferentes ao material da embalagem,

(se for mudança de material, infor-

mar qual era o anterior), quem é o

fornecedor da embalagem e quem

é o responsável pelo design.

Assim, a sua informação ganha em

conteúdo.

Na onda da reciclagem e preocupaçãocom o ambiente, a Natura oferece a li-nha Ekos, com 21 produtos biodegra-dáveis e acondicionados em embala-gens recicláveis. Os frascos são com-postos por resina que contém umaporcentagem de material reciclado epossuem refil. A Filtrona e a Sinimplastfornecem os frascos do condicionador,do sabonete líquido e do hidra-tante. Os frascos do xampu eda colônia são fornecidossomente pela Filtrona. Oscartuchos dos sabone-tes em barra são da Igel.

Com design reformulado, a linhade sabonetes Lux Suave chega àsprateleiras com a opção dosabonete em barracom 125g, que vemjuntar-se ao já exis-tente de 90g. A novaapresentação visual,assinada pela Rex Design,é mais suave e moderna, comcores diferenciadas para cada perfume. As embalagens sãofornecidas pela Dixie Toga.

Lux Suave apresenta design clean

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Grupo Pechiney adquire a MolplasticAtravés de sua subsidiária Tech-pack Internacional, o grupo francêsPechiney, do setor de alumínio, ad-quiriu a empresa brasileira Molplas-tic, especializada em injeção deembalagens plásticas para cosméti-cos. Fundada em 1969, a Molplas-tic tem um faturamento anual esti-mado em 7,5 milhões de reais eemprega 116 funcionários em suaunidade fabril, em São Paulo. ATechpack já atende o mercado bra-sileiro através de sua subsidiáriaNovolit, concentrada em fechamen-tos plásticos, cujo faturamentoanual chega a 13,5 milhões de

reais. “A aquisição possibilita quesejamos líderes em embalagensplásticas para cosméticos e perfu-mes”, afirma Daniel Rachmanis, pre-sidente da Techpack América. “Istotambém nos permite acompanhar ocrescimento de nossos clientes noBrasil e na América do Sul atravésde fortes e competitivos recursos.” A operação confirma o interesse daPechiney no desenvolvimento domercado de embalagens para cos-méticos na América do Sul, proces-so no qual já contribuíra a aquisi-ção da fabricante de tubos flexíveisMetalpack, em novembro de 2000.

Apesar de queda, boas perspectivas nos próximos mesesOrganizada pela Fundação GetúlioVargas (RJ) com apoio da ABRE – Asso-ciação Brasileira de Embalagem, aSondagem Conjuntural do 1º trimestrede 2001 da indústria de embalagemmostra um esfriamento na demanda.Esta foi a resposta de 34% das empre-

sas consultadas, enquanto apenas 3% aconsideram forte. Contudo, 47% delasprevêem aumento de vendas para o tri-mestre iniciado em abril, e só 18% pro-jetam redução. O estudo ressalta que,como algo em torno de 92% das ven-das de embalagem se destinam ao mer-

Dessecante vigilanteGarantir integridade e segurança

ao mesmo tempo. Esse é o apelo

da nova linha de dessecantes

DrySpy PillowPak, da Desiccare,

trazidos ao Brasil pela SPL Des-

secantes. Além de conter elemen-

tos adsorventes, que evitam da-

nos provocados por umidade ou

odores, o sachê do produto traz

em seu interior a etiqueta de ras-

treamento UltraMax, da Sensor-

matic, para impedir extravios em

pontos-de-venda. O acessório é

fornecido em tiras ou em unida-

des destacadas, e pode ser colo-

cado em embalagens de alimen-

tos, cosméticos, produtos farma-

cêuticos ou têxteis, entre outras.

