94
Luciano Fernandes Lourenço RISCOS E CATÁSTROFES PROGRAMA, CONTEÚDOS E MÉTODOS DE ENSINO Faculdade de Letras Universidade de Coimbra 2007

RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

  • Upload
    others

  • View
    8

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

1

Luciano Fernandes Lourenço

RISCOS E CATÁSTROFES

PROGRAMA, CONTEÚDOS E MÉTODOS DE ENSINO

Faculdade de Letras

Universidade de Coimbra

2007

Page 2: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

2

Page 3: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

3

Luciano Fernandes Lourenço

Riscos e Catástrofes Programa, Conteúdos e Métodos de Ensino

Relatório elaborado de acordo com o artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 301/72, de 14 de Agosto, para provas de agregação em Geografia, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Faculdade de Letras

Universidade de Coimbra

2007

Page 4: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

4

Ficha técnica

Título: Programa de Riscos e Catástrofes Autor: Luciano Lourenço Composição: Luciano Lourenço Impressão: Secção de Textos da FLUC Tiragem: 20 exemplares

Page 5: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

3

Índice (sumário)

Introdução 7

I. Objectivos, métodos de ensino e avaliação da disciplina 11

1. Objectivos gerais e métodos de ensino 13

2. Objectivos específicos 17

3. Avaliação 27

II. Programa 29

1. Plano do programa de Riscos e Catástrofes 31

A - Introdução 33

B – Riscos 33

C – Plenas Manifestações dos Riscos 35

D – Conclusão 36

2. Planificação das aulas teóricas e práticas 37

III. Desenvolvimento do programa 43

A - Introdução. 45

1. As Ciências Cindínicas 45

B - Riscos 49

1. Riscos naturais 49

2. Riscos antrópicos 53

3. Riscos mistos 58

C – Plenas Manifestações dos Riscos 63

1. Catástrofes 63

D – Conclusão 65

1. Da Consciência do Risco à Mitigação das Crises 65

Bibliografia 49

Page 6: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

4

Mucho se han manejado, y en ocasiones con poco acierto, los conceptos de “riesgo” y “catástrofe”. El primero deviene del segundo. En efecto, la categoría “catástrofe” de un hecho atmosférico extraordinario supone resultados aciagos para las actividades económicas de los hombres e, incluso, pérdidas humanas; y ello en buen medida motivado por el propio comportamiento del hombre ajeno a las leyes de la naturaleza.

J. OLCINA, 1994, p. 15.

A ideia de risco tem acompanhado desde sempre o homem. No princípio, os riscos eram exclusivamente naturais; a pouco e pouco, além desses apareceram outros como consequência das suas próprias actividades, tendo ou não componente natural. Hoje, os riscos são já de toda a ordem, desde os naturais aos socioeconómicos ou aos tecnológicos e, frequentemente, é impossível analisá-los em separado, pois constituem-se em verdadeiros complexos de riscos. F. REBELO, 2003, p. 11.

Hazard is best viewed as a naturally occurring or human-induced process or event with the potential to create loss, i. e. a general source of danger. Risk is the actual exposure of something of human value to a hazard and is often regarded as the combination of probability and loss. Thus, we may define hazard (or cause) as ‘a potential threat to humans and their welfare’ and risk (or consequence) as ‘the probability of a specific hazard occurrence’.

K. SMITH, 1996, p. 5.

By ‘vulnerability’ we mean the characteristics of a person or group in terms of their capacity to anticipate, cope with, resist, and recover from the impact of a natural hazard. It involves a combination of factors that determine the degree to which someone’s life and livelihood is put at risk by a discrete and identifiable event in nature or in society.

P. BLAIKIE et al., 1994, p. 9.

Enquanto conceito entendido no seu sentido mais restrito, hazard ou aléas designa a probabilidade espacial e temporal de ocorrência de um fenómeno, neste caso de um fenómeno indesejado, pelas consequências negativas de que este se reveste para o Homem e para a sociedade.

L. CUNHA e L. DIMUCCIO, 2002, p. 38.

What is a disaster? […] A dozen answers are posed by researchers from six different social science disciplines and from half a dozen different societies.

E. L. QUARENTELLI, 1998, p. 1.

[…] Enfin, la théorie établit des distinctions entre Analyse du risque, Evaluation du danger, Manifestation de la crise, Gestion de la crise et Gestion du Risque.

L. FAUGÈRES, 1990, p. 55.

A questão das causas dos fogos rurais é das que mais visibilidade tem nos meios de comunicação social e também das que mais interessam à opinião pública. Porém, persistem em torno de alguns equívocos, dos quais o mais importante é a quase sistemática atribuição, por parte de não-especialistas, da causa de todo e qualquer fogo a agentes criminosos, que frequentemente se pressupõe terem motivações económicas. Cremos que parte da explicação para

Page 7: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

5

esta percepção se deve ao desconhecimento da multiplicidade de fins para os quais o fogo é usado no meio rural.

J. M. CARDOSO PEREIRA et al., 2006, p. 151.

As profundas alterações que a partir dos anos 60 se produziram na estrutura sócio-económica da população portuguesa, nomeadamente na que reside ou residia nas áreas rurais, é, sem dúvida, uma componente importante em todo o processo que pode explicar a ocorrência de numerosos incêndios.

F. M . D. CRAVIDÃO, 1989, p. 5

Entre os danos dos incêndios, incluem-se infelizmente perdas de vidas humanas, alem de inúmeras outras consequências directas e indirectas, como a destruição da matéria orgânica do solo e a consequente intensificação dos processos erosivos; o fogo diminui igualmente a diversidade florística e etária da vegetação e, o que é mais grave ainda, pode ocorrer em locais cuja regeneração nos mesmos moldes seja improvável ou mesmo impossível.

M. J. ALCOFORADO e A. F. ALMEIDA, 1993, p. 229.

A erosão contempla a desagregação das partículas do solo e o seu transporte por um agente erosivo. As taxas de erosão relacionam-se com a interacção entre a erodibilidade do solo e a erosividade dos agentes que sobre ele actuam. O fogo modifica o equilíbrio entre as forças erosivas e a erodibilidade do solo reduzindo, portanto, a capacidade de resistência do solo à erosão.

C. O. A. COELHO, 1994, p. 59.

Page 8: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

6

Page 9: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

7

Introdução

Page 10: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

8

Page 11: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

9

A disciplina de Riscos e Catástrofes surgiu no contexto de adequação das licenciaturas em Geografia, oferecidas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, ao novo modelo preconizado por Bolonha.

Deste modo, a disciplina de Riscos Naturais e Protecção do Ambiente, do anterior plano de estudos da Licenciatura em Geografia – Ambiente e Desenvolvimento e, também, disciplina de opção das Licenciaturas em Geografia – Ensino e em Geografia – Ordenamento do Território e Desenvolvimento, aprovado em DR (Despacho nº 17682/2005), deu origem, no novo plano de estudos, a duas novas disciplinas, respectivamente, Riscos e Catástrofes, no 1.º ciclo, e Análise do Risco e Gestão de Crises, no 2.º ciclo.

Com efeito, a pré-especialização prevista no suplemento ao Diploma do 1º Ciclo, aprovada nessa reunião, prevê a disciplina de Riscos e Catástrofes como uma das três opções condicionadas (do 5 e 6 semestres) a oferecer simultaneamente aos alunos das duas áreas de pré-especialização (GEOGRAFIA

FÍSICA E GEOGRAFIA HUMANA).

Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter passa a ser bastante mais abrangente. Visa, sobretudo, abrir horizontes, não só para a análise dos vários tipos de riscos com que podemos ser confrontados, mas também para a gestão das suas plenas manifestações, as catástrofes, aspectos que serão abordados com muito mais detalhe e profundidade durante o 2.º ciclo. Todavia, tal não significa que não se possibilite o estudo mais aprofundado de algum dos subtipos de risco, em especial durante as aulas práticas, em que se procederá à investigação de casos concretos, variáveis de ano para ano, de acordo com as manifestações dos riscos e os interesses dos alunos, pelo que submeto a provas públicas o programa que, nas actuais circunstâncias, me parece mais adequado para o funcionamento desta disciplina.

Page 12: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

10

Page 13: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

11

I. Objectivos, métodos de ensino e avaliação da disciplina

Page 14: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

12

Page 15: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

13

1 - Objectivos gerais e métodos de ensino

As manifestações dos riscos são, na actualidade, cada vez mais transversais à sociedade contemporânea, fazendo parte da informação quotidiana diariamente veiculada pelos diferentes meios de comunicação social.

Com efeito, todos nos pronunciamos sem qualquer pejo e, até, temos opinião formada sobre os mais variados e diferentes tipos de risco, quer sejam naturais, antrópicos ou mistos.

No entanto, quando falamos de riscos, muitas vezes estamos a pensar apenas e exclusivamente naquele em que somos especialistas ou em que, por qualquer razão, económica ou outra, temos particular interesse, esquecendo-nos completamente de todos os outros e, em consequência, da complexidade de que se reveste o estudo dos riscos.

Não sendo possível proceder, num único semestre, a uma análise exaustiva de todos esses riscos, face a essa mesma complexidade, pois, cada um dos subtipos principais poderia ser desenvolvido em disciplina própria, o principal objectivo da de Riscos e Catástrofes passa, então, pela apresentação genérica dos diferentes tipos de riscos, procurando, deste modo, situar os alunos no contexto global dos riscos, através da apresentação geral dos muitos riscos passíveis de uma análise mais minuciosa.

Deste modo, visa três objectivos principais:

o Estudo dos muitos tipos de riscos a que os agentes de protecção civil são chamados a dar resposta e das causas que estão associadas a cada um desses riscos, sustentado em cartografia pormenorizada, na aplicação de modelos e na inventariação sistemática das manifestações de cada um desses riscos;

o Identificação das diferentes componentes do risco – história, vulnerabilidade, ameaça máxima, probabilidade,… – que integram a análise do risco e permitem proceder à avaliação do perigo, através da apreensão de diferentes métodos e técnicas de avaliação e validação;

o Sensibilização dos alunos para os diversos problemas associados ao estudo de cada um dos diferentes tipos de risco, procurando estimulá-los a encontrar as soluções mais adequadas a cada um deles, através do desenvolvimento de uma metodologia comum de análise e, depois, da aplicação dos conhecimentos entretanto adquiridos, através da realização de um trabalho prático concreto. Este trabalho dirá respeito a um estudo de caso, a desenvolver numa área-amostra precisa, e incluirá levantamentos de campo de pormenor e passagem de inquéritos, com vista à produção de um mapa de risco, específico e objectivo.

Com esta metodologia pretende-se habilitar o aluno a proceder à análise de qualquer tipo de riscos, através do estudo das suas manifestações, avaliadas através da respectiva ocorrência (frequência e magnitude), distribuição geográfica (espaço-temporal) e das principais consequências para o ser humano, designadamente as socioeconómicas.

Assim, o estudo dos riscos poderá, consoante o objectivo específico, contemplar várias escalas de análise: a do Planeta (global), do país/região

Page 16: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

14

(regional) e do município ou da área especificamente afectada ou com probabilidade de vir a ser afectada (local).

Do mesmo modo, a abordagem dessas manifestações poderá processar-se a diferentes escalas de tempo, desde milhões de anos, para determinados riscos, até às escalas mais usuais: milenar, centenar, anual, mensal e, menos frequentemente, diária e horária, consoante a considerada mais adequada para o estudo do risco em causa.

Sendo assim, na interpretação quer da variação temporal quer da diferenciação espacial das diferentes manifestações de riscos, utilizam-se métodos tanto indutivos como dedutivos, consoante a natureza dos assuntos. Além disso, sempre que necessário, usam-se também métodos quantitativos e qualitativos.

No ensino dos Riscos e Catástrofes recorre-se ao uso de esquemas, imagens, quadros-síntese e modelos, bem como ao de meios audiovisuais em todas as aulas expositivas, designadamente, powerpoint e vídeo, de modo a prender e estimular a atenção dos alunos no sentido de lhes despertar mais interesse pelos temas e de lhes facilitar a apreensão dos diferentes assuntos leccionados.

Nas aulas práticas utilizam-se fontes estatísticas e cartográficas, com o objectivo de ilustrar com mais detalhe ou de exemplificar alguns dos temas tratados nas aulas teóricas.

O tipo de trabalho prático, se individual ou de grupo (com um máximo de três elementos), está dependente do número de alunos inscritos. Por norma, trata-se a manifestação do risco que, no período imediatamente anterior ao da leccionação, se tenha manifestado com mais intensidade no país (normalmente inundações ou incêndios florestais), podendo cada aluno escolher a área geográfica que prefere analisar. Em alternativa, os alunos podem escolher o tipo de risco que preferem tratar nas aulas práticas. Neste caso, o docente selecciona as áreas-amostra em que será aplicado, de modo a permitir manter um certo equilíbrio entre eles, cabendo, depois, aos alunos optar por uma delas, de sua preferência.

No caso de tal não ser viável, em função de um número muito elevado de alunos, opta-se pela elaboração de um caderno de documentos de apoio às aulas práticas, onde se arquivam os quadros de dados, esquemas e figuras realizadas em cada uma das aulas práticas, relativas ao tipo de riscos tratado na aula teórica anterior.

O trabalho prático deve contemplar uma forte componente de campo, essencial para uma análise objectiva do risco, devendo ser realizada de forma autónoma, para permitir estimular a observação directa, a análise e a explicação dos factos. A posterior discussão, com o docente, das observações efectuadas em cada uma das áreas-amostra e, sobretudo, a apresentação formal, na sala de aula, dos resultados do trabalho prático, devidamente estruturados, além de permitir dar a conhecer aos colegas a respectiva área de estudo e os resultados a que, consoante o caso, cada indivíduo ou grupo chegou, deve ser entendida como um estímulo ao envolvimento e à responsabilização dos alunos no trabalho de iniciação à investigação, inerente à fase de pré-especialização.

Por último, uma referência ao trabalho de campo de um dia, constituído por uma saída com a generalidade dos alunos matriculados e para uma área onde sejam bem visíveis manifestações de diferentes riscos (geomorfológicos, hidrológicos, dendrocausto-lógicos, …). Esta saída de campo é fundamental nesta disciplina, pois permite incentivar os alunos, por meio da observação directa, na compreensão da análise de riscos concretos, através das consequências da sua

Page 17: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

15

manifestação, e na discussão in loco das medidas de prevenção que poderiam ter sido implementadas para os minimizar, bem como das medidas a propor tanto para a reabilitação das áreas afectadas, como para prevenir a sua repetição futura.

Concluímos com as competências que consideramos fundamentais para serem alcançadas pelos alunos no final desta disciplina e que são as seguintes:

o domínio dos conceitos-chave fundamentais à aplicação da teoria dorisco;

o treino na inter-relação dinâmica dos fenómenos com vista àconscienciali-zação dos riscos, percepção dos perigos e mitigação dascrises;

o aplicação de práticas e métodos, ainda que elementares, à análise dorisco, avaliação do perigo e gestão das crises;

o empenhamento pessoal na resolução das dificuldades que foremsurgindo ao longo do percurso.

Page 18: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

16

Page 19: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

17

2 - Objectivos específicos

A disciplina de Riscos e Catástrofes aparece organizada em seis grandes blocos temáticos, cada um deles com objectivos bem específicos. Se, o primeiro é, natural-mente, de carácter introdutório, já os três seguintes visam apresentar os três grandes conjuntos de riscos, cada um deles mencionando causas comuns que permitem individualizá-los. O penúltimo é dedicado à apresentação de grandes catástrofes e, o último, logicamente, procura tentar ligar os anteriores e traçar uma síntese conclusiva. São estes aspectos que, a seguir, se procuram explicitar um pouco melhor.

A – Introdução

Bloco temático 1 – As Ciências Cindínicas

Trata-se de um bloco introdutório, através do qual se caracterizam as ciências que se dedicam ao estudo dos riscos e, em particular, se situa a posição da Geografia, como ciência de encruzilhada, no contexto destas ciências.

De igual modo, clarifica-se a utilização dos principais conceitos associados aos riscos, para, a partir deles, se passar à apresentação da “Teoria do Risco”, no sentido proposto por LUCIEN FAUGÈRES (1990).

Apresentam-se algumas classificações de riscos e procede-se à análise dos problemas decorrentes do uso de uma terminologia com conceitos cujo significado é, por vezes, pouco consensual.

Conclui-se com uma referência à importância socioeconómica do estudos dos riscos.

Nas aulas práticas faz-se a apresentação das fontes de informação usadas no estudos dos riscos, mencionam-se as dificuldades na obtenção de alguns elementos estatísticos e questiona-se a qualidade de certos dados.

Depois, procede-se à selecção do tema a tratar pelo conjunto dos alunos e escolhem-se as áreas-amostra a estudar em pormenor.

Page 20: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

18

B – Riscos

Bloco temático 2 – Riscos naturais

Os objectivos específicos deste tema desenvolvem-se em torno da caracterização dos principais tipos de riscos naturais, através da apresentação das causas que lhes estão na origem e na identificação das diferentes componentes que permitem agrupá-los nos seis subtipos indicados (siderais, geofísicos, climáticos, hidrológicos, geomorfoló-gicos e biológicos) e, depois, nas respectivas subdivisões.

Identificam-se manifestações de cada risco em concreto e referem-se as medidas mais adequadas para mitigar os efeitos de cada uma dessas manifestações e para prevenir a sua repetição futura.

Os riscos climáticos, hidrológicos e geomorfológicos, por serem aqueles que em Portugal se costumam manifestar com maior frequência e gravidade, serão um pouco mais desenvolvidos.

Nas aulas práticas, começa por se proceder à apresentação das linhas gerais orientadoras do plano de trabalho a desenvolver e à sua adaptação a cada caso concreto, através da elaboração própria do plano individual de trabalho.

