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14/6/2012 1 Monitorização portátil das variáveis respiratórias Dra. Danielle Cristina Clímaco Médica assistente da Pneumologia/Laboratório de Sono Hospital Otávio de Freitas Recife-PE II Curso Nacional de Sono-2012 Elevada prevalência Aumento de mortalidade Associada a redução na qualidade de vida Associada a início ou piora HAS, doença cardiovascular Acidentes de tráfico e no trabalho. SAOS N Engl J Med 1993 ; AJRCCM 2001; JAMA 2000;AJRCCM 2010 SAOS: Diagnóstic o padrão ouro: POLISSO- NOGRAFIA Não há leitos suficientes e o custo é considerado elevado, longa lista de espera necessidade de simplificar e viabilizar o diagnóstico mais precoce de SAOS

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14/6/2012

1

Monitorização portátil das variáveis respiratórias

Dra. Danielle Cristina Clímaco

Médica assistente da Pneumologia/Laboratório de Son oHospital Otávio de Freitas

Recife-PE

II Curso Nacional de Sono-2012

Elevada prevalência Aumento de mortalidade

Associada a redução na qualidade de vida

Associada a início ou piora HAS, doença

cardiovascular

Acidentes de tráfico e no trabalho.

SAOS

N Engl J Med 1993 ; AJRCCM 2001; JAMA 2000;AJRCCM 2010

SAOS :

Diagnóstico padrão ouro:• POLISSO-

NOGRAFIA

Não há leitos suficientes e

o custo é considerado

elevado, longa lista de

espera

Há necessidade de simplificar e viabilizar o diagnóstico

mais precoce de SAOS

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Polissonografia (Nível I)• Mínimo 7 canais,EEG, EOG, EMG, ECG, fluxo aéreo

oronasal, movimento respiratório, e saturação daoxihemoglobina, além de posição do corpo, movimentode pernas, supervisão constante, intervenções sãopossíveis.

Polissonografia portátil ( Nível II)• Mínimo de 7 canais, mas não há supervisão ou

intervenções

Métodos diagnósticos

Métodos Diagnósticos

Poligrafia Respiratória( Nível III)• Mínimo 4 canais (movimento respiratório, fluxo

aéreo oronasal, ECG ou registro da frequênciacardíaca, saturação da oxihemoglobina). Semsupervisão

Oximetria ( Nível IV)• Mais limitado, útil associado com escore clínico na

seleção de pacientes para polissonografia padrão

Rev Bras Psiquiatr. 2005;27(supl I):8-15

Poligrafia Respiratória

Registro portátil de monitorizaçãocardiorespiratória no SONO

Avaliação mais restrita. Na PSG padrão -IAH/tempo sono Na poligrafia – IAH/tempo de registro (subestimar)

Exame negativo e suspeita clínica SAOS ����

polissonografia padrão

JCSM, vol 3,No 7, 2007Swiss Med Wkly 2007;137:97

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PolissonografiaEOGEOG

EEGEEG

EMGEMGECGECG

RONCORONCO

POSIÇÃOPOSIÇÃOCINTA ABDOMINALCINTA ABDOMINAL

CINTA TORÁCICACINTA TORÁCICACÂNULA de PRESSÃOCÂNULA de PRESSÃO +TERMISTOR+TERMISTORSaO2SaO2

PULSOPULSO

Clinical Guidelines for the Use of Unattended PortableMonitors in the Diagnosis of Obstructive Sleep Apnea in Adult Patients- Task Force of the American Academy of

Sleep Medicine

Realizar em conjunto com avaliação clínica do sono. Profissional habilitado.

Alternativa para PSG: alta probabilidade SAOS

Não apropriado para avaliar outros distúrbios do so no

O equipamento deve permitir escore manual

Testes negativos ou inadequados com alta probabilid ade clínica: PSG padrão

JCSM, vol 3,No 7, 2007

Poligrafia e Polissonografia: Equivalentes?

Poligrafia é ferramenta útil no diagnóstico quando alta probabilidade clínica para SAOS Eur Respir J 2001;18:530-534 Eur Respir J 2002;20:1505 J Clin SleepMed 2007Adesão ao CPAP : estratégia de diagnóstico ambulatorial não foi inferior Eur Respir J 2012;39:305-312

Chest2010;138(2):257-263

PSG x Poligrafia : custo reduzidoThorax 2011;66:567-573

Validação com PSG: boa correlação, IAH ≥ 15/h (sensibilidade 90.9;especificidade 94,6)

JClin Sleep Med. 2007 ; Sleep 2009;32(5):629

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PSG x Poligrafia ( end point = decisão terapêutica)N=377 pacientes

• CPAP• Não CPAP• Decisão impossível

Pacientes com escore mais alto IAH ( ≥ 30 ; 41% da amostra) apresentaram nível de concordância de 91%.*seleção de pacientes

Therapeutic Decision-Making for Sleep Apnea and HypopneaSyndrome Using Home Respiratory Polygraphy: a Large

Multicentric StudyAJRCCM, Julho 7, 2011

Respiratory Polygraphy in sleep apnoea diagnosis.