(11) 6942-8600www.spldessecantes.com.br

NOVA TAMPA E LATAS ATIVAS PREMIADASNa festa do Cans Of The Year Awardsdeste ano, a fabricante americanaCrown Cork & Seal levou nada menosque seis medalhas. Entre elas, duasde ouro, para as tecnologias Super-End e Thermotics. A primeira consistenum aperfeiçoamento para fechamen-to de latas de bebidasque utiliza 10% menos demetal na produção, porémaumentando a qualidadeda tampa em resistência.Além disso, oferece aber-tura mais fácil, melhordespejo do líquido e ga-nho em aparência. Porisso, segundo a empresa,há a expectativa de o Su-perEnd se tornar um pa-drão global. “A tecnologiade-verá chegar aquil nosegundo semestre de

2002”, diz Rinaldo Lopes, presidenteda Crown Cork Embalagens Brasil.Já a Thermotics é a solução paraaquecer latas automaticamente, fa-zendo com que o produto envasadoatinja a temperatura de 40

oC em três

minutos. É ideal para produtos comosopas, molhos, café,chás e diversos matinais. Recipientes com a tec-nologia estão em testeno mercado britânico,acondicionando o cafépronto Nescafé Original,da Nestlé (foto). A em-presa também desenvol-veu latas que gelam automaticamente, as ICCans, laureadas combronze.(11) 4529-1000www.crowncork.com

cado interno, as previsões nebulosaspara o exterior não preocupam e a perspectiva de produção é estável:para 42% das empresas, a produçãoevolui normalmente, sem sobressaltos.Há um ano, apenas 11% das empresasse viam nessas condições.

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Latas ajudam em altaSegundo a Associação Brasilei-ra do Alumínio, foram vendidas96,5 mil toneladas de alumínioprimário para transformaçãono período janeiro-abril de2001, 36,3% a mais que em2000. As embalagens, diz aABAL, contribuíram fortementenessa ascensão.

Imagem é tudoUm arquivo de 70 milhões deimagens é o resultado do acor-do que a Stock Photos firmoucom a americana Corbis, cujodono é Bill Gates, para repre-sentá-la no Brasil. Uma redeconecta as filiais da Stock etransmite imagens com quali-dade de cromo.

GalopeiraA AmBev anunciou opção paraadquirir a paraguaia CerveceríaInternacional, dona da marcaKrone, por US$ 12 milhões. Se aaquisição se concretizar, a Am-Bev terá perto de 18% do mer-cado paraguaio de cervejas,onde vende as marcas Brahmae Ouro Fino.

Parceria para reciclar Com o apoio da Tomra Latasa,a AmBev também lançou no Riode Janeiro um projeto na áreade reciclagem. Oito lojas doExtra Hipermercados no Rio te-rão centros de coleta e seleçãode embalagens de PET e latasde alumínio.

Padrão para novidadeEntidades japonesas, america-nas e alemãs querem um certi-ficado comum para plásticosbiodegradáveis, para facilitarsua circulação pelos paísesatravés de padrões. O mercadojá movimenta 40 mil toneladaspor ano.

Sig Plastics distribui série Blomax 16DEm continuação ao sucesso da sé-

rie Blomax de sopradoras de alto

desempenho para garrafas PET, a

Sig Plastics, através da divisão Cor-

poplast, anuncia que já está à dispo-

sição do mercado as novas Blomax

16D, com cavidade dupla na estação

de sopro. Com velocidade de produ-

ção de até 38 000 garrafas por hora,

a máquina é dedi-

cada ao sopro de

garrafas de peque-

no porte e possui

design robusto,

ideal para um

maior aproveita-

mento de espaço.

A americana Wes-

tern Container

Corporation, for-

necedora de em-

balagens para

grandes indústrias de bebidas, é

uma das primeiras a adquirir a nova

série – nos Estados Unidos é co-

mum fabricantes terceirizarem a

produção de suas garrafas, sob a

justificativa de que assim conse-

guem economia de escala.

