Selo Renovacao

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    S érie das Rosas

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    Cop yright © Rozek ruis Pers, Haa rlem , Ho landa

    Título origina l ho land ês Het zegel der er nieuwing

    Nova tradu ção do origina l ho land ês

    L RE I R Á

    Sede Internaciona lBakenesse rgra t - ,Haa rlem , Ho landa

    www .rozenk ruis.nl

    Sede no BrasilRua Sebas tião Carneiro, ,São Pau lo, SP

    www .rosacruzau rea.org.br

    Sede em Po rtugalTravessa das Ped ras Negras, , .º, Lisboa , Portugal

    www .rosacruzlectorium .orgD ados Internac iona is de Ca talogação na Pub licação ( )

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Petri, Catharose de, – .O selo da renovação : tomo II / por Catharose de Petri ; [tradução:equipe de tradutores do Lectorium Rosicrucianum]. – .ª ed. – Jarinu, SP : Lectorium Rosicrucianum, . – (Série das rosas)

    Título original: Het ziegel der ernieuwing.- - - -

    . Gnose . Gnosticismo . Rosacrucianismo

    . Vida espiritual I. Título.

    - - .

    Índ ices para catálogo sistemático:

    .G nose : Literatura esotérica : Rosacrucian ismo .

    Todos os d ireitos des ta ed ição reservados aoL R

    Caixa Pos tal . - Jarinu SP BrasilTel. ( ) . ( ) .

    www .pen tagrama .org.brlivros@pen tagrama .org.br

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    Introdução A estrela da esperança e da realização Espírito e Espírito Santo O Verbo da aliança gnóstica

    O único caminho para a vida Discernimento, primeiro degrau no caminho Judas, o tipo humanitário A luz da Gnose reveladora e desmascaradora “O meu mandamento é este:Que vos ameis uns aos outros” Refrigeremo-nos na luz da sabedoria Os sete degraus da nova gênese da alma A oração sumo sacerdotal A oração sumo sacerdotal A oração sumo sacerdotal A oração sumo sacerdotal A oração sumo sacerdotal A Comunidade da Cabeça Áurea O evangelho transgurísticoda verdadeira libertação A pedra branca

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    Nascido de Deus, Morto em Jesus, o Senhor, Renascido pelo Espírito Santo.

    Novembro, C P

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    A amos da maior importância introduzir-v os nos assuntos mais internos da Escola Espiritual da RosacruzÁurea. Muitos dentre vós, ainda princi piantes no trabalho da Escola da jo v em Gnose, realmente teriam muita

    v antagem em f azer uma imagem justa e precisa do caminho de desen v olvimento de nossa Escola, a m de poder apreciar com razoáv el prof undidade o conceitoque constitui sua ampla base.

    As ocinas de trabalho e os f ocos do reino gnósticonecessários para a e xecução do poderoso plano que é of undamento de todas as coisas já f uncionam na Europa.A Escola Espiritual da jo v em Gnose atualmente estáem condição de realizar a taref a que lhe f oi conada. Oque e x pomos a seguir de v e servir para compreender oque tudo isso signica e as f ormidáv eis consequênciasrelacionadas.

    Primeiro, dizemos que as fraternidades que constituema Corrente Gnóstica Univ ersal são todas dignas dessenome, o que quer dizer que elas, em sua é poca, não secontentaram apenas em cumprir sua missão e v ang élica,

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    amando e precedendo os homens para a vida libertadora,masf oramaomesmotempocapazesdele v arsuacolheita paraoscamposdalibertação. Portanto, é e videnteque cada uma dessas fraternidades te v e necessidade deum período mais ou menos longo de desen v olvimentoa m de realizar sua incumbência. Enquanto uma fraternidade não ating ia essa maturidade, ela era au xiliada pela fraternidade precedente, que dessa f orma, e videntemente, tinha seu desen v olvimento retardado. De f ato,cada fraternidade precedente não pode ele v ar-se paraum no v o campo de trabalho senão quando a fraternidade seguinte pode, por sua v ez, assumir plenamente otrabalho na natureza da morte.

    Portanto, em determinado momento, a última dasfraternidadesde v erá tornar-se,emsentidoperf eito,umafraternidade quíntupla; ou f alando em linguagem mística,afraternidadeseguintetemdef azerbrilhara Estrelade Belém acima das sombrias reg iões da natureza damorte.

    Porconseguinte,oqueé,na prática,umafraternidadegnóstica quíntupla?

    .º Ela de v e possuir e poder f azer f uncionar uma instituição que possa colocar-se em contato com o público que busca, por consequência, um organismoque se ja capaz de pescar os homens do mar da vida.Como sabeis, possuímos esse organismo: é a Sociedade Rosacruz.

    No Brasil, Trabalho Público do Lectorium Rosicrucianum ( . .).

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    .º Essa fraternidade de v e ter um instrumento que lhe permita ensinar, metodicamente, o conhecimentoda salv ação e nele introduzir prog ressiv amente osque o dese jem. O ensinamento dado de v e ser tal queo aluno, mesmo médio, v e ja que não e xiste outrasaída senão seguir, em autorrendição, o caminhoda libertação. Nós possuímos esse instrumento: é o

    Lectorium Rosicrucianum;.º Ela de v e poder dispor de um organismo que possaconduzir, no menor tempo possív el, os que de f ato oquerem e demonstram, à autorrendição, à ausênciado eu; o que lhes permitirá partici par v erdadeiramente da vida interior, mediante o renascimento da

    alma. Possuímos esse organismo: é a Escola de Consciência Superior, no qual cada um pode, na prática,em três anos, f este jar essa mara vilhosa e magníca vitória.

    .º Ela de v e ter, a seu serviço, um g rupo de servidores eservidoras escolhidos, que possa pro v er os necessários processos de circulação de no v os fluidos vitais,de modo gnóstico-mág ico, dotando assim o cor po

    -viv o das f orças necessárias para poder realmente vi v er. É a f alange sacerdotal de nossa Eclésia, que estádiariamente ocupada com esse magníco trabalho;

    .º De v erá e xistir um organismo que, entre outras coisas, f uncione no no v o campo astral do reino gnóstico, a m de f azer entrar e estabelecer na vida libertadora do no v o reino das almas todos os irmãose todas as irmãs que dela são dignos. Falando deoutro modo, na linguagem do e v angelho gnóstico

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    P i sti s Sophi a: de v erá e xistir um Décimo TerceiroÉon perf eitamente ág il e atuante. A jo v em fraternidade dispõe desse organismo: é a Comunidade daCabeça Áurea.

    Portanto, ca claro que a jo v em Gnose atualmente ating iusuamaturidade, liberandoafraternidadeprecedentede muitas preocupações. Desde essa maturidade, a Estrela de Belém começou no v amente a brilhar. É a estrelada esperança e da realização! Ora, há pouco tempoe xiste uma no v a escola espiritual gnóstica completa; umno v o g rupo de perf eitos prepara-se para percorrer asreg iões das tre v as, para aí realizar sua taref a, taref a da ca

    beça,docoraçãoedasmãos.Assim,a jo v emfraternidadegnóstica tornou-se uma escola de mistérios, correspondendo à sua v ocação orig inal, tendo o mesmo v alor decada uma das fraternidades precedentes da CorrenteUniversal.

    Em v erdade, essa é uma justa razão para ele v ar jubilosas v ozes de g raça, adoração e aleg ria, por termosconduzido a bom termo nossa taref a após longos anosde ansiedade. Porém, há mais ainda!

    Q uando uma fraternidade gnóstica quíntupla alcançou v erdadeiramente esse ponto de realização de sua missão,ela está capacitada a le v ar para a pátria todos os que vêma ela. Esse é um dos aspectos do reino dos mil anos, que éum período durante o qual uma fraternidade, proteg ida

    Este livro foi escrito em (. .).

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    pelos três primeiros raios do Espírito Sétuplo para f azera colheita dos lhos de Deus, não e x perimentará, nodecorrer de sua atividade e de seu trabalho, obstáculosde qualquer ação da natureza da morte que tentassemopor-se a essa colheita ou aniquilá-la. Esperamos que possais compreender essas coisas, senti-las um pouco econceber a importância da época em que ingressamos.

    Q uando uma fraternidade gnóstica consegue erig irsua cidadela em terra inimiga, é-lhe dado o poder delimitar o raio de ação da antiga ser pente por determinado tempo, a m de poder realizar sua missão semobstáculos.

    Um período desse g ênero tem consequências incal

    culáv eis. Se perceberes bem, podeis v er que um caminho proteg ido e seguro f oi preparado, que le v a de baixo para cima, mas também de cima para baixo. Entre outras coisas, isso quer dizer que inúmeros prisioneirose escra v os da esf era refletora, e também os que, em determinados estados de ser, não puderam continuar seudesen v olvimento porque seu microcosmo não podia es v aziar-se, receberam a oportunidade de partici par da vida libertadora.

    Há, por e xemplo, milhares de almas ainda não libertas que, no transcorrer dos sete últimos séculos, apóso desaparecimento da fraternidade precedente, f oramlançadas à morte por darem testemunho de Jesus e da pala vra de Deus; homens que outrora negaram a besta dadialética e todas as suas representações f antasmag óricase eônicas e, assim, puros de pecado mortal, prestaramgrande serviço à humanidade.

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    Contudo, esses irmãos v alorosos, após sua morte heroica, não puderam ing ressar no mundo do estado dealma viv ente, porque não possuíam o sinal da libertação,a assinatura da nova alma.

    Seu sacrifício pelo mundo e pela humanidade e seuamor indizív el a todos os que eram obrigados a sofrertão amargamente na natureza da morte também f oram

    tão g randesquenãopuderam, por isso,seres v aziadosmicrocosmicamente e seguir o caminho de todos os outrosmortais. Esses seres estão em uma reg ião que se poderia qualicar de zona limítrof e entre a se xta e a sétimaregião cósmicas.

    Muitos dentre eles, aqueles cu jo estado podia ser le

    v ado em consideração, já f oram libertados pela fraternidade precedente e admitidos na vida libertadora. Entretanto, os outros precisaram esperar, porque as conting ências na esf era dialética não permitiam que essesmicrocosmos reencarnassem, pois seu potencial def orçalhes teria ocasionado outra v ez um sofrimento muito prof undo e imerecido. Portanto, essas almas tiv eram deaguardar até que f ossem criadas as condições propíciasque foram realizadas na jovem fraternidade gnóstica.

