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nº 1612 – 25 jun. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.
Sumário
Palavra da Casa
Condições Meteorológicas
Grãos
Hortigranjeiros
Olerícolas
Frutícolas
Outras Culturas
Criações
Preços Semanais
Notas Agrícolas
Regionalização da Emater/RS-
Ascar
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar
I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.
Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
CDU 63(816.5)
© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 2, 25 jun. 2020
Palavra da Casa
Mudanças no Plano Safra 2020/2021 são tema de live nesta semana
A Emater/RS-Ascar realizou uma live com a participação de mais de 350 pessoas, na
tarde de quarta-feira (24/06), para apresentar as principais mudanças do Plano Safra 2020/2021,
lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na quinta-feira
anterior (18/06), em relação ao do ano passado, especificamente ao
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e ao Programa
Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Ambos, de crédito rural que visam à
promoção do desenvolvimento das atividades dos pequenos e médios produtores rurais,
proporcionando o aumento da renda e da geração de empregos no campo, onde o público
assistido pela Instituição está concentrado.
De acordo com o anúncio feito pelo Mapa para a próxima safra de verão serão
disponibilizados R$ 33 bilhões para o Pronaf e R$ 33,2 bilhões para o Pronamp, e R$ 170,1
bilhões para demais agricultores e cooperativas, totalizando R$ 263,30 bilhões, um aumento de
6,1% em relação ao ano anterior, que foi de R$ 222,74 bilhões. Na última safra, a Emater/RS-
Ascar elaborou cerca de 40 mil projetos de crédito para custeio e investimentos, totalizando R$
1,49 bilhão. Enquanto o valor disponibilizado aumentou, as taxas de juros caíram. Para o Pronaf,
de 3% (custeio) e 4,6% (investimento) para 2,75% e 4%, respectivamente; para o Pronamp, de
6% para 5% (custeio) e de 7% para 6% (investimento); e para os demais, de 8% para 6%.
Além da apresentação dessas mudanças, o evento teve como objetivo mostrar a
importância da realização de um projeto para o agricultor com os laudos de acompanhamento
das lavouras. Porque o crédito rural, acompanhado de Assistência Técnica e Extensão Rural e
Social (Aters), resulta em menores riscos para o produtor, inclusive de necessitar recorrer ao
Proagro, que, infelizmente, entre dezembro de 2019 e junho deste ano, foram realizadas mais de
18,7 mil perícias pela Instituição, sendo mais de dez mil somente para a soja e mais de seis mil
para o milho.
Muito além de elaborar projetos de crédito, é importante sempre ressaltar que a
Instituição atende às demandas diárias de seu público, formado por agricultores familiares,
quilombolas, pescadores artesanais, indígenas e assentados da reforma agrária, que somam um
contingente superior a 200 mil famílias de assistidos em 100% dos municípios gaúchos.
E que é no coração de 9.550 comunidades rurais que pulsa a atuação transversal do
serviço de Aters, revigorada pelo convênio com as prefeituras e parceria com agentes financeiros
para o crédito rural, que se fertiliza o desenvolvimento socioeconômico e cultural do Rio Grande
do Sul.
Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar
DESTAQUE
TRIGO - a estimativa é que 74% das lavouras foram implantadas
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 3, 25 jun. 2020
Condições Meteorológicas
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 18 A 24/06/2020
Nos últimos sete dias, o ar quente e úmido predominou no RS. Entre a quinta-feira
(18) e o domingo (21), o predomínio de uma massa de ar quente e o alto teor de umidade na atmosfera mantiveram a nebulosidade, e ocorreram pancadas isoladas de chuva de fraca intensidade em diversas áreas do Estado. Somente no Extremo Sul, a passagem de uma frente fria no oceano provocou chuva forte, com altos volumes acumulados. Na segunda (22) e terça-feira (23), a condição permaneceu inalterada na maioria das regiões, com temperaturas superiores a 30°C em várias delas. Na quarta-feira (24), o deslocamento de uma frente fria provocou chuva na maior parte do RS, com registro de temporais isolados na Metade Sul.
Os volumes de precipitação foram inferiores a 10 mm na maioria dos municípios, e em algumas localidades da Metade Norte não houve registro de chuva significativa. Na Zona Sul os valores oscilaram entre 10 e 30 mm, e superaram 100 mm no Extremo Sul do Estado. Os totais mais elevados observados na rede de estações INMET/SEAPDR ocorreram em Pelotas (37 mm), Jaguarão (42 mm), Rio Grande (54 mm), Santa Vitória do Palmar (125 mm) e no Chuí (140 mm).