(11) 4585-6910www.sigplastics.com

Empacotamento flexívelAs máquinas automáticas horizon-tais de embalagem Flexo-S, fabrica-das pela alemã Hugo Beck, estãosendo trazidas ao Brasil pela Irce.Elas proporcionam soldas laterais elongitudinais contínuas, sendo que

esta última é permanentementeaquecida, se diferenciando da tradi-cional selagem em “L”. Robustas, asempacotadoras trabalham a partir demotores de freqüência regulada, dis-pensando unidade de ar comprimidoe, entre os opcionais, há um túnelde encolhimento. De acordo comJorg Stegmann, da Irce, os temposde setup são curtos, e o painel decomando permite armazenar confi-gurações para embalar até 99 pro-dutos diferentes. Empresas como aDixie-Toga, a Gráfica Foroni e a In-ternational Paper, entre outras, jácontam com o modelo em suasplantas industriais.(11) 5182-9533 / [email protected]

DESIGN EM MUSEU VIRTUAL DA MARTINIOs admiradores da marca Martini já podem acessar o site www.martini.com.A página dedica um espaço para o design e a propaganda, expondo a obrados artistas gráficos que desenvolveram os pôsteres da marca Martini nos pe-ríodos de 1900-1921, 1928-1935 e 1938-1955. Além disso, o site apresentaas características de cada tipo do vermute, ensina a fazer coquetéis e contafatos interessantes da história da bebida.

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para aplicações com dados variáveis

em todas as cores, impressão frente

e verso e cores especiais, inclusive

padrão Pantone, com velocidade de

8 000 folhas por hora a uma cor ou

2 000 folhas por hora em quatro.

Baumgarten Gráfica: (47) 321-6666Gutenberg: (11) 3225-4400www.gutenberg.com.br

Impressão digital em Santa CatarinaTradicional no ramo de embalagens

para produtos cosméticos, têxteis e

alimentícios, a Baumgarten Gráfica,

de Blumenau (SC), acaba de adquirir

uma impressora digital TurboStream,

da Indigo, representada no país pela

Gutenberg. Com isso, a gráfica, fun-

dada em 1881, ganha em versatilida-

de, pois pode imprimir trabalhos de

baixa tiragem e alta qualidade com

até seis cores em qualquer substrato,

dispensando o uso de fotolitos e cha-

pas. “Trabalhamos com tipógrafo, li-

notipia, offset, rotativa e, agora, esta-

mos entrando na era digital”, diz Ro-

naldo Baumgarten, presidente da grá-

fica (foto). A TurboStream é indicada

De cabelo em péAmeaça à líder Unilever no mer-cado nacional de xampus. AProcter & Gamble, dona da mar-ca Pantene, comprou a Clairol,incorporando a marca Phytoer-vas. Já a L’Oréal, vice-líder coma linha Elséve, negocia com aRevlon a compra da Colorama.

Bye, byePor falar em Unilever, a giganteanglo-holandesa planeja sedesfazer de várias marcas dealimentos nos EUA, entre elas osóleos Mazola e o xarope de mi-lho Karo. A intenção é se con-centrar em outras marcas eagilizar a integração com aBestfoods, comprada em 2000.

Agências em movimentoCarlos Kato, designer de emba-lagem que já atuou pela DM9,Flag e M Design, é o mais novocontratado da Mazz Design. Vaiatender clientes como Nestlé,RMB, Bunge, Bimbo e Quaker. Já a Narita Design trouxe apublicitária Juliana Penna paracomandar o atendimento.

Segredos da impressãoO seminário “Processos de Im-pressão Banda Estreita”, pro-movido pela ABIEA – AssociaçãoBrasileira das Indústrias de Eti-quetas Adesivas nas unidadesTheobaldo De Nigris e FelícioLanzara do Senai (SP), em 31 demaio, teve 208 inscritos entretécnicos e estudantes.

Desinteresse em PQO grupo Suzano quer diminuir aatuação na área petroquímica,vendendo suas participações naPoliteno e na Polipar. Estima-seque os negócios possam supe-rar US$ 260 milhões. A Ode-brecht, sócia da Suzano, tem apreferência de compra.

