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FAQ - Faculdade XV de Agosto Revitalização de comércio varejista Aluno: Adriano Carollo Neto Socorro - 2005

Revitalização de comércio varejista - faq15.edu.br · de layout, arranjo físico, benchmarking e pesquisa. 2.1 - Layout De acordo com Cury (2000, p 386), o layout corresponde a

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FAQ - Faculdade XV de Agosto

Revitalização de comércio varejista

Aluno: Adriano Carollo Neto

Socorro - 2005

FAQ - Faculdade XV de Agosto

Revitalização de comércio varejista

Aluno: Adriano Carollo Neto Professor: Décio Alves de Oliveira

Trabalho de conclusão de curso

apresentado à Faculdade XV de Agosto,

Curso de Administração.

Socorro - 2005

Agradecimentos

Agradeço, em primeiro lugar, a Deus por conceder-me todas as condições para

que fosse possível cursar uma faculdade, a qual ampliou meus conhecimentos e

horizontes.

À minha esposa e família, que me apoiaram em todos os momentos dessa

etapa.

Aos professores, pela dedicação com que participaram para que se tornasse

realidade esse objetivo pessoal,

É com alegria e satisfação que agradeço também às inúmeras pessoas que

contribuíram para a elaboração deste trabalho final. Sem esta ajuda provavelmente

não seria possível a conclusão do estudo.

Meu agradecimento se torna coletivo e de uma forma muito especial marca um

período que ficará para sempre guardado em minha vida.

Resumo

O presente trabalho refere-se à elaboração de novo layout para uma loja de revistas, livros e jornais, no ramo de comércio de varejo há quase 30 anos. Esta empresa apresentava um espaço físico favorável, mas seu aproveitamento estava inadequado, fazendo com que perdesse a oportunidade de melhor exposição e apresentação de seu produto. Ou seja, a composição harmônica entre fachada, vitrine, layout, comunicação visual, a exposição e a apresentação dos produtos não eram exploradas adequadamente, perdendo novos clientes, causando queda em suas vendas. Com a mudança do layout, visando racionalizar a utilização da área física existente, criou condições de conforto e comodidade ao cliente, estimulando-o a circular por todas as áreas em um ambiente agradável. O novo layout funciona ainda como verdadeiro indutor das compras, proporcionais ao tempo de permanência dentro da loja, e conseqüentemente aumenta o volume de vendas. Tudo aliado a um visual merchandising que se identifica com o cliente e estabelece ligações emocionais. O resultado deste trabalho buscou a revitalização adequada e estratégica para o aumento do fluxo de clientes na loja e a melhoria da satisfação destes. Através da excelência no atendimento, obteve ainda um considerável aumento em sua receita.

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO............................................................................................ 06 1.1 - A EMPRESA ANALISADA............................................................... 07 1.1.1 Organograma......................................................................... 08 2 - Referencial Teórico..................................................................................... 09 2.1 Layout....................................................................…......................... 09 2.1.1-Mobiliário/ Circulação e Outros Espaços............................... 11 2.2 Benchmarking.......................................……...................................... 12 3 - METODOLODIA......................................................................................... 13 4 - RESULTADOS........................................................................................... 16 4.1 Análise dos resultados...................................................................... 17 4.1.1 Tabela e gráfico do questionário............................................ 18 4.2 Discussão dos resultados................................................................. 21 5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 22 6 - REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO.............................................................. 23 7 - ANEXOS..................................................................................................... 24 Anexo 1. Planta do layout........................................................................ 24 Anexo 2. Foto da porta de acesso da loja............................................... 25 Anexo 3. Foto da área interna e do balcão da loja.................................. 26 Anexo 4. Questionário aplicado aos clientes........................................... 27

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1 - Introdução

Nos últimos tempos o mundo vem passando por grandes mudanças, cada vez

mais novas adequações, visando ao desenvolvimento e à inovação num mercado

que cada vez mais se estreita e onde prevalecem os melhores.

A expansão da economia e a globalização acabam sendo os principais

responsáveis pelas mudanças contínuas, que visam às exigências de mercado.

Clientes querem o melhor produto ou serviço pelo menor preço.

Com esse raciocínio, observamos que o layout de uma loja é o cartão de boas-

vindas, devendo sempre manter um bom aspecto, para chamar a atenção e

conquistar novos clientes.

A organização interna é importante para conquistar a clientela. Mas não

podemos esquecer que antes de chegar a esse ponto, o cliente precisa cruzar a

porta, ou seja, precisa interessar-se em entrar na loja.

