Upload
suellen-casticini
View
3
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
jkllll
Citation preview
Ato II
Cena IV
Cenrio: Escritrio do Detetive Bleu. Ele e o Policial Marinho esto sentados nas cadeiras.
Policial Marinho: Ento, conseguiu a identificao do morto?
Detetive Bleu: Sim. O nome dele era ndigo. Alm do nmero do telefone, a secretria da igreja me deu uma informao importante: ndigo tinha uma noiva chamada Safira. Eu pedi que ela viesse at aqui.
Policial Marinho: Ah! Ento estamos perto de resolver o mistrio e prender o assassino.
Detetive Bleu: Certamente.
O telefone toca. Detetive Bleu atende.
Detetive Bleu: Fala! (pausa) Certo. Pode mandar entrar (coloca o fone no gancho).
Entra Safira. Ela tambm no tem cor. Traz um leno de papel nas mos.
Safira (esticando a mo para o Policial Marinho): Detetive Bleu?
Detetive Bleu: Sou eu. Este o Policial Marinho.
Marinho aperta a mo da moa e levanta da cadeira, oferecendo-lhe o lugar. Safira senta.Detetive Bleu: Ento, conte-nos tudo sobre a morte de ndigo.
Policial Marinho: Mas cuidado que j sabemos de tudo. S queremos ouvir sua verso primeiro.
Safira (chorando): No vou mentir. ndigo andava muito preocupado com a perda da cor. Ele entendeu que somos todos diferentes, mas queria voltar a ser igual. S que esta uma condio permanente, o senhor entende? Depois que compreendemos que somos todos diferentes, nunca mais voltamos ignorncia.
Policial Marinho: A senhora est nos enrolando...
Enquanto o Policial Marinho fala, o Detetive Bleu disca o telefone e toca o celular dentro da bolsa de Safira.
Detetive Bleu: Sabemos que a senhora estava na sala em que o rapaz foi jogado pela janela.
Safira (chorando): O senhor no entende! Ele... ele... se matou!
Policial Marinho: Pulando pela janela fechada?
Safira: No. Isso foi acidente.
Detetive Bleu: Explica.
Safira: Ele me ligou, marcando um encontro naquele escritrio. Estvamos querendo abrir um negcio...
Policial Marinho (irritado): A senhora est enrolando de novo...
Safira: Desculpe. Ele marcou o encontro e quando cheguei l, ele me contou que tinha tomado veneno.
Detetive Bleu: Por que ele tomou veneno?
Safira: Porque ele queria se matar, u...
Policial Marinho: Enrolando...
Safira: Ele queria se matar porque... porque... no conseguia mais deixar de ser diferente.
Detetive Bleu: E por que diabos resolveu pular pela janela?
Safira (chorando): Foi um acidente. Quando me contou que tinha tomado veneno, eu peguei meu celular para ligar para a emergncia, mas ele me tomou o celular e o jogou no cho. Eu o abracei e coloquei a mo em seu bolso e peguei o telefone dele. Eu queria ligar para a emergncia. Ele tentou me tomar o telefone, mas dessa vez segurei firme e resisti. Eu... eu... o empurrei e ele... e ele bateu de costas na janela que quebrou e ele... caiu (prantos)...
Policial Marinho: Por que no chamou a polcia?
Safira: Fiquei com medo de ser acusada pela morte dele (chorando). Desculpe... desculpe...
Policial Marinho: Como entrou e saiu do prdio sem ser vista?
Safira: Aquele prdio tem uma entrada na rua de trs.
Policial Marinho: Como sabia disso?
Safira: Eu j tinha ido ali antes.
Detetive Bleu: Est bem. Vamos anotar seu depoimento e depois entraremos em contato.
Safira se ergue da cadeira para sair.
Detetive Bleu: Espera! Deixe o telefone do morto.