Depois, analisam-se mapas de risco em várias escalas, salientando a importância da cartografia e da escala na análise dos riscos, e dão-se informações úteis à construção e leitura de mapas de risco.

Apresenta-se, ainda, o inquérito, como um instrumento privilegiado a usar na análise do risco e indicam-se alguns cuidados a ter na sua elaboração.

Por último, refere-se a importância da utilização dos modelos na análise do risco e na avaliação do perigo.

Os alunos procedem à entrega dos respectivos planos do trabalho prático, após o que se passa à fase da sua discussão e aprovação, para, depois, se entrar nafase de desenvolvimento, continuamente acompanhada pelo docente.

Bloco temático 3 – Riscos antrópicos

Neste tema, os objectivos específicos centram-se na caracterização dos principais tipos destes riscos, através da apresentação das causas que lhes estão na origem e na identificação das diferentes componentes que permitem agrupá-los em três tipos principais: tecnológicos, sociais e biofísicos.

Para cada um deles mencionam-se diferentes subtipos e apresentam-se exemplos concretos de manifestações desses riscos, apontando algumas das medidas mais adequadas para mitigar os efeitos dessas manifestações e para prevenir a sua repetição futura.

O objectivo específico das aulas práticas associadas a este tema passa por, semanalmente, executar exercícios práticos diferentes, aplicados ao tema do trabalho em curso e por acompanhar o andamento dos trabalhos.

Page 21: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

25

Bloco temático 4 – Riscos mistos

Dar a conhecer e caracterizar os principais tipos de riscos mistos, constitui o objectivo específico deste tema. Para tal procede-se à identificação das causas que os originam e às componentes que facilitam a sua subdivisão em três grandes subtipos: de componente atmosférias, de componente geodinâmica e dendrocaustológicos.

Para cada um deles, apresentam-se exemplos concretos de manifestações desses riscos e referem-se as medidas consideradas mais adequadas para mitigar os efeitos dessas manifestações e para prevenir a sua eventual repetição no futuro.

Os riscos dendrocaustológicos por serem aqueles que, presentemente, têm maior expressão em Portugal, são, de entre todos, os analisados com mais pormenor.

Nas aulas práticas, continua-se a execução de exercícios práticos diferentes, aplicados ao tema do trabalho em execução, e o acompanhamento do andamento dos trabalhos em curso.

Numa destas semanas, realiza-se um dia de trabalho de campo, de preferência numa área afectada recentemente pela plena manifestação de um dos riscos estudados.

C – Plenas Manifestações dos Riscos

Bloco temático 5 – Catástrofes

Os objectivos específicos deste bloco temático prendem-se com a identificação das piores catástrofes naturais registadas no mundo, ao longo da sua vasta história, e, em particular, com as sentidas ao longo do século XX.

Trata-se de uma apresentação dos riscos mais importantes, por subtipos e segundo a sua sequência histórica, com o objectivo específico de contribuir para uma análise mais objectiva desses diferentes riscos e de melhorar a percepção dos diversos perigos que originam.

Nas aulas práticas, procede-se à apresentação dos trabalhos práticos e continua- -se a acompanhar o andamento dos mesmos.

Page 22: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

26

D – Conclusão

Bloco temático 6 – Da Consciência do Risco à Mitigação das Crises

Os objectivos específicos deste bloco temático são conclusivos, pretendendo-se com ele ligar todos os assuntos antes apresentados.

Deste modo, insiste-se na prevenção dos riscos, como a grande aposta em que se deve trabalhar, mas que, raramente, passa da teoria à prática. Com efeito, para ser eficaz, ela deverá ser objectiva, o que significa a sua sustentação em estudos que comportam uma minuciosa análise do risco em causa.

No entanto, como, por vezes, há manifestação desses riscos, transita-se para a fase seguinte à da prevenção, isto é, para aquela que diz respeito ao socorro, e em que se procurará fazer também uma abordagem das condições em que ele é normalmente prestado e sobre o modo correcto de proceder, de acordo com a magnitude da manifestação do risco.

Com efeito, esta fase é crucial para o sucesso das operações, pelo que exige pessoal competente e devidamente qualificado para o desempenho de cada uma das missões especializadas, associadas a cada tipo de risco, ou seja, pressupõe pessoal com formação adequada, isto é, certificada, e treinado com regularidade, o que, infelizmente, nem sempre se observa.

Por último, nas situações em que houve plena manifestação do risco, torna-senecessário organizar uma fase posterior, a da reabilitação da(s) área(s) afectada(s), e que também importa vincar, uma vez que nem sempre acontece.

Deste modo, a redução das vulnerabilidades, a mitigação dos danos e a recuperação das áreas afectadas, com a reposição e o retorno à normalidade no mais curto espaço de tempo, serão aspectos transversais às abordagens genéricas a efectuar, comuns aos diferentes tipos de riscos.

Dar, pois, uma panorâmica global das diferentes realidades que estão subjacentes ao estudo dos riscos, com vista ao seu controlo em tempo oportuno, de modo a impedir ou minimizar a sua manifestação e, ao mesmo tempo, apresentar as principais medidas que podem contribuir não só para planear e implementar a prevenção, mas também para, quando necessário, organizar tanto a resposta de emergência, como a reabilitação das áreas afectadas, são alguns dos objectivos específicos que se pretendem alcançar com esta síntese conclusiva.

Na aula prática conclui-se a apresentação dos trabalhos práticos e procede-se à sua entrega ao docente, para os incluir na avaliação.

Page 23: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

27

3 - Avaliação

A avaliação de conhecimentos na disciplina de Riscos e Catástrofes rege-se pelas disposições legais em vigor e, em particular, pelo Regulamento de Avaliação de Conhecimentos da Faculdade de Letras, aprovado pelo Conselho Pedagógico.

Por princípio, contempla dois elementos de avaliação, com peso equivalente na definição da classificação final dos alunos: um teste final teórico e um trabalho prático com apresentação oral (individual ou de grupo, com 2 a 3 elementos, consoante o número de alunos inscritos).

Privilegia-se a realização de trabalhos individuais, apesar do esforço suplementar que tal opção acarreta para o docente, porque as aulas práticas servem para aprender a “saber fazer” e “só fazendo, se aprende a fazer”.

Com efeito, só deste modo é possível que cada aluno proceda à análise de situações-tipo e exercite os métodos e técnicas expostos nas aulas práticas. O treino destas técnicas permite a auto-correcção, à medida que as dúvidas vão sendo esclarecidas pelo docente. No final, a interpretação dos resultados é feita colectivamente.

A elaboração do trabalho prático prolonga-se por um período de tempo relativamente extenso (mais de 70% do semestre lectivo), durante o qual é continuamente acompanhado pelo docente que orienta os exercícios concretos a realizar em cada uma das aulas. A sua conclusão (apresentação e entrega) coincide com o final das actividades lectivas da disciplina.

A participação dos alunos nas aulas práticas, tanto de gabinete como de campo, é também tida em conta na atribuição da nota prática que integra a classificação final.

A saída de campo, conforme o acordado com os alunos, poderá ser avaliada através de relatório específico e individual, ou por questões a incluir no teste teórico.

A avaliação teórica consiste na realização de um teste presencial individual, no final do semestre, e contempla duas chamadas alternativas.

Page 24: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

28

Page 25: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

29

II. Programa

Page 26: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

30

Page 27: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

31

1 - Plano do programa de Riscos e Catástrofes

Page 28: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

32

Page 29: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

33

A - Introdução

1. As Ciências Cindínicas

1.0. Definição e objecto das Ciências Cindínicas 1.0.1. O estudo dos riscos no contexto das diferentes ciências

1.0.2. A posição privilegiada da Geografia

1.1. Teoria do Risco 1.1.1. A terminologia. Discussão sobre definições dos conceitos de base

1.1.2. Análise do Risco, Avaliação do Perigo, Gestão da Crise

1.2. Ser Humano, Riscos e Vulnerabilidades; 1.2.1. Consciencialização do Risco, Percepção do Perigo, Mitigação da

Crise

1.3. Classificação dos Riscos 1.3.1. Problemas de terminologia: Critérios e variedade de classificações

1.3.2. CODAR - codificação dos desastres, ameaças e riscos

1.4. Importância socioeconómica do estudos dos riscos. 1.4.1. Critérios a ter em conta na avaliação dos riscos, prevenção e

segurança

Page 30: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

34

B - Riscos

1. Riscos naturais

1.0. Definição e tipologia 1.1. Riscos siderais

1.1.1. Impacte de meteoritos

1.2. Riscos Geofísicos 1.2.1. Actividade tectónica e magmática nos bordos das placas

1.2.2. Risco sísmico

1.2.3. Risco vulcânico

1.3. Riscos Climáticos 1.3.1. Conceitos de normal e de variabilidade

1.3.2. Riscos associados a causas eólicas

1.3.3. Riscos relacionados com temperaturas extremas

1.3.4. Riscos derivados de situações meteorológicas localizadas, ditas adversas

1.4. Riscos Hidrológicos 1.4.1. Relacionados com a brusca invasão de água do mar

1.4.2. Associados ao incremento da precipitação

1.4.3. Devidos à redução das precipitações

1.5. Riscos Geomorfológicos 1.5.1. Riscos de ravinamento

1.5.2. Riscos de movimentações em massa

1.5.3. Outros riscos geomorfológicos

1.6. Riscos Biológicos 1.6.1. Riscos de pragas animais

1.6.2. Riscos de pragas vegetais

Page 31: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

35

Riscos antrópicos

1.0. Definição e tipologia 1.1. Riscos Tecnológicos

1.1.1. Riscos siderais

1.1.2. Riscos associados aos meios de transporte (sem risco químico ou radio-activo)

1.1.3. Riscos inerentes à construção civil

1.1.4. Riscos de incêndios

1.1.5. Riscos de explosão e de extravasamento de matérias

1.1.6. Riscos de colapso e de falhas de energia ou de outros recursos/sistemas essenciais (relacionados com concentrações demográficas)

1.1.7. Riscos de poluição

1.2. Riscos Sociais 1.2.1. Riscos de perturbação do normal funcionamento dos

(ecos)sistemas rurais e urbanos

1.2.2. Riscos de convulsões sociais

1.2.3. Riscos de conflitos bélicos

1.3. Riscos Biofísicos 1.3.1. Riscos de transmissão por vectores biológicos

1.3.2. Riscos de ingestão de água e alimentos

1.3.3. Riscos de transmissão por inalação

1.3.4. Riscos de contágio por sangue contaminado e secreções orgânicas

1.3.5. Riscos transmitidos por mais de um dos mecanismos anteriores

Riscos mistos

1.0. Definição e tipologia 1.1. Riscos mistos de componente atmosférica

1.1.1. Redução de espessura e buracos na camada de ozono

1.1.2. Agravamento do efeito de estufa

1.1.3. Chuvas ácidas

1.1.4. Camadas de inversão térmica

1.2. Riscos mistos de componente geodinâmica 1.1.5. Sismicidade induzida

1.1.6. Erosão acelerada

1.1.7. Desertificação

1.1.8. Salinização do solo

Page 32: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

36

1.3. Riscos dendrocaustológicos 1.1.9. Grandes incêndios florestais no mundo e em Portugal

1.1.10. Risco de incêndio florestal

1.1.11. Prevenção de incêndios florestais

1.1.12. Pré-supressão de incêndios florestais

1.1.13. Combate aos incêndios florestais

1.1.14. Efeitos dos incêndios florestais

1.1.15. Avaliação económica dos incêndios florestais

1.1.16. Consciência do risco e medidas de prevenção

Page 33: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

37

C - Plenas Manifestações dos Riscos

1. Catástrofes

1.0. Definição e tipologia 1.1. Catástrofes geológicas e históricas

1.1.1. Ameaças espaciais

1.1.2. Sismos

1.1.3. Erupções vulcânicas

1.1.4. Tsunamis

1.1.5. Ciclones tropicais, Furacões, Tornados, Tempestades,

1.1.6. Congelamentos (Glaciações)

1.1.7. Tempestades de neve

1.1.8. Trovoadas

1.1.9. Saraivadas

1.1.10. Inundações

1.1.11. Desabamentos

1.1.12. Avalanches

1.1.13. Secas

1.1.14. Incêndios

1.1.15. Epidemias

1.1.16. Pragas

1.1.17. Fomes

1.1.18. Guerras

1.2. Novas catástrofes, de origem antrópica 1.2.1. Catástrofes tecnológicas

1.2.2. Meios de transporte

1.2.3. Matérias perigosas

1.2.4. Incêndios urbanos e industriais

1.2.5. Contaminação e Poluição

1.2.6. Catástrofes sociais

1.2.7. Fome e desnutrição

1.2.8. Migrações intensas e descontroladas

1.2.9. Sabotagem e terrorismo

1.2.10. Conflitos bélicos

1.2.11. Catástrofes biofísicas

1.2.12. Doenças da “moda”

1.3. As crises do dealbar do século XXI 1.3.1. O 11 de Setembro de 2001

1.3.2. Conflitos sociais

1.3.3. Conflitos bélicos

Page 34: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

38

D - Conclusão

1. Da Consciência do Risco à Mitigação das Crises

1.0. Considerações gerais 1.1. Da consciência à análise do risco e medidas de prevenção 1.2. Da percepção à avaliação do perigo e medidas de emergência 1.3. Da gestão à mitigação de crises e medidas de reabilitação

Page 35: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

39

2 - Planificação das aulas teóricas e práticas

Page 36: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

40

Page 37: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

41

1 O trabalho será individual ou de grupo (com o máximo de três elementos) de acordo

com o numero de alunos inscritos em cada ano lectivo.

Lição n.º

Matérias teóricas Metodologias de análise.

Apoio ao trabalho prático

1

Definição e objectivo das Ciências

Cindínicas.

A teoria do risco.

As fontes de informação no estudos

dos riscos. A qualidade dos dados.

2

Classificação dos riscos.

Importância socioeconómica do estudo dos

riscos

Selecção do tema a tratar pelo

conjunto dos alunos e escolha das

áreas a estudar em pormenor1.

3

Ris

co

s n

atu

rais

Riscos Siderais:

o Impacte de meteoritos;

Riscos Geofísicos:

o Actividade tectónica e magmática

nos bordos das placas;

o Risco sísmico;

o Risco vulcânico.

Apresentação das linhas gerais

orientadoras dos planos de trabalho a

desenvolver.

Elaboração do plano de trabalho.

4

Riscos Climáticos:

o Conceitos de normal e de

variabilidade;

o Riscos associados a causas

eólicas;

o Riscos relacionados com

temperaturas extremas;

o Riscos derivados de situações

meteorológicas localizadas, ditas

adversas.

A importância da cartografia

e da escala na análise dos

riscos.

Mapas de risco em várias

escalas.

Informações úteis à

construção e leitura de

mapas de risco. Entr

ega d

os p

lano

s d

o

tra

ba

lho p

rático.

5

Riscos Hidrológicos:

o Relacionados com a brusca

invasão de água do mar;

o Associados ao incremento da

precipitação;

o Devidos à redução das

precipitações.

O inquérito, um instrumento

privilegiado na análise do

risco. Cuidados a ter na sua

elaboração. D

iscu

ssão d

os p

lano

s e

acom

pan

ham

en

to

dos

trab

alh

os p

rático

s.

6

Riscos Geomorfológicos:

o Riscos de ravinamento;

o Riscos de movimentações em

massa;

o Outros riscos geomorfológicos.

Importância dos modelos

na análise do risco e na

avaliação do perigo.

7

Riscos Biológicos:

o Riscos de pragas animais

o Riscos de pragas vegetais

Execução de um

exercício prático, a definir

em função do tema geral

escolhido.

Page 38: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

42

Lição

n.ºMatérias teóricas

Metodologias de análise Apoio ao trabalho prático

8

Ris

co

s a

ntr

ópic

os

Riscos Tecnológicos:

o Riscos siderais;

o Riscos associados aos meios de transporte

(sem risco químico ou radioactivo);

o Riscos inerentes à construção civil;

o Riscos de incêndios (excepto florestais);

o Riscos de explosão e de extravasamento de

matérias perigosas;

o Riscos de colapso e de falhas de energia ou de

outros recursos/sistemas essenciais;

o Riscos de poluição .

Exe

cu

çã

o s

em

anal de

exerc

ício

s p

ráticos d

ifere

nte

s,

a d

efinir e

m fun

çã

o d

o te

ma g

era

l e

scolh

ido

Aco

mpanh

am

ento

do

tra

balh

o p

rático.

9

Riscos Sociais:

o Riscos de perturbação no normal

funcionamento dos sistemas urbanos;

o Riscos de convulsões sociais;

o Riscos de conflitos bélicos;

Riscos Biofísicos:

o Riscos de transmissão por vectores biológicos

(vírus e bactérias);

o Riscos de ingestão de água e alimentos;

o Riscos de transmissão por inalação;

o Riscos de contágio por sangue contaminado e

secreções orgânicas;

o Riscos transmitidos por mais de um dos

mecanismos anteriores.

10

Ris

co

s m

isto

s

Riscos mistos de componente atmosférica:

o Redução de espessura e buracos na camada

de ozono;

o Agravamento do efeito de estufa;

o Chuvas ácidas;

o Camadas de inversão térmica;

Riscos mistos de componente geodinâmica:

o Sismicidade induzida;

o Erosão acelerada;

o Desertificação;

o Salinização do solo.

Um

dia

de

tra

ba

lho

de

ca

mp

o, a

re

aliz

ar

du

ran

te q

ua

lqu

er

um

a

de

sta

s s

em

an

as, n

um

a á

rea

afe

cta

da

re

cen

tem

en

te p

or

um

a

ple

na

man

ifesta

çã

o d

e r

isco

.

