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AnnoIV o- ASSIGNATÜBAS ( Recife ) Trimestre 4$000 Anno 16$000 (Interior e Províncias) Trimestre 4$500 Anno 18$000 As assignaturas come- çam em qualquer tempo e terminam no ultimo deMar- ço, Junho, Setembro e De- zembro.Publica-se to- dos os dias. PAGAMENTOS ADIANTADOS 't.líi Recife5—Terça-feira 23 de Marfiô de 1875 ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERAL Vejo portodaparteumsymptõrna,que rneassusta pela libredade dasuações e<laIgreja:aceütraKsação- Um dia os povos despertarão clamando:—Onde nossas liberdades? p.tfEtxx.-Disc. noGongr. de ¦ Malines, 1864. N. 542 .+. [CORRESPONDÊNCIA A Redação acceita e agra* dece a collaboração. A correspondência politi* ca será dirigida árua Duque de Caxias u.50 1* andar. Toda a dernaiB correspon- - dencia,annunciosereclania- çõesserãodirigidosparao es* criptorio da typographia á rua do XMFEBABGXt N.77. PAGAMENTOS ADIANTADOS, Bdicção de hoje 1600. '.---Rogamos- aos nos- sos assignantes, que se-acham em atrazo, o, favor de mandarem satisfazer suas assig- naturas. QUALIFICAÇÃO DE VO- TANTES ¦ Chamamos a attenção dos nossos amigos para o seguinte conselho . " O centro liberal acon- sellia aos sens corarelisfio- narios políticos ,d.a Corte e das provincias a máxi- ma üscalisação e vigilan- cia nas próximas quali- íicações eleitoraes, cum- prindo qne sejamempre- gados todos os recursos da lei contra as iran.des on injustiças* que com- metteni as juntas qualiíi- cadoras.'' IS"ada temos a accres- centar,, porque os nossos amigos cpmpréhèndem a importancia. do assumpto- NOIÂ .Recife, 22 de Março de 1875. E' Verdade que exãste ©sa- tr© iji'o'9 <í5 6>.oil0'r j_*©$8éaS ? II Tendo nós dito em artigo anterior que o regular exercício do governo monarchico constitucional representativo dependia es- sencialinente da moralidade do rei, o que somente havia um correetivo á seus desvios que era a verdade da rop'reseutação nacional .cabe-nos agora examinar,-se,a realeza, no Brazil tem-se mantido 11a a,ttitiule moral em qne devo estar.-r.,, E antes de tudo examinaremos o livre- •mente do art. 10. § G.. da Constituição. A palavra tem dois sentidos : pode expri- mir a ausência de coácção qualquer que ella seja na nomeação o demissão dos ministros de estado pelo poder moderador, on então, o que para nós é mais curial, a conformidade do exercício dessa áttribuiçâo coroa com os altos interesses do estado, e sempre com os votos da nação, votos que o Imperador julgar serem o da maioria dos cidadãos bra- ziíeiros ; para o que a Constituição art. 101 §!'5" deu-lhe a grande arma da dissolução da câmara temporária. O Imperador, se.errar, tem o correctivo das eleições, que serão o tribunal supremo, em^que possa ser julgado o alvifcro por elle tomado'- da dissolução.' O livremente, neste ultimo caso ó um pre- dicado que . suppõe-se, existir n'urn ente, a quem o systema constitucional elevou á ca- thegoria de pessoa divina, fora dos moveis menos ligitimos, o quo somente devem ex- primir os altos e justos motivos de sua alta e justa razão. Para nós o livremente tem a significação da liberdade em Deus, que não pode obrar senão o que c justo e verdadeiro. O livremente, neste sentido transcendental, exprime uma espécie de fatalidade pela qual o rei infallivelmeute cumpre, o que é mais conveniente, mais justo, dadas certas e de- terminadas emergências. ¦Não tem razão todos quantos adoptando a irresponsabilidade do poder moderador, ain- da mesmo oom a referenda dos ministros da. estado, censurados em seus actos. A verdade, porem, é que a irrrespónsabi-, lidade no chefe do estado é, diante da razão, uma cousa tão pouco admissível quanto a in- fallibilidade no chefe da Igreja.- Tal enxerto em nossa Constituição, tal contrasenso, falsêa bodo nosso edifício con- stitucional. A pedra angular que deram-lbe para base tem a travessa faculdade de ineli- nar-se para este ou aquelle lado, fazendo pender conisigo todo o edifício! Vejamos agora o que exprime um rei com- titucional ou um rei divino, um rei iwlüico ou um rei humano. Dizemos rei divino ou rei político, porque; verdadeiramente existe antinomia entre es- tes dois attributos do poder neutro, irrespon- savel. Este poder, pelo espirito da Constituição, gira n'uma esphera de acção superior ás fra- gilidades das cousas humanas. Eüe hão soffre ficcionalmente, ao menos, a contingen- cia do erre. da queda. A politica suppõe uma tal possibilidade. Ella éascienciado homem de estado, sciencia fallivel,que nunca pode ser equiparada aquella sciencia, iner- rável do rei. A Constituição declarando no art. 10, que quatro são os poderes políticos, commette uma espécie de erro, como os naturalistas quo classificassem os espíritos, como um quarto reino da natureza Os espíritos pertencem também a terra, mas não constituem um reino á parte. O poder moderador fazendo parte inte- graute da Constituição, não devia constituir nella um poder separado. O creador de igual invenção teria sido mais lógico, se delle fali asse, como se falia na Constituição da graça de Deus, que um brazileiro, bom catholico deve crer ter des- cido sobre ella no momento de sua concepção, e que tendo todavia um poder aquelle que nol-a outorgou, entendeu não dever fazer dei]a uma potência na Carta. O poder neutro, irresponsável, devera de ser antes um poder constituinte e não con- stituidu. Se alguém merece ter as áttribuições deste poder 6-a nação, que não „pode delegal-o a ninguém. As urnas são a expressão deste poder que 1 não pode ter senão na assembléia legislativa um incompleto e deficiente representante. O eixo ou o tribunal supremo de um go- verno deve ser o corpo legislativo,-organisado de modo que o elemento conservador o o movei se corriiam um pelo outro. Oièmedio que foram buscar ao poder nio.r derador para as agitações e erros dos corpos ideliberántes, não valo mais quo o mal a que é applicado com a differença que os repre- sentantes dp povo, ainda em seus desrqáh- dos, são eohos da sociedade em fermento. Nos »pòvos não envenenados pelo vírus da corrupção não ha receiar o reinado da anar- chia. Por uma lei providencial elles che- são atravez das guerras civis o das revolu- ções a tíonstituirem-se definitivamente^ ' E nada então ha que possa substituir es- sas agitações que são nas sociedades, o que são "as tempestades no mundo physico: limpam a atnaosphera social dos miasmas que faziam soffrer a justiça e o bem estar dos cidadãos. E' por esta razão quo entendemos quo nos governos dos povos livres a preeminencia de um podei-, sobre os outros deve estar no corpo legilativo. Preseguiremos. apresentado pelo governo supprimindo os subsídios, concedidos aos bispos catholicos, acaba'de ser approvadõ pelo parlamento da Allemanha do Norte. Londres, 20—A regata annual de barcos de Putney em Mortlake, entre os alumnos das universidades de Oxford e Cambridge, realisou-se hoje. Oxford bateu Cambridge por quatro com- primontos. Versailles, 20—A assembléa nacional foi adiada, por causa das festas da Paschoa, de hoje até 11 de maio próximo. A questão d'uma dissolução da assembléa serve de assumpto á innumeros commenta- rios;' mas nenhuma resolução se tomou por ora á esse respeito. Affirma-se que os membros da esquerda aprov^itar-se-hão.das ferias parlamentares para fazer no paiz uma certa propaganda favorável á dissolução. Madrid, 19—Celebrou-se um convênio com o general Cabrera, pelo qual elle adhere ao governo do rei D. Affonso XII. Madrid, 21—O general Cabrera prestou ' juramento de fidelidade nas mãos do rei D. Affonso. COMMERCIAES Paris, 19—Titulos da renda franceza 108 francos e 31 ceiitimos. Cambio sobre Lon- dres 25 francos e 25 centimos por £. Paris, 20—Titulos da renda franceza 108 francos o 30 centimos. Cambio sobre Lon- dres '25' francos e 26 1|2 centimos por libra. Berlim, 19—Cambio sobre Londres 205— 80 jíãrcks pfeennige por libra. Bèrllu, 20—Cambio sobre Londres 206 siARCKS prcnnige por libra. Londres, 19—As casas bancarias clescon- tam a 3 íj,4 °/° ou l\i Ia abaixo da taxa offi- ciai do baaco de Inglaterra. Consolidados •açaí» insrlezes de 3 "A a 98. Fundos brasileiros de l«l empréstimo do anno de 1865, a 96 lj2. Mercado alteração Mercado bem os preços Londres 3 a 93 café calmo, e os preços sem de assucar activo, mantendo-se 20—Consolidados ihglezes de undos brasileiros de 5 j>, empres- timo do amo de 1865, a 96 1[2. Mercado, alteração Mercado se boja 10, tes do Bra d., e o de í rante a si mento: Venderam Sendo d de caie calmo, e os preços sem de assucar animado. LiverpoJl 19—Mercado de algodão cal- mo, e cs ir ecos sem alteração ; venderam- )00 fardos, sendo 1.000 procedon- il; o de Pernambuco bom 8 lpl ntos idem 8 d. por libra ; du- mana nouve o seguinte movi- Importará)!^ se S57,000 fardos ¦ Brazil8,000 » 102,000 Sondo dd Brazil7,000 » Deposito en ser770,000 i Sendo et Brazil50,000 ». Mercado de assucar áctiv.o, mantendo-se bem os pre os ; vendeu-se o carregamento de 5,300 snjeos de Maceió, pelo navio Iron ízão de 19 sh. e 6 d. pelas 112 20—Mercado de algodão cal- í OHR.II.A r_reIcspaBn-mas.> Transcrevemos da folha official, os seguintes: , POLÍTICOS Berlim, 20 ns março—O projecto de lei Croion, a libras. LiVERíppl. mo, os preços sem alteração ; venderam-se hoje 8,000 feios, dos quaes 500 proceden- tes do Brazl. Havre; li—Algodão de Pernambuco or- dinario 97 fkncos, eo de Sorocaba idem 93 francos poloj? 50 ldlogrs. Mercado de café activo, e os preços firmes. Havre, '2p—Algodão ordinário de Per- nambuco 97[francos os 50 ldlogrs. Mercado de café activo, mantendo-se bem os preços. axtüerpi.L 19—Mercado de café regular, e os preços irmos. Antuérpia, 20—Mercado de café activo, e os preços firmes. - Southampton, 20—Procedente da Ameri- ca do Sul chegou aqui hontem o paquete in- glez Douro, dai companhia royal mail. New-Yorx 19—Cambio sobre Londres 4 ^-77 1x2. Preço do ouro 116 1x2. Mercado de café muito calmo, tendendo '¦'¦ os preços a baixar; o do Bio fair cargoes1 16, e o good cargoes 16 7\8 oents por libra. '0 Algodão mediano uplands 16 3p3 cents "-•' por libra ; as chegadas de hoje aos portos dos Estados-Unidos elevaram-se a 9,000 fardos. New-York, 20—Cambio sobte Londres 4—81. Preço do ouro 116. Mercado de café calmo, e os preços sem alteração; o do Rio fair cargoes 16, e o good caegoes 16 3j4 cents por libra. Algodão mediano üplands 16 lp2 cents por libra ; as chegadas de hoje aos portos dos Estados-Unidos elevaram-se a 5,000 fardos. Bio de janeiro, 20—Cambio sobre Lon- dres 26 3{4 a 26 7{8 d. particular. Cambio sobre Paris 356 rs. por franco. Chegou hoje aqui, procedente de Monte- vídeo, o paquete inglez Neva, da companhia royal mail. Bahia, 20—Nada se fez hoje em transac- ções cambiaes. (HavasBeüter) da Provin- Cia O Jornal do Recife de hontem pu- blicou que, por portarias da presidência da provincia de 10 e 13, e officio de 19 do cor- rente ; —Foram exonerados dos lugares de sub- delegados de policia os Srs. ofíiciaes hono- rarios : capitão 'Manoel de Carvalho Paes de Andrade Gouvim e alferes Manoel dos Reis Espíndola, os;te do districto de Beberi- be, e aquelle do districto do Maranguape de Olinda. —Foi demittido do lugar de escrivão do presidio de Fernando de Noronha, o Sr. Francisco Xavier Alves dos Santos. •- Foi declarado ao brigadeiro comman- dante das armas que os ditos ' Srs. officiaes honorários, que foram exonerados de subde- legados de policia, deviam ser desligados dos corpos em quo se acham addidos e as- sim dispensados do serviço. —Segundo publicou o Diário do mesmo dia, por portarias da presidência da provin- cia de 17 do corrente, foi creado um distric- to de subdelegacia no termo de Cimbres, com a denominação de—Alagoinha,—e ten- do os limites seguintes : partindo da fazen- da Catolé, no limite de Pesqueira e Cimbres seguo para o nascente pela estrada geral até Varzinha o d'áhi a fazenda Lagoa de Cavai- los, donde segue pela estrada de S. Bento, deixando para o novo districto a fazenda Libèraláihhá ú todas as que ficam ao poente da mesma estrada até encontrar a freguezia de S. Bento que faz o seu limite ao sul, as- sim como a de Cimbres faz ao poente ; e fo- ram nomeados: Luci Camello Pessoa de Siqueira, Antônio Bento Gomes de Almeida, Manoel Antanio de Torres Gálindo e Manoel da Costa e Souza, subdelegado, 1-, 2-, e 3- supplentes do districto de Alagoinha ; Gon- calo Francisco Accioly Lins, subdelegado do 3- districto do termo de Serinliãem ; Jero- nymo Pacheco de Albuquerque, 1- supplen- te do subdelegado do districto do Olho d'A- gua dos Bredos, do termo de Cimbres ; e José Bernardo de Almeida, subdelegado do districto de Alagôa Secca, do termo de Na- zareth. . # jSi\ €k>B.Bes Parente—O que dissemos do Dr. curador geral de orphãos, foi ainda baseado nas informações, que nos deram sobre seu procedimento na venda a capucha do sitio de propriedade da menor Alice Gibson, tutelada do Sr. Gomes Pa- rente. Mas que appella para aquelle cavalhei- ro, nós aguardaremos também sua resposta. Entretanto lembramos' ao Sr. Gomes Pa- rente que se não calumnia, quando se refere a pratica de um acto, que a lei reputa crimi- noso. E' preciso não derivar, Sr. Parente, pois não ha de ser com derivações que o Sr. e o seu juiz se hão de justificar. E' bem que tire o cascalho, que neste mo- mento pesa sobre a honra dos dois. ¦:;¦'¦ ,-üT-' Wttè

