Sede: Rua Álvaro Alvim 37 - 3º andar, Centro - Rio de Janeiro/RJ - Tel. 2524 8026Nº 61 — ABRIL DE 2016

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DEUS É FIEL

RODOVIÁRIOS EM ASSEMBLEIA APROVAM PAUTA DE NEGOCIAÇÃO

Transporte Urbano, Turismo e Fretamento

TODOS À FESTA DA NOVA SEDE

O Presidente do Sintraturb-Rio José Carlos Sacramen-to de Santana tem a satisfação de con-vidar para a soleni-dade de inaugura-ção da nova sede do sindicato, a reali-zar-se às dez horas da manhã do dia primeiro de maio de dois mil e dezesseis, no Centro Cultural dos Rodoviários, à Rua Camerino, 66, Centro, Rio de Ja-neiro.

Leia pág.03

Transporte Urbano - Pág. 2

Turismo e Fretamento - Pág. 2

IMPRESSO

2 Abril • 2016JORNAL SINTRATURB-RIO

Os trabalhadores do trans-porte urbano de passageiros do Rio de Janeiro aprova-ram no último dia doze de abril a pauta de negociação que será apresentado ao sin-dicato patronal Rioônibus. A assembleia transcorreu tranquila e de forma demo-crática. Um pouco antes do seu início, aconteceu a ten-tativa de um reduzido grupo ligado a um partido político de criar tumulto. O princípio de confusão se deu na porta Os trabalhadores nas empre-

sas de turismo e fretamento do Rio de Janeiro se reu-niram em assembleia geral no dia 11 de abril, segunda--feira, convocada conforme edital publicado no jornal O DIA, de 24/02/2016 e aprovaram a pauta de ne-gociação que será subme-tida ao sindicato patronal SINFRERJ - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado do Rio de Janeiro. As propostas aprovadas para a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho – CCT ano 2016-2017 foram: (1) manutenção das cláusulas vigentes na CCT 2015-2016; (2) quinze por cento (15%) de reajuste no salário; (3) inclusão de Cesta Básica no valor de duzentos reais (R$ 200,00); (4) inclusão do tiquete Refeição no valor de vinte reais (R$ 20,00); e, (5) inclusão de Plano de Saúde e Odontológico na Convenção de Trabalho. Na foto ao lado, vemos a mesa da assembleia o presidente José Carlos, o vice-presidente Sebastião José, o secretário-geral An-tonio Bustamante e o diretor Maurício Rodrigues, 2° vice. A reunião com o SINFRERJ ainda não tem data marcada, porém o SINTRATURB-Rio já protocolou ofício (facsimi-le nesa página) solicitando a análise das propostas apro-vadas na assembleia.

RODOVIÁRIOS EM ASSEMBLEIA APROVAM PAUTA DE NEGOCIAÇÃO

TURISMO E FRETAMENTO

A pauta apresentada pela diretoria do SINTRATURB-Rio foi aprovada quase por unanimidade

No início um pequeno princípio de tumulto, logo debelado pela firmeza da assembleia que foi tranquila

de entrada do ginásio, local da assembleia, no Centro Es-portivo de Rocha Miranda. O grupinho que queria tumultar a assembleia não é da cate-goria, e veio com o objetivo de aplicar as decisões de seu partido político, invertendo a equação da democracia. No regime democrático as regras da Constituição e, no caso, do Estatuto do sindicato, devem ser respeitados. Em assem-bleias de trabalhadores em suas campanhas salariais só

podem participar membros da categoria, sócios ou não do sindicato. E é isso que sem-pre ocorreu nas assembleias do Sintraturb-Rio. Os que mostraram que trabalham nas empresas de ônibus do Rio de Janeiro puderam entrar e parti-cipar, isso é a prática da demo-cracia. Até em jogo de futebol, cada torcida tem seu lugar. Da mesma forma que rodoviário não pode ir na assembleia dos bancários decidir a pauta de negociação dos bancários, não tem sentido, membros de outras categorias apenas por pertencer ao mesmo partido de um integrante rodoviário, participe da reunião de rodo-viários. O Sintraturb-Rio nas-ceu contra o imobilismo dos pelegos, e se orgulha de ser um dos sindicatos do Rio que mais faz assembleia, mobili-zação na porta das garagens e reuniões preparatórias. Não temos medo de cara-feia, para o debate democrático estamos prontos, agora grupelho de fora da categoria vir tumultar a luta séria dos rodoviários, isso não vamos aceitar nunca. A organização da assembleia resolveu a parada com sereni-dade e firmeza e a assembleia pode começar e seguir em paz. Quem era rodoviário entrou e teve sua participação respeitada, como não poderia deixar de ser. A assembleia foi iniciada e a diretoria apresen-tou a proposta de pauta para a negociação com os patrões. Após várias intervenções, inclusive dos poucos contrá-

rios ao que foi apresentado, a pauta de negociação foi aprovada como mostra a foto da votação. Ficou aprovado: 15% de percentual de au-mento, 30% para o reajuste do valor da cesta básica, tiquete de R$ 20,00, e mais, inclusão do planos de saúde e odontológico como direito na CCT e a, manutenção das demais cláusulas vigentes.

Como dissemos no jornal anterior, a maré não está pra peixe, o quadro econômico está difícil e a nossa unidade e mobilização serão decisivas para recuperar as perdas e manter as conquistas da con-venção coletiva passada. Os próximos passos são manter a mobilização e a vigilância da categoria, e a comissão, escolhida para a negociação

deve se encher de paciência, sabedoria e firmeza para conduzir as conversações com o sindicato patronal, que sabemos serão duras e trabalhosas. O Sintraturb-Rio já comunicou ao Rioônibus a pauta (facsimile nessa pági-na) e aguardamos a marcação da reunião de negociação. Fé na vida, fé no homem, fé no que virá!

TRANSPORTE URBANO

3Abril • 2016 JORNAL SINTRATURB-RIO

O Sintraturb-Rio passa a operar a partir de primeiro de maio na Rua Camerino, 66. O sindicato que nasceu da insatisfação com o imobilismo e da vontade da categoria de desenvolver a luta por melhores condições de trabalho e melhores salários, agora vai assumir um espaço que tem em seu DNA a chama da disposição de luta da classe trabalhadora. Esse prédio localizado no número 66 da Camerino, no centro do Rio de Janeiro, é histórico pois foi palco das lutas da categoria dos cocheiros e dos trabalhadores nos carris no início do século 20. Precisamente, no dia dezoito de julho de 1931, os cocheiros fundaram o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres, e após a realização de

O transporte coletivo moderno, surgiu na França, na cidade de Nantes, em 10 de agosto de 1826. Três anos depois, 4 de julho de 1829, Georges Shillibeer inicia o transporte coletivo em Londres com um ônibus puxado por três cavalos (figura). O primeiro serviço de ônibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em julho de 1838, com dois carros de dois pavimentos. As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo, Engenho Velho e São Cristóvão no princípio, para posteriormente se estenderem a outros locais.

fonte: http://www.museudantu.org.br/QEModerna.htm

Localizada próxima à zona portuária, a Rua Camerino foi es-colhida pelo marquês de Lavradio para cen-tralizar o comércio de escravos, até então espalhado pelas ruas do Centro. Tão logo desembarcavam dos navios negreiros, nus e cheios de doenças, os escravos eram le-vados aos depósitos improvisados na Ca-merino, onde aguar-davam compradores. Era ponto de intenso movimento. Em visita ao Rio em 1792, lorde Macartney calculou em 5 mil o número de escravos ali vendidos anualmente. Nessa época, a rua era conhecida como Valongo, por sua semelhança com uma região nos arre-

NOVA SEDE TEM DNA DE LUTA DOS TRABALHADORESuma “vaquinha”, compraram o prédio 66 da Rua Camerino. Pensa que terminou? Não! Esse monumento histórico antes foi utilizado pela Asso-ciação de Resistência dos Cocheiros, Carroceiros e Classes Anexas. Os cocheiros são considerados os motoristas dos primórdios do transporte terrestre. Vamos mostrar nessa página algumas informações históricas sobre a região onde fica localizada a nova sede do Sintraturb-Rio. Além do fato de estar diretamente ligado a mobilização e a defesa dos trabalhadores, o prédio 66 da Camerino por sua localização no Cais do Valongo, está também vinculado historicamente a luta dos negros por sua libertação do sofrimento e da barbárie que representou a escravidão.

Edital publicado em 1934 no JB mostra que na diretoria tinha chaufeur, cocheiro e ajudante

Serviu a uma associação de cocheiros e depois ao sindicato de trabalhadores nos transportes terrestres

dores da cidade do Porto, em Portugal, até ser rebatizada como Rua da Imperatriz, depois que d. Teresa Cristina, mulher de D.Pedro II, percorreu aquela área. Com a ilegalidade do tráfego de es-cravos, a rua teve seus trapiches reformados para

abrigar armazéns de exportação e importação e, bem mais tarde, o nome mudado para Camerino em homenagem à atuação do comerciante baia-no Francisco Camerino de Azevedo, morto na Guerra do Paraguai.

O surgimento dos ônibus do Rio de Janeiro

História da Rua CamerinoUM POUCO DE HISTÓRIA

Rua Camerino – 1907 Rua Camerino – 2016

4 Abril • 2016JORNAL SINTRATURB-RIO

O cenário atual é extremamente grave, o setor de transporte urbano do Rio de Janeiro passa por adequações que por si só, geram um mal--estar nos trabalhadores. Essa situação tem trazido as demissões de cobradores e a redução dos motoristas em função da automação e da redução de linhas. Somado a este cenário, ainda temos o chamado transporte alternativo que na prática representa uma concorrência, que segundo os empresários é o responsável pela falência de cinco empresas nos últimos dois anos.Outros ingredientes ajudam a tumultuar ainda mais o ambiente da negociação salarial: as crises política e econômica do momento, a proximidade das olimpíadas e as eleições municipais. Esses fatores trazem mais ins-tabilidade às negociações e jogam contra os trabalhadores que reivindicam há anos a inclusão na Convenção Coletiva um plano de saúde e odontológico, tiquete alimentação, melhorias na cesta básica, melhores condições de trabalho e a recuperação salarial. Consi-derando que estas reivindicações não foram

Os companheiros e companheiras,trabalhadores rodoviários das empresas do transporte urbano (ônibus) e do tu-rismo/fretamento do Rio de Janeiro se reuniram em duas (2) assembleias gerais nos dias onze (11) e doze (12) de abril, e aprovaram as suas pautas de negociação. O SINTRATURB-Rio já fez o encaminha-mento das pautas aos sindicatos patronais RIOÔNIBUS e SINFRERJ, respectiva-mente. Sabemos que vivemos uma situação econômica difícil, o mar não está pra peixe, porém entendemos que esse é o momento de fazermos pressão em defesa de melho-res condições de trabalho e salário. Para o transporte urbano ficou decidido: (1) 15% de percentual de aumento; (2) 30% para o reajuste do valor da cesta básica; (3) tiquete de R$ 20,00; (4) inclusão do planos de saúde e odontológico como direito na CCT; e, (5) manutenção das demais cláu-sulas vigentes. E para os trabalhadores de turismo e fretamento: (1) manutenção das cláusulas vigentes na CCT 2015-2016; (2)

Sebastião José da Silva Presidente da NCST RJ

Vice-presidente do Sintraturb-RioJosé Carlos Sacramento de Santana

Presidente do Sintraturb-Rio

Ligue: Sede CENTRO 2524 8026 / Subsede CAMPO GRANDE 2411 3714 e 2413 1803. Faça contato pelo sintraturbrio@gmail.com - Site: www.sintraturb-rio.org.br SINTRATURB-RIO: ATENDIMENTO JURÍDICO NA SEDE E EM CAMPO GRANDE

As crises econômica e política afetam as negociações coletivas

atendidas quando o setor estava equilibrado, agora nos parece mais difícil, em contrapartida, o momento é oportuno para os trabalhadores pressionarem, já há um sentimento dissemina-do na categoria que este é o momento.Sobre o exame toxicológico A luta do nosso sindicato se soma a de todas entidades que representam os motoristas pro-fissionais do país para impedir que o famige-rado exame toxicológico traga mais prejuízos aos trabalhadores. Temos seiscentos e noventa e sete (697) profissionais na cidade do Rio de Janeiro que não conseguiram renovar sua habilitação porque o resultado foi positivo. Estamos atuando em duas frentes, o Judiciário e o Legislativo, porque não podemos aceitar tamanha discriminação com os profissionais do volante. Não queremos privilégios, queremos Justiça! Se o exame é para prevenir acidentes que seja aplicado a todos como é o bafômetro.

quinze por cento (15%) de reajuste no salá-rio; (3) inclusão de Cesta Básica no valor de duzentos reais (R$ 200,00); (4) inclusão do tiquete Refeição no valor de vinte reais (R$ 20,00); e, (5) inclusão de Plano de Saúde e Odontológico na Convenção de Trabalho. Para terminar, vamos falar de um restrito grupo que resolveu trazer alguns “amigos” de “fora da categoria” para criar tumulto em nossa reunião. Por experiênica própria, sabemos que nas assembleias dos trabalha-dores só podem decidir o que a categoria quer, aqueles que são membros da mesma, que vivem seus problemas e sentem o efeito deles em seu trabalho. Os verdadeiramente membros da categoria, isto é, aqueles que trabalham nas empresas de ônibus do Rio de Janeiro, são sempre bem-vindos e por isso que fazemos a convocação e distribuimos jornais e panfletos. No que depender da di-reção do sindicato não haverá interferência de partido político em nossas reuniões. Nos-so esforço agora vai no sentido de mostrar nas negociações com os sindicatos patronais a necessídade de recuperação das perdas sa-lariais e reajuste dos valores da cesta básica e tíquete refeição, além de manutenção das cláusulas das CCTs já existentes. Abraços

Coluna do Vice SEBASTIÃO JOSÉColuna do Presidente JOSÉ CARLOS

É O MOMENTO DOS RODOVIÁRIOS FAZEREM PRESSÃO CONCORDAM PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE

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ExpedienteDIRETOR RESPONSÁVEL José Carlos

Sacramento (Presidente)PRODUÇÃO ABCI Brasil (abci@outrolhar.net)

EDITORAÇÃO ELETRÔNICAFernando Teixeira

IMPRESSÃOSintraturb-Rio