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VALOR O SEU CANAL DE COMÉRCIO EXTERIOR PELO NORDESTE Ano III | Nº 07 | 2012 Comércio Exterior - Legislação Aduaneira - Logística PETRÓLEO E GÁS A Expansão de projetos pelo Nordeste e a aplicação dos Regimes Aduaneiros Especiais. Plataforma P59 cujas partes e peças foram desembaraçadas pela Martins & Medeiros Logística com operações em Salvador, Recife, Fortaleza e São Paulo. Complexo de Suape: O Polo de Desenvolvimento Mais Dinâmico Do Brasil. Exportação Direta X Exportação Indireta Petróleo e Gás: A Expansão de Projetos Pelo Nordeste e a Aplicação dos Regimes Aduaneiros Especiais O Poder Judiciário Determina a Restituição das Multas Cobradas nas Operações do Comércio Exterior

Revista Valor Aduaneiro Edição 7

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Revista Valor Aduaneiro Edição 7

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Page 1: Revista Valor Aduaneiro Edição 7

VALOR

O SEU CANAL DE COMÉRCIO EXTERIOR PELO NORDESTE

Ano III | Nº 07 | 2012

Comércio Exterior - Legislação Aduaneira - Logística

PETRÓLEO E GÁSA Expansão de projetos pelo Nordeste e a

aplicação dos Regimes Aduaneiros Especiais.

Plataforma P59 cujas partes e peças foram desembaraçadas pela Martins & Medeiros Logística com

operações em Salvador, Recife, Fortaleza e São Paulo.

Complexo de Suape: O Polo de Desenvolvimento Mais Dinâmico Do Brasil.

Exportação Direta X Exportação Indireta

Petróleo e Gás: A Expansão de Projetos Pelo Nordeste e a Aplicação dos Regimes Aduaneiros Especiais

O Poder Judiciário Determina a Restituiçãodas Multas Cobradas nas Operações do Comércio Exterior

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Page 3: Revista Valor Aduaneiro Edição 7

Diretor de RelacionamentoMauricio Plaza

Colaboradores desta EdiçãoAparecida AlvesCarolina SilveiraDarlã SantosJosé Elias AsbegRobson Sant´Ana

Projeto e Desenvolvimento GráficoSalomão Adorno

Jornalista ResponsávelLidiane Nascimento (DRT 2489-BA)

FotografiaJaqueline Carvajal

ContatoRevista Valor [email protected] 71.3353-0286

Foto CapaP59 que foi construída pelo Consórcio Rio Para-guaçú, composto pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia. Cortesia Martins & Medeiros

Prezado Leitor,O Nordeste e, especialmente PERNAMBUCO, estão com grande volume de importação de máquinas e equipamentos para implemen-tação de projetos industriais. Entretanto, os trâmites aduaneiros aplicáveis aos mesmos ainda são terreno desconhecido para muitos importadores e despachantes aduaneiros, inclusive comissárias.

Por teste motivo, e no intuito de multiplicar conhecimento a REVISTA VALOR ADUANEIRO

traz aos seus leitores um artigo sobre RE-GIMES ADUANEIROS ESPECIAIS aplicáveis ao segmento de PETRÓLEO E GÁS. Além disso, e ampliando os conhecimentos em comércio internacional trazemos algumas reflexões a respeito dos BRICS e para os exportadores, o excelente artigo sobre EXPORTAÇÃO DIRETA X INDIRETA.

Esta edição traz novamente um tema polêmico que diz respeito à RESTITUIÇÃO DAS MULTAS COBRADAS NAS OPERAÇÕES DO

COMÉRCIO EXTERIOR. Para finalizar, não po-demos deixar de dar destaque às ações que estão sendo feitas no PORTO DE SUAPE quan-to a melhorias na infraestrutura e na atração de investimentos ao estado de PERNAMBUCO.

Uma boa leitura a todos.

Mauricio PlazaDiretor de Relacionamento

ExpedienteSempre em pauta, o Nordeste.

Exportação Direta x Exportação Indireta04

UBM Brazil27

Eventos30

Lista de Fornecedores29

08 Novo Porto Seco na Bahia

18 Documentos de Instrução da DI

21 Poder Judiciário

24 BRICS

09 Petróleo e Gás

14 A Habilitação De Consórcios No Siscomex

16 Complexo de Suape

Editorial

IndiceIndice

Para evitar problemas com a OMC Governo Federal estuda alterar ipi para automotivo28

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Valor AduaneiroEdição 07 4Valor AduaneiroEdição 07 4

Por JOSÉ ELIAS ASBEGAuditor Fiscal da Receita Federal do Brasil

Na exportação direta o próprio fabricante, produtor ou revendedor remete (geralmente vende) a merca-doria para o destinatário (importador) situado no ex-terior sem utilizar intermediários.

A exportação indireta é a operação em que determi-nada empresa “A” (o fabricante, produtor ou revende-dor – fornecedor do bem) remete mercadoria com fim específico de exportação (com benefícios e incentivos fiscais equivalentes a uma exportação) para a em-presa “B” (comercial exportadora ou Trading Compa-nies), que deverá remetê-la ao exterior, a título defini-tivo (ex: venda), dentro do prazo de 180 dias, a contar da data da emissão da nota fiscal pela empresa “A”.

O estabelecimento exportador terá até o último dia do mês subseqüente ao do embarque da mercadoria para fazer a prova da exportação com o fabricante fornecedor e, relativamente às operações destinadas à exportação, deverá, ainda, emitir o Memorando--Exportação em 3 (três) vias, sendo que:

• A 1ª via deste documento, acompanhada do Conhecimento de Embarque e do Comprovante de Exportação, deverá ser enviada ao remetente das mercadorias até o último dia do mês subsequente ao embarque para o Exterior.

• A 2ª via ficará no estabelecimento do expor-tador anexada à 1ª via da Nota Fiscal do remetente, para efeitos de exibição ao Fisco.

• A 3ª via será encaminhada pelo exportador à repartição fiscal do seu domicílio, podendo ser exigida a sua apresentação em seu domicílio.

O convênio ICMS nº 61/2003, combinado com o Convê-nio ICMS nº 84/2009, bem como a Solução de Consul-ta nº 573/2007 da RFB, esclareceram que podem ser entendidas por comercial exportadora as empresas classificadas como Trading Companies e demais em-presas comerciais que realizarem operações mercan-tis de exportação, bastando que estejam inscritas no REI da SECEX e no SISCOMEX/RADAR da RFB.

Ainda de acordo com o convênio ICMS nº 61/2003, qualquer empresa poderá realizar a exportação de bens recebidos com fim específico de exportação, não sendo restrita essa operação as Trading Companies ou às empresas exclusivamente exportadoras.

Essa remessa com fim específico de exportação exige que o bem seja remetido diretamente do estabele-cimento fornecedor (industrial) para o local de em-barque para o exterior (porto, aeroporto, ponto de fronteira ou recinto alfandegado), por conta e ordem da empresa adquirente (comercial exportadora ou Trading Companies) e que o bem remetido não sofra qualquer alteração, modificação, ou melhor, indus-trialização, no estabelecimento exportador (empresa “B”), de forma que o mesmo bem remetido por “A” seja exportado por “B”.

De acordo com o parágrafo único do Art. 1° do Decre-to-Lei N° 1.248, de 1972, consideram-se destinadas ao fim específico de exportação as mercadorias que forem diretamente remetidas do estabelecimento do produtor-vendedor para:I – embarque de exportação, por conta e ordem da empresa comercial exportadora; ou

II – depósito sob o regime extraordinário de entre-

Exportação Direta x Exportação Indireta

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Valor AduaneiroEdição 07 5

posto aduaneiro na exportação.

Em razão disso, o industrial fornecedor (remetente) deverá emitir uma nota fiscal para a empresa comer-cial exportadora, a título de remessa com fim específi-co de exportação (CFOP: 5501/6501 – para produtos de fabricação própria – ou 5502/6502 – Para reven-da de mercadorias), sendo a Natureza da Operação: “Remessa com fim específico de exportação”; Situa-ção Tributária: “41 – Não Tributada”; Não destacar o ICMS e IPI e indicar no campo “Dados adicionais – Informações Complementares” o local de embarque (porto, aeroporto, ponto de fronteira) ou o local de depósito sob o regime extraordinário de entreposto aduaneiro de exportação e escrever também “Não incidência de ICMS Conf. (base legal do RICMS do seu estado); e “Imunidade do IPI Conf. Art. 18, Inciso II do RIPI. Esta nota fiscal deverá acompanhar o bem desti-nado à exportação até o local de embarque e deverá ser escriturada no Livro Registro de Entradas da em-presa comercial exportadora (CFOP 1.501/2.501) que, em seguida, emitirá uma nota fiscal de exportação do bem recebido com fim específico de exportação (CFOP 7.501).

Ressalta-se que cabe ao destinatário desta operação, empresas comerciais exportadoras e trading, infor-mar em suas Notas Fiscais de Exportação, no campo “Informações Complementares”, a série, o número e a data de cada Nota Fiscal emitida pelo estabelecimen-to remetente.

Abaixo, apresentamos quadro comparativo extraído do livro Análise da tributação na importação e expor-tação. 5. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2010, de autoria de Carlos Eduardo Garcia Ashikaga.

EXPORTAÇÃO DIRETA e EXPORTAÇÃO INDIRETA ≠

Operações de compra de insumos por indústrias ex-portadoras (empresas industriais preponderantemen-te exportadoras = receita bruta acima de determina-do percentual). ==> Suspensão do IPI, PIS/COFINS e ICMS.

Conforme explica José Augusto de Castro, em seu li-vro Exportação. Aspectos práticos e operacionais. 8. ed. São Paulo: Aduaneiras, apesar de muito difundida e assim popularmente conhecida, juridicamente, no Brasil, não existe a expressão Trading Company como denominação de companhia de comércio exterior, a qual legalmente é denominada Empresa Comercial Ex-portadora. Por isso, é grande a confusão, bem como as dúvidas que surgem na cabeça dos exportadores e demais colegas dos fiscos federal e estadual.

Dessa maneira, somente é considerada Trading Com-pany, no Brasil, a empresa comercial com atuação internacional que preencha os requisitos definidos adiante e também atenda aos procedimentos admi-nistrativos estabelecidos pela legislação brasileira.