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AnnoIVo-

ASSIGNATÜBAS( Recife )

Trimestre 4$000Anno 16$000

(Interior e Províncias)Trimestre 4$500Anno 18$000

As assignaturas come-çam em qualquer tempo eterminam no ultimo deMar-ço, Junho, Setembro e De-zembro.Publica-se to-dos os dias.

PAGAMENTOS ADIANTADOS

't.líi Recife5—Terça-feira 23 de Marfiô de 1875

ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERALVejo portodaparteumsymptõrna,que rneassusta

pela libredade dasuações e<laIgreja:aceütraKsação-Um dia os povos despertarão clamando:—Onde

nossas liberdades?p.tfEtxx.-Disc. noGongr. de

¦ Malines, 1864.

N. 542.+.

[CORRESPONDÊNCIA

A Redação acceita e agra*dece a collaboração.

A correspondência politi*ca será dirigida árua Duquede Caxias u.50 1* andar.

Toda a dernaiB correspon- -dencia,annunciosereclania-çõesserãodirigidosparao es*criptorio da typographia árua do XMFEBABGXtN.77.

PAGAMENTOS ADIANTADOS,

Bdicção de hoje 1600.'.---Rogamos- aos nos-sos assignantes, quese-acham em atrazo,o, favor de mandaremsatisfazer suas assig-naturas.

QUALIFICAÇÃO DE VO-TANTES • ¦

Chamamos a attençãodos nossos amigos para oseguinte conselho .

" O centro liberal acon-sellia aos sens corarelisfio-narios políticos ,d.a Cortee das provincias a máxi-ma üscalisação e vigilan-cia nas próximas quali-íicações eleitoraes, cum-prindo qne sejamempre-gados todos os recursosda lei contra as iran.deson injustiças* que com-metteni as juntas qualiíi-cadoras.''

IS"ada temos a accres-centar,, porque os nossosamigos cpmpréhèndem aimportancia. do assumpto-

NOIÂ.Recife, 22 de Março de 1875.

E' Verdade que exãste ©sa-tr© iji'o'9 <í5 6>.oil0'r j_*©$8éaS ?

IITendo nós dito em artigo anterior que o

regular exercício do governo monarchicoconstitucional representativo dependia es-sencialinente da moralidade do rei, o quesomente havia um correetivo á seus desviosque era a verdade da rop'reseutação nacional

.cabe-nos agora examinar,-se,a realeza, noBrazil tem-se mantido 11a a,ttitiule moral emqne devo estar. -r.,,

E antes de tudo examinaremos o livre-•mente do art. 10. § G.. da Constituição.

A palavra tem dois sentidos : pode expri-mir a ausência de coácção qualquer que ellaseja na nomeação o demissão dos ministrosde estado pelo poder moderador, on então,o que para nós é mais curial, a conformidadedo exercício dessa áttribuiçâo dá coroa comos altos interesses do estado, e sempre comos votos da nação, votos que o Imperadorjulgar serem o da maioria dos cidadãos bra-ziíeiros ; para o que a Constituição art. 101§!'5" deu-lhe a grande arma da dissolução dacâmara temporária.

O Imperador, se.errar, tem o correctivodas eleições, que serão o tribunal supremo,em^que possa ser julgado o alvifcro por elletomado'- da dissolução.'

O livremente, neste ultimo caso ó um pre-dicado que . suppõe-se, existir n'urn ente, aquem o systema constitucional elevou á ca-thegoria de pessoa divina, fora dos moveismenos ligitimos, o quo somente devem ex-primir os altos e justos motivos de sua alta ejusta razão.