Não vai sobrar nada

Dou-lhe uma, dou-lhe duas… O leilãoon-line ExcessChannel é uma iniciativada Boucinhas & Campos Consultorespara que empresas possam negociarexcedentes de qualquer atividade pro-dutiva, seja ela extrativa, industrial oude serviços – produtos, resíduos, insu-mos e materiais, equipamentos, direitose capacidade ociosa. Quem quer ven-der define a oferta, seu preço e o pra-zo de duração do leilão, e ainda podecontar com um serviço adicional de as-sessoria contábil e tributária. Há tam-bém a opção do “leilão reverso”, emque se anuncia a intenção de comprade produtos ou serviços, na espera porofertas. O site tem parcerias com aAbre – Associação Brasileira de Emba-lagem e com a ABIEF – AssociaçãoBrasileira da Indústria de EmbalagensPlásticas Flexíveis, entre outros.0800 10 99 42 / www.ech.com.br

Ribbons feitos no BrasilEmpresas que utilizam processosde termotransferência para impri-mir códigos de barra e outras eti-quetas de identificação e rastrea-mento já podem encontrar fitas detransferência térmica (ThermalTransfer Ribbons, ou TTRs) produ-zidas nacionalmente, pela HeliosCarbex. Feitas com poliéster e tin-tas à base de ceras e resinas, elaspossuem uma camada lubrificante(back coating) no verso, o que pro-tege o cabeçote impressor, e sãocompatíveis com as principais mar-cas de impressoras do mercado,como Zebra, Willett, Datamax,Sato e Eltron, entre outras. A He-lios Carbex coloca à disposição docomprador uma equipe especiali-zada em orientação técnica.(11) 7298-2044www.helios-carbex.com.br

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Crise afeta congelados...Os efeitos da crise energéticaestão tirando o sono de diversasempresas. A Big Foods, indústriade alimentos congelados comsede em Tatuí (SP) é uma delas.De um ano para cá, sua produ-ção dobrou, mas o consumo deenergia aumentou em 50%. Aempresa pretende cancelar oslançamentos previstos paraeste ano.

...bebidas...Paralisar a produção de cervejaaos sábados, na fábrica de Quei-mados (RJ), foi a decisão da Kai-ser para reduzir o consumo deenergia em cerca de 100 MW.Serão mantidas somente as ati-vidades essenciais para a pro-dução contínua, como o proces-so de fermentação.

...laticínios...Os laticínios Itambé e a Italacdizem não ter como economizar15% sem cortar a compra do lei-te. Produtores de fazendas ecooperativas dizem ser difícilalcançar a meta de 10%, e que oracionamento prejudicará a im-plantação do Programa Nacionalde Qualidade do Leite.

...e varejistasTambém em função do raciona-mento, o setor varejista reviu aprevisão de crescimento paraeste ano, de 4% a 5% para 3% a4%. Quem informa é o presiden-te da Abras – Associação Brasi-leira de Supermercados, JoséHumberto Pires de Araújo.

Sonho de MagaliMelancia sem semente? Asredes Pão de Açúcar e Extra, emSão Paulo, já a vende. Não setrata de um transgênico: surgiuatravés de sucessivas melhorasem cruzamentos.

Duras de apagar,simples de rastrear

Para atender à necessidade daindústria em identificar seusprodutos através de dados va-riáveis, como número de série,modelo, data de fabricação ecódigo de barras, a Novelprintestá lançando as etiquetas Du-raprint. Elas resistem a produ-tos químicos, a temperaturaselevadas e à abrasão, e podemser impressas por meio de im-pressoras matriciais ou de ter-motransferência. A fabricante demóveis para escritório Alberflex,com mais de 40 lojas espalha-das pelo Brasil, vem utilizandoa solução para imprimir seuselo de garantia, no qual cons-tam “os dados sobre modelo,fabricação e a validade do pro-duto”, conta Marcos AntonioNascimento, do departamentode compras da empresa. As etiquetas Duraprint são for-necidas em rolos ou em formu-lários contínuos.

