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Revista MBA Agosto 2015 Edição 013

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A revista dos brasileiros na Nova Zelândia

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Cristiane Diogo

MBA Maio– Edição 10

Nº4/2015

WWW.REVISTAMBA.CO.NZ

Editorial

A Revista MBA é uma publicação independente com a finalidade de informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e dilvulgar produtos e serviçoes que sejam do interesse dessa comunidade. A versão online desta publicação é gratuita. É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteúdo, matérias, anúncios ou elementos visuais, bem como do projeto gráfico apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.

Editorial Agosto 2015

Esse mês a revista está deliciosa. Muito gostosa mesmo! Na matéria de capa, Comida e Memória, falamos sobre o quanto a comida nos remete à boas recordações. Basta um cheiro naquele prato de feijoada ou a primeira mordida no pão de queijo para sermos levados diretamente ao Brasil. Aqui na Nova Zelândia nós temos muita sorte de podermos encontrar facilmente comi-da brasileira pronta ou congelada e de termos tantas das nossas atividades sociais e familiares regadas a gosto de Brasil. Nossa colunista Camila Nassif aproveitou o bonde e escreveu sobre os

o que fazer sem o pãozinho francês de cada dia?

A agente imobiliária Rita Oliver escreveu sobre a situação do mercado imobiliário neozelandês e dá dicas sobre como subir o primeiro degrau da property ladder e a contadora Luiza Veras fala

às famílias.

No quesito viagem, a sortuda Mary Rocha tirou folga do in-verno neozelandês e foi conhecer a linda Vanuatu, vai dar vontade de pegar o próximo avião! E Luiz dos Santos, professor da Massey University em Wellington escreveu um material super completo sobre as possibilidades de ser professor na Nova Zelândia.

Na excelente matéria sobre relacionamentos entre parceiros -

turais e sociais na hora de manter uma relação afetiva com um parceiro neozelandês. Vale a pena ler!

Bom apetite!

ED

ITO

RIA

L

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EDIÇÃOCristiane Diogo

DIAGRAMAÇÃO Tereza Manzi

COLUNASCamila Nassif

Luiza Veras

FOTOGRAFIARafael Bonatto

DESIGN CAPAMonique Derbyshire

FOTOGRAFIA CAPARafael Bonatto

COLABORADORES JUNHO 2015Luiz dos Santos, Mary Rocha, Professor

Perere, Luciana Hoffmann, Rita Oliver

AGRADECIMENTO JUNHO 2015Jerônimo Prompt de Oliveira, Ana Paula de

Jesus, Marcelo Menoita, Lisi Kampgen, Nanci Rodrigues, Aloísio Sousa, Alana Hawes,

Marilize Monti, Rodrigo Monti, Zina Braga, Maysa Fernandes, Janaína Mendes, Fábio

Guedes, Raphaella Jório, Leonardo dos Santos, Cibele Rodrigues, Júlia Andrade,

Cristine Evans, Adriano Melo, Susan Bartneck.

A Revista MBA é uma publicação

informar a comunidade brasileira da Nova Zelândia e divulgar produtos e serviços que sejam do interesse dessa comunidade.

A versão online desta publicação é gratuita.

É proibida qualquer reprodução impressa ou digital, cópia do conteú-do, matérias, anúncios ou elementos

apresentados na Revista MBA com base na LEI DE DIREITOS AUTORAIS Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998, com respaldo internacional.

www.revistamba.co.nz

PARA [email protected]

AGOSTO - EDIÇÃO 13N° 7/2015

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32COMER PARA LEMBRAR!A PRESERVAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA NA NOVA ZELÂNDIA ATRAVÉS DA COMIDA

SUMÁRIO

QUERENDO COMPRAR SUA PRIMEIRA CASA NA NOVA ZELÂNDIA?

24

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ORGANIZAÇÃO APOIO

DICAS DE CONTABILIDADE: O QUE É WORKING FOR FAMILIES TAX CREDIT (WFFTC)?

EXERCÍCIO, ESPORTE, DESEMPENHO E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL:OS DESAFIOS ALIMENTARES QUANDO DEIXAMOS O BRASIL PARA A NOVA ZELÂNDIA

VOCÊ JÁ PENSOU EM SER PROFESSOR NA NOVA ZELÂNDIA?

VIVENDO NA NOVA ZELÂNDIA: A RELAÇÃO ENTRE BRASILEIROS(AS) COM PARCEIRAS(OS) KIWIS

CAMARADAGEMUNGU CAPOEIRA

VANUATU0814

3830

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Page 7: Revista MBA Agosto 2015 Edição 013

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agosto 2015

VANUATUVANUATUPor Mary Rocha

Se existe um lugar no mundo que parece ter encontrado a fórmula da felicidade, esse lugar é Vanuatu. Quando recebi o primeiro sorri-so de um local, senti que foi tão genuíno, tão natural, que confesso que quase chorei. O meu corpo quase se estremeceu de tanta ale-gria. Senti-me em casa, acolhida. Me senti feliz.

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bafo quente. Yeah! Era isso que estavá-vamos buscando! A missão da viagem estava 50% completa aqui, calor, sol e óculos escuro. Pegamos um taxi local em direção ao resort reservado e no-tamos que não havia faróis, o pequeno trânsito era um pouco caótico, haviam peruas para todo lugar como forma de transporte público, porém não consegui-mos visualizar muita destruição confor-me os noticiários. E o sorriso dos locais estava ali, estampados. Foi a primeira coisa que me despertou. Me senti exta-siada com aquele ambiente e fechei os meus olhos, contemplando aquela coisa gostosa no ar!

Localizado na Oceania, na região de-nominada Melanésia, o território de Va-nuatu é formado por 83 ilhas que ocu-pam o arquipélago das Novas Hébridas. O país não possui fronteiras terrestres, e as nações mais próximas são as Ilhas Salomão e Fiji. Da Nova Zelândia, a via-gem durou pouco mais de 3 horas, com vôo direto de Auckland para Port Vila.

O resort que reservamos era digno de cartão postal, praticamente uma vila dentro de Port Vila, com o seu próprio campo de golf, praia particular para fazer caiaque e iatismo e todas as facilidades que um bom resort oferece. Curtimos esta atmosfera no primeiro dia, mas che-gamos a conclusão, que se fosse para mergulhar na cultura local e mostrar a

-ríamos que nos estender além do Resort. Alugamos um buggy e lá fomos explorar a ilha, que totalizava 130km de diamêtro.

oucos meses atrás não fazia muita ideia so-bre o país. Tinha visto algumas imagens de glance, sabia que era

quente e úmido, fazia parte das diver-sas ilhas próximas à Nova Zelândia e que possuía um vulcão. Era só! Estava

anos e estávamos procurando um lugar quente para fugir um pouquinho, ainda que fosse por uma semana, do intenso frio da Nova Zelândia no inverno. A ideia era colocar os pés para cima, debaixo de um coqueiro, sentindo a brisa quente lhe abraçando como se fosse um gigante cobertor. Foi daí que nesta minha busca, descobri que a Air New Zealand estava com promoções para Vanuatu e de to-das as ilhas que pesquisei, esta seria a mais barata para a família. Comprei as passagens sem hesitação.

