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Universidade Anhanguera-Uniderp Curso de Pós-Graduação Criminologia, Política Criminal e Segurança Pública Disciplina Escolas Criminológicas Teorias Biológicas Danilo Cymrot Danilo Cymrot Danilo Cymrot Danilo Cymrot Mestre e Doutorando em Criminologia pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

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    Curso de Ps-Graduao

    Criminologia, Poltica Criminal e Segurana Pblica

    Disciplina Escolas Criminolgicas

    Teorias Biolgicas

    Danilo CymrotDanilo CymrotDanilo CymrotDanilo Cymrot

    Mestre e Doutorando em Criminologia pela Faculdade de Direito da Universidade de So Paulo

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    Mtodo emprico-indutivo, experimental Esquema causal-explicativo, determinista Observao direta dos fatos X leitura de

    livros Leis naturais, de ordem fsica ou Leis naturais, de ordem fsica ou

    socialprevisibilidade Etiologia Programas de preveno cientficos Estudos tipolgicos, subtipo humano Concepo classista e discriminatria Sociedade como um organismo

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    nascimento da Criminologiamtodo Etapa pr-cientficateorias dotadas

    de um certo rigor e pretenses de generalizao, que transcendem as generalizao, que transcendem as meras concepes ou representaes populares, fruto do saber e da experincia cotidianos

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    Enfoque emprico Cincias naturais Emprego fragmentrio e setorial do

    mtodo emprico-indutivomtodo emprico-indutivo Observao do delinquente e seu meio Precursor do positivismo criminolgico

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    Fisionomia Della Porta, Lavater Inter-relao entre o somtico (corpo)

    e o psquicoe o psquico dito de Valrio Apoio nas convices populares Lavater antecipou teses dos

    frenologistas

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    Frenologia Precursora da moderna Neurofisiologia e

    da Neuropsiquiatria Gall Gall O crime causado por um

    desenvolvimento parcial e no compensado do crebro, que ocasiona uma hiperfuno de determinado sentimento

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    Psiquiatria Pinel, Morel Crime uma forma determinada de

    degenerao hereditria, de regressodegenerao hereditria, de regresso Loucura moraldficit do substrato

    moral da personalidade

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    Antropologia Estudos sobre crnios de

    assassinos e reclusos Criminoso uma variedade mrbida Criminoso uma variedade mrbida

    da espcie humana Atavismo criminoso nato Darwinismoevoluo, hereditariedade

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    Etapa Cientfica Superao das etapas mgica ou teolgica

    (pensamento antigo) e abstrata e metafsica (racionalismo ilustrado)

    Lutar contra o delito por meio de um Lutar contra o delito por meio de um conhecimento cientfico de suas causas, proteger a ordem social burguesa-industrial

    Ordem e progresso Pena de mortelei de seleo natural das

    espcies Princpio da diversidade (patolgico) Direito dos honrados X direito dos

    delinquentes

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    Mtodo emprico-indutivo, experimental Esquema causal-explicativo, determinista Observao direta dos fatos X leitura de

    livros Leis naturais, de ordem fsica ou Leis naturais, de ordem fsica ou

    socialprevisibilidade Etiologia Programas de preveno cientficos Estudos tipolgicos, subtipo humano Concepo classista e discriminatria Sociedade como um organismo

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    Lombroso, 1876 Contribuio no mtodo tipologiadelinquente nato (atvico), louco

    moral (doente), epiltico, louco, ocasional, passional, criminalidade feminina, delito passional, criminalidade feminina, delito poltico

    Delinquente natodegenerado, produto da regresso das espcies, estigmas, transmisso por via hereditria, epilepsia, leses cerebrais

    Nem todos os delinquentes apresentam tais anomalias, os no delinquentes podem apresent-las

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    Garfalo Positivismo moderado Dficit na esfera moral da

    personalidade do indivduo, de base orgnica, endgena, de uma orgnica, endgena, de uma mutao psquica (porm, no de uma enfermidade mental), transmissvel por via hereditria e com conotaes atvicas e degenerativas

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    tipologiaassassino, criminoso violento, ladro, lascivo

    O Estado deve eliminar o delinquente que no se adapta sociedade sociedade

    A pena deve existir em funo das caractersticas concretas de cada delinquente

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    Teorias Biolgicas Esquema 1: Modelos de cunho biolgico

    (biologicistas) nvel muito elevado de empirismo nvel muito elevado de empirismo inquestionvel vocao clnica e teraputicaprincpio positivista da diversidade neolombrosianos? dado biolgico diferencial X concepes

    ambientalistas inquestionabilidade do sistema (social e poltico) paradigmas cada vez mais complexos, dinmicos e

    integradores-giro para a moderao

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    Teorias Biolgicas Esquema 2: Antropometria

    suposta correlao entre determinadascaractersticas ou medidas corporais e adelinquncia bertilonagem - despertou numerosas crticas e reprovaes, porm

    acabou sendo adotado pela polcia e presdios em todo o mundo.