Para nós o livremente tem a significaçãoda liberdade em Deus, que não pode obrarsenão o que c justo e verdadeiro.

O livremente, neste sentido transcendental,exprime uma espécie de fatalidade pela qualo rei infallivelmeute cumpre, o que é maisconveniente, mais justo, dadas certas e de-terminadas emergências.

¦Não tem razão todos quantos adoptando airresponsabilidade do poder moderador, ain-da mesmo oom a referenda dos ministros da.estado, censurados em seus actos.

A verdade, porem, é que a irrrespónsabi-,lidade no chefe do estado é, diante da razão,uma cousa tão pouco admissível quanto a in-fallibilidade no chefe da Igreja. -

Tal enxerto em nossa Constituição, talcontrasenso, falsêa bodo nosso edifício con-stitucional. A pedra angular que deram-lbepara base tem a travessa faculdade de ineli-nar-se para este ou aquelle lado, fazendopender conisigo todo o edifício!

Vejamos agora o que exprime um rei com-titucional ou um rei divino, um rei iwlüicoou um rei humano.

Dizemos rei divino ou rei político, porque;verdadeiramente existe antinomia entre es-tes dois attributos do poder neutro, irrespon-savel.

Este poder, pelo espirito da Constituição,gira n'uma esphera de acção superior ás fra-gilidades das cousas humanas. Eüe hãosoffre ficcionalmente, ao menos, a contingen-cia do erre. da queda. A politica suppõeuma tal possibilidade. Ella éascienciadohomem de estado, sciencia fallivel,que nuncapode ser equiparada aquella sciencia, iner-rável do rei.

A Constituição declarando no art. 10, quequatro são os poderes políticos, commetteuma espécie de erro, como os naturalistasquo classificassem os espíritos, como umquarto reino da natureza

Os espíritos pertencem também a terra,mas não constituem um reino á parte.

O poder moderador fazendo parte inte-graute da Constituição, não devia constituirnella um poder separado.

O creador de igual invenção teria sidomais lógico, se delle fali asse, como se faliana Constituição da graça de Deus, que umbrazileiro, bom catholico deve crer ter des-cido sobre ella no momento de sua concepção,e que tendo todavia um poder aquelle quenol-a outorgou, entendeu não dever fazerdei]a uma potência na Carta.

O poder neutro, irresponsável, devera deser antes um poder constituinte e não con-stituidu.

Se alguém merece ter as áttribuições destepoder 6-a nação, que não „pode delegal-o aninguém.

As urnas são a expressão deste poder que1 não pode ter senão na assembléia legislativaum incompleto e deficiente representante.

O eixo ou o tribunal supremo de um go-verno deve ser o corpo legislativo,-organisadode modo que o elemento conservador o omovei se corriiam um pelo outro.

Oièmedio que foram buscar ao poder nio.rderador para as agitações e erros dos corposideliberántes, não valo mais quo o mal a queé applicado com a differença que os repre-sentantes dp povo, ainda em seus desrqáh-dos, são eohos da sociedade em fermento.

Nos »pòvos não envenenados pelo vírus dacorrupção não ha receiar o reinado da anar-chia. Por uma lei providencial elles che-são atravez das guerras civis o das revolu-ções a tíonstituirem-se definitivamente^' E nada então ha que possa substituir es-sas agitações que são nas sociedades, o quesão

"as tempestades no mundo physico:

limpam a atnaosphera social dos miasmasque faziam soffrer a justiça e o bem estardos cidadãos.

E' por esta razão quo entendemos quo nosgovernos dos povos livres a preeminencia deum podei-, sobre os outros deve estar nocorpo legilativo.

Preseguiremos.

apresentado pelo governo supprimindo ossubsídios, concedidos aos bispos catholicos,acaba'de ser approvadõ pelo parlamento daAllemanha do Norte.

Londres, 20—A regata annual de barcosde Putney em Mortlake, entre os alumnosdas universidades de Oxford e Cambridge,realisou-se hoje.

Oxford bateu Cambridge por quatro com-primontos.

Versailles, 20—A assembléa nacional foiadiada, por causa das festas da Paschoa, dehoje até 11 de maio próximo.

A questão d'uma dissolução da assembléaserve de assumpto á innumeros commenta-rios;' mas nenhuma resolução se tomou porora á esse respeito.

Affirma-se que os membros da esquerdaaprov^itar-se-hão.das ferias parlamentarespara fazer no paiz uma certa propagandafavorável á dissolução.

Madrid, 19—Celebrou-se um convênio como general Cabrera, pelo qual elle adhere aogoverno do rei D. Affonso XII.

Madrid, 21—O general Cabrera prestou '

juramento de fidelidade nas mãos do rei D.Affonso.

COMMERCIAESParis, 19—Titulos da renda franceza 108

francos e 31 ceiitimos. Cambio sobre Lon-dres 25 francos e 25 centimos por £.

Paris, 20—Titulos da renda franceza 108francos o 30 centimos. Cambio sobre Lon-dres

'25' francos e 26 1|2 centimos por libra.Berlim, 19—Cambio sobre Londres 205—

80 jíãrcks pfeennige por libra.Bèrllu, 20—Cambio sobre Londres 206

siARCKS prcnnige por libra.Londres, 19—As casas bancarias clescon-

tam a 3 íj,4 °/° ou l\i Ia abaixo da taxa offi-ciai do baaco de Inglaterra. Consolidados

•açaí»

insrlezes de 3 "A a 98. Fundos brasileiros del«l empréstimo do anno de 1865, a 96 lj2.Mercado

alteraçãoMercado

bem os preçosLondres

3 7° a 93

dé café calmo, e os preços sem

de assucar activo, mantendo-se

20—Consolidados ihglezes deundos brasileiros de 5 j>, empres-

timo do amo de 1865, a 96 1[2.Mercado,

alteraçãoMercado

se boja 10,tes do Brad., e o de írante a simento:Venderam

Sendo d

de caie calmo, e os preços sem

de assucar animado.LiverpoJl 19—Mercado de algodão cal-

mo, e cs ir ecos sem alteração ; venderam-)00 fardos, sendo 1.000 procedon-il; o de Pernambuco bom 8 lplntos idem 8 d. por libra ; du-

mana nouve o seguinte movi-

Importará)!^ se

57,000 fardos¦ Brazil 8,000 »

102,000 .»Sondo dd Brazil 7,000 »

Deposito en ser 770,000 iSendo et Brazil 50,000 ».Mercado de assucar áctiv.o, mantendo-se

bem os pre os ; vendeu-se o carregamentode 5,300 snjeos de Maceió, pelo navio Iron

ízão de 19 sh. e 6 d. pelas 112

20—Mercado de algodão cal-

í OHR.II.Ar_reIcspaBn-mas.> — Transcrevemos

da folha official, os seguintes:, POLÍTICOS

Berlim, 20 ns março—O projecto de lei

Croion, alibras.

LiVERíppl.mo, os preços sem alteração ; venderam-sehoje 8,000 feios, dos quaes 500 proceden-tes do Brazl.

Havre; li—Algodão de Pernambuco or-dinario 97 fkncos, eo de Sorocaba idem 93francos poloj? 50 ldlogrs.

Mercado de café activo, e os preços firmes.Havre, '2p—Algodão ordinário de Per-

nambuco 97[francos os 50 ldlogrs.Mercado de café activo, mantendo-se bem

os preços.axtüerpi.L 19—Mercado de café regular,

e os preços irmos.Antuérpia, 20—Mercado de café activo, e

os preços firmes.- Southampton, 20—Procedente da Ameri-

ca do Sul chegou aqui hontem o paquete in-glez Douro, dai companhia royal mail.

New-Yorx 19—Cambio sobre Londres 4^-77 1x2. Preço do ouro 116 1x2.

Mercado de café muito calmo, tendendo '¦'¦

os preços a baixar; o do Bio fair cargoes116, e o good cargoes 16 7\8 oents por libra.

'0

Algodão mediano uplands 16 3p3 cents "-•'por libra ; as chegadas de hoje aos portosdos Estados-Unidos elevaram-se a 9,000fardos.

New-York, 20—Cambio sobte Londres4—81. Preço do ouro 116.

Mercado de café calmo, e os preços semalteração; o do Rio fair cargoes 16, e o goodcaegoes 16 3j4 cents por libra.

Algodão mediano üplands 16 lp2 centspor libra ; as chegadas de hoje aos portosdos Estados-Unidos elevaram-se a 5,000fardos.

Bio de janeiro, 20—Cambio sobre Lon-dres 26 3{4 a 26 7{8 d. particular. Cambiosobre Paris 356 rs. por franco.

Chegou hoje aqui, procedente de Monte-vídeo, o paquete inglez Neva, da companhiaroyal mail.

Bahia, 20—Nada se fez hoje em transac-ções cambiaes.

(HavasBeüter)da Provin-

Cia — O Jornal do Recife de hontem pu-blicou que, por portarias da presidência daprovincia de 10 e 13, e officio de 19 do cor-rente ;

—Foram exonerados dos lugares de sub-delegados de policia os Srs. ofíiciaes hono-rarios : capitão 'Manoel de Carvalho Paesde Andrade Gouvim e alferes Manoel dosReis Espíndola, os;te do districto de Beberi-be, e aquelle do districto do Maranguape deOlinda.