Meses depois, ouvimos que o país ti-nha sido atingido pelo Ciclone Pam, um dos ciclones mais fortes da história e que a devastação tinha coberto quase 90% da Ilha de Vanuatu. Entrei em pâni-co porque sabia que as passagens não seriam ressarcíveis e quase desistimos da viagem.

-mente o sensacionalismo da mídia pode atrapalhar qualquer plano de viagem. Ao chegar no pequeno aeroporto de Port

“Land Eternal” (eterna terra) com uma

pessoas, fomos brindados com aquele

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10 agosto 2015

Fui percebendo que Vanuatu era mui-to mais do que um local para relaxar de-baixo de coqueiros. O país é abençoado por praias virgens, cachoeiras e rios cris-talinos conhecidos como “Blue Roles”. Aqui você tem um dos melhores picos para mergulhar e fazer snorkeling no seu mar profundamente azul e límpido. Para quem é fã do programa americano Survi-

vor, perceberá que uma de suas edições

Esta viagem de buggy nos propor-cionou a oportunidade de visitar vilas e interagir um pouco mais com os locais que falam diversos dialetos. Na verda-de, apesar de Vanuatu possuir 113 diale-tos distintos, a maioria dos quais ainda falados em alguma ilha, o processo de

francês, inglês e bislamá que é falado pela maioria. Percebemos também que

na cidade, muitos estabelecimentos co-merciais tinham os australianos como proprietários e numa destas conver-sas, nos sugeriram a conferir o vulcão em Tanna, sobre o qual tinha lido algo a respeito no início das minhas pesquisas sobre o país.

Foi a melhor sugestão que poderia ter tido. Para chegar em Tanna, você preci-sa pegar um aviãozinho teco-teco com no máximo 10 passageiros e a viagem dura cerca de 1 hora. Um pouco antes de desembarcar, você já tem uma ideia do vulcão e consegue ver de longe a lava borbulhando. Chegamos no local, deixa-mos nossas malas no pequeno lodge e seguimos numa pick-up pela estrada de terra. Depois de quase 2 horas sendo sacudidos para cá e para lá, chegamos no pé do vulcão e ao descer do carro, já se ouvia o trambor enfurecedor da lava. Tinha visto alguns documentários de

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pesquisadores que chegavam bem pró-ximo as atividades vulcânicas, mas me

era surreal. Você segue numa pequena trilha até o topo e o barulho ensurdece-dor que quase te paralisa. Todavia, ao

e cantarolando sem se importar muito com o estrondo, resolvi segui-la.

Admirar a força da lava borbulhan-do e pipocando após o entardecer com suas cores laranja e vermelho, acom-panhado pelo barulho retumbante mostrando o poder da natureza calou a boca do grupo de australianos que nos acompanhava. Foi certamente uma das experiências mais fabulosas que tive na

minha memória para sempre. É ótimo quando não criamos expec-

tativas. Quando comprei o nosso ticket para Vanuatu, não esperei que fosse me

apaixonar por esta pequena ilha com pessoas que invadem a sua alma com o seu belo e mágico sorriso e que me fez relembrar que a felicidade não está baseada em quanto dinheiro ou sucesso você tem, mas em admirar as pequenas magias (ainda que seja num simples sorriso) que acontecem ao seu redor todos os dias, mas estamos muito ocu-

-nitivamente conquistou o meu coração!

Mary Rocha é paulistana

e já viajou o mundo. Num

intercâmbio na África do

Sul conheceu Marlon, alemão

e os dois vieram para Nova Zelândia em

2006 para fazer mochilão. Aqui casaram, se

estabeleceram e em 2007 ela criou a NZEGA

Education and Travel, agência de intercâm-

bio e turismo que foi pioneira no país.

Page 12: Revista MBA Agosto 2015 Edição 013

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14 agosto 2015

Por Luíz dos Santos

é fácil. Condições distantes do ideal como contrato precário, ter-ceirização ou baixa remuneração são os principais proble-mas enfrentados por docentes no Brasil. Embora o salário

ao longo dos últimos anos, suas remuneração ainda está longe do ideal e ainda distantes de países como Canadá, Austrália ou Nova Zelândia. Segundo uma recente pesqui-

professores brasileiros trabalham longas horas ou fazem duplas jornadas de trabalho para manter o orçamento. Em-bora a pesquisa concluiu que 80% dos professores entre-vistados estão dessatisfeitos com a Educação pública no Brasil, muitos acreditam que a educação pode melhorar.

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Mas o que mantém esses profes-sores na Educação?

Para Lesith B. (brasileira e professora de inglês e português na Nova Zelândia) é o compromisso social e transformati-

“educação

é um dos principais fatores que contri-

bui para o desenvolvimento de melhores

cidadãos”. Porém, Lesi teve várias expe-riências ruins quando era professora na rede pública brasileira.

“Eu adoro ser professora, mas era

-

tuações insustentáveis no Brasil. O sa-

lário, as condições de trabalho e muitas

vezes o comportamento dos alunos

eventualmente me forcaram a deixar a

rede pública para tentar outras opções

de trabalho na área da educação”.

Ser professor na Nova Zelândia

Professores secundários na Nova Zelândia possuem cargas trabalhis-tas bastante similares com a do Bra-sil. Embora aulas geralmente come-cem as 9 da manhã e terminem as 3

escola (em determinados dias) até as 5 da tarde para realizarem desen-

de reuniões ou outras atividades rela-cionadas ao meio docente. O salário

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16 agosto 2015

entretanto, é muito mais atrativo do que o brasileiro. Na é um dos países que

melhor paga seus professores.

localização da escola, professores secundários podem ga-nhar em média

como abono salarias destinados à cursos de atualizações e

Quanto ao foco de ensino, as diferenças são muitas como o tempo de permanência na escola (já menciona-do) e a grade curricular. Muitas matérias como ensino de computação, tecnologia de alimentos, matérias artísticas como teatro, artes visuais e música não fazem parte do currículo escolar brasileiro. Outra diferença marcante é como a educação neozelandesa prioriza atividades que são mais autênticas e incentivam a vivência contínua do aprendizado. Ao contrário do Brasil onde a preocupa-ção em cumprir o currículo escolar que visa preparar os alunos para o vestibular, a educação na Nova Zelândia é mais voltada a prática do que teoria. Outro exemplo é a constante iniciativa do governo em promover a integração cultural nas escolas neozelandesas. Professores são en-

Zelândia) na sala de aula como forma de estabelecer uma constante integração entre educação e o passado históri-co do país.

“Dar aula na Nova Zelândia tem sido uma experiência bastante dife-rente da do Brasil. Diferente mas positiva!! Alunos são muitos mais atenciosos e dedicados se comparado aos que eu tinha no Brasil. Entre-tanto, o currículo difere bastante do brasileiro. Tive que adquirir uma série de conhecimentos da geografia neozelandesa e fatos históricos do país. Além do mais, foi preciso se acostumar com os métodos de avaliação que o ministério de educação impõe”.