De nada adiantará um ambiente interno prático e bonito, se a fachada da loja

espantar o cliente com sua projeção externa inadequada. Nesta busca por novos

meios e métodos, cria-se uma questão importante para uma boa gestão

empresarial: até que ponto a revitalização do comercio varejista contribui para o

sucesso da empresa?

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1.1 - A empresa analisada

A empresa em estudo é uma organização familiar, constituída em 1980, com a

finalidade de comercialização e distribuição de revistas, livros e jornais no Circuito

das Águas Paulista. Com a denominação Crisviland Revistas Livros e Jornais Ltda,

está estabelecida na cidade Socorro. Pioneira na cidade no comércio de revistas e

jornais, na época tinha uma grande consolidação no mercado.

Nos meados do ano de 1990 a sua administração ficou comprometida por

fatores desconhecidos, não conseguindo uma gestão eficaz. Sendo assim, em 1999

sua administração foi substituída. Seus novos gestores enfrentaram grandes

problemas: dívidas da gestão anterior com fornecedores; insatisfação dos clientes;

falta de capital de giro; desgaste em sua imagem empresarial e conseqüentemente

dificuldades em realizar inovações que tiveram de ser organizadas em duas etapas

de reestruturação (física e administrativa). O resulto foi uma empresa enxuta,

organizada, que conquistou uma nova imagem, obtendo um retorno dos antigos

clientes e ampliando a diversificação de produtos comercializados como: cd’s,

dvd’s, vhs’s, cd-rom’s, doces, livros diversos, revistas, bilhetes lotéricos, cartão para

celulares, cartões para telefones públicos, filme fotográfico, entre outros artigos.

Seus clientes provêm de diversas localidades, como: Munhoz/MG, São

Paulo/SP, região do ABC e Socorro/SP. Como direcionamento futuro, a empresa

pretende tornar-se uma loja de conveniência e de recebimentos de contas em

parceria com a Nossa Caixa Nosso Banco.

Atualmente a loja possui cinco colaboradores, dispostos em nível hierárquico

relativamente simples. A rápida comunicação interna contribui para a agilidade dos

processos de gestão, no intuito de alavancar novos mercados e clientes.

A seguir poderemos observar a apresentação do organograma da empresa

analisada através da figura 1.

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Diretor de staff

Atendente comercial

Auxiliar administrativo

Diretor comercial

Diretor administrativo

organ

Figura 1- Organograma da Crisviland Revistas, Livros e jornais.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

No organograma acima (figura 1) cada cargo é referente a um colaborador da

ização.

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2 - Referencial teórico

Serão apresentados referenciais teóricos que definem a elaboração do estudo

de layout, arranjo físico, benchmarking e pesquisa.

2.1 - Layout

De acordo com Cury (2000, p 386), o layout corresponde a um arranjo de

todos os processos envolvidos em uma instituição, onde a principal preocupação é

a melhor forma de interagir o ambiente envolvente com as pessoas buscando uma

harmonia entre ambos. O projeto de um layout tem que focar quatro objetivos:

• Otimizar o ambiente com as pessoas para toda organização;

• Racionalizar o fluxo de operações e processos;

• Racionalizar a disposição física dos postos de trabalho, buscando o

aproveitamento de espaço útil;

• Minimizar a movimentação de pessoas nas atividades dentro da ambiência

organizacional.

Para Cury (2000, p 386), a partir desses quatro princípios pode-se desenvolver

as etapas da elaboração de um layout, que consiste na melhor analise de processo,

visando o comportamento das pessoas, processos, métodos.

Ainda para o mesmo autor a primeira etapa é o levantamento que consiste em

um analista desenvolver a situação atual. Na segunda etapa a critica do

levantamento que baseia na busca de melhoria, colocando projeção atual com as

novas idéias, baseada na legalidade existente em sua instituição. Logo após o

analista verifica o planejamento da solução que busca o fechamento das novas

adaptações que fica sob responsabilidade da equipe que projeta o novo layout. Por

último vem a critica do planejamento e as negociações das soluções julgadas

ótimas pelos usuários do novo layout e a implantação do projeto.

Já para Oliveira (2000, p. 349) o arranjo físico ou layout representa grande

importância, proporcionando para a instituição maior economia e produtividade,

viabilizando melhores colocações e disposições dos instrumentos de trabalho,

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buscando a melhor opção para o meio que envolve os equipamentos e o fator

humano da instituição.