A temperatura mínima foi registrada em Dom Pedrito (7,8°C) em 19/06 e a máxima ocorreu em 21/06 em Torres (32,9°C).
Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 24/6/2020.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 4, 25 jun. 2020
PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 25/06/2020 A 01/07/2020
A última semana de junho terá frio e chuva em todo Estado. Na quinta-feira (25), o
deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva, com possibilidade de temporais isolados. Na sexta (26) e sábado (27), o tempo permanecerá seco na maioria das regiões, e o ingresso de uma massa de ar frio vai causar o declínio acentuado da temperatura, mas ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas nas faixas Leste e Norte. No domingo (28), o tempo seco e frio vai predominar, com temperaturas baixas e formação de geadas em grande parte do RS. Entre a segunda (29) e terça-feira (30), a propagação de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todo Estado, com chance de chuva forte e temporais isolados na Metade Norte. Na quarta (01/7), o céu permanecerá encoberto, com chuva fraca e isolada no Leste e Norte, e o ingresso de uma nova massa de ar frio vai favorecer a ocorrência de temperaturas baixas em todas as regiões.
Os volumes previstos estão entre 50 e 80 mm na maioria dos municípios da Metade Sul. No restante do Estado, os valores previstos oscilam entre 80 e 100 mm, e deverão superar 120 mm em várias localidades do Planalto, Serra do Nordeste, Campos de Cima da Serra e no Litoral Norte.
Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 5, 25 jun. 2020
Grãos
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
CULTURAS DE INVERNO
Trigo
Com as condições climáticas favoráveis, os produtores seguem com a implantação da
principal cultura de grãos da estação. As previsões climáticas favoráveis para a cultura e as
boas perspectivas de preços contribuem para o aumento da área cultivada.
Trigo 2020
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 25/06 Em 18/06 Em 25/06 Em 25/06
Plantio 74% 43% 68% 66%
Germinação/Des. Vegetativo 100% 100% 100% 100%
Floração 0% 0% 0% 0%
Enchimento de Grãos 0% 0% 0% 0%
Em Maturação 0% 0% 0% 0%
Colhido 0% 0% 0% 0%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
*Média safras 2015-2019.
Na regional de Soledade, foi retomada a semeadura após a normalização da
umidade do solo. As temperaturas amenas e a insolação, associadas à umidade adequada do
solo, favoreceram o crescimento e o desenvolvimento da cultura, que apresenta em geral
boa sanidade e adequado estande de plantas.
O plantio avançou na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, favorecido pelo
tempo seco e pela boa umidade do solo. De maneira geral, a germinação e emergência das
lavouras estão sendo boas, apresentando estande de plantas dentro do recomendado para a
cultura. As primeiras áreas implantadas, já em fase de afilhamento, receberam adubação
nitrogenada em cobertura. A sanidade das plantas até o momento é muito boa, sem ataque
de pragas e doenças. O controle de invasoras, principalmente aveia e azevém, é realizado
com herbicidas pós-emergentes.
Na de Santa Maria, a área plantada nesta safra deve aumentar. Em Tupanciretã, já
estão plantados mais de 14 mil hectares. As lavouras na região encontram-se em
germinação e início do desenvolvimento vegetativo.
A semeadura do trigo está paralisada na regional de Pelotas em razão da alta
umidade no solo. Lavouras já emergidas apresentam bom estande de plantas e bom
desenvolvimento vegetativo.
Na de Passo Fundo, onde o plantio se concentra no período entre 10 de junho e 10
de julho; seguem os trabalhos de semeadura.
Semana de intensificação da semeadura na regional de Ijuí. Com o avanço da
implantação da cultura, confirma-se a ampliação da área cultivada. As lavouras emergidas
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 6, 25 jun. 2020
apresentam excelente estande de plantas e uniformidade de germinação e desenvolvimento
inicial. As condições fitossanitárias são muito boas, não sendo observada incidência de
pragas e doenças. Inicia a aplicação de adubação nitrogenada nas primeiras lavouras
implantadas. Já a aplicação de herbicidas foi prejudicada durante a semana devido à
constância de ventos de moderados a fortes.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, segue em ritmo
acelerado o plantio do trigo. As primeiras áreas semeadas encontram-se em germinação e
desenvolvimento vegetativo.
Também avança o percentual de área semeada na regional de Erechim. Da área
prevista para a cultura, 60% estão implantados.
Na de Caxias do Sul, a maior área cultivada se concentra nos Campos de Cima da
Serra, onde a semeadura deverá ser iniciada nos próximos dias e se estender até o final de
julho. Produtores que cultivam feijão após o trigo preferem semear no final de julho para
reduzir os riscos de geada e chuva excessiva na floração, contando também com as
condições mais favoráveis de colheita em meados de dezembro, quando os dias são mais
longos e geralmente mais secos. Nas áreas já semeadas, a germinação é muito boa, e o
desenvolvimento inicial das lavouras também é satisfatório.