Carla M. profes-sora secundária

Nova Zelândia

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17

Como posso ser professor na Nova Zelândia?

e deseja ingressar na vida docente você já está bem próximo de ser professor. A Revista MBA vai te dar dicas de como ser um docente na Nova Zelândia.

Primeiro é preciso decidir em qual setor educacional você pensa em ingressar (terciário, secundário ou primário). Professores primários são os mais requisitados, seguidos de professores secundários de matemática, química e edu-cação física. Professores que pensam em morar longe dos grandes centros tem ainda mais chances de conseguirem uma vaga de trabalho.

PROSPECTO SALÁRIO DE ACORDO COM A PROFISSÃO

Salário Inicial anual Salário anual Máximo*

Professores Acadêmicos NZ$50,000 NZ$110,000

Professores Secundários

Professores Primário

-lário progride ao longo dos anos e está diretamente relacio-

de especialização, pós-graduação, congressos que partici-pou etc..)

Professores Acadêmicos:

Para professores universitários não é preciso passar por um curso de professor. Tudo o que você precisa é Mestrado ou Doutorado, histórico de pesquisa acadêmica e experiência pro-

-da e validada pelo ministério da educação neozelandês -NZQA (a Revista MBA de abril 2015 publicou uma matéria sobre como revalidar sey diploma brasileiro na NZ). Em alguns casos onde

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18 agosto 2015

ser professor acadêmico no país tem intuito temporário, (como em intercâm-bios) validar sua formação acadêmica não será necessária. A faculdade que você pretende trabalhar ou o Ministério de Educação neozelandês (quando vali-dar seu diploma) poderão exigir um teste de inglês (IELTS) mas isso varia de pro-

único teste de inglês é valido para am--

nal, muitas universidades pagarão pelo seu visto e resolverão toda a burocracia relacionada a sua permanência no pais.

O primeiro passo é preparar seu cur-rículo e iniciar uma pesquisa online so-bre vagas nas maiores universidades e escolas técnicas do pais. Aqui estão

MASSEY UNIVERSITYwww.massey-careers.massey.ac.nz/Default.aspx

VICTORIA UNIVERSITY www.victoria.ac.nz/about/careers/current-vacancies

OPEN POLYTECHNICwww.careers.openpolytechnic.ac.nz/home

OTAGO UNIVERSITY www.otago.taleo.net/careersection

Checklist

Validar seu diplomaFazer o IETLS (se necessário)Procurar por uma vaga de emprego

Professores de nível Primário e Secundário:

A nova Zelândia tem um processo bastante diferente para se tornar pro-

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19

fessor se comparado ao Brasil. Geral-mente qualquer pessoa que possui um curso superior onde pelo menos 2 matérias do curso foram diretas ou indiretamente relacionadas com a grade curricular escolar neozelan-desa podem ingressar no curso de professor. Como o número da grade curricular é bastante ampla na Nova Zelândia, isso é bastante comum. Por exemplo, se você é formado em engenharia, você poderá dar aula de matemática, química ou tecnologia de materiais. Se você possui forma-ção em línguas você poderá dar aula de espanhol, francês ou alemão etc. É importante salientar que seu curso acadêmico não precisa ser de licen-ciatura. Tendo um bacharelado já é

-tudaram e são residentes na Nova Zelândia validar sua formação aca-

dêmica e teste de inglês não serão necessários. Para brasileiros que se formaram no Brasil o processo de va-lidação acadêmica e teste de inglês (IELTS) são mandatórios.

O segundo passo é ingressar num curso de formação de professor (se-cundário ou primário). Com duração de um ano, esse curso pode ser feito em qualquer faculdade credenciada ou online.

O último passo é se registrar no “NZ TEACHERS’ COUNCIL” (o equiva-lente ao MEC para registo e creden-

uma taxa e enviar seu atestado de an-tecedentes criminais bem como seu diploma de professor você ganhará o registro e uma licença temporária

você precisa demonstrar que terár al-guns pré-requisitos antes de ganhar

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20 agosto 2015

-cimento e familiaridade com o currí-culo neozelandês, provar que ingres-sou em práticas de desenvolvimento

você pode continuar a dar aula não somente na Nova Zelândia mas tam-bém Austrália (licença de professor é válida para ambos países).

Checklist

BRASILEIROS FORMADOS NO BRASIL Validar seu diplomaFazer teste de inglês (IELTS)Ingressar num curso de professor

Procurar por uma vaga de emprego

BRASILEIROS COM CURSO SUPEIOR NA NOVA ZELÂNDIANão é necessário validar diplomaIELTS não necessário se residente no PaísIngressar num curso de professor

Procurar por uma vaga de emprego

Professores com qualificação docente obtida no Brasil:

Existem vantagens no processo de qualificação docente na Nova Zelân-dia para professores que já exerciam a profissão no Brasil. Os requerimen-tos são menores mas a autorização

para da aula na Aotearoa pode demo-rar devido a burocracia do processo. O primeiro passo é enviar uma série de documentos para NZQA (www.nzqa.govt.nz/) para validar sua qualificação. Atestado de antece-dentes criminais , currículo, diplo-ma, comprovantes de que você era professor no Brasil (contra cheques, comprovantes bancários de depósito de salário) e se possível uma carta de recomendação dos colégios que você trabalhou são alguns dos docu-mentos exigidos pelo ministério de educação neozelandês. Vale salien-tar que todos os documentos devem ser devidamente traduzidos por um tradutor juramentado.

Após a avaliação dos documentos o ministério da educação irá enviar um pedido de autorização para você se tornar professor junto ao NZ Tea-

chers Council (órgão que disponibiliza registros para professores na Nova Zelândia). Para conseguir o registro

é a nota mínima). Quando à burocracia for resolvida você está autorizado a dar aula no país.

Independente do caminho seguido para conseguir o registro de docente no país você vai precisar achar uma oferta de trabalho. Esses sites são os mais usados por professores que pro-curam emprego na Nova Zelândia

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21

TRADEME JOBS www.trademe.co.nz/jobsSEEK JOBS www.seek.co.nzEDUCATION GAZETTEwww.edgazette.govt.nzEDUCATION PERSONNEL

Universidades que oferecem curso de professor (secundário e primário):

Massey University (Graduate Diploma Of Teaching)Victoria University (Graduate Diploma Of Teaching)Otago University (Graduate Diploma in Teaching)

Luiz dos Santos é brasileiro de Florianópolis e mora na Nova Zelândia

“Universidades neozelandesas te proporcionam muito mais autonomia se comparada as brasileiras que trabalhei. A grade curricular é bastante flexível, o que facilita a eficácia de como o conteúdo é transmitido aos alunos. Nos 5 anos como professor universitário na Nova Zelândia per-cebi que os alunos são mais dedicados também. Acho que o fato de que as universidades aqui não são gratuitas fazem com que os alunos tenham a percepção de que se não se dedicarem, estão jogando dinheiro fora.