As aquisições, no mercado interno, de mercadorias destinadas à exportação – efetuadas por Trading Companies ou Empresas Comerciais Exportadoras – têm o mesmo objetivo e finalidade, a despeito de algumas poucas diferenças administrativas que ca-racterizam essas empresas e suas respectivas ope-rações de exportação.

Com vistas a evidenciar tais diferenças e seus even-tuais reflexos, a seguir elas são apresentadas e co-mentadas, individual e comparativamente, conforme apresenta José Augusto de Castro, em seu livro Ex-portação. Aspectos práticos e operacionais. 8. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011:

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EXPORTAÇÃO D IRETA EXPORTAÇÃO INDIRETA

A) Não incidência de ICMS (Art. 3°, II, da LC n° 87/96);

B) Imunidade de IP I (Art. 18, II, do RIPI);

C) Isenção de P IS/PASEP e COFINS cumulativos (Art. 45,

II, do Decreto n° 4.524/02);

D) Não incidência de P IS/PASEP e COFINS não

cumulativos (Art. 5°, I, da Lei n° 10.637/02 e Art. 6°, I, da

Lei n° 10.833/03).

A) Não incidência de ICMS (Art. 3°, parágrafo único, da LC n°

87/96);

B) Suspensão de IP I (Art. 43, V, do RIPI);

C) Isenção de P IS/PASEP e COF INS cumulativos (Art. 45,

VIII e IX, do Decreto n° 4.524/02);

D) Não incidência de P IS/PASEP e COFINS não cumulativos

(Art. 5°, III, da Lei n° 10.637/02 e Art. 6°, III, da Lei n°

10.833/03).

TRADING COMPANY EMPRESA COMERCIAL EXPORTADORA

* Está sujeita às normas de constituição definidas pelo Decreto-Lei n° 1.248, de 29/11/72.

* Não está sujeita a qualquer legislação específica de comércio exterior para sua constituição.

* Deve ser constituída sob a forma de sociedade por ações, ou seja, S.A.

* É livre para decidir sobre sua forma de constituir-se, podendo ser S.A. ou Ltda.

*Deve ter capital social mínimo de R$ 748.466,66, equivalente a 703.308 UFIR a sua última cotação de R$ 1,0641, antes de ser extinta.

*Está dispensada de apresentar capital social mínimo para operar como exportadora e/ou importadora.

* Além do registro na RFB para operar o Siscomex na exportação e importação, deverá obter ainda o Certificado de Registro Especial para operar como Trading Company, emitido em conjunto pela Secex / Decex e SRRF do Estado em que estiver localizada.

* Está sujeita ao registro na RFB, indispensável para operar o Siscomex na exportação e importação, e inscrição no REI – Registro de Exportadores e Importadores da Secex/Decex, efetuado automaticamente ao realizar a primeira exportação.

* Atualmente não tem compromisso de exportar qualquer montante.

* Nunca teve compromisso de exportar qualquer valor.

* As vendas pelas empresas industriais no mercado interno as TC, com o fim específico de exportação, significam apenas uma intenção de exportar, sem gerar qualquer incentivo antes da efetiva exportação da mercadoria, sendo a saída da mercadoria da empresa industrial feita com suspensão de pagamento do IPI.

* As vendas internas pelas empresas industriais a Comerciais Exportadoras, com o fim específico de exportação, representam apenas uma intenção de exportar, sem gerar qualquer incentivo antes da efetiva exportação da mercadoria, sendo a saída da mercadoria do estabelecimento industrial feita com suspensão de pagamento do IPI.

* As vendas internas as TC, com o fim específico de exportação, serão feitas com a não incidência de pagamento do ICMS, pelo prazo de 90 (primários) ou 180 (manufaturados) dias, conforme o produto, renovável uma única vez por igual período.

* As vendas internas às Comerciais Exportadoras, com o fim específico de exportação, serão realizadas com a não incidência de pagamento do ICMS, pelo prazo de 90 (primários) ou 180 (manufaturados) dias, dependendo do produto e prorrogável uma única vez por igual período.

* Se a mercadoria adquirida internamente pela TC, com o fim específico de exportação, não for exportada no prazo renovável de 90 dias (primários e semimanufaturados) ou 180 (manufaturados) dias, caberá a Trading Company o recolhimento do IPI e ao fabricante o recolhimento do ICMS.

* Se a mercadoria adquirida no mercado interno pela Comercial Exportadora, com o fim específico de exportação, não for exportada no prazo renovável de 90 (primários e semimanufaturados) ou 180 (manufaturados) dias, o fabricante será responsável pelo pagamento do ICMS e a Comercial Exportadora pelo pagamento do IPI.

* O fabricante que vender internamente as TC, com o fim específico de exportação, terá direito à isenção de pagamento da COFINS e do PIS.

* O fabricante que vender internamente à Comercial Exportadora, com o fim específico de exportação, terá direito à isenção de pagamento da COFINS e do PIS.

* O acesso aos incentivos à exportação pelo fabricante ocorrerá apenas após a entrega pela Trading Company do documento “Memorando-Exportação”, acompanhado do Conhecimento de Embarque e do comprovante de exportação emitido pelo Siscomex, caracterizando a realização da exportação da mercadoria, tanto para fins de IPI como ICMS.

* O acesso aos incentivos à exportação pelo fabricante ocorrerá apenas após a entrega pela Comercial Exportadora do documento “Mercadoria-Exportação”, acompanhado do Conhecimento de Embarque e do comprovante de exportação emitido pelo Siscomex, caracterizando a realização da exportação da mercadoria, tanto para fins de IPI como ICMS.

Valor AduaneiroEdição 075

posto aduaneiro na exportação.

Em razão disso, o industrial fornecedor (remetente) deverá emitir uma nota fiscal para a empresa comer-cial exportadora, a título de remessa com fim específi-co de exportação (CFOP: 5501/6501 – para produtos de fabricação própria – ou 5502/6502 – Para reven-da de mercadorias), sendo a Natureza da Operação: “Remessa com fim específico de exportação”; Situa-ção Tributária: “41 – Não Tributada”; Não destacar o ICMS e IPI e indicar no campo “Dados adicionais – Informações Complementares” o local de embarque (porto, aeroporto, ponto de fronteira) ou o local de depósito sob o regime extraordinário de entreposto aduaneiro de exportação e escrever também “Não incidência de ICMS Conf. (base legal do RICMS do seu estado); e “Imunidade do IPI Conf. Art. 18, Inciso II do RIPI. Esta nota fiscal deverá acompanhar o bem desti-nado à exportação até o local de embarque e deverá ser escriturada no Livro Registro de Entradas da em-presa comercial exportadora (CFOP 1.501/2.501) que, em seguida, emitirá uma nota fiscal de exportação do bem recebido com fim específico de exportação (CFOP 7.501).

Ressalta-se que cabe ao destinatário desta operação, empresas comerciais exportadoras e trading, infor-mar em suas Notas Fiscais de Exportação, no campo “Informações Complementares”, a série, o número e a data de cada Nota Fiscal emitida pelo estabelecimen-to remetente.

Abaixo, apresentamos quadro comparativo extraído do livro Análise da tributação na importação e expor-tação. 5. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2010, de autoria de Carlos Eduardo Garcia Ashikaga.

EXPORTAÇÃO DIRETA e EXPORTAÇÃO INDIRETA ≠

Operações de compra de insumos por indústrias ex-portadoras (empresas industriais preponderantemen-te exportadoras = receita bruta acima de determina-do percentual). ==> Suspensão do IPI, PIS/COFINS e ICMS.

Conforme explica José Augusto de Castro, em seu li-vro Exportação. Aspectos práticos e operacionais. 8. ed. São Paulo: Aduaneiras, apesar de muito difundida e assim popularmente conhecida, juridicamente, no Brasil, não existe a expressão Trading Company como denominação de companhia de comércio exterior, a qual legalmente é denominada Empresa Comercial Ex-portadora. Por isso, é grande a confusão, bem como as dúvidas que surgem na cabeça dos exportadores e demais colegas dos fiscos federal e estadual.

Dessa maneira, somente é considerada Trading Com-pany, no Brasil, a empresa comercial com atuação internacional que preencha os requisitos definidos adiante e também atenda aos procedimentos admi-nistrativos estabelecidos pela legislação brasileira.

As aquisições, no mercado interno, de mercadorias destinadas à exportação – efetuadas por Trading Companies ou Empresas Comerciais Exportadoras – têm o mesmo objetivo e finalidade, a despeito de algumas poucas diferenças administrativas que ca-racterizam essas empresas e suas respectivas ope-rações de exportação.

Com vistas a evidenciar tais diferenças e seus even-tuais reflexos, a seguir elas são apresentadas e co-mentadas, individual e comparativamente, conforme apresenta José Augusto de Castro, em seu livro Ex-portação. Aspectos práticos e operacionais. 8. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011:

EXPORTAÇÃO DIRETA EXPORTAÇÃO INDIRETA

A) Não incidência de ICMS (Art. 3°, II, da LC n° 87/96);

B) Imunidade de IP I (Art. 18, II, do RIPI);

C) Isenção de P IS/PASEP e COFINS cumulativos (Art. 45,

II, do Decreto n° 4.524/02);

D) Não incidência de P IS/PASEP e COFINS não

cumulativos (Art. 5°, I, da Lei n° 10.637/02 e Art. 6°, I, da

Lei n° 10.833/03).

A) Não incidência de ICMS (Art. 3°, parágrafo único, da LC n°

87/96);

B) Suspensão de IP I (Art. 43, V, do RIPI);

C) Isenção de P IS/PASEP e COFINS cumulativos (Art. 45,

VIII e IX, do Decreto n° 4.524/02);

D) Não incidência de P IS/PASEP e COFINS não cumulativos

(Art. 5°, III, da Lei n° 10.637/02 e Art. 6°, III, da Lei n°

10.833/03).

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Valor AduaneiroEdição 07 6Valor AduaneiroEdição 07 6

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EXPORTAÇÃO D IRETA EXPORTAÇÃO INDIRETA

A) Não incidência de ICMS (Art. 3°, II, da LC n° 87/96);

B) Imunidade de IP I (Art. 18, II, do RIPI);

C) Isenção de P IS/PASEP e COFINS cumulativos (Art. 45,

II, do Decreto n° 4.524/02);

D) Não incidência de P IS/PASEP e COFINS não

cumulativos (Art. 5°, I, da Lei n° 10.637/02 e Art. 6°, I, da

Lei n° 10.833/03).

A) Não incidência de ICMS (Art. 3°, parágrafo único, da LC n°

87/96);

B) Suspensão de IP I (Art. 43, V, do RIPI);

C) Isenção de P IS/PASEP e COF INS cumulativos (Art. 45,

VIII e IX, do Decreto n° 4.524/02);

D) Não incidência de P IS/PASEP e COFINS não cumulativos

(Art. 5°, III, da Lei n° 10.637/02 e Art. 6°, III, da Lei n°

10.833/03).

TRADING COMPANY EMPRESA COMERCIAL EXPORTADORA

* Está sujeita às normas de constituição definidas pelo Decreto-Lei n° 1.248, de 29/11/72.

* Não está sujeita a qualquer legislação específica de comércio exterior para sua constituição.

* Deve ser constituída sob a forma de sociedade por ações, ou seja, S.A.

* É livre para decidir sobre sua forma de constituir-se, podendo ser S.A. ou Ltda.

*Deve ter capital social mínimo de R$ 748.466,66, equivalente a 703.308 UFIR a sua última cotação de R$ 1,0641, antes de ser extinta.

*Está dispensada de apresentar capital social mínimo para operar como exportadora e/ou importadora.

* Além do registro na RFB para operar o Siscomex na exportação e importação, deverá obter ainda o Certificado de Registro Especial para operar como Trading Company, emitido em conjunto pela Secex / Decex e SRRF do Estado em que estiver localizada.

* Está sujeita ao registro na RFB, indispensável para operar o Siscomex na exportação e importação, e inscrição no REI – Registro de Exportadores e Importadores da Secex/Decex, efetuado automaticamente ao realizar a primeira exportação.

* Atualmente não tem compromisso de exportar qualquer montante.

* Nunca teve compromisso de exportar qualquer valor.

* As vendas pelas empresas industriais no mercado interno as TC, com o fim específico de exportação, significam apenas uma intenção de exportar, sem gerar qualquer incentivo antes da efetiva exportação da mercadoria, sendo a saída da mercadoria da empresa industrial feita com suspensão de pagamento do IPI.

* As vendas internas pelas empresas industriais a Comerciais Exportadoras, com o fim específico de exportação, representam apenas uma intenção de exportar, sem gerar qualquer incentivo antes da efetiva exportação da mercadoria, sendo a saída da mercadoria do estabelecimento industrial feita com suspensão de pagamento do IPI.

* As vendas internas as TC, com o fim específico de exportação, serão feitas com a não incidência de pagamento do ICMS, pelo prazo de 90 (primários) ou 180 (manufaturados) dias, conforme o produto, renovável uma única vez por igual período.

* As vendas internas às Comerciais Exportadoras, com o fim específico de exportação, serão realizadas com a não incidência de pagamento do ICMS, pelo prazo de 90 (primários) ou 180 (manufaturados) dias, dependendo do produto e prorrogável uma única vez por igual período.

* Se a mercadoria adquirida internamente pela TC, com o fim específico de exportação, não for exportada no prazo renovável de 90 dias (primários e semimanufaturados) ou 180 (manufaturados) dias, caberá a Trading Company o recolhimento do IPI e ao fabricante o recolhimento do ICMS.

* Se a mercadoria adquirida no mercado interno pela Comercial Exportadora, com o fim específico de exportação, não for exportada no prazo renovável de 90 (primários e semimanufaturados) ou 180 (manufaturados) dias, o fabricante será responsável pelo pagamento do ICMS e a Comercial Exportadora pelo pagamento do IPI.

* O fabricante que vender internamente as TC, com o fim específico de exportação, terá direito à isenção de pagamento da COFINS e do PIS.

* O fabricante que vender internamente à Comercial Exportadora, com o fim específico de exportação, terá direito à isenção de pagamento da COFINS e do PIS.

* O acesso aos incentivos à exportação pelo fabricante ocorrerá apenas após a entrega pela Trading Company do documento “Memorando-Exportação”, acompanhado do Conhecimento de Embarque e do comprovante de exportação emitido pelo Siscomex, caracterizando a realização da exportação da mercadoria, tanto para fins de IPI como ICMS.

* O acesso aos incentivos à exportação pelo fabricante ocorrerá apenas após a entrega pela Comercial Exportadora do documento “Mercadoria-Exportação”, acompanhado do Conhecimento de Embarque e do comprovante de exportação emitido pelo Siscomex, caracterizando a realização da exportação da mercadoria, tanto para fins de IPI como ICMS.

Page 7: Revista Valor Aduaneiro Edição 7

Valor AduaneiroEdição 07 7 Valor AduaneiroEdição 077

José Elias AsbegAFRFB (Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil), especialista na área “aduaneira” pela Escola de Ad-ministração Fazendária (ESAF). Atualmente, lotado na Alfândega do Porto de Belém, onde, desempe-nha atividades no Setor de Fiscalização Aduaneira, na habilitação de importadores e exportadores para

operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e credenciamento de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.

Contato: [email protected]

www.salcologistics.com.br | [email protected]

SALVADOR: Rua Roberto Ottoni, 864 - Valéria - 41301-325 - Salvador - BA - Tel.: + 55 71 3616-0100 - Fax: + 55 71 3616-0105 | FORTALEZA: Av. Eng. Santana Jr., 3000 - Sala 1202 - Cocó - 60192-205 - Fortaleza - CE - Tel: + 55 85 3031-3700 - Fax: +55 85 3031-3701 | RECIFE: Rua Ribeiro Brito, 573 - Sala 610 - Boa Viagem 51021-310 - Recife - PE - Tel./Fax: + 55 81 3037-0616

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EXPORTAÇÃO D IRETA EXPORTAÇÃO INDIRETA

A) Não incidência de ICMS (Art. 3°, II, da LC n° 87/96);

B) Imunidade de IP I (Art. 18, II, do RIPI);

C) Isenção de P IS/PASEP e COFINS cumulativos (Art. 45,

II, do Decreto n° 4.524/02);

D) Não incidência de P IS/PASEP e COFINS não

cumulativos (Art. 5°, I, da Lei n° 10.637/02 e Art. 6°, I, da

Lei n° 10.833/03).

A) Não incidência de ICMS (Art. 3°, parágrafo único, da LC n°

87/96);

B) Suspensão de IP I (Art. 43, V, do RIPI);

C) Isenção de P IS/PASEP e COF INS cumulativos (Art. 45,

VIII e IX, do Decreto n° 4.524/02);

D) Não incidência de P IS/PASEP e COFINS não cumulativos

(Art. 5°, III, da Lei n° 10.637/02 e Art. 6°, III, da Lei n°

10.833/03).

TRADING COMPANY EMPRESA COMERCIAL EXPORTADORA

* Está sujeita às normas de constituição definidas pelo Decreto-Lei n° 1.248, de 29/11/72.

* Não está sujeita a qualquer legislação específica de comércio exterior para sua constituição.

* Deve ser constituída sob a forma de sociedade por ações, ou seja, S.A.

* É livre para decidir sobre sua forma de constituir-se, podendo ser S.A. ou Ltda.

*Deve ter capital social mínimo de R$ 748.466,66, equivalente a 703.308 UFIR a sua última cotação de R$ 1,0641, antes de ser extinta.

*Está dispensada de apresentar capital social mínimo para operar como exportadora e/ou importadora.

* Além do registro na RFB para operar o Siscomex na exportação e importação, deverá obter ainda o Certificado de Registro Especial para operar como Trading Company, emitido em conjunto pela Secex / Decex e SRRF do Estado em que estiver localizada.

* Está sujeita ao registro na RFB, indispensável para operar o Siscomex na exportação e importação, e inscrição no REI – Registro de Exportadores e Importadores da Secex/Decex, efetuado automaticamente ao realizar a primeira exportação.

* Atualmente não tem compromisso de exportar qualquer montante.

* Nunca teve compromisso de exportar qualquer valor.

* As vendas pelas empresas industriais no mercado interno as TC, com o fim específico de exportação, significam apenas uma intenção de exportar, sem gerar qualquer incentivo antes da efetiva exportação da mercadoria, sendo a saída da mercadoria da empresa industrial feita com suspensão de pagamento do IPI.

* As vendas internas pelas empresas industriais a Comerciais Exportadoras, com o fim específico de exportação, representam apenas uma intenção de exportar, sem gerar qualquer incentivo antes da efetiva exportação da mercadoria, sendo a saída da mercadoria do estabelecimento industrial feita com suspensão de pagamento do IPI.

* As vendas internas as TC, com o fim específico de exportação, serão feitas com a não incidência de pagamento do ICMS, pelo prazo de 90 (primários) ou 180 (manufaturados) dias, conforme o produto, renovável uma única vez por igual período.

* As vendas internas às Comerciais Exportadoras, com o fim específico de exportação, serão realizadas com a não incidência de pagamento do ICMS, pelo prazo de 90 (primários) ou 180 (manufaturados) dias, dependendo do produto e prorrogável uma única vez por igual período.

* Se a mercadoria adquirida internamente pela TC, com o fim específico de exportação, não for exportada no prazo renovável de 90 dias (primários e semimanufaturados) ou 180 (manufaturados) dias, caberá a Trading Company o recolhimento do IPI e ao fabricante o recolhimento do ICMS.

* Se a mercadoria adquirida no mercado interno pela Comercial Exportadora, com o fim específico de exportação, não for exportada no prazo renovável de 90 (primários e semimanufaturados) ou 180 (manufaturados) dias, o fabricante será responsável pelo pagamento do ICMS e a Comercial Exportadora pelo pagamento do IPI.

* O fabricante que vender internamente as TC, com o fim específico de exportação, terá direito à isenção de pagamento da COFINS e do PIS.

* O fabricante que vender internamente à Comercial Exportadora, com o fim específico de exportação, terá direito à isenção de pagamento da COFINS e do PIS.

* O acesso aos incentivos à exportação pelo fabricante ocorrerá apenas após a entrega pela Trading Company do documento “Memorando-Exportação”, acompanhado do Conhecimento de Embarque e do comprovante de exportação emitido pelo Siscomex, caracterizando a realização da exportação da mercadoria, tanto para fins de IPI como ICMS.