—Foi demittido do lugar de escrivão dopresidio de Fernando de Noronha, o Sr.Francisco Xavier Alves dos Santos.

•- Foi declarado ao brigadeiro comman-dante das armas que os ditos ' Srs. officiaeshonorários, que foram exonerados de subde-legados de policia, deviam ser desligadosdos corpos em quo se acham addidos e as-sim dispensados do serviço.

—Segundo publicou o Diário do mesmodia, por portarias da presidência da provin-cia de 17 do corrente, foi creado um distric-to de subdelegacia no termo de Cimbres,com a denominação de—Alagoinha,—e ten-do os limites seguintes : partindo da fazen-da Catolé, no limite de Pesqueira e Cimbresseguo para o nascente pela estrada geral atéVarzinha o d'áhi a fazenda Lagoa de Cavai-los, donde segue pela estrada de S. Bento,deixando para o novo districto a fazendaLibèraláihhá ú todas as que ficam ao poenteda mesma estrada até encontrar a fregueziade S. Bento que faz o seu limite ao sul, as-sim como a de Cimbres faz ao poente ; e fo-ram nomeados: Luci Camello Pessoa deSiqueira, Antônio Bento Gomes de Almeida,Manoel Antanio de Torres Gálindo e Manoelda Costa e Souza, subdelegado, 1-, 2-, e 3-supplentes do districto de Alagoinha ; Gon-calo Francisco Accioly Lins, subdelegado do3- districto do termo de Serinliãem ; Jero-nymo Pacheco de Albuquerque, 1- supplen-te do subdelegado do districto do Olho d'A-gua dos Bredos, do termo de Cimbres ; eJosé Bernardo de Almeida, subdelegado dodistricto de Alagôa Secca, do termo de Na-zareth. .

# jSi\ €k>B.Bes Parente—O quedissemos do Dr. curador geral de orphãos,foi ainda baseado nas informações, que nosderam sobre seu procedimento na venda acapucha do sitio de propriedade da menorAlice Gibson, tutelada do Sr. Gomes Pa-rente.

Mas já que appella para aquelle cavalhei-ro, nós aguardaremos também sua resposta.

Entretanto lembramos' ao Sr. Gomes Pa-rente que se não calumnia, quando se referea pratica de um acto, que a lei reputa crimi-noso.

E' preciso não derivar, Sr. Parente, poisnão ha de ser com derivações que o Sr. e oseu juiz se hão de justificar.

E' bem que tire o cascalho, que neste mo-mento pesa sobre a honra dos dois.

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A Provincia_._ *"^>;

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A co_.u_a_.__» conservadora—Esta respeitabilissima entidade não tem olhossenão para o seu adorado idolo,—desembar-gador presidente ;' e quando nos respondesobre alguma accusação ao cujo, dá á direi-ta,á esquerda, fere a todos e a tudo, ate aospróprios correligionários.

Assim, quando querem defender o Sr. Lu-cena das patadas que dá là pela Escola-Nor-mal, arrocham a cousa de modo, que vai es-magar inevitavelmente a ninhada vermelha,mesmo na polpa.

E'o caso do Sr. Olympio Marques, è quevem narrado uo Diário de hontem com a as-signatura de S. S.

Discutam por lá, emquanto nós vamostomando fôlego para apasigual-os em tempoopportuno.

Aiaâaaaação ao crisme — O quemais se ha de dizer da policia do Si\ Anto-nio Correia, dessa policia inepta e cri mino-sa, que, quando não pratica o crime pactuacom elle ? .' Uma ordenança do uma autoridade poli-ciai julga-se uma potência nesta terra, e asombra da autoridade* que o protege, corn-mette toda a sorte de tropelias e arbitrário-dades, contando com a certa impunidadeque o aguarda.

Não é novo o facto que vamos narrar;temol-o visto reproduzido uma e mais vezes.

Ante-hontem, às crês horas da tarde pas-sava o soldado Miranda, ordenança do sub-delegado do 2-. districto de São José, peloestabelecimento do Sr. Eodriguès Lopes, árua Imperial n.-240, e vendo o caixeiro .doestabelecimento, quiz que este lhe desse umcopo de aguardente, e como o caixeiro a istose recusasse, o soldado Miranda parte pon-tra elle de sabrs om punho deixando aindana porta uma cutilada que o caixeiro podeevitar, mas que era sobre elle descarregada.

O dono do estabeleciui-nto queixou-se aoDr. delegado, este officiou ao subdelegado, osubdelegado ao osçrivão e ahi deu fundo;

Mais'"tarde volta o mesmo soldado Miran-da a insultar, a ameaçar; o proprietárioqueixa-se de novo, dá-se o mesmo jogo deempiura, e ato hoje nenhuma providenciafoi dada.

O proprietário do estabelecimento estásob a ameaça do audaz policial, ainda mnisaudaz pela escandalosa protecção do subdo-legado Souza Lima, e assim é animada pe-los agentes da autoridade a pratica de cri-mes que elles deviam ser os primeiros a pu-nir.

Mire-se neste bello espelho Sr. chefe depolicia, e confesse que S. S. tem ás suasordens o pessoal o mais estragado possivel.

Confesse ainda que a sua inépcia não tom-lhe consentido reformar nem mesmo melhoresse miserav.l pessoal.

Escola MorfiBial—Procurando def-fender-se da justa censura por nós feita nonumero 583 desta folha o Sr. Lucena reoor-re a cavillação para imbair a opinião.

É1 sempre o mesmo!Sem adduzir uma-razão que mostrasse

estar a presidência da província, antorisada,em face da 2-. parte do art. 85 da lei n.1,143, a aunexar a escola normal do sexofeminino á do sexo masculino, ponto princi-pai da censura, que continua sem contradic-ta, a columna conservadora usando do antigosystema das embaçadellas,—produzio, emfavor do acto censurado, uma defesa, quenão o justifica,como passamos a demonstrar.

Seduzindo a três os pontos da censura,começou o seu arrazoado pelo trecho que sesegue:

ó Ha, porem, em tudo isto, (o que havia-mos di'io) ou um propósito menos nobre deoceultar a verdade, ou desconhecimento dasleis que autorisam a reforma, edonovore-gulamento da escola normal.»

« E' assim que a tal iníVacção da lei n.1,143, só existe na imaginação do çhronista;que não quiz ver ou ignora o disposto noart. 22 § 2\ da lei n. 1,141, quo autorisa nsdespezas ate 6:000$ r_. com a creação deuma escola normal para professoras.» _

Lançando á margem o que de offensivo haem taes palavrase nas demais quo se leêni,diremos ainda que o art. 22 § 2-. daloiu.1,141, ém nada aproveita á defesa do Sr. Lu-cena, por quanto, alem de vir elle corrobo-rar o ponto principal da nossa censura,vistoser expresso nesse artigo a creação de umaescola normal pára o sexo feminino, distiuc-ta da do sexo masculino, aceresce, que nelleha apenas uma autorisação ao presidente daprovíncia para abrir um credito para a func-çho da referida escola, disposição esta que,devendo ser executada de accordo com a 1\

-parte do citado art. 35 da lei n. 1,143, a queunicamente se refere, não pôde escusar S.Exc, que não respeitou a lei que autorisousemelhante creação, fazendo como fez,cousadiversa do que nella se determinara,

Demais, no próprio arrazoado da columnaencontramos a condemnação do [ acto de S.Exc. nas palavras que se seguem.:—«A leique reorganisou o serviço do ensino ó a denumero 1,143: leia e veja quo não ó umaautorisação; compare-a com a anterior, aden. 1,124, que começa pelas palavras :—Fica autorisado d presidente da província aexpedir os regulamentos necessários e etc.,autorisação que não foi usada pelos motivosconstantes do relatório do presidente daprovíncia no anno passadp.

Com effeito, se a lei n. 1,143 não incum-bio ao presidente da província fazer a refor-ma do ensino, não o autorisou ã isso, e aocontrario, fez ella mesma essa reforma, emque se fundou o' Sr. Lucena para fazer asalterações e innovações constantes dos regu-lamentos por elle feitos, para o ensino pri-mario e secundário, e para a escola normal ?

Podia S. Exc. annexar como annexou, aescola normal das senhoras a dos rapazes,quando é expresso na lei n. 1,148, a creaçãode uma escola normal para o sexo femininodistineta da do sexo masculino ?

Na attribuição conferida pelo art. 24 jj 4-do acto addicional estará também incluída ade alterar as leis para cuja execução tenha apresidência da província do fazer regulamen-tos ?

Não por certo, nem S. Exc. devia apar-tar-se do que está estabelecido na preoitadalei que fez a reforma.

Assim procederia uma administração mo-ralisada.

Por tanto, mais uma razão em favor danossa censura, que não pôde ser combatidaseriamente, . \

Em seguida damos a integra dos artigoscitados.