Luiz S. Professor universitário na Nova Zelândia

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22 agosto 2015

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23

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24 agosto 2015

ligação entre comida e memória é estreita, íntima. Quem não guarda boas lembranças daquela festa de Natal regada à uma mesa farta e bate-papo interminável? As panelas no fogo exalando aquele aroma

familiar é um convite à recordação. A famosa feijoada cozida pela

Maria fazia nas festas de aniversário.Ser brasileiro é ter uma relação de amor com comida.

Muitas das nossas atividades sociais se dá ao redor de uma mesa e muitas memórias nascem desses sabores.

Aí a gente se muda para a Nova Zelândia e tem que aprender a se virar com um novo paladar. A comida é preparada de forma diferente, feijão vem em latinhas muitas vezes com um molho adocicado de tomate que é comple-tamente incompreensível para qualquer brasileiro, abacate não é fruta, mas vem dentro do sushi ou espalhado em cima do pão com sal a gosto, mamãe

se virar. A rotina muda, a gente se adapta, mas quer ver um brasileiro pu-lar de alegria? É só dizer que vai ter uma feijoada, moqueca ou salgadinhos no final de semana na casa de alguém ou algum evento onde a comida brasileira é a única, e mais do que suficiente, razão, para nos encontrarmos. Sorte nossa que a Nova Zelândia tem uma comunidade forte de cozinheiros brasileiros dedicada a manter os nossos paladares e memórias sempre frescas. Gente que botou a mão na massa, literalmente, para que a gente pudesse ter o prazer de comer uma coxinha ou pão de queijo feitos na hora ou um churrasco do jeitinho que a gente gosta. Quer matar a saudade?

COMER PARA LEMBRAR!

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AucklandDurello

A Durello é do Marcelo Menoita e Barba-ra Scholten (uma holandesa com coração bem brasileiro) usando as deliciosas re-ceitas da mãe do Marcelo. Eles produzem pão de queijo e coxinhas voltados para mercado varejista e hoje vendem seus produtos em dezenas de cidades na Nova Zelândia através de supermercados como New World e delicatessens como a Farro Fresh. A Durello tem participado de diver-sos food shows e eventos locais e seus

em diversas competições nacionais.

www.durello.co.nz

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021 917 771

Jujuba Finger Food

Lisi Kampgen e Nanci Rodrigues são duas amigas que assumiram a ideia de fazer salgados como opção para trabalhar de casa depois que Lisi teve sua primeira

-menagem à pequena Julia). Elas se espe-cializaram nos salgados brasileiros mais populares, da coxinha ao rissole, do kibe à empadinha. Já tiveram uma barraca per-manente num mercado em Onehunga, ao sul de Auckland, mas decidiram se focar com encomendas para eventos.

Facebook: Jujuba Finger Foods

021 126 6424

021 024 77036

Aloisio Brazilian BBQ Catering

Aloísio Sousa era chef especializa-do em comida italiana quando, durante um evento, viu um lugar perfeito para um verdadeiro churrasco brasileiro e sentiu muita saudade da comida brasileira, Alo-ísio é apaixonado pela nossa comida. A coisa lógica a se fazer era transformar a paixão em negócio. Hoje, Aloísio e sua equipe (também com outros brasileiros e sua esposa kiwi, Alana, que faz a parte de administração do negócio) participam dos mais variados tipos de evento e organizam desde street food à comida gourmet e jan-tares mais formais.

www.bbqcatering.co.nz

The Original Brazilian Taste

Marilize e Rodrigo Monti estão no mer-

começou com uma encomenda para ami-gos e o resto é história. Hoje The Original Brazilian Taste tem uma variedade enorme de salgados feitos com muita qualidade e cuidado. Eles aceitam encomendas, entre-gam em domicílio e tem participado de di-versos eventos ao redor da cidade.

021 112 6683

Zina Brazilian Savouries

Zina Braga já fazia salgados no Brasil e quando chegou na Nova Zelândia resol-veu continuar com sua paixão. Sua feijo-ada é famosa e Zina organiza almoços

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26 agosto 2015

brasileiros frequentes onde convida toda a comunidade que pode se deliciar com sua comida no local ou levar para casa para co-mer mais tarde. Zina aceita encomendas.

Braziland Catering

Janaína Mendes, a chef e proprietária da Braziland começou a cozinhar bem cedo na vida e sempre teve um amor muito grande por comida. Trabalhou como cozinheira no Brasil, fez salgados por encomenda e quan-do chegou na Nova Zelândia assumiu que sua paixão era comida e que iria viver disso. Aqui, na terra dos Kiwis, ela participou de um programa de televisão muito famoso, Master-chef New Zealand e de cara já mostrou a pai-xão e alegria brasileiras. Hoje a empresa acei-ta encomendas de bolos, doces, salgados e outros pratos típicos brasileiros em geral.

021 02212281

Restaurante Wildfire

A única churrascaria brasileira em Au-ckland existe desde 1999 e seu menu está melhor do que nunca. O churrasco brasileiro agrada tanto ao gosto brasileiro quanto o ne-ozelandês e eles estão abertos diariamente no coração da cidade oferecendo rodízio de carnes e opções a la carte.

Centre Court Cafe

Patricia Dalcuque e Roberta Mariz são duas melhores amigas que, além do negócio,

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27

repartem a paixão por comida. Seu Cafe não é exclusivamente brasileiro (ainda

-nheiro italiano de Patrícia e também dono do negócio), mas o toque tupiniquim está presente todos os dias. Além de aceita-rem encomendas e organizarem almoços e jantares, elas fazem questão de ter algo brasileiro todos os dias no menu, seja um empadão de frango, um bolo de milho, bis-coitos de tapioca ou um hambúrguer com tempero bem brasileiro.

www.centrecourtcafe.co.nz

ChristchuchBrazuca’s Food Christchurch

Quando Léo e Raphaella chegaram em Christchurch eles sentiram muita falta da

-quisa de mercado e resolveram investir na ideia, montaram uma Food Caravan e têm participado de eventos e mercados ao re-dor da cidade (eles estão todos os domin-gos no maior mercado de CHCH, o Sun-day Market Riccarton). Eles fazem todos os salgados brasileiros mais populares e também o famoso feijão tropeiro.

Léo e Raphaella, recentemente, abriram um café dentro do Campus da Ntec de Christchurch, o Dolce Chocolate Café.

027 7017939

Mina’s Taste

Cibele e Júlia já tinham experiência com comida no Brasil, Cibele já fazia salgados

e Júlia já tinha tido restaurante. A ideia surgiu num encontro entre amigas, Cibele levou sua coxinha que fez muito sucesso e as encomendas entre amigos começaram

-zar o negócio. Hoje aceitam encomendas de salgados frescos e congelados e dizem que o carro chefe continua sendo a famo-sa coxinha.