Na região de Bagé, a semeadura está mais avançada na Fronteira Oeste. Em São
Borja, a implantação da cultura encaminha-se para o final, e as lavouras em fase de
perfilhamento vêm recebendo adubação nitrogenada em cobertura. O estande de plantas é
considerado adequado, assim como a sanidade das plantas. Nos municípios de Alegrete e
Manuel Viana, não ocorreram precipitações nas últimas semanas, causando dificuldades na
emergência da cultura.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço médio do trigo no Estado ficou em R$ 53,76/sc., com aumento de 0,91% em
relação à semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-
Ascar. Na regional de Santa Rosa, o preço está na faixa de R$ 52,20/sc. com PH 78, na de
Erechim, R$ 52,00. Nas regiões de Santa Maria e Frederico Westphalen, o preço médio é de
R$ 53,00; na de Soledade, R$ 53,20 e na de Ijuí, o preço médio é de R$ 53,80. Disponível em
Cruz Alta foi cotado a R$ 65,00. Na regional de Caxias do Sul e em Passo Fundo, o preço é de
R$ 54,00. Na regional de Bagé, a R$ 55,00.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2133, de 25 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 7, 25 jun. 2020
Canola
Na regional de Santa Rosa, principal produtora do Estado, as condições climáticas da
semana favoreceram a retomada do plantio das últimas lavouras. A maior parte da área
encontra-se em desenvolvimento vegetativo, com algumas lavouras já em fase de floração.
A cultura apresenta desenvolvimento inicial bastante promissor, beneficiado pelas condições
climáticas favoráveis durante o plantio e a germinação. O controle de invasoras já foi
realizado na maioria das áreas, e no momento produtores aplicam adubação nitrogenada
em cobertura. Não há relatos de ocorrência de pragas e doenças. Com dois mil hectares
implantados, Giruá se destaca no cultivo da oleaginosa.
Na regional de Ijuí, segunda maior área cultivada no Estado, a cultura segue com
bom desenvolvimento, encontrando-se em estádio de desenvolvimento das folhas e
crescimento da haste principal. Em Catuípe, algumas lavouras apresentaram problemas de
emergência. Prossegue o controle de ervas daninhas.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço de comercialização do grão na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa
apresentou alta, passando em média para R$ 100,30. Na de Ijuí, o preço médio praticado foi
de R$ 93,20/sc.
Aveia branca
A cultura segue com bom desenvolvimento na regional de Ijuí, principal produtora
do Estado. A maioria das lavouras encontra-se na fase de alongamento do colmo e
emborrachamento; algumas apresentam-se em estádio final de afilhamento e um pequeno
percentual, em emissão da panícula, com bom número de espiguetas, caracterizando assim
elevado potencial produtivo. As condições fitossanitárias muito boas, com baixo ataque de
pragas e poucos sinais de lesões de doenças, têm dispensado controle até o momento.
Cevada
Na regional de Ijuí, houve um avanço significativo na implantação da cultura,
aproximando-se do final da semeadura. As primeiras lavouras semeadas estão em estádio de
afilhamento e apresentam pequenos sintomas de ataque de doenças – aparecimento de
manchas foliares. As demais áreas estão em início de emergência.
Na regional de Erechim, 70% da área está implantada. A maior área prevista nesta
safra fica em Sertão, com dois mil hectares com a cultura de cevada.
CULTURAS DE VERÃO
Soja
Com a colheita encerrada, os sojicultores concentram a atenção na comercialização e
no planejamento da próxima safra. As áreas ocupadas com soja na safra 2019-2020 dão
lugar aos cultivos de inverno, a pastagens e plantas de cobertura do solo, tanto as semeadas
quanto as espontâneas.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 8, 25 jun. 2020
Contratos de venda futura estão abertos, e os agricultores analisam a relação de
troca para aquisição dos insumos da próxima safra.
Com a divulgação no Plano Safra 2020-2021, iniciam as movimentações para preparo
da documentação necessária ao encaminhamento dos financiamentos de custeio.
Na regional de Soledade, a oleaginosa esteve cotada a R$ 100,00/sc. na semana. É
bom o desenvolvimento das plantas de cobertura, com destaque para a aveia preta que
predomina nas áreas onde foram semeadas espécies para esta finalidade.