(11) 3768-4111www.novelprint.com.br

Hospital também investe em marcaEmpresas de saúde também estão apos-tando alto na construção de uma marcaforte. É o caso do hospital paulistanoNove de Julho, que recorreu à agênciaK.O. Design para renovar sua identida-de visual, buscando um posicionamentomoderno. No novo logotipo, foi manti-da a tonalidade verde do anterior, eduas linhas, inspiradas em movimentosde pincel, representam a linha da vida,na palma da mão, e suporte, cuidado eapoio, o compromisso da empresa. A nova imagem irá ilustrar a papelaria,os uniformes e a programação visualdo hospital.(11) 578-3134 (K.O. Design)

BAHIA DESIGNDIVULGA VENCEDORESO Discopasso, proposta que une mar-

ca de loja de CDs e de sua embalagem

para presente, foi o projeto vencedor

na categoria Design de Embalagem do

2º Concurso Bahia Design Para Estu-

dantes, instituído pela FIEB – Federa-

ção das Indústrias do Estado da Ba-

hia. Idealizada por Lívia Maria Cardoso

Garrido e Elton Carlos Ribeiro de Al-

meida, estudantes da UFBA, a embala-

gem que dá suporte à marca pode ter

base em cartão ou papel kraft, e apre-

senta um novo método de abertura,

através de linhas sinuosas que se

entrelaçam.

(71) 343-1219 / [email protected]

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A secção Almanaque, attenta aosfáctos que attingem dirécta-mente a producção, cumpreaqui o ineluctável dever de di-rigir seo fóco para o assumptoque é thema obrigatório de reu-niões nas empresas e de protes-tos nos logradouros públicos: aquestão da energia eléctrica.A hypóthese de que esse bemessencial ao progresso venha afaltar se inclue hoje como objec-

to de anályse e condemnaçãoao governo nos saraus, nas

tertúlias nos lares e aténos românticos jantaresá luz de velas ou lam-

peões á keroséne.Não desesperemos! Pode

faltar electricidade, mas o

Almanaque

país está repleto de productosque hão de suprir a contento asnecessidades de luz nas casas enas ruas e de energia na indús-tria e no commércio. Se as lâm-

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FRENTES DE TRABALHOPrevidente e empenhadoem garantir emprego á la-boriosa população brasi-leira, o governo estimula-

rá a reactivação da illuminação pública á gáz.

Fala-se que ainda no século XX, no qual mal acabamos deentrar, um só conjunto de máchinas intelligentes, interliga-das, fará o trabalho hoje executádo por inúmeros escreven-tes, copistas e impressores. Chamam a isso “cérebro elec-trónico”, ou “computador”. As folhas seriam impressascom perfeicção numa das unidades do conjunto. Humm… Ora, tal maravilha já existe, com o nome mais apropriadode “MÁCHINA DE ESCREVER”! Tem a vantagem de nãoconsumir energia, a não ser a humana, e de dispensar oacoplamento de outro aparelho para imprimir o que sequer. Nella, a impressora já vem embutida.

Alvíssaras à modernidade!

Aviso importantePor razões óbvias, estão adiadas sine die as importações do recém-inventado fogão eléctrico, da General Electric, que o lançou em1910 nos Estados Unidos e logo chegou ao Brasil.

• Outra ficção anunciada como possível é a de uma máchina eléctrica capaz de fazer à vontadecópias de documentos, num sistema a seco, ou xerográphico, para utilizar a expressão adequada,que vem do grego. Também isso já existe: chama-se “PAPEL CARBONO”.

CULTIVAE OS PRAZERES MUSICAES!!

Dos estoques de 1914, encontram-se nas boas ca-sas do ramo discos de acetato, maestrophones e

gramophones à corda. Convém reservál-os.

padas eléctricas se tornaremobsoletas por falta de energia,unamo-nos para tirar do negru-me a inspiração para voar alto.Não se metamorphorseam aschrysalidas em multicoloridasborboletas? Mais vale acenderuma vela do que maldizer a es-curidão! De resto, faz-se mistérpoupar. A producção e o lazerpodem ser supridos por fontesde energia alternativas e poraparelhos de technologia me-nos sophisticada, porém efficáz.Os obstáculos, cumpre superál-os. Cumprindo a sua parte, Al-manaque, mais em syntonía doque nunca com os tempos atu-aes, mostra aqui algumas ofer-tas e possibilidades.

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