    Agora,elaspodemmergulharno tempoeing ressarnamorada do Pai, e seguir o rápido e sublime caminho dainiciação gnóstica. É e vidente que o g rupo que integ rao cor po-viv o e continuará a integ rá-lo, em um f uturo próximo,daránascimentoano v asgeraçõesdequalidademuito especial.

    No g rupo da jo v em Gnose, durante os próximos deza vinte anos, nascerão seres humanos que demonstrarão

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    No Evangelho de João, capítulo , versículos , e é dito:

    E João testicou, dizendo: eu vi o Espírito descer do céucomo pomba, e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, maso que me mandou a batizar com água, esse me disse: sobreaquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse éoquebatizacomoEspíritoSanto. Eeu vi, etenhotesticadoque este é o Filho de Deus.

    Notai que, nesse te xto, é f eita uma distinção entre “Es pírito” e “Espírito Santo”. O Espírito apenas se tornaEspírito Santo quando pode descer sobre um homem e permanecer sobre ele. Esse f ato e v ang élico e xtraordinário é e xtremamente instrutiv o, e a Doutrina Univ ersalmoderna o conrma.

    O Espírito é o ser da Gnose, a essência do Reino Imutáv el, a energ ia da no v a vida. Há um abismo amplo, umadif erença de vibração innita, entre a pureza do Espírito

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    divino e o princí pio de consciência do qual viv eis comoser humano dialético.

    A essência da vida orig inal pode comunicar-se a umhomem quando este lhe abre, interior, f undamental eestruturalmente, um caminho em seu microcosmo. Issoele consegue quando, em seu serviço à Gnose, tem porob jetiv o e xclusiv o servir incondicionalmente à humanidade. Nesse caso, o Espírito desce sobre ele e torna-se oEspírito Santo, o Espírito santicador, curador.

    Sabeis o que entendemos por “rendição do eu”. Sequalquer v estíg io de aleg ria e de satisf ação pessoal aparece nessa autorrendição, de que “eu” v ou enm dei xar este v ale de lág rimas e ing ressar na Pátria eterna,

    então com essa atitude o Espírito não pode comunicar-se con v osco. Em realidade esse seria um estado deegocentrismo renado e signicaria aprisionamento.

    O Espírito do reino de Deus apenas poderá re v elar-sea vós se manif estardes v ossa autorrendição mediantecompleto serviço à humanidade. Nenhuma satisf ação pessoal deverá insinuar-se nesse serviço. Por isso, cantamos no hino :

    Senhor, em tua honra eu devo ofertar as minhas alegrias, a graça de servir!

    O “eu” não de v e partici par do serviço. O obreiro de v eser uma of erenda para as multidões, até mesmo paraos que odeiam, em um estado de completa ausência doeu. Esse estado, livre de satisf ação pessoal, igualmente oimuniza contra o sofrimento que poderia resultar dela.

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    O Espírito torna-se então Espírito Santo. O Espíritosanticadorentão permaneceráno aluno.EesseEspíritoé então o Espírito curador absoluto.

    Esse serviço impessoal à humanidade é orientado pelas leis da vida libertadora e baseado nessas mesmas leis:serviço tão impessoalquenemaleg ria,nemtristeza,nemsatisfação, nem sofrimento são possíveis.

    A manif estação do Espírito frequentemente se e videncia como au xílio para alcançar-se a v erdadeira vidadivina. No entanto, esse au xílio apenas pode ser absolu-tamente libertador quando:

    o se rviç o à G nose encon tr a sua r ea li za çã o no se rviç o

    à human

    idade

    , e o se

    rviç o à

    humanidade encon

    tr a

    sua realização no serviço à Gnose.

    Sendo assim, também haverá ceifeiros!

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    Lemos, no capitulo do E v angelho de João, v ersículo ,as bem conhecidas pala vras: ‘‘Em v erdade, em v erdade v os digo que, se alguém guardar a minha pala vra, nunca

    verá a morte”.Gostaríamos de aconselhar-vos a compreender essas pala vras de Jesus, o Senhor, de modo bem dif erente dousual. Pode-se dizer: ‘‘Jesus, o Senhor, indica com essas pala vras a Doutrina Univ ersal, que ele div ulga, e a re v elação divina, que ele traz. Q uem aplica a DoutrinaUniv ersal e a segue mediante um comportamento positiv o, ing ressando assim na vida reno v adora, v encerá amorte”.

    É claro que isso é totalmente certo, e pro v a v elmenteassim também inter pretareis esse te xto do E v angelho de João. No entanto, se comparardes esse v ersículo como prólogo do E v angelho de João, alcançareis um planode compreensão bem dif erente. É dito nesse prólogo:“No princípio era o Verbo”.

    Ora, isso não ob jetiv a anunciar a Doutrina Univ ersal. De v eis entender o “V erbo” nessa passagem como

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    f orça: No princí pio era a f orça divina. A f orça divinaera e é Deus. Portanto, sobre essa base, lede assim a passagem mencionada: “Eu v os digo que se alguém guardar o V erbo, aceitá-lo, compreendê-lo, e x perimentá-loe responder-lhe, jamais verá a morte”.

    Portanto, o V erbo é uma f orça, um som, uma intensae poderosa vibração eletromagnética. O V erbo é a har

    monia do Espírito Santo Sétuplo.Há sete correntes de f orça divina que, em sua coesão, produzem o V erbo, isto é: a manif estação da energ ia di- vina. Cada um dos sete raios divinos pode manif estar-se, perf eitamente, porque cada raio também possui sete subdivisões. Percebereis, então, com f acilidade, que se pode

    f alar de sete v ezes sete raios, ou se ja, quarenta e no v eraios. Esses quarenta e no v e raios juntos constituem oVerbo único de Deus.

    Q uando ing ressais no Templo de Haarlem, podeis v er, acima do lugar de serviço, o imponente símbolo deuma estrela com quarenta e no v e raios, representando oVerbo único.

    Poderíeis perguntar então: “Não se pode dar outrosignicado a esse símbolo magníco? Não se pode também e x plicar de outra f orma o prólogo do E v angelho de João? Não se pode, por e xemplo, baseado nos mesmosbons motivos, dizer: ‘No princípio era o amor’?”

    Certamente, o amor de Deus também era no princí pio. Entretanto, logo que o amor de Deus tem de manif estar-se, o V erbo é pronunciado, por isso a harmoniade todos os raios é percebida; então o som é produzido.O som, portanto, o V erbo, é a f orça mais poderosa do

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    univ erso inteiro. É por isso que o Espírito Santo penetratão poderosamente no destino dos seres humanos e dascoisas, porque o Espírito Santo é sempre o sétimo raio.E, quando o sétimo raio se manif esta, o instrumento desete cordas sempre soa, e o Verbo divino é ouvido.

    É magníco e g randioso poder meditar sobre tudoisto: compreender como a realização de Deus ocorre pelo som, a f orça mais poderosa do univ erso! Não obstante, essa não é a razão determinante por que o mencionamos. A razão profunda dessa exposição apoia-se nof ato de que, no que concerne ao cor po-viv o da Escola,o dia da Festa de Pentecostes já ocorreu. A luz e a f orçado sétimo raio derramam-se no cor po-viv o da jo v em

    Gnose, e por isso nele o Verbo que era no princípio foi pronunciado.Nessa luz, compreendei as pala vra de Jesus, o Senhor:

    “se alguémguardara minhapala vra,nunca v eráa morte”.Paulo diznaPrimeira EpístolaaosCoríntios,capítulo: ‘‘Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a

    morte”.Mediante a f orça do Espírito Sétuplo, mediante a

    f orça do V erbo, é que v enceremos esse último inimigo.Esse V erbo viv ente, essa f orça prodig iosa, age presentemente no cor po-viv o da Escola. Por consequência,a todos vós é dado o poder de aniquilar esse últimoinimigo.

    Contudo, é bom aprof undar-nos nessa questão, pois poderá acontecer que ha ja alguém entre vós, que tomando tudo isso ao pé da letra, o inter prete no sentidode uma imortalidade material.

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    Entretanto, é impossív el que possais conserv ar indenidamente v osso cor po físico nascido da natureza esubtraí-lo à morte. No decorrer dos tempos, tem-se procurado uma solução desse g ênero; a cada século f oramf eitas inúmeras e x periências para obtê-la. Os resultados desses esf orços f oram in v aria v elmente negativ os eextremamente penosos.

    Por conseguinte, nós v os f aremos a pergunta: ‘‘O queé, de fato, a morte?” Já vos zestes essa pergunta?Se a zerdes, de v eis distinguir claramente alguns v a

    lores de outros. Se há “morte”, também de v e ha v er “vida”. Ora, podemos amar a vida do homem animal damassa de “vida” em sentido v erdadeiro? Podemos atri

    buir ao conceito “vida” div ersos signicados, como, pore xemplo, utilizá-la para denotar “e xistência”. De f ato,o homem natural e xiste, e a morte é simplesmente asupressão da existência.

    A Doutrina Univ ersal atribui ao conceito “vida” outro signicado, mais ele v ado e mais prof undo. Assim,com o no v o conceito mais prof undo de “vida”, o conceito de “morte” também tem de modicar-se.

    Portanto, antes de continuarmos, deixemos de ladoos conceitos biológ icos sobre vida e morte e reflitamossobre o que é a verdadeira “vida”.

    Em v osso microcosmo está oculto um plano de uma vida humano-divina v erdadeiramente perf eita. A Doutrina Univ ersal, com relação a isso, f ala de uma vidasétupla em perf eita concordância com o Espírito Sétu plo.Especiquemosmelhordizendoquesetrataaquida“tríade superior” e da “tétrada inf erior”, do imperecív el

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    e do perecív el. Na Doutrina Univ ersal, a tríade superior,o aspecto imperecív el, relaciona-se ao Espírito, Pimandro, à alma-espírito e à consciência superior, racional,que se eleva acima da natureza.

    A “tétrada inf erior” é composta do cor po quádru plo que o homem superior emprega para e x primir-see manif estar-se. A Doutrina Univ ersal qualica o cor poquádruplo de perecív el, porque ele, durante a transguração, modica-se continuamente, seguindo de perto oscaminhos do Espírito.

    No entanto, v ossa vida passageira, isto é, v ossa vidadialética, é perecív el no sentido de uma morte absoluta,deumaniquilamento totalapós a vida.A vida passageira

    em vós pro vém de determinado prana de vida, que secomunica ao sêmen humano, que orig ina o nascimentoe o desenvolvimento da personalidade.