Art. 35, da lei n. 1,143: Logo que o per-mittam as circumstáncias financeiras daprovíncia, e para isso se vote verba na leido orçamento provincial, será creada umaescola normal para o sexo feminino; poden-do ser aproveitados os actuaes professoresda escola normal, mediante uma gratificaçãoanuual que não excederá a 1:000$000 rs.

Art;22 daloiu. 1,141:.O presidente da pro,-vincia fica autorisado: § 2-. A abrir, o creditonecessário para a fundação de uma escola nor-mal para o sexo ferainino.na conformidade dodisposto na lei da reforma do ensino publico,n. 1,143, não podendo exceder do 6:000$ rs.Emquanto não se 'realisar a fundação destaescola, poderá o presidente subvencionar,mediante contrato, a escola normal fundadapela sociedade propagadora,, com quantianão excedente a* 3:Ó00|0Ü0„ rs. j.W coronel SeverSanO— Sobreeste líeròe quo tão brilhantemente íiperou naprovíncia da Parahyba o nosso collega doJovial do Recife escreveu o seguinte, que deboa vontade transcrevemos :

« O coronel Severiano, commatdaute cmchefe das forças em operações na pronncia daParahyba, como disse o Diário de Peruam-buco, vai para o Eio de Janeiro :io vaporBahia, quo passou ante-hontem.

Leva comsigo um collote de couro, paraexpor, o a relação da gente que lhe deramordem de prender o não prendeu,eeguudodisso, porque não vio"razão para isto, outrados quo deviam ser presos o não fçram, as-sim como a ardem de não attouder a, nenhu-ma ordem de habeas-corpus dada no interior,porquo estas só podiam ser att.endidis na ca-pitai, onde em a base das operações, 6 para jonde todos os presos deviam ser renettidos,colno foram, e mais outras cousasj queso-rão curiosissimas do saber-se quando as fizervir a luz da publicidade. -.

Fal-o-ha ?.'Elle vai zangado. »JFwMí.a aríãstfãea—No sajbado ul-

ti mo teve lugar, no theatro de Sanlo Auto-nio, o concerto annunciado polo distinetoviolonista pernambucano o Sr. F:ancelinoDomingos do Moura Pessoa.

O illustre artista exhibio-se ua iltura deseu reconhecido talento tocando, cb modo aarrebatar a platéa, em uma só corda do vio-lino, variações sobro motivos {ia operaNorma. \

As honras.da noite couberam-lhe banicomo aos Srs. Cândido Filho e Antônio Mar-tins, ambos artistas de grande mérito, ebem conhecidos do nosso publico, j

E' para lamentar quo essas festas senãoreproduzam : na ausência de um conserva-torio de musica, onde so aproveitem os ta-lentos que entre nós existeih, a reproducçãodessas festas serviria de inclentivoe utilissi-ma reacção á indiffereuça. . .

A arte quenos artistas citados eucontracultores convencidos muito ganharia comessa reacção.

__ys-e__e lia educação—Sobreeste assumpto disserteu, na jiltinia conferen-cia do Santo Antônio, ò 8f. João CândidoG-omes da Silva;

O esperançoso e talentoso autor das Rosase goivos o dó' Alberto cómprehendeu bem aindole das conferências; explanou-se sobreum ponto para o qual deve convergir a at-tenção de todos os b.ons pensadores—a edil-cação popular.

A conferência do Sr. João Cândido, alemdo mérito litterario possue o mérito da uti-lidade; a maior das recommeudações, que,em nosso conceito, pode ter qualquer traba-lho cVesse gênero. .

Ouvido com religiosa attenção o distinetoconferente foi em uma progressão constanteterminando por arrancar bem merecidosapplausos do auditório.

___iní_a O Caí>o—Pedem-nos a publi-cação do seguinte com relação ao facto queha poucos dias publicamos :

« Senhores Redactores -José Antonm deCarvalho, contestando no Jornal, do Recife oquo eu disse na Província, procurei infor-niar-me, e de uma-carta assignadá pelo^ Sr.Francisco Tolentino de Figueiredo Lima,que assume a responsabilidade e diz que es-tá prompto a prestar juramento em publico,fiquei certo de que Carvalho deíiorou, comeffeito, a infeliz Maria, mostrando-lhe iridi-cios do attentado e narrando-lhe o facto..

Assim vê-se, pois, que ó real o facto queafirmai. Eemetto a Vv. Ss. a carta que mefoi dirigida, a qual pôde ser publicada se fôrnecessário. ,

Quanto aos outros dois tópicos da contes-taçào de Carvalho diroi, que suas irmãases-tão.em companhia do seu irmão FranciscoVietor de Carvalho ; e que nenhum acolhi-mento recebe elle das famílias daquella vil-Ia, o que se acha uo domínio do publicoMu;

Eis, senhores redactores, o que tenho adizer-lhes. Não mais voltarei a sua conoei-tuada folha sobre tal assumpto.

_kmi-'-_o «Io iiisp a«Io—Trans-cre vemos do Diário de hontem :'

« Por provisão de 17 do corrente, foi re-conduzido por mais um anno o Evm. Fio-rianno de Queiroz Coutinho, no lugar de vi-gario encommendado da freguezia de Jesus,José e'Maria, dePapacaça. »

-Passageiros— Sabidos no vaporIpojuca,para os portos do norte:

Fabricio G. Pedrosa, João L. Pereira _Júnior e sua irmã, Manoel Severino Duartesua senhora um menor e um criado, JoãoSilverio de Souza, Manoel Ferreira, Joa-quim F. da Costa, Hutehensen, Antonio D.do. Silva, João Baptista d'Albuquerque Ju-¦¦nior, padre José Esteves Vianna, GenipoAiido, Victorino J. Eaposo, José L. Carneirode Albuquerque, Francisco Felix de Melloeua Bonhora, sua cunhada, três filhos meno-res e um criado. ,

Wtoiíuario—A mortalidade do dia 18do corrente, foi do 9 pessoas.

As moléstias que oceasionaram estes fal-lecimentos foram as seguintes:-Tuberculos pulmonares 3Espasmo 1Ao nascer 2Infiámmação no utero 1Totano traumático 1Metrarregia puerpval 1

— A do dia 19, foi do 13 pessoas :Convulsões 2Tuberculos pulmonares 1Typlio 1Ascite 1Cathavrp pulmonar 1Congestão cerebral 1Gungroua expontânea.„ 1Febre amarella ' 1Exaatoses syphiliticos 1Eclampsia 1Mouiuge oncephalite 1Tétano 1

direito Sebastião Lacerda, qne nassdição quebra-ldlos tomandoparte algum official reformado,commette crime militar, e deve-lhe ser imposta a pena de morte.

Como o preso tem de ser fusi-la'do,pela opinião do Lacerda Ee-,go Barros, pouco importa que oreformado esteja preso dous me-zes, ou dous annos, sem precederflaorante,—sem haver ¦ formaçãode culpa. Não ha pressa em con-cluir-se a formação da culpa, nemtão pouco em começal-a."Applausos á vontade imperiosado Lucena, que faz- parar e inuti-lisa, até osjulgamentos do Tribu-nal da Kelação.

- —1'azena, hoje SÍB, noventa-«Abato dias ue jprisaofiBSegal!

AVISO_r_e51õe§—Ha hoje, os seguintes :— De'uma móbilia de jacarandú mssiço

em tampo de pedra marmofo, 1 pianuo in«:glez, forte, 1 tapete grande, 1 par de escar-radeiras, 3 pare3 de jarros, 1 lustro com 3biecos, 1 espelho oVal, 2 candeeiros parakerosene, e muitos outros objectos, peloagente Pestana, árua da Imperatriz n. 48,2* andar, as 10 1{2 horas.

Vapores esperado* — Levemchegar ate 'o dia 26, dos portos da Europa,o inglez Boyne, e dos portos do sul, o inglezNeva, até o dia 29.

___a_.ar «ias fasmâUfias—Este bemconhecido estabelecimento dé fazendas finassito á rua Duque de Caxias n. 60 A, recebeupelo ultimo paquete da Europa uma novae lindíssima -—moirés achamarlotados —, oque ha de mais apreciável no mundo, elegan-to. A ella amantes do bom gosto!

Uscrâvão ue protestos ¦*- Estáde semana o escrivão Peres Campollo, á rua,do Imperador n. 46, 1* andar.

.Livro «Sa _E|»oC-_a — Acha-se ávenda na livraria Acadêmica e Industrial olivro do Dr. Antonio Henrique Leal Apon-tamentos pára a historia dos jesuítas no Brazil,dous volumes, por 4$000.

¦ MB_«Iança—Oliveira & Praxedes.par-ticipa ao respeitável 'publico,

que mudou eseu estabelecimento de encanamento de gaze água, para a mesma rua do Imperador n.12.

Aos $?_•&. Ac»«_ea_R_eo._>—-Na Pa-pelaria Parisiense^ a rua do Imperador n.71, ha uma grande liquidação de livros im-portantes, em'' perfeito estado e muito aocômodo preço.

A j__sco_í-—Éecebem-se assignaturaspara esto semanário politoelitterario.acargodos acadêmicos Isaias G. de Mello e Altinode Araújo, em todas-as livrarias*d'esta cida-de o no escriptorio d'este jornal, onde seacham os competentes prospectos.

Deve sahir o semanário em princípios deAbril.

GOIIÜIICADfi.

r„ ,•-,. .

MOFINA - ':Hontem, 13 de Fevereiro com-

pletou-se o breve peçiodo dè dousmezes, ou sessenta dias, que estápreso o alferes r jformado Manoelda Assumpção Santiago, na For-taleza do Brum.

Foi preso porque o perversoLucena assim o ordenou, e estápreso este longo tempo, sem terhavido flagrante, sem ter havidoformação de culpa !

E' nesta capital que assim seabusa. O motivo da prisão éphantastico: attribuem-lhe sercabeça de sedição, e diz o juiz de

Cartas uo Sír. Ajjírigio _<ui--snarães aao Vâsco-M-C «8e Ca-anaragibe

QuADItAGESIMA-NONA .

Eecife, 16 de Março de 1875.

Ainda, e pela ultima vez, o Diário de 15do Agosto de 1874.

Posso viver muitos auuos, 'posso'ver este

baixo-imperio ir osphacelando-se mais emais...

Com certeza, porém, nunca hei de vercousa maia vil do que o Diário, canalha maiscanalha do que a canalha cainaragibina !

Quanta mentira ! Que lacaios insolen-tes!...

Eis o quo dis3o mais o Diário, :«t Corria o anno de 1859, e o visconde oo-,

oupava a cadeira de presidente da província.« O Sr. Aprigio que fizera antes de tudo o

Exm. barão da Vera-Cruz andar de casa emcasa dos lentes pedindo em favor delle, es-crevera ao Exm. visconde do Camaragibe, acarta de quo falia o mesmo visconde, na

qual oferecia a este a sua penna, os seus ser-viços e hgpothecava a sua eterna gratidão.

« Ora, como é natural, o Exm. viscond

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A Provincia

a quem o Sr. Aprigio não cessava de pro-testar adhesão, gratidão e tributar amizadesempre acompanhada de grandes e impor-tantes encomios, tomara aquella manifesta-.ção que lhe fizera o Sr. Aprigio como siuce-ra e dictada por sentimentos nobres, e porconseqüência achava que este senhor nuncaseria capaz de praticar e obrar em opposiçãoao que escrevera.

« Por isso ainda hoje o Exm. visconde seexprime com dor e admiração. « Nuncapensei que ella (carta) podesse servir de cor-pb de delicto. »

« Quem haveria de euppor que o Sr. Apri-gio mostrando -se dedicado e amigo do vis-conde de Camaragibe ao ponto de lhe fazersemelhante offorta, mais tarde viesse fazer ocontrario do que promettera ?'

.« Pois não é para admirar que o Sr. Apri-gio viesse se ferir em suas próprias armas ?

«Pois não ó depasmar que o próprio Sr.Aprigio tivesse fornecido matéria para/or-mar-se o seú corpo de delicto '!¦

c Eis ahi, Sr. Aprigio, porque o Exm.visconde lamenta e admira que a sua cartaviesse servir de corpo de delicto. a

« Portanto, em nada diminue na força roque dissemos, a carta que da corte escreverao Exm. Sr. visconde de Camaragibe, e con-tinuamos a declarar ao publico que o Sr.Aprigio, quando pretendeu o lugar de lenteda Faculdade de Direito dirigira uma cartaao Exm. visconde, pondo á disposição des-te : a sua penna, os seus serviços e hypothc-cara-lhe a sua eterna gratidão.

« Antes de concluir devemos dizer aindaao Sr. Aprigio : o publico tem o direito deexigir que o Sr. peça ao Exm. visconde quépublique a carta logo que aqui chegar.

« Veja bem o Sr. Aprigio' o compromissoque adquirio! .. ¦

« Nós seremos o seu cabrion nfcste ponto.»Beleia o leitor, e attenda para o que vou

apontar, pois a narração plena será em ou-tro escripto.

Mentira : eu não fiz o Sr. Manoel Joa-quim Carneiro da Cunha (barão da viagemdo imperador, isto é, quando já oocupava euo lugar de lento) não fiz com que olle pedis-sea quem quer que fosse; e sim foi elle,quem primeiro entrou na minha casa, offe-recendo-se a meu pai para pôr termo á con-tenda, que ia accesa e muito accesa, e pro-mettia accender-se cada vez mais, porque,Deus louvado, sempre tive energia pura lu-tar contra injustiças o infâmias.

Mentira: não..hypotheqnei penna, nemfiz protestos n'essa carta do 1859, como in-sinúa o Diário, carta que não tem a mínimarelação com rogatiyas para ser lente, cartaque tem a mais natura!. explicação, cartaque só pode desairar-me por haver sido diri-gida a um homem como o visconde de Ca-maragibe, carta que ha de ser a perpetuavergonha cVesse homem. .

Mentira : nunca araiudei protestos aovisconde de Camaragibe, com quem, antesde ser lente, só mo encontrei de passagem emcasa do finado Manoel Joaquim; e depois deser lente, duas vezes, uma em Camaragibepagando-lhe a visita, e outra em Monjope, a6 de Janeiro de 1860.

', Diz o Diário, que o visconde de Câmara-gibe, na carta da corte, quiz dizer—que eu

COMMERCIO =

PRAÇA DO RECIFE, 22 DE MARÇO DE 1875

Assucar—mascavado purgado 1$850 por15 kil. Sabbado.

Assucar — bruto boml§520 por 15 kils.Sabbado.

Café—do Bio 2- sorte boa SigOOO por 15kils. Sbbado.

Dito—dito dita regular 7$800 por 15 kil.Sabbado.

Cambie— sobre Lodres 90 drv 26'3{4d.por 1$000 do banco.

. Dito—dito sobre Paris 3 d'p? 863 reis. ofranco banco.

1 Dito — sobre Lisboa 3 drv 103 0[0 doprêmio do banco.

ALFÂNDEGA DE PERNAMBUCO22DE MARÇO DE 1875.

. x ,¦¦*

Rendimento do dia 1 a 20... 609:413$361Idem do dia 22 36:757^010

próprio forneci armas para o meu corpo dedelicto...

Os lacaios devem conhecer o amo ; mas,confesso que não entendi assim :, por estu-pido e hi8olente que seja o visconde, não te-ria coragem para tanto, n'uma carta que mefez um dia depois que recebeu a minha inti-mação...

Como quer que seja, havemos de ver,contra quem faz corpo de delicto a carta de1859. '

Mentira, mil vezes mentira : quando es-crevi essa carta de 1859, não era lento, èverdade; mas, a questão estava decidida,hei de mostra-lo cum datas e factos. *

E 'conclue b Diário, que ou devia intimarao visconde, logo depois-da eua chegada,que publicasse a carta.

Eis comohacaios, coinpromettem seu amo.O Diário reconheceu que o visconde devia

fazer a. publicação ; e o visconde remette-me uma publica fôrma !

Encheram a medida, não ha duvida ;mas, chegou a minha vez.

Eu disse na Opinião Nacional:—Malditoo que primeiro disser basta !

Repito :—Maldito o que primeiro disser

do Luiz Antônio Ferraz, em serviço na pro-vincia da Parahyba desde 17 do correntecommanda sua companhia na cidade do Re-cife ; como se entende isto ?!...

Hoje, 23 de Março, ainda não se fez o con-selho Econômico do mez de Janeiro!... Ofardamento de 1874, ainda não se pagou aspraças!! Porque ? !... Esperamos que S.Exc. tome providencias, o não queira pactuar

Moraes & C.Vendem os artigos seguintes :Fumos desfiados de todas as qualidades.Dito Turco, Caporal, charuteiras, cigar-

reiras, cachimbos todo de expuma e bem as-sim de madeira,

Charutos d'Havana e da Bahia de todasas qualidades, e fabricantes, papel de seda,

com um commandante dssmoralisado. Adeus í ditos de cores, e outros muitos artigos queSr. general.-

Um observador.deixam de mencionar por se tornar enfado-nho. A Dinheiro a vista.

basta !Aprigio Guimarães.

•^¦»-s«_vrifí^,.

: PIllSlIfiiM '

V

Tendo se mo mostrado hontem um—arti-guito—do francez João Salustiano, insertona Provincia Ide 10 de Março, pelo qual, sedizendo proprietário da casa da EstradaNova, por mim ànnunciada íi venda, dizmque a compra da dita casa ainda não foipago c que por isso todo e qualquer negocio feitopor mim, em relação a mesma casa, é nullon—,venho declarar ao publico que e falsa seme-lhante asserção. Tenho a escriptura da com-pra que üz da dita casa. Delia se vê que opreço «foi pago em moeda legal deste Impe-rio»; e mesmo quando a prazo tivesse sido acompra, esta circumsfcancik não me tiraria odireito de propriedade á dita casa e o dedelia dispor como bem me aprovesse. Narua das Trincheiras n. 48 1- andar, poderãoos pretendentes á referida casa se dirigirpara lerem a respectiva escriptura.

Quanto ao finai do nrtiguito do bem conhe-cido João Salustittuo, peço apenas ao publi-co que lèa o Jornal do Recife ns. 44 e 49, everá se uelle ou alguma vez disse dever aum Sr. Augusto de tal a quantia de 500$.