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    Teorias Biolgicas Esquema 2: Antropologia

    GRING inferioridade hereditria dodelinquente, negou a existnciadelinquente, negou a existnciade um tipo fsico de criminoso

    HOOTON a inferioridade fsica dodelinquente est associada inferioridade mental, sendocausa daquela a hereditariedade correlao entre determinadascaractersticas fsicas e asdiferentes classes dedelinquentes

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    Teorias Biolgicas Esquema 2: Antropologia

    VERVAEK o meio social limita-se a desenvolver ou evitaro desenvolvimento das caractersticaso desenvolvimento das caractersticashereditrias

    DI TULLIO a hereditariedade no transmite acriminalidade, seno somente a predisposiocriminal ou o processo mrbido que requer aconcorrncia de outros fatores crimingenos

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    Teorias Biolgicas Esquema 4: Biotipologia

    versa sobre o tipo humano, destacando o versa sobre o tipo humano, destacando opredomnio de um rgo ou funo correlao entre as caractersticas fsicas do

    indivduo e suas caractersticas psicolgicas Escola Francesa, Italiana, Alem e Norte-

    Americana os jovens delinquentes eram claramente

    mesomorfos e escassamente ectomorfos

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    Teorias Biolgicas Esquema 5: Moderna Neurofisiologia

    eletroencefalograma (EEG)-correlao entre eletroencefalograma (EEG)-correlao entredeterminadas irregularidades ou disfunescerebrais e a conduta humana

    pessoas pacficas afetadas por processos tumorais no crebro se tornam violentas

    choques traumticos (ex: acidentes de trnsito) podem alterar a personalidade

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    Teorias Biolgicas Esquema 5: Moderna Neurofisiologia

    as patologias do sistema nervoso central as patologias do sistema nervoso central(arteriosclerose cerebral, epilepsia,demncia senil, sndrome de Korsakoff,coreia (doena nervosa) de Huntington, etc.)costumam ser associadas perda dememria, do sentido da orientao,transtornos emocionais, irritabilidade eacessos de ira etc.

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    Teorias Biolgicas Esquema 5: sistema nervoso autnomo

    investigou-se se os psicopatas experimentam de investigou-se se os psicopatas experimentam deoutro modo ou inclusive no experimentam asensao bsica de ansiedade, quando antecipammentalmente a possibilidade do castigo, como faz apessoa normalmente socializada e se, emconsequncia, so sensveis ameaa da pena

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    Teorias Biolgicas Esquema 6: sistema nervoso autnomo

    introvertidos X extrovertidos introvertidos X extrovertidos menor sensibilidade fisiolgica e emocional

    do psicopata, hipoatividade aos estmulos incapacidade da personalidade psicoptica

    para antecipar as consequncias negativas derivadas dos seus atos, tanto em relao a sua prpria pessoa como da vtima

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    Teorias Biolgicas Esquema 6: sistema nervoso autnomo

    incapacidade do psicopata para aprender incapacidade do psicopata para aprender algo do castigo, de modo que um determinado substrato biolgico lhe impede formar uma conscincia social

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    Teorias Biolgicas Esquema 7: Endocrinologia

    no sustentam o carter hereditrio de tais transtornos glandulares, salvo o caso dos delitos sexuaissexuais

    tratamento hormonal a influncia eventualmente crimingena das mesmas

    indireta elevado nvel de testosterona e agressividade conexo entre comportamentos delitivos da mulher e

    determinados desajustes hormonais tpicos da menstruao

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    Teorias Biolgicas Esquema 8: Bioqumica e Sociobiologia

    moderna Sociobiologia o fator biolgico, o ambiental e o processo de aprendizagem formam parte de um contnuo e dinmico processo de interao rompe com o princpio da equipotencialidade a aprendizagem do comportamento no se controla por a aprendizagem do comportamento no se controla por processos sociais de interao, seno por outros de natureza bioqumica e celular Jeffery-No herdamos o comportamento, como se herda a estatura ou a inteligncia. Herdamos uma capacidade de interao com o meio social dficit de minerais e vitaminas (ex: vitamina B) psiquiatria ortomolecular relao entre conflitividade da populao penitenciria e a dieta dos reclusos

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    Teorias Biolgicas hipoglicemia alergias contaminantes ambientais chumbo, cdmio, mercrio e alguns gases inorgnicos como a clorina e o dixido de nitrognio outras investigaes ambientalistas- contraponto das teorias constitucionais clssicas, pem acento na relevncia etiolgica dos constitucionais clssicas, pem acento na relevncia etiolgica dos fatores trmico, acstico, luminoso, espacial, urbanstico, natural etc. modelo sociobiolgico de Jeffery-Tem por base o comportamentalismo skinneriano (modelo operante) e as condies biolgicas crtica suposta efetividade do castigo (efeito mais reforador que genuinamente preventivo) controle ambiental (fsico) e modificao das condies biolgicas relevantes nos processos de aprendizagem do indivduo