Safira tira o telefone da bolsa e o coloca sobre a mesa. Em seguida, sai.Cena Final
Cenrio: Palco nu. Detetive Bleu e Policial Marinho entram por um lado e Safira pelo outro. Encontram-se no meio.Detetive Bleu: Dona Safira. Estvamos sua procura.
Safira: Boa tarde senhores.
Policial Marinho: Para ns a tarde est a mesma, mas para a senhora o tempo fechou. Eu avisei que era para no mentir (enquanto fala, algema os pulsos de Safira).
Safira (nervosa): Por que isso?
Detetive Bleu: J sabemos que no foi acidente coisa nenhuma. Foi a senhora quem envenenou seu noivo e o jogou pela janela do escritrio. Mais uma vez lhe daremos a chance de contar sua verso e, quem sabe, ajudar sua defesa.
Safira: Eu no envenenei meu noivo!
Detetive Bleu: Descobrimos as cpsulas de vitaminas que seu noivo tomava e encontramos chumbinho dentro de uma delas. Ele tomou apenas uma e encontramos suas digitais em outra, o que nos leva a crer que a senhora colocou chumbinho em duas cpsulas. Alm de tudo isso, j sabemos que a senhora est envolvida nos atentados a bomba nas bancas de jornal. Acredite: ser melhor se cooperar.
Safira (recompondo-se): Quero um advogado.
Policial Marinho: Na delegacia a senhora liga para ele.
O Policial Marinho sai levando Safira. Entra o Deputado Tiner.
SEDUZINDO, PERDE O INTERESSE AO DESCOBRIR QUE S UM POLICIAL.
CHORANDO, MAS COM DISCURSO DECORADO, SAFIRA FOI PREPARADA PARA MENTIR.
SAFIRA FICA TENSA, POIS OS POLICIAIS SABEM QUE ELA EST COM O CELULAR.
EM DESESPERO, PORQUE SABE QUE SEU LIBI EST PERDENDO FORA.
COM MAIS PNICO AINDA.
COMO SE ESTIVESSE FORMULANDO UMA NOVA DESCULPA NA HORA
INVENTANDO OUTRA DESCULPA
ISSO UMA PIADA! TOSCA, MAS PIADA;
TENTANDO ELABORAR ALGUMA DESCULPA, MAS INICIANDO A CONTAR A VERDADE
ELA EST FORMAULANDO TUDO NO MOMENTO, IMPRECISO AS COISAS QUE FALA.
ELA SE RECORDA QUE TINER E ELA EMPURRARAM O INDIGO PELA JANELA, MAS COLOCA A CULPA EM SI, POQUE SABE QUE O TINER PODE MAT-LA CASO ELA O ENTREGUE.
TENTANDO SE SAFAR, BUSCANDO A PIEDADE DELES.
ACABA ENTREGANDO A INFORMAO ACIDENTALMENTEIRA A MASER A VITIMA CHOROSA, E TIRA A MASCARA.E MAIS E SE ARREPENDE.OCA A CULPA EM SI, POQUE SABE QUE O TINER PODE MAT
NO FINAL DESSA FALA PERCEBE QUE ACABOU FALANDO DE MAIS E SE ARREPENDE.
AINDA ASSUSTADA E ATONITA POR NO TER TIDO EXITO EM ENRROLAR OS POLICIAIS.
SAFIRA EST NA PORTA DA IGREJA, NO FINAL DO CULTO. ENTRA E EST OLHANDO PARA O CELULAR COMO SE ESPER-SE ALGUM (TINER). ABIRDADA PELOS POLICIAIS E AMISTOSA COM ELES.
NERVOSA, ASSUSTADA E COM VERGONHA (ELA EST SENDO PRESA NA FRENTE DOS FIEIS DA IGREJA)
EXIMINDO-SE DA CULPA.
AQUI SAFIRA SE TRANSFORMA. ELA DEIXA DE SER A VITIMA CHOROSA, E TIRA A MSCARA.