O arranjo físico apresenta um dinamismo relacionado à evolução dos sistemas, bem como ao aprimoramento técnico-profissional dos funcionários alocados no sistema considerado. Portanto, representa um assunto para o qual o analista de sistemas, organização e métodos devem proporcionar forte atenção. Um aspecto a ser evidenciado é que o arranjo físico também pode afetar o comportamento das pessoas, pela alteração nos métodos e no processo de trabalho.

Conforme o mesmo autor, as etapas do projeto de arranjo físico baseiam-se

em primeiro lugar no levantamento da situação atual em que se encontra a

instituição, analisando estudo do local, dos materiais, suas distribuições, do fluxo

das pessoas e suas atividades relacionadas e analise do ambiente. Em segundo

busca o estudo das soluções alternativas, que devem se iniciar considerando as

medidas padrões para o desenvolvimento das atividades.

E para Slack et.al. (1999, p. 160) o arranjo físico é:

O arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com a localização física dos recursos de transformação. Colocado de forma simples, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção. O arranjo físico é uma das características mais evidentes de uma operação produtiva porque determina sua” forma “e aparência. É aquilo que a maioria de nós notaria em primeiro lugar quando entrasse pela primeira vez em uma unidade de operação. Também determina a maneira, segundo a qual, os recursos transformados – materiais, informação e clientes – fluem através da operação. Mudanças relativamente pequenas na localização de uma máquina numa fábrica ou dos bens em um supermercado, ou as mudanças de salas em um centro esportivo, podem efetuar o fluxo de materiais e pessoas através da operação. Isto e, por sua vez, pode afetar os custos e a eficácia geral da produção.

E ainda para Slack et.al. existem razões práticas e importantes para a tomada

de uma decisão de arranjo físico na maioria das situações apresentadas:

• Arranjo físico é normalmente um processo difícil e de longa duração de

implantação, devido à complexidade das dimensões físicas dos recursos de

transformação movidos;

• Uma nova revitalização do arranjo físico de uma operação existente pode

interromper o processo parcialmente ou por completo.

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Segundo o Sebrae (s.d), para que sua loja demonstre ao cliente uma

impressão de que tudo funciona adequadamente, é necessário um bom layout, uma

boa distribuição de suas áreas. Ela garante a funcionalidade das atividades e seu

resultado influenciará nas vendas. A porta de entrada deve facilitar ao máximo o

acesso, com uma largura mínima para comportar a passagem de cadeira de rodas,

evitando desníveis no piso, facilitando o acesso aos usuários. Uma circulação

confortável no interior da loja requer corredores amplos, planejados como vias de

mão-dupla, e que propiciem uma visão plena dos produtos e que não atrapalhem o

cliente em sua compra, nem na passagem de outras pessoas no mesmo corredor. A

exposição dos produtos tem que ser de forma organizada, alocando os produtos

com os temas, setores, altura e idade adequada, para que o cliente localize a

distribuição dos produtos. Para tirar um melhor proveito do espaço, é preferível

colocar o maior número de itens em exposição a ter grandes quantidades de um

mesmo produto. Nas áreas de vendas é fundamental garantir ao vendedor um

espaço confortável de acesso à mercadoria e atender o cliente sem

constrangimento. A na área destinada ao estoque deve estar prevista no layout, de

acordo com as necessidades do negócio e o tipo de produto, perecível ou não. Ele

deve estar em local acessível para abastecer a área de vendas e não pode subtrair

espaço de exposição e vendas.

2.1.1 - Mobiliário/ Circulação e Outros Espaços

Para o Sebrae (s.d.), a fachada é um excelente meio de oferecer uma visão

positiva da loja. Deve ser a mais direcionada possível, voltada ao público que

pretende atrair e aos produtos e serviços que tem a oferecer. Mas além da fachada

existe a possibilidade de uma vitrine externa, que é onde se exibem produtos. Dá

também uma idéia da personalidade da loja, num primeiro contato do cliente com o

interior da loja. Uma das vantagens proporcionadas é o contato mais próximo com o

produto antes da compra, estimulando a curiosidade e o interesse.

Segundo o Sebrae (s.d.) é no caixa que fica o ponto de observação para

controlar o movimento da loja. Deve ser discreto para não desviar a atenção do

cliente da área de vendas e suficientemente visível para que não tenha dificuldade

de achá-lo na hora de pagar. O balcão é um dos elementos que definem a

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circulação: de um lado fica o cliente; de outro, o vendedor, que ali demonstra os

produtos. Suas dimensões e localização não devem dar a impressão de um

obstáculo entre o cliente e a mercadoria, tornando a circulação o mais livre possível,

sugerindo ao cliente a melhor direção para examinar as mercadorias, sem nada que

desvie seu interesse dos produtos expostos, sobretudo daqueles aos quais se quer

dar maior destaque.