(Sem

pre

que c

on

cili

ável, p

ara

acom

pan

ham

en

to e

verificação d

os r

esultados

de a

lguns d

os tra

balh

os p

ráticos e

m c

urs

o).

11

Riscos dendrocaustológicos I:

o Grandes incêndios florestais no mundo e em

Portugal;

o Risco de incêndio florestal.

12

Riscos dendrocaustológicos II:

o Da prevenção de incêndios florestais à

reabilitação das áreas ardidas;

o Consciência do risco e medidas de

prevenção;

Page 39: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

43

Lição

n.º Matérias teóricas

Metodologias de análise.

Apoio ao trabalho prático

13

Catá

str

ofe

s

Catástrofes geológicas e históricas:

o Ameaças espaciais, sismos, erupções

vulcânicas, incêndios, desabamentos,

congelamentos, furacões, tufões, inundações,

epidemias, secas, …; Apresentação

dos trabalhos

práticos.

Aco

mpanh

am

ento

do

s

trab

alh

os p

rático

s.

14

Novas catástrofes, de origem antrópica:

o Catástrofes tecnológicas, sociais e biofísicas;

As crises do dealbar do século XXI:

o Velhas e novas ameaças.

15

Da análise à consciência do risco e medidas de prevenção;

Da percepção à avaliação do perigo e medidas de emergência;

Da gestão à mitigação de crises e medidas de reabilitação:

o Princípios orientadores;

o Planeamento e gestão das catástrofes;

o Reabilitação pós-crises

Apresentação e entrega

dos trabalhos práticos.

Teste de avaliação teórica

Page 40: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

44

Page 41: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

45

III. DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA

Page 42: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

46

Page 43: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

47

CONTEÚDOS

A - Introdução

1. As Ciências Cindínicas

O estudo dos riscos e dos perigos é relativamente recente e tem sido partilhado, a nível internacional, por um leque variado de ramos do saber, onde pontificam várias ciências, com destaque para a Geografia (Física e Humana), Geologia, Física, Química, Biologia, Meteorologia, Sociologia, Economia, Medicina, diversas Engenharias (Civil, Mecânica, Hidráulica, Ambiente,…), etc.

As principais abordagens começaram por se desenvolver em torno dos riscos naturais e, depois, dos riscos tecnológicos, o que, por vezes, até levou a tratá-los conjuntamente.

Contudo, o aumento preocupante dos riscos sociais e biofísicos, a que as sociedades modernas passaram a estar cada vez mais expostas e, sobretudo, uma maior consciencialização destes riscos antrópicos, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos de New York, no dia 11 de Setembro de 2001, fizeram com que as Ciências Cindínicas ganhassem um franco desenvolvimento, enquanto ciências que estudam os riscos e os perigos, na múltipla faceta da sua análise e avaliação, com vista ao desenvolvimento de estratégias de prevenção e socorro, capazes de mitigar os efeitos das suas manifestações, sobretudo quando são plenas, e, por isso, se traduzem pelos mais diversos tipos de crises.

Todavia, não podemos deixar de sublinhar que as Ciências Cíndinicas são muito recentes. De acordo com G.-Y. Kevern (1995, p. 16-18) elas começaram a emergir nos anos 50 do século passado, com o aparecimento do termo risk manager, mas foi só a partir de 1975 que o termo risk management se impôs nos meios profissionais de seguros, uma vez que foi também a partir dessa data que a Associação Americana dos Compradores de Seguros adoptou a, agora famosa, denominação RIMS (Risk and Insurance Management Society).

Contudo só em Dezembro de 1987, nos dias 7 e 8, durante a realização do Colóquio Internacional da UNESCO, em Paris, que reuniu cerca de 1500 participantes de diversos países, surgiram as Ciências Cindínicas, como sendo “as ciências do perigo”

A partir de então, múltiplos e novos contributos foram dados à estampa. De entre eles cabem realçar, pelo seu carácter inovador, os trabalhos pioneiros do Professor Lucien Faugères, de que destacamos “La dimension des faits et la théorie du risque” apresentado, dois anos depois, durante o Seminário sobre “Risques naturels, risques technologiques. Gestion des risques, gestion des crises” (Saint-Valery-sur-Somme, França, 2 a 7 de Outubro de 1989).

Foi publicado, no ano seguinte, nas respectivas Actas, uma brochura denominada “Le Risque et la Crise”, editada pelo European Coordination Centre for Research and Documentation in Social Sciences, da Fundação para os Estudos Internacionais da Universidade de Malta (1990, p. 31-60), onde explanou a célebre “teoria do risco” assente nos seus três pilares fundamentais e sequenciais, hoje já clássicos: risco, perigo e crise.

Por sua vez, em Portugal, não só como divulgador destes conceitos, mas também e sobretudo como profundo estudioso dos riscos, em particular dos

Page 44: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

48

naturais, merece destaque o Professor Fernando Rebelo, com uma vasta obra publicada e que, para comodidade do leitor, em boa hora reunida no brilhante trabalho dedicado aos Riscos Naturais e Acção Antrópica, uma obra com 274 p., publicada pela Imprensa da Universidade de Coimbra em 2001 e que, dois anos após, estava a ser reeditada, com o subtítulo Estudos e reflexões, uma 2.ª edição revista e aumentada (286 p.) no dizer do próprio autor, e que mostra bem a importância da obra e o interesse que granjeou junto do público que desperta para as Ciências Cindínicas.

Deste modo, as duas primeiras aulas permitirão situar os alunos no objecto destas ciências e precisar os conceitos fundamentais a usar durante a leccionação da disciplina, de acordo com a seguinte sequência:

1.0. Definição e objecto das Ciências Cindínicas 1.0.1. O estudo dos riscos no contexto das diferentes ciências

1.0.2. A posição privilegiada da Geografia

1.1. Teoria do Risco 1.1.1. A terminologia. Discussão sobre definição dos conceitos de base

1.1.2. Análise do Risco, Avaliação do Perigo, Gestão da Crise

1.2. Homem, Riscos e Vulnerabilidades; 1.2.1. Consciencialização do Risco, Percepção do Perigo, Mitigação da

Crise

1.3. Classificação dos Riscos 1.3.1. Problemas de terminologia: Critérios e variedade de classificações

1.3.2. CODAR - codificação dos desastres, ameaças e riscos

1.4. Importância socioeconómica do estudos dos riscos. 1.4.1. Critérios a ter em conta na avaliação dos riscos, prevenção e

segurança

Ora, normalmente, as diversas classificações dos riscos estão vocacionadas para o estudo de riscos específicos, quase sempre associados à área de especialização dos respectivos proponentes. A agora apresentada difere dessas porque se propõe apresentar uma classificação mais abrangente, que englobe a generalidade dos riscos ou, pelo menos, a daqueles que se têm manifestado com mais frequência e/ou intensidade.

No entanto, se a nossa formação de geógrafo físico nos conduz, inevitavelmente, a privilegiar alguns dos riscos naturais, em particular, os riscos geomorfológicos e os riscos hidrológicos, tal não deve significar que os outros riscos naturais não devam merecer igual tratamento, tanto mais que essa nossa formação de base, enquanto geógrafo, inclui também a geografia humana, essencial no estudo dos riscos e das vulnerabilidades, pelo que não faria sentido uma disciplina de riscos que não contemplasse os riscos decorrentes de muita da actividade desenvolvida pelo ser humano.

Acresce que a direcção casual de duas entidades, com responsabilidades na prevenção e socorro, nos alertou para a importância e elevado número de missões desempenhadas pelos diferentes agentes de protecção civil decorrentes da manifestação de riscos não naturais e, por conseguinte, para o interesse de também incluir estes riscos numa disciplina que procurará dar uma panorâmica geral de todos aqueles que, em função de contextos particulares, poderemos correr com maior frequência.

Page 45: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

49

Todavia, esta inventariação não pretende ser exaustiva, pois, conscientemente, deixa de fora muitos outros riscos, sem dúvida também importantes, como, por exemplo, os económicos e financeiros, mas, porque escapam à alçada directa da protecção civil, entendemos não os dever propor para estudo.

Deste modo, os riscos, enquanto potenciais ameaças para o ser humano e o seu bem-estar (K. SMITH, 1996, p.5), podem ser ordenados de várias formas. A sequência que apresentamos a seguir, tem a ver, principalmente, com as respectivas causas, embora também se preocupe, naturalmente, com as respectivas consequências, enquanto manifestações desses mesmos riscos e que, quando são plenas, dão origem a catástrofes.

Por sua vez, a severidade com que estas se manifestam (magnitude) pode ser avaliada em termos das respectivas consequências que, numa escala decrescente, representam ameaças (riscos) para a população, para os seus bens e haveres e para o ambiente (K. SMITH, o. c., p. 6).

Deste modo, a classificação proposta assenta em critérios de natureza essencialmente geográfica, com o duplo objectivo de, por um lado, procurar caracterizar as causas e identificar as consequências dos riscos e, por outra parte, procurar agrupá--los por grandes áreas de saber, afins a outras ciências, por forma a ser possível estabelecer com elas pontes e pontos de contacto comuns, que permitam um fácil desenvolvimento de metodologias de trabalho similares e análises comuns aos diferentes tipos de risco.

Page 46: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

50

Page 47: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

51

B - Riscos

O estudo dos riscos, sobretudo dos naturais e dos mistos, está, actualmente, na ordem do dia, tantas e, algumas vezes, tão desastrosas têm sido as suas manifestações.

Por sua vez, os riscos antrópicos, porventura pela sua menor representatividade em Portugal, têm sido menos estudados, mas nem por isso deixarão de ser mencionados, na medida em que, ao manifestarem-se, afectam e, por vezes, com grande severidade, outras regiões do globo.

1. Riscos naturais

Os riscos naturais têm merecido a atenção de muitos geógrafos portugueses, em particular dos geomorfólogos, que se têm preocupado em dar o devido destaque aos processos que intervêm na modelação das vertentes e que, em determinadas circunstâncias, podem pôr em risco o ser humano ou os seus haveres.

Além dos riscos geomorfológicos, existem outros riscos naturais que, de igual modo, merecem ser considerados. Vejamos, então, em que é que consiste cada um deles.

1.0. Definição e tipologia Os riscos naturais são aqueles em que o fenómeno que produz os danos tem a

sua origem na natureza.

Falar de sismos, vulcões e maremotos, como exemplo de manifestações dos riscos geofísicos (tectónicos e magmáticos), é cada vez mais frequente.

Está na moda dissertar sobre as “alterações climáticas” como se estas fossem a última descoberta da ciência, embora, muitas vezes, se desconheça por completo a existência, o significado ou o comportamento das grandes variações climáticas ao longo dos tempos.

Observar os efeitos provocados por tufões, no Pacífico, e por furacões, no Atlântico, ou pelas chuvas torrenciais associadas às monções, algo bastante difícil até há poucos anos, é hoje passível de ser acompanhado em directo, através das imagens televisivas, que nos permitem não só observar o desenrolar destes fenómenos, mas também verificar as suas consequências nos instantes em que ocorreram ou, apenas, umas horas depois.

Do mesmo modo, as manifestações de riscos com carácter localizado, associados às situações meteorológicas ditas adversas, passaram a fazer parte das informações noticiosas habituais e, muitas vezes, até com honras de abertura de telejornais ou de primeira página da imprensa.

Muitas delas, correspondem a chuvas intensas e ventos muito fortes, ou, pelo contrário, a secas prolongadas ou, ainda, às geadas, que, quando tardias, são prejudiciais à agricultura e, em época normal, representam um perigo acrescido para a circulação automóvel. Estes riscos meteorológicos, com os quais nos habituamos a conviver, integram-se numa categoria mais abrangente, habitualmente designada por riscos climáticos.

Porque as manifestações dos riscos climáticos são sentidas diariamente, com maior ou menor acuidade, passaram a estar na ordem do dia e, muitas vezes, não tanto pela gravidade das suas consequências mas tão somente pelo incómodo ou

Page 48: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

52

desconforto que uma simples situação meteorológica pode ocasionar, tendo permitido um impressionante desenvolvimento da previsão meteorológica, essencialmente numa perspectiva de prevenção e mitigação dos efeitos de uma potencial plena manifestação desse risco.

Por sua vez, os riscos hidrológicos, habitualmente associados à água proveniente da precipitação, podem ser de cheia, de inundação e de alagamento, os quais, sendo tecnicamente distintos, assumem a mesma aparência, pelo que, frequentemente, são confundidos e tratados como um único.

Do mesmo modo, é fundamental distinguir entre pequenas e grandes cheias, como importa separar estas das habitualmente designadas por cheias rápidas urbanas. Por último, quanto à génese, convém subdividir as inundações em fluviais, marinhas e cársicas, estas resultantes do “transbordo” de águas para o exterior das cavidades e galerias subterrâneas que normalmente as comportam.

Todavia, no nosso País, os riscos hidrológicos que se manifestam de forma mais frequente e que costumam assumir maior magnitude são, sobretudo, os de inundação fluvial e de inundação rápida urbana.

Outro tipo de riscos, resultantes quer da abundância quer da intensidade da precipitação, são os riscos hidrogeomorfológicos, ou seja, os riscos geomorfológicos cujo factor desencadeante é a água e nos quais se incluem os riscos de ravinamento e parte dos riscos de movimentações em massa, de que os deslizamentos e os fluxos lamacentos, são, porventura, os exemplos mais conhecidos. Com efeito, outros riscos geomorfológicos, como os desabamentos ou a queda isolada de blocos, embora podendo ser também desencadeados pela água, estão habitualmente mais associados a outros processos, como a movimentação sísmica ou a simples gravidade, pelo que não podem ser considerados exclusivamente hidrogeomorfológicos.

Por último, dentro deste conjunto dos riscos naturais, cabe ainda mencionar os riscos biológicos, relacionados com desequilíbrios na biocenose, e que dizem respeito às pragas de animais e de plantas infestantes. Nas animais, é frequente distinguir as pragas maiores, provocadas por ratazanas, ratos, pombos, …, das menores, originadas por gafanhotos, escaravelhos, mosquitos, bactérias, vírus, … .

Poderá parecer descabido mencionar aqui estes aspectos, porque aparentemente não têm grande importância. Mas, se pensarmos que, por exemplo, o míldio das batatas, uma conhecida doença que afecta estes tubérculos, provocou, entre 1845 e 1848, a célebre fome das batatas e que, só no Inverno de 1847, afectou 48 milhões de europeus, talvez faça sentido falar deste tipo de riscos.

Só na Irlanda, onde quase toda a população estava a morrer, estimou-se em mais de 1 milhão os irlandeses que pereceram. “Em Galway, os habitantes, levados pela fome, invadiram armazéns para deitar mão às batatas ali guardadas, originando rebeliões. Por sua vez, muitos agricultores, enfraquecidos e incapazes de amanhar as terras, foram expulsos, pelos proprietários ingleses, despejos que acabaram por levar à exigência da criação de um Estado Irlandês Livre e que acabou por se constituir em 1922” (L. NEWSON, 1998, p. 109). Quem diria que o míldio das batatas era capaz de dar um impulso tão forte para a origem de um novo Estado!

A continuação, indicam-se os principais temas a abordar dentro de cada um dos diferentes tipos de riscos naturais:

Page 49: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

53

1. Riscos siderais 1.1. Impacte de meteoritos

2. Riscos Geofísicos 2.1. Actividade tectónica e magmática nos bordos das placas 2.2. Risco sísmico

1.1.16.1.1. Grandes regiões sísmicas do globo; 1.1.16.1.2. Risco sísmico em Portugal e ilhas adjacentes

2.3. Risco vulcânico 1.1.16.1.3. Vulcões activos 1.1.16.1.4. Risco vulcânico nos Açores

3. Riscos Climáticos 3.1. Conceitos de normal e de variabilidade

1.1.16.1.5. Grandes variações climáticas 1.1.16.1.6. Riscos associados a causas eólicas 1.1.16.1.7. Tufões, furacões e chuvas torrenciais (monções) 1.1.16.1.8. Ciclones extratropicais e tempestades 1.1.16.1.9. Tornados e trombas de água

3.2. Riscos relacionados com temperaturas extremas 1.1.16.1.10. Ondas de frio intenso 1.1.16.1.11. Tempestades de neve 1.1.16.1.12. Avalanches e degelos repentinos 1.1.16.1.13. Ondas de calor 1.1.16.1.14. Ventos quentes e secos

3.3. Riscos derivados de situações meteorológicas localizadas 1.1.16.1.15. Secas prolongadas 1.1.16.1.16. Chuvas intensas 1.1.16.1.17. Ventos muito fortes 1.1.16.1.18. Geadas tardias

4. Riscos Hidrológicos 4.1. Relacionados com a brusca invasão de água do mar

1.1.16.1.19. Riscos de inundações marinhas

4.2. Associados ao incremento da precipitação 1.1.16.1.20. Risco de cheia, risco de inundação e risco de

alagamento 1.1.16.1.21. Riscos de grandes e de pequenas cheias

fluviais. Controlo das cheias 1.1.16.1.22. Riscos de inundações fluviais graduais e

bruscas (enxurradas) 1.1.16.1.23. Riscos de inundações fluviais nas principais

bacias hidrográficas portuguesas 1.1.16.1.24. Riscos de inundação em relevo cársico 1.1.16.1.25. Riscos de cheias rápidas urbanas 1.1.16.1.26. Riscos de alagamentos

4.3. Devidos à redução das precipitações 1.1.16.1.27. Riscos de estiagem

Page 50: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

54

5. Riscos Geomorfológicos5.1. Riscos de ravinamento

1.1.16.1.28. Riscos de erosão laminar e linear. 1.1.16.1.29. Sulcos, ravinas e barrancos (barrocas)

5.2. Riscos de movimentações em massa 1.1.16.1.30. Riscos de deslizamento 1.1.16.1.31. Riscos de desmoronamento, rolamento e de

queda isolada 1.1.16.1.32. Risco de fluxos lamacentos

5.3. Outros riscos geomorfológicos 1.1.16.1.33. Riscos de subsidência do solo 1.1.16.1.34. Riscos de soterramento por dunas

6. Riscos Biológicos6.1. Riscos de pragas animais

1.1.16.1.35. Ratos domésticos 1.1.16.1.36. Morcegos hematófagos 1.1.16.1.37. Ofídios peçonhentos 1.1.16.1.38. Gafanhotos 1.1.16.1.39. Formigas, …

6.2. Riscos de pragas vegetais 1.1.16.1.40. Plantas prejudiciais à pecuária 1.1.16.1.41. Plantas prejudiciais à agricultura 1.1.16.1.42. Maré vermelha

Page 51: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

55

2 - Riscos antrópicos

Os riscos antrópicos têm merecido, normalmente, por parte dos geógrafos, pouca importância. Também não é nossa intenção dar-lhe aqui um grande desenvolvimento. No entanto, porque eles representam uma parte significativa do total das operações de socorro efectuadas pelos agentes de protecção civil, pensamos dever mencioná-los, tanto mais que, alguns deles, podem dar origem a catástrofes de elevada magnitude.

2.0. Definição e tipologia Costumam designar-se por riscos antrópicos aqueles em que o fenómeno

causador do dano tem origem em acções humanas.

De entre eles, podemos mencionar desde os associados tanto à exploração mineira e de inertes, como à produção, transporte e armazenamento de matérias perigosas, ou os provenientes da acumulação dos resíduos industriais tóxicos, passando pelo uso de produtos químicos na agricultura (fertilizantes e pesticidas), na indústria e na prestação de serviços, até aos resultantes do uso, para os mais diversos fins, da energia nuclear.

Falando em nuclear, logo pensamos na sigla NRBQ, que, além dos riscos inerentes à utilização de energia nuclear (N), engloba também os riscos radiológicos ®, biológicos (B) e químicos (Q).

Como sabemos o risco NRBQ está particularmente ligado a acções terroristas e passou a estar mais em voga depois dos trágicos acontecimentos ocorridos a 11 de Setembro de 2001, na cidade de Nova Iorque.

Com efeito, o risco de contaminação, resultante do emprego de substâncias radioactivas ou de agentes biológicos e químicos, porque tem um largo espectro de difusão, podendo fazer sentir-se tanto a nível do solo, como do ar, da água e, ainda, dos alimentos que consumimos ou dos objectos que utilizamos, pode atingir, em simultâneo, um vasto leque de pessoas, razões que levam a que o risco NRBQ seja especialmente temido.

Por sua vez, o emprego, para fins pacíficos, de substâncias radioactivas, também não está isento de riscos, os quais começam pela exploração mineira desses materiais e, depois, pela produção, transporte e armazenamento dos produtos derivados e, ainda, pela sua posterior utilização tanto em unidades hospitalares e industriais, como nas centrais nucleares.

Deste modo, os chamados riscos tecnológicos, resultantes do desrespeito pelas normas de segurança e pelos princípios que regem a produção, o transporte e o armazenamento de certos produtos, ou que envolvem o seu manuseamento ou o uso de determinada tecnologia, dentro daquilo que seria o respeito pelo necessário equilíbrio que deveria existir entre as comunidades e o meio (natural), são os primeiros riscos antrópicos a serem considerados.

De entre os muitos riscos tecnológicos destaca-se, pela sua frequência e, por vezes, também pela magnitude de algumas das suas manifestações, o risco de poluição, o qual resulta de muitas das actividades desenvolvidas pelo ser humano e que, de acordo com um relatório do Committee on Pollution da National Academy of Sciences (1996), citado por E. ODUM (2001, p. 685), pode manifestar-se tanto na atmosfera, como no solo e, ainda, nas águas, quer continentais — sejam elas superficiais ou subterrâneas —, quer oceânicas, tanto

Page 52: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

56

nas das orlas costeiras, como em águas profundas (mar alto) e, até, nas fossas abissais.

Por sua vez, os riscos sociais, que constituem o segundo grupo dentro dos antrópicos, normalmente estão associados à incapacidade do homem conviver em harmonia com o seu semelhante, dentro dos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, podendo manifestar-se através de diversas formas, como, por exemplo: violência, guerra, sabotagem, terrorismo, greve, fome, ….

Ainda, dentro dos riscos sociais, começam a ganhar importância crescente os riscos económicos e financeiros, desde os que decorrem dos pequenos créditos “mal parados” até aos grandes escândalos financeiros que, apesar do seu interesse, pelas razões anteriormente apontadas e, sobretudo, porque dizem respeito essencialmente à Sociologia e à Economia, apenas merecem referência telegráfica.

Porventura um dos riscos que, pelo menos nas suas manifestações mais suaves, pouco nos preocupa, talvez por estarmos menos sensibilizados para este tipo de riscos, mas que, nem por isso, deve deixar de merecer a nossa atenção, são os riscos biofísicos, razão pela qual também foram incluídos.

Estes riscos resultam de desequilíbrios entre o homem e os outros seres vivos (insectos, vírus, bactérias, fungos, etc.). Embora inicialmente sejam transmitidos ao ser humano pelos outros seres vivos, depois, ele passa também a agente difusor, podendo contribuir decisivamente para originar diversas epidemias.

Destas, como sabemos, algumas das mais conhecidas relacionam-se com a peste negra (bubónica), a varíola, o tifo, a cólera, a pneumónica,… ou, num outro conjunto, com a lepra, a tuberculose, o sarampo, a disenteria… ou, ainda, com a malária, a febre amarela, o dengue, a febre do Rift Valley,… e, mais recentemente, com a sida, o ébola, a BSE ou as gripes asiáticas, tais como a pneumonia atípica ou a “gripe das aves”, entre outras.

Sem querer alongar a listagem deste tipo de riscos, por dizerem respeito particularmente à Medicina, não deixaremos de os enumerar, ainda que de forma sumária, quanto mais não seja, numa atitude preventiva.

Segue-se, à semelhança dos riscos naturais, a listagem dos temas a abordar nas aulas que serão dedicadas ao estudo dos riscos antrópicos.

Page 53: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

57

1. Riscos Tecnológicos 1.1. Riscos siderais

1.1.1. Queda de laboratórios espaciais, satélites,…

1.2. Riscos associados aos meios de transporte (sem risco químico ou radioactivo) 1.2.1. Aéreo

1.2.2. Marítimo

1.2.3. Fluvial

1.2.4. Ferroviário

1.2.5. Rodoviário

1.3. Riscos inerentes à construção civil 1.3.1. Destruição de obras de arte e edificações por problemas do

substrato ou das fundações

1.3.2. Destruição de obras de arte e edificações por problemas das estruturas

1.3.3. Destruição de obras de arte e edificações por ruptura de barragens e riscos de inundação a jusante

1.3.4. Acidentes de trabalho durante a construção

1.4. Riscos de incêndios 1.4.1. Instalações de combustíveis, óleos e lubrificantes (COL)

1.4.2. Meios de transporte marítimo e fluvial

1.4.3. Áreas portuárias

1.4.4. Fábricas e zonas industriais

1.4.5. Edifícios com grande densidade de utilizadores

1.5. Riscos de explosão e de extravasamento de matérias perigosas em resultado da sua extracção, produção, armazenamento, transporte e utilização 1.5.1. Materiais explosivos

1.5.2. Produtos agrotóxicos

1.5.3. Substâncias e equipamentos radioactivos usados em medicina, em investigação científica, na indústria e em centrais nucleares

1.5.4. Intoxicações em ambiente familiar

1.5.5. Contaminação de sistemas de água potável

1.6. Riscos de colapso e de falhas de energia ou de outros recursos/ sistemas essenciais, relacionados com concentrações demográficas 1.6.1. Recursos hídricos

1.6.2. Recursos energéticos

1.6.3. Sobrecarga do sistema de recolha de resíduos sólidos urbanos

1.7. Riscos de poluição [da atmosfera, solo, águas continentais (superficiais e subterrâneas) e oceânicas (orlas costeiras e fossas oceânicas)], provocados por: 1.7.1. Libertação de gases e/ou partículas em suspensão na atmosfera

1.7.2. Resíduos líquidos efluentes da actividade industrial e doméstica

1.7.3. Acumulação de resíduos sólidos oriundos das mais diversas actividades

Page 54: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

58

2. Riscos Sociais2.1. Riscos de perturbação do normal funcionamento dos sistemas

rurais e urbanos 2.1.1. Incêndios urbanos

2.1.2. Delapidação do solo por: 1.1.16.2. Desmatação sem controlo e má gestão agropecuária 1.1.16.3. Acumulação de inertes sobrantes da mineração 1.1.16.4. Loteamentos urbanos e rurais deficientes 1.1.16.5. Destruição deliberada da fauna e flora

2.1.3. Fluxo desordenado de trânsito 1.1.16.6. Riscos de convulsões sociais 1.1.16.7. Desemprego e subemprego generalizados 1.1.16.8. Especulação 1.1.16.9. Fome e desnutrição 1.1.16.10. Migrações intensas e descontroladas 1.1.16.11. Infância e juventude marginalizadas ou carentes 1.1.16.12. Greves generalizadas 1.1.16.13. Disseminação de boatos e pânico 1.1.16.14. Tumultos e desordens generalizados 1.1.16.15. Incremento dos índices de criminalidade e dos

assaltos 1.1.16.16. Banditismo e crime organizado 1.1.16.17. Venda de segurança e matadores a soldo 1.1.16.18. Colapso do sistema penitenciário 1.1.16.19. Sabotagem e terrorismo 1.1.16.20. Risco NRBQ 1.1.16.21. Perseguições e conflitos ideológicos, religiosos ou

raciais

2.1.4. Riscos de conflitos bélicos 1.1.16.22. Guerras internas, civis e revolucionárias 1.1.16.23. Guerras convencionais 1.1.16.24. Guerras regulares 1.1.16.25. Guerras irregulares 1.1.16.26. Guerrilhas 1.1.16.27. Guerras biológicas 1.1.16.28. Guerras nucleares 1.1.16.29. Guerras químicas

Page 55: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

59

3. Riscos Biofísicos3.1.1. Riscos de transmissão por vectores biológicos (vírus e bactérias)

1.1.16.30. Dengue 1.1.16.31. Febre amarela 1.1.16.32. Leishmaniose cutânea 1.1.16.33. Leishmaniose visceral 1.1.16.34. Malária 1.1.16.35. Peste 1.1.16.36. Tripanossomíase americana 1.1.16.37. Tripanossomíase africana (Doença do sono)

3.1.2. Riscos por ingestão de água e alimentos 1.1.16.38. Amebíase 1.1.16.39. Cólera 1.1.16.40. Diarreias agudas 1.1.16.41. Diarreia causada por Escherichia Coli 1.1.16.42. Salmoneloses 1.1.16.43. Febre tifóide 1.1.16.44. Febre paratifóide 1.1.16.45. Shigeloses 1.1.16.46. Intoxicações alimentares 1.1.16.47. Hepatite por Vírus “A” 1.1.16.48. Poliomielite

3.1.3. Riscos de transmissão por inalação 1.1.16.49. Coqueluche 1.1.16.50. Difteria 1.1.16.51. Gripe 1.1.16.52. Meningite meningocócica 1.1.16.53. Sarampo 1.1.16.54. Tuberculose

3.1.4. Outras doenças respiratórias agudas 1.1.16.55. Riscos por contágio de sangue contaminado e

secreções orgânicas

1.1.16.56. Hepatite por Vírus “B” 1.1.16.57. Hepatite por Vírus “C” 1.1.16.58. Síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV) 1.1.16.59. Outras doenças sexualmente transmissíveis

3.1.5. Riscos transmitidos por mais de um dos mecanismos anteriores 1.1.16.60. Leptospirose 1.1.16.61. Raiva 1.1.16.62. Tétano 1.1.16.63. Schistossomose 1.1.16.64. Febre hemorrágico-viral (Ébola)

Page 56: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

60

Riscos mistos

3.0. Definição e tipologia Os riscos mistos estão associados àqueles em que o fenómeno causador do

prejuízo apresenta causas combinadas, isto é, para ele concorrem condições naturais e/ou acções antrópicas. Por vezes, podem resultar apenas de uma destas acções, pelo que nem sempre são obrigatoriamente mistos. No entanto, para evitar a sua repetição, apenas se consideraram neste capítulo. A respectiva génese será analisada quando se fizer a discussão das causas de cada um deles.

A subdivisão desta categoria em três subtipos de riscos será, porventura, a menos consensual de todas as efectuadas.

No entanto, entendemos dar-lhe uma arrumação semelhante às anteriores, se bem que algumas das designações possam, porventura, ser menos felizes do que as antes apresentadas.

Apesar dos termos propostos corresponderem aos que, de momento, nos parecem mais adequados, sobretudo para evitar a repetição de alguns dos anteriores, não nos deixam plenamente satisfeitos, pelo que poderão ser susceptíveis de alteração se, entretanto, forem encontrados outros mais adequados.

Deste modo, subdividimos os riscos mistos em riscos mistos de componente atmosférica, quando, além da causa antrópica, se produzem no seio da atmosfera; riscos mistos de componente geodinâmica, quando, além da causa antrópica, também estão relacionados com forças (geodinâmica interna) e processos (geodinâmica externa) que actuam sobre a Terra; riscos dendrocaustológicos, associados aos incêndios florestais que, pelo seu particular significado em Portugal continental, merecem ser individualizados e tratados com maior desenvolvimento.

De igual modo, também pela sua expressividade em Portugal, merecem ainda referência detalhada os riscos de erosão, que resultam da actuação dos processos morfogenéticos, podendo ser subdivididos em riscos de erosão hídrica, laminar e linear, quando provenientes da actuação directa da água das chuvas ou fluvial e marinha, quando, respectivamente, resultam da acção dos rios e do mar; em riscos de erosão eólica, quando surgem por acção do vento; e, por último, em riscos de erosão química, que decorrem da alteração química dos minerais constituintes de certas rochas.

Todavia, nem sempre os riscos de erosão são mistos. Com efeito, normalmente, a acção antrópica apenas acentua o que a natureza faz. No entanto, em determinadas circunstâncias, essa acção, umas vezes por intervenção e, outras vezes, por omissão, é a causa que facilita a intensificação dos processos erosivos e que sem a acção antrópica teriam efeitos bem mais reduzidos.

Também o risco de desertificação merece uma breve referência, porque alguns continuam a reduzir o significado do termo, associando-o apenas ao despovoamento do território e, por conseguinte, à ausência da população. No entanto, o risco de desertificação apenas se identifica com os casos em que a persistência de situações de seca vai criando condições para que, paulatinamente, a expansão dos desertos se concretize. Todavia, só poderá ser

Page 57: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

61

considerado um risco misto quando, nas suas causas, também estiver presente a natureza antrópica.

Por sua vez, o risco dendrocaustológico, ou seja, de incêndio florestal, por na actualidade ser não só o mais preocupante, dadas as suas frequência e magnitude, mas também o mais conhecido em Portugal, dispensa mais comentários.

Embora na generalidade das situações corresponda a um risco misto, nem sempre isso se verifica, pois também ocorre como risco natural, sendo, nestes casos, provocado por faíscas.

O maior desenvolvimento deste risco, comparativamente com os restantes, traduz a importância de que se reveste em Portugal. Embora estejamos conscientes de que não haverá possibilidade de tratar, com o devido detalhe, todos os items indicados, entendemos dever apresentá-los quanto mais não seja para servirem de linha orientadora para os alunos que, no futuro, optem por se dedicar à análise deste tipo de risco com vista a colaborarem na sua resolução.

Pelo exposto será, de entre todos, aquele que se analisará com mais pormenor, como se deduz pela sequência de tópicos que se segue.