Com aumento dos preços em relação à semana anterior, a cotação média atingiu
valores próximos a R$ 100,00/sc. na regional de Santa Rosa, onde os produtores especulam
sobre a disponibilidade de adubos para a implantação da próxima safra, preocupados com as
restrições nas fábricas em decorrência da pandemia.
Na regional de Pelotas, produtores renegociam as dívidas, tanto de custeio quanto
de investimento, já que a estiagem comprometeu a receita da atividade. Também como
reflexo das perdas, as negociações dos arrendamentos para a próxima safra apontam
redução nos valores cobrados e ampliação dos prazos dos contratos. Na semana, os preços
alcançaram R$ 110,00/sc. em Rio Grande.
Milho
Em período de entressafra, os produtores planejam o próximo ciclo atentos ao
lançamento do Plano Safra 2020-2021 que trouxe novas taxas de juros para o custeio das
lavouras. O preço da soja – principal cultura concorrente por área com o milho no RS, é um
fator que impacta na decisão do agricultor no momento de optar por um dos cultivos, e o
indicativo é que as áreas com o cereal deverão manter-se estáveis para a próxima safra.
O Programa Troca-Troca de sementes, coordenado pela Secretaria de Agricultura,
Pecuária e Desenvolvimento Rural, atendeu 45.692 agricultores que fizeram pedidos para a
safra e 5.627 para a safrinha em todo o Estado.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, pequenas áreas semeadas pós-tabaco
ainda estão sendo colhidas. As condições climáticas do período preservam a umidade dos
grãos, e com isso não é possível a colheita, com perdas de qualidade no produto.
Em Santa Rosa, outra regional da Emater/RS-Ascar com cultivo de milho safrinha, as
lavouras foram destinadas para produção de silagem devido à baixa produtividade de grãos
em decorrência da estiagem.
Na regional de Caxias do Sul, os produtores que armazenam o milho em silos
secadores estão conseguindo comercializar o grão por um valor bem acima daquele
praticado em geral pelo mercado, chegando a R$ 60,00/sc. em São Francisco de Paula.
Arroz
Com o período da entressafra e os preços se mantendo estáveis, os produtores
demonstram-se satisfeitos com os rendimentos obtidos.
Na regional de Pelotas, a maioria dos produtores aproveitou as restevas para o
forrageamento dos bovinos de corte. Nas áreas com melhor condição de drenagem, é
realizado o preparo antecipado para a próxima safra.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 9, 25 jun. 2020
Na regional de Porto Alegre, os produtores dedicam-se à limpeza e revisão dos
maquinários; alguns fazem a incorporação superficial da resteva com uso de rolo-faca e/ou
grade. No período, também são realizadas as coletas de amostra de solo para análise.
Hortigranjeiros
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
OLERÍCOLAS
Na regional de Ijuí, o clima da semana foi favorável à realização de todas as
operações na atividade de produção de olerícolas. Há bom desenvolvimento das culturas e
baixa incidência de pragas e doenças. A cultura da mandioca apresenta aumento de fibra na
raiz tuberosa, dificultando o cozimento. Produtores aceleram a colheita da cultura, realizam
o processamento (descascamento) e estocam nas câmaras frias. Segue alta a demanda de
mudas de hortaliças para implantação de hortas domésticas. Produtores que haviam
paralisado a atividade pelas dificuldades causadas pela estiagem e pela pandemia
retomaram a produção de olerícolas. Em fase final a implantação da cultura da cebola,
pouco expressiva na região. Folhosas seguem com excelente desenvolvimento, beneficiadas
pelo clima mais quente, com plantas mais vigorosas, maior número de folhas, bem
desenvolvidas e tenras. Melhora significativa na qualidade da beterraba comercializada na
região; crescimento rápido da raiz tuberosa, proporcionando produto de bom tamanho e
baixa quantidade de fibra, com grande aceitação pelos consumidores. A comercialização
está aumentando gradativamente.
Na regional de Santa Rosa, a ausência de chuvas na última semana favoreceu o
plantio e transplante de mudas em canteiros novos, bem como o bom desenvolvimento e o
crescimento das olerícolas em geral. O bom volume de produção e a excelente qualidade
promoveram redução de preço do produto no mercado, de modo especial das folhosas. O
preço recebido pela unidade de folhosas e por maço de tempero verde gira em torno de R$
2,00; já o tomate está sendo comercializado ao preço médio de R$ 3,00/kg e o tomate-
cereja, a R$ 12,50/kg. Cebola praticamente toda transplantada e em processo de pega das
mudas e desenvolvimento vegetativo; mudas vendidas a R$ 12,00/cento. Alho em
desenvolvimento vegetativo; até o momento, apresenta boa sanidade. Produtores de alho e
cebola realizam a capina para a eliminação das ervas. Inicia a procura por sementes de
batata inglesa; alguns produtores têm sementes guardadas para plantio, realizado
tradicional e culturalmente no final de junho, por ocasião de São João. Ervilha em
desenvolvimento vegetativo. Escritórios municipais da Emater/RS-Ascar organizam os
pedidos de compra de mudas de qualidade de diversas olerícolas, como batata, batata-doce,
cebola e alho, a fim de promover e estimular o plantio diversificado de alimentos para o
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 10, 25 jun. 2020
consumo da família e como alternativa para comercialização; assim, além de organizarem as
encomendas de mudas, técnicos orientam sobre plantio e manejo dos cultivos.