2.2 - Benchmarking

Segundo Maximiano (2000), benchmarking é uma técnica de comparação

entre as organizações, concorrentes ou não, buscando as melhores práticas da

administração, visando a identificar e ganhar vantagens competitivas.

Sua utilização começa na definição da pesquisa de processo ou produto a ser

comparado. Análise do método para a obtenção dos dados para realização da

coleta, o estudo e a interpretação dos dados sobre a organização escolhida como

marco de referência. Essas comparações poderão ser copiadas e implementadas.

Para Sorio (2005), benchmarking é um processo contínuo de comparação dos

produtos, serviços e das práticas empresarias entre os mais fortes concorrentes ou

empresas reconhecidas como líderes.

É um processo de pesquisa que permite realizar comparações de processos e

práticas nas organizações para identificar o melhor do melhor e alcançar um nível

de superioridade ou vantagem competitiva.

O benchmarking surgiu como uma necessidade de informações e desejo de

aprender depressa como corrigir um problema empresarial. Em sua aplicação é

necessário que as organizações que buscam o benchmarking como uma

ferramenta de melhoria, assumam uma postura de "organização que deseja

aprender com os outros", para que possa justificar o esforço investido no processo.

Essa busca das melhores práticas é um trabalho intensivo, que consome tempo e

requer disciplina. Portanto, benchmarking é uma escola onde se aprende a

aprender.

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3 - Metodologia

Para realização da revitalização, objeto deste projeto, utilizaram-se várias

ferramentas de administração, sendo uma delas o benchmarking,

Este projeto surgiu no momento em que foi detectado o problema, a falta de

fluxo de pessoas na loja, pois o visual não atraía o cliente e o acesso ficava

reduzido apenas a pessoas que já tinham conhecimento ou por uma necessidade

direta. O projeto se justifica também pela necessidade de mudança, já que o

comércio varejista é um mercado cada vez mais competitivo.

O primeiro passo do projeto foi buscar qual a tendência de layout nos

comércios locais. Isto exigiu uma pesquisa de layout’s existentes no mercado

através de visitas, acesso a sites e opiniões de pessoas que adaptaram seu

comércio a um layout modernizado. Chegou-se à conclusão de que no mercado

atual a tendência era definitivamente a adaptação do vidro blindex na porta de

acesso ao estabelecimento, possibilitando um padrão atualizado e uma excelente

visualização da loja.

Após a conclusão sobre o melhor modelo para adaptação, foi preciso analisar

o local de implantação, ou seja, onde o comércio está inserido. De nada adiantaria

pesquisar e chegar à melhor alternativa para a revitalização sem analisar o local de

instalação, projeção dos comércios vizinhos e a disposição de espaço físico do

estabelecimento para futura adaptação. Aprovada a viabilidade da instalação,

precisou-se avaliar os elementos necessários para alteração, tudo que influencia

direta ou indiretamente o ambiente externo e interno para a efetivação do projeto:

instalação elétrica, cobertura, arquitetura, espaço para projeção da abertura da

porta de acesso.

A próxima etapa é a área financeira. Qual a disponibilidade necessária de

recurso financeiro independente de empréstimos, pois os juros eram altos e sem

previsão de retorno financeiro em curto prazo. A estratégia para essa solução foi

buscar acordo entre o locatário e o locador, através de reuniões com o síndico do

prédio, para a aprovação do projeto da revitalização. Para começar a efetivação do

projeto, teve que se verificar o melhor dia em que a loja poderia começar a reforma

e o dia em que a empresa teria condições de trabalhar. Esse trabalho duraria cerca

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de três dias e a loja não poderia ficar fechada. Por esse motivo foi necessário criar

um cronograma junto aos profissionais, pois esse processo teve vários profissionais

trabalhando ao mesmo tempo, tendo que buscar a melhor forma de alocar o tempo

e espaço para efetivação das atividades dos profissionais (serralheiro, pedreiro,

eletricista, vidraceiro e pintor).