Do interrogatório, feito, posteriormente áminha publicação naquelle jornal, a João Sa-lustiauo e á Augusto de tal, foi que vim asaber que a lettra do 500$ que me violenta-ram a acceitar e contra a qual eu protestei,achava-se cm poder de Augusto de tal.

Recife, 22 de Março do 1875.Luiz Frederico Chrisiiano Viliante.

Coaiips&.íMaa. «8© Ferro- Cs&rrtlÚe j_0erna.&B_'_.R&aaíí©.

Os passageiros da linha de Santo Amarochamam a attenção do Sr.~ Gerente para oabuso praticado pelo empregado que se prós-tanarua da Aurora com a sota para aju-dará subir os carros na ponte de Santa Isa-bel, pois entendo aquelle moço que os carrosda Magdalena e Fernandes Vieira devem terpreferencia aos de Santo Amaro. Ainda nodia 18 estava um carro perto da ponto paradoa espera da sota, e vinha um da Magdalena:elle entendeu que devia esperar por aquelle,deixando a este. Continuadamente estão sedando destes abusos, e como temos toda acerteza que o Sr. Gerente ignoro isto, poreste motivo o levamos ao seu conhecimente.

Março 19 de 75.Os passageiros de Sanlo Amaro.

4—Rua Estreita do Rosário—4

Vende-seO hotel da rua de- Santo Amaro com todos

os seus pertences, e juntamente um bilhar ;a tratar na rua do Barão da Victoria n. 30,antiga rua Nova. —A razão.da venda e porter o dono do mesmo de ir ao rio de Janeiro.

646:170$371Navios á desoargapara o dia 28 de Março :

Barca portugueza Linda, vinho vinagre eazete para alfândega e deposito no trapicheCunha e Barboza.

Brigue inglez Edmonds, mercadorias paraalfândega.

clsiE-te 4&í&s Araaias ve.*O estado de relaxamento no 2- batalhão

de infanteria é tal devido ao seu comman-dante coronel Fagundes, que o major gradua-

Brigue inglez Dunthess, mercadorias paraalfândega. . »

Barca port. tVarrior, diverses volumespara o trapiche Conceição para despachar.

Patacho mglez Brothers, mercadorias paraalfândega.

Barca port. Sophira, gêneros nacionaespara o trapiche da Companhia.

Patacho nacional Aliança, gêneros nacio-naee para o V Ponto.

Brigue austríaco Alceste, farinha ja des-páchada para o Cães d'Apollo.

Barca iugleza Fuzilier, mercadorias paraalfândega.

OAPATAZIA DE PERNAMBUCO

Rendimento dodia 1 a 20..." 8:414$741Idem do di :>22 871$204

Exposição 8?rcíVMBneSáal <ileSPernaBaibuco

Âcommissão central cia expô-sição d'esta provincia, no corren-te anno, tem a ."honra de avisar atodos os interessados qne, tendosido designado pela presidênciada provincia o dia 30 de Maiopara abertura solemne e o 6 deJunho para o encerramento da•mesma exposição, eíFectuar-se-liaa recepção dos produetos que ti-verem de ser exhibidos no próprioprovincial, sito no Campo dasPrincezas, onde _outr'ora func-cionou a Assembléa Provincial,entre os dias 10 e 25 do referidomez de Maio proxinio vindouro.

Recife 18 de Marco de 1875.Felippe de Figneiróa Faria.

ÂNNmiÕSAos Srs. estudantes cie

inglezManoel Smoothness Pó, habilitado para

preparar moços em inglez, offerece os seusserviços, commodos em todos os sentidos,na rua de Barthotolomeu defronte ao n. 47.

CHEGOU O N. 53Assignatura annual 15$000

LIVEABIA POPULAE&® — Rua Mova — õ>9

DIREITO CIVILDEMCLOMBE—Code Napoleon-28 vol. in8- 160$000

MAEOADE'—Oode Napoleon 12./oi. 100$000

St. JOSEPH — Concordanee detons les codes etrangers et leCode Napoleon 4 vol.S- (Raro; 90$000

kab&ia p.©'®»ii:b_ab50-Rua Nova--59

AdvocaciaO advogado Odilon Lima mudou o seu es-

criptorio de advocacia para a rua do Crespon. 18 1' andar.

Encarrega-se do causas fora do Becife,devendo, para isto, ser procurado no seu es-criptorio, ou, em Gamelleira, no escriptoriodo solicitador Ludgero Méira Lima.

Idemno,dia 22

'feH-' 57

CONSULADO PROVÍNCIA]Eendimento do dia 1 a 20... 106:2SS$829

do dia 22 4:921$(;49

111:210§478

EECEBED0RIA DE BENDAS INTEE-NASGEBAES

Ao commercioO abaixo assignado declara que tem jus*

to e contractado com o Sr. Joapuim da Sil-va Netto, a compra da taverna á rua Impe-rial n. 202, livre e desembaraçado de todo equalquer dono que possa apparecer ; e quemse julgar com direito a mesma, queira apre-sentar-se no praso de 3 dias a contar destadata, findo o qual o comprador não se res-ponsabllisará por debito algum.

Eecife 17 de Março de 1875.José Soares de Oliveira.

generes a Antônio L.

VOLUMES SAHIDOSDo dia 1 a 20

dia 22:1*. porta2.* dita ......8*.ditaTrapiche Conceição....

8:775$945

. 52,988

Eendimento do dia 1Idem do dia 22.,

a 20.. 49:618íii3431:658$350

52:575$298

.198260

87

58.483'SERVIÇO MABITIMO

Alvarengas descarregadas nostrapi-chesd'alfandega dodia 1 a 20

"art

56

__,

S© «le MarçoSAHIDAS

Portos da Europa — vapor port. AlmeidaGarret, commandante Tomazine, cargavários gêneros.

Portos do Sul—vapor braz. Mandahü, car-ga vários gêneros.

Montevidéo—patacho hesp. Frasquita, car-ga assucar e aguardente.

dià—21ENTEADAS

Portos do Norte—18 dias, sendo do ultimo

porto 12 horas—vap. nac. Jaguaribe, de459 toas., comm. Júlio Gomes da SilvaNeves, equip. 25, carga differentes gene-ros a Companhia Pernambucana.

Bahia e portos intermédios—10 dias, vap.nac. P<nedo, de 405 tons, comm. ^ran-cisco Pereira, equip. 26, carga differentes

de O. Azevedo.SAHIDAS

Bio de Janeiro — Brig. port. Damião, cap.Vianna, carga assucar.

New-York—Brigue argentino Volante, capi-tão Entas, carga assucar,

dia—22ENTEADAS

Santos—26 dias, lugar ingl. Uicl; Melam, de299 tons. cap. J. Whetiside, equip. 9,em lastro a E. A. Bulle.

Macau—6 dias, hiate braz. Deusce Guie, de156 tons. cap. M. P. Jalles, equip. 8,carga vários gêneros a B. Lsurenço.

Eto de Janeiro—16 dias, brigue port. Fio-rinilài de 268 tons. cap. A. F. Coelho,equip, 11, carga vários gêneros a J. J.Gonçalveã Beltrão & Pilho.: Middlesbráugh — 63 dias, barca noruega.Sldoldmonde de 294 tens. cap. Erick Jor-geusen, equip. 9, carga ferro a Launders"Brothers & C.

ENTEADASAcaratii e portos intermédios — vap. brsz.

Ipojuca, car. Telles", carga vários gêneros,

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Page 4: ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERALmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00542.pdf · 2012-05-06 · AnnoIV o-ASSIGNATÜBAS ( Recife ) Trimestre 4$000 Anno 16$000 (Interior e Províncias)

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A Província

Medalha de cooperador da Casa Ménier, na Exposição universal de 1855MEDALHA DE PRATA NA EXPOSIÇÃO MARÍTIMA INTEENAGIONAL DO' HAVRE DE 1868

Medalha de bronze na Exposição internacional de Trieste de 1871ííL

. PfifflLEGIOS. G. D . Ge.

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PÃKÂ

in i mus DE FABEICADepositada

SINAPISMOS

¦ ...-¦ 'V-.JV';,

ADOPTADO PELOS HOSPITAES DE PAEIS, PELAS AMBULÂNCIAS, E HOSPITAES MILITAEES,

PELA MAEINHA NACIONAL FRANCEZA E PELA MARINHA EEAL INGLEZA

Sob o nome de Mostaeda em folhas, inventei uma nova forma de sinapismos que supprime todos os inconvenientes occasio-

nados nelo uso da farinha de mostarda em cataplasma. ¦¦-. ... f"Em vez das operações múltiplas, desagradáveis e dispendiosas que necessita a applicação de um sinapismo pelo methodo pr-

clinario basta molhar-se uma d'estas folhas mergulhando-a em água ordinária, durante nm meio minuto, e applical-a depois sobre a

pelle pára obter-se um effeito igual ao do cataplasma de mostarda. Evita-se tosta maneira emporcalhar pannos,incommodar o doentee as pessoas que o tratam com o cheiro desagradável e a exalação acre provenientes do cataplasma. *

Eis além d'isto em que termos os mestres da sciencia caractensam esta nova .forma de sinapismo. Cedo-lhes a palavra,, pornão querer fazer, eu mesmo, b elogio de minha,invenção. pAUL BIGOLLOT ;

'

Antigo interno dos hospitaes, laureado da Escola de pharmacia.,Eua Vielle-du-Temple, 26, em Paris.