    Q ueremos e x plicar-v os claramente que essa assim amada vida humana nada mais é do que é uma espécie dereação em cadeia do cor po quádruplo, que está su jeitoà morte. Nele não há nada nem poderá ha v er nada da“tríade superior”. Por isso Hermes f ala, em relação à humanidade manif estada, de uma espécie animal, o que érealmente o caso.

    Onde está, então, na e xistência de nosso microcosmo,a tríade superior: espírito, alma-espírito e consciênciaracional superior? Ora, em nosso microcosmo eles nãoestão em manif estação, mas apenas potencialmente presentes. Eles estão como “mortos”, e somente quandof orem despertados para a vida é que se poderá f alar deuma verdadeira vida humana.

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    Por isso o cor po quádruplo continua sua desenfreadareação em cadeia, enquanto a tríade superior continuaaprisionada em sua morte.

    É dessa morte que se trata. É essa morte que tem deser vencida. É essa morte que é o último inimigo.

    V edes agora o drama intenso que se desenrola diantede vós na natureza da morte? A reação em cadeia, causadapelo instintodeprocriação datétradainf erior,transf orma incessante e ine xora v elmente uma vida pseudo

    -humana em morte absoluta.Além disso, há o esf orço incessante de arrastar para

    baixo a tríade superior espírito, alma-espírito e consciência racional superior livre da natureza , na esperança

    de impulsioná-la para a vida, a m de conf erir à dialéticaum status de eternidade.No entanto, o que a Gnose e xige? A tétrada inf erior

    tem de sacricar-se, mediante autorrendição, à tríadesuperior, que, assim, despertará. Então, a tétrada inf erior será submetida a um processo de transmutação e detransguração. Ela ele v ar-se-á no v erdadeiro homem e, junto com a tríade superior, despertará o homem-deusdo princí pio. Portanto, esse é um método de trabalhototalmente diferente.

    O Espírito Santo do cor po-viv o coloca-v os em condição de v encera morte maisf undamentalquepodee xistir,a morte vivente do elemento superior no microcosmo.

    Q uem consegue v encer essa morte diz também umadeus denitivo à morte inferior da natureza.

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    Lemos no E v angelho de João, capítulo , v ersículos a:

    Em v erdade, em v erdade v os digo: o que não entra pela portano aprisco das o v elhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta, esseé o pastor das o v elhas. Para este o porteiro abre, as o v elhasou v em a sua v oz, ele ama pelo nome as suas pró prias o v elhas e as conduz para f ora. Depois de f azer sair todas as quelhe pertencem, v ai adiante delas, e elas o seguem, porque lhereconhecem a v oz; mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, f ug irão dele, porque não conhecem a v oz dosestranhos. Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não com preenderam o sentido daquilo que lhes f ala v a. Jesus, pois,lhes armou de no v o: Em v erdade, em v erdade v os digo: eusou a porta das o v elhas. Todos quantos vieram antes de mimsão ladrões e salteadores; mas as o v elhas não lhes deram ou vido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salv o;entrará, e sairá, e a ará pastagem. O ladrão v em somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e

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    a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas o v elhas. O mercenário, que não é pastor,a quem não pertencem as o v elhas, vê vir o lobo, abandonaas o v elhas e f oge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário f oge, porque é mercenário e não tem cuidado comas o v elhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas o v elhas,e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a

    mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas o v elhas.Ainda tenho outras o v elhas, não deste aprisco; a mim mecon vém conduzi-las; elas ou virão a minha v oz; então, ha v eráum rebanho e um pastor. Por isso, o Pai me ama, porque eudou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autori

    dade para a entregar e também para rea vê-la. Este mandatorecebi de meu Pai.

    No E v angelho de João, capítulo , v ersículos a , énarrada a cura de um cego de nascença no tanque deSiloé. Esse tanque indica o campo astral muito especialda plenitude gnóstica, g raças ao qual o ser humano podeser salvo das trevas.

    A pala vra “Siloé” signica literalmente “e xcepcional”.Por isso somos tão rmes na Escola Espiritual da jo v emGnose no que se relaciona à mensagem, ao E v angelhoque de v emos transmitir-v os. A inteira losoa de sal vação é conrmada incessantemente, de maneira plena, pela Doutrina Univ ersal, pelo E v angelho e também pornumerosas outras maneiras.

    O ser humano, em virtude do nascimento natural,é cego de nascença, ou em outras pala vras: seu campo

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    de vida, seu estado de ser e xclui a v erdadeira visão. Noentanto, quem se la v a no tanque de Siloé, pleno de discernimento consciente e na prática da única e corretaatitude de vida, entra na luz da libertação. Ele segue ocaminho e entra no aprisco das ovelhas.

    O aprisco das o v elhas ref ere-se ao campo de vida quese abre para o ser humano quando ele pode re v estir-se

    com o mara vilhoso manto da no v a f aculdade do pensamento. Somente então o ser humano se torna consciente do no v o campo de vida, da se xta reg ião cósmica eentra muito consciente nesse no v o campo de vida, nessenovo estado de vida que foi preparado para todos, parao qual somos todos amados, para o qual somos todos

    eleitos.E xiste apenas um caminho que conduz ao aprisco daso v elhas, o caminho da via-crúcis de Cristo, que liberao f ogo gnóstico no ser humano: a luz áurea por onde pode fluir o elixir áureo, desde a g lândula pituitária, ahi póse, até a pineal, com seu e xtraordinário ef eito nostálamos ópticos.

    Q uem não segue o caminho nem abre a porta, masse introduz por outros meios, assim nos é dito, é umladrão e um assassino. Ele apropria-se de f orças supra

    -humanas, que não pode go v ernar nem dominar, de vidoa sua indignidade, e assim é o assassino de um g randenúmero de órg ãos, de um g rande número de aspectosde seu tão complexo microcosmo.

    E xistem div ersos métodos ocultistas que dão acesso, por outros meios, ao campo de ação da pineal no cérebro, permitindo assim obter algumas poderes no v os.

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    Porém, dizemos enf aticamente que isso sempre conduza calamidades, pois é absolutamente impossív el que umser humano que adquiriu ileg itimamente um poder tãoespantoso possa conserv ar o controle sobre o que elemesmo desencadeou.

    Todos vós compreendereis que um poder desse g ênero nãopodeserbenf aze josenãoaosquetranspuserama porta do renascimento da alma. Somente então e xistem sucientes garantias para um justo emprego dosdons divinos; somente então o manancial do EspíritoSétuplo poderá abrir-se na pineal.

    O homem dialético que, baseando-se em seu estadonatural, dese ja alcançar as coisas de Deus é uma criatura

    lastimáv el. O f ogo que nele arde é um f ogo muito ímpio.Compreendeis, portanto, que é impossív el ele ser umbom pastor.

    É certo que alguns, ou vindo essas coisas, não poderão nem dese jarão compreender, enquanto outros carão muito irritados. Q uando Jesus, o Senhor, f ala sobreisso, todos os mercenários se zangam. Por isso, também precisamos advertir-vos seriamente.

    Além dos métodos ocultistas, div ersos comportamentos desonestos abrem ao f ogo ímpio o campo de ação da pineal no cérebro. Q uando isso ocorre é e vidente que ostálamos ó pticos espalham um manto ímpio, uma atmosf era muito f unesta, no inteiro sistema microcósmico. Oser humano que está neste estado destrói-se totalmente;ele é seu próprio ladrão e assassino.

    Deixamos claro para vós que a atividade do campode ação da pineal no cérebro, em seu estado dialético, é

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    puramente negativa enquanto a nova alma não tivernascido e os sete pesos não estiverem em seus lugares.

    Por conseguinte, quem, mediante um artifício de na-tureza ocultista, coloca o campo de ação da pineal emuma atividade positiv a, empregando uma f orça de natureza puramente egocêntrica, comete um crime comconsequências graves.

    Essas pessoas pre judicam a tal ponto seu sistema que,nesta vida, estão praticamente perdidas para um processo transgurístico.

    Um sintoma secundário terrív el para essas entidadesé que, após sua morte, o restante da personalidade e xiste por um longo tempo no Além. Elas construíram para

    si uma pseudoeternidade. Assim sendo, pertencem aosg rupos mencionados pelo e v angelho gnóstico P i sti s So - phi a como obstrutores que atrapalham e estorv am portodososmeiospossív eis o processodaPistisSophia, poissua pseudoeternidade depende de uma e x ploração e xercida cienticamente sobre os habitantes da esf era material, como de v e saber cada aluno da Escola Espiritualgnóstica.

    Por isso, quando não se dese ja seguir a senda, é pref erív el deixar o campo de ação da pineal em seu estadonegativ o do que subir por outra parte no aprisco daso v elhas e tornar-se assim ladrão e assassino de si mesmoe de outros.

    Q ue v ossa mais sincera prece se ja a de poder entrarno aprisco das o v elhas pela porta única, a m de que possais ser encontrados como um “bom pastor”.

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    Lemos no E v angelho de João, capítulo , v ersículos a:

    Não se turbe o v osso coração; credes emDeus, crede tambémem mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assimnão f ora, eu v o-lo teria dito. Pois v ou preparar-v os lugar. E,quando eu f or e v os preparar lugar, v oltarei e v os receberei para mim mesmo, para que onde eu estiv er este jais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu v ou. Disse-lheTomé: Senhor, não sabemos para onde v ais; como podemossaber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho,e a v erdade, e a vida; ninguém v em ao Pai senão por mim.Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meuPai. Desde agora o conheceis e o tendes visto. Replicou-lheFili pe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Fili pe, há tanto tempo estou con v osco, e não me tensconhecido? Q uem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai estáem mim? As pala vras que eu v os digo não as digo por mimmesmo; mas o Pai, que permanece em mim, f az as suas obras.

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    Discernimento é o primeiro deg rau da Gnose univ ersal quíntupla. Por isso, para prog redir no caminho dasalvação é necessário discernimento.

    No entanto, sempre há o perigo de que alguns alunosde um campo gnóstico preparatório careçam de discernimento. Essa situação nada tem de e xtraordinária, eno passado cada trabalho gnóstico deparou-se com essamesma diculdade. Encontramos a pro v a disso no treo do E v angelho de João que acabamos de citar, noqual Jesus diz a seus discí pulos: ‘‘E vós sabeis o caminho para onde eu vou”.