No inicio dos trabalhos, um profissional da loja ficou encarregado de

supervisionar o andamento do projeto, dando total atenção aos profissionais

contratados. Logo após a conclusão da adaptação do layout externo foi trabalhado

o arranjo físico interno, buscando a melhor adequação dos expositores para o fluxo

das pessoas e a disposição dos produtos na loja, o balcão ficou ao lado da porta de

acesso aos clientes e a projeção dos expositores buscou melhorias na visualização

das revistas em menor espaço físico, essa distribuição visou também pontos

estratégicos para a compra, como por exemplo, os produtos de maior consumo, que

é os jornais ficou exposto no final da loja, fazendo com que o cliente circule a loja

toda para a compra deste. Com o projeto concluído foram realizadas duas

pesquisas com objetivo de avaliar a satisfação do cliente e a melhoria do

movimento da loja. Para a pesquisa do aumento do fluxo de pessoas foi feito um

comparativo financeiro, abrangendo o trimestre de agosto, setembro e outubro de

2004 e o mesmo trimestre de 2005. E o outro instrumento de avaliação foi a aplicação de um questionário com

três perguntas de múltiplas escolhas com possibilidades de respostas abertas.

Segundo Lakatos e Marconi (1991), o questionário aplicado se classifica em

perguntas de estimação ou avaliação, que consistem em medir o nível de

contentamento dos entrevistados, através de uma escala com vários graus de

intensidade para um mesmo item, aplicando a técnica de múltipla escolha

facilitando sua tabulação de resultados. Junto à alternativa existe a possibilidade de

o entrevistado descrever as respostas em aberto, dando a oportunidade de declarar

sua opinião sem comprometer a tabulação.

Essa combinação de respostas de múltipla escolha e a de respostas abertas

possibilita mais informações sobre o assunto, fortalecendo a visão do entrevistado

em sua resposta.

O questionário se divide em três partes. Na primeira parte avalia-se o layout

externo da loja com cinco itens, segunda sobre o layout interno com quatro itens de

avaliação e o terceiro sobre a limpeza e o ambiente. No final do questionário

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aplicado existe um espaço para o entrevistado descrever opiniões adicionais. Esse

questionário foi aplicado com vinte clientes, escolhidos aleatoriamente.

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4 – Resultados

Crisviland Revistas, Livros e Jornais obteve como resultado da revitalização do

seu layout uma grande satisfação dos seus clientes. O questionário aplicado

comprovou o nível de aceitação da nova adaptação e indicou as sugestões de

mudança do ponto de vista dos entrevistados, como a iluminação interna, a

melhoria no letreiro e também ponto de grande crítica, a calçada. O problema esta

sendo solucionado através de órgãos públicos. Existe um projeto da prefeitura para

a revitalização das calçadas pertencentes à rua Dr. Campos Salles.

Em relação à disposição da fachada, a loja obteve um aumento do fluxo de

pessoas, já que a visualização ficou limpa e aberta com a porta de blindex, podendo

assim colocar em destaque as principais revistas. Com a localização do balcão

frontal, o cliente é abordado diretamente, obtendo maior confiabilidade e conforto

em seu acesso e na visita à loja.

No aspecto financeiro, a loja teve um aumento, em relação ao comparativo dos

trimestres, no valor de R$ 4.719,33, comprovando que o projeto de revitalização do

comércio varejista era viável, e o retorno, garantido.

A conseqüência de todo esse projeto foi à modernização do estabelecimento

comercial junto com a aceitação de seu público, trazendo grandes benefícios para

sua gestão empresarial.

Também deve se considerar um ponto positivo em relação ao arranjo físico

interno, a localização do balcão, onde ficou de frente ao acesso da loja, dando mais

tranqüilidade e segurança aos clientes.

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4.1 - Análise dos resultados Gráfico de movimento financeiro entre os trimestres de 2004 e 2005

Figura 2- Movimento financeiro para analise das ações e reações pós-revitalização.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

O gráfico a seguir traz em sua representação dados financeiros de um

trimestre anterior ao projeto de revitalização da empresa, e um período posterior,

com o levantamento do movimento da mesma época para confrontação de dados e

possíveis análises.

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4.1.1 - Tabela e gráfico do questionário

Legenda dos gráficos Ótimo Bom Ruim

Gráfico 1. – gráfico referente ao questionário sobre o layout externo.

Layout externo

02468

10121416

A B C D E

Tabela e Gráfico 1- Resultado do questionário referente ao aspecto do layout externo da loja.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

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Gráfico 2. – gráfico referente ao questionário sobre o layout interno.

Layout interno

0

2

4

6

8

10

12

14

A B C D

Tabela e Gráfico 2- Resultado do questionário referente ao aspecto do layout interno da loja.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

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Gráfico 3. – gráfico referente ao questionário sobre limpeza e ambiente.