« O probema resolvido pelo Senhor Rigollot, com o mais feliz resultado na composição deste papel foi conservar á mostarda todas as suas propriedades, obtendo em

nnnpnq instantes e com facilidade um effeito decisivo com a menor quantidade possível de medicamentos. ¦ ¦¦E^^m^^Sma encontrar-se-ha o sinapismo em folhas, pois sua revulsão rápida torna-o medicamento urgente que em muitas moléstias vem a ser de primeirautilidade. A< Bouchardat,

__.; :t Professor d1 hygiene da Faculdade de medicina áe Paris,membro da Academia de medicina.

¦

( Annuario de Therapeutica, 1868, pagina 204.)

« Sob o nome Mostarda em folhas o Senhor Rigollot introduzio na therapeutica sinapismos summamente activos e commodos, cujo uso foi adoptado nos hospitaes de

ParÍS) GtC- "..¦' ^^ " Í.'''W'. -: Regnauld,' (

; . .'.."',¦

;L Í/My Professoo da Faculdade de medicina de Paris, membro da Academia .',. de medicina, director da pharmacia central dos hospitaes.

(Tratadode Pharmacia theorica e pratica, de Soubeyran, 6.' edição, papina 675.) ¦

« O Annuario precedente foi üm dos primeiros á annunciar esta engenhosa/invenção (a mostarda em folhas de Paul Rigollot) cuja apparição era completamente recente

e urediziamos-lhe o êxito que não deixa de acompanhar as cousas úteis e o verdadeiro progresso? ,« Deoois de um anno de experiências tlierapeuticas, vazios hoje certificar què o novo sinapismo obteve bom êxito. Todo o Corpo medico acolheu-o com unanime benevolência.« As invenções realmente boas são tão raras na época actual que ninguem^deverá admirar-se que elogiemos a que confirmou nosso prognostico favorável depois de um

anno de felizes experiências, etc. Paeisel

,, Antigo preparador dà Escola dn pharmacia. do Paris, etc.:* (ta„P_,i„,,,:,m,

& ^ .^^

f/^^ p{j. ^ .. .1.- Em caixinhas, forma de estojo, contendo 10 folhas de um decimetro quadrado de superfície; esta forma é a mais commoda para a medicina civil, o provimento de fa-

milia e o transporte em viagem; . , , . -i i i'2 • Em rolos formando uma só tira, disposição commoda paaa pôr-se uma cinta de sma^smos nos casos cio onolera3.- Em caixinha- de folha de flandres com' 25 folhas, modelo da marinha nacional, para a armada e os .hospitaes marítimos.

SOBRE O PAPEL RIGOLLOTfliü BOS Bnífl

m

:.:¦<¦

Na ultima relação da Academia de medi-cina, annunciamos que tornaríamos a fallarda Nota apresentada pêlo Senhor Bouchar-dat em nome do Senhor Rigollot, sobre umanova forma de sinapismos. Lendo esia no-ta, os nossos leitores acharão certamentecpie temos razão de publical-a in extenso,visto que a pharmacologia realisa raras ve-zes aperfeiçoamentos tão felizes como o doSenhor Rigollot, cuja nota dá a descripção.Este aperfeiçoamento não tora somente poreffeito de tornar mais commoda e mesmomais efficaz a applicação dos sinapismos;essa vantagem acarretará comsigo uma se-gunda mais importante, que ha de ser a ex-tensão da medicação reyulsiva, medicaçãomuito poderosa em um grande numero deaffeções que tnem a dor por symptoma pre-dominante e da qual priva-se comtudo mui-tas vezes, por causa dos incommodos quetraz comsigo a applicação dos sinapismospelo methodo vulgar. Já vimos aprovadanova preparação do Senhor Rigollot. o nósnos arriscaríamos a dizer, como alguns ma-thematicos dizem de certas soluções ou decertas demonstrações, que ella ê não sômuite efficaz, mas também muito elegante.

[Reforme médicale de agosto de 18G7)"-'-- —— ___ ê

Relação da Exposição de 1867Devemos louvar o Senhor Ménier de tar

dado asilo, na sua bella exposição, a um ou-tro produeto novo que eu me faço um deverde assignalar e de recommendar aos mousleitores, desejando ao mesmo tempo cor-dialmente que elles não tenham necessidadede recorrer £ elle.

Adivinha-se que é d'um medico que sotrata, remédio bem vulgar, de um empregofreqüente e muitas vezes sàüda.vel: o sina-pismo; mas um sinapismo novo, infinita-mente mais commocto, mais activo, c, emsumma, mais limpo do qnu o cataplasmaque se emprega vulgarmente.

Sabe-se que o sinapismo é um revulsivoenérgico, ao qual tem-se recurso nos casosurgentes e quo necessita, por conseqüência,ser applicádò com promptidão. Ora, a pre-

psraçãò do cataplasma sihàpisado é lenta e *

as pessoas que-tratam do doente nem sem-pro sãé hábeis a fazel-o. De mais a'maisa farinha do mostarda altera-se em poucotempo pela rancidez do óleo gordo quo ellaconteórn.

A mostarda em folhas, do Senhor PauloRigollot, faz desàpparecer todos esses in-convenientes. E' ura sinapismo inteira-mente prompto, inalterável, que cada qualpode sempre ter comsigo em provimento ;que o medico do campo pode levar no bolçoquando é chamado para ver um doente,e quo basta pôr de molho durante um meiominuto n'agua fria antes de applical-o.

O Senhor Rigollot desembaraça a farinhado mostarda do seu óleo gordo, e, depois doter d'esta maneira assegurado a conserva-ção ello a estendo e a fixa com um nntocie borraxa sobre folhas do pn.po'1 quo se cor-tám á vontade em pedaços de todas as di-menções. Essa invenção parece nada ser,não ó assim ? parece que qualquer a pode-ria tor achado. ( Todavia ninguém antes doSenhor Rigollot pensou nella, o este sábiopharmaceuticp terá feito mai3 para a pra-tica módica com a sua mostarda em folhas

do que muitos outros com drogas mais com-plexas c mais dispediosas.

Arthur MANGIN.(La Prtrie, 5 do novembro de 18G7)

• A cada instante nos nossos campos e denoite nas nossas cidades, ye-se quanto apreparação d'um sinapismo com a farinhado mostarda ordinária dá incommodos,quanto tempo é ás vezes preciso para obter-

.se o elemento essencial, feliz ainda quandoproduz effeito. Por isso, o sinapismo soeco,mostarda cm folhas do Senhor Rigollot, é umapreparação que deve fazer parte do estojo domedico o entrar nos provimentos da phar-macia dos nossos castell&sij dos nossos es-oriptorios e estabelecimentos de beueficen-ciado todas es sortes. E' prestar, por con-seqüência, um verdadeiro favor á sociedadeespalhando-se ó uso e recommcndando-o á[attencão dos Senhores curas, mestres é mes-trás dos campos*. Os ensaios feitos na nos-sa cidade pela maior parte dos nossos medi-

- cos e por nós mesmos, provarão de uma ma-neira peremptória a utiliçlode, a cbmraodida-de, a economia, e a prompta -energia d'esteagente, medico indispensável. Evita-se conielle todas as manipulações que exige o sina-pismo ordinário, de nma mais fao.il applica-ção não pode escorregar sòbrè a pelle nemsujar o doente e elle ó uma garantia contraa má qualidade o b alteração da farinha demostarda quando ó velha e humida.

C. BESNOTJ.Antigo pharmaceutico em chefe damarinha, em Gherbourg cavalheiroda.Legião de Honra.

CUAvr.onciiin, 18 de outubro de 13G7.)

Esta ingenhosa preparação, que tem amúltipla vantagem:

1.- do apresentar unrrevulsivo inalterávele ãobre o qual se pode sempre contar; 2.' deevitar aos doentes e as pessoas que tratamd'elles os. incommodos da preparaçõo de si-napismo sob a forma de cataplasma; 3/ desupprimir o emprego do panno pouco abun-dante em casa dos solteiros e das famíliaspobres; 4.* de tornar portátil e immediata-mente applicavel sem preparações prelimi-nares o revulsivo por excellencia, respeitan-do ao mesmo tempo a tradição medica, e

i apresentando apropria mostarda e só ellaconstituo um verdadeiro serviço psestadoaos medices e acs doentes. » ,

Doutor H. AtíTIER,... t.. -

-.'». 5 .'->"à. ..'¦ -

.(Saíut public de. 30 de novembro de 1867.)As experiências relativas ao emprego dos

seus sinapismos em folhas foram feitas etconduzidas com um esmero_ minucioso:; ex-perimentou-sc mesmo sobro os mesmos do.en-tes o emprego simultâneo das suas follíàs eda farinha ordinária. Devo na verdade- di-zer-lhe que o seu suecesso foi completo nãosó'pela rapidez do effeito mas como tanibempela efficacia, o que ó mais importante: porconseqüência acha-se a questão resolvida.'

MAILLARD, •Pharmaceutico em chefe dss hospitaes.

do Orleans.

(7 de dezembro de 18G7.)

Typ. da Provincia