    Também conheceis esse caminho. Além disso, váriosirmãos e irmãs da jo v em Gnose são um e xemplo viv o

    dessa senda única, cada qual segundo seu estado de ser.Na é poca da qual f ala o E v angelho de João, a senda desalv ação era igualmente viv enciada; os discí pulos eraminstruídos de todas as maneiras. Todos eles eram sustentados pela luz gnóstica do campo do Pai. No entanto,ha viaosque,comoTomé, responderamàs pala vrasde Jesus: ‘‘E vóssabeisocaminhoparaondeeu v ou”,com: “Senhor, não sabemos para onde v ais”. E ele ainda prof ere oseguinte absurdo: “Como podemos saber o caminho?”

    O nome “Tomé” signica “duplicidade” ou “cisão”.Se souberdes isso, compreendereis a situação. Tomé éo ti po humano que oscila entre dois pensamentos, quemantém acesas duas luzes: a luz da natureza comum e aluz ou o esplendor da Gnose.

    Q uemnãoconseguef azerumaescolhadenitiv anemtoma uma decisão absoluta nos muitos problemas da vida, nos momentos importantes de sua e xistência v erá

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    a luz gnóstica, o brilho da alma, retirar-se em uma medida maior ou menor. Essa luz parecerá e xtinguir-se, esomente permanecerá visível a luz natural. Guiado poressa luz terrena, ele não pode compreender as intenções da Gnose, nem pode amadurecer nele um discernimento v erdadeiro. Portanto, ele não tem o discernimento como uma porta aberta diante de si, pois temou vidos que não ou v em. Por isso, um homem que, nessas circunstâncias trág icas, age erroneamente, apenas pode ser au xiliado pela resposta que Jesus, o Senhor, dá:‘‘Eu sou o caminho, a v erdade e a vida… ninguém v emao Pai, senão por mim”.

    Aqui a atenção é dirig ida para as f ormidáv eis possibi-

    lidades presentes na alma. Por isso ainda é acrescentado:‘‘Se me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meuPai”.Ora,oEspírito,o Pai,manif esta-sein v aria v elmenteondeaalmairradiaeperse v erademaneiraabsoluta.Paraa alma que é vítima de sua cisão também não é repetido nenhum ensinamento; a alma que não consegue perseverar é colocada diante dos fatos nus e crus.

    Jesus, o Senhor, é o mara vilhoso símbolo da luz gnóstica, assim como ela se manif esta na no v a alma. A luzdesceu em muitos seres humanos na terra. Ela poderámanif estar-se igualmente em nós. E essa luz é o caminho,a verdade, ela abre-nos a verdadeira vida. Não há outrométodo. Nessa luz está a v erdade inteira, e quem vê essaluz e experimenta a verdade deverá viver dela.

    Q uem possui a vida que se orig ina da luz gnóstica v ai ao Pai. Se armais sem cessar: ‘‘Minha senda, meu

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    caminho de desen v olvimento, realiza-se tão lentamente, pois e xistem tantos obstáculos na senda”, então nós v osdizemos: ‘‘É que, em realidade, nunca modicastes of oco de interesse de v ossa vida”. O caminho, a v erdadee a vida se manif estam onde a no v a alma brilha, onde obrilho da alma irradia.

    Por isso, é uma certeza absoluta que ninguém v ai aoPai senão pela luz manif estada da Gnose. Uma alma-Tomé,umaalma dividida,queseagarraàsuacisão,nunca

    ega a uma con vicção concreta, sempre ca indecisae oscila entre muitas dúvidas. Ela permanece assim um pobre, aflito e anelante ser humano que inf elizmentenão pode ser libertado de sua suposta pobreza. No en

    tanto, logo que uma alma-Tomé se doa à luz univ ersal,que nela se manif esta, ela consegue v encer sua cisão e percorre o caminho, entra na verdade e na vida.

    Contudo, a alma que assim corre ao encontro da liberdade, ainda tem de v encer outra diculdade, quetambém é indicada no capítulo do E v angelho de João pelo diálogo entre Jesus e Fili pe. Para compreendê-lo,temos de analisar primeiro a gura de Fili pe. Essa guraindica o homem que viv e nas nu v ens, que se comprazcom ideais e castelos no ar e, assim, sempre perde a realidade debaixo dos pés. Esse homem já não pode v er, emdeterminado momento, o que é plausív el e, assim, saido caminho e já não pode reconhecer a realidade.

    Fili pe é o homem que está v oltado para o no v o estadode vida de maneira tão idealística que esquece e negaa totalidade da senda que se estende entre a naturezadialética e a no v a vida. Por isso, ele apenas f ala e nunca é

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    um homem de ação. Q uando semelhante homem passa para as ações, em geral é neg ligenciando outras. Fili pef ala da no v a vida de maneira muito interessante. Ele écapaz de f azer aparecer belos castelos no ar como porencanto e é, por isso, um artista, porém um artista que,como se diz, pratica a arte pela arte. Ele transmite-v osimpressões da beleza, mas neg ligencia a realização dessa

    beleza em seu pró prio estado de vida. Um artista pelag raça de Deus, pelo contrário, é sempre um homem queestá orientado para a beleza eterna, para o caminho, a verdade e a vida.

    Em dado momento, Fili pe é o homem que já nãosabe que há um caminho, uma v erdade, uma vida. Ele

    já não sabe que há um caminho a percorrer, um com portamento que de v e ser empregado, uma ação que temde ser realizada. Em dado momento, ele ca espantadoe mesmo irritado porque as situações o tomam de sur presa. Ele irrita-se ao ser confrontado com o abismo quese abre debaixo de seus pés. Por isso, como def ensor deseu ser, ele passa rápido à negação.

    Pensai em uma ma jestosa árv ore coroada por uma cú pula de f olhagens. Ela estende ao longe seus galhos e suag lória. Como a árv ore surg iu? Claro que g raças à imensaenerg ia presente na semente. Portanto, é justo dizer quea árv ore é a pro v a real dessa energ ia. Diremos agora: ‘‘Mostra-nos essa energ ia?” Não, porque isso seria umagrande tolice.

    Há uma radiação-Jesus, há uma energ ia, uma no v aforça de alma, que podeis possuir. Muitos já a possuem.

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    A f orça de radiação gnóstica e o brilho da alma podem tornar-se ativ os em vós. Esse brilho da alma já estáativ o há muitos séculos e já realizou muitos milag res.Por exemplo, ele manifestou, entre nós, a Escola Espiritual, que, em poucos anos, cresceu de f orça em f orça ede magnicência em magnicência.

    Diremos agora: ‘‘Mostrai-nos essa f orça?” Não, poisisso demonstraria insensibilidade e incompreensão im perdoáveis.

    Contudo, o homem-Fili pe na Escola Espiritual moderna sempre negará a pro v a, porque, viv endo nas nu v ens, ele busca a pro v a nas nu v ens, no abstrato. Ele negao plausível, o concreto, e aparentemente está cego para

    eles. Assim, esse homem perde, ao mesmo tempo, onecessário curso normal das coisas. Ele viv e como umébrio que e x perimenta a euf oria de sua embriaguez e, aomesmo tempo, assume um comportamento totalmentefalso, cuspindo assim na face do Criador.

    Nós também v os f alamos de um no v o campo de vida.Nós colocamos a vós mesmos diante do milag re do mistério do Espírito. No entanto, ao mesmo tempo nosencontramos no ponto onde estamos. Nós nos descobrimos reci procamente no momento de nossa realidade.Dizemos uns aos outros: ‘‘Juntos prosseguimos para ameta, na f orça que nos f oi mostrada, na f orça que nos f oicompro v ada, no Jesus que se manif estou em nós”. Portanto, v encei tanto o Tomé quanto o Fili pe em vós. Não v os permitais nem cisão nem viv er nas nu v ens, porémdemonstrai um comportamento no v o e positiv o. Ag ide maneira demolidora no que se refere a vós mesmos.

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    Observ ai uma ética superior, uma moral ele v ada! Praticai, assim, a arte real da construção com ambos os péssolidamente colocados sobre o tapete sagrado.

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    Lemos no E v angelho de João, capítulo , v ersículos a :

    E eu rogarei ao Pai, e ele v os dará outro Consolador, paraque que convosco para sempre, o Espírito da verdade, queo mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece;mas vós o conheceis, porque habita con v osco e estará em vós.Não v os deixarei órfãos; v oltarei para vós. Ainda um pouco,e o mundo não me v erá mais, mas vós me v ereis; porque eu viv o, e vós viv ereis. Naquele dia, conhecereis que estou emmeu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós.

    No capítulo precedente, descre v emos dois problemasque dizem respeito ao disci pulado gnóstico tais comosão delineadosnoE v angelhode JoãonasgurasdeTomée Fili pe. Gostaríamos agora de ocupar-nos do terceiro problema humano que se opõe a nós na prática do disci pulado gnóstico, a saber, o problema que é descrito, nasuperabundante câmara do tesouro do capítulo doEvangelho de João, mediante a gura de Judas.

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    Aqui não se trata de Judas Iscariotes, que traiu Jesus, porém do outro Judas, igualmente mencionado noE v angelho. Esse Judas é o protóti po do humanitário emsua f orma mais e xtrema. É o homem que dese ja abraçarde encontro ao coração a humanidade inteira, que dese ja demonstrar, a todos, os benefícios de sua amizadedinâmica e salvadora.

    Esse homem, em muitos aspectos admiráv el e dotadodemagnícasqualidades,constituium g randeproblemado ponto de vista gnóstico. Para compreender isso, temos de enf atizar outra v ez o te xto que trata do assunto.

    Jesus, o Senhor, diz ao g rupo íntimo de seus discí pulos: “Não v os deixarei órfãos; v oltarei para vós. Ainda

    um pouco, e o mundo não me v erá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis”.Então, Judas pergunta: “Senhor, de onde v em que te

    hás de manifestar a nós, e não ao mundo?”Vede, eis aí o problema!O homem com comple xo de humanitarismo dese ja

    ser “mais amoroso” do que a prática amorosa cienticamente aplicada da pró pria Gnose. Já v os descre v emoso homem com a alma dividida e o homem que viv e nasnu v ens. Agora eis a edição dialética do salv ador de homens, que se torna, justamente por isso, em aniquiladorde homens e um de seus maiores inimigos. Além disso,ele é um dos maiores f atores de oposição à santa obra.Gostaríamos agora de explicar-vos tudo isso.

    Se tirardes um peixe da água para colocá-lo no seco, então o matareis, porque o tiraste f ora de seu elemento.

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    Assim, se colocardes um homem na esf era de vida daGnose, de antemão de v ereis v ericar muito bem se nãoarrancais esse homem de seu elemento vital.