Na regional de Bagé, o clima ensolarado com períodos nublados e temperaturas
amenas foi favorável às práticas de cultivo. Na Campanha, a adequada umidade do solo
permitiu a realização da semeadura de hortigranjeiros para produção de sementes. As
lavouras de coentro são estabelecidas em diferentes épocas para minimizar riscos. Clima
favorável também para a produção de alface, tempero verde, couve, rúcula, mostarda e
brócolis; produtos de boa qualidade. A demanda está aquecida. Embora feiras de
comercialização direta tenham sido retomadas, em alguns municípios persistem dificuldades
causadas pela pandemia. As vendas para mercados institucionais, tais como Exército e
prefeituras municipais, têm abrandado as dificuldades de colocação da produção.
Na regional de Santa Maria, os preços praticados foram os seguintes: alface a R$
15,00/dz., repolho a R$ 3,75/kg, rúcula a R$ 4,00/kg, tomate a R$ 80,00/cx. de 24 quilos,
mandioca e batata-doce a R$ 20,00/cx. de 20 quilos.
Na regional de Pelotas, tomate e pimentão com colheita encerrada. A região é
abastecida com produção de fora. Repolho, couve-flor, brócolis e batata-doce seguem com
boa oferta; alface em aumento de oferta; cenoura e milho verde com pouca oferta. Segue a
colheita da mandioca/aipim. Milho verde e milho doce em final de colheita. Produtores de
pimenta comercializam a produção; cultura em entressafra.
Preços médios praticados na região de Pelotas Produto Unidade Preço (R$)
Alface cx. com 18 unid. 8,00 a 10,00
Agrião da água molho 1,50 a 2,00
Batata-doce |branca/amarela cx. com 20 kg 35,00 a 40,00
Brócolis unid. 2,00 a 2,50
Cebolinha molho 1,20 a 1,50
Cenoura cx. com 20 kg 45,00 a 50,00
Couve molho 0,60 a 0,70
Couve manteiga molho 0,80 a 1,00
Couve-flor unid. 3,00 a 3,50
Mandioca/aipim com casca kg 1,50 a 2,00
Mandioca/aipim sem casca kg 6,00
Milho verde e doce unid. 0,30 a 0,35
Pimentão cx. com 10 kg 25,00 a 30,00
Repolho unid. 1,00 a 1,50
Salsa molho 2,00 a 2,40
Tomate cx. com 20 kg 40,00 a 50,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.
Com as condições climáticas favoráveis ocorridas na regional da Emater/RS-Ascar de
Soledade, os cultivos se desenvolveram de forma satisfatória. No entanto, a alta umidade
relativa do ar, ainda que normal para esse período do ano, favorece o desenvolvimento de
doenças fúngicas.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 11, 25 jun. 2020
Alface
Em Bom Princípio, na regional de Lajeado, o preço da alface segue caindo. Na
comercialização na Ceasa da capital, os produtores receberam entre R$ 3,00 e R$ 6,00/dz., e
há sobra de produto. Na Ceasa de Caxias, o preço recebido é melhor, entre R$ 8,00 e R$
10,00/dz. Em São José do Hortêncio, após o período de escassez hídrica, o cultivo de alface
vem retomando a normalidade, e aumentou o volume de água dos açudes para irrigação.
Não há registros de perdas de produção. A cotação média nas Ceasas para alface crespa, lisa
e americana variou de R$ 4,00 a R$ 6,00/dz.
Com as condições climáticas favoráveis na regional de Soledade, há bom
desenvolvimento e crescimento de folhosas e boa oferta no mercado.
Berinjela
Na regional de Lajeado, segue a colheita em São Sebastião do Caí, até que ocorra a
primeira geada significativa. A berinjela foi comercializada a R$ 35,00/cx. de 10 quilos.
Cebola
Na regional de Caxias do Sul, as mudas estão com bom desenvolvimento e ótima
sanidade; algumas