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    Teorias Biolgicas Esquema 9: Gentica Criminal

    hereditariedade criminal famlias com descendentes delinquentes a moderna Estatstica Familiar Lund-a proporo de delinquentes condenados por Lund-a proporo de delinquentes condenados por delitos graves maior dentre aqueles cujos pais tambm foram delinquentes estudos sobre gmeos Lange-os ndices de concordncia eram muito inferiores nos gmeos bivitelinos ndices muito superiores de concordncia criminal em delitos sexuais que em delitos contra o patrimnio estudos sobre adoo

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    Teorias Biolgicas Esquema 9: Gentica Criminal

    Kuttner (1938)-os filhos biolgicos de delinquentes cometem crimes com maior frequncia que os filhos adotados dos mesmos Hutchings e Mednick-os ndices de criminalidade nos Hutchings e Mednick-os ndices de criminalidade nos jovens adotados aumentam, seletivamente, mais em funo dos antecedentes dos pais naturais do que dos adotivos malformaes cromossmicas investigaes sobre reclusos e enfermos mentais excesso ou defeito na composio dos chamados cromossomos sexuais (sndrome de Klinefelter, trissomia XYY)

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    Teorias Biolgicas Esquema 10: A conduta humana agressiva e

    seus fundamentos biopsicossociais teorias instintivistas (Darwin, Freud, Klein) natureza primria da agressividade humana, funo adaptativa, pulso de agresso, conservao da espcie, seleo do mais forte (Lorenz) a agresso destrutiva uma funo equivocada do instinto, uma desviao deste. Freud-enquanto o impulso agressivo tem uma base biolgica, sua inibio se conforma durante a infncia com a formao do superego ou conscincia as teorias ambientalistas veem na agressividade no um instinto primrio, porm o produto das influncias do meio de fatores psicolgicos, culturais ou sociais

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    Teorias Biolgicas Esquema 10: A conduta humana agressiva e

    seus fundamentos biopsicossociais Fromm-a agresso benigna, prpria dos animais, e agresso maligna, especificamente humana Walters-os modelos agressivos recompensados provocam mais agresso que outros em que a conduta agressiva castigada ou no recompensada. A conduta agressiva no inata, aprendida. a agressividade deve ser analisada a partir dos trs planos ou nveis que configuram a realidade biopsicosocial do ser humano existem determinadas zonas do crebro (zonas periventriculares) que ao serem estimuladas, do lugar a ansiedade e temor, originando condutas evitativas

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    Teorias Biolgicas Esquema 10: A conduta humana agressiva e

    seus fundamentos biopsicossociais a raiva e a agresso podem ser provocadas ou ativadas por estimulao de certo centros ou por ablao de outros evoluo filogentica-a agressividade humana transcende a evoluo filogentica-a agressividade humana transcende a estrita defesa dos interesses vitais da espcie McCord-influncia decisiva do contexto familiar da criana durantes os primeiros anos da infncia no comportamento agressivo do mesmo superestrutura social-sociedade violenta, consumismo, frustrao, pulses agressivas a tcnica limita sutilmente os mecanismos de inibio do ato violento ao quebrar a relao direta sujeito-objeto

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    Teorias Biolgicas Esquema 10: A conduta humana agressiva e

    seus fundamentos biopsicossociais sociobiologia-o que se transmite por via gentica uma dimenso de pautas agressivas, uma sequncia completa de respostas a situaes de tenso e stress completa de respostas a situaes de tenso e stress que comprometem a sobrevivncia: no o comportamento delitivo Alczar Crcoles e Gmez Jarabo-o substrato psicobiolgico opera em interao com o meio social do indivduo que o autntico desencadeamento das manifestaes agressivas concretas

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    Teorias Biolgicas Questes

    1) Se a criminalidade for considerada hereditria, abre-se espao para a eugenia?se espao para a eugenia?

    2) O fato de haver mais gente com determinadas caractersticas fsicas/biolgicas na priso significa necessariamente que essas caractersticas so fatores explicativos da criminalidade?

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    Teorias Biolgicas Leitura recomendada

    VICENTIN, Maria Cristina; GRAMKOW, Gabriela; ROSA, Miriam Debieux. A patologizao do jovem autor de ato Miriam Debieux. A patologizao do jovem autor de ato infracional e a emergncia de novos manicmios judicirios. In: Revista Brasileira Crescimento Desenvolvimento Hum. 2010. Disponvel em: http://www.revistas.usp.br/jhgd/article/view/19944.