Limpeza e Ambiente

0

2

4

6

8

10

12

14

A B C D E

Tabela e Gráfico 3- Resultado do questionário referente à limpeza e ambiente da loja.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

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4.2 - Discussão dos resultados

Confirme resultados apresentados nos gráficos, os níveis de satisfação dos

clientes em reação ao layout externo são: 39% como ótimo, 53% como bom e 8%

como ruim. Em relação ao layout interno os resultados foram: 42% como ótimo,

37% como bom e 1% como ruim. E por último em relação à limpeza e ao ambiente,

foi 53% como ótimo, 44% como bom e 3% como ruim. Os resultados nos mostram

que a revitalização teve uma boa aceitação. Por ser um questionário com respostas

em aberto, o cliente pôde citar sua sugestão para a melhoria, ajudando a solucionar

os focos de crítica.

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5 - Considerações Finais

O projeto de revitalização do layout comercial é hoje um fator de diferenciação.

Deve levar sempre em conta a individualidade do consumidor, a criatividade, os

estilos e tendências que estão se renovando. Conhecendo seu público-alvo e

respeitando as condições do produto ofertado, pode se criar um ambiente

convidativo e cômodo. Produtos e serviços que atendem às necessidades dos

consumidores e tornem a compra uma experiência prazerosa, conseqüentemente

vão proporcionar aumento significativo das vendas.

E com o layout aplicado, visando às últimas tendências do mercado varejista,

a Crisviland Revistas, Livros e Jornais obteve uma imagem positiva e ganhou a

licitação para a abertura de correspondente bancário da Nossa Caixa Nosso Banco.

A loja vai começar a receber contas de consumo, tributos, taxas, impostos, saque e

depósitos, exigindo ainda um arranjo físico apropriado. Com essa prestação de

serviço, o aumento do fluxo de pessoas na loja será de 40%.

Para o futuro, a loja tem projetos de parcerias para efetuar pagamentos de

contas dos comércios junto à Associação Comercial de Socorro/SP. E a médio

prazo planeja o aumento de produtos a serem comercializados: artigos de

charutaria e presentes entre outros no mercado consumidor.

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6 - Referencial bibliográfico CURY, Antonio. Organização & métodos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2000. p 386 – 388.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1991. 270 p.

MAXIMIANO, C. A. Antonio. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000. p. 221.

OLIVEIRA, P.R. Djalma. Sistemas, organização & métodos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2000. p 349 – 350.

SEBRAE, Como organizo uma loja? São Paulo: Sebrae, Disponível em: < www.sebraesp.com.br>. Acesso em 19.08.2005.

SORIO, Washington. O que é benchmarking. São Paulo: GUIARH, 2005. Disponível em:<www.grandesprofissionais.com.br>. Acessado em 25.10.2005.

SLACK, Nigel et al Administração da produção edição compacta. São Paulo: Atlas, 1999. p. 160 – 177.

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7 - Anexos

Anexo 1 – Planta do layout

Anexo 1- Planta do arranjo físico da loja.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

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Anexo 2 – Fotos da porta de acesso da loja

Foto 1 e 2 - Foto da porta de acesso da loja antes da revitalização.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

Foto 3 e 4 - Foto da porta de acesso da loja depois da revitalização.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

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Anexo 3 – Fotos da área interna e do balcão da loja

Fotos 1 e 2 - Foto da área interna e do balcão da loja antes da revitalização.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

Fotos 3 e 4 - Foto da área interna e do balcão da loja depois da revitalização.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.

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Anexo 4 – Questionário aplicado aos clientes

Questionário de avaliação

do layout da loja Nome:

Idade: Profissão: Com que freqüência você visita a loja:

Diariamente. 5 vezes por semana. 3 vezes por semana. I - Layout externo da loja Ótimo Bom Ruim Comentário Exposição do letreiro (fachada) Canteiro de jardim Vitrine Calçada Porta de acesso

Observação:

II - Layout interno da loja Ótimo Bom Ruim Comentário Organização e localização do balcão Modelo do expositor Organização das revistas Espaço físico para circulação

Observação:

III - Limpeza e Ambiente Ótimo Bom Ruim Comentário Limpeza externa Limpeza interna Limpeza dos expositores Iluminação Ventilação

Observação:

Opiniões / sugestões / críticas

Anexo 4 - Questionário aplicado aos clientes da loja.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor.