3
 Cena IV Cenário: Escritório do Detetive Bleu. Ele e o Policial Marinho estão sentados na s cadeiras. Policial Marinho: Então, conseguiu a identificação do morto? Detetive Bleu: Sim. O nome dele era Índigo. Além do número do telefone, a secretária da igreja me deu uma informação importante Índigo tin!a uma noi"a c!amada Safira. Eu pedi #ue ela "iesse até a#ui. Policial Marinho: A!$ Então estamos perto de resol"er o mistério e prender o assassino. Detetive Bleu: %ertamente. O telefone toca. Detetive Bleu atende. Detetive Bleu: &ala$ (pausa) %erto. 'ode mandar entrar (coloca o fone no gancho) .  Entra Safira. Ela tam!m nã o tem cor . " ra# um len$o de pa pel nas mãos. Safira (esticando a mão para o Policial Marinho) : (eteti"e )leu? Detetive Bleu: Sou eu. Este é o 'olicial *arin!o.  Marinho aperta a mão d a mo$a e levanta da cadeira% ofer ecendo&lhe o lugar . S afira senta. Detetive Bleu: Então, conte+nos tudo sore a morte de Índigo. Policial Marinho: *as cuidado #ue já saemos de tudo. S- #ueremos ou"ir sua "ersão primeiro. Safira (chorando): ão "ou mentir. Índigo anda"a muito preocupado com a perda da cor. Ele entendeu #ue somos todo s dife rente s, mas #ueria "oltar a ser igual. S- #ue esta é uma condiçã o perm anen te, o sen!or entende? (epois #ue compreendemos #ue somos todos diferentes, nunca mais "oltamos / ignor0ncia.  Policial Marinho: A sen!ora está nos enrolando...  En'uanto o Policial Marinho fala% o Detetive Bleu disca o telefone e toca o celular dentro da olsa de Safira. Detetive Bleu: Saemos #ue a sen!ora esta"a na sala em #ue o rapa1 foi jogado pela janela. Safira (chorando): O sen!or não entende$ Ele... ele... se matou $ Policial Marinho: 'ulando pela janela fec!ada? Safira: ão. 2sso foi acidente . Detetive Bleu: E3plica. Safira: Ele me ligou, marcando um encontro na#uele escrit-rio. Está"amos #uerendo arir um neg-cio.. . Policial Marinho (irritado): A sen!ora está enrolando de no"o... Safira: (esculpe. Ele marcou o encontro e #uando c!eguei lá, ele me contou #ue tin!a tomado "eneno.  Detetive Bleu: 'or #ue ele tomou "eneno?

Safira

Embed Size (px)

DESCRIPTION

jkllll

Citation preview

Ato II

Cena IV

Cenrio: Escritrio do Detetive Bleu. Ele e o Policial Marinho esto sentados nas cadeiras.

Policial Marinho: Ento, conseguiu a identificao do morto?

Detetive Bleu: Sim. O nome dele era ndigo. Alm do nmero do telefone, a secretria da igreja me deu uma informao importante: ndigo tinha uma noiva chamada Safira. Eu pedi que ela viesse at aqui.

Policial Marinho: Ah! Ento estamos perto de resolver o mistrio e prender o assassino.

Detetive Bleu: Certamente.

O telefone toca. Detetive Bleu atende.

Detetive Bleu: Fala! (pausa) Certo. Pode mandar entrar (coloca o fone no gancho).

Entra Safira. Ela tambm no tem cor. Traz um leno de papel nas mos.

Safira (esticando a mo para o Policial Marinho): Detetive Bleu?

Detetive Bleu: Sou eu. Este o Policial Marinho.

Marinho aperta a mo da moa e levanta da cadeira, oferecendo-lhe o lugar. Safira senta.Detetive Bleu: Ento, conte-nos tudo sobre a morte de ndigo.

Policial Marinho: Mas cuidado que j sabemos de tudo. S queremos ouvir sua verso primeiro.

Safira (chorando): No vou mentir. ndigo andava muito preocupado com a perda da cor. Ele entendeu que somos todos diferentes, mas queria voltar a ser igual. S que esta uma condio permanente, o senhor entende? Depois que compreendemos que somos todos diferentes, nunca mais voltamos ignorncia.

Policial Marinho: A senhora est nos enrolando...

Enquanto o Policial Marinho fala, o Detetive Bleu disca o telefone e toca o celular dentro da bolsa de Safira.

Detetive Bleu: Sabemos que a senhora estava na sala em que o rapaz foi jogado pela janela.

Safira (chorando): O senhor no entende! Ele... ele... se matou!

Policial Marinho: Pulando pela janela fechada?

Safira: No. Isso foi acidente.

Detetive Bleu: Explica.

Safira: Ele me ligou, marcando um encontro naquele escritrio. Estvamos querendo abrir um negcio...

Policial Marinho (irritado): A senhora est enrolando de novo...

Safira: Desculpe. Ele marcou o encontro e quando cheguei l, ele me contou que tinha tomado veneno.

Detetive Bleu: Por que ele tomou veneno?

Safira: Porque ele queria se matar, u...

Policial Marinho: Enrolando...

Safira: Ele queria se matar porque... porque... no conseguia mais deixar de ser diferente.

Detetive Bleu: E por que diabos resolveu pular pela janela?

Safira (chorando): Foi um acidente. Quando me contou que tinha tomado veneno, eu peguei meu celular para ligar para a emergncia, mas ele me tomou o celular e o jogou no cho. Eu o abracei e coloquei a mo em seu bolso e peguei o telefone dele. Eu queria ligar para a emergncia. Ele tentou me tomar o telefone, mas dessa vez segurei firme e resisti. Eu... eu... o empurrei e ele... e ele bateu de costas na janela que quebrou e ele... caiu (prantos)...

Policial Marinho: Por que no chamou a polcia?

Safira: Fiquei com medo de ser acusada pela morte dele (chorando). Desculpe... desculpe...

Policial Marinho: Como entrou e saiu do prdio sem ser vista?

Safira: Aquele prdio tem uma entrada na rua de trs.

Policial Marinho: Como sabia disso?

Safira: Eu j tinha ido ali antes.

Detetive Bleu: Est bem. Vamos anotar seu depoimento e depois entraremos em contato.

Safira se ergue da cadeira para sair.

Detetive Bleu: Espera! Deixe o telefone do morto.

Safira tira o telefone da bolsa e o coloca sobre a mesa. Em seguida, sai.Cena Final

Cenrio: Palco nu. Detetive Bleu e Policial Marinho entram por um lado e Safira pelo outro. Encontram-se no meio.Detetive Bleu: Dona Safira. Estvamos sua procura.

Safira: Boa tarde senhores.

Policial Marinho: Para ns a tarde est a mesma, mas para a senhora o tempo fechou. Eu avisei que era para no mentir (enquanto fala, algema os pulsos de Safira).

Safira (nervosa): Por que isso?

Detetive Bleu: J sabemos que no foi acidente coisa nenhuma. Foi a senhora quem envenenou seu noivo e o jogou pela janela do escritrio. Mais uma vez lhe daremos a chance de contar sua verso e, quem sabe, ajudar sua defesa.

Safira: Eu no envenenei meu noivo!

Detetive Bleu: Descobrimos as cpsulas de vitaminas que seu noivo tomava e encontramos chumbinho dentro de uma delas. Ele tomou apenas uma e encontramos suas digitais em outra, o que nos leva a crer que a senhora colocou chumbinho em duas cpsulas. Alm de tudo isso, j sabemos que a senhora est envolvida nos atentados a bomba nas bancas de jornal. Acredite: ser melhor se cooperar.

Safira (recompondo-se): Quero um advogado.

Policial Marinho: Na delegacia a senhora liga para ele.

O Policial Marinho sai levando Safira. Entra o Deputado Tiner.

SEDUZINDO, PERDE O INTERESSE AO DESCOBRIR QUE S UM POLICIAL.

CHORANDO, MAS COM DISCURSO DECORADO, SAFIRA FOI PREPARADA PARA MENTIR.

SAFIRA FICA TENSA, POIS OS POLICIAIS SABEM QUE ELA EST COM O CELULAR.

EM DESESPERO, PORQUE SABE QUE SEU LIBI EST PERDENDO FORA.

COM MAIS PNICO AINDA.

COMO SE ESTIVESSE FORMULANDO UMA NOVA DESCULPA NA HORA

INVENTANDO OUTRA DESCULPA

ISSO UMA PIADA! TOSCA, MAS PIADA;

TENTANDO ELABORAR ALGUMA DESCULPA, MAS INICIANDO A CONTAR A VERDADE

ELA EST FORMAULANDO TUDO NO MOMENTO, IMPRECISO AS COISAS QUE FALA.

ELA SE RECORDA QUE TINER E ELA EMPURRARAM O INDIGO PELA JANELA, MAS COLOCA A CULPA EM SI, POQUE SABE QUE O TINER PODE MAT-LA CASO ELA O ENTREGUE.

TENTANDO SE SAFAR, BUSCANDO A PIEDADE DELES.

ACABA ENTREGANDO A INFORMAO ACIDENTALMENTEIRA A MASER A VITIMA CHOROSA, E TIRA A MASCARA.E MAIS E SE ARREPENDE.OCA A CULPA EM SI, POQUE SABE QUE O TINER PODE MAT

NO FINAL DESSA FALA PERCEBE QUE ACABOU FALANDO DE MAIS E SE ARREPENDE.

AINDA ASSUSTADA E ATONITA POR NO TER TIDO EXITO EM ENRROLAR OS POLICIAIS.

SAFIRA EST NA PORTA DA IGREJA, NO FINAL DO CULTO. ENTRA E EST OLHANDO PARA O CELULAR COMO SE ESPER-SE ALGUM (TINER). ABIRDADA PELOS POLICIAIS E AMISTOSA COM ELES.

NERVOSA, ASSUSTADA E COM VERGONHA (ELA EST SENDO PRESA NA FRENTE DOS FIEIS DA IGREJA)

EXIMINDO-SE DA CULPA.

AQUI SAFIRA SE TRANSFORMA. ELA DEIXA DE SER A VITIMA CHOROSA, E TIRA A MSCARA.