1.2. Riscos mistos de componente atmosférica 1.2.1. Redução de espessura e buracos na camada de ozono

1.2.2. Agravamento do efeito de estufa

1.2.3. Chuvas ácidas

1.2.4. Camadas de inversão térmica

1.3. Riscos mistos de componente geodinâmica 1.3.1. Sismicidade induzida

1.3.1.1. Reservatórios 1.3.1.2. Outras causas

1.3.2. Erosão acelerada 1.3.2.1. Hídrica 1.3.2.2. Eólica 1.3.2.3. Química

1.3.3. Desertificação 1.3.3.1. Expansão e retracção dos desertos

1.3.4. Salinização do solo

1.4. Riscos dendrocaustológicos 1.4.1. Grandes incêndios florestais no mundo e em Portugal

1.4.1.1. Grandes incêndios florestais à escala continental 1.4.1.2. Incêndios florestais nos países do Sul da Europa. 1.4.1.3. Análise comparativa 1.4.1.4. Incêndios florestais em Portugal 1.4.1.5. Evolução temporal das ocorrências e da dimensão da

área ardida 1.4.1.6. Análise espacial das ocorrências e das áreas ardidas. 1.4.1.7. Distribuição por ano, quinquénio e média dos últimos 25

anos

Page 58: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

62

1.4.1.8. Os anos críticos de 2003 e 2005 1.4.1.9. Factores explicativos da evolução e das distribuições

espaciais

1.4.2. Risco de incêndio florestal 1.4.2.1. Ambiência dendrocaustológica

1.4.2.1.1. Combustíveis florestais 1.4.2.1.1.1. A água nas plantas 1.4.2.1.1.2. Dimensão dos combustíveis 1.4.2.1.1.3. Estratos de combustível 1.4.2.1.1.4. Continuidade horizontal e vertical 1.4.2.1.1.5. Carga de combustível 1.4.2.1.1.6. Constituição e distribuição da

floresta em Portugal cont. 1.4.2.1.2. Influência do relevo

1.4.2.1.2.1. Altitude 1.4.2.1.2.2. Exposição das vertentes 1.4.2.1.2.3. Declive 1.4.2.1.2.4. Formas de relevo 1.4.2.1.2.5. Efeito de chaminé

1.4.2.1.3. Elementos meteorológicos 1.4.2.1.3.1. Variação dos valores da temp. e

humidade relativa do ar 1.4.2.1.3.2. Importância do rumo e velocidade

do vento 1.4.2.1.3.3. Clima estival em Portugal

continental 1.4.2.1.3.4. Circulação contornante

1.4.2.2. Risco de eclosão/deflagração de incêndios florestais 1.4.2.2.1. Fases de combustão e transmissão do calor 1.4.2.2.2. Eclosão do incêndio florestal

1.4.2.2.2.1. O triângulo e o tetraedro do fogo 1.4.2.2.3. Causas de incêndios florestais

1.4.2.3. Risco de propagação/progressão de incêndios florestais 1.4.2.3.1. Factores que afectam a propagação. 1.4.2.3.2. Crescimento do incêndio florestal 1.4.2.3.3. Comportamento do fogo

1.4.2.3.3.1. Modelo matemático de Rothermel 1.4.2.3.3.2. Modelo de Albini para a predição

do alcance das faúlhas

1.4.2.4. Sistemas de indexação do risco de incêndio, adaptações a Portugal 1.4.2.4.1. Angström – Suécia 1.4.2.4.2. Nesterov – União Soviética 1.4.2.4.3. FWI – Canadá 1.4.2.4.4. Investigação portuguesa

1.4.2.4.4.1. Índices de eclosão e de propagação

1.4.2.4.4.2. Tendência para o dia seguinte 1.4.2.4.5. Cartografia do risco de incêndio florestal

1.4.2.4.5.1. Índices estruturais 1.4.2.4.5.2. índices conjunturais

1.4.2.4.6. Utilidade dos índices no planeamento e na gestão, tanto do espaço florestal como dos diferentes dispositivos operacionais

Page 59: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

63

1.4.3. Prevenção de incêndios florestais 1.4.3.1. A evolução do sector florestal

1.4.3.1.1. Até finais do século XIX 1.4.3.1.2. De 1868 a 1964 – Edificação de um património

florestal 1.4.3.1.3. De 1965 a 1974 – Fim de um ciclo de politica

florestal pública 1.4.3.1.4. De 1975 a 1985 – Declínio dos espaços

florestais 1.4.3.1.5. De 1986 a 1996 – Perda sustentada de valor da

floresta 1.4.3.1.6. De 1997 a 2003 – Colapso do sistema instituído 1.4.3.1.7. Após 2003 – Início de um novo ciclo?

1.4.3.2. A legislação florestal 1.4.3.2.1. Até 1980 1.4.3.2.2. De 1981 a 2003 1.4.3.2.3. Após 2003

1.4.3.3. Gestão dos espaços florestais 1.4.3.3.1. Planeamento e execução de infra-estruturas

DFCI face ao risco 1.4.3.3.2. Protecção das interfaces urbano/florestal 1.4.3.3.3. Condicionamentos durante o período critico 1.4.3.3.4. Envolvimento das comunidades 1.4.3.3.5. Sistema de protecção das estruturas e infra-

estruturas criticas 1.4.3.3.6. Aperfeiçoamento da investigação das causas de

incêndio 1.4.3.4. Campanhas de sensibilização

1.4.3.4.1. Público em geral 1.4.3.4.2. Públicos específicos: fumadores, agricultores,

pastores, apicultores 1.4.3.4.3. População escolar

1.4.3.4.3.1. Prosepe 1.4.3.4.3.2. Arte efémera na paisagem 1.4.3.4.3.3. O Mundo Rural e a Conservação

da Natureza 1.4.3.4.3.4. Floresta em Movimento 1.4.3.4.3.5. Eu sou Amigo da Floresta, …

1.4.4. Pré-supressão de incêndios florestais 1.4.4.1. Organização das acções móveis de dissuasão, vigilância

e fiscalização do espaço silvestre, face ao risco 1.4.4.2. Sistema Nacional de Gestão do Risco de Incêndio

Florestal 1.4.4.3. Sistema Nacional de Informação sobre Incêndios

Florestais 1.4.4.4. Inventariação dos meios (humanos e materiais) de DFCI 1.4.4.5. Sistema de gestão dos meios a mobilizar em função do

risco 1.4.4.6. Sistema Nacional de Detecção e Vigilância de Incêndios

Florestais 1.4.4.6.1. Aérea 1.4.4.6.2. Terrestre (fixa e móvel)

1.4.4.7. Sistemas de aviso 1.4.4.7.1.1. Aviso, Alerta e Alarme

Page 60: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

64

1.4.5. Combate aos incêndios florestais 1.4.5.1. Objectivos, métodos, técnicas e tácticas do combate 1.4.5.2. Organizações de combate

1.4.5.2.1. Entidades intervenientes nos incêndios florestais 1.4.5.2.2. Equipas de primeira intervenção (rápida e eficaz) 1.4.5.2.3. Combate alargado nos grandes teatros de

operações 1.4.5.2.4. Activação de apoio logístico e humanitário 1.4.5.2.5. Rescaldo e vigilância pós-incêndio 1.4.5.2.6. Formação dos combatentes e segurança nos

Teatros de Operações 1.4.5.3. Equipamentos e meios de extinção

1.4.5.3.1. Agentes extintores 1.4.5.3.2. Veículos 1.4.5.3.3. Meios aéreos 1.4.5.3.4. Ferramentas manuais 1.4.5.3.5. Equipamentos de comunicação rádio

1.4.5.4. Simulação de incêndios florestais 1.4.6. Efeitos dos incêndios florestais

1.4.6.1. Reabilitação de emergência para evitar a degradação de recursos (solo) e infra-estruturas (6 meses)

1.4.6.2. Reabilitação dos ecossistemas afectados pelos incêndios (através de planos que incorporem as regras de DFCI) (execução entre 2 e 5 anos)

1.4.6.3. Consequências 1.4.6.3.1. Vegetação arbórea, arbustiva e herbácea 1.4.6.3.2. Solos 1.4.6.3.3. Organismos vivos do solo 1.4.6.3.4. Aves e mamíferos 1.4.6.3.5. Erosão das vertentes

1.4.7. Avaliação económica dos incêndios florestais 1.4.7.1. Análise de custos/benefícios 1.4.7.2. Avaliação dos prejuízos causados pelos incêndios

1.4.7.2.1. A nível familiar, quando há perda de vidas 1.4.7.2.2. Património natural 1.4.7.2.3. Património edificado 1.4.7.2.4. Bens e haveres 1.4.7.2.5. Emissão de carbono

1.4.8. Consciência do risco e medidas de prevenção 1.4.8.1. Instrumentos de planeamento

1.4.8.1.1. PNDFCI - Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios

1.4.8.1.2. PROF’s - Planos Regionais de Ordenamento da Floresta

1.4.8.1.3. PMIF’s/PDF’s/PMDFCI - Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios

1.4.8.2. Instrumento de gestão 1.4.8.2.1. Zonas de Intervenção Florestal 1.4.8.2.2. Equipas de Sapadores Florestais 1.4.8.2.3. Dispositivo durante o período crítico

1.4.8.3. Coordenação das tarefas de: planeamento, operacionais, gestão e controlo, avaliação, formação e treino

1.4.8.4. Gabinetes Técnicos Florestais

Page 61: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

65

C – Plenas Manifestações dos Riscos

1. Catástrofes

1.0. Definição e tipologia

Considerando que a plena manifestação dos riscos pode dar origem a catástrofes diversas, entendidas como “o acidente grave ou a série de acidentes graves susceptíveis de provocarem elevados prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas, afectando intensamente as condições de vida e o tecido socioeconómico em áreas ou na totalidade do território nacional” (n.º 2, do artigo 3.º da Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho — Lei de Bases da Protecção Civil).

A tipologia corresponde à anteriormente apresentada para o conjunto dos riscos, ou não fossem as catástrofes plenas manifestações de riscos, se bem que, por comodidade, se mencionem, por ordem cronológica, algumas das que, no passado, se revestiram de maior significado.

As mais antigas, consideradas à escala geológica, são de origem natural e, por vezes, como veremos, servem para hipoteticamente justificar fenómenos de difícil explicação, designadamente algumas das extinções em massa.

Depois, já em tempo histórico, numa primeira fase, continuam a ser ainda os riscos naturais a preencher a esmagadora maioria das catástrofes de que há registos.

À medida que nos aproximamos do século XX, os riscos antrópicos passaram a ganhar cada vez maior expressão e começaram a merecer grande destaque, sobretudo em termos tecnológicos e sociais, situação que pareceu agravar-se neste início do século XXI, onde, a par da violenta manifestação de riscos naturais, cada vez mais assistimos a frequentes e plenas manifestações de riscos antrópicos e mistos.

Ora, com o objectivo de dar uma panorâmica geral das plenas manifestações de riscos, faz-se uma apresentação de algumas das principais catástrofes, agrupadas, em cada um dos períodos de tempo considerados, por subtipos de risco.

Deste modo, a continuação, listam-se, então, os diversos subtipos de risco.

Page 62: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

66

1.1. Catástrofes geológicas e históricas 1.1.1. Ameaça espacial 1.1.2. Sismos 1.1.3. Erupções vulcânicas 1.1.4. Tsunamis 1.1.5. Ciclones tropicais, Furacões, Tornados, Tempestades, 1.1.6. Congelamentos (Glaciações) 1.1.7. Tempestades de neve 1.1.8. Trovoadas 1.1.9. Saraivadas 1.1.10. Inundações 1.1.11. Desabamentos 1.1.12. Avalanches 1.1.13. Secas 1.1.14. Incêndios 1.1.15. Epidemias 1.1.16. Pragas 1.1.17. Fome 1.1.18. Guerras

1.2. Novas catástrofes, de origem antrópica 1.2.1. Catástrofes tecnológicas

1.2.1.1. Meios de transporte 1.2.1.2. Matérias perigosas 1.2.1.3. Incêndios urbanos e industriais 1.2.1.4. Contaminação e Poluição

1.2.2. Catástrofes sociais 1.2.2.1. Fome e desnutrição 1.2.2.2. Migrações intensas e descontroladas 1.2.2.3. Sabotagem e terrorismo 1.2.2.4. Conflitos bélicos

1.2.3. Catástrofes biofísicas 1.2.3.1. Doenças da “moda”

1.3. As crises do dealbar do século XXI 1.3.1. O 11 de Setembro de 2001 1.3.2. Conflitos sociais 1.3.3. Conflitos bélicos

Page 63: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

47

D – Conclusão

1. Da Consciência do Risco à Mitigação das Crises

1.0. Considerações gerais

A redução das vulnerabilidades, a mitigação dos danos e a recuperação das áreas afectadas, com a reposição e o retorno à normalidade no mais curto espaço de tempo, só se consegue com o envolvimento de todos e com recursos capazes, devidamente qualificados, nos quais pontuem o conhecimento e a competência, o que só se considera necessário quando há consciência objectiva do risco.

Deste modo, qualquer resposta a dar, em termos de riscos, deve começar, obviamente, pela respectiva prevenção, uma grande aposta, mas que raramente passa da teoria.

Todavia, sempre que esses riscos se manifestam, transita-se para a fase seguinte à da prevenção, que diz respeito ao socorro e para a qual também é necessário estar devidamente preparado e treinado. O improviso, tão característico de certas situações de emergência, não se coaduna com uma resposta eficaz.

Por último, quando há uma plena manifestação do risco, deveria organizar-se uma fase da reabilitação, pelo menos durante o estádio inicial pós-crise, o que nem sempre se verifica, a qual, se for organizada correctamente, pode ajudar a mitigar os efeitos da crise.

Alertar para o modo como se deve proceder a uma gestão objectiva do risco, nas diferentes fases hierárquicas, bem como do modo de organização e de actuação dos diferentes agentes de protecção civil que podem ser chamados a intervir, são alguns dos assuntos a tratar nesta síntese conclusiva, organizada em torno dos seguintes subtemas:

1.1. Da consciência à análise do risco e medidas de prevenção 1.1.1. Estabelecimento de metas, após a identificação e

descrição do risco, para redução das vulnerabilidades

1.1.2. Importância dos mapas de risco;

1.2. Da percepção à avaliação do perigo e medidas de emergência

1.2.1. Planeamento da emergência; 1.2.1.1. Planos prévio de intervenção

1.2.2. Prontidão da resposta

1.3. Da gestão à mitigação de crises e medidas de reabilitação 1.3.1. Princípios orientadores;

1.3.2. Planeamento e gestão das catástrofes;

1.3.3. Reabilitação pós-crises

Page 64: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

48

Page 65: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

49

IV. BIBLIOGRAFIA

Page 66: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

50

Page 67: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

51

Bibliografia geral

BLAIKIE, P., CANNON, T., DAVIS, I. & WISNER, B. (1994) - At risk - natural hazards, people’s vulnerability and disasters. Routledge, Londres, 284 p.

BRUGNOT, G. (2001) – Gestion spatiale des risques. Hermes Science Publications, Paris, 287 p.

FADIGAS, LEONEL (2007) – Fundamentos ambientais do Ordenamento do Território e da Paisagem, Edições Sílabo, Lisboa, 201 p.;

FAUGERES, L., VASARHELYI, P. e VILLAIN-GANDOSSI, C. (1990) - Le risque et la crise, la crise. Foundation for International Studies, Malta, 220 p.;

FAUGERES, L. e VILLAIN-GANDOSSI, C. (1996) – “Risque, nature et société”, Actes du Séminaire “Delphes I”, Publications de la Sorbonne, 256 p.;

KEVERN, G. Y. e RUIBISE, P. (1991) – L’archipel du danger, Editions Económica, Paris, 480 p.;

LAGADEC, P. (1995) – Cellule de crise, Les éditions d’organisation, Paris, 176 p.;

OLIVER-SMITH, A. & HOFFMAN, S. M. (Ed.) (1999) - The Angry Earth. Disaster in Anthropological perspective. Routledge, Londres, 334 p.;

SMITH, KEITH (2001) - Environmental Hazards. Routledge, London and New York, 392 p.

Page 68: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

52

Bibliografia temática

A - Introdução

1. As Ciências Cindínicas

1.1. Definição e objecto das Ciências Cindínicas DAUPHINE, ANDRE (2001) - Risques et Catastrophes. Observer, Spatialiser,

Comprendre, Gérer. Paris, Armand Colin, 288 p.;

FAUGERES, L. (1990) - “Géographie Physique et Risques Naturels”, Bulletin de l’Association des Géographes Français, Paris, 2, p. 89-98;

FAUGERES, L. (1991) - “La géo-cyndinique, géoscience du risque”, Bulletin de l’Association des Géographes Français, Paris, 3, p. 179-193;

KERVERN, G-Y. (1995) - Elementos fundamentais das Ciências Cindínicas”, Instituto Piaget, Lisboa, 171 p.;

1.2. Teoria do Risco REBELO, Fernando (1999)- “A teoria do risco analisada sob uma perspectiva

geográfica”. Cadernos de Geografia, 18, p. 3-13;

1.3. Homem, Riscos e Vulnerabilidades CASTRO, SUSANA D. ANEAS DE (2000) – “Riesgos y peligros: Una vision desde

la geografia”, Scripta Nova. Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales. Universidad de Barcelona, n.º 60;

LEDOUX, B. (1995) – Mise en oeuvre dês méthodologies pour l’étude de la vulnerabilité. BLC, Consultant, 160 p.;

Marandola, Eduardo e Hogan, Daniel Joseph (2004) – “Vulnerabilidades e riscos: entre Geografia e Demografia”, Actas do XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambú/MG;

WISNER, BENJAMIN et al. (2004) -At risk: natural hazards, people’s vulnerability and disasters, Londres: Routledge. 471 p.;

1.4. Classificação dos Riscos CODAR – Codificação de desastres, ameaças e riscos

1.5. Importância socioeconómica do estudos dos riscos DAVID, L. e BARNAUD, L. (1992) – Quel risques assurer? Ecole des Mines, 81

p.;

DHA-UNDRO (1992) – Proposed principles and guidelines for the collection and dissemination of disaster related data, Bruxelles, 15 p.;

Page 69: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

53

HAUTIN, N., MUSET, S. e PLACER, V. (1996) – Etudes économiques pourun observatoire du coût dês domages, analyses coût/avantages. ENS de Cachan/GRID, 255 p.;

HUBERT, G., HUMBERT, B e PICHERAL, I. (1995) – Le risque d’inondation pluviale urbaine, les facteurs sócio-économiques. ENPC, 71 p.;

MISSION, CL. (1995) – Socio-economic aspects of disaster reduction. CRDE, Louvain, 54 p.;

ONU (1992) – Disaster Economics, Disaster Management Training programme UNDP, 46 p.;

Page 70: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

54

B - Riscos

TORNEL, F. CALVO GARCIA (1984) – « La Geografia de los Riesgos », Cuadernos críticos de Geografia Humana, Universidad de Barcelona, n.º 54 ;

TRICART, J. (1992) - « Les dangers et risques naturels et technologiques », Annales de Géographie, : n.º 565 ;

1. Riscos naturais

CUNHA, LÚCIO e ROCHA, RUI (1997) - “ Ensino da Geografia e Riscos Naturais. Reflexões a propósito de um mapa de riscos naturais do vale de Coselhas (Coimbra)”. Cadernos de Geografia, Coimbra, 16, pp. 25-38;

CUNHA, LÚCIO e DIMUCCIO, LUCA (2002) – “Considerações sobre riscos naturais num espaço de transição. Exercícios cartográficos numa área a Sul de Coimbra”. Territorium, Coimbra, 9, pp. 37-51;

FAUGERES, LUCIEN (1990) - « Géographie Physique et Risques Naturels (Physical

Geography and Natural Hazards) ». Bulletin de l’Association des Géographes

Français, Paris, 2, p. 89-98;

GILLET, F.; ZANOLINI, F. (1999) – « Risques naturels en montagne », Actes de la

Conférence internationale sur les risques naturels en montagne, Pôle

Grenoblois d‘Études et de Recherche pour la Prévention des Risques

Naturels, Grenoble;

LOURENÇO, L. (2004) - Riscos Naturais e Protecção do Ambiente. Colectâneas Cindínicas I, Colecção Estudos n.º 44, Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais e Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, 180 p.;

LOURENÇO, L. (Coor.) (2006) – Paisagens de Socalcos e Riscos Naturais em Vales do Rio Alva. Colectâneas Cindínicas VI, Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, 192 p.;

REBELO, FERNANDO (2003) – Riscos Naturais e Acção Antrópica. (Série investigação), Coimbra, Imprensa da Universidade, 286 p. (2ª edição revista e aumentada).

REBELO, FERNANDO (2005) - Uma experiência europeia em riscos naturais. Coimbra, MinervaCoimbra, 123 p.

SLAYMAKER, OLAV (2000) - Geomorphology, human activity, and global

environmental change, John Wiley & Sons, New York.

VEYRET-MEKDJIAN, YVETTE (2001) - Géographie des Risques Naturels. Paris, La Documentation Française, 63 p.

ZISCHG, A. et al. (2004) – “From probability to possibility - Modelling the system

Page 71: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

55

behaviour of natural hazards using Fuzzy Set Theory”, Geophysical Research

Abstracts, European Geosciences Union, Vol. 6.

1.0. Definição e tipologia BRYANT, E. A. (1997) – Natural Hazards. Cambridge University Press, Hong

Kong, 294 p.;

Javier, F., Carcedo, A., e Cantos, J. (2002) - Riesgos naturales, Ariel Ciencia, Barcelona;

MACGUIRE, BILL (2002) - Natural Hazards and Environmental Change, 187 p.;

TOBIN, G. A. & MONTZ, B., E. (1968) – Natural Hazards. Explanation and Integration, The Guilford Press, Mew York, 388 p.;

1.1. Riscos Siderais NEWSON, L. (1998) – The Atlas of the World’s Worst Natural Disasters, Dorling

Kindersley Limited, Londres, trad. port. Atlas dos Piores Desastres Naturais no Mundo, Livros e Livros, 1999, 160 p.;

1.2. Riscos Geofísicos BORGES, MANUEL (2004) - “Prevenção e protecção das construções contra

riscos sísmicos”, Actas do Seminário Internacional sobre Prevenção e Protecção das Construções contra Riscos Sísmicos, Lisboa, FLAD, 262 p.;

CHESTER, DAVID K. (2001) - “The 1755 Lisbon earthquake”, Progress in Physical Geography, Vol. 25, Nº 3

OLIVEIRA, C. SOUSA (1978) – “Algumas considerações sobre planeamento de acções de prevenção, alerta e emergência para o caso dos riscos sísmicos em Portugal”. Actas do Congresso 78, Ordem dos Engenheiros, Porto Tema 1, com. 16, 18 p.;

THOURET, JEAN-CLAUDE (1990) - « Les risques volcaniques el volcano-glaciaires dans les montagnes peuplées. Identification, cartographie, évaluation », Bulletin de l’Association de Geographes Français, n.º 2 ;

1.3. Riscos Climáticos GANHO, NUNO (2002) – “O paroxismo pluviométrico de 2000/2001 em

Coimbra – Umas notas a montante dos riscos naturais e da crise”. Territorium, 9, p. 5-11;

GARCÍA MARTÍNEZ, EDUARDO; MARTÍ EZPELETA, ALBERTO (2000) - “Riesgos climáticos en Galicia: una aproximación a través de la prensa (1983-1997)”, Ería. Revista Cuadrimestral de Geografía, n.º 53;

GROENEMEIJER, P. et al. (2007) - Forecasting Severe Convective Storms,

www.estofex.org.

Page 72: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

56

IPCC (2001) -Climate change 2001: The scientific basis. Contribution of Working

Group I to the Third Assessment Report of the Intergovernmental Panel on

Climate Change. HOUGHTON, J.T., DING, Y., GRIGGS, D.J., NOGUER, M., VAN

DERLINDEN, P.J., DAI, X., MASKELL, K., AND JOHNSON, C.A. (Eds.). Cambridge

University Press, Cambridge, and New York, 881 p.;

LEITÃO, PAULA (2002) - Tornadoes in Portugal, Instituto de Meteorologia;

LOLLINO, G. et al. (2006) – “Time response of a landslide to meteorological events”,

Nat. Hazards Earth Syst. Sci., 6, p.179-184;

MITHIEUX, CORINE (2004) - Report on Application of NWP to Severe weather

Forecasting, Commission for Basic Systems, Implementation Coordination

Team on Data-Processing and Forecasting System, World Meteorological

Organization, Geneva;

MONTEIRO, ANA (1995) - “Perceptibilidade, risco e vulnerabilidade em climatologia - um estudo de caso no Porto”, Territorium, n.º 2;

OLCINA, J. (1994) – Riesgos climáticos en la Península Ibérica, Libros PENTHALON, Madrid, 440 p.;

PATTERSON CASANOVA, ORA (1992) - “Riesgos por sequías en Costa Rica”, Revista Geográfica de América Central, n.º 25/26;

1.4. Riscos Hidrológicos AMARAL, I. (1968) – “As inundações de 25/26 de Novembro de 1967 na região

de Lisboa”, Finisterra, 3 (5), p. 79-84;

ANTOINE, JEAN-MARC; DESAILLY, BERTRAND e GAZELLE, FRANÇOIS (2001) - « Les crues meurtrières, du Roussillon aux Cévennes », Annales de Géographie, n.º 622 ;

BEVEN K. e CARLING, P. (ed.) (1989) – Floods: Hydrological, Sedimentological and Geomorphological Implications, John Wiley & Sons, Chicester;

CARMO, J. S. A. (1996) - “As cheias: fenómenos naturais e causas de ocorrências excepcionais”, Cadernos de Geografia, n.º 15, Coimbra, p. 85-99;

CORREIA, F. N.; et al., (1998) -Coupling GIS with Hydrologic and Hydraulic Flood

Modelling, Water Resources Management 12, Kluwer Academic Publishers,

p. 229-249;

COSTA, P. C. (1986) – “As cheias rápidas de 1967 e 1983 na região de Lisboa”, Livro de Homenagem a Mariano Feio, Lisboa, p. 5-28;

CUNHA, L. VEIGA DA (1982) – As secas. Caracterização, impactos e mitigação. Comissão Nacional do Ambiente, Lisboa;

CUNHA, P. P. (2002) - “Vulnerabilidade e risco resultante da ocupação de uma planície aluvial - o exemplo das cheias do rio Mondego (Portugal

Page 73: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

57

central) no Inverno de 2000/20001”, Territorium, n.º 9, Coimbra, p. 13-35;

DAVEAU, S. et al. (1978) - “Os temporais de Fevereiro/Março de 1978”. Finisterra, XIII, 26, Lisboa, p. 236-260;

DUSHMANTA, DUTTA et al. (2000) – “Flood inundation simulation in a river basin using

a physically based distributed hydrologic model”, Hydrol. Process. 14, p. 497-

519;

ELEK, P. e MARKUS, L. (2004) – “A long range dependent model with nonlinear

innovations for simulating daily river flows”, Natural Hazards and Earth

System Sciences, 4, p. 277-283;

ELIZAGA MUÑOZ, E. (1986) – Prevención de inundaciones. Los mapas de riesgos, Instituto Geológico y Minero de España, Madrid;

EUROTAS - EUROPEAN RIVER FLOOD OCCURRENCE & TOTAL RISK ASSESSMENT

SYSTEM (2001) - Task T1, Design and initial implementation of Integrated

Catchment Modelling (ICM) prototype (Scientific Report), European

Commission, Directorate General XII Science, Research and Development

Research and Technical Development Framework Programme IV

Environment and Climate -RTD, 13 p.;

FERRARIS, LUCA et al. (2002) – “The Uncertainty in the Prediction of Flash Floods in

the Northern Mediterranean Environment”, Journal of Hydrometeorology, 3,

p. 714-727;

GANHO, N. (20029 - “O ‘paroxismo’ pluviométrico de 2000/2001 em Coimbra. Umas notas a montante dos riscos naturais e da crise”. Territorium, n.º 9, Coimbra, p. 75-85;

GIL OLCINA, A. e MORALES GIL, A. (1989) – Avenidas fluviales e inundaciones en la cuenca del Mediterráneo. Instituto Universitario de Geografía de la Universidad de Alicante y Caja de Ahorros del Mediterráneo, 586 p.;

KIDSON, R. e RICHARDS, K. S. (2005) – “Flood frequency analysis: assumptions and

alternatives”, Progress in Physical Geography 29, 3, Edward Arnold

(Publishers) Ltd, p. 392-410;

LNEC (1990) – As cheias em Portugal. Caracterização das zonas de risco, 1.º Relatório: Análise preliminar, M.O.P.T.C., Lisboa;

LOURO, SÍLVIA e LOURENÇO, LUCIANO (2005)— “O comportamento hidrológico do rio Mondego perante valores de precipitação intensa, em Coimbra”, Territorium, Revista da Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, Coimbra, nº 12, p. 19-27;

OLLERO OJEDA, ALFREDO (1997) - “Crecidas e inundaciones como riesgo hidrológico. Un planeamiento didáctico”, Lurralde, n.º 20;

Page 74: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

58

: PEDROSA, ANTÓNIO DE SOUSA; COSTA, FRANCISCO DA SILVA (1999) - “As cheias do Rio Tâmega. O caso da área urbana de Amarante”, Territorium, n.º 6;

OVERTON, I. C. (2005) – “Modelling Floodplain Inundation On A Regulated River:

Integrating Gis, Remote Sensing AndHydrological Models”, River Res. Applic.

21 Published online in Wiley InterScience (www.interscience.wiley.com).

DOI:10.1002/rra.867, p. 991-1001.

QUINTAL, RAIMUNDO [1999]- “Aluviões da Madeira. Séculos XIX e XX”, Territorium, n.º 6;

ROSS, J. (2001) – “Inundações e deslizamentos em São Paulo. Riscos da relação

inadequada sociedade-natureza“,Territorium, 8, Minerva, Coimbra, p. 15-45.

PENNING-ROWSELL, E. e FORDHAM, M. (ed.) (1994) – Floods Across Europe, Middlesex University Press, Londres;

RAMOS, C. (1994) – Condições Geomorfológicas e Climáticas das Cheias da Ribeira de Tera e do Rio Maior (Bacia hidrográfica do rio Tejo), Dissertação de doutoramento, Departamento de Geografia, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Lisboa;

RAMOS, C. (1995) – “As cheias de Dezembro de 1989 em pequenas bacias-vertente da margem direita do Baixo Tejo”, Estudos de Geografia Física e Ambiente, Linha de Acção de Geografia Física, Relatório 32, Centro de Estudos Geográficos, Lisboa, p. 119-132;

RAMOS, CATARINA; REIS, EUSÉBIO (2001) - “As cheias no sul de Portugal em diferentes tipos de bacias hidrográficas”, Finisterra, vol. XXXVI, n.º 71;

REBELO, FERNANDO (1997) - “Risco e crise nas inundações rápidas em espaço urbano. Alguns exemplos portugueses analisados a diferentes escalas”. Territorium, Coimbra, 4, p. 29-47;

REBELO, FERNANDO (1999) - “Riscos de inundação rápida em Cabo Verde. Apontamentos de observação numa breve visita à Praia e ao Mindelo em Junho de 1999”. Finisterra, 34 (67-68), p. 47-55;

REBELO, F. e GANHO, N. (1998) – “As inundações do Outono de 1997 no Sul de Portugal”, Territorium, 5, p. 25-30;

ROCHA, J. S.; (1994) – “Prevenção de inundações e reabilitação de edifícios em

zonas inundáveis”, Territorium, Minerva, Coimbra;

ROXO, M. J. e VENTURA, J. (1986) – “As inundações catastróficas de Novembro de 1983 na região de Lisboa-Loures”, Livro de Homenagem a Mariano Feio, Lisboa, p. 391-406;

SAURÍ I PUJOL, DAVID; RIBAS I PALOM, ANNA (1994) - “El análisis del riesgo de avenida en las escuelas geográficas anglosajona, francesa y española”, Estudios Geográficos, vol. LV, n.º 216;

UNDRO (1986) – El Água, Recurso y Peligro, UNDRO, Genebra;

UNESCO (1976) – World Catalogue of Very Large Floods, UNESCO, Paris;

Page 75: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

59

VELHAS, EDITE (1997) – “As cheias na área urbana do Porto. Risco, percepção e ajustamentos”, Territorium, n.º 4;

WORD, R. (1979) - Floods. A Geographical Perspective. The Macmillan Press, Londres.

1.5. Riscos Geomorfológicos

AVIAS, J. (1984) – “Sur la méthodologie de prévision et de prévention des risques liés

aux mouvements de terrain d‘origine principalement hydrique”, Actes du

Colloque Mouvements de terrains, BRGM, n.º 83, Caen; p. 299-307;

BATEIRA, CARLOS VALDIR DE MENESES (1991) – “Contributo para o estudo da dinâmica actual e riscos naturais na depressão de Ota e Colinas de Alenquer-Merceana” Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Geografia, 7, Porto, p. 57-138;

BATEIRA, C. e SOARES, L. (1997) – “Movimentos em massa no norte de Portugal:

factores da sua ocorrência”. Territorium, 4, Minerva, Coimbra, p. 66 -37;

CAMPY, M. e MACAIRE, J. (1989) - Géologie des formations superficielles:

géodynamique, faciés, utilisation, Masson, Paris;

CANCER POMAR, LUIS (2002) - “El alud de Peña Gabarda (Balneario de Panticosa, Huesca) del dos de Marzo de 2001”, Investigaciones Geográficas, n.º 28;

COJEAN, R. e CAUTIER, P. (1984) – “Elaboration de cartes de sensibilité aux

mouvements de terrain pour l‘établissement de plans d‘exposition aux risques

(Decazeville-Averyron)”, Actes du Colloque Mouvements de terrains, BRGM,

nº 83,Caen, p.153-181.

CUNHA, LÚCIO, DIMUCCIO, LUCA e FERREIRA RUI (2006) – “Aplicação de um modelo de redes neuronais na elaboração de mapas de susceptibilidade a movimentos de vertente. Um exemplo numa área a Sul de Coimbra (Portugal Central)”. Publicações da Associação Portuguesa de Geomorfólogos, Coimbra, 3, p. 281-289;

DIKAU, RICHARD et al. (1997) - Landslide Rocognition: Identification, Movement and

Causes, John Willey & Sons, NewYork;

DUMAS, B. et al. (1984) – “Mouvements de terrain et risques associés: présentation

d‘un essai cartographique”, Actes du Colloque Mouvements de terrains,

BRGM, nº 83, Caen, p.163-171 ;

FERNANDES, N. F. et al. (2001) – “Condicionantes Geomorfológicos nas encostas:

avaliação de metodologias e aplicação de modelo de previsão de áreas

susceptíveis”. RB. Geomorfologia, v. 2, n 1;

FLAGEOLLET, JEAN-CLAUDE (1989) - Les mouvements de terrain et leur prévention,

Page 76: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

60

Masson, Paris;

HERGARTEN, STEFAN e NEUGEBAUER, HORST J. (eds) (1999) - Process modelling and

land form evolution, Springer, NewYork;

JOSHI, VARUN; NAITHANI, AJAY e NEGI, GIRISH C. S. (2001) - “Study of landslides in Mandakini river valley, Garhwal-Himalaya, India”, Gaia, n.º 16;

KILBURN, C. e PETLEY, D. (2003) – “Forecasting giant, catastrophic slope collapse,

Lessons from Vajont, northern Italy”, Geomorpho, n.º 54, 49-62;

KIRKBY, M. J. (1994) - Process models and theoretical geomorphology, John Wiley &

Sons, New York;

KLEIN, Claude (1993) - Du dynamisme des processus à la dynamique des formes en

géomorphologie, Editions Ophrys, Paris ;

LOURENÇO, L. (2004) - Riscos de Erosão após Incêndios Florestais. Colectâneas Cindínicas V, Colecção Estudos n.º 52, Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais e Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, 200 p.;

MOLINA, DAVID; NADAL, JORDI e SORIANO, JOAN MANUEL (1997) - “Caracterización y consecuencias de un deslizamiento en un área marginal del Pirineo oriental (Cava, Sierra del Cadí, Enero de 1997)”, Pirineos, n.º 149/150;

NAITHANI, AJAY KUMAR (2001) - “The August, 1998 Okhimath tragedy in Rudraparyag district of Garhwal Himalaya, Uttaranchal, India”, Gaia, n.º 16;

PEDROSA, A. SOUSA; BATEIRA, C. MENESES e SOARES, L. PINHEIRO (1995) - “Covelo do Gerês: contributo para o estudo dos movimentos de massa no Norte de Portugal”, Territorium, : n.º 2;

PEDROSA, A. S., LOURENÇO, L. e FELGUEIRAS, J. (2001) - Movimentos em massa:

exemplos ocorridos no Norte de Portugal, Revista Técnica e Formativa da

Escola Nacional de Bombeiros, Ano 5, nº 17, p. 25-39.

PETLEY, D. (2004) – “The evolution of slope failures: mechanisms of rupture

propagation”, Natural Hazards and Earth Sciences 4, p.147-152;

PETLEY, D. N. et al., (2005) – “A new model for the development of movement in

progressive landslides”, Proceedings, International Conference on Landslide

Risk Management, Vancouver, Canada.

PETLEY, D. e ALLINSON, R. (1997) – “The mechanisms of deep-scated landslides”,

Earth Surf. 22, p. 747-758;

PETLEY, D., BULMER, M. e MURPHY, W. (2002) – “Patterns of movement in rotational

Page 77: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

61

and translational landslides”, Geology, 30, 719-722;

REBELO, FERNANDO - “Geografia Física e riscos naturais. Alguns exemplos de riscos geomorfológicos em vertentes e arribas no domínio mediterrâneo”. Biblos, Coimbra, 67, 1991, p. 353-371.

REBELO, FERNANDO - “Os movimentos em massa na perspectiva da teoria do risco”. Revista Técnica e Formativa ENB, Escola Nacional de Bombeiros, 5 (17), Jan./Mar 2001, p. 7-15.

SANTOS, J. GOMES, (1996) - A depressão marginal. Elementos para a caracterização geomorfológica do sector Coimbra-Penela e análise de riscos de movimentos de terreno. Dissertação de Mestrado, Coimbra, Dezembro de 1996, 214 p. (inédito);

ZÊZERE J. L., (2002) - Landslide susceptibility assessment considering landslide

typology. A case study in the area north of Lisbon (Portugal), Natural Hazards

and Earth System Sciences, 2, p.73-82.

ZÊZERE, J. L. et. al., (1999) – “Landslides in the North of Lisbon Region (Portugal):

Conditioning and Triggering factors”, Physics and Chemistry of the Earth

(Part A), 24, 10, 925-934;

ZÊZERE, J. L. e RODRIGUES, M. L., (2002) – “Rainfall thresholds for landsliding in

Lisbon Area (Portugal)”, Landslides, Proceedings of the First European

conference on Landslides, Prague, Czech Republic, A. A. Balkema, p.333-

338;

1.6. Riscos Biológicos FERREIRA, M. C. E FERREIRA, G. W. S. (1990a) – Pragas das Resinosas –

Guia de Campo. Série Divulgação, n.º 3, Direcção-Geral de Planeamento e Agricultura, Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação, Lisboa

FERREIRA, M. C. E FERREIRA, G. W. S. (1990b) – Pragas dos Viveiros Florestais, das Plantações e da Regeneração Natural – Guia de Campo. Série Divulgação, n.º 4, Direcção-Geral de Planeamento e Agricultura, Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação, Lisboa

FERREIRA, M. C. E FERREIRA, G. W. S. (1991) – Pragas das Folhosas – Guia de Campo. Série Divulgação, n.º 5, Direcção-Geral de Planeamento e Agricultura, Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação, Lisboa

GARCÍA-TOLEDO, F. D. (1965) – Plagas y enfermedades de las plantas cultivadas, Editorial Dossat, Madrid (3.ª ed.);

PLANES, S. (1954) – Plagas del campo, Publicaciones del Ministério de Agricultura, Madrid;

SOUSA, JOÃO PAULO et al. (1999) - Riscos dos agentes biológicos: manual de prevenção, Lisboa, IDICT, 405 p.;

Page 78: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

59

2. Riscos antrópicos

2.1. Riscos Tecnológicos CLEMENTE, J. M. MADEIRA (1986) - Riscos de intoxicação e explosão nas

garagens, túneis de lavagem e oficinas de reparação de automóveis. Serviços de Informação Científica e Segurança Social, Ministério do Trabalho e Segurança Social, Lisboa, 37 p.;

COLAS, R. (1977) - La Pollution des Eaux, Presses Universitaires de France, Paris, 4.ª ed.;

CUNNINGHAM, W. P. e CUNNINGHAM, M. A. (2004) – “Water: Resources and Pollution”, in Principles of Environmental Science. McGraw-Hill International Edition, New York, p. 229-258 (3.ª ed.);

GAMBOA, DUARTE (2001) - Medidas de segurança contra riscos de incêndio: edifícios-estabelecimentos comerciais; habitação; turísticos; restauração; administrativos; escolares; hospitalares; parques de estacionamento; locais de diversão, Lisboa, Rei dos Livros, 686 p. (3ª ed.);

GANHO, NUNO [1996]- “Espaços verdes no interior do tecido urbano de Coimbra, Portugal: contrastes topoclimáticos, influência bioclimática e riscos de poluição atmosférica”, Territorium, n.º 3;

GLATRON, SANDRINE [1999]- « Une évaluation géographique des risques technologiques. L’exemple du stockage et de la distribution des carburants en Île-de-France », : L’Espace Géographique, n.º 4 ;

MELO, FERNANDO LUÍS DOS SANTOS TEIXEIRA DE (1996) - Estratégia de combate à poluição marítima por hidrocarbonetos em Portugal (análise de riscos e localização de equipamento), Lisboa, 1996 (policopiado);

SILVA, J. J. R. FRAÚSTO DA (1994) – “A poluição ambiental. Questões de Ciência e Questões de Direito”, in AMARAL, D. F. e ALMEIDA, M. T. (coord.), Direito do Ambiente, Instituto Nacional de Administração, Lisboa, p. 83-115;

TERNISIEN, J. A. (1968) - Les pollutions et leurs effets, Presses Universitaires de France, Paris, 188 p.

2.2. Riscos Sociais DRABEK, THOMAS E.E EVANS, PH. D. JOHN - Sociology, Disasters and Emergency

Management: History, Contributions and Future Agenda. Emeritus Departmnet of Sociology and Criminology, University of Denver, CO 80208-2948;

KIRKBY A. (Ed.) (1990) – Nothing to Fear: Risks and Hazards in American Society, University of Arizona Press, Tucson;

MATTEDI, MARCOS ANTÓNIO E BUTZE, IVAN CRISTINA (2001) - “The relation between the social and the natural in the approach of hazards and disasters”. Ambient. Soc., n.º 9 (July/Dec.), p. 93-114;

Page 79: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

60

OLIVER-SMITH, A. & HOFFMAN, S. M. (Ed.) (1999) - The Angry Earth. Disaster in Anthropological perspective. Routledge, Londres, 334 p.;

VARLEY, A. (Ed.) (1994) – Disasters, Development and Environment, John Wiley, Londres;

VEYRET, Y. & PECH, P. (1993) - L’homme et l’environnement. Presses Universitaires de France, Paris, 423 p.

2.3. Riscos Biofísicos CHRISTIE, A. B. e CHRISTIE, MARY C.(1973) - Higiene alimentar e riscos da

alimentação, trad. port. José Rebelo Valente Pereira Cabral, Porto, Livr. Lopes da Silva, 255 p.;

DUBOS, R. J. e HIRSCH, J. G. (1965) – Bacterial and Mycotic Infections of Man, J.-B. Lippincott Company, Philadelphia-Montreal (4.ª ed.);

FROBISHER, M., SOMMERMEYER, L. e FUERST, R. (1969) – Microbiology in Helth and Disesase, W. B. Saunders Company (12.ª ed.);

GOMES, JOSÉ MIGUEL PATRÍCIO AFONSO (1998) – “Riscos de contaminação HIV-Sida: comparação entre utentes e não utentes do Centro Laura Ayres utilizadores de drogas intra-venosas”, Projecto Stop-Sida, Coimbra, 2 vol.;

SOURNIA, J. e RUFFIE, J. (1984) – As epidemias na história do Homem, Edições 70, Lisboa;

VERONEZZI, R. (1969) – Doenças infecciosas e parasitárias, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro (4.ª ed.);

3. Riscos mistos

ANDRE, P. , DESLILE, C. E., REVERET, J.-P. & SENE, A. (1999) - L’évaluation des impacts sur l’environnement. Processus, acteurs et pratique. Presses Internationales Polytechenique, Quebec, 416 p.

BERNIER, J. PARENT, É. & BOREUX, J.-J. (2000) - Statistique pour l’environnement. Editions Technique & Documentation, Paris, 363 p.

DIAS, J. E. FIGUEIREDO, ARAGÃO, M. A. S. e ROLLA, M. A. B. T. (2002) – Regime Jurídico da Avaliação de Impacte Ambiental em Portugal. Comentário, Cedoua, Coimbra, (edição bilingue, português, 159 p. - inglês, 153 p.);

DUVIGNEAUD, P. (1996) - A Síntese Ecológica. Instituto Piaget, Lisboa, 787 p. (2ª. ed.);

JOLIA-FERRIER, L. E BOUDEVILLE, N. (1999) - Guide pratique de l’audit d’environnement. Editions Technique & Documentation, Paris, 134 p.;

ODUM, E. (1997) - Fundamentos de Ecologia, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 927 p. (5ª ed.).

VEYRET, Y. & PECH, P. (1993) - L’homme et l’environnement. Presses Universitaires de France, Paris, 423 p.

Page 80: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

61

3.1. Riscos mistos de componente atmosférica LENOIR, YVES (2003) – A verdade sobre o efeito de estufa, Colecção

“Caminho da Ciência” n.º 2, Ed. Caminho, Lisboa, 232 p.;

PAIVA, J. A. R. (2001) – A crise ambiental, Apocalipse ou Advento de uma Nova Idade II, Liga dos Amigos de Conímbriga, 196 p.;

3.2. Riscos mistos de componente geodinâmica ALVIN, A. J. SOUSA (1980) - Qualidade da água e riscos de salinização do solo

nos perímetros de Campilhos e do Roxo, Coimbra, Ordem dos Engenheiros, 22 p.;

COELHO, C. O. A. (1994) -“Efeitos dos incêndios florestais e das práticas de reflorerstação após incêndios sobre a erosão do solo e a dinâmica fluvial. O caso português”, Actas do III Encontro Pedagógico de Risco de Incêndio Florestal, Coimbra, p. 55-60;

FAO (s/ data) – O Homem e o Deserto. Estudos sobre desertificação, Colecção Estudos Ecológicos, Ed. ITAU, Lisboa;

LARANJEIRA, I. e SERRALHEIRO, RICARDO (2004) - Estudo das condições de lixiviação e dos riscos de salinização dos solos de barro do regadio de Alqueva, Universidade de Évora;

REBELO, FERNANDO - “Hommes et érosion dans le centre et le nord du Portugal. Le cas du bassin du Mondego”. Territorium, Coimbra, 2, 1995, p. 5-10;

3.3. Riscos dendrocaustológicos ALCOFORADO, M. J. e ALMEIDA, A. F. (1993) - “Incêndios no Parque Natural da

Arrábida. Dados estatísticos”, Finisterra, XXVIII, 55-56, Centro de Estudos Geográficos, Lisboa, p. 229-241;

ALMEIDA, MÁRIO e REIS, RAUL MATA (2000) - Previsão da tendência do índice meteorológico de perigo de incêndio (sistema canadiano), utilização de um modelo atmosférico de mesoescala. Instituto de Meteorologia, Lisboa, 25 p.;

ALVES, A. COSTA (1988) - “Ruptura da circulação contornante da Península Ibérica e risco de incêndios nas florestas”, Actas das Jornadas Científicas sobre Incêndios Florestais, vol. 2, Coimbra, p. 3.5-1 a 3.5-16;

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA (1993) – Fogos florestais, defesa e ordenamento da floresta portuguesa e do espaço rural. Seminário, Comissão de Agricultura e Mar, Lisboa, 205 p.;

BELO, A. M. S. (2007) – Risco de incêndio florestal no município de Mação. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Dissertação de mestrado, 165 p. (inédito);

BESSA, D. e MENDES, A. (Coord.) (2004) – Benchmarking de sistemas de prevenção e combate a incêndios florestais. Relatório intermédio do

Page 81: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

62

GT1, no âmbito da iniciativa COTEC sobre Incêndios Florestais. COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação;

BOTELHO, H. (1996) – O papel do fogo nos ecossistemas florestais. Efeitos do fogo controlado em árvores de povoamentos jovens de Pinus pinaster. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Dissertação de doutoramento, 251 p. (inédito);

CAETANO, MÁRIO; FREIRE, SÉRGIO e CARRÃO, HUGO (s/d) - Fire risk mapping by integration of dynamic and structural variables, Instituto Geográfico Português;

CARREGA, P. (1992) – “Risque de feu de forêt et habitat disperse dans le Sud de la France”, Finisterra, XXVII, 53-54, Lisboa, p. 95-114;

CARVALHO, A. e LOURENÇO, L. (2006) – “Visita às áreas da Serra do Açor mais afectadas pelo incêndio de 2005 e pelas enxurradas de 2006. Propostas de roteiro”, Actas das VI Jornadas Nacionais do Prosepe, Lousã;

CARVALHO, J. B. e LOPES, P. (2001) – Classificação de incêndios florestais. Manual do utilizador. Direcção-Geral das Florestas, Lisboa, 34 p.;

CHASCO, C. F. (2001) - “Los incendios forestales en España. Panorama actual e interés de los tipos de tiempo para conocimiento de su frecuencia y del riesgo de grandes incêndios”, Territorium, n.º 8, Coimbra, p. 37-46;

CORREIA, S. (1994) – “Determinação das causas de incêndio florestal. Uma metodologia”. Actas, II Encontro Pedagógico sobre Risco de Incêndio Florestal, Coimbra, p. 141-151;

CRAVEIRO, J. L. (2002) – As dimensões motivacionais e estruturais de incêndios florestais. ITECS 33, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa, 120 p.;

CRAVIDÃO, F. M. D. (1989) – A população da área do incêndio de Arganil (1987). Análise geográfica. G. M. F. – I. F. – 8917, Coimbra, 38 p.;

CUNHA, L. e GONÇALVES, A. BENTO (1994) - “Clima e tipos de tempo enquanto características físicas condicionantes do risco de incêndio. Ensaio metodológico”. Cadernos de Geografia, Coimbra, 13, pp. 3-13;

DAVEAU, S. (1980) – “Espaço e tempo. Evolução do ambiente geográfico em Portugal ao longo dos tempos pré-históricos”. Clio, Lisboa, 2, p. 13-37;

DGF/DGRF — Direcção-Geral das Florestas e Direcção-Geral dos Recursos Florestais (vários anos) – Relatórios anuais e, durante os meses críticos, Relatórios mensais sobre incêndios florestais;

DGRF — Direcção-Geral dos Recursos Florestais (2007) – Estratégia Nacional para as Florestas. Resolução do Conselho de Ministros n.º 114/2006, de 15 de Setembro. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 219 p.;

EUROPEAN COMMISSION (2006) – i. Report n.º 6;

FELGUEIRAS, J. J. S. (2005) – Evolução do risco de incêndio florestal. Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Dissertação de mestrado, 115 p. (inédito);

Page 82: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

63

FERREIRA, A. J. D., COELHO, C. O. A., BOULET, A. K., LEIGHTON-BOYCE, G.,KEIZER, J.J. E RITSEMA, C. J. (2005) - “Influence of burning intensity on water repellency and hydrological processes at forest and shrub sites in Portugal”. Australian Journal of Soil Research, n.º 43, p. 327-336;

FIALHO, J. e LOURENÇO, L. (2006) – “Precipitações intensas e prolongadas após incêndios florestais de 2003 e 2005. O papel dos socalcos na erosão. Exemplos das bacias hidrográficas dos rios Alva e Alvoco (Serras do Açor e da Estrela)”, Actas das VI Jornadas Nacionais do Prosepe, Lousã;

FUNDAÇÃO LUSO-AMERICANA (2005) - Prevenção, Detecção e Combate de Fogos Florestais, Lisboa, 208 p.;

GANHO, N. (1994) - “Risco de incêndio florestal em áreas urbanas e periurbanas - O exemplo de Coimbra”. Actas do II EPRIF - Encontro Pedagógico Sobre Risco de Incêndio Florestal, Coimbra, pp. 97-116;

GONÇALVES, A. BENTO (2006) – Geografia dos Incêndios em Espaços Silvestres de Montanha — O caso da Serra da Cabreira. Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Dissertação de doutoramento, 437 p. + Anexos (inédito);

GONÇALVES, M. J. ZORRO (1989) - A meteorologia e os fogos florestais. Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, Lisboa;

GOUVEIA, M. M. A. L. (2005) – Perigo de incêndio florestal no concelho de Mirandela. Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Dissertação de mestrado, 102 p. (inédito);

LOURENÇO, L. (2004a) – Riscos Naturais e Protecção do Ambiente. Colectâneas Cindínicas I, Colecção Estudos n.º 44, Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais e Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, 180 p.;

LOURENÇO, L. (2004b) - Risco Meteorológico de Incêndio Florestal. Colectâneas Cindínicas II, Colecção Estudos n.º 46, Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais e Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, 188 p.;

LOURENÇO, L. (2004c) - Risco Dendrocaustológico em Mapas. Colectâneas Cindínicas III, Colecção Estudos n.º 48, Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais e Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, 202 p.;

LOURENÇO, L. (2004d) - Manifestações do Risco Dendrocaustológico. Colectâneas Cindínicas IV, Colecção Estudos n.º 50, Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais e Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, 174 p.;

LOURENÇO, L. (2004e) – Riscos de Erosão após Incêndios Florestais. Colectâneas Cindínicas V, Colecção Estudos n.º 52, Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais e Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, 200 p.;

Page 83: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

64

LOURENÇO, L. (Coord.). (2005) - Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios. Um Presente para o Futuro. Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais, Miranda do Corvo, vol. I, 236 p e vol. II, 387 p.

LOURENÇO, L. (2006) –“Incêndios florestais de 2003 e 2005. Tão perto no tempo e já tão longe na memória!”, Actas das VI Jornadas Nacionais do Prosepe, Lousã;

LOURENÇO, L. (2006) – “Geografia dos incêndios florestais em Portugal continental”. Actas des Jornades sobre terrasses i prevenció de riscos naturais, Mallorca, p. 33-56;

LOURENÇO, L., SERRA, G., MOTA, L., PAÚL, J. J., CORREIA, S., PAROLA, J. e REIS, J. (2001) - Manual de Combate a Incêndios Florestais. Col. Cadernos Especializados, 1, Escola Nacional de Bombeiros, Sintra, 208 p.

LOURENÇO, L. e LOPES, N. C. (2004) – “Incêndios Florestais, consequência e razão de ser de novas Mudanças Globais”. GeoINova, Lisboa, n.º 9 “Ambiente e Mudanças Globais”, p. 45-64;

LOURENÇO, L. e FIALHO, J. (2006) – “Importância dos Socalcos na Mitigação do Risco de Erosão após Incêndios Florestais. Exemplos das bacias hidrográficas dos rios Alva e Alvoco (Serras do Açor e da Estrela)”. Actas des Jornades sobre terrasses i prevenció de riscos naturais, Mallorca, p. 229-241;

LOURENÇO, L. e NAVE, A. (2006) – “O Papel dos Socalcos na Prevenção de Incêndios Florestais. Exemplos das bacias hidrográficas dos rios Alva e Avoco (Serras do Açor e da Estrela)”. Actas des Jornades sobre terrasses i prevenció de riscos naturais, Mallorca, p. 219-227;

LOURENÇO, L. e PEREIRA, N. (2006) – “Riscos de cheias e de inundações após incêndios florestais. O exemplo das bacias hidrográficas das ribeiras do Piódão e de Pomares”. Actas des Jornades sobre terrasses i prevenció de riscos naturais, Mallorca, p. 169-181;

MACEDO, F. W. e SARDINHA, A. M. (1987) – Fogos Florestais, Publicações Ciência e Vida, Lda., Lisboa, 430 p. (I vol.) + 342 p. (II vol.);

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA – SEAMAI – CNEFF (2001) – A floresta, que futuro?, Instituto Nacional de Administração, Lisboa, 206 p.;

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (2003) - Livro branco dos incêndios florestais ocorridos no Verão de 2003, Lisboa, 194 p.;

NAVE, A. e LOURENÇO, L. (2006) – “Grandes incêndios florestais na área situada entre as superfícies culminantes das Serras do Açor e da Estrela”, Actas das VI Jornadas Nacionais do Prosepe, Lousã;

OLIVEIRA, J. M. PEREIRA DE (1994) – “Aspectos humanos, sociais e culturais dos incêndios florestais”. Actas, II Encontro Pedagógico sobre Risco de Incêndio Florestal, Coimbra, p. 175-191;

PEREIRA, J. S., PEREIRA, J. M. C., REGO, F. C., SILVA, J. M. N. e SILVA, T. P (2006) - Incêndios Florestais em Portugal. Caracterização, Impactes e Prevenção, ISAPress, Lisboa, 515 p.;

Page 84: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

65

PEREIRA, N. e LOURENÇO, L. (2006) – “Risco de cheias e perigo de inundações após incêndios florestais” , Actas das VI Jornadas Nacionais do Prosepe, Lousã;

PYNE, J (1997) – The culture of fire on Earth, University of Washington Press, Washington;

RAMOS, CATARINA e VENTURA, JOSÉ (1992) - “Um índice climático de perigo de incêndio florestal aplicado aos fogos florestais em Portugal”. Finisterra, Lisboa, n.º 53-54, p. 79-93;

REBELO, F. (1980) - “Condições de tempo favoráveis à ocorrência de incêndios florestais - análise de dados referentes a Julho e Agosto de 1975 na área de Coimbra”. Biblos, 56, p. 653-673;

REBELO, F. (1994) – “Risco e Crise. Grandes Incêndios Florestais”. Actas, II Encontro Pedagógico sobre Risco de Incêndio Florestal, Coimbra, p. 19-32;

REBELO, F. (1995) – “Os conceitos de risco, perigo e crise e a sua aplicação ao estudo dos grandes incêndios florestais”. Biblos, Coimbra, 71, p. 511-527;

REBELO, F. (1996) - “Florestas e grandes incêndios florestais no mundo”, Territorium, n.º 3;

TRABAUD, LOUIS (s/d) - Les feux de forêts, mecanismes, comportement et environnement, 269 p.;

VELEZ, R. (Coord.) (2000) - La defensa contra incendios forestales. Fundamentos y experiencias, Ed. McGraw-Hill, Madrid, 1360 p.;

VIEIRA, P. A. (2006) - Portugal: O Vermelho e o Negro - A verdade amarga e a dolorosa realidade dos Incêndios Florestais. Dom Quixote, Lisboa, 469 p.;

Page 85: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

66

C - Plenas Manifestações dos Riscos

1. Catástrofes

COURTILLOT, V. (1995) – La vie en catastrophes. Fayard, Paris, 282 p.;

NEWSON, L. (1998) – The Atlas of the World’s Worst Natural Disasters, Dorling Kindersley Limited, Londres, trad. port. Atlas dos Piores Desastres Naturais no Mundo, Livros e Livros, 1999, 160 p.;

QUARANTELLI, E. L., et al.. (1998) - What is a Disaster? Perspectives on the question. Routledge, Londres, 312 p.

SIMPÓSIO SOBRE CATÁSTROFES NATURAIS (1993) - Estudo, Prevenção e Protecção, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa

YAMAKAWA, SH. (1990) - “A brief chronology of the World Disasters”, Science Reports of the Institute of Geoscience, University of Tsukuba, vol. 11;

1.0. Definição e tipologia FAVRE, R. (1996) - L’homme et les catastrophes, SPEI, Paris;

NELSON ARROYO, LUIS (1993)- “Desastre natural: un concepto cambiante”, Revista Geográfica de América Central, n.º 28;

PATTERSON, ORA (1993) - “Referencias conceptuales en el abordaje de los desastres naturales”, Revista Geográfica de América Central, : n.º 28;

TRICART, JEAN (1994)- “Les catastrophes naturelles sont-elles un phénomène social?”, Annales de Géographie, n.º 577;

1.1. Catástrofes geológicas e históricas BENNASSAR (1995) – Les catastrophes naturelles dans l’Europe médiévale et

moderne, PU du Mirail, 270 p.;

LEDOUX, B. (1995) – Les catastrophes naturelles en France. Poyot, Paris, 450 p.;

NEWSON, L. (1998) - The Atlas of the World’s Worst Natural Disasters. Ed. Port. Livros e Livros, Lisboa, 160 p.

1.2. Novas catástrofes, de origem antrópica LEWERER, MATHIEU (1999)- « Evolutions socio-démographiques dans les

territoires contaminés à la suite de la catastrophe de Tchernobyl. Essai de synthèse », Espaces et Sociétés, n.º 99 ;

OCTOPUS, B., trad port. de FRANCO DE SOUSA (1989) – Grandes Catástrofes do século XX, Círculo de Leitores, Lisboa, 232 p.;

SARRAMEA, JEAN (1999) - « Le drame de Malpasset: catastrophe naturelle? », L’Information Géographique, vol. 63, n.º 5;

Page 86: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

67

VILLENEUVE, C. (Préf.) (1998) - Le XX siècle des Catastrophes. TFI Editions, Paris, 272 p.;

1.3. As crises do dealbar do século XXI MARQUES, R. (2004) – WTC – os atentados de 11 de Setembro, São

Paulo;

MEIBY, J. C. S. B. (2003) - 11 de Setembro de 2001: a Queda das Torres Gêmeas de Nova York, Companhia Editora Nacional, São Paulo;

PRUNIER, G. (2006) – Darfur, um genocídio ambíguo, Lisboa.

SILVINO, L. (2006) – Cinco anos dos ataques terroristas de 11 de Setembro, São Paulo;

Page 87: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

68

D - Conclusão

1. Da Consciência do Risco à Mitigação das Crises

1.0. Considerações gerais AMARO, A. (2003) – “Para uma cultura dos riscos”, Territorium, Coimbra, 10,

p. 113-120;

COMITE INTERMINISTERIEL DE L’EVALUATION DES POLITIQUES PUBLIQUES (1997) - La prévention des risques naturels. La documentation Française, Paris, 702 p.;

ROQUEPLO, PH. (1997) – Entre savoir et décision, l’expertise scientifique, INRA Editions, Paris, 195 p.;

1.1. Da consciência à análise do risco e medidas de prevenção MOREAU, FRANCK (Coord.) - Compreender e gerir os riscos, trad. port. TERESA

DE CASTRO (2003), Lisboa, Bertrand, 301 p.;

DOUGLAS, MARY (1986) - Risk acceptability according to the social sciences, London, Routledge & Kegan Paul, 115 p.;

GUZZETTI, F. et. al. (2005) – RISK - Advanced Weather forecast system to Advise on Risk Events and management, definition of critical threshold for different scenarios, ACTION 1.16, IRPI CNR, Italy, 36p.;

KARIMI, I. e HELLERMEIER, E. (2007) – “Risk assessment system of natural hazards: A new approach based on fuzzy probability”, Fuzzy Sets and Systems, vol.158, Issue 9, p. 987-999;

MOSZKOWICZ, S. (2005) – RISK - Advanced Weather forecast system to Advise on Risk Events and management, Definition of approaches for convective precipitation now casting using remote sensing information, Report for WP - Action 1.18, IMGW, Warsaw, Poland, 18p.;

SLOVIC, P. (2000) - The perception of the risk, Earthscan Publications, London and Sterling;

SOARES, C. GUEDES; TEIXEIRA, A. P. e ANTÃO, P. (Org.) (2005) - Análise e gestão de riscos, segurança e fiabilidade, 1.º Encontro Nacional de Riscos, Segurança e Fiabilidade, Lisboa, Salamandra, 1.º v.: 595 p.; 2.ºv.: 631 p.;

1.2. Da percepção à avaliação do perigo e medidas de emergência

ALEXANDER, DAVID (2002) - “The plan in practice: emergency management”, Principles of emergency planning and management, Oxford University Press, p. 12-40;

Page 88: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

69

ALEXANDER, DAVID (2003) - “Panic and Emergency Planning”, Alert, Journal of the Institute of Civil Defence and Disaster Studies, June;

ALEXANDER, DAVID (2005) - “Towards the development a standard emergency planning”, Disaster Prevention and Management, 14 (2), p. 158-175;

ALEXANDER, DAVID; MCENTRIE e MYRES, AMY (2004) - “Preparing communities for disaster: issues and processes for government readiness”, Disaster Prevention and Management, 13 (2), p. 140-152;

Federal Emergency Management Agency (1995) - An orientation to Community Disaster Exercises, ISSM 120, Emergency Management Agency, USA;

GARDINER, JOHN et al. (1995) - Defense from floods and floodplain management, Dordrecht, Kluwer Academic Publishers;

LUZON BENEDICTO, JOSÉ L. (1992) - “Riesgos industriales, atentado terrorista y evacuación espontánea de una ciudad. Una aproximación desde la Geografía de la Percepción”, Tarraco. Cuadernos de Geografía, vol. 7;

NOTO, R. HUGUENARD e LARCAN, A. P. E (1987) - Medicine de catastrophe, Masson, Paris;

1.3. Da gestão à mitigação de crises e medidas de reabilitação EMDADUL, CHOWDHURY (2005) - Mitigation of Natural Hazards And Disasters:

International Perspectives;

HUNGR, O. et al. (2005) – “Landslide Risk Management”, Proceedings of the International Conference on Landslide Risk Management, Vancouver, Canada, 31, A. A. Balkema Publishers, London, 764 p.;

PÉREZ, C. e Tudela, P. (1994) - La información en las catástrofes, Fundación Mapfre, Madrid;

REBELO, F. (1994)- “Do ordenamento do território à gestão dos riscos naturais. A importância da Geografia Física salientada através de casos de estudo seleccionados em Portugal”, Territorium, n.º 1;

Page 89: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

70

Sítios na Internet

Dos muitos sítios existentes com informação sobre riscos e catástrofes, seleccionaram-se alguns que interessam directamente ao funcionamento da disciplina:

http://www.cig.ensmp.fr/~hubert/glu/indexpt.htm - Glossário internacional de hidrologia (UNESCO);

http://www.dgrf.min-agricultura.pt - Direcção Geral dos Recursos Florestais, informação referentes a incêndios florestais, inventário florestal, defesa da floresta contra incêndios;

http://www.drought.noaa.gov/ - National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA), U.S. Department of Commerce

http://www.fao.org - Food and Agriculture Organization of the United Nations;

http://www.gnr.pt/portal/internet/sepna/> - Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente, da Guarda Nacional Republicana;

http://www.gplp.mj.pt/estjustica/ -Direcção-Geral da Politica da Justiça, informação estatística da justiça;

http://www.iambiente.pt - Instituto do Ambiente, essencialmente informação sobre cartografia (Atlas do Ambiente, CORINE Land Cover 2000, …);

http://www.icdo.org/ab-history.html/ - International Civil Defense Organisation;

http://www.icn.pt - Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade

http://www.igeo.pt - Instituto Geográfico Português, diversa cartografia disponível, designadamente a de risco de incêndio florestal <http://scrif.cnig.pt>;

http://www.inag.pt - Instituto da Água, vasta informação sobre recursos hídricos;

http://www.ine.pt - Instituto Nacional de Estatística, diversas informações estatísticas;

http://www.meteo.pt - Instituto de Meteorologia, vasta informação sobre assuntos meteorológicos e climáticos;

http://www.naturlink.pt - informação sobre a Natureza e o Ambiente

http://www.nicif.pt - Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais, informações sobre prevenção e efeitos dos incêndios florestais;

http://www.ponce.sdsu.edu/190search.php - College of Engineerig, glossário em inglês de termos hidrológicos;

http://www.portalflorestal.com - vasta informação sobre o sector florestal;

http://www.proteccaocivil.pt - Autoridade Nacional de Protecção Civil, informações diversas sobre a generalidade das manifestações dos riscos e, em particular, de incêndios florestais;

http://www.sra.org - Society for Risk Analysis; http://www.sraeurope.org - Society for Risk Analysis Europe;

Page 90: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

71

http://www.undro.org - UNDRO United Nations Disaster Relief Organization http://www.unesco.org - UNESCO - United Nations Educational, Scientific and

Cultural Oraganization;

http://www.usgs.gov - US Geological Survey;

http://www.agroportal.pt

http://www.europa.eu.int/comm/environment/water/flood_risk/pdf/com_2006_15_en.pdf

http://www.iambiente.pt/atlas/est/index-jsp http://natural-hazards.aris.sai.jrc.it/fires http://www.scrif.cnig.pt http://www.snig.cnig.pt http://incendiosflorestais.smbpc.pt/CNOSOn-Line.asp http://sea.unep-wcmc.org http://www.terravista.pt

http://www.wmo.ch/web/www/reports/ICT-DPFS-Nov-99.html - WMO (1999) -Implementation Coordination Team on Data Processing and Forecasting System Meeting, Commission for Basic Systems, Final Report, Pretoria, South Africa, 8-12 November,

http://www.wmo.ch/web/www/DPS/Meetings/Wshop-SEEF_Toulouse2004/DocPlan.html - WMO(2004) -Workshop on Severe and Extreme Events Forecasting, Commission for Systems OPAG DPFS, Toulouse, France, 26-29, October 2004,

Organismos americanos com informação sobre riscos e catástrofes

Riscos e catástrofes American Red Cross Centers for Disease Control and Prevention (CDC) DisasterHelp.gov (multi-agency federal resource) Federal Emergency Management Agency (FEMA) National Disaster Education Coalition National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) World Health Organization

Page 91: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

72

Riscos geofísicos

EQNet (a collaborative effort of many of the institutions providing information related to earthquake hazards mitigation)

Federal Emergency Management Agency (FEMA), National Earthquake Hazards Reduction Program

University of Nevada Reno, Seismological Laboratory

University of North Dakota (Volcano World) - Supported by NASA, this site features a clickable world map and list of currently erupting volcanoes, arranged by date of event.

U.S. Geological Survey (Glossary of Volcanic Terminology, Volcano Hazards Program)

Riscos climáticos

Federal Emergency Management Agency (FEMA) - Tropical Storm Watch Page

Huracan.com (weather reports and National Hurricane Center forecasts, graphics and photographs, and basic information about hurricanes)

National Drought Mitigation Center (University of Nebraska-Lincoln)

National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) - Drought Information Center, National Hurricane Center; National Weather Service

National Weather Service National Weather Service Interactive Weather Site National Weather Warnings North Dakota State University Extension Service Today’s U.S. Weather Forecast Tropical Storms, Worldwide Tracking Data (University of Hawaii)

Riscos hidrológicos North Dakota State University Extension Service U.S. Geological Survey Real -Time Water Level Information

Riscos geomorfológicos

U.S. Geological Survey National Landslide Information Center

Riscos dendrocaustológicos

Firewise (Web site created for people who live, vacation, or own structures in wildfire-prone areas. It offers online wildfire protection information and checklists, as well as listings of other publications, videos, and conferences. The interactive home page allows users to ask questions of fire protection experts and to register and receive further information as it becomes available.)

International Fire Information Network (provides support to an international net of wildfire information; also, contains information on education, training on fires and special services)

U.S. Fire Administration (Federal Emergency Management Agency)

Page 92: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

73

Page 93: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

74

Page 94: RISCOS E CATÁSTROFES...Esta nova disciplina, Riscos e Catástrofes, tem um espectro mais lato do que a anterior (Riscos Naturais e Protecção do Ambiente), pelo que o seu carácter

75