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7/22/2019 Sebenta.bmc
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Anotadas BiologiaMolecular e Celular2009-2010Bibliografia: Essential Cell Biology e The Cell
Por: Gangue da Linha
Ana Vagos Mata
Ana Ferreira Lana
Pedro Cmara Pestana
Janeiro de 2010
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Prefcio
No princpio do ano quando nos foi dito que as aulas de BMC eram as nicas tericas a
que valeria a pena ir, pensmos em anotar as aulas, e aqui esto as anotadas de todas
as aulas de BMC, excepto as de Biomolculas, comuns Bioqumica.
importante revelar que fazer anotadas de BMC um passatempo nerd muito
comum dos alunos de Medicina. Tem uma longa tradio e vem j dos tempos da
velha Escola Hipocrtica, onde provavelmente um antepassado da professora Carmo
(Carmutus), ainda mais alto do que ela, ensinava a magia da Biologia da Clula.
Estes apontamentos combinam todos os temas abordados na aula, com a matria
existente no nosso livro da disciplina. No entanto, visto termos sido s 3 a anotar, tm
algumas gralhas e incorreces que devem ser analisadas com esprito crtico.
Assim, estando estas anotadas muito longe de serem a bblia simplificada de BMC,
podero dar bastante jeito para o vosso estudo enquanto complemento, ou em casos
de desenrasque, substituto ao livro. Fica a promessa de que no fim do ano iremos
corrigir as gralhas e erros com mais detalhe (agora impossvel com o pouco tempoque dispomos).
Porque as dedicatrias se tornaram moda, gostaramos de dedicar esta obra
imperfeita e lanada na forma de Sebenta pressa, ao Deus grego Baco, aquele que
provavelmente vai zelar por ns nas Olimpadas da Medicina.
*Ah! E menina dos olhos do Joo Gramaa, ou para os mais monrquicos El Rey D.
Juan Carlos I de Odivelas, Antnio para os amigos, porque ele j merece ser Feliz!
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Aula 1
1-As molculas da clula
(Teoria dada em parceria com a cadeira de Bioqumica)
2-Genes, engenharia Gentica e medicamentos recombinantes
O que um gene?
Estrutura/ Poro de DNA que codifica informao que vai ser traduzida em
protenas, que iro desempenhar diversas funes no nosso organismo.
RNA
- Existem dois tipo de RNA: Mensageiro e de Transferncia.
Cada um desses desempenha um importante papel na sntese proteica que s
acontece graas a estruturas chamadas de ribossomas.
*O RNA que traduzido directamente para as protenas o mRNA.
O que uma doena Gentica?
uma doena causada por uma
alterao na informao contida
no gene (Alterao/ Mutao - na
base azotada, que altera o
nucletido inteiro, ou ento partedo nucletido mantendo-se
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inalterveis outros elementos constituintes do mesmo).
Ex: Trissomia 21, leucemia, anemia falciforme, hemofilia, etc.
H doenas genticas causadas por:- Alteraes nas sequncias de genes.
- Alteraes nos cromossomas (ex trissomia 21- no h alterao na sequncia dos
genes, mas sim nos cromossomas, neste caso existe um cromossoma a mais)
O Que uma doena hereditria?
- uma doena que se pode identificar atravs de histria clnica familiar.
- Tem sempre de causa gentica
- Cancro uma doena gentica de causa NO hereditria
O nico DNA que o indivduo adulto transmite descendncia o da linha germinal
(clulas que vo originar o vulo e os espermatozides). Se ocorrer uma mutao
nessas clulas, as clulas do indivduo filho iram consequentemente sofrer essa mesma
mutao.
Clula somtica Clula que no pertence linha germinal, quando sofre mutao,
esta no transmitida descendncia (esta mais frequente cancro)
* SIDA no hereditria mas sim transmitvel descendncia* H predisposio gentica para o cancro
Doena de Gaucher
Doena hereditria gentica
Gene mutado
glucocerebrosidase (inexistncia ou
disfuncionalidade na enzima que
degrada o glucocerebrosido e seus
componentes, que neste caso um
glicolpido).
* Glicolpido uma molcula
composta por acares e por lpidos
que existe na nossa clula, mais
precisamente, na sua membrana.
Esta doena provocada pela inactivao da protena glucocerebrosidase.
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Estrutura Membranar:
Membranas so das estruturas mais plsticas no nosso organismo.
Autofagia o sistema de reciclagem das clulas.
Quando este sistema de reciclagem falha a membrana deixa de ser degradada,
passando-se a acumular a membrana velhanas clulas.
O tratamento para esta falha no sistema de reciclagem passa por injectar a enzima que
est em falta (a que vai degradar a membrana velha)
Em termos prticos, a terapia gnica no conseguiu dar frutos, mas conseguiu fazer
um by-pass, administrando aos doentes a enzima/molcula que est em falta.
Engenharia Gentica e DNA
Surge como opo sintetize artificial de protenas.
Em termos genricos, consiste:1. Em cortar determinado gene do DNA humano que codifique a protena que
queremos produzir.
2. Colar esse gene nas bactrias.
3. Multiplic-las de forma a transformarem-se em autnticas fbricas da protena
que queremos produzir, podendo existir o risco de esta no ser perfeitamente
igual protena original, existindo sempre o perigo de rejeio
Um pouco de histria:
1. Em 1943 descoberto o DNA enquanto material
gentico
2. Fred Griffith, 1920 Verificou que havia 2 tipos de
steptocoens
(Um mau e um bom)
LER CAP TULO 11 MEMBRANE STRUCTURE
LER CAP TULO 5
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Situao experimental que o levou a essa concluso:
- Se ele destrusse as clulas infectadas estas j no provocavam doena.
- Se juntasse clulas mortas infectadas com clulas vivas no infectadas= encontrava
ento uma nova estirpe (tornava-as patognicas).
Tinha ento de descobrir o que nas clulas mortas as levou a infectar as clulas vivas?
Qual a molcula capaz de transmitir informao hereditria?
Chegou-se assim descoberta do DNA (material gentico)
3. Watson e Crick = 1 modelo DNA
4. 1972 So descobertas as
enzimas de restrio e a sua
capacidade de cortar o DNA em
zonas especificas.
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Aula 2
Protenapolmero de aminocidos
Enzimas de restrioSo enzimas que reconhecem e cortam determinadas sequncias deuma molcula estranha.
Porque que h bactrias que podem resistir a ser transformadas por enzimas de restrio?
Todas as bactrias possuem um sistema imunitrio, que por sua vez contm enzimas de
restrio. As bactrias possuem tambm ligases, destacando-se entre elas a DNA ligase.
Por esta razo o genoma da bactria est metilado, ou seja, protegido das enzimas de restrio
* Cada enzima de restrio, restringe uma sequncia especfica.
* Enzima de restrio quebra pontes fosfodister.
Engenharia Gentica
Exemplo mais comum:
Eco RI: G/AATTC G/ + AATTC
CTTAA/G CTTAA /G
Estas bases desemparelhadas so termodinamicamente poucoestveis encontrando-se os grupos qumicos procura do seu
parceiro
1- Usa-se esta enzima para cortar molculas Humanas e molculas de bactria.
2- Deixam-se ambas as molculas prximas, de modo a ligarem-se por pontes de
Hidrognio.
3- Insere-se DNA ligase.
4- Tem-se assim a molcula recombinante.
Bactrias:Possuem apenas um cromossoma e plasmdeos (molculas circulares de DNA).
Etapas da tcnica DNA recombinante:
1- Cortamos os plasmdeo e o DNA Humano com a mesma enzima de restrio.
2- Misturamo-los, e adicionamos-lhes DNA ligase (Adicionamos mais DNA humano que
plasmdeos para garantir a ligao plasmdeo - DNA humano).
3- Forma-se o plasmdeo recombinante.
4- Introduzem-se o plasmdeos nas bactrias previamente tratadas com Clcio (Favorece
a entrada de DNA na clula, j que transforma a membrana celular, tornando-a mais
instvel).
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5- Seleco das bactrias transformadas (com plasmdeo) e funcionais, por um antibitico
(nos plasmdeos est presente um gene que confere resistncia a um antibitico
especifico).
Ampf - gene resistente ampicilina
Oriorigem da cluladeterminante de replicao
Cultivar em meio Antibitico:
* Seleccionam-se bactrias geneticamente iguais (clone) que derivam da mesma clula
Bactrias sem plasmdeo morrem.
Morrem todas as bactrias sem plasmdeo ainda que em segundas divises.
Pode haver bactrias transformadas com plasmdeo (sem ser recombinante).
Para se confirmar se as bactrias tm ou no plasmdeo recombinante, selecciona-se
aleatoriamente uma colnia, e retiram-se dessa colnia bactrias. Reproduzem-nas em meio
aquoso, e em seguida removem-se os respectivos plasmdeos para anlise. Separando-os portamanhos (maioresrecombinantes, menoresnormais) com recurso electroforese.
Electroforese
Separao de molculas por aplicao de um campo elctrico, as molculas vo-se deslocar do
plo negativo, para o positivo a velocidades diferentes devido sua carga e tamanho.
* DNA carregado negativamente devido aos grupos fosfatos.
Assim basta corar as molculas de DNA e submete-las a um campo elctrico e analisamos o
seu deslocamento.
Esquema:
Plasmdeo transcrito em mRNA Encontra principio de geneafasta cadeias de DNA,
usando uma como moldeLeva nucletidos do RNA a produzir a cadeia complementar
5-3, enquanto que cadeia molde antiparalela vai de 3-5
Promotor: sequncia de DNA que o RNA polimerase reconhece (Por encaixe molecular)
+1Denominao atribuda ao primeiro nucletido a ser transcrito.
Polimeraseencaixa no promotor
- Decide onde e em que sentido comea a transcrio.
-35
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Aula 3
Como que o DNA humano transcrito a mRNA das bactrias?
1- Afastamento das cadeias de DNA
2- RNA polimerase escolhe uma das duas cadeias de DNA, baseada no promotor do gene
(Para assim sintetizar a cadeia de RNA).
* No est definido qual das cadeias serve de molde.
3- RNA polimerase tende a encontrar o promotor associado ao gene, e que vai ditar onde
e em que sentido comea a transcrio.
4- A RNA polimerase vai ligar-se ento preferencialmente cadeia codificante, ficando
centrada perpendicularmente mesma, bloqueando assim os nucletidos dessa
cadeia, impedindo a sua transcrio (embebida pelo RNA polimerase a template fica
no canal entre as subunidades do ribossoma e usada para sintetizar DNA.
GenesRegra geral, so lidos apenas num sentido
Excepo: Alguns genes so lidos nos dois sentidos (sentido inverso)
Diferenas entre RNA polimerase dos Eucariticos e RNA polimerase Procariota
As Protenas qus e associam RNA polimerase necessitam de factores de transio.
Apenas reconhece o promotor eucariota.
Apenas reconhece promotor procariota
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Tcnicas usadas na recombinao gentica:
-Usar promotor de um gene de bactria que inserimos num plasmdeo bacteriano.
-A Regio a cortar no plasmdeo depende de onde se vai localizar o promotor
Explicao mais detalhada de algumas variaes na sntese proteica:
-Extremidade 5 (ao 1 nucletido mRNA, junta-se uma guanina metilada)d-se a adio de
um capuz (guanina metilada).
-Extremidade 3 d-se a adio de resduos repetidos de Adenina (150-250)poli-A-tail
* Esta adio contribui para a estabilidade da molcula.
- Remoo dos intres do mRNA.
GeneNo so sequencias continuas na molcula de DNA, so um conjunto de intres eexes.
* Quanto mais pontes de Hidrognio houver na cadeia codificante, mais embebida ela estar.
* Existem agora no nosso DNA mais intres que exes
Gene humano da Glucocerebrosidase:
Recombinao gentica:
1- Purificao do RNA da glucocerebrosidase a partir duma clula humana.
2- Transcriptase reversa do mRNA maturado em cDNA (DNA funcional sem intres).
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Aula 4Ribossoma:
-Comea a ler num stio especfico.
-L um codo e vai buscar o respectivo aminocido.
-Possui formas de determinar o que um codoquadro de leitura
(Onde esse codo comea e onde se vai ligar)
* O Ribossoma utiliza um sinal para ler o mRNA
Funcionamento do Ribossoma:
As duas unidades do ribossoma no esto sempre juntas
A modificao na ext. 5 (cap-metilado) apenas reconhecida pela pequena subunidade do
ribossoma.
Iniciador tRNALiga-se pequena subunidade do ribossoma por complementaridade fsica.
(Impedindo deste modo a interaco com a subunidade maior do ribossoma, recorrendo-se
para isso aos Factores.)
J ligado, o ribossoma vai deslocar-se at encontrar um codo de iniciao complementar ao
seu anti-codoQuebrando-se neste ponto o impedimento de ligao entre as subunidades
do ribossoma.
Os aminocidos prximos do ribossoma vo ser progressivamente ligados peptidicamente(1ststep) e deslocando-se medida que novos aminocidos se vo ligando.
A protena vai sendo sintetizada desde a ligao do ribossoma ao codo de iniciao AUG
Ligam-se aminocidos entre si Chegando-se ao codo de finalizao (atrai a protena que faz
que a sntese proteica termine), acaba a sntese proteica.
* No Confundir codo finalizao com 3
Ribossomas procariotas:
-Mais pequenos (70s unidade de sedimentao).
-Sintetizam menos protenas.
Ribossomas eucariotas:
-Maiores e mais densos (80s).
-Sintetizam mais protenas.
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Os antibiticos servem para inibir selectivamente os ribossomas procariotas.
Ribossome blindingsites
5
AUG AUG AUG
Protena Protena Protena
-No existe capuz de guanina metilada.
-Bactrias usam sequncias parecidas com o promotor para indicar onde o ribossoma se deve
ligar.
- necessrio, fornecermos ns o sinal ao ribossoma procariota para iniciar a traduo de umRNA eucariota.
Esquema:
Promotor Procariota / Sequncia de DNA humanoVai ser transcrito pelo ribossoma.
Existem poli-ribossomasquando os ribossomas esto associados s membranas do reticulo
endoplasmticoForma-se o R.E.R
As clulas eucariotas possuem uma grande quantidade de R.E.R com membranas e ribossomas
* O conjunto de protenas sintetizadas no polissoma fica no citosol.
O que define para onde se vo encaminhar as protenas produzidas?
Algumas protenas comeam a ser sintetizado por um ribossoma fora do reticulo
endoplasmtico recebendo ento um sinal que ordena que a sua sntese seja feita dentro do
R.E.R. (Lmen)
Ou seja:
As protenas solveis no citosol transportam um sinal (sequncia de aminocidos reconhecida
pela partcula de reconhecimento do sinal) que vai bloquear o ribossoma. S o deixando
retomar a traduo quando se libertar a partcula de reconhecimento do sinal, o que acontece
quando esta se liga ao receptor do reticulo endoplasmtico, soltando-se assim o ribossoma
para o R.E, ficando a protena prxima de um canal dentro do retculo.
A partir deste ponto as protenas passam a ter dois destinos possveis, consoante os processos
que sofrerem, podendo tornar-se ser enviadas para oexterior da clula, ou ento passarem afazer parte da membrana celular, ou seja passam a sertransmembranares.
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Protenas Transmembranares:
Algumas protenas possuem regies homofbicas que permitem o enrolamento em hlice ou
folha , o que as vai translocar para o interior do R.E, mais precisamente para a sua
membranaSeguem depois para o C. Golgi sempre transmembranarmenteacabando por
fim na membrana celular.
Protenas em soluo no lmen que vo seguir para o exterior da clula:
Protena dentro do lmenmembranas do C. Golgitem tendncia para se fecharem sobre
si prprias num meio aquosoas protenas so encaminhadas por vesculas at ao exterior da
clula.
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Aula 5
Protenas secretadas pela clula(vo para o exterior da clula):
Exemplo: Eritropoetinaestimula o fabrico de mais eritrcitos (funo de regulao)
Protenas sintetizadas associadas ao retculoC. GolgiLisossoma
Membrana Celular
Protenas R.E.R:
-Protenas secreoex: Insulina que permite entrada de glicse
-Protenas da membrana celular (sempre transmembranares)
-Protenas dentro dos lisossomas digesto celular (possuem enzimas que
degradam/reciclam todos os componente de uma clula (hidroliticos))
Superfcie do Reticulo Endoplasmtico onde se soltam as vesculas, onde nova membrana formada (sntese de membrana pelas protenas do R.E.R)
Quando o nmero de vesculas transportando protenas que se vo fundir com a membrana
celular (exocitose) maior, a sua superfcie tambm aumenta.
Quando a membrana celular se envagina e envia algo para o interior da clula estamos
perante um processo de endocitose, onde graas a uma protena auxiliar (Claterina) forma-se
uma malha que puxa a membrana para o interior da clula.
A Endocitose um processo complexo que se pode dividir em algumas etapas que visamsegmentar e reciclar as molculas que vm do exterior, em molculas teis do interesse da
clula.
1- Fuso do Endossoma
2- Digesto intracelular nos lisossomas por enzimas digestivas que provem de vesculas
do aparelho de Golgi direccionadas.
Principio Geral:
Clula envia protenas para todos os stios:
* As Protenas transmembranares tm
como funo regular a exportao e
importao de protenas
-Membrana alvo reconhecida pela
protena em trs etapas: 1- Adeso, 2-
Dockling (Acopolar) e 3- Fuso
Depois dentro do reticulo ocorre a adiode acar s protenas (glicosilar protenas)
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Exemplo concreto de disfunes nesta funo:
Os eritrcitos tem tempo mdio de vida de 20 dias, sendo 90% removidos por macrfagos e
10% hemolisam em circulao.
R.E so produzidos Eritrcitos que so maturados no c. Golgi Enviados atravs de
vesculas para o exterior da clula.
Bao:
- um labirinto de capilares, onde os glbulos vermelhos andam devagarinho, sendo mais
facilmente apanhados pelos macrfagos.
Doena de Gaucher:
Falta ou deficincia na enzima de GlucocerebrosidaseGlico-portena lisossomal
Os Glicolpidos distribuem-se assimetricamente e de uma forma no regular.
O que vai resultar:
Numa alterao ao nvel dos lisossomas, que vo ficar:
-Com fragmentos de membrana no degradveis.
-Maior volume.
Os Macrfagos ficam pior pois no conseguem reciclar a membrana dos lisossomas.
Emitindo assim os macrfagos certos sinais, como que a avisar que algo no se processa da
maneira correctainflamaoaumento do bao e fgado, onde se encontram os
macrfagos.
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Aula 6
Genoma humano:
-Tem 3x109pares de bases
- 25000 Genespoucos em relao quantidade de protenas.
Percentagem de DNA nos exes = 1,5% Mais de 20% ocupado por intres.
Genes = Intres + Exes
Dois tipos de Transposes:
Retrotransposes:
A enzima transcriptase reversa no faz cpias perfeitas das molculas, ocorrendo com alguma
frequncia mutaes, o que vai estar na origem de muitas doenas genticas, como por
exemplo a Hemofilia e a Distrofia Muscular de Duchene
Sem intres. Os Genes muitas
vezes no so funcionais
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Hemofilia A e B:
Alterao provocada pelo retrotransposo durante a transcriptase reversa que alterou o factor
VIII, um dos factores essenciais para a coagulao do sangue.
Mutao: Defeito de funo ainda que compatvel com a vida.
200 mil anos apareceram primeiros homens em frica.
Quanto mais afastados esto os exes, mais fcil troc-los. Portanto os intres favorecem a
troca de exes.
Tipos de mutao:
-Mutao com um gene
-Mutao na regio regulamentar-Duplicao do geneConfere vantagem
pois garante a sequncia original e uma 2
que pode ser alvo de experincias
-Eliminao de um gene
-Mistura de Exestroca de exes entre
cadeias de genes diferentes
-Transferncia horizontal
-Crossing-overRecombinao de DNA mas
desta vez no genoma.
Polimorfismo de um nico nucletido: Varia ao longo do genoma em determinadas regies.
SNPsno provocam a doena mas alguns podem causar susceptibilidade a determinada
doena ou a modificar a resposta a medicamentos.
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Aula 7
1- Ao comparar o genoma de duas pessoas encontra-se cerca de 0,1% de diferenas
neste. Os SNPs (Single Nucleotide Polimorphism-ocorre quando o genoma ousequencias de nucletidos conhecidas diferem em apenas um nico nucletido entre
organismos da mesma espcie ou cromossomas de um mesmo indivduo) no
provocam a doena, mas alguns podem causar susceptibilidade a determinadas
doenas ou por exemplo modificar a resposta do indivduo a determinado
medicamento.
2- Esto em curso projectos para que se possa sequenciar diferentes genomas. Tal
poder ser vantajoso uma vez que poderemos correlacionar as alteraes no genoma
dos diferetes indivduos e o seu percurso de sade. Este servio actualmenteoferecido por vrias clnicas, existindo guidelines clnicas para que este possa ser
1. O genoma humano est contido no ncleo; a molcula de DNA apresenta cerca
de 2m de comprimento e est contida num espao de aproximadamente 5 a 8
Micrmetros de dimetro (tamanho aproximado do ncleo da clula).
Existe uma desproporo entre a quantidade linear de Dna e o espao ondeeste est contido- comparao entre uma bola de futebol (ncleo) e o
comprimento da molcula (distncia da Terra Lua).
Soluo: enrolamento do DNA
(cromatina e cromossomas); consiste
basicamente na associao do DNA a
protenas. Esta condensao do DNA vai
ser possvel em dois estadios diferentes:
um na interfase e um outro na diviso
celular (metafase/anafase), nestas
ltimas nas quais a molcula se encontra
no seu mais elevado grau de
compactao.
A molcula de DNA vo-se enrolar volta
de histonas (dois tipos: so as molculas
a amarelo na figura, envolta das quais o
DNA se enrola formando os
LER CAP TULO 9
LER CAP TULO 5
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nucleossomas e um outro tipo, as H1, que vm de fora e dobram o DNA em
volta do nucleossoma).
A- Molcula na presena de
H1- o DNA enrola-se emvolta dos nucleossomas
B- 1 nvel de enrolamento- v-
se os nucleossomas, a
molcula no est na
presena de H1
(Ver imagem 5.25 do livro)-
Representa vrios tipos de compactao, descreveno o aumento
progressivo do nvel de enrolamento da molcula de DNA.
(Ver imagem 5.15 do livro)- Na interfase o genoma vai estar dividido em
vrias molculas individuais de DNA (cromossomas-tm extremidades
livres, ao contrrio do genoma bacteriano que consiste numa nica
molcula de DNA circular - sem extremidades livres).
Na diviso celular vai ocorrer cpia de cada uma dessas molculas, que ficam
unidas pelo centrmero. Na interfase, os ncleos observados podem ou no ter
a quantidade normal de DNA ou o seu dobro-depende se ja ocorreu replicaoou no)- conclui-se que os ncleos em interfase no so todos iguais em
termos da quantidade de DNA que possuem.
Na diviso celular a clula est preocupada em separar as molculas
duplicadas e dividi-las igualmente pelas duas clulas-filhas. Essa separao d-
se por meio dos microtbulos (com origem nos centrmeros-isto nas clulas
animais), formando ncleos clulas-filha com igual quantidade de DNA, caso
no ocorra nenhum erro- os centrmeros so onde os microtbulos se vo ligar
para que ocorra a separao das molculas de DNA.
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(ver imagem 5.16)- Os cromossomas bacterianos no possuem telmeros uma vez que
a sua molcula de DNA circular.
Caritipo- cromossomas ordenados- para a que olhmos para ver se h
alterao/mutao; possibilidade de corar os diferentes cromossomas- coramde acordo com a afinidade do corante para o cromossoma e seu tamanho.
O caritipo dos Hmanos constitudo por 22 pares de cromossomas
autossmicos e um par de cromossomas sexuais (1par- 1 vem cromossoma
vem da me e outro vem do pai-cromossomas homlogos).
Exemplo de doenas com origem no processo de separao, que no ocorreu
de forma equitativa para as clulas-filhaTrissomia 21 (ocorre no 21 par).
Identificao dos cromossomas num caritipo pelo modo como estes coram eseu tamanho no permite uma fcil diferenciao entre os diferentes pares de
cromossomas homlogos.
(ver imaem 5.10 e 4.24) Podemos ento arranjar marcas para demarcar regies
com sequncias conhecidas dos cromossomas Hibridao In-Situ (vamos
fazer molculas hbridas molculas de DNA recombinante).
Para hibridar 2 molculas diferentes de DNA...
1- aquecemos para desnaturar a cadeia (quebra das pontes de Hidrognio que
ligam a dupla cadeia de DNA entre si)
2-Tiramos proveito de sequncias de DNA qu conhecemos de determinado
cromossoma, ligando essa sequncia conhecida a uma molcula com
capacidade de fluorescncia- flurocromo (ou seja, se he incidirmosuma
determinada radiao ela emite uma outra radiao). Diferentes sequncias
vo-se ligar a diferentes flurocromos que emitem em diferentes radiaes.
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Aula 8
BLOCO IV- A ORIGEM DA VARIAO GENTICA
Preservar informao gentica define a espcieEquilbrioGerar variao que nos
permite evoluir
Causas dessas variaes:
Por cada vez que a clula se divide necessrio que haja uma replicao do material
genticoinevitavelmente, pelo processo no ser 100% eficiente, alguns erros sero
introduzidos.
Mecanismos de Replicao do DNA
Na replicao do DNA, as pontes de hidrognio que ligam nucletidos complementares
das duas cadeias antiparalelas vo ser quebradas (quebra das pontes de hidrognio
ocorre no por aumento de temperatura, j que a temperatura da clula mantm-se),
por enzimascadeias separam-se.
ReplicaoDNA polimerase
TranscrioRNA polimerase
A DNA polimerase vai reconhecer umas sequncias especficas de nucletidos
origens de replicaoafastando ento as duas cadeias de DNA que vo servir de
templates(quebra das pontes de hidrognio), criando-se assim espao para que sejamsintetizadas as novas cadeias de DNA.
Ca tulo 6
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Clula Procaritica Clula Eucaritica
Tem um nico cromossoma, circular
Tem s uma origem de replicao
Tem vrias origens de replicao
(molcula muito grande)
A molcula assim replicada ao mesmo
tempo em vrios pontos (torna mais
rpida a replicao!)
Fotografia por microscpio electrnicope em evidncia vrias origens de
replicao
Vo existir vrias origens de replicao ao longo da cadeia, a partir das quais o DNA vai
ser sintetizado nos dois sentidos (na verdade sempre de 53 mas pelas setas
somos iludidos do contrrio cadeias novas vo-se ligar)
Forquilha de replicaozona entre a cadeia (hlice ) antiga (que
ainda est ligada) e as cadeias separadas (2 novas cadeias) a
replicar (cadeias template).
Ligao fosfodister que dita
que o crescimento das cadeias
tem de se dar de 5para 3
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NOTA:a Replicao no ocorre ao mesmo tempo em todo o cromossomavai
depender do grau de compactao do cromossoma/ DNA
A replicao, ou seja, sntese de novas cadeias d-se em sentidos opostos, pois so
antipararelas, no entanto, como o crescimento de cada cadeia de DNA nova a partir dacadeia molde se d de 5para 3, (devido ao facto do grupo fosfato do novo nucletido
se ir ligar ao grupo OH do nucletido que j l se encontra, por meio da energia
proveniente da desfosforilao de um Desoxirribonuclesido trifosfato), a cadeia
laggingtem de ir crescendo aos poucos, medida que a cadeialeadingvai abrindo
caminho.
Designa-se de leading strand(cadeia
lder).
a cadeia nova que cresce de forma
Contnua.
Criando assim espao para que a outra
cadeia filha seja tambm sintetizada
Cadeia no-lder (lagging strand- cadeia
que fica espera)
medida que a outra cadeia avana,
esta vai tendo espao para poder
crescer, crescendo assim de uma forma
Descontnua.
Empurra zona da forquilha para afrente
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...Mas na lagging strand, a DNA polimerase no consegue por ela prpria sintetizar a
cadeia nova a partir de uma cadeia molde.
DNA Primase (RNA polimerase)esta enzima vai sintetizar 10 nucletidos (primers de
RNA) a partir da cadeia molde.
A DNA polimerase na lagging strand precisa sempre de se inserir num hbrido para
iniciar a replicao.
O primer da lagging strand inicia-se no 1 nucletido junto da forquilha.
Leading strand empurra forquilha, definindo qual o 1 nucletido livre.
A replicao um processo que envolve muito mais protenas para alm da DNA
polimerase (ler paginas 208..)
Sliding Campajuda a DNA polimerase, mantendo-a ligada ao DNA (permite uma
maior eficincia do processo de replicao).
Clamp Loaderfixa a Sliding Camp DNA Polimerase (esta protena pode activar-se
ou desactivar-se mediante as circunstncias).
DNA helicaseenzima que separa a dupla hlice, libertando as duas cadeias uma
da outra.
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Blind proteinscobrem a cadeia molde da lagging strand, espera que venha o
primer, se ligue e se inicie a replicao.
Single-strand binding proteinsligam-se s cadeias de DNA expostas pela helicase
prevenindo o rearranjo em dupla hlice das mesma
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Aula 9
BLOCO IV- A ORIGEM DA VARIAO GENTICA
Variao genticaDiversidadeMelhor adaptaoEvoluo
Mas a evoluo gentica nem sempre benfica...
A sntese/replicao deDNA ocorre de 5para 3como as cadeias so antiparalelas,
a sntese das cadeias-filhas vai ocorrer em sentidos opostos nas duas novas cadeias.
Na replicao:
A Cadeia lagging template com DNA polimerase espera enquanto a cadeia lder
(leading strand template) vai sendo replicada.
medida que a cadeia sintetizada a partir da molde da cadeia lder,vai crescendo, vaiabrindo espao permitindo o posterior crescimento da cadeia lagging.
Durante o tempo que a cadeia lagging templateteve esperar para ser replicada para
que a cadeia lder abrisse caminho; Surgiram ento nesta cadeia mais nucletidos
desemparelhados.
Vo ser reconhecidos pela RNA polimerase (DNA Primase), que vai fabricar primers
Os Primers vo ser reconhecidos pela DNA polimerase, que vai sintetizar maisnucletidos contribuindo assim para a formao do fragmento de Okazaki (cadeia
lagging).
Mas, ento o que acontece no fim da cadeia?(quando por exemplo no temos
nucletidos desemparelhados suficientas para que na lagging strandse ligue um
primer e que haja sntese de nucletidos complementares desses e assim a nova
cadeia sintetizadafique menor que a suatemplate, neste caso a lagging strand)
Como j foi dito, na cadeia lagging templatenem sempre h espao para que se ligue
um primer e sejam sintetizados novos nucletidos. Ento, quando DNA polimerasechega aos telmeros (sequncias de DNA no final dos cromossomas)vai haver
perda de nucletidos da cadeia lagging template, j que no vo haver nucletidos
complementares na nova cadeia sintetizada.
NOTA: Sempreque uma clula se divide perde informao gentica, na ponta
(telmeros) dos seus cromossomas.
Como que a nossa evoluo contornou este problema?
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nascido (fibroblasto) se dividem cerca de 80-90 vezes, enquanto as de um indivduo
com 70 anos, dividem-se cerca de 20 a 30 vezes.
No caso do cancro, as clulas cancergenas tm de ter telomerase activa para se
conseguirem dividir/proliferar descontroladamenteestas clulas reactivam a
telomerase.J as bactrias resolveram este problema da perda de informao durante a
replicao de DNA possuindo o seu material gentico numa forma circular, sem ser
necessrio a adio de telomerase.
Repara co de DNA durante a replicao:
Proofreading:
Os poucos erros cometidos pela polimerase so
prejudiciais uma vez que sempre que a clula se
dividir, e houver ento replicao de DNA, esses
erros sero perpetuados. (ver tabela 6.1 do livro)
Como se pode observar na figura ao lado, a DNA
polimerase abraa as duas cadeias (a molde e a que
est a ser sintetizada)
Como que se descobre se h nucletidos que esto
mal emparelhados?
medida a distncia entre os nucletidos- Distncia certa, encaixe perfeito
- Distncia errada (nucletidos ligeiramente
afastados), encaixe imperfeitoe a, a polimerase
manda fora o nucletido que no encaixou
perfeitamente
Em sntese:
O sistema previne erros da polimerasereparao
de erros do DNAComo?
Polimerase mede as distncias entre os nucletidos nas duplas cadeiasquando a
distncia maior, o nucletido no encaixa perfeitamente.
A a DNA polimerase (nuclease-tipo) junta novos nucletidos e verifica se
nucletido novo perfeito para o encaixevalidao (Proofreading)
Mismatch:
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Mas por muitos poucos erros que a DNA polimerase faa, eles perpetuariam-se para as
prximas geraes. Ento, o DNA possui ainda outro mecanismo que repara erros no
DNA durante a replicao: o Mecanismo Mismatch
Vai medir a distncia entre os nucletidos que esto nas cadeias de dupla hlice
Vai haver ento um grupo de protenas que capaz de remover a cadeia de DNA
sintetizada onde ocorreu este erro (DNA mismatch- remove cerca de 100 nucletidos-
regio cortada para refazer a cadeia bem de novo), e sintetiza essa parte da cadeia
novamente, agora sem erros. Esta sntese feita por uma outra DNA polimerase.
Sistema de reparao do DNA
Actua nos erros que podem ocorrer no DNA por diversos factores, como por exemplo
radiao ionizante, poluentes, etc, ao longo da vida de uma clula.
Envolve trs passos: 1-Exciso; 2 Nova sntese; 3ligao
Existem ainda mecanismos para reparar quebras em simultneo nas duas cadeias de
DNA:
- Nonhomologous end-joining to repair double-strand breaks.
- Homologous Recombination
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Aula 10
A. Variaes Genticas
B. Vrus
A. Variaes GenticasAo longo da vida de uma clula, o seu genoma sofre alteraes devido a, essencialmente, trs
diferentes factores:
1- Alteraes qumicas espontneas2- Erros na replicao3- Alteraes qumicas no DNA introduzidas por exposio a factores do meio
ambiente
1.
Todas as molculas de DNA tm uma instabilidade prpria, inerente sua constituio
qumica. Como consequncia, podem surgir alteraes nas caractersticas do DNA.
Como se v na figura acima, podem desaparecer algumas ligaes covalentes, perdendo-se a
base do nucletido. Neste caso especfico, uma guanina perde a sua base azotada. Sabe-se
tambm que tal processo pode ocorrer em adeninas.
Noutros casos tambm se pode perder um grupo do nucletido.
Um desses processos toma o nome de desaminao, exemplificado na imagem acima, em que
uma citosina desaminadaperde o seu grupo aminapor ruptura de ligaes, passando de
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citosina a uracilo o que, do ponto de vista gentico, poder ter algumas implicaes funcionais
dado que so dois nucletidos totalmente diferentes.
2.
Os erros na replicao podem advir de erros no corrigidos nem pela DNA polimerase
(proofreading) nem pelo DNA Mismatch Repair.
Assim, em casos de modificaes no corrigidas, figura abaixo, no momento da replicao
surgiro duas novas duplas cadeias, sendo que uma possuir a mutao e a outra no. Neste
caso especfico vemos uma citosina desaminada (que originou um uracilo) levando a que uma
das novas duplas cadeias contenha a mutao relativa desaminao da citosina,
emparelhando-se ainda com o nucletido correspondente, sendo este diferente do que
figurava na cadeia no mutada. Podemos ver que o par de bases correcto seria C-G, enquantoque a cadeia mutada possui U-A.
3.
Um dos factores mutagnicos conhecidos a Radiao Ultra Violeta. A incidncia desta
radiao sobre as clulas da pele, por exemplo, faz com que se estabeleam ligaes
covalentes entre timinas adjacentes. (figura abaixo)
Sabe-se que o fumo do cigarro tambm altera ligaes qumicas das molculas e entremolculas, sendo portanto um agente mutagnico.
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Porm, se estamos to expostos a tantos factores adversos, se ocorrem tantos erros nas
ligaes e estruturas das biomolculas constituintes do nosso organismo, por que razo no
sofremos mais cancros?
Porque temos um eficaz sistema de reparao constitudo por um conjunto de protenas.
Este sistema detecta falhas de complementaridade causadas pelos trs tpicos do incio. Esta
falha de complementaridade, na prtica, traduz-se num aumento da distncia entre os
nucletidos mal emparelhados.
Todavia, de vez em quando algumas alteraes escapam ao sistema, no sendo ento
corrigidas e dando origem a mutaes permanentes, problemticas ou no.
O mais frequente que as alteraes que o genoma sofre no surtam qualquer efeito negativo
no funcionamento do organismo, j que a maioria do nosso genoma no responsvel pela
codificao de protenas.
Assim, uma mutao que seja problemtica aquela que incide sobre uma sequncia
codificante.
Resta s referir que existem mutaes em sequncias codificantes que no representam
qualquer problemtica funcional, sendo contudo uma situao muito mais rara, visto dever-se
somente a algumas propriedades do cdigo gentico: redundncia e pouca especificidade do
ltimo nucletido de um codo (matria de 11 ano).
H contudo casos de mutaes que induzem doenas (neste caso, alterao de um nucletido
traduz-se em anemia falsiforme):
Sabe-se ainda que doenas genticas,
associadas a erros que escapam reparao
e que esto nas clulas da linha germinal, so
passadas descendncia. Tomam ento a
classificao de doenas hereditrias.
As alteraes graves nas clulas somticas
(todas as clulas menos as sexuais) no so
transmitidas descendncia, sendo que essas
alteraes se traduzem quase sempre no
surgimento de cancro.
Sabemos que a incidncia de cancro aumentacom a idade devido a:
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- quanto mais vezes as clulas se replicam, maior a probabilidade de ocorrerem erros na
replicao
- estarmos mais tempo expostos a factores mutagnicos
Estes dois parmetros levam a uma acumulao sucessiva de erros, alteraes.
O aumento da incidncia de cancro com o aumento da idade traduzido por uma curva deste
tipo:
Por que razo a curva exponencial?
Porque as clulas cancergenas progridem e multiplicam-se no de uma forma controlada
como as clulas no cncergenas, mas sim de uma forma exponencial.
Para que uma clula passe a ser cancergena tem que atingir o chamado limite crtico:
momento a partir do qual foram acumuladas as mutaes suficientes para que uma clula
normal adquira caractersticas prprias de um cancro, entre elas a sua multiplicao
descontrolada.
Caso existam mutaes no gene que codifica o sistema de DNA Repair (proofreading +
mismatch) aumentada a probabilidade de se fixarem mutaes no genoma erros quesurgiram e no foram reparados atingindo-se mais facilmente o limite crtico e, portanto,
aumentando a probabilidade de incidncia de cancro.
Se tal mutao ocorrer numa clula da linha germinativa o descendente ter uma taxa de
mutaes superior de um indivduo normal e, assim, uma maior probabilidade de sofrer
cancro. (caso de cancro hereditrio)
B.Vrus (caso especfico do vrus HIV)
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Assim trava-se a proliferao da infeco, j que no se forma cDNA.
Mutabilidade dos Vrus
Ao contrrio da DNA polimerase, que evoluiu no sentido de no cometer erros na replicao
(um erro em cada 107nucletidos transcritos), a T. Reversa evoluiu no sentido oposto: um erro
em cada 105nucletidos transcritos.
Genoma do HIV: 104nucletidos
HIV replica-se 109a 1010vezes por dia.
Ou seja, todos os nucletidos do genoma podem ser mutados cerca de 104vezes por dia.
esta caracterstica que confere uma grande mutabilidade aos vrus, sendo tambm ela que
resulta no acumular de mutaes que lhes permitem resistir aos factores adversos do exterior.
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Aula 11
A. Alteraes no genoma
B. Leses nas duplas cadeias e respectiva reparao
A. Alteraes no genoma
Como j foi dito anteriormente, as cpias feitas pela Transcriptase Reversa tm muito mais
erros que as copias feitas pela DNA polimerase.
Quais as consequncias das mutaes nos vrus?
As mutaes no geral do origem a organismos viveis e a organismos no viveis.Como os vrus tm um genoma muito compacto ou minimalista, como dizem os
apontamentos do Pedro, o seu genoma codifica essencialmente as protenas indispensveis
sua sobrevivncia. portanto um genoma onde abundam substancialmente as regies
codificantes, ou seja, associadas produo de protenas.
Por esta razo, as inmeras mutaes que o genoma dos vrus sofre tm como consequncia o
surgimento de muitos vrus no viveis que acabam por morrer e nunca proliferar. Para
contrabalanar esta perda enorme, os vrus multiplicam-se imenso para que, por oposio aos
muitos vrus que no so viveis, surjam uns, ainda que poucos, capazes de proliferar.
Por oposio, como as nossas clulas no se dividem muito ns no nos podemos dar ao
luxo de sofrer tantas mutaes.
No meio das muitas mutaes que os vrus sofrem, muito provvel que surjam mutaes que
conferem resistncia a alguns medicamentos (ateno que a probabilidade de essas mutaes
ocorrerem no aumenta nem diminui na presena do dito medicamento, puro acaso. A
presena do medicamento s influencia a seleco positiva dos vrus resistentes, bem como a
seleco negativa dos vrus no resistentes). Por esta razo muito frequente que hoje em diase usem cocktails de drogas no tratamento de infeces virais, j que muito menos
provvel que surja uma variante do vrus resistente a todas as drogas simultaneamente.
Porm, uma maior virulncia no tem que estar associada unicamente resistncia a
determinado medicamento: caso uma pessoa no esteja a ser medicada e caso continue
infectada, isso significa que o vrus em questo est mais virulento, j que tem resistido
aco do sistema imunitrio.
Sabe-se ainda que alguns metabolitos celulares, como o oxignio reactivo, so produtos
qumicos que podem atacar o nosso DNA. (por isso que h quem tome os anti-oxidantes).
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Esta frase introduz o tema que se segue:
B. Leses nas duplas cadeias e respectiva reparao
As leses ou quebras nas duplas cadeias de DNA so particularmente perigosas porque no
deixam qualquer poro de template intacta para que possa ocorrer uma correcta reparao.
Como se se deixassem duas cadeias por reparar o risco de fragmentao de cromossomas
seria altssimo, existem (pelo menos) dois tipos de reparao que podem entrar em aco
numa situao deste tipo.
Reparao Rpida
Consiste na simples unio das duas cadeias, novamente. Porm, o corte provocado pela leso
representa um ponto de entrada para nucleases, o que resulta na eliminao e perda de certas
quantidades de material gentico (deleces). Assim, quando as duas cadeias de DNA voltam a
ser unidas, no ter sido respeitada a fidelidade da informao gen tica previamente
contida nessa cadeia. Assim se v na imagem abaixo.
ESSENTIAL 6-27
Recombinao Homloga ou Crossing-over
Este processo consiste na troca de material gentico
entre cromossomas homlogos (cromossomas que
codificam as mesmas caractersticas tendo contudo
provenincias diferentes: materna e paterna).
Como o nosso genoma apresenta muitas sequncias
repetidas ao longo de todos os nossos cromossomas,
grande parte do nosso genoma homlogo entre si,
pelo que possvel recorrer recombinao homloga
para a reparao de leses nas duplas cadeias.
Este processo est representado na imagem seguinte:
Essencialmente, aps a leso na dupla cadeia, umas
nucleases encarregam-se da digesto das
extremidades do corte de cada uma das cadeiassimples.
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Com o auxlio de enzimas, uma das cadeias simples invade um par de homlogos formando
pares de bases com a sua cadeia complementar. criado um branch point, local onde uma
das cadeias quebradas se cruza com a cadeia molde sua homloga. A cadeia de DNA quebrada
reparada pela repair DNA polimerase, usando o critrio de complementaridade de bases.
Enquanto decorre a elongao, o branch point migra ao longo da cadeia. Por fim, a sntese
de novo DNA continua, terminando na ligao das duas cadeias quebradas formando uma
dupla cadeia intacta, deixando tambm intacta a cadeia que lhe serviu de molde.
Atravs deste processo no h risco de perda de informao gentica!
Porm, o crossing-over tambm pode estar na origem de erros que levam ao aparecimento de
doenas genticas. (relembrar a imagem do caritipo humano onde havia um cromossoma
que tinha um bocado a mais, pertencente a um outro que estava notoriamente pequeno
demais!)
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Aula 12
Imunologia
A. As imunoglobulinasB. Paradoxo de Landsteiner e Teoria da Seleco ClonalC. Como que se atinge tamanha diversidade?D.Caso Clnico
A. Imunoglobulinas
Os milhes de anticorpos que possumos diferem muito entre si. Possuem uma regio
constante (base do Y) e duas regies variveis (braos do Y).
So estas regies variveis que conferem especificidade aos anticorpos, ou seja, permitem que
certo anticorpo se associe a certo antignio, diminuindo os efeitos negativos desses agentes
estranhos.
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Estas regies variveis perduram em anticorpos que, depois da infeco, se mantm no nosso
organismo. Isto possibilita a to importante memria imunitria que, por sua vez, permite
que se d uma resposta imunitria mais rpida e eficiente no momento do contacto com um
antignio ao qual o organismo j reagira.
Uma molcula de regio varivel tem sempre duas cadeias, sendo que um anticorpo tem
sempre duas regies variveis.
Imunoglobulinas
Os anticorpos tanto podem circular livremente no plasma, depois de segregados, como podem
estar associados s membranas dos linfcitos T e B, tal como est esquematizado acima,
funcionando como receptores de antignios.
B.Paradoxo de Landsteiner e Teoria da Seleco Clonal
A partir de experincias em coelhos, Landsteiner apercebeu-se de uma caracterstica muito
importante do Sistema Imunitrio (S.I.).
Ao sujeitar os coelhos ao contacto com molculas sintetizadas em laboratrio, que no
existissem na natureza, podiam observar-se reaces imunolgicas. Ou seja, o coelho reagia a
todos e quaisquer agentes estranhos, ainda que nunca tivesse estado na sua presena
anteriormente.
Receptores de clulas T
Receptores de clulas B
Regies variveis: alfa
e beta ou gama e delta
Regies variveis:
cadeia pesada e cadeia
leve
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Estendendo estes conhecimentos aos restantes seres vivos (mamferos, se no me engano)
pde concluir-se que o S.I., ao contrrio de muitos outros sistemas funcionais, tem um
domnio de competncia molecular universal, completo, open-ended. O S.I., na sua
condio natural, reage perante tudo o que estranho e que entra em contacto com o
organismo.
Agora torna-se necessrio enquadrar a dinmica do nosso S.I. numa perspectiva Darwinista:
Quando somos infectados por um novo vrus ou por uma nova bactria, por exemplo, no so
produzidos anticorpos de raiz contra essa ameaa. Pelo contrrio, so seleccionados os
anticorpos j existentes que se revelam capazes de combater os efeitos nefastos do antignio.
Ou seja, so seleccionados positivamente os anticorpos aptos para lutar contra a nova
ameaa e seleccionados negativamente aqueles que, naquele momento, so inteis.
Com isto se conclui que o S.I.beneficia de uma grande diversidade!
Nota: nunca associar a dinmica do sistema imunitrio a uma perspectiva Lamarckista. O
nosso S.I. no se adapta s ameaas do exterior que entram em contacto com o organismo.
(lei do uso e do desuso)
Nota-se ento que toda esta diversidade de anticorpos, capazes de desempenhar uma
resposta imunitria pronta e eficiente, consiste numa estratgia de sobrevivncia. A maioria
dos agentes patognicos multiplica-se a uma velocidade incrvel, podendo atingir ciclos de
duplicao de 20 minutos. Caso fosse preciso, para cada nova ameaa, desencadear um
processo de produo de anticorpos adequados desde a sua raiz, essa seria a causa da nossa
extino.
Assim, temos que a Teoria da Seleco Clonal aquela que diz que, a cada momento, temos
linfcitos (portadores de anticorpos, os receptores membranares) no nosso organismo a serem
seleccionados e consequentemente activados, consoante contribuam ou no para a defesa do
organismo perante a ameaa sentida nesse momento.
A diversidade no finalistacomo soluo do desconhecido.
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C.Como que se atinge tamanha diversidade?
O nosso genoma composto por menos de 105 e so necessrios 1012 diferentes tipos de
receptores de clulas B e T. (VRMs: variable region molecules, ou seja, protenas de regies
variveis)
O splicing permite muitas combinaes, mas ainda assim no suficiente para explicar uma
diversidade 7 potncias acima da ordem de grandeza do nosso genoma.
Como que to poucos genes produzem tantas protenas de regies variveis?
Os nossos genes que codificam clulas B e T so capazes de pegar em fragmentos de genes e
recombin-los.
A totalidade da mensagem gentica est fragmentada e pode ser recombinada, dando origem
a 106possibilidades de variaes.
A isto chama-se recombinao somtica, capacidade de clulas no sexuais procederem a
uma recombinao gentica que est na origem de uma grande quantidade de possveis
variaes, no envolvendo os processos comuns de recombinao: meiose, crossing over.
Gene propriamente dito, depois de recombinao somtica.
A BC
D E F
A, B, C, D, E e F so fragmentos de genes.
B D F
RAG RAG
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Neste momento o mRNA da protena que codifica os receptores de superfcie deixa de ter o
endereo para a membrana passando a ter o endereo para o exterior. A clula B
transforma-se numa fbrica de produo de anticorpos.
Mas como que geramos as clulas B?
Como j foi dito antes, a partir de precursores hematopoiticos.
Esses precursores vo sofrendo diferentes processos de diferenciao, agrupando-se em
quatro diferentes fases:
- f. hematopoitica
- f. pr-B
- f. pr-B
- B
Fase hematopoitica
A clula ainda pluripontente, no sendo portanto diferenciada nem possuindo ainda
rearranjos VDJ.
Fase pr-B:
Iniciaram-se os rearranjos na cadeia pesada. Falta-lhe adquirir um receptor completo (cadeia
pesada + cadeia leve).
Fase pr-B:
Acabam os rearranjos na cadeia pesada. A protena surge superfcie da clula. (ter em
ateno que a imunoglobulina que acaba de surgir superfcie da clula s tem uma cadeia e
no duas; assunto tratado mais frente)
Fase B:
Do-se os rearranjos na cadeia leve e d-se por finda a diferenciao da clula B antes da
activao. (depois da activao ocorrem outros processos de diferenciao)
Ento se na fase pr-B a protena vem para a superfcie, apesar de estar numa forma instvel,
como que a natureza resolve este problema?
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Temos genes no nosso genoma que codificam as protenas VprB e 5, as quais tm afinidade
para dimerizar com a cadeia pesada, conferindo estabilidade estrutural ao receptor
membranar. Assim ele pode ser enviado para a membrana e aguardar a chegada da cadeia
leve. este receptor que envia sinais ao ncleo da clula e que a faz progredir na sua evoluo
e especializao.
Mas por que razo que, evolutivamente, se preferiu que a clula tenha primeiro uma
molcula incompleta na sua superfcie e no logo as duas perfeitamente estveis?
Optando por esta estratgia a cadeia leve s surge se a cadeia pesada emitir sinais e se estiver
perfeita, de acordo com as necessidades da clula. Este processo permite uma melhor gesto
energtica, pois no existir dispndio de energia para criar uma cadeia leve se a pesada no
estiver ok.
Isto constitui ento um checkpoint, um ponto de verificao do processo de diferenciao da
clula B.
S se possuir cadeia pesada que prossegue, sendo que depois s continua o processo se
possuir cadeia leve tambm. Caso um dos dois processos no se verifique a clula morre por
apoptose.
Sabemos que o mais frequente, j que apenas 5% do total de clulas que iniciam
diferenciao chegam a clulas B.
VprB
5
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1. Hipermutao somtica
Baseia-se em mutaes nos nucletidos ao nvel das regies variveis e decide a que antignio
se liga o receptor.
Tem como principal objectivo o aperfeioamento da resposta imunitria, a maturao da
afinidade. Desta forma possvel o receptor tornar-se cada vez mais homlogo, mais afim do
antignio, tendo ainda em conta que quanto mais afim do antignio o receptor estiver, mais
fortemente o sinal transmitido para o interior da clula, maior a proliferao da clula B,
maior a eficincia e eficcia da resposta imunitria.
Estas mutaes so introduzidas por um enzima, a AID.
Sendo que estas mutaes no tm objectivo, so aleatrias, s persistem as que so
seleccionadas positivamente.
Dentro da diversidade h sempre a seleco do que mais eficaz.
2. Mudana de Classe
Esta mudana d-se ao nvel das regies constantes e decide o que que o anticorpo faz com
o antignio. Existem 5 diferentes tipos de regies constantes, sendo que cada uma tem uma
funo distinta.
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Retira-se a poro de gene que no interessa, fazendo este looping. Desta forma ir-se-o
juntar aos fragmentos VDJ (a cinzento) os fragmentos gnicos que codificam o tipo de
imunoglobulina pretendida
Legenda das cores do esquema:
Assim temos os segmentos de regio varivel junto dos segmentos de regio constante.
Caso Clnico:
Ratinho knockout sem enzima AID.
Revelou na sua circulao apenas anticorpos IgM, todos iguais.
Sofria ento de Sndrome Hiper IgM, provocada por uma mutao no cromossoma 12, dandoorigem a uma doena autossmica recessiva
I M I D I G3 I G1 I G2b I 2a I E I A
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Daqui se concluiu que a AID contribui tambm para a mudana de classe, na medida em que
retira grupos amina, aplicando-se neste caso remoo dos fragmentos gnicos que codificam
outros tipos de Ig das quais a clula no necessita.
Neste caso patolgico o ratinho s apresentava IgM pois com a ausncia de AID funcional o
looping no era feito e o fragmento gnico que ficava adjacente aos fragmentos VDJ era o
fragmento respeitante IgM.
Soube-se ento que antes da mudana de classe todas as imunoglobulinas esto preparadas
para serem IgMs.
Nota:Existem vrias protenas que esto na superfcie das clulas B que tm correspondncia
com as diferentes fases do desenvolvimento celular. Assim, fazendo uma anlise das protenas
de superfcie de certa clula consegue determinar-se qual a fase de evoluo em que est.
Aula 14
Mdulo I - Imunologia
20 de Novembro
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Clulas Tconstituem a pea central na Imunidade Celular(ou mediada por clulas).
Existem 2 tipos de clulas T:
-Clulas T helpers: Tm como funo matar outras clulas.
-Clulas T citotxicas: Tm como funo, secretar citosinas para interagirem com os
Macrfagos ou para ajudarem as clulas B a produzir anticorpos.
As Clulas T tm um receptor especfico que as torna
T. (alfa+beta ou delta+gama), existindo 4 lcus
genticos para o receptor da clula.
As clulas T possuem fragmentos VDJ e ainda o
processo de recombinao somtica como acontece
nas clulas B.
As clulas T maturam no timo e no na medula,
porque a medula no d os sinais necessrios para
que os precursores hematopoiticos se transformemem clulas T.
Esquema:
Inter-leucina 7Recebida pelos receptores IL-7 (R)
dos precursoresDetermina que as clulas, assim
marcadas, vo ser linfcitos T.
Funo do Complexo Clula-Receptor
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O complexo clula-receptor completado por molculas (CD3-marcador essencial) que do
para o interior da clula e que so ricos em citosina ou tirosina, o que permite a fosforilao.
a que se inicia a Cascata de Fosforilao, responsvel pela transmisso de um sinal para o
interior da clula.
Foxn1Factor de transcrio para as clulas epiteliais
O que se verifica na ausncia de Foxn1?
Sem este factor as clulas ficam bloqueadas na diferenciao celular.
Uma pessoa que sofra uma mutao neste gene no ter protena funcional para formar o
epitlio do timo, nem da pele, pelo que no h plo nestes doentes. No existindo timo,
consequentementeo doente no possuir clulas T.
Doena resultante de mutao do gene que codifica Foxn1
SCID: severe combined imune deficiency:
Na posio 792 do gene Foxn1 h um codo STOP (TGA) em vez de um CGA.
Devido presena do codo stop, a transcrio interrompida e portanto deixa de se formar
protena funcionalisto se o doente for homozigticopara a mutao. Se for heterozigtico,
tendo s um alelo bom consegue ter timo mesma. A quantidade de protena produzida por
um alelo saudvel, apesar de inferior quando na presena de dois aleos saudveis, suficiente
para a vida de um ser humano.
Terapia para estes casos: *Como o problema no tem que ver com a medula,um transplante da mesma no iria solucionar o problema.
necessrio um transplante de timo. Para que o transplante seja bem sucedido preciso: Em
1 lugar, arranjar um orgo compatvel total ou parcialmente com o dador; Em 2 lugar,
colocar o rgo em cultura num meio que elimina as clulas T l existentes, a fim de que as
clulas do enxerto no rejeitem o hospedeiro; Em 3 e ltimo lugar, realiza-se um transplante
de timo e implanta-se o epitlio do timo na coxa por ser uma zona de fcil acessomais do
que cavidade torcicae por ser muito irrigada.
Saudvel Doente
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Resultados:As CD4 progridem bem, as CD8 nem por isso, mas ainda assim um sucesso.*As CD8 no recuperam pois necessitam de sinais especfios vindos do prprio organismo do timo, isto nesta situao s poderia
hipoteticamente acontecer caso o timo do dador fosse 100% compativel com o organismo do receptor, algo que nunca se verifica.
Importncia do Timo: Maturao das clulas T
Pr TPr TT Final (Muito semelhante com a maturao das clulas B)
A importncia da Inter-leucina 7:
A protena Inter-leucina 7 (IL 7) um factor de crescimento das clulas T. O gene que a codifica
est presente no cromossoma X. Esta hormona produzida pelas clulas epiteliais.
A IL 7 serve como j vimos, para transmitir sinais muito importantes aos precursores
hematopoiticos que tm o receptor especfico (IL 7 (R)).
X-linked Severe combined Imunodeficiency
Na ausncia de receptores de IL7, existe um bloqueio na diferenciao das clulas T.
Terapia para clulas que no apresentem os receptores IL-7 (R):
Se os precursores hematopoiticos no tiverem os receptores, j podemos, desta vez, usar
transplante de medula ssea para solucionar o problema.
Fases de Maturao clulas T:
Pr TCR:
Pr TCR: 1 Checkpoint
Do-se rearranjos assncronos (no so simultneos nem sincronizados)
1 faseOcorre a formao da primeira cadeia, convencionalmente a cadeia beta, como
resultado destes rearranjos. Temos assim, ento um homodmero.
Os homodmeros no so muito estveis, portanto para lhes conferir estabilidade e verificar se
a cadeia beta se formou em condies junta-se-lhes uma protena, de seu nome pTalfa (P de
pr, T de TCR, alfa de cadeia alfa), que se vai ligar superficie cadeia beta. Se a cadeia beta
estiver bem, a protena envia sinais para o ncleo da clula para gerar cadeia alfa o concluir
TCR.
Neste ponto, tal como na medula, a maioria das clulas esto condenadas morte. O
processo aleatrio, ou seja, no produz uma grande quantidade funcional, pois produz todas
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as combinaes possveis, ocorrendo portanto muitos erros. Mas s desta forma, que se
torna eficaz. Cobrindo todas as possibilidades numa 1 fase, e submetendo-se seleco
natural numa 2 fase, torna-se possvel produzir conjuntos de clulas T que melhor se vo
adequar aos nossos problemas e necessidades. Por outro lado, estas modificaes aleatrias
tornam desnecessrio a existncia de um genoma exageradamente grande e de um corpo
muito maior para o armazenar.
TCR Final: 2 Checkpoint
Ligao MHC (protena que apresenta fragmentos antignicos s clulas efectoras da
resposta imunitria)
As molculas de MHC so carregadas no retculo endoplasmtico e pem nas superfcies das
clulas, pequenas amostras de todo o seu contedo (marcadores), para que as cellas T
reconheam quais so as cellas infectadas. Caso contrrio, as clulas T teriam que entrarna clula para saber se ela estava infectada ou no e, a, mat-la-am necessariamente.
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Aula 15
1 Aula sobre Citoesqueleto
A. Introduo ao Citoesqueleto
B. Filamentos de Actina
A. Introduo ao Citoesqueleto
O citoesqueleto define-se como um conjunto de estruturas filamentosas, de natureza
proteica, formando uma rede dinmica altamente complexa e interdependente.
Sabemos ento que o citoesqueleto muito dinmico, imagem que contraria a ideia associada
a um esqueleto normal, embora tenha uma funo estrutural.
O citoesqueleto ento constitudo por trs diferentes tipos de filamentos:
- Filamentos de actina
- Filamentos intermdios
- Microtbulos
Filamentos de Actina:
So os filamentos mais finos com uma dimenso de cerca de 7 nanmetros. Tem principais
funes nas clulas epiteliais e em clulas migratrias.
Estes filamentos esto envolvidos na gerao de fora e na mudana da forma das clulas,
bem como no movimento celular.
Filamentos Intermdios:
Apresentam espessura mdia. Esto normalmente distribudos por toda a clula, tanto em
clulas migratrias como em clulas epiteliais.
Esto fortemente envolvidos na resistncia celular e na elasticidade celular.
Microtbulos:
Tm maior espessura que ambos os anteriores e formam um tubo, tal como o nome indica.
Organizam-se a partir do centro organizador do microtbulo at s extremidades da clula.
Fortemente ligados ao transporte intracelular.
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B. Filamentos de Actina
Os filamentos de actina esto espalhados por toda a clula, localizando-se contudo em
diferentes locais consoante a funcionalidade da clula ou fase do ciclo celular.Nas clulas epiteliais os filamentos tendem a localizar-se na zona apical da clula, em
microvilosidades (microvilli) (A); noutras clulas estes filamentos podem conjugar-se em feixes
contrcteis que, em conjunto, actua como se fossem msculos da clula (B); no caso de
clulas migratrias, os filamentos de actina podem estar na origem de protuses dinmicas na
extremidade lder da clula, a extremidade no sentido do movimento (C); por fim, os
filamentos podem localizar-se no anel contrctil de uma clula em diviso (D);
Os filamentos de actina so constitudos por monmeros de actina, como se deduz do nome,
monmeros esses que se dispem em hlice enrolada. Cada filamento possui uma
extremidade positiva e uma negativa, extremidades estas que podem ser detectadas atravs
de tcnicas de microscopia electrnica.
O filamento cresce por adio de monmeros de actina extremidade positiva do filamento. O
que consome mais energia, sob a forma de ATP, activar a reaco de formao de dmeros e
trmeros, sendo que a continuao do crescimento do filamento implica um menor gasto
energtico.
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Associada adio de monmeros extremidade positiva do filamento, est a dissociao de
monmeros da extremidade negativa. Este mecanismo, cclico, adopta o nome de
Treadmilling.
Podemos ento observar aqui um ciclo:
Um monmero de actina associado a uma molcula de ATP liga-se extremidade + do
filamento. Para que o monmero se junte ao filamento d-se a hidrlise do ATP, ou seja,
liberta-se um fosfato inorgnico (Pi) e os monmeros constituintes do filamento passam a
estar associados a molculas de ADP. Quando um monmero se dissocia da extremidade
fosforilado e o ADP passa a ATP, o que permite que esse monmero se volte a ligar a um
filamento.
Porm, para que os monmeros de actina disponveis no citosol no estejam sempre a
polimerizar em filamentos de actina, existem algumas enzimas que regulam e controlam este
processo. So elas a timosina (thymosin) e a profilina (profilin). Sabemos que se ligam aos
monmeros de actina, impedindo que estes se liguem a filamentos, assegurando a
estabilidade do filamento. A aco destas enzimas permite adormecer o filamento, ou seja,
regular ou mesmo estagnar o seu crescimento, se isso for conveniente para a clula.
Quando os filamentos de actina so necessrios, outras protenas so chamadas para
promover a sua ligao. So ento as actin-binding proteins.
Existem protenas que:
- sequestram monmeros, como j foi explicado. (A)
- catalisam a nucleao de pequenos filamentos (B)
- cortam os filamentos e portanto(C)
Os filamentos ficam mais curtos e h destruio docitoesqueleto
Ou
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- bloqueiam as extremidades, no h associao de novos monmeros (D)
- se enrolam volta dos filamentos (E)
- desempenham o papel de motores associados aos filamentos (miosinas, p. ex.) constituindo
estruturas contrcteis, tal como nas clulas musculares. (F)
- ligam filamentos paralelos em microvilosidades, por exemplo. (G)
Existe ainda um outro tipo de protenas as forminas e as ARPs (actin-related proteins)que
controlam o processamento dos filamentos de actina na frente de migrao de uma clula
migratria.
A migrao celular divide-se em trs passos essenciais:
1.A clula cria protuses na direco da migrao. (A)
2.Estas protuses aderem superfcie sobre a qual a clula se est a deslocar, criando pontos
de ancoragem (B)
AB
C
DE
F
G
Estas protenas ligam os filamentos
entre si e camada de citoplasma
adjacente membrana citoplasmtica
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3.A clula arrastada para a frente pela traco exercida pelos pontos de ancoragem sob o
resto da clula.
Este ciclo repete-se vezes sem conta para que
a clula se movimente por distncias
considerveis.
As protuses podem ser constitudas por dois
tipos diferentes de estruturas: filopodios e
lamelipodios.
Sabe-se que ambos so gerados pelo rpido
crescimento de filamentos de actina. Porm,
o seu crescimento est associado a diferentes
tipos de protenas.
Lamelipodios:
Os Complexos ARPs encarregam-se de se
associarem aos filamentos de actina activando a
polimerizao de novos filamentos a partir de
A
B, C
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Estes sinais so detectados por receptores membranares, sendo que so depois traduzidos em
GTP-binding proteins muito semelhantes entre si, pertencentes famlia de protenas Rho.
(B)esta activao teve como consequncia a sntese rpida de feixes contrcteis e lineares,
sem ramificaes.
(C) a activao de Rac aumenta a formao
de filamentos de actina, levando ao
surgimento de lamelipodios.
(D)a activao de Cdc42 estimula a protuso
de muitos e longos filopodios, contornando
toda a periferia da clula.
A rede de protenas Rho processa sinais
vindos do exterior, tais como concentraes
de nutrientes, factores de crescimento,
contactos com clulas vizinhas. Esses sinais,
conforme a informao intracelular (estado de nutrio da clula, tamanho e prontido para
diviso celular), levam a sejam produzidos sinais que regulam a forma do citoesqueleto de
actina.
Uma das principais expresses destes sinais a contraco muscular, que ser falada na aula
seguinte.
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O msculo possui ento um componente contrctil, as suas (feixes de) fibras musculares, cujas
estruturas principais que as compem so os sarcmeros-
estruturas organizadas de filamentos de actina (esto
ancoradas pelas suas extremidades positivas numa
estrutura chamada de Disco Z) e filamentos de miosina II
(na regio central- zona central onde s existem as caudas
das molculas de miosina II, chamamos de Linha M).
A contraco do msculo causada pelo encolhimento
simultneo dos sarcmeros. Como que tal possvel?
Graas ao deslizamento dos dois tipos de filamentos um sobre o outro, no havendo nunca um
encurtamento destas duas estruturas.
O que acontece que quando um
msculo estimulado a contrair, as
cabeas de miosina comeam a andar
ao longo dos filamentos de actina, por
passos cclicos.
Em cada ciclo, a cabea de miosina liga-se a uma molcula de
actina e hidrolisa o seu ATP. Isto causa uma srie de mudanas
conformacionais na molcula de miosina, levando a que esta seja
impulsionada na direco da extremidade positiva do filamento de
actina. A molcula de miosina tem menor afinidade para o ADP do
qe para o ATP, ou seja depois de hidrolisado o ATP esta perde
afinidade para a molcula de actina qual se ligou, levando a que a
cabea de miosina se ligue actina mais frente (que tem ATP), e assim em diante. D-se
assim uma aproximao dos filamentos de actina, os discos z
aproximam-se, o que se traduz na contraco muscular.
B. Microtbulos
Os microtbulos so heterodmeros altamente dinmicos e com
um crucial papel organizacional na clula; so molculas que
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podem ser relativamente longas e rgidas, assemelhando-se a tubos ocos, constitudos por
protenas, que se podem polimerizar (crescer) numa regio e despolimerizar (desagregar-se)
noutra, rapidamente.
Nas clulas animas, estas molculas desenvolvem-se a partir de uma pequena estrutura
chamada de centrossoma.
Formam estruturas, aliando-se a outras protenas, que permitem o
transporte de organelos e vesculas para diferentes regies da
clula, formam o fuso mittico aquando da mitose e meiose, o que
permite que os cromossomas sejam segregados igualmente para
as clulas-filhas, e podem formar ainda estruturas permanentes
que se extendem da superfcie de clulas eucaritas,
possibilitando a sua propulso ou ainda o retirar de fludo da
superfcie celular.
Os microtbulos so um dos trs tipos de filamentos proteicos
componentes do citosqueleto das nossas clulas, cuja subunidade
estrututal a tubulina - os microtbulos so portanto um
heterodmero de tubulina.
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Cada subunidade constituda por duas protenas globulares
similares, a -tubulina e a -tubulina, unidas por ligaes no-
covalentes.
Os dmeros de tubulina agregam-se linear e alternadamente e -tubulina, tambm por
ligaes no-covalentes, formando os protofilamentos.
Cada protofilamento tem uma polaridade estrutural, com a -
tubulina exposta numa extremidade e a -tubulina exposta
na extremidade oposta, originado uma polaridade direccional
intrnseca molcula.
Um microtbulo ento constitudo por 13 protofilamentos
unidos paralelamente, originado uma estrutura em forma de
tubo oco.
Como os protofilamentos esto dispostos na mesma direo,
isso confere uma certa
polaridade ao
microtbulo como um
todo. A extremidade da -tubulina negativa e a da -
tubulina positiva.
A polaridade do microtbulo deve-se o facto da
molcula possuir uma direco definida, sendo as suas
duas extremidades quimicamente diferentes e
comportando-se de maneiras distintas.
a partir dos centrossomasque se formam e crescem a
maioria dos microtbulos existentes nas clulas, sendo que este complexo controla o n de
microtbulos formados e a sua orientao no citoplasma.
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Nos centrossomas podemos encontrar uma matriz proteica, e ainda centenas de estruturas
em forma de anel, formadas por -tubulina, a partir das quais se vo desenvolver os
microtbulos (extremidade negativa est ento ligada a a este complexo estvel) e com a qual
vai ficar ligada a sua extremidade negativa-o microtbulo vai ento crescer na sua
extremidade positiva, que se direcciona para o exterior do centrossoma.
Nos centrossomas das clulas eucaritas animais observa-se tambm ainda a existncia de um
par de centrolos- curtas estruturas cilndricas compostas por 9 tripletes de microtbulos. A
sua funo permance ainda um mistrio, uma vez no tm qualquer papel na formao dos
microtbulos (os anis de -tubulina so suficientes) e tambm devido ao facto das clulas
vegetais no possurem este organelo celular
Os microtbulos podem-se ainda formar a partir do corpo basal, ao
qual esto ligados, formando os clios.
A polimerizao do microtbulo a partir de uma estrutura j
existente muito mais fcil do que se comeasse a formar o
microtbulo a partir das juno de dmeros de -tubulina e -
tubulina.
No entanto, verifica-se que tal polimerizao espontnea possvel
de ocorrer na clula quando as concentraes de -tubulina e -tubulina livres so bastante
elevadas. Acontece que nas nossas cllulas esta concentrao no suficiente para que se d
este primeiro passo na polimerizao dos microtbulos.
Os microtbulos possuem um comportamento designado de instabilidade dinmica - to
depressa se esto a formar pela adio de novos dmeros de e -tubulina na sua
extremidade livre (a positiva), como de repente se comeam a despolimerizar, encolhendo
rapidamente e podendo at desaparecer para mais tarde e vir a formar um outro
microtbulo a partir do mesmo anel de -tubulina.
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Este comportamento provm da capacidade das molculas de tubulina hidrolisarem GTP. Os
dmeros de tubulina livres possuem ligados a si uma molcula de GTP, a qual tm a capacidade
de hidrolisar logo aps se ligarem a um outro dmero de tubulina- os dmeros de tubulina
associados a GTP tm maior afinidade para se ligarem a outros dmeros que outros cuja
molcula de GTP tenha sido hidrolisada (porntanto, outros dmeros que estejam agora ligados
a GDP).
Quando as molculas de tubulina so adicionadas a uma velocidade maior do que a molcula
de GTP ao qual est ligada hidrolisada (sim, porque esta molcula acaba sempre por ser
hidrolisada), o microtbulo cresce- a cadeia est a
ser polimerizada.
Por outro lado, pode acontecer que a
tubulina presente na extremidade da cadeia
hidrolise a molcula de GTP antes que a esta se ligue outra tubulina, ficando a extremidade do
protofilamento composta por tubulina GDP. A menor afinidade das tubulinas para o GDP vai
provocar uma reaco de despolimerizao em cadeia; como o resto microtbulo era j
composto por GDP tubulina-depois de ligadas as tubulinas hidrolisaram o seu GTP a GDP, isto
levou a que o protofilamento de despolimerizasse (as tubulinas naturalmente hidrolisam o GTP
a GDP, o que dita se o protofilamento vai crescer (polimerizao) ou diminuir
(despolimerizao) o facto da nova tubulina se ligar tubulina da extremidade do
protofilamento antes que esta hidrolise o seu GTP; caso esta hidrolise o seu GTP, passando a
GDP, antes de uma nova tubulina se ligar a si, a menor afinidade das tubulinas livres
existentes para a tubulina composta por GDP levam a que o protofilamento no s no cresa,
como se desencadeie uma reao de despolimerizao espontnea do protofilamento).
Funcionalidades dos Microtbulos
A dinmica dos microtbulos dentro da clula pode ser modificada de acordo com as
necessidades da clula.
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Por exemplo, numa clula diferenciada e altamente especializada, com uma estrutura fixa, a
instabilidade dinmica dos microtbulos suprimida pr protenas que se ligam a esta molcula
estabilizando-a, passando esta estrutura a manter a organizao da clula; j durante a mitose,
a polimerizao e despolimerizao dos microtbulos d-se com maior frequncia que numa
clula que no esteja nesta fase.
importante referir que a polarizao da clula reflexo dos arranjos dos microtbulos
polarizados no seu interior -isto vai ajudar a posicionar os organelos celulares nos seus
devidos lugares e vai permirtir o transporte de vesculas e de organelos ao longo dos
microtbulos.
Por exemplo, nos axnios das
clulas nervosas, os
microtbulos esto
orientados com a sua
extremidade positiva na
direco do axnio, permite o
transporte de vesculas e complexos proteicos para os seus
terminais, que so produzidos no corpo ceular desta clula,
mas necessrios na extremidade do seu axnio.
Os materiais transportados ao longo dos microtbulos movem-se a uma velocidade de cerca de 10 cm por dia-apesar de
parecer muito lento, caso este transporte se desse por difuso
ao longo da clula, seria bastante mais demorado, levando
anos ou mesmo nunca chegando a atingir a extremidade do
axnio.
Estes movimentos dependem da actuao
de protenas acessrias, que se ligam tanto
ao microtbulo como ao material a ser transportado.
As protenas motoras usam a energia proveniente da hidrlise de ATP para
se moverem, ao longo de filamentos de actina ou dos microtbulos, numa
nica direco.
Foram identificadas bastantes destas protenas, que diferem na direco
em que deslocam, a carga que transportam, e o tipo de filamento sobre
o qual se deslocam.
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Para os microtbulos temos duas protenas: as dinenas, que se movem na direco da
extremidade negativa do microtbulo (em direco ao centrossoma) e as cinesinas, que se
movem na direco positiva do
microtbulo (afastando-se do
centrossoma). Estas duas protenas so
ambas constitudas por duas cebas
globulares,
s quais se liga o ATP e consequentemente se ligar ao microtbulo, e uma cauda, que se liga a
uma vescula ou um organelo que ser ento transportado.
As cabeas globulares das cinesinas e das dinenas so enzimas com actividade ATPase - esta
reaco providenciar a energia necessria sua movimentao, atravs de um ciclo de
mudanas conformacionaisdas protenas levando a um ciclo de liga-solta-liga da protena ao
microtbulo-movimento saltatrio.
Durante a mistose, os microtbulos vo possuir
a importante funo de segregar os
cromossomas para as clulas-filha. Como dito
anteriormente, a instabilidade dinmica dos
microtbulos vai aumentar com o incio da
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mitose, graas em parte fosforilaao de protenas assoociadas aos microtbulos e que lhe
conferem alguma estabilidade, pela M-Cdk.
Assim, os microtbulos vo crescer
a partir dos dois centrossomas, em
todas as direces, explorando o
interior da clula. Isto pode levar a
que haja interao entre
microtbulos provenientes de
centrossomas diferentes,
conferindo-lhes alguma estabilidade, ou seja, prevenindo a sua despolimerizao- a partir
deste momento os centrossomas passam a designar-se de plos mitticos tudo isto
constitundo assim a base do fuso mittico.
Durante a profase, protenas designadas de cinetocoroscriam a ligao entre os microtbulos
e os cromossomas (mais precisamente aos seus centrmeros), aos quais passam a estar
ligados. Os cromossomas sero mais tarde puxados em diferentes direces, pela
despolimerizao dos microtbulos aos quais estos ligados.
Existem ainda microtbulos que cerscem na direo da membrana plasmtica, qual se
acabam por ligar conferindo estabilidade a todo o processo.
A associao de certas protenas protenas aos
microtbulos confere-lhes estabilidade,
possibilitando a formao de estruturas
estruturas rgidas polarizadas, como os clios e
os flagelos.
Os clios so estruturas que se assemelham a
cabelos, com cerca
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Aula 17
Componentes do Citoesqueleto:
-Microtbulos
-Filamentos Intermdios
-Filamentos de Actina
Filamentos Intermdios:Tm como principal funo conferir resistncia estrutural clula e
dot-la de elasticidade.
Existem vrios tipos de filamentos intermdios, pois cada um constitudo por diferentespolmeros.
Podemos observar nesta imagem a funo dos filamentos intermdios nas clulas:
Diferentes Categorias de Filamentos Intermdios:
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* As lminas nuclearesrevestem a parte interna da membrana nuclear, conferindo resistncia
e estrutura ao ncleo.
Todos os componentes do citoesqueleto se encontram ligados entre si, o que confere
unidade clula.
As molcula ligam-se a diferentes tipos de componentes do citoesqueleto, ou por vezes,
simultaneamente a vrios tipos, exemplo:
Muitas vezes, o citoesqueleto serve para ligar clulas umas s outras, como veremos mais
adiante.
Epitlios e Junes Celulares
Epitlios so organizaes celulares, ou seja, folhas multicelulares.
Tipos de Epitlios:
Constituio de um Epitlio celular simples:
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Classificao das Junes do Epitlio celular:
Junes de Ocluso:
Tm como funo selar o epitlio celular, assim se colocarmos molculas no lmen, elas no
conseguem passar atravs do epitlio.
Junes de Adeso:
Localizam-se mais perto da zona apical, e resultam da ligao de filamentos de actina de uma
clula a um complexo de cadrinas que por sua vez est ligada a uma protena de outra clula.Este tipo de junes, confere folha epitelial a capacidade de desenvolver tenso e assim
alterar a sua forma de diversas formas. Muito disto se deve ao potencial de contraco das
actinas.
Desmossomas:
Funcionam como um subtipo das junes de adeso, s que estas se do entre filamentos
intermdios e complexos de cadrinas, e vo contribuir sobretudo para a elasticidade dos
tecidos formados.
Junes Comunicantes ou junes de Hiato:
No esto relacionadas com o citoesqueleto, so sim, complexos proteicos com poros que
permitem a passagem de pequenos ies aquasolveis e molculas do citosol. Existem assim
molculas que so passadas do citosol de uma clula para o de outra. Estas junes so de
extrema importncia pois permitem a comunicao entre diferentes clulas.
Hemidesmossomas:
So junes, onde os filamentos intermdios se encontram ligados s integrinas (molculas
transmembranares) no interior da clula, ligando-se estas extracelularmente lmina basal.
Esta ligao filamentos intermdio, neste caso keratina, lmina basal confere estrutura eelasticidade ao tecido.
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Adeses Focais:
So espcies de Hemidesmossomas, s que em vez de filamentos intermdios, encontramos
filamentos de actina ligados a integrinas.
Casos Clnicos e Patologias relacionadas com esta temtica:
Sindroma dos Cartagineses:
uma rara, cilioptica, doena autossmica recessiva, onde existe uma deficiente funo dos
clios, principalmente ao nvel da funo respiratria. Esta deficiente funo dos clios
consequncia de uma mutao nos genes que codificam a parte motora dos clios.
Clio- formado por umamembrana que protege umamatriz de novemicrotbulosque rodeia um ncleo central de dois microtbulos. Esto presentes nas clulas
eucariticas com movimento.
Os Clios desempenham ainda um papel importante no desenvolvimento embrionrio, j que,
nessa altura, definem o conjunto de estruturas (clulas, tecidos, rgos) que se vo localizar
direita ou esquerda no nosso organismo.
Os clios so idnticos aos flagelos, sendo estes ltimos fundamentais para o movimento dos
espermatozides.
Consequncias:
-Crnica obstruo pulmonar.
-Crnica infeco nos seios nasais.
-rgos invertidos (Situs inversus)
-Espermatozides sem mobilidade.
Epidermlise Bulhosa:
uma doena rara hereditria da pele, que desencadeada devido a uma mutao no gene
que codifica a keratina (um dos tipos de filamentos intermdios). Gera-se assim uma keratina
mutante, em que a sua elasticidade muito inferior normal desse tipo de filamentosintermdios.
Consequncias:
-A Degradao da Epiderme com o tempo.
-Hipersensibilidade da pele, cada vez que lesada forma logo enormes bolhas.
Existem muitas substncias para manipular o citoesqueleto, a principal talvez o Taxol, que