Relatório do registro suíço de poligrafia respirató ria . Swiss Med Wkly 2007;137:97-102

(n=8865; pneumologistas certificados)

Confirmação ou exclusão de distúrbio respiratório d o sono: 96% dos casos

Laudo automático ou manual: manual melhor correlação IAH PSG

Houve boa correlação nos resultados, alto nível

Especialista PSG e poligrafia(20 anos) x Não espec. PSG(1 ano treinamento)N= 90 exames Prevalência de SAOS 83%

Houve boa correlação nos resultados, alto nível

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••William Howard William Howard TaftTaft ––••Presidente dos EUA 1909 a 1913Presidente dos EUA 1909 a 1913 ChestChest, 2003;124:1133, 2003;124:1133

Na Casa Branca :Na Casa Branca :

--IMC 42 kgIMC 42 kg/m² e HAS/m² e HAS-- roncava em encontros croncava em encontros c// pres. pres. Roosevelt, chefe de justiça da Roosevelt, chefe de justiça da Suprema Corte;Suprema Corte;--cochilos durante discursos, cochilos durante discursos, enquanto dirigia, durante enquanto dirigia, durante jantares,assinando documentos;jantares,assinando documentos;--administração turbulenta, perdeu administração turbulenta, perdeu reeleição.reeleição.--Havia capacidade cognitiva Havia capacidade cognitiva para governar para governar ??

�HAS ou OBESIDADE (IMC>30)

� RONCO

� Presença

� Intensidade

� Freqüência

� Freqüência de apnéia

� Incômodo

� Categoria 1

Questionário clínico de Berlin

� Categoria 2

� SONOLÊNCIA

� Freqüência ao acordar

� Freqüência durante o dia

� Cochilo ao dirigir

� Categoria 3

Netzer NC. Ann Intern Med, 1999

AVALIAÇÃO DA SONOLÊNCIAEscala de Epworth

SITUAÇÃOSITUAÇÃO CHANCE DE COCHILARCHANCE DE COCHILAR

•• Sentado e lendoSentado e lendo 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]

•• Assistindo TV Assistindo TV 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ]0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]3 [ ]

•• Sentado em um lugar públicoSentado em um lugar público 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]

•• Como passageiro de trem, carro ou ônibus 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ]Como passageiro de trem, carro ou ônibus 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]3 [ ]

•• DeitandoDeitando--se para descansar à tarde 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] se para descansar à tarde 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 33 [ ][ ]

•• Sentado e conversando com alguémSentado e conversando com alguém 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]

•• Sentado calmamente após o almoço 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]Sentado calmamente após o almoço 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]

•• dirigindo um carro, com trânsito intenso 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]dirigindo um carro, com trânsito intenso 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ]

SleepSleep,1991,1991Sonolência excessiva Sonolência excessiva ≥ ≥ 1010

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Monitor portátil

Validation of the ApneaLink TM for the screening of Sleep Apnea: a novel and simple single -channel recording device. J Clin Sleep Med.2007;3(4):387-392

62%

31%

4%

2% 1%

Casuística do programa de VNI/Oxigenoterapia do Hospital Otávio de

Freitas,Recife (2006-2008)

OXIGENOTERAPIA

CPAP

BIPAP

BIPAP + O2

CPAP + O2

N=105

68%

21%

2%5%

2%2%

Casuística do programa de VNI do HOF por patologia de base (2011)

SAOS

Doenças Neuromusculares

Cifoescoliose

DPOC-Hipoventilação

cheyne stokes

Sequela Tuberculose

SAOS

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Poligrafia no HOF

Falhas (20%)

SAOS 12 (22%)

DNM 1 (11%)

CPAP 4 (22%)

falhos.Número e percentagem de exames

falhos.

Exames 18 SAOS 1 falha

realizados Serviço privado= 18 Exames

realizados

Caso Clínico

HLM, 34 anos, masculino, residente de Clínica Médica

Cefaléia matinal, fadiga, sonolência diurna, dificuldade de concentração e roncos altos

HAS

Peso: 85Kg, Altura: 1.75, IMC: 27.7Kg/m2, Circunferência do pescoço: 43cm

Gráfico da Oximetria de Pulso da Noite inteira

Apnéias Obstrutivas

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• 29/h (registro= 5h)• apneias obstrutivas/hipopneias

IAH

• 84%SpO2 mínima

• 95%SpO2 Média

• 27 min (5%)Tempo de Saturação ≤ 90%

10min

Mensagem

• Na população de moderada a elevada probabilidade clínica para SAOS

Poligrafia é útil no diagnóstico de SAOS

Apresenta menor custo

Possibilita acesso mais rápido ao diagnóstico

Necessita pneumologista treinado

Polissonografia : pode ser necessária em alguns casos