Facebook: Minastaste

celular: 0278707371

BleheimGramado's Restaurant and Bar

Inspirado pela cidadezinha de Grama-do, no sul do Brasil, Gramado's Restauran-te and Bar traz no seu menu inspirações brasileiras e italianas. A nossa famosa feijoada, um delicioso assado ou até mes-mo o escondidinho são encontrados por lá diariamente.

www.gramadosrestaurant.com

Quer começar um negócio com comida na Nova Zelândia?

A vigilância sanitária na Nova Ze-lândia é muito rigorosa e exige que seu negócio seja registrado junto à prefeitura local e tenha uma licença que será avaliada e renovada regu-

larmente e que os requerimentos de segurança com comida e higiene

estejam de acordo com a legislação.

www.foodsmart.govt.nz

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28 agosto 2015

1.BÁRBARA E MARCELO RECEBENDO PRÊMIO DO NZ FOOD AWARDS 2.NANCI E LISI DA JUJUBA FIN-GER FOOD 3.PATRICIA E ROBERTA NO SEU CAFÉ 4.MARCELO E BARBARA COM CHEF RAY MCVINNIE NO FOOD SHOW 5.JANAÍNA MENDES NO MASTERCHEF NZ 6.JÚLIA E CIBELE DA MINAS TASTE

1 2

65

43

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297.BARRACA BRAZUCA'S BRAZILIAN FOOD 8.ZINA BRAGA E SUAS FAMOSAS COXINHAS DOURADAS 9.BARRACA DO ORIGINAL BRAZILIAN TASTE 10.RODRIGO E LISE DA ORIGINAL BRAZILIAN TASTE 11.ALOÍSIO E SUA BARRACA DE CHURRASCO EM EVENTO 12.CHEF RAPHAELLA E SEU CAFÉ EM CHCH

7 8

11 12

109

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dicas decontabilidade

com Luiza Veras

O  QUE  É  WORKING  FOR  FAMILIES  TAX  CREDIT  (WFFTC)?

São pagamentos designados para ajudar e facilitar você a trabalhar e cuidar da sua família. Os pagamentos são para fa-mílias que tem crianças menores de 18 anos de idade.

1. Family Tax Credit2. In work Tax Credit3. Minimum Family Tax Credit

Parental Tax Credit

QUEM  PODE  RECEBER  O  WFFTC?

A pessoa responsável pelos cuidados do dia a dia da crian-ça. (Tenha a custódia)

Ter visto de residente neozelandês

Menor do que 18 anos

Ter visto de residente neozelandês

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31

1. FAMILY TAX CREDIT

Pagamentos para ajudar as famílias

criança, varia de acordo com suas condi-

2. IN-WORK-TAX CREDIT

Pagamentos para ajudar famílias que trabalham mais de 30 horas sema-nais (os dois pais) ou 20 horas sema-nais (somente um dos pais). Pessoas no benefício (salario família) e pessoas vivendo o student allowance (mesada de estudante dada pelo governo) não podem receber o In-Work- Tax Credit.

3. MINIMUM FAMILY TAX CREDIT

É um pagamento que top up (acres-centa ao) seu salário família em um mínimo depois do imposto a cada se-mana. O casal deve estar trabalhando pelo menos 30 horas semanais ou um dos pais deve esta trabalhando 20 ho-ras semanais.

4. PARENTAL TAX CREDIT

Esse pagamento ajuda com os custos da chegada de um bebê pelas primeiras 10 semanas de vida. O va-

família. Mas se você recebe Parental

leave você não poderá receber Paren-

tal Tax Credit. Você terá que escolher entre os dois benefícios.

CASAIS SEPARADOS COM

A CUSTÓDIA DA CRIANÇA

DIVIDIDA AINDA RECEBERÃO

OS PAGAMENTOS PROPOR-

CIONALMENTE AO NUMERO

DE DIAS DE CUSTÓDIA. É

PRECISO UM MÍNIMO DE 5

DIAS A CADA QUINZENA OU

122 DURANTE O ANO PARA

SE SOLICITAR O BENEFÍCIO

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32 agosto 2015

QUERENDO COMPRAR

SUA PRIMEIRA CASA NA

NOVA ZELÂNDIA?Por Rita Oliver

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33

á percebeu que um dos assuntos princi-pais na Nova Zelândia é o mercado imo-biliário? Por que esse assunto aparece nas manchetes nacionais com tanta frequência? O que provoca nas pessoas tanto interesse em saber o que aconte-ce com o mercado imobiliário?

Os preços em Auckland sobem disparadamente. O so--

pradores participam de vários leilões e disputam uma casa com muitas outras pessoas. Alguns especuladores dizem que os preços vão ter que ser reajustados, outros acreditam que os preços vão continuar a subir… o que fazer e como começar o tal property ladder?

O último boom no mercado imobiliário aconteceu en-property

bubble em 2008.

J

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Page 35: Revista MBA Agosto 2015 Edição 013

35

em 2008, a Nova Zelândia sofreu eco-nomicamente, junto com outros países desenvolvidos. Os juros para emprésti-mos chegaram acima de 9% e os preços de imóveis caíram numa média de 10%; juros considerados modestos em com-paração aos Estados Unidos e alguns países europeus que tiveram uma que-

começaram a subir novamente e os ju-ros aos poucos baixando, melhorando a

A demanda por imóveis, especial-mente em Auckland, aumentou com muita rapidez. Devido ao crescimento da população, o aumento de imigrantes e a queda de construção de casas ajudou a colocar pressão no aumento dos preços das casas. Além dos juros atingirem o recorde de baixa! Ótimo para os investi-dores com o poder aquisitivo maior.

De acordo com a Statistics NZ, imi-grantes na região de Auckland tiveram um aumento total de 22.500 pessoas

-

Plenty 1.100.0 ritmo de crescimento da população

não foi acompanhado da mesma manei-ra pelo aumento de novas casas cons-truídas em Auckland. Devido o aumento de custo para construir e escassez de terrenos disponíveis em Auckland mui-tos construtores deixaram a cidade para reconstruir em Christchurch depois do terremoto ocorrido.

O governo vem nos últimos anos buscando medidas para abafar o aque-cimento do mercado e trazer uma solu-ção para ajudar as pessoas conseguir comprar a sua primeira casa.

Uma das medidas apresentadas pelo governo seria o Proposed Auckland Uni-

tary Plan (PAUP). Esse plano foi criado com o propoóatuais de um terreno. Como por exem-plo, em algumas regiões um terreno de

-tes, com o plano proposto pelo governo, será possível dividir o mesmo terreno em 2 lotes. Em alguns lugares que hoje não podem haver apartamentos, apar-tamentos poderão ser construídos. Com isso em vista, o governo busca trazer mais casas para a população.