    Como podemos v ericar isso? Antes de tudo, determinando a característica desse homem, a qual de v e satisfazer determinadas condições prévias:

    .º é preciso que a natureza dialética, como esf era de vida, tenha-se tornado uma suf ocante prisão paraesse homem;

    .º é preciso que um no v o e positiv o elemento de buscafale nele;

    .º é preciso que esse homem viv a, espontaneamente,

    segundo uma no v a lei, como se ele f osse de uma natureza inteiramente no v a, e empreenda tentativ as,talv ez hesitantes e até mesmo um tanto ridículas, de percorrer uma nova senda.

    Se essas características não e xistirem, este jamos persuadidos de que o homem em questão não está apto parao campo gnóstico ou certamente ainda não está apto.Q uemnão le v aemcontaessareg rasemprecausag randesdanos a esse homem.

    Imag inaiquemediante v ossaa judaumhomemmuitoimaturo entre na Escola Espiritual. É certo que ele não poderá permanecer nela. Ele entrará em conflito com aEscola e terá de ser af astado de seu campo de trabalho,frequentemente com grande ódio contra a Escola.

    A consequência é que, por causa dessa amarga e x periência, esse homem perderá o gosto pela busca em geral.

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    Mais tarde, devido à amargura de suas experiências, elenunca mais dese jará entrar na Escola. Com outras pala vras, se ag is assim, com semelhantes consequências,então assassinais uma alma.

    De v e ser dito agora que muitos obreiros da Escola, por causa de seu comple xo de humanitarismo, já cometeram, com as melhores intenções, assassinato de

    alma.É simples como é dito no E v angelho de João, capítulo, v ersículos a : “Se alguém me ama, guardará a

    minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, ef aremos nele morada. Q uem não me ama não guardaas minhas pala vras”… com todas as consequências. No

    interesse das almas, tendes de ter esse cuidado.Muitos obreiros com esse comple xo de humanitarismo são vítimas de sua misericórdia pelo sofrimentohumano em geral. Compreendei que não dese jamosarrancar-v os essa misericórdia, e certamente não procuraremos endurecer vosso coração contra ela.

    Pelo contrário, au xiliai calmamente o ser humanoque desperta v ossa misericórdia, mostrai-lhe sem hesitação a g randeza de v osso coração, e recebereis galardão.Toda via, não procureis, por misericórdia, au xiliá-lo f azendoumserhumanoqueaindanão estámaduro entrarna Escola Espiritual.

    Q ualquer ser humano dialético sofre g randes dores,essa é a característica de nossa dispensação. São essasdores e as e x periências que as acompanham que f azemcada alma amadurecer até o ponto em que ela começaa mostrar a característica trí plice que mencionamos. Se

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    essa característica ainda não e xiste, então deixai a almanaturalcalmamenteemseuelemento atéqueele setorneinsuportável para ela.

    Até lá, contentai-v os em au xiliá-la no plano dialético.Dai de comer aos que têm f ome, de beber aos que têmsede, agasalhos aos que têm frio. E, de resto, não f alaida salv ação única, se não hou v er interesse por ela, nem

    forceis semelhante interesse.Sentimos ser nosso de v er f azer-v os essas ad v ertências,a m de que, ao mesmo tempo, compreendais a missãoda Escola, que é preparar o caminho, em primeiro lugar, para seus alunos, mas também para os que buscam e vagueiam, a m de conduzi-los para a Gnose.

    O aluno pode e de v e au xiliar a Escola nessa taref a, debom g rado mesmo. No entanto, vig ilância é e xig ida. Porisso a advertência: cuidai de não prejudicar as almas!

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    Colocamo-v os diante dos oito primeiros v ersículos do

    capítulo do Evangelho de João:Eu sou a videira v erdadeira, e meu Pai é o la vrador. Toda a v ara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquelaque dá fruto, para que dê mais fruto.

    Vós já estais limpos, pela pala vra que v os tenho f alado.Estai em mim, e eu em vós; como a v ara de si mesma não pode dar fruto, se não estiv er na videira, assim também vós,se não estiverdes em mim.

    Eu sou a videira, vós as v aras; quem está em mim, e eunele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis f azer.Se alguém não estiv er em mim, será lançado f ora, como a v ara, e secará; e os colhem e lançam no f ogo, e ardem. Se vós estiv erdes em mim, e as minhas pala vras estiv erem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e v os será f eito. Nisto ég loricadomeuPai,quedeis muito fruto;eassim sereismeusdiscípulos.

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    Se f ordes capazes de assimilar o conteúdo desse tre o,então compreendereis que ele se ref ere à g rande lei doamor de Deus, a qual estabelece a ligação entre a Gnosee o homem que busca a luz libertadora. Se, como alunoda Escola Espiritual moderna, dese jais realmente viv era ligação com o cor po magnético da reno v ação, se comseriedade v os conduzis de acordo com essa ligação plenade g raça, sereis v aras que produzem frutos. Isso querdizerqueoprocessodareno v ação f oi iniciadoeprog ride passo a passo.

    Ninguém precisa perguntar: “Serei capaz disso?” Eninguém precisa acusar-se com as conhecidas pala vras:“Q uem sou eu?” A f orça-luz portadora de frutos se ma

    nif estará em cada ser humano que, com base em suas possibilidades, por mais diminutas que se jam, viv e dessaligação.

    Q uando o alçapão de uma adega que mantém a escuridão no espaço subterrâneo abaixo dele é deslocado por pouco que se ja, criando a menor fresta, então a luz penetra nas profundezas escuras.

    Contudo, poder-se-á indagar: quando a luz penetranas tre v as do subterrâneo, ela não f ará aparecer à luz dodia tudo o que está oculto por uma sua v e escuridão? Aluz não mostrará a espessa camada de poeira, as teias dearanha e a conf usão desesperada da condição humana?A resposta a essa questão encontra-se no v ersículo jámencionado: “Toda a v ara que dá frutos, ele a limpa para que dê mais frutos”.

    A luz re v eladora da Gnose não se limita a desmascarar de maneira implacáv el, porém, ao mesmo tempo

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    e acima de tudo, ela au xilia, plena de amor, e puricacompletamente. A luz gnóstica não é apenas um brilhocomo o que emana de umalâmpada, mas ela é ao mesmotempo uma f orça-luz que realiza algo em v osso sistemada personalidade. Assim, ninguém precisa perguntar:“Essa luz salv adora não irá despedaçar-me?” Se v os dirig is seriamente para a Gnose, portanto, se a dese jais prof undamente, a luz gnóstica atua sempre curando, au xiliando e impulsionando. Essa é a imutáv el e univ ersallei do amor. A luz do amor jamais nos abandonará, senão a abandonarmos. Porém há mais, e isso de v e brilhardiante de vós como um sol: “Vós já estais puros pela palavra que tenho falado”.

    Nos f ocos da Escola Espiritual gnóstica se f ala da luz para vós, e, enquanto escutais e estais assim sensorialmente dirig idos à luz da Gnose, enquanto v ossa alma seabre àquilo que dese ja tocar-v os, a ligação intensica-semais do que nunca, e o processo de puricação, o g rande processo de cura, pode preen er-v os de maneira maisforte do que nunca com a graça de Cristo.

    Seres do espaço-tempo medem tudo em termos detempo e distância. Por isso, para a consciência dessesseres e xiste uma distância imensa e um enorme espaçode tempo entre o agora e a meta. No entanto, para a luzeterna da Gnose o toque já é uma ligação perf eita, e essaligação é absolutamente puricadora.

    Portanto, já estais puros quando v os ligais à Gnose.Recebeis tudo se v os doais à luz. E somente então aconsequência surg irá em v osso estado dialético de personalidade mediante uma série de acontecimentos no

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    decorrer da lenta mar a do tempo. Por isso Jesus pôdedizer ao bom ladrão: “Em v erdade, ho je mesmo estaráscomigo no Paraíso”.

    Na Escola Espiritual nós nos tornamos puros pelo Verbo da aliança gnóstica que foi feita conosco. Q uemdese jar permanecer na luz daqui para frente, quem não permitir nenhuma interrupção nessa ligação, descobrirá

    que a luz permanece eternamente nele. Tudo o quedesejares fundamentados nisso vos será concedido.

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    “O :Q ”

    Lemos no E v angelho de João, capítulo , v ersículos a:

    Como o Pai me amou, também eu v os amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneçono seu amor. Tenho-v os dito isto, para que a minha aleg ria permaneça em vós, e a v ossa aleg ria se ja completa. O meumandamento é este: Q ue v os ameis uns aos outros, assimcomo eu v os amei. Ninguém tem maior amor do que este,de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meusamigos, se zerdes o que eu v os mando. Já v os não amareiserv os, porque o serv o não sabe o que f az o seu senhor; mastenho-v os amado amigos, porque tudo quanto ou vi demeu Pai v os tenho f eito conhecer. Não me escolhestes vós amim, mas eu v os escolhi a vós, e v os nomeei, para que v adese deis fruto, e o v osso fruto permaneça; a m de que tudoquanto em meu nome pedirdes ao Pai ele v o-lo conceda. Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros.

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    Agora, mais do que nunca, de v e ter cado claro para v ossa consciência que o e xcepcional amor divino nos tocou na moderna escola de mistérios e que uma radiaçãode amor supra-humana dese ja libertar-nos da noite daordem mundial do espaço-tempo.

    Confrontados inúmeras v ezes com a Escola Espiritual, talv ez tenhais perguntado: “Com que de v o começar, agora que v e jo diante de mim a f ormidáv el missãoda senda?” A resposta é: “O meu mandamento é este:Q ue v os ameis uns aos outros”. Essa é a primeira e princi pal condição de v osso disci pulado. E ainda que tudo pudésseis,quisésseis ezésseis,e não tivésseisamor,nadateríeis e nada seríeis.

    Éintencionalnossaênf asenoamor, istoé,nacorrentede amor do primeiro mistério, o amor que é a Gnose, oEspírito. Esse amor nada tem a v er com os conhecidos ecomuns flu xos de emoções e de sentimentalidade dialéticas. Em razão de v osso estado de ser, o amor não estáem vós, nem é vosso, ele está, no máximo, perto de vós.

    Assim, não há sentido em censurar-nos mutuamente por f alta de amor nem desen v olv er representações românticas e poéticas sobre o amor, pois o amor coloca oser humano diante da realidade fria e nua, a realidadedo estado natural dialético comum, e assim v os colocadiante de uma exigência de vida prática.

    Portanto, eis por onde começar, com a realização deuma e xig ência muito elementar de vida. E nisso não hánada de romântico. Se v os apro ximais de sua e xig ência,o amor de Deus é como a espada dos mitos e das lendas:sois trespassados pela espada e atingidos até o sangue.

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    O meu mandamento é este: Q ue v os ameis uns aos outros,assim como eu v os amei. Ninguém tem maior amor do queeste, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.

    Centenas de pessoas reúnem-se na Escola Espiritual moderna, pro v enientes de todos os lugares da vida dialética;nascidas da natureza, eias de egocentrismo e com a

    tendência natural de odiar Deus e os homens.Elas reúnem-se em um g rupo, e um jogo de amascaracteriza essa unidade: o jogo de amas das emoções,do amor da natureza ou do ódio, das simpatias ou dasanti patias, dos prós e dos contras. É um jogo de flamas,mas certamente não o fogo de Pentecostes!

    Pode-se dizer, no máximo, que elas, como g rupo, f oramreunidasemantidas juntasporumabuscaorientadaem comum e pelo poder mág ico de atração do cor po

    -viv o da Escola. E agora, confrontadas com o cor po-viv o, para todas essas pessoas, tanto homens quanto mulheres,soam as pala vras: “O meu mandamento é este: Q ue v osameis uns aos outros”.

    O que signica isso? Signica que primeiro tendesde e xtinguir o jogo de flamas do f ogo inf ernal que atiçais ataref ados uns contra os outros. Das cinzas dessef ogo e xtinto, desse não ser, o amor que é da Gnose podedesenvolver-se.

    Q uem e xtinguiu em si o jogo de flamas desse f ogo ím pio pode dedicar-se a seus amigos ainda ocupados comesse trabalho de e xtinção. Como esse serviço entre amigos de v e demonstrar-se? Não por meio do sentimentalismo, nem pelo brilho f also das aparências, porém pela

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    autonegação, pelo autossacrifício, pela absoluta prestabilidade, sem le v ar em conta a dor, a humilhação e acalúnia que essa prestabilidade acarreta.

    A e xtinção do f ogo inf ernal do eu em outros causa f erimentos e dor em v ossa vida. Portanto, quem perse v eraem realizá-lo é v erdadeiramente um irmão amoroso ouuma irmã amorosa em sentido gnóstico.

    “Vós sereismeusamigos,sezerdesoqueeu v osmando”,disse Jesus, o Senhor. Portanto, juntos, f orjemos essacorrente de irmãos e de irmãs, a m de que o amor deDeus, que ultrapassa toda a compreensão, v enha a nós e permaneça em nós.

    Of ereçamos esse sacrifício de serviço aos homens acada um e para o bem de cada um, não de cabeça baixae com o pensamento: “Oh, que horrív el”, porém em perf eita aleg ria, pois aGnosenosdizessascoisasparaque,como diz Jesus, o Senhor: “a minha aleg ria permaneçaem vós, e a vossa alegria seja completa”.

    É importante compreender o signicado da pala vra“aleg ria” tal como a emprega o E v angelho de João. NaGnose a pala vra “aleg ria” indica um estado de ser, o estado da no v a vida, que realmente en e de aleg ria quemnela ingressa.

    Nanaturezaconhecemosumaaleg riaquenuncapodeser estática. Essa aleg ria alterna-se com a melancolia, atristeza, a indif erença, e com todo o ti po de situaçõesque pro v ocam o contrário da aleg ria. Assim, essa aleg riatambém é, no máximo, um estado de sentimento domomento e, muitas v ezes, nem mesmo corresponde à

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    realidade, podendo, portanto, serumenganoebasear-seem uma tragédia.

    No entanto, há na Gnose um estado de ser que realmente é aleg ria, a qual irradia de cada célula do no v oestado de ser e está ligada de maneira absoluta com ointeiro sistema. Essa aleg ria é indestrutív el e, portanto,estará presente mesmo durante e x periências e v entual

    mente tristes.É uma e x periência triste para os libertos na luz v ercomo buscadores errantesnanoitecaememumcomportamento muito censuráv el. Mesmo assim, essa e x periência não perturba a “aleg ria” dos g randes. Esse estado dealeg ria é, para vós, um estado de ser ainda desconhecido.

    Dele vos foi dada uma perspectiva.Q uem percorre a senda e a realiza ing ressará nesseestado, o qual permanecerá e se realizará nele.

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    Lemos no E v angelho de João, capítulo , v ersículos a:

    E agora v ou para aquele que me en viou; e nenhum de vósme pergunta: Para onde v ais? Antes, porque isto v os tenhodito, o v osso coração se en eu de tristeza. Toda via digo

    -v os a v erdade, que v os con vém que eu vá; porque, se eu nãof or, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu f or, v o-loen viarei. E, quando ele vier, con v encerá o mundo do pecado,e da justiçaedo juízo.Dopecado, porquenão creememmim;da justiça, porque v ou para meu Pai, e não me v ereis mais; edo juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.

    Traduziremos essas palavras em uma linguagem muitoatual, a m de que ninguém pense que se trata aqui dedeterminado f ato da vida do Jesus histórico e de seusdiscípulos.

    A v erdade, a realidade da Escola Espiritual gnóstica éque, após ela aparecer, ela v olta a desaparecer. A pós ter

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    sido edicada e consolidada no tempo e manif estar-seem um campo de vida da sétima reg ião cósmica, campode vida pleno de ilusão, tribulação e desgostos, a Escolae sua cor poralidade têm de mo vimentar-se e começara viagem para o campo de vida da alma, para a se xtareg ião cósmica. Se isso não acontecesse, a Escola nãoteria sentido nem ob jetiv o na e xistência temporal. Por

    isso, assim que a Escola f oi f undada e concluída para suamissão, ela empreende essa incumbência, que é: partir!Os homens dialéticos geralmente não são capazes de

    compreender essa incumbência, que lhes causa tristeza.Contudo, compreendei que essa partida dos lugares damorte f az surg ir uma f orça atrativ a, uma corrente de

    arrasto. incontáv eis pessoas não se despedirão da Escolaque parte, mas se unirão e viajarão com ela.A Escola preparada para sua incumbência f e a suas

    portasesomente v oltaaabri-lassobdeterminadas condições. Ela diz: “Preparai-v os, pois v amospartir”. AEscola parte de viagem para a no v a casa da alma. Ela retira-seda sombria e dura terra.

    Paraisso, énecessário f orça.Q uandoessaf orçaé postaem atividade, aplicada e utilizada e o mo vimento é sentido, desen v olv e-se, ao mesmo tempo, uma f orça desucção, uma corrente de arrasto au xiliadora. Assim, desen v olv e-se uma irradiação que até então era completamente desconhecida no mundo, um f ator estimulante para as almas buscadoras e, portanto, um au xílio ines perado. Desse modo, cam claras as pala vras: “ porque,

    Flu xo que pu xa ou le v a tudo o que entra em contato com ele ( . .).

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    se eu não f or, o Consolador não virá a vós”. O Consolador, a radiação au xiliadora, poderá desen v olv er-seapenas quando a Escola celebrar sua partida. Compreendeis agora um dos ob jetiv os mais importantes da obragnóstica?

    Portanto, a partida da Escola tem por ob jetiv o colocar em mo vimento a corrente que estimula o mundo.Por isso é dito de maneira tão bela na Bíblia: “que v oscon vém que eu vá”, é salutar para vós e trar-v os-á a cura.

    Possiv elmente v os indagastes, às v ezes, se os esf orços atuais da Escola Espiritual correspondem enm aosresultados. Q uanta energ ia é utilizada para um rendi

    mento útil tão pequeno! Toda via, compreendei que orendimento útil terá de vir e somente virá quando aEscola partir para seu destino.

    Nós, o g rupo atual, constituímos o combustív el energ ético, a possibilidade para a “ partida”. Se decidimos pôr tudo em ação a m de ele v ar-nos para a no v a vida enosso “f oguete” se ele v a do solo, no mesmo instante aradiação auxiliadora torna-se um fato.

    Incontáv eis ing ressarão no no v o reino com essa corrente e por meio dela. E esse Consolador, essa corrente,convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.

    O mundo v erá com espanto que inúmeros se libertarão e xistencialmente da garra da natureza para ir aoencontro de um destino mais ele v ado. Essa correnteau xiliadora será tão f undamental que nem um únicoopositor sequer f ará algo contra ela. Na história gnóstica sempre se e videnciou que a corrente au xiliadora

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    que sobre v eio à partida do núcleo gnóstico f oi capaz dearrastar consigo milhares.

    Assim, tendes diante de vós, em irradiante luz, o sig nicado do sag rado E v angelho de João. Refrigerai-v oscom essa luz de sabedoria. Q ue ela v os f ortaleça e console! Q ue possais cumprir v ossa taref a nessa luz, nessaforça e nessa consolação!

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    E xaminemos prof undamente os v ersículos a docapítulo do Evangelho de João:

    Aindatenhomuitoque v os dizer,mas vós nãoopodeissuportar agora. Mas, quando vier aquele, o Espírito da v erdade, ele v os guiará em toda a v erdade; porque não f alará de si mesmo,mas dirá tudo o que tiv er ou vido, e v os anunciará o que háde vir. Ele me g loricará, porque há de receber do que é meu,e v o-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; porisso v os disse que há de receber do que é meu e v o-lo há deanunciar.

    Nós v os mostramos de que maneira é f ormado o Consolador, a corrente de arrasto au xiliadora do céu-terraque parte.

    De v e estar claro para vós que esse Consolador e xistehá muito, pois todas as fraternidades precedentes orig inaram uma corrente desse ti po. Cada uma dessas fraternidades ref orçou e re vivicou essa corrente mediantesua colaboração.

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    O mesmo acontece no presente! A fraternidade e xistente adapta-se ao atual ti po racial humano e a seu estado de consciência. É desse modo que a g randiosa corrente au xiliadora do passado é no v amente ligada à humanidade atual. É g raças à retirada do mundo da no v afraternidadequeoConsoladorno v amente setornamaisdinâmico, vivo e operante.

    Sem essa re vivicação, desde o início, o Consoladornão poderia ser encontrado nem compreendido pelosg rupos de buscadores do momento. Assim, compreenderemos que, se continuarmos nosso trabalho com amanif estação de nosso sacrifício total, de nosso de v otamento completo, o Espírito da v erdade ele v ar-se-á e

    falará cada vez mais claro no mundo.Será liberada no mundo uma f ormidáv el corrente da v erdade, de re v elação dos acontecimentos vindouros.Semelhante a um dilúvio, essa v erdade tocará todos os países e todos os po v os, o que já pode ser percebido portoda parte. O mundo e a humanidade serão arrancados, por assim dizer, de suas pró prias limitações e lançarãoseu olhar para os acontecimentos intercósmicos, paraa relação com a onimanif estação, a m de que todos possam compreender que a humanidade tem de tornar-se v oluntariamente parte de um magníco planode salvação.

    O Espírito da verdade não falará de si mesmo, o quequer dizer que ele não se manif estará como uma entidade central, como uma divindade. Se ele assim zesse,sabemos o que aconteceria: milhões de homens cairiam

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    Por isso tantos de nossos alunos, quando escutam emnossa Escola sobre os no v os aspectos da vida libertadora,sentem e reconhecem isso realmente como v erdade, porque o Espírito da v erdade já pode f alar e testemunharem seu sangue.

    Assim, podereis saber com clareza o que v os acontecerá no f uturo próximo em uma v elocidade cada v ezmaior. A v erdade, a f orça da sabedoria eterna do mundodo estado de alma viv ente, crescerá em vós à medida quesubis os sete deg raus da g ênese da alma. Essa v erdade v osligará, indissolu v elmente, à salv ação eterna da Gnoseuniversal.

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    Q uem conhece a l uz ai de magni c ê nc i a em magni c ê nc i a

    Dirig imos v ossa atenção para o tre o do capítulo do E v angelho de João, que é conhecido pelo nome de

    oração sumo sacerdotal. Já de v eis ter lido essa sublimelinguagem e e x perimentado talv ez sua mág ica influência. Contudo, compreendei que também é importantee necessário abarcar o conteúdo dessa oração à luz daEscola Espiritual moderna.

    Já v os f alamos antes da importância que os gnósticosde nossa era atribuíam e ainda atribuem ao E v angelhode João. Q ue esse e v angelho também é um manancialde g randes tesouros, imperecív eis e de v alor eterno paratodos nós.

    Para começar, dese jamos que observ eis os três primeiros versículos do capítulo :

    […] Pai, é egada a hora; g lorica a teu Filho, para quetambém o teu Filho te g lorique a ti; assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todosquantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam,

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    a ti só, por único Deus v erdadeiro, e a Jesus Cristo, a quemenviaste.

    Sabeis que essas pala vras f oram pronunciadas antes da prisão de Jesus. Sem considerar os sentimentos populares, propagados e cultiv ados intencionalmente por um público relig ioso-natural, essa oração sumo sacerdotal

    eia de júbilo e x prime a aleg ria de uma taref a realizada.A e x pressão “a hora egou” não designa a hora domartírio, o começo de um tempo de sofrimento, masa egada da hora do coroamento de um caminho decruz com rosas. Podeis v er esse caminho de cruz comrosas como um caminho que vós mesmos de v eis percor

    rer, porém de v eis também considerá-lo como ocaminhoque temos de percorrer como g rupo. Além disso, é im portante observ ar que a Gnose segue um caminho erealiza um processo, a m de poder servir a todos os quedesejam segui-la.

    É isso o que a oração sumo sacerdotal quer dizer. Essehino de lou v or não diz respeito a determinada personalidade que surg iu na história, mas ele é a pro v a de uma vitória da Gnose, a qual, Deus se ja lou v ado, se repetiuinúmeras vezes na história do mundo.

    Não v os colocamos diante desse ele v ado e jubilosohino para que recordeis um acontecimento de dois milanosatrás, porém diantedocoroamentodeumtrabalhognóstico ef etiv o em nosso século, para nossa é poca, paratodos os escolhidos da Gnose. Por essa razão egoua hora da g loricação do Filho, a m de que o Filhoglorique o Pai.

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    V ede claramente o Filho como sendo a luz radiantedo primeiro mistério. O Filho é a luz, o f ogo gnósticoque, agora, em nossa é poca, emana do raio f undamentale se dirige à humanidade. E a g loricação dessa luz signica que ela ating iu seu ob jetiv o, que ela demonstrará osresultados e levará sua colheita para os celeiros.

    Portanto, a g loricação não signica uma morte sombria após sofrimentos indizíveis, mas que um raio gnóstico nasceu, realizou sua taref a magníca e, então, demonstrará seus maravilhosos resultados por toda parte.É diante disso que dese jamos colocar-v os: a g loricaçãodo Filho gnóstico que v eio agora, a luz que coroou suaobra com o brilho da vitória.

    Q uais são os sinais da vitória? Trata-se do f ato magníco de que uma luz gnóstica, um poder divino “que nãoé deste mundo”, obte v e domínio sobre “a carne”, isto é,sobre os homens nascidos da natureza que andam nastre v as, ligando-os com a luz de maneira tão denitiv aque se pode f alar em uma ligação “eterna”. Q uem estabeleceu a ligação com o Filho, com a luz do primeiromistério, alcançou a eternidade.

    O que é vida eterna? “Q ue eles conheçam a ti, a únicae v erdadeira Gnose”. A pala vra “conhecer” aqui é sinônimo de estar ligado. Assim, quem conhece a luz v ai demagnicência em magnicência e de força em força.

    Concordaremos em viv er também, a partir de agora,com base na consciência de semelhante ligação? Tocados pela luz, nossa é a eternidade, que é mais ele v ada doque qualquer tempo.

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    O nome da Gnose manifestado

    Lemos os versículos a da oração sumo sacerdotal:Eu g loriquei-te na terra, tendo consumado a obra que medeste a f azer. E agora g lorica-metu, ó Pai, junto deti mesmo,com aquela g lória que tinha contigo antes que o mundoe xistisse. Manif estei o teu nome aos homens que do mundomedeste;eramteus,etumosdeste,eguardaram atuapala vra.Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste pro vémde ti; porque lhes dei as pala vras que tu me deste; e eles asreceberam, e têm v erdadeiramente conhecido que saí de ti, ecreram que me enviaste.

    Dirig imos v ossa atenção para o f ato de que a oraçãosumo sacerdotal é um hino de aleg ria que celebra a vitória de um trabalho gnóstico de e xtrema importância.Ao longo de muitos anos a Escola v em orientando v ossaconsciência para a corrente univ ersal da fraternidade

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    gnóstica. Sempre é preciso acrescentar um no v o elo aessa corrente. A iniciativ a para cada no v o elo a ser f or jado de v e partir, primeiro, do elo precedente e, em seguida, de algumas entidades aptas que ainda erram nastrevas da dialética, porém destinadas a essa tarefa.

    Podemos e x plicar-v os esse processo mais uma v ez,de maneira resumida? No curso da história do mundodialético sempre f oi f undado um no v o reino gnóstico.A radiação f undamental vivicadora sempre v eio “doalto”, a saber, do campo magnético do reino gnóstico precedente.

    Q uando esse trabalho é bem sucedido, de modo queresulta uma f orte reação, não uma reação caótica como

    em algumas pessoas mais ou menos sensív eis, mas umareação org ânica, uma reunião ordenada de pessoas receptív eis, ou vintes e de boa v ontade, quando essa ligação éestabelecida de f ato e o núcleo do no v o reino gnósticoé f ormado, a fraternidade precedente pode seguir sua pró pria iniciativ a, ele v ar-se a um nív el superior e seguir para a liberdade que a ama.

    Imag inai que um g rupo de entidades entre completamente no no v o estado de vida. Sabeis que onde o amor éo f ermentodequalquerg ênese, o coraçãoamorosodacomunidade dos libertos olha, pleno de misericórdia, paraos que ainda permanecem na prisão. Essa radiação com passiv a de amor não é uma simples e xaltação espontânea, porém é enviada de maneira consciente e organizada.

    No entanto, semelhante emissão cria consequências para todos os que nela colaboram. Se vós, estando naliberdade, v os deixais dominar pela compaixão pelos

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    que ainda permanecem na prisão, atrasai-vos, porque acompaixão é um vínculo com os prisioneiros. Q uereis, por assim dizer, arrancá-los de seu cárcere com o dinamismo de v ossa compaixão. E quando os prisioneirosreagem, estendendo-v os as mãos, eles v os retêm. Com preendei que, como “libertos”, tendes de carregar umgrande fardo e realizar um grande sacrifício.

    E então ha v erá g rande júbilo em vós quando v ericardes que: “Minha taref a cumpriu-se, os prisioneirosf oram libertados, meu sacrifício não f oi em vão, porqueresgatou os prisioneiros”. A libertação dos prisioneirossignica que podeis prosseguir e utilizar a liberdade jáobtida, pois os prisioneiros libertados assumirão v ossa

    tarefa.Agora podeis compreender inteiramente os v ersículos citados da oração sumo sacerdotal. O círculo fraternal precedente jubila após ter cumprido seu sacrifício:“Eu g loriquei-te na terra, tendo consumado a obraque me deste a f azer. E agora g lorica-me tu, ó Pai, em virtude da minha liberdade que me aguarda”.

    Nós re v elamos aos homens prisioneiros o nome daGnose. E, v ede, eles guardaram e aceitaram a pala vra ereconheceram sua verdade. Eles creram.

    Reconhecei assim o imenso signicado do f ato de umno v o reino gnóstico ter sido vivicado outra v ez. Q uemcrê e realmente segue a senda liberta seu pró prio microcosmoeau xiliaseuscompanheirosdeprisão.Além disso,ó júbilo, libertamosemsentidomais ele v adoosque,comsacrifício e xtremo, se doaram a m de possibilitar nossasalvação.

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    Tudo isso diz respeito a um tre o prático das pala vras: “A Gnose amou o mundo de tal maneira queenviou o seu Filho unigênito para a nossa redenção”.

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    Inacessível ao maligno

    Chamamos a v ossa atenção para os v ersículos a docapítulo do Evangelho de João:

    É porelesqueeurogo;nãorogopelomundo,masporaquelesquemedeste, porquesão teus; ora, todasasminhascoisassãotuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou g loricado. Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu v ou para junto de ti. Pai santo, guarda-os emteu nome, que me deste, para que eles se jam um, assim comonós. Q uando eu esta v a com eles, guarda v a-os no teu nome,que me deste, e proteg i-os, e nenhum deles se perdeu, e xcetoo lho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. Mas,agora, v ou para junto de ti e isto f alo no mundo para que elestenham o meu gozo completo em si mesmos.

    Eu lhes tenho dado a tua pala vra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.

    A pós tudo o que pudemos inf ormar-v os sobre o hino jubiloso da fraternidade gnóstica precedente, não tereis

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    diculdade em e xaminar com prof undidade o tre oque acabamos de citar. A Gnose não in v oca uma f orçaau xiliadora para o mundo ou para uma ordem dialética,ou para os que cooperam plenamente com esta ordemdialética.

    Não, todos os elos da corrente univ ersal da Fraternidade en viam seu au xílio para o no v o elo que f oi acrescentado à corrente. Embora a unidade de g rupo no v a erecente aindaeste janomundo,ela já pertenceàcorrentegnóstica. As fraternidades precedentes, querealizaram og rande sacrifício de amor, uniram-se a nós, e, medianteessa ligação, unimo-nos a todos os libertos da luz. Daí aaleg ria dos g randes au xiliadores: “ora, todas as minhas

    coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eusou gloricado”.Agora que a fraternidade precedente cumpriu seu sa

    crifício e viu seu esf orço coroado de êxito, começa umano v a f ase. A no v a jo v em unidade de g rupo ligada à corrente univ ersal aprendeu como de v e ssionar a f orçagnóstica dos átomos a m de liberá-la. A gora, ela de v emostrar que é capaz de andar com as pró prias pernas.Isso causa algumas situações críticas. Por isso, um clamor pro vém da inteira corrente, das leg iões de irmãos:“Vigiemos!”

    Assim, a fraternidade precedente retira-se do trabalho para o mundo, e a jo v em fraternidade é deixada paratrás. Daí as pala vras: “Pai santo, guarda-os em teu nome,que me deste, para que eles se jam um, assim como nós”.V ede, é isso o que importa: “ para que eles se jam um”, para que eles formem juntos uma unidade.

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    Chegou o momento em que a jo v em Escola gnósticade v erá demonstrar sua f orça de e xistência, pro v ar suas possibilidades, dar pro v as de seu nascimento por meiode f atos. Ora, o âmago de semelhante con junto de pro v as é a unidade de g rupo como no v o f ator prático de vida.

    O hino jubilosodosau xiliadores prossegue: “Q uandoeu esta v a com eles, guarda v a-os no teu nome, que medeste, e proteg i-os, e nenhum deles se perdeu, e xceto olho da perdição”. Porém, agora a jo v em fraternidadeating iu a idade adulta; uma pág ina do livro é virada, eno v as mãos de v em preen er a pág ina em branco comno v as letras. Somos todos amados para essa taref a e

    estamos todos aptos a contribuir para ela, pois o lhoda perdição f oi e x pulso. Q uem ou o que é o lho da perdição? Esse lho ref ere-se à influência da natureza e deseus éons, que, desde a f ase inicial, dese jam transf ormaro trabalho gnóstico incipiente, mediante uma multiplicidade de ideias, em uma bela aparência sem conteúdoalgum. São as f orças que dese jam f azer da obra sag radaum trabalho que sirva ao mundo.

    Pois bem, esse lho, essa f orça, que sob uma multidão de f ormas aflige qualquer jo v em trabalho, f oi aniquilado e já não pode ating ir o âmago de nossa obra.Nesse sentido, a perdição tornou-se algo absolutamenteimpossível.

    Essa situação f eliz e jubilosa é e x pressada na oraçãosumo sacerdotal pelas seguintes pala vras: “e isto f alo nomundo para que eles tenham o meu gozo completo emsi mesmos”.

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    Assim a palavra nos é dada.Assim ela é conrmada em nós.Assim o no v o elo da corrente partici pa das possibili

    dades de libertação amplamente franqueadas.

    Lemos a seguir na oração sumo sacerdotal: “Não peçoque os tires do mundo, mas que os livres do mal”.

    Se hou v esse alunos da Escola Espiritual que acreditassem que o caminhar na senda signicaria para eles retirar-se da ordem dialética deste mundo com, ao mesmotempo, um do l ce f ar n ien t e no no v o campo de vida, elesestariam redondamente enganados! Tomar parte nano v a vida não signica, para o no v o elo acrescentado

    à corrente univ ersal, deixar este mundo. Porém é estarno mundo sem ser do mundo, até que se ja inteiramenterealizada a grande e santa obra de salvação.

    Entretanto, o que a jo v em fraternidade pode esperaré estar “livre do mal”. Realmente, o univ erso inteiro está po v oado com um número incontáv el de deuses. Indicamos com isso que e xistem numerosas entidades oug rupo de entidades que en viam ao mundo radiações ideomotrizes de qualidade muito inf erior. Essas radiaçõesnão são do mesmo ti po da radiação f undamental, massão constituídas de éter refletor, de gás hidrogênio.

    A v erdadeira f orça ideomotriz divina é a f orça da radiação f undamental. Ora, conheceis o processo. Dessaradiação f undamental pro vém a radiação astral denominada “viático da alma”, que se manif esta nos quatro éteres santos. A matéria- pensamento ou f orça- pensamentotambém pertence a esses quatro éteres santos.

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    Existem no mundo numerosas forças que procuramapro ximar-se de v ossa alma mediante o eu ou a consciência humana e sub jugar-v os assim por meio de ideias.Outros impulsos af etam v ossa vida sentimental, v ossa vida v olitiv a ou v ossa vida de ações. Portanto, pode-sedizer que e xistem quatro caminhos pelos quais “o mal”,o não gnóstico, tenta aproximar-se de vós.

    Desse modo, a alma é ligada ao ego pelo próprio ego,e o eu comum se torna o f ator dominante na vida. De v eis compreender o conceito de “mal”, tal como ele éutilizado na oração sumo sacerdotal, como o que é “nãognóstico”. Tudo o que é da natureza dialética é efêmeroe, portanto, absolutamente “maléco” ou danoso para

    a no v a natureza. Assim, ca claro para vós que muitas pessoas sinceras e esf orçadas são vítimas das radiaçõesideomotrizes que penetram a alma da maneira descritae a sub jugam. A alma é assim se v eramente danicada.Semelhante estado de alma é responsáv el, às v ezes, pelosdesejos tão animalescos que a alma persegue.

    Portanto, a fraternidade precedente, com júbilo, v erica que não obstante a jo v em fraternidade ainda tenhade e xistir por muito tempo no mundo, ela não pode serinfluenciada“ pelo mal”, isto é, pelasinfluênciasf unestasmencionadas.

    Podeis perguntar: “Como é isso possív el?” A soluçãodesse aparente enigmaémuito simples. Q uandoo buscador encalhou no plano horizontal e pode assim emerg irda multi plicidade das ideias, quando ele ainda tem af orça para tanto, a v erdadeira f orça ideomotriz divinatoca-o, não mediante uma das quatro vias do ego, mas

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    pela rosa-do-coração, penetrando diretamente até o centro da alma. A Gnose sempre segue esse caminho paraa alma; ela nega o eu humano a m de que a alma, livredo eu, desperte para a no v a vida, e que, mediante a no v aalma, o novo homem possa surgir.

    Nesse processo, não é importante saber se as almastão danicadas e maculadas têm direito a isso. Na Gnose pre v alece a lei univ ersal do amor, e essa lei não questiona o direito, porém a possibilidade. A questão que éle v antadaemdeterminadomomentoé: “E xisteapossibilidadedetocaressaouaquela alma?”.Emcasoarmativ o,o toque acontece. O homem comum, com suas normasde direito, não compreende isso e f ala então da g raça,

    como o sabeis.Q ue consequências tem a apro ximação gnóstica narosa-do-coração? A no v a alma ele v a-se, e, g raças a ela,um no v o poder quádruplo é despertado. Em determinado momento, pode-sef alardeumno v o eu, do mesmomodo que e xiste uma no v a alma. O no v o eu, com seusquatro poderes, modica a estrutura dos órg ãos do pensamento, da v ontade, do sentimento e da ação. Medianteessamodicaçãodesen v olv e-seumainsensibilidadetotal às forças de ideação da natureza comum.

    O candidato que, nesse desen v olvimento, transpõeuma fronteira e alcança um critério, no mesmo instante,se torna insensív el ao mal. Realiza-se então a g rande emagníca realidade divina de “estar no mundo, mas jánão ser do mundo”.

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    Santicai-vos em favor dos que ainda buscam

    Lemos os v ersículos a do capítulo do E v angelhode João:

    Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.Não sãodomundo, como eu do mundo nãosou. Santica-osna tua v erdade; a tua pala vra é a v erdade. Assim como tu meen viaste ao mundo, também eu os en viei ao mundo. E poreles me santico a mim mesmo, para que também eles se jamsanticados na verdade.

    Q uem lê essas pala vras com algum discernimento sentirá o coração saltar de aleg ria e g ratidão, pois aqui éindicado o santo método de salv ação que a Gnose em preende para determinado grupo de entidades.

    Entre os escritos gnósticos, descobertos no Eg ito háalguns anos, se encontra v am, entre outros, O E v angel hoda V er dade e também O E v angel ho das trê s nat ur ezas.Neste último a humanidade é dividida em três ti pos principais:

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    O g ênero pneumático, que é luz da luz e espírito do espírito, lança-se para sua “cabeça” quando ela aparece e f orma ocor po dessa “cabeça”. Esse g ênero recebeu a Gnose com entusiasmo, desdea sua manif estação. Mas o g ênero psíquico, queé luzdof ogo, hesita emreceberaGnoseeprocede emrelaçãoa ela pela fé… O g ênero hílico, que é absolutamente estranhoà Gnose, será, pelo resplendor da luz, separado como trevas.

    No primeiro g rupo encontramos, portanto, homens detal modo abertos à Gnose, cu jo ser tem necessidade tãoimperiosa do toque da luz e da realização mediante a luz,que se lançam a seu encontro quando ela aparece. Elesdese jam ligar-se com a luz e procuram responder-lhe

    imediatamente mediante a f ormação de um cor po. Elesconstroem com a matéria da natureza uma escola a mdepoderserviraluzeof erecer-lhemorada.Elesrecebema Gnose com entusiasmo quando ela se manifesta.

    É a esse g rupo de homens que se aplicam as pala vrasda oração sumo sacerdotal, pois apesar de nascidos danatureza, eles, no âmago de seu ser, “não são do mundo”, do mesmo modo que Jesus, o Senhor, não é destemundo.

    Esses homens, orientados e tocados espiritualmente,esses pneumáticos, estão persuadidos de que receberãosempre, e de no v o, uma santicação, que sem cessarserão au xiliados pelo toque sanador da luz univ ersal.Por isso está escrito: “Santica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”.

    Compreendemos que a presença dos pneumáticos,dos tocados espiritualmente, do grupo da humanidade

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    que caiu o mínimo possív el, libera g randes possibilidades de g raça, pois em consequência de seu nascimentona natureza esse g rupo está