* O acesso aos incentivos à exportação pelo fabricante ocorrerá apenas após a entrega pela Comercial Exportadora do documento “Mercadoria-Exportação”, acompanhado do Conhecimento de Embarque e do comprovante de exportação emitido pelo Siscomex, caracterizando a realização da exportação da mercadoria, tanto para fins de IPI como ICMS.

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Valor AduaneiroEdição 07 8

No vigésimo dia do mês de setembro de 2012, às 09:00 horas, no AUDITÓRIO DO PRÉDIO SEDE DO MINISTÉRIO DA FAZENDA, Avenida Frederico Pontes, s/n, Edifício do MF, 8º andar, auditó-rio, bairro Comércio, a Comissão Especial para elaborar Estudo Sintético de Viabilidade Técnico e Econômico (EVTE) para implan-tação de Porto Seco, designada pela Portaria SRRF05 nº 200, de 21/07/2012, reuniu-se em Audiência Pública destinada a possi-bilitar à sociedade o direito de manifestação sobre a documen-tação objeto da Concorrência para Outorga de Permissão para Prestação dos Serviços Públicos de Movimentação e Armazena-gem de Mercadorias em Porto Seco, a ser instalado na Região Metropolitana de Salvador, conforme Aviso de Audiência Pública publicado no DOU nº 171, de 03/09/2012, dentro das condições nele contidas e das normas estabelecidas pela Lei nº 8.666/93 e demais legislações pertinentes.

DO OBJETO DA CONCORRÊNCIA Deferir a permissão para prestação dos serviços públicos de mo-vimentação e armazenagem de mercadorias, pelo prazo de vinte e cinco anos, em Porto Seco, para carga geral e frigorificada, a ser instalado em um dos municípios da Região Metropolitana de Salvador.

PREMISSAS PARA CÁLCULO DA DEMANDA

1º) Absorção de carga para o novo porto seco de 20 % do mon-tante de carga unitizada descarregada no Porto de Salvador e Aeroporto Luís Eduardo Magalhães;

2º) O dimensionamento da estrutura operacional mínima a ser exigida em edital do processo licitatório tomou por base a estima-tiva de captação para o 5º ano (2017);

3º) A movimentação base para aplicação do percentual acima referido foi obtida considerando a projeção de crescimento da carga portuária unitizada nacionalizada no estado com base em seu crescimento percentual médio nos últimos 04 anos (2007 – 2011)

O prazo para a sessão de entrega dos envelopes será de 6 me-ses após a publicação do edital;

Fonte: Receita Federal

Novo Porto Seco na Bahia NOVO PORTO SECO NA BAHIA

CONCORRÊNCIA SRRF05 2012ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

No vigésimo dia do mês de setembro de 2012, às 09:00 horas, no AUDITÓRIO DO PRÉDIO SEDE DO MINISTÉRIO DA FAZENDA, Avenida Frederico Pontes, s/n, Edifício do MF, 8º andar, auditório, bairro Comércio, a Comissão Especial para elaborar Estudo Sintético de Viabilidade Técnico e Econômico (EVTE) para implantação de Porto Seco, designada pela Portaria SRRF05 nº 200, de 21/07/2012, reuniu-se em Audiência Pública destinada a possibilitar à sociedade o direito de manifestação sobre a documentação objeto da Concorrência para Outorga de Permissão para Prestação dos Serviços Públicos de Movimentação e Armazenagem de Mercadorias em Porto Seco, a ser instalado na Região Metropolitana de Salvador, conforme Aviso de Audiência Pública publicado no DOU nº 171, de 03/09/2012, dentro das condições nele contidas e das normas estabelecidas pela Lei nº 8.666/93 e demais legislações pertinentes.

DO OBJETO DA CONCORRÊNCIA Deferir a permissão para prestação dos serviços públicos de movimentação e armazenagem de mercadorias, pelo prazo de vinte e cinco anos, em Porto Seco, para carga geral e frigorificada, a ser instalado em um dos municípios da Região Metropolitana de Salvador.

PREMISSAS PARA CÁLCULO DA DEMANDA1º) Absorção de carga para o novo porto seco de 20 % do montante de carga unitizada descarregada no Porto de Salvador e Aeroporto Luís Eduardo Magalhães;

2º) O dimensionamento da estrutura operacional mínima a ser exigida em edital do processo licitatório tomou por base a estimativa de captação para o 5º ano (2017);

3º) A movimentação base para aplicação do percentual acima referido foi obtida considerando a projeção de crescimento da carga portuária unitizada nacionalizada no estado com base em seu crescimento percentual médio nos últimos 04 anos (2007 – 2011)

DEMANDA ESTIMADA (2017)

OPERAÇÃO IMPORTAÇÃOPESO (Ton) 168.727VALOR (R$) 1.658.855.880,00

O prazo para a sessão de entrega dos envelopes será de 6 meses após a publicação do edital;

Fonte: Receita Federal

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Valor AduaneiroEdição 07 9

Petróleo e GásA Expansão de projetos pelo Nordeste e a aplicação dos Regimes Aduaneiros Especiais

A exploração do petróleo no Brasil teve início no Nordeste, especificamente em Salvador, no bairro do Lobato, quando foi descoberto o primeiro poço, em 1932. Daí por diante, a busca pela autossuficiência em petróleo se tornou uma realidade. Nas últimas dé-cadas a exploração do petróleo e do gás natural se intensificou, culminando com a descoberta do Pré-Sal.

No Brasil, as maiores descobertas de petróleo foram feitas recentemente pela Petrobras na camada pré--sal, localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde foram encontrados grandes vo-lumes de óleo leve de alta qualidade e maior valor de mercado.

Diante do grande crescimento previsto nas atividades da Petrobras para os próximos anos, tanto no pré-sal quanto nas demais áreas nas quais ela já opera, a companhia aumentou substancialmente os recursos programados em seu Plano de Negócios. São inves-timentos robustos que garantirão a execução de uma das mais consistentes carteiras de projetos da indús-tria do petróleo no mundo. Serão novas plataformas de produção, mais de uma centena de embarcações de apoio, além de uma grande quantidade de sondas de perfuração e extração a entrar em atividade nos próximos anos.

A revista Exame, inclusive, em sua edição nº 1019 (27/6/2012), abordou este tema como matéria princi-pal, com o título “Pré-Sal e a Nova Economia Brasilei-ra”, em que menciona as oportunidades e os desafios que esta atividade trará nos próximos anos para o povo brasileiro. Parte desta matéria foi voltada para demonstrar de forma enfática o tamanho do desafio

que o Brasil enfrentará para chegar até a camada do Pré-Sal, bem como para extrair toda riqueza mineral que se estima que haja.

Como existe uma grande deficiência nas quantida

des de equipamentos no Brasil para esta atividade (navios-sondas, plataformas etc.), a construção naval brasileira foi reativada para tentar suprir este déficit. É sabido que o Rio de Janeiro é o berço naval do Brasil e que houve uma excessiva concentração desta área ao longo de toda história brasileira.

Todavia esta realidade vem mudando nos últimos anos com a descentralização da construção naval para o Nordeste. Prevendo a necessidade de equipa-mentos para exploração desta descoberta, em 2003 a Petrobras resolveu reativar seus canteiros de obras de São Roque do Paraguaçu no município de Marago-gipe, na Bahia, quando encomendou a PRA-1 (Plata-forma de Rebombeio Autônomo) para as construtoras Norberto Odebrecht e UTC Engenharia, que permitiu a especialização da mão de obra local, empregando milhares de pessoas da região, que, até então, viviam da pesca e do turismo.

Em 2006 esta plataforma foi entregue com sucesso e o estaleiro foi considerado modelo pela Petrobras, que, em virtude deste sucesso, encomendou mais duas novas plataformas de petróleo do tipo “jack-up”, denominadas como P59 e P60, para o Consórcio Rio Paraguaçu, formado pelas empresas Norberto Ode-brecht, Queiroz Galvão e UTC Engenharia. Inclusive, a Presidente da República, Sra. Dilma Rousseff, esteve na Bahia no mês de agosto de 2012 para o “batismo” da primeira plataforma do tipo “jack-up” produzida no Nordeste, bem como para o lançamento da pedra fun-

Fabiano Ornellas, Diretor Aduaneiro do grupo Martins & Medeiros Logística.

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Valor AduaneiroEdição 07 10

damental da construção do novo Estaleiro Enseada do Paraguaçu, que irá produzir uma grande quanti-dade de sonda com investimento em torno de R$ 6 bilhões, conforme divulgado pela imprensa.

Com o advento destas construções os regimes adu-aneiros especiais ligados à área de petróleo e gás natural passaram a ser utilizados e difundidos pelo Nordeste, conforme afirma Fabiano Ornellas, Gerente de Comércio Exterior da Martins Medeiros Logística, empresa especializada em assessoria de comércio exterior com escritórios na Bahia, Pernambuco, Ceará e São Paulo.

A Martins & Medeiros foi a empresa escolhida pe-las construtoras para atuar em diversas regiões do Brasil na assessoria e aplicação dos regimes adua-neiros especiais que dispõem sobre a construção de

plataformas destinadas à pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural, sobretudo do Entreposto Aduaneiro baseado na Instrução Normativa RFB nº 513/2005, que prevê a suspensão de tributos fede-rais, em que o Nordeste foi pioneiro na sua aplicação.

Além dos projetos no estado da Bahia, é relevante destacar o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no estado de Pernambuco, que opera desde 2005 e é formado pe-las Construtoras Queiroz Galvão e Camargo Correa, que já entregou seus primeiros navios à Petrobras no ano passado, utilizando, também, regimes aduaneiros especiais. Para este mesmo estaleiro a Petrobras en-comendou a construção de mais sete navios-sonda.

Há, ainda, mais dois possíveis estaleiros previstos para serem construídos nos estados de Alagoas e Ceará.

Tabela dos Regimes Aduaneiros mais utilizados na área de

Petróleo e Gás

Regime Aplicação

Admissão Temporári

a

Base LegalIN RFB nº 285/03

Importados e m caráter temporário e s em c obertura cambial. Podem ser admitidos no regime os bens destinados:

- a feir as, exposições , congressos e o utro s evento s científicos ou técnicos;

- à pesquisa ou expedições científicas;- a espetáculos, exposições e outros eventos artísticos ou

culturais;- a competições ou exibições esportivas;- a feiras e exposições comerciais ou industriais;- à promoção comercial;- à prestação, por técnico estrangeiro, de assistência técnica

a bens importados, em virtude de garantia;- outros bens definidos na IN no 285 de 14/01/03.

Entreposto Aduaneiro

em Plataforma

s de Petróleo

Base LegalIN RFB nº 513/05

Aplicado à construção ou conversão das plataformas indicadas no art. 1o, ou a seus módulos, poderá ser operado:

I. na própria plataforma em construção ou conversão;II. em estaleiro naval; ouIII. em outras instalações industriais, l ocalizadas à beira-mar,

destinadas à construção de estruturas marítimas, plataformas de petróleo e módulos para plataformas.

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Valor AduaneiroEdição 07 12

Esta “engenharia tributária” operacionalizada no Nor-deste requer expertise de equipes técnicas especiali-zadas em assessoria de comércio exterior.

De acordo com Fabiano Ornellas, da Martins & Me-deiros, para a aplicação dos regimes aduaneiros es-peciais é de extrema importância contar com a con-tribuição do staff das instâncias regionais da Receita Federal, como superintendências e inspetorias, para viabilizar as operações de comércio exterior dentro do cronograma das obras.

Ressalta, ainda, que, de forma pioneira no Nordeste, a Alfândega do Porto de Salvador tem atuado de for-ma a possibilitar a aplicação dos regimes sem perder o controle aduaneiro exigido pelos regimes aduanei-ros especiais do Entreposto Aduaneiro, da Exportação Ficta e do Repetro. Além disso, e não bastando ape-nas cumprir as exigências aduaneiras, estes regimes possuem alto grau de dificuldade de operacionaliza-ção em virtude da necessidade e do uso de sistemas de controle específicos para atendimento da comple-xa legislação aduaneira brasileira, permitindo, assim, ampliar a competitividade em relação aos fornecedo-res externos de plataformas, trazendo o benefício da

desoneração de toda cadeia tributária através deste ciclo combinado de Regimes Aduaneiros Especiais.

O Nordeste brasileiro, através de empresas especia-lizadas em assessoria em comércio exterior, mostra desenvoltura e capacidade técnica para contribuir com a produção de equipamentos nunca antes pro-duzidos no Brasil destinados à pesquisa e prospecção de petróleo, quer seja em terra ou no mar.

Page 13: Revista Valor Aduaneiro Edição 7

Valor AduaneiroEdição 07 13

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Valor AduaneiroEdição 07 14

Robson Sant’Ana e Leandro Werneck *

Os consórcios empresariais consistem numa formação associativa entre corporações e sociedades, por tem-po determinado, para a consecução de empreitadas de interesse comum a todos os consorciados. No orde-namento jurídico brasileiro, eles foram primeiramente previstos pela Lei das Sociedades Anônimas de onde se extrai que os consórcios não possuem personali-dade jurídica própria, respondendo através dos seus consorciados diretamente, portanto.Muito embora seja uma entidade associativa destituída de personalidade jurídica própria, a sua relevância eco-nômica atual é tão grande que o Estado não permite aos consórcios escaparem de fiscalização sobre seus atos, motivo pelo qual boa parte deles, por exemplo, são controlados pela Receita Federal do Brasil, inclu-sive através de inscrição obrigatória em CNPJ o que, repita-se, não concede a eles personalidade jurídica própria.

Este controle se ergue de forma ainda mais contun-dente quando a perspectiva econômica das operações cresce, como é o caso das pretensões de importação e exportação por estes consórcios.

As operações mercadológicas internacionais ocorrem no Brasil sob a regulação simultânea da Receita Fede-ral, do Banco Central e do Departamento de Operações de Comércio Exterior, por intermédio do Siscomex. O Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex – registra e regulariza de maneira informatizada as operações de importação e/ou exportação comerciais praticadas por pessoas físicas e jurídicas.Mas a regularização destas práticas só se dá quando

o importador/exportador obtém a habilitação para operar no comércio exterior, rotineiramente chamada “Radar”.

Quanto aos consórcios entre sociedades, o controle se dá da mesma forma. No entanto, a regulamentação para autorizar a concessão do Radar se alterou bas-tante nos últimos anos.A Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (CO-ANA) é o órgão interno da Secretaria da Receita Fede-ral responsável por regulamentar a concessão de ha-bilitações no comércio exterior. Durante certo tempo, o entendimento predominante era pela possibilidade de concessão de Radar aos consórcios desde que, antes, todas as pessoas jurídicas consorciadas já tivessem obtido tal habilitação, em nome de seu responsável pessoa física.

À época, a regência geral sobre o tema era dada pela Instrução Normativa SRF nº 455/2004, que deixou la-cuna normativa por não tratar do tema dos consórcios de maneira expressa. Em razão disto, vigoravam os dizeres da Coordenação-Geral de Administração Adu-aneira para suprir o espaço deixada sem regulação.Contudo, posteriormente o Secretário da Receita Fe-deral instituiu nova Instrução Normativa que permiti a habilitação de pessoa física responsável pelo consór-cio, desde que já a tenha obtido a pessoa física respon-sável pela pessoa jurídica líder do grupo de empresas.Percebe-se que este novo texto inseriu procedimen-

A HABILITAÇÃO DE CONSÓRCIOS NO SISCOMEX:Possibilidade Jurídica de Concessão de “Radar”

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Valor AduaneiroEdição 07 15

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to diverso daquele previsto no ADE-COANA, que ficou tacitamente revogado. Isto porque o ordenamento jurídico pátrio funciona segundo critérios de hierar-quia e norma inferior não tem força sobre norma su-perior. No caso, os ADE-COANA são elaborados pela Coordenação-Geral de Administração Aduaneira, que é um órgão interno da Secretaria da Receita Federal. As Instruções Normativas, por outro lado, são elaboradas pelo próprio Secretário da Receita Federal; superiores, portanto.

Ou seja, o procedimento mais exigente do ADE-COANA deixou de valer por força da nova Instrução Normativa da Receita Federal que tratou do tema suprindo a omis-são deixada pelo antigo instrumento normativo. E a conclusão pela revogação do procedimento anterior fora confirmada menos de um mês depois pela própria COANA que, regulamentando de forma mais específica

os novos procedimentos de habilitação. Por tais razões, acreditamos que nada impede a con-cessão de habilitação no Siscomex para os consórcios, sendo dependente apenas de habilitação prévia da pessoa jurídica líder do grupo consorciado. O procedi-mento é duplo e sempre vinculado às pessoas físicas representantes: antes a da pessoa jurídica líder, depois a do próprio consórcio.

Robson Sant´AnaAdvogado Tributarista, sócio do Sant´Ana Advocacia e Consultoria. Mestre em Direito Público e Coordenador da Pos Graduação de Direito da Faculdade Ruy Barbo-sa. e-mail: [email protected]

Leandro Wernek Membro do Escritório Sant´Ana Advocacia e Consulto-ria. e-mail: [email protected]

Page 16: Revista Valor Aduaneiro Edição 7

Valor AduaneiroEdição 07 16

Região no litoral sul de Pernambuco já possui

mais de 100 empresas em operação e outras

50 em processo de implantação

Locomotiva do desenvolvimento de Pernambuco, o Comple-xo Industrial Portuário de Suape é considerado um dos prin-cipais polos de investimentos do país. O Porto apresenta es-trutura moderna, com profundidades entre 15,5m e 20,0m e grande potencial de expansão. Sua localização estratégica em relação às principais rotas marítimas de navegação o mantém conectado a mais de 160 portos em todos os con-tinentes, com linhas diretas da Europa, América do Norte e África.

Em 2010, o Instituto de Logística Supply Chain (ILOS) classi-ficou Suape como o melhor porto público do Brasil. Sua in-fraestrutura portuária foi eleita a melhor do Brasil em 2011, pela revista inglesa The New Economy. Situado na Região Metropolitana do Recife, possui área de 13.500 hectares, distribuída em zonas Portuária, Industrial, Administrativa e Serviços, de Preservação Ecológica e de Preservação Cul-tural.

A movimentação portuária cresce em ritmo acelerado e con-solida Suape como um porto concentrador e distribuidor de cargas. Em 2011, a movimentação de cargas ultrapassou os 11 milhões de toneladas e a de contêineres foi maior que 400 mil TEUs, o que representa um crescimento de 25% e 33%, respectivamente, em relação ao ano anterior.

A sua concepção de porto-indústria oferece condições ideais para a instalação de empreendimentos nos mais diversos segmentos. Suape conta com uma infraestrutura terrestre própria, em permanente desenvolvimento e mo-dernização, com ferrovias e rodovias. Será interligado a to-dos os setores produtivos do Nordeste através da Ferrovia Transnordestina. O porto interno, recentemente, ganhou novos berços e, além disso, o Complexo ainda conta com fornecimento de gás natural, energia elétrica, água bruta e água tratada.

Já são mais de 100 empresas em operação, responsáveis por mais de 25 mil empregos diretos, e outras 50 em im-

plantação. Entre elas, indústrias de produtos químicos, naval e logística, que vão fortalecer os polos de geração de ener-gia, granéis líquidos e gases, alimentos e energia eólica, além de abrir espaços em outros segmentos como metal--mecânica e grãos. Tudo isso somado supera os 40 bilhões de reais em investimentos, gera 15 mil novos empregos e mais de 40 mil empregos na construção civil.

Empreendimentos estruturadores

A Refinaria Abreu e Lima, que está em construção no Com-plexo de Suape, é a única no Brasil projetada para proces-samento de petróleo pesado. Com capacidade para 230 mil barris por dia, a Abreu e Lima atenderá a maior parte da demanda de óleo diesel nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, vai produzir coque, nafta, GLP e gás/óleo. O empre-endimento foi orçado em 13,5 bilhões de dólares e a sua operação vai gerar 1.500 empregos diretos.

Suape é o berço da nova indústria naval brasileira. O Es-taleiro Atlântico Sul, o maior e mais moderno estaleiro do hemisfério Sul, com capacidade para produzir navios e pla-taformas de qualquer porte, já está em funcionamento. Além dele, outros três estaleiros estão em fase de implantação: PROMAR, CMO (Construção e Montagem de Offshore S/A) e Galíctio. Juntos, os empreendimentos somam investimentos superiores a US$ 2,3 bilhões e geram mais de 20 mil em-pregos diretos.

No Polo Petroquímico de Suape, que vai gerar 1.800 empre-gos diretos, já foram investidos mais de 2 bilhões de dóla-res. A Petroquímica Suape, com suas unidades de produção de PET, PTA e fios de poliéster, vai impulsionar o Polo Têxtil do Nordeste. A empresa italiana Mossi & Guisolf, referência internacional em resina PET, inaugurou no Complexo a maior fábrica do mundo no setor, propiciando a criação do Polo PET de Pré-forma Plástica. A chegada da Companhia Siderúrgica Suape e a atração de outras indústrias do setor consolida um polo siderúrgico e metal-mecânico no Complexo de Suape. A estimativa é de produzir um milhão de toneladas de metal por ano, suprin-do a demanda local de caldeirarias, tubulações, vasos de

Complexo de Suape: O polo de desenvolvimento mais dinâmico do Brasil

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Valor AduaneiroEdição 07 17

produção e outros componentes utilizados em refinarias e outros empreendimentos.

Investimentos em infraestrutura

Grandes obras estão em curso para atender esses novos empreendimentos. Mais de 600 milhões de dólares foram investidos na construção de novos píers, rodovias e draga-gens. Em novembro de 2011, por exemplo, foram iniciadas a dragagem e derrocagem de aprofundamento do canal de acesso do porto externo. A obra, prevista para ser concluída no final de 2013, tornará o Porto ainda mais competitivo e atrativo para as empresas, pois permitirá receber qual-quer tipo de navio, incluindo os grandes petroleiros e os de minérios. A dragagem possibilitará um aumento de quatro metros na profundidade do canal (de –16m para –20m).Atualmente, Suape possui cinco cais para atracamento no porto interno e um molhe de pedras de proteção em “L”, que abriga três píeres de granéis líquidos, um cais de múltiplos usos e uma tancagem flutuante de GLP, no porto externo. Visando ampliar, ainda mais sua estrutura, quatro novos terminais serão instalados: um para granéis sólidos, outro para açúcar, um novo para contêineres e um quarto

para grãos, com investimento superior a 1 bilhão de dólares até 2013.

Suape Sustentável

Todos os investimentos estão em sintonia com uma política de sustentabilidade social e ambiental da região. E, para garantir o equilíbrio entre crescimento e desenvolvimento socioambiental, foi lançado, em junho de 2011, o projeto Suape Sustentável. O objetivo é desenvolver ações socio-ambientais, além de uma gestão integrada e duradora do território estratégico de Suape.

O fórum é composto por nove secretarias estaduais (SDEC, SASR, SCJ, SEDSDH, SEMAS, SECMULHER, SEPLAG, STQE e SETRA), Estaleiro Atlântico Sul, Refinaria Abreu e Lima (RNEST), Petroquímica Suape, CSS, BNDES, BNB e Agência Condepe/Fidem) organizadas em grupos de trabalho. As ati-vidades dos grupos buscam transformar o Complexo Indus-trial Portuário de Suape e o seu território estratégico em um modelo de desenvolvimento econômico, social e ambiental, colaborando com a melhoria da qualidade de vida de toda a região.

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Valor AduaneiroEdição 07 18

Aparecida Alves *

Cada vez que envia ao Despachante Aduaneiro docu-mentos de embarque em desacordo com a legislação para que instruam a Declaração de Importação, o im-portador corre o risco de arcar com custos muito altos.

De acordo com o Art. 18 IN SRF nº 680/06, combi-nado com o Art. 553 do Regulamento Aduaneiro, são os seguintes os documentos que instruem a Decla-ração de Importação:

• Via original do Conhecimento de Carga ou docu-mento equivalente

• Via original da fatura comercial assinada pelo exportador

• Packing List (romaneio de carga) quando apli-cável e

• Outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou Legislação Espe-cífica. Ex.:

• MIC/DTA, quando via de transporte for rodoviária (IN DpRF nº 56/91 e IN SRF nº 12/93)

• Certificado de Origem.

Quando o importador não cumpre essa determinação legal a fiscalização aduaneira poderá arbitrar o preço da mercadoria para fins de determinação da base de cálculo, no caso de dúvida quanto ao preço pratica-do, conforme critérios definidos no Art. 88 da MP nº 2.158/01. A fiscalização aduaneira poderá, ainda, apli-car cumulativamente, sem prejuízos de outras eventu-ais penalidades cabíveis, as seguintes multas:

• 5% do valor aduaneiro das mercadorias importa-das; e

• 100% sobre a diferença entre o preço declarado e o preço efetivamente praticado na importação ou entre o preço declarado e o preço arbitrado (art.70 da Lei nº 10.833/03)

Em nossa prática diária verificamos que a maioria dos problemas ocorre na inadequação da fatura comercial, quase sempre com chancela no lugar da assinatura ou descrição incompleta da mercadoria, entre outros. Por esse motivo, nesse artigo vamos focar nela.

Transcrevemos abaixo o que determina o Art. 557 do Regulamento Aduaneiro quanto ao preenchimento da Fatura Comercial:

A fatura deve conter as seguintes indicações • Nome e endereço, completos, do exportador; • Nome e endereço, completos, do importador; • Especificação das mercadorias em português

ou em idioma oficial do Acordo Geral sobre Ta-rifas e Comércio, ou, se em outro idioma, acom-panhada de tradução em língua portuguesa, a critério da autoridade aduaneira, contendo as denominações próprias e comerciais, com a indicação dos elementos indispensáveis a sua perfeita identificação. Os idiomas oficiais do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio são o inglês, o francês e o espanhol;

• Marca, numeração e, se houver, número de re-ferência dos volumes;

• Quantidade e espécie dos volumes; • Peso bruto dos volumes, entendendo-se, como

tal, o da mercadoria com todos os seus reci-pientes, embalagens e demais envoltórios;

• Peso líquido, assim considerado o da mercado-ria livre de todo e qualquer envoltório;

• País de origem, como tal entendido aquele onde houver sido produzida a mercadoria ou onde ti-ver ocorrido a última transformação substancial;

• País de aquisição, assim considerado aquele do qual a mercadoria foi adquirida para ser expor-tada para o Brasil, independentemente do país de origem da mercadoria ou de seus insumos;

• País de procedência, assim considerado aquele onde se encontrava a mercadoria no momento de sua aquisição;

Documentos de Instrução da DI

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• Preço unitário e total de cada espécie de mercado-ria e, se houver, o montante e a natureza das redu-ções e dos descontos concedidos ao importador;

• Frete e demais despesas relativas às mercadorias especificadas na fatura;

• Condições e moeda de pagamento; e • Termo da condição de venda (INCOTERM).•

É de suma importância o Importador entender que o pa-pel desempenhado pelo Despachante Aduaneiro de fazer críticas, ressalvas ou recomendações para que a docu-mentação de embarque seja corrigida antes do Despa-cho Aduaneiro não tem como objetivo “burocratizar” o processo, mas sim zelar para que seu cliente possa ter sua mercadoria liberada sem interrupções no despacho, no menor tempo possível e sem pagamentos de multas e/ou outras despesas ocasionadas por instrução de DI em desacordo com o que determina a nossa Legislação Aduaneira.

LEGISLAÇÃO:Regulamento AduaneiroLei nº 10.833/03MP nº 2.158/01IN SRF nº 680/06IN SRF nº 12/93IN DPRF nº 56/91

Aparecida AlvesDiretora Executiva da Organização Paulo Rocha Ltda em Fortaleza. Docente no Curso de Comércio Exterior da Faculdade Lourenço Filho – Mestranda em Educação pela USAL – Universidad Del Salvador, Buenos Aires – MBA em Logística, Distribuição e Transportes pela UCSAL, Universidade Católica do Salvador.

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Carolina Silveira *

As empresas do co-mércio exterior e, mais especificamen-te, os despachantes aduaneiros sabem que nas operações do comércio exterior errar pode ser até considerado ato pró-prio da natureza hu-mana, mas sai caro!

Recentemente, a assessoria de comunicação social da Receita Federal do Brasil (RFB) divulgou números que demonstram a eficiência da Aduana Brasileira na arre-cadação de tributos e multas. De 2010 para 2011 a arrecadação proveniente de multas por erro procedi-mental cresceu 3% e, no geral, a arrecadação vincula-da ao comércio exterior somou R$ 77,1 bilhões, 8% do total da apuração nacional em 2011.

No entanto a eficiência da Receita Federal na arrecada-ção de multas pode mudar. Os operadores do comércio exterior já estão recorrendo ao Judiciário para reaver os valores pagos a título de multas administrativas, já que está sedimentado o entendimento de que, em não havendo prejuízo efetivo à fiscalização e no reco-lhimento de tributos, a cobrança poderá ser relevada quando não comprovada a má-fé.

Hoje, as principais multas rechaçadas são:

PODER JUDICIÁRIODETERMINA A RESTITUIÇÃO DAS MULTAS COBRADAS NAS OPERAÇÕES DO COMÉRCIO EXTERIOR

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Valor AduaneiroEdição 07 22

1. Multa por apresentação de fatura comercial em desacordo com o art. 557 do Regulamento Adu-aneiro. Exemplo: Erros relacionados às informações constantes na fatura ou na entrega desta em cópia.

2. Multa por informações incorretas, por mero equívoco, na Declaração de Importação. Exemplo: Omissões e enganos relacionados às informações que não causam prejuízo à fiscalização e ao pagamento de tributos (país de origem, porto, nome comercial, entre outros).

3. Multa por deferimento da Licença de Importa-ção após o embarque da mercadoria em razão do atra-so na apreciação da Licença pelos órgãos anuentes.

4. Multa por aposição de etiquetas trocadas nas cargas e, ainda, declaração de importação registrada com descrição equivocada. Mero engano.

5. Multa em razão da entrega dos documentos instrutivos do despacho aduaneiro fora do prazo esta-belecido pela RFB (Comunicado Sadad nº 09/2009).

6. Outras multas em razão de mero erro mate-rial, ineficiência do Poder Público e criadas através de instruções normativas e comunicados.

Vejamos algumas decisões dos nossos Tribunais:

PREENCHIMENTO INCORRETO DA GUIA DE IMPOR-TAÇÃO. MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE OBRI-GAÇÃO ACESSÓRIA. INAPLICABILIDADE. PRE-JUÍZO DO FISCO. INEXISTÊNCIA. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. Com efeito, está assente no e. STJ o entendimento do descabimento da multa por descumprimento de obrigação acessória, quando inexistente prejuízo para o fisco. Prece-dentes. 5. Apelação a que se dá provimento, para re-formar a sentença, julgando procedentes os embargos à execução, com condenação da Fazenda Pública em honorários advocatícios fixados em 5% sobre o valor da execução, com fundamento no art. 20, § 4º, do CPC. Custas ex lege. AC 199751010166199 AC - APELAÇÃO

CIVEL - 321041 E-DJF2R - Data::05/10/2010 - Pági-na:123/124 STJ

PENAL E PROCESSUAL PENAL - CRIME CONTRA A OR-DEM TRIBUTÁRIA - DENÚNCIA PELO ART. 1º, IV, DA LEI 8.137/90 - REJEIÇÃO DA DENÚNCIA - MULTA REGULA-MENTAR DO IPI - ART. 365, CAPUT E I, DO DECRETO 87.981/82 - MULTA ADMINISTRATIVA, ISOLADA E AUTÔNOMA - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ESTRITA - NÃO OBSERVÂNCIA - ATIPICIDADE DA CONDUTA - PRECEDENTE DO TRF/1ª REGIÃO - RECURSO IM-PROVIDO. (TRF/1ª Região, ACR 2003.35.00.003672-4/GO, Rel. Juiz Federal Convocado Pedro Braga Filho, 3ª Turma, unânime, e-DJF1 de 31/07/2009, p. 17).

Conforme se depreende dos acórdãos acima ementa-dos, os tribunais superiores enaltecem os princípios da razoabilidade e da legalidade para afastar a aplicabi-lidade de multas por descumprimento de obrigações acessórias.

No que se refere ao princípio da legalidade, a jurispru-dência tem se consolidado no sentido de que a criação de obrigação tributária acessória é matéria sujeita ao princípio da reserva legal, revestindo-se de ilegalidade a sua instituição através de instrução normativa ou co-municados.

Quanto ao princípio da razoabilidade, segundo a dou-trina, este atua como delimitador da atividade adminis-trativa:

“Enuncia-se com este princípio que a Administração, ao atuar no exercício de discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sin-tonia com o senso normal de pessoas equilibradas e respeitosas das finalidades que presidiram a outorga da competência exercida.

(...)Não se imagine que a correção judicial baseada na vio-lação do princípio da razoabilidade invade o ‘mérito’ do ato administrativo, isto é, o campo de ‘liberdade’ con-ferido pela lei à Administração para decidir-se segundo

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uma estimativa da situação e critérios de conveniência e oportunidade. Tal não ocorre porque a sobredita ‘li-berdade’ é liberdade dentro da lei, vale dizer, segundo as possibilidades nela comportadas. Uma providência desarrazoada, consoante dito, não pode ser havida como comportada pela lei. Logo, é ilegal: é desbordan-te dos limites nela admitidos.”

Sendo assim, os contribuintes que realizaram paga-mento de multas relacionadas ao descumprimento de obrigação acessória nas operações do comércio ex-terior por mero erro material, por ineficiência do Po-der Público ou em razão de penalidades criadas por normas infralegais poderão recorrer ao Judiciário para requerer a restituição dos valores pagos nos últimos cinco anos, haja vista a inobservância, pela Receita Fe-deral do Brasil, dos princípios constitucionais da razo-abilidade e da legalidade.

Carolina SilveiraAdvogada e coordenadora do núcleo tributário e aduaneiro do ESCRITÓRIO FERNANDO NEVES ADVOGADOS ASSOCIADOS. Forma-da em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Pós-Graduanda em Planejamento Tributário pela Laureate Inter-national Universities.

Contato: [email protected]

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Valor AduaneiroEdição 07 24

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) pode ser conside-rada o grande marco inicial das relações internacionais do mundo moderno. A “Grande Guerra”, mais do que a conti-nuação da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), mostrava que o capitalismo necessitava ampliar os seus tentáculos para sobreviver.

O processo de internacionalização do sistema capitalista iniciado com a queda do Muro de Berlim e o fim da URSS fomentou a necessidade dos países do globo terrestre se fortalecerem para encarar os novos desafios propostos pelo mundo pós-Guerra Fria. O novo cenário foi marcado pela reafirmação da busca incessante de novos mercados, visto que a dinâmica do poder militar foi fragilizada pela ascensão do poder econômico, transformando os indivíduos de solda-dos para consumidores.

O sistema produtivo tornou-se ávido por ultrapassar as fronteiras nacionais, pois o espaço interno já não era sufi-ciente para garantir a sua sobrevivência, tendo que alcançar novos espaços para imprimir a sua marca e consolidar o tão sonhado crescimento duradouro, cujo oxigênio é o lucro. Os países passaram a visualizar que, sozinhos, estariam fada-dos ao processo de seleção natural, e a estratégia para manter a longevidade competitiva era a união e/ou integra-ção.

Em 1951 o velho Continente, com a criação da Comunida-de Europeia do Carvão e do Aço (CECA), e, mais tarde, em 1957, com o Tratado de Roma, institui um mercado comum com a criação da Comunidade Econômica Europeia. Este fato já denotava que um país, sozinho, era um mero grão de areia no deserto. O Tratado de Maastricht, em 1992, formalizou regras claras de cooperação econômica, política e segurança entre 27 países de todas as partes do conti-nente, nascendo a União Europeia.

No caso específico da América, duas forças emergiam na tentativa de alcançar espaço e mercado. A primeira força, que nasceu em 1994, foi o NAFTA (North American Free Trade Agreement), liderado pelos EUA, tendo o Canadá e o México como atores coadjuvantes. A estratégia era aumen-tar as relações comerciais e serviços entre estes países, ajustando suas economias, ganhando competitividade no cenário de globalização econômica e produtiva.

Numa escala não menos importante, os países do Cone Sul, através do Tratado de Assunção, de 1991, com Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, faziam nascer o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul). Tendo, ainda, Chile, Bolívia, Peru e Venezuela como membros-associados, este Bloco acom-panhou a trajetória do processo de integração regional da América Latina, cujo marco inicial foi a Comissão Eco-nômica para América Latina e Caribe (CEPAL). Mais tarde, foi aprofundada na Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) e consolidou-se com a Associação Latino--Americana de Integração (ALADI), originada pelo Tratado de Montevidéu, em 1980. Neste ordenamento não se deve esquecer que o processo regional de formação do MERCO-SUL foi a Bacia do Prata, a qual é o cerne geográfico desta integração.

Na Ásia, mais importante que o Bloco liderado pelo Japão, que já viveu os seus anos dourados, como se esquecer do “Grande Dragão Chinês”? Este “Dragão” ficou adormecido por anos e agora lança as suas poderosas chamas (produ-tos) que propiciam o seu crescimento econômico.

A China tem uma cultura milenar, cheia de simbolismos e peculiaridades a serem analisadas e entendidas. Com a cria-ção da “Nova China”, em 1949, o crescimento econômico chinês se desenvolveu rapidamente. Todavia tal modelo de crescimento econômico é híbrido e deve ser entendido com muitos critérios e atenção. Tendo como fundamento a Teoria de Adam Smith, vemos que a mão invisível do mercado é completada pela mão visível do Estado, através de maci-ços investimentos (infraestrutura), intensa industrialização e incentivo às exportações. Observa-se que duas das três variáveis que compõem o PIB (Investimentos + Exportações + Consumo das famílias) são diretamente incentivadas e direcionadas para alavancar o crescimento econômico. O grande desafio é equilibrar as acentuadas disparidades so-ciais entre a população urbana que melhora constantemente de padrão de vida, e a rural, fadada cada vez mais à pobre-za absoluta.

Desde a sua entrada na OMC (Organização Mundial do Co-mércio), em 2001, a China pode ser até mesmo confundida em relação ao seu verdadeiro papel no âmbito das relações internacionais. Seria um país ou uma indústria? Tudo que é utilizado e comercializado no mundo, desde uma seringa hospitalar até um automóvel de última geração, tem o carim-bo “made in China”. E, nesta esfera constante de produção,

O novo ator das relações políticas e econômicas internacionais do século XXI

BRICS

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este país não leva em consideração os impactos ambientais causados não apenas para os seus habitantes, mas, tam-bém, para todo o planeta Terra. Hoje, ela já é a segunda maior potência econômica mundial, ficando atrás apenas dos EUA, que luta a todo custo para superar o processo de estagnação econômica, mas sem sucesso aparente, para manter a sua hegemonia global.

Neste cenário de intensas integrações nasce um novo mo-delo pautado nas políticas de crescimento econômico dos países membros, neste caso economias emergentes, extra-polando os limites territoriais de outrora. Com esta análise percebe-se que o que está em discussão não é mais as fron-teiras regionais dos continentes, e sim a estratégia comum de crescimento econômico e cooperação dos países. Assim, nasce o “BRICS”.

O termo foi idealizado pelo economista inglês Jim O’Neill, do grupo financeiro Goldman Sachs. Inicialmente chamado de “BRIC”, o grupo contava com Brasil, Rússia, Índia e China. Mais tarde, com a entrada da África do Sul, foi incorporada a letra “S”. A característica comum destes países é o bom nível de crescimento econômico. O BRICS não é um bloco econômico regional, e sim uma aliança de países que bus-cam competitividade no cenário internacional, defendendo interesses comuns.

Vejamos, isoladamente, o atual contexto destes pa-íses:

O Brasil, cujo processo de crescimento ainda é pautado na exploração dos recursos naturais, é o país que menos cres-ce na aliança. Do ponto de vista da renda, já houve avanços na distribuição, mas ainda de forma tímida, culminando com a alta concentração de renda hoje vivida. Neste cenário, o empresariado nacional está mais maduro e busca cada vez mais mercado com o processo de internacionalização.

A Rússia obteve o seu crescimento com a venda de matérias-primas para os países da antiga URSS e Europa Ocidental, especificamente a Alemanha. As principais maté-rias-primas vendidas são gás, petróleo, minérios e metais. Um fator que merece ser destacado neste país é a falta de confiança da governança das empresas e do ambiente de negócios.

A Índia tem um rápido crescimento populacional e grandes bolsões de pobreza extrema, acentuados pelo sis-

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Valor AduaneiroEdição 07 26

tema de castas. Um fato em que leva vantagem é a facilidade com a língua inglesa, idioma das negociações internacionais, tendo, ainda, grandes famílias empreendedoras desenvol-vendo verdadeiros conglomerados de empresas.

A China, principal parceiro comercial do Brasil no BRICS, é a economia mais forte desta aliança e todo o pro-cesso econômico deste país está nas mãos do Governo. Com taxas médias de crescimento em torno de 10% ao ano nos últimos anos, se tornou um grande polo global de atração de investimentos estrangeiros, e suas principais empresas passam por um consolidado processo de internacionaliza-ção.

A África do Sul foi o último país a entrar na aliança e sua entrada reafirma que o mundo vive um momento de intensas mudanças e transformações, caracterizado pela multipolaridade e interdependência. Mesmo com a econo-mia, a população e o crescimento do PIB sendo bem in-feriores que os dos demais participantes, a África do Sul possui boas relações bilaterais com os demais países do BRICS e suas empresas desejam se expandir nas economias da aliança. A sua entrada pode também ser vista como uma articulação dos demais países para penetrarem no mercado africano, sobretudo da China. Todavia a África do Sul tem o desafio de, no longo prazo, mudar a sua imagem, marcada pelo apartheid.

Os países que compõem o BRICS passaram, re-centemente, por um processo de estabilização econômica e recebem diversos investimentos estrangeiros em variados setores da economia. Para manter o contínuo crescimento necessitam investir em infraestrutura (estradas, portos, fer-rovias e aeroportos), pois, sem ela, não ocorrerá o incre-mento da produção industrial e aumento das exportações. Hoje, de acordo com dados do Banco Mundial, o BRICS re-presenta cerca de 15% do PIB mundial, 20% da superfície terrestre e quase a metade da população mundial. Além disso, é o principal fornecedor de recursos naturais, em es-pecial energéticos, em que Brasil e Rússia figuram como os principais expoentes.

Além da infraestrutura, estes países necessitam investir na qualificação da sua mão de obra e, sobretudo, na erradicação das mazelas sociais, presentes de forma acentuada, consequência da concentração de renda. Tais desigualdades já estão diminuindo, porém de forma lenta e paulatinamente.

À medida que estes países mantiverem o processo de crescimento econômico poderão, num futuro próximo, se transformar em grandes economias.

Abaixo, segue o PIB dos países que compõem o BRICS, de acordo com dados do Banco Mundial de 2011, em US$:

• Brasil: 2,5 Trilhões; • Rússia: 2,1 Trilhões; • Índia: 2,0 Trilhões; • China: 7,7 Trilhões; • África do Sul (2010): 524 Bilhões.

Um fato que também merece ser destacado é a vulnerabilidade externa destes países. As exportações fo-ram um dos caminhos que levaram o BRICS ao crescimento econômico tão comentado e celebrado. A crise da econo-mia americana e a crise europeia, hoje vivida, ocasionaram numa significativa redução das vendas externas, o que fez com que a indústria se desacelerasse e, consequentemente, o PIB. Um exemplo claro foi a queda das exportações chi-nesas para o bloco europeu, que propiciou visível declínio nas perspectivas de crescimento. A crise europeia se deu basicamente por questões fiscais, levando alguns países a gastarem mais do que arrecadaram de impostos e capital de investidores. Para se financiar, passaram a acumular dívi-das, não conseguindo mais controlar seu próprio capital.

O grande desafio do BRICS será transformar o seu poderio econômico em influência geopolítica em órgãos mul-tilaterais, acenando para a necessidade de uma reforma do sistema político e econômico mundial e a formação de uma nova ordem global na qual os países emergentes ocupem posições de merecido destaque, pois são o oxigênio econô-mico no atual contexto internacional agravado pelas crises estadunidense e europeia.

Darlã SantosGerente Regional Nordeste – Tora Transportes IndustriaisMestrando em Desenvolvimento Regional e Urbano - UNI-FACSProfessor de Pós-graduação e Graduação – UCSAL, UNIPES-SOA e Universidade Estácio de Sá (FIB) em Salvador (BA).

Contato: [email protected]

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A InfraPortos South America, realizada com sucesso por 3 anos como evento simultâneo à Intermodal Sou-th America, ganha status de feira independente e será realizada em Santos, cidade que abriga o maior porto da América Latina. O evento contará com 6mil m2 de pavilhão e área externa interativa para demonstração de equipamentos de alta tecnologia em infraestrutura portuária e movimentação de cargas, além de ampla programação de conferências técnicas.

“A InfraPortos chega num momento oportuno, devido ao planejamento do governo federal e à estratégia da Presidente Dilma Rousseff de alocar verbas para in-vestimentos na infraestrutura dos portos brasileiros,” afirma Michael Fine, gerente do portfólio de feiras de transporte da UBM Brazil.

Michael complementa: “O objetivo da InfraPortos é promover o encontro entre portos, terminais e ope-radores portuários com fabricantes de equipamentos e tecnologias em um momento em que a indústria de infraestrutura portuária passa por acentuado cresci-mento econômico, motivada pela necessidade de au-mentar a produtividade, eficiência e competitividade dos portos do país”.

Entre os dias 22 e 24 de outubro de 2013, no Mendes Convention Center em Santos, compradores e forne-cedores terão a oportunidade de se encontrar para realizar novos negócios, em uma feira voltada exclu-sivamente para o setor e realizada pela UBM Brazil, empresa líder na organização de feiras para o setor de transportes na América Latina.

Investimentos significativos no setor portuário já foram previstos para este ano, em pronunciamento durante a Intermodal South America 2012, o diretor geral da Antaq, Tiago Lima, destacou que os investimentos em instalações portuárias são da ordem de R$ 30 bilhões.dores brasileiros e de outros países da América Latina.

Organizadora da feira Intermodal South America, lança feira de negócios voltada para o setor de infraestrutura portuária

UBM Brazil

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Valor AduaneiroEdição 07 28

O Decreto nº 7.567, publicado em 16 de setembro de 2011, regulamentou os arts. 5º e 6º da MP nº 540/2011, os quais tratam da redução do IPI para o Setor Automotivo, e alterou a Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

O caput e o § 2º do art. 2º, e os Anexos III e IV do refe-rido Decreto estabeleceram que as empresas fabrican-tes no País dos produtos mencionados, dentre os quais podem ser destacados os automóveis de passageiros e os veículos automóveis para transporte de mercado-rias, poderão usufruir da redução de alíquotas do IPI definida em 30 pontos percentuais, até 31.12.2012.

Inicialmente, pelo prazo de 45 dias, todas as empresas fabricantes destes produtos no País ou que contratam sua industrialização por encomenda, que atendiam os requisitos especificados e estavam em situação de re-gularidade fiscal, foram habilitadas provisoriamente ao benefício. Após o término deste prazo, a fruição desta redução ficou condicionada à habilitação definitiva das empresas beneficiárias junto ao Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Em contrapartida, o Decreto nº 7.567/2011 estabele-ceu a elevação da alíquota do IPI dos mesmos produtos em 30 pontos percentuais, para aqueles fabricantes que não atenderem os requisitos determinados. Esta medida causou polêmica entre os empresários do setor automotivo, que inclusive cogitaram o seu questiona-mento na OMC - Organização Mundial do Comércio, por considerá-la discriminatória e inconstitucional.

Além da insatisfação dos empresários brasileiros do setor automotivo, que cogitaram reclamar na Organi-zação Mundial do Comércio (OMC), tal medida foi ques-

tionada durante a Reunião do Comitê de Acesso ao Mercado da OMC, pelo Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, em meados de outubro de 2011.

Às vésperas do encerramento da vigência das medi-das, o governo brasileiro, trabalha na elaboração de novas regras para a concessão de redução da alí-quota do IPI para veículos importados, com o objetivo de evitar reclamações e possíveis punições pela OMC, fatos que podem ocorrer, caso as regras atuais forem prorrogadas.

Não podemos ainda, esquecer das novas regras para o Regime Automotivo, para o período de 2013-2017, que estimulou novas empresas à implantarem seus projetos de fábricas no país, as quais receberão de volta parte do IPI, conforme descrito no Decreto nº 7.716/2012, depois que suas unidades industriais ini-ciarem a produção, com isso diversas fábricas foram implantadas em todo o país.

Ressalta-se que com tantas alterações, os importado-res e fabricantes, deverão estar atentos às disposições governamentais, para não aplicarem alíquota diferen-te da vigente, correndo o risco de autuado pelo fisco, além da possibilidade de não utilizar os benefícios e recolher tributo à maior, comprometendo todo o plane-jamento estratégico e financeiro da empresa.

Fonte:Consultoria de Comércio Exterior do ComexDataThomson Reuters - FISCOSoft

Para evitar problemas com a OMC Governo Federal estuda alterar ipi para automotivo

Page 29: Revista Valor Aduaneiro Edição 7

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Eventos

Valor AduaneiroEdição 07 30

EventosEventosDurante o ano de 2012 a REVISTA VALOR ADUANEIRO já esteve presente em diversas feiras e eventos. Veja fotos:

1 – Julia Lomanto (Tecon Salvador), Ana Claudia Barros (Eadi Empório) e Bárbara Gomes (Tecon Salvador) durante a BAHIA FARM

SHOW na cidade de Luis Eduardo Magalhães, interior da Bahia.2 – Jinny Lim (Supply Logistics), Helder Santana (Samskip) e amigos durante o 13º HAPPY HOUR COMEX em Salvador.

3 – Andrea Loureiro, Gerente Nordeste da DHL (1ª esquerda) e equipe comercial em evento realizado no inicio do ano em Salvador.

4 – Monica Sturm (Jose Rubem Transportes), Cida Alves (Organização Paulo Rocha) e colega durante a FENAGRI em Petrolina (PE).

5 – Valeria Requião (Diretora do Grupo ÔMEGA) ao centro, junto com Fabian Siemann (Gerente de Importação da G-LIGHT), Mauricio

Plaza (Diretor da Revista Valor Aduaneiro) e Edval (Maritima)6 – Auditor Fiscal da Receita Federal, Helio Sandro Pereira, durante o Curso de Despacho de Importação, realizado pela Revista

Valor Aduaneiro, em Salvador.

6 – Auditor Fiscal da Receita Federal, Helio Sandro Pereira, durante o Curso de Despacho de Importação, realizado pela Revista 2

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