Em vista do grande número de inves-tidores no mercado, o governo tomou as seguintes provisões, que serão aplica-

Taxa no lucro do imóvel vendido den-tro de 2 anos (com exceção da casa própria, herança ou transferida na transação de separação de bens)Não residentes e neozelandeses comprando ou vendendo um imó-vel que não seja moradia própria, será necessária a apresentação do numero do IRD (equivalente ao CPF no Brasil)Será um dos requisitos para não resi-dentes de ter uma conta bancária na Nova Zelândia para obter o numero do IRD

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36 agosto 2015

Quer entrar no mercado, não sabe como? Onde começar? Aqui vão as minhas dicas:

Ter um imóvel é seguranca, um patrimônio seu. O im-portante é começar. Aqui se fala muito property ladder o que quer dizer “es-cada do imóvel”. O primeiro degrau será talvez uma casa menor, ou uma região não desejada, primeira casa não será a casa dos sonhos mas onde você começará. Aos poucos vai mudando de casa e vai subindo “os de-graus” até chegar na casa ideal.Procure ceder onde possível, revise sua lista de priorida-des. Talvez uma casa que exige um pouco de reforma, ou mais afastada, uma casa menor? Um apartamento ao invés de casa?Seja proativo, não espere até o open home para ver a casa. Esteja preparado com os documentos necessá-rios para a compra, tenha uma lista de builders para fazer a vistoria se necessário.Para quem esta vindo para a Nova Zelândia, procure mais informações sobre outras cidades como Hamilton, Tauranga, Wellington, Christchurch, Napier, Nelson, Que-enstown, entre outras. Os imóveis são mais baratos e há oportunidades de trabalho também dependendo da qua-

regras de visto para quem quer morar fora de Auckland, com a intenção de facilitar o processo para imigrantes.

-

Joshua e Noah. Rita trabalha como Real Estate Agent (agente

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Page 37: Revista MBA Agosto 2015 Edição 013

37

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38 agosto 2015

VIVENDO NA NOVA ZELÂNDIA a relação entre brasileiros(as) com parceiras(os) kiwis

Por Luciana Hoffmann

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grande mudança de vida, para um país lon-ginquo, então, alguns

Uma das principais ca-racterísticas das pes-

soas que migram é que estas geral-mente estão entre duas culturas e duas sociedades. E, por isso, a experiência de imigração cria um sentido alternativo de identidade, pois há sempre um pro-cesso de assimilação e de reconstru-ção das próprias origens nos países de destino. O sociologista Stuart Hall argu-mentava que a identidade cultural tem a ver com dois aspectos primordiais. O primeiro, relacionado à permanência do passado, a essências, tradições e origens, é responsável pelo sentimen-to de unicidade, de singularidade que estaria enraizado e intacto dentro de nós, sem ser afetado por quaisquer im-

-timento estável e imutável. De forma alternativa, mesmo que se reconheça o valor único de uma cultura, a segun-da noção de identidade diz respeito a um processo contínuo, relacionado ao futuro, às diferentes circunstâncias po-líticas, econômicas, sociais e pessoais que constroem e reconstroem em nós

-nando-se e transformando-se.

Um ou uma imigrante vai ora assimi-lar a cultura dominante, ora reconstruir

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40 agosto 2015

a sua própria no país em que migrou. E

agregação de laços afetivos, comunitá--

sibilidades disponíveis, como acesso a informação e recursos.

Sendo a Nova Zelândia um país essen-cialmente imigrante, que tem por base uma sociedade moderna, democrática e liberal, viver aqui, se adaptar e integrar é razoavelemente fácil. Sim, no passado, a construção da sociedade neozelandesa esteve voltada a imigrantes tradicionais do Reino Unido e Irlanda, mas, na segunda metade do século XX, uma nova dimen-são tomou conta através da revisão legal e constitucional do Tratado de Waitangi, que devolveu aos Maoris o real sentido de parceria, participação e proteção nas terras de Aotearoa. Além disso, após a Segunda Guerra Mundial, os povos do Pa-

causa de oportunidades de trabalho. E, após as reformas de governo do partido trabalhista neozelandês nos anos 1980, o

-gratório de somente pakehas para tornar-se uma sociedade culturalmente diversa com grupos de diferentes países e etnias. Até o momento, China, Reino Unido, Índia e Filipinas são os países que possuem os maiores índice de aprovação de residên-cia na Nova Zelândia. Porém, através do estreitamento de relações diplomáticas e de comércio com a América Latina des-de a segunda metade do século XX e do Projeto ‘Estratégia Latino-americana’ (La-tin American Strategy), lançado em 2010

pelo Ministério de Relações Exteriores e de Comérico neozelandês, o número de latino-americanos e latino-america-

A comunidade brasileira, então, tor-nou-se a maior entre os imigrantes la-tino-americanos e latino-americanas, compreendendo em torno de um quarto da população desse grupo. Atualmen-te, existem 3.588 brasileiros residentes na Nova Zelândia e estima-se que entre

temporariamente. Muitos desses brasi-leiros e brasileiros que vieram para cá se uniram a kiwis, mesclando suas culturas e experienciando diferentes aspectos nos seus cotidianos. Para entender um pouco melhor sobre essa mescla do mundo bra-sileiro com o kiwi, a Revista MBA foi falar com brasileiros e brasileiras que tem par-ceiras ou parceiros neozelandeses.

Vivendo há 10 anos na Nova Zelândia, Cris Diogo, além de ser mãe em turno in-tegral, é fundadora do Grupo Mamãe Bra-sileira Aotearoa e editora da Revista Mun-do Brasileiro Aotearoa. Cristine Evans trabalha full-time com Marketing Digital em uma empresa de Engenharia e vive há 12 anos no país. Facilitadora de grupos de pais sobre o desenvovimento infantil, Susan Bartneck, 35, mora há 11 anos em

BBQ Catering e também trabalha com pintura. Administrador em radiologia no

migrou para Aotearoa há 11 anos.

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Veja abaixo os tópicos que foram dis--

cia cultural, são as personalidades e experiências individuais que realmente

É bem possível que você deixe de lado ideias pré-concebidas de que se tem dos homens e das mulheres kiwis.

Relações como casal

Para Susan poder conhecer melhor o seu marido, vendo que ele era um pou-co tímido, ela teve que tomar a inciativa. “Fui eu quem chamei ele pra sair”, reve-la. A história é diferente para os outros. Cris, casada há quase 10 anos, diz que, por seu marido David ter passado 9 me-ses viajando pela América do Sul e ter pensado em viver na Argentina, ele en-tende um pouco melhor sobre a cultura brasileira. Situação similar ocorre com Cristine que diz que o seu marido, além de prezar muito o “our” entre eles, é um

“gringo paraguaio, bem caloroso e engra-çado”, que gosta de pimenta, comidas típicas, cerveja e caipirinha. E expressa que “por ter um marido kiwi, aprendi a cultura neozelandesa de uma forma di-ferente, entendi a essência do país.”

A esposa de Aloisio também é adep-ta da cultura brasileira e gosta de um sambinha e dançar forró. Foi ela quem cozinhou a feijoada no Brazilian Day. Além disso, ela que é a “cabeça do ne-gócio” e lida com toda parte burocrática. Para Adriano, a mulher kiwi é mais inde-pendente e isso pode assustar alguns homens brasileiros às vezes. A maior diferença entre eles são suas visões po-líticas, na verdade. Enquanto ele é liber-tário, ela, é de esquerda.

Divisão de tarefas domésticas

No Brasil, em geral, nós somos mais acostumados a não nos preocu-par com os afazeres domésticos, por-

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42 agosto 2015

que sempre há alguém para fazê-lo. As coisas não são nada assim aqui. Até por que os kiwis aprendem a fazer tudo desde pequenos e deixam as ca-

18 anos. A maioria dos entrevistados e entrevistadas disseram que aprende-ram a ser donos(as)-de-casa na Nova Zelândia.”Os kiwis são naturalmente mais organizados”, explica Cristine. “O homem kiwi ajuda mais em casa”, diz

kiwi não é criado achando que a mu-lher tem que fazer tudo dentro de casa. Ele ajuda sempre, mesmo que trabalhe o dia inteiro”. Aloisio e Adriano confes-sam que tinham a mentalidade mais brasileira e que, apesar de ajudarem na casa, às vezes, deixam as coisas pra depois e suas mulheres acabam fazen-do por eles. “Faço minha parte, mas ela é bem cuidadosa comigo e com as minhas coisas”, explica Adriano.

Educação dos filhos e filhas

Aloisio e a esposa dividem a tarefa -

sive, incentiva que ele fale português com as crianças, que frequentam au-las de Português. A esposa de Adriano é mais preocupada em manter a linha-gem britânica e um estilo de vida mais

de não serem suas biologicamente, as são de criação. “As meninas nunca tomaram refrigerante e comem muito

vegetais. Pra mim, isso é esquisito. Es-tou mais acostumado a comer biscoi-to de chocolate”. E acrescenta que as meninas se interessam pela cultura e língua brasileira.

“table manners”. E, apesar de não fa-larem português em casa, seu marido tenta comunicar algumas palavras de vez em quando. Segundo ela, a cultu-ra britânica “fecha os olhos” para as-suntos mais delicados na educação

adolescentes. Cristine expressa que -

duros quando sairem de casa, prefere que estudem e terminem a faculdade antes de ir.

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43

-caram em casa para cuidar das crian-ças. Cris, diz que conversa e explica

-quer situação que surja em relação à educação deles, ela e o marido tentam não discordar na frente das crianças e, sim, conversar melhor quando eles não estejam presentes. Acrescenta também que o seu marido apoia o bi-

-lho frequenta as aulas de Português, e o menor vai poder ir quando tenha 3 anos.

Relação com outros familiares

No caso de Adriano, os avós res-peitam muito a privacidade deles e

não são participativos para cuidar das crianças. É o mesmo com Cristine, cujos sogros que, mesmo carinhosos e afetivos, são mais reservados e não interferem muito. “Sinto falta de mais apoio”, confessa.

Já os sogros de Cris, Susan e Aloi-sio são bem participativos e não se intrometem tanto como seria o caso com familiares brasileiros. “Eu tive sorte, a minha sogra sempre foi feno-menal, sempre perguntando e me dan-do independência, diferente da minha mãe que se intromete mais”. A irmã de Aloisio, que também mora na Nova Zelândia, se dá bem com sua esposa e

Manutenção da cultura brasilei-ra em terras kiwis

Manter as raízes brasileiras de al-guma jeito para Cristine é bem impor-tante. Ela escuta Ivete Sangalo quando faz faxina, tem a bandeira do Brasil em casa, faz comida baiana, como mo-queca e vatapá, usa azeite de dendê.

música brasileira. Adriano gosta de comida mais con-

dimentada, sal e açúcar e sua mulher já ‘abrasileirou’ muito em relação a isso. Para Aloisio é o feijão com arroz todos os dias, tomar cerveja com os amigos

forró com a mulher que o fazem recor-dar de terras brasileiras.

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44 agosto 2015

Susan se volta ao Brasil na parte es-piritual e ao pular ondas no ano novo com a família. Ela possui adornos de santos da religião afrobrasileira em casa. Seu marido, pela descendência Maori, é muito influenciado pela parte

-

adora as roupas de carnaval e sacode o corpo quando escuta um samba. “Tam-bém, ela me pede para falar português com ela na saída da escola, na frente das amigas. Como se fosse algo que só nós temos.” Cris é super envolvida com a cultura brasileira na Nova Zelândia através do Grupo Mamãe Brasileira e da Revista MBA. Ela é a agregadora dos brasileiros que vivem aqui. Além disso,

às vezes coloca a palavra cantada para -

cio quando está sozinha.

Saudades do Brasil

Adriano diz sentir um pouco de sau-dades do Brasil e das “sextas-feiras”, mas se vê bem à vontade na Nova Ze-lândia. “Eu tenho mais a ver com modo de vida anglo-saxão de não ligar pra vida alheia, não se importar com as diferenças, com que os vestem, por exemplo”. Susan diz que não sentir tantas saudades. “Meu lar é na Nova Zelândia. No Brasil, não teria as mes-mas oportunidades.”

Cris, Aloisio e Cristine dizem sentir saudades de famílias e amigos, mas confessam que estão felizes aqui. Cris ainda diz que sente falta do calor e da praia, mesmo tendo se acostu-mado com o frio neozelandês. Cristi-

é da burocracia e da falta de respeito do povo brasileiro.

Ter um parceiro ou parceira kiwi -

preensão e a aceitação das diferenças culturais, que, na maioria das vezes, são só positivas e somam à qualidade de vida das pessoas. Cris Diogo esclarece que “diferente não quer dizer melhor ou pior, mas, sim, mais adequado com o seu estilo de vida. Então, as pessoas que se adaptam a Nova Zelândia são aquelas mais abertas às diferenças”.

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45

Natural de Porto Alegre/RS, Luciana Hoffmann é graduada em Jor-

e desenvolvendo a sua tese sobre o papel exercido pelas redes de

-

canas na Nova Zelândia. Vivendo em uma fazenda com o seu marido

argentino, Luciana ama o mar, o surfe e o stand-up paddle board.

PARA SABER MAISOS LATINO-AMERICANOS NA NOVA ZELÂNDIA

A primeira onda de imigrantes latino-americanos(as) na -

sa das ditaduras militares na América Latina. Escapando do violento governo de Pinochet, muitoas chilenos(as) migraram para a Nova Zelândia como refugiados políticos. Após, o país viu aumentar o número de refugiados(as) vindo da Nicaragua, El Salvador, Colombia e Peru. Mesmo que a onda de imigração de refugiados(as) tenha quase cessado em 2001, alguns co-lombianos(as) ainda migram para cá fugindo da guerra civil.

-xo de latino-americanos(as) começou nos anos 1990 e dobrou

latino-americanos(as) residentes na Nova Zelândia, 3.588 são

curuguaios(as); 150 venezuelanos(as);and 153 bolivianos(as).

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46 agosto 2015

Exercício, Esporte, Desempenho e Estilo de Vida Saudável

Por Camila Nassif

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Os desafios alimentares quando deixamos o Brasil para a Nova Zelândia

A decisão de se aventurar em outro país por um tempo mais prolongado vem de forma fácil e natural para al-guns e repentina e surpreendente para outros. Uns sempre quiseram sair do país de origem, aprender outra língua e explorar a vida juntamente com outras culturas, outros vem no susto porque um familiar, namorado (a), namorido (a) ou marido (esposa) conseguem uma

-

enfrentados, além da língua e de ter que descobrir como tudo funciona, temos

momento em que acordamos nas nos-sas primeiras horinhas em outro país, e para aqueles que vem morar na Nova Zelândia, a história não é diferente.

Já pensou se aqui na NZ tivésse-mos pãozinho francês fresco na pada-ria a 2 quarteirões de casa? Cafezinho em toda esquina já pronto e quente e, para um bom mineiro, um pãozinho de queijo quentinho saindo do forno para quando você esta atrasado para o tra-

-meçam logo pela manha.

Pra começar, nada de pão francês! O mais próximo que encontramos é um mini pãozinho francês pré-cozido, para ser assado em casa, mas que passa

Mince Pie, como se fosse a nossa coxinha, se encontra em qualquer mercearia, padaria ou supermercado

longe dos nossos pãezinhos fresqui-nhos e crocantes. Pão de queijo na pa-daria? Nem em sonho! Aliás aqui não encontramos a diversidade de salgados e opções de lanche como existem no Brasil. O mais próximo é uma torta de carne ou meat pie como dizem por aqui, que seria similar a uma empada gigan-te, mas de carne. Essa pie possui vários sabores, mas nada similar aos nossos recheios deliciosos encontrados no Brasil. Paladares e temperos diferen-tes. Pão de queijo, muitos fazem em casa, outros compram de outros brasi-leiros que fazem por encomenda (você também encontra em alguns supermer-cados e lojas especializadas para assar em casa). Aliás, os brasileiros donos de negócios que fazem salgadinhos brasi-

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48 agosto 2015

leiros na NZ são a salvação de muitos aqui para matar um pouquinho da sau-dade de casa. Por que na Nova Zelân-dia se você quiser comer alguma coisa

tem que fazer você mesmo, do zero. No café da manha, os kiwis comem

cereais e o típico café da manha ame-ricano que conhecemos, como ovos e bacon. Possuem um hábito de panque-cas e também, mas os ovos rei-nam no café da manhã em terras kiwis.

No almoço, arroz, feijão, um super bife, salada... comida a quilo na Nova Zelândia? Não existe não. Ah, e como somos privilegiados no Brasil com as comidas a quilo. A facilidade de se comer a comida fresca, gostosa, tem-peradinha em toda esquina, com uma

entre outros... não tem!

com isso! Os únicos pratos com arroz na NZ são comida indiana, chinesa, ri-soto ou sushi. O almoço não é a princi-pal refeição e grande parte das empre-sas dão somente 30 minutos de almoço

não pagos. Assim o almoço aqui acaba sendo uma coisa rápida e fácil, como sanduiches, torradas, sopas, sushi ou resto de comida do dia anterior em uma marmita ou mesmo uma variação do café da manhã com mais ovos, mas eu diria que grande parte dos kiwis não tem hábito de comer comida no almo-ço e sim fazer um lanche.

O jantar é a principal refeição deles e é também muito diferente

da nossa. O costume é de vegetais cozidos no forno e carne (de cor-

deiro, vaca ou porco), mas por aqui comem de tudo, de comida chinesa

à tailandesa, pizza e o tradicional

and chips

frito com batata frita.

Aqui, para se comer um arrozinho com feijão, só comprando e fazendo em casa. E para encontrar grão de feijão para cozinhar você vai ter que rodar, ir em lojas especializadas que vendem todo tipo de grão e semente no quilo ou alguns mercados orientais (mercados indianos sempre vendem feijão) ou comprar feijão já cozido e sem tempero na latinha (muitas vezes, uma opção rápida para aqueles dias que temos saudades do feijão e não temos tempo de cozinhar).

Batatinha palha no supermercado? Não tem. Mas temos brasileiros que im-portam produtos do Brasil e a batatinha palha é um deles, o que é uma salvação! Já pensou comprar feijão cozido na latinha?

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É muito comum aos brasileiros que mo-ram na NZ retornarem das férias no Bra-sil com as malas abarrotadas de comi-da. Eu sou uma delas. Depois de quase 11 anos fora do Brasil, me sinto relati-vamente adaptada à comida aqui, mas as vezes bate aquela saudadezinha de sentir gostinho de casa e é bom ter um desses produtos a mão.

Então vocês devem estar se per-guntando, o que nós brasileiros co-memos por aqui? Isso vai do gosto e particularidade de cada um, mas eu adotei ovos pela manhã, um dos ali-mentos mais ricos em proteína e mais nutritivos que a natureza nos deu. No almoço costumo comer um wrap, que

mexicana e coloco vários recheios de frango e salada. No jantar, depende da época do ano, no verão da pra fazer uma variedade maior de coisas e faço até pizza em casa, mas com base de tortilha ou de clara de ovo (sim expe-

-perada bem com alho, e sem toda a

Exercício, Esporte e Estilo de vida saudável.

tradicionais), no inverno, uma sopa sempre cai bem, e é super pratico! Fa-zemos também as vezes comida chi-nesa ou um macarrão, e também um strogonoff estilo brasileiro.

Com o passar dos anos você vai se acostumando ao jeito de comer daqui e se surpreende com as suas habilidades culinárias quando a saudade bate. Por-que quando você quer comer algo que você sente muita falta, você literalmente vira master chef e põe a mão na massa, para assim matar a fome de saudade!

Café da manhã tradicional na NZ Opção rápida e fácil para o almoço

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CAMARADAGEM

UNGU  CAPOEIRA

10  anos  de  Professor  Perere  na  Nova  Zelândia

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rofessor Perere chegou na Nova Ze-lândia há dez anos e vem comparti-lhando seu conhecimento e paixão pela Capoeira desde que pisou no país. Na última década, Perere criou

três centros ao redor do país, lançou um CD, participou de competições internacio-nais e ensinou centenas de crianças e

Perere e Ungu Capoeira tem o pra-zer de apresentar o Camaradagem, um

SEXTA FEIRA

11 DE SETEMBRO

SÁBADO

12 DE SETEMBRO

DOMINGO

13 DE SETEMBRO

10h Café, caminhada, bate-pa-po com convidados

Pool, Oriental Parade.

-poeira

-ghton Bay Road, Houghton Bay

aula de capoeira

-creation Center, Tasman St

-reia Performance Art Centre, Vivian St

-nia de troca de cordas

-creation Center, Tasman St

música ao vivo. Lugar a ser

evento que reunirá capoeiristas de di-versos países em Wellington, capital da

muita dança, cultura brasileira e alegria.Esse é o décimo evento do gênero

e eles esperam celebrar esses 10 anos com todos os amigos, família e simpati-zantes da capoeira no país promovendo a capoeira na Nova Zelândia e ao mes-mo tempo, conectando pessoas de raí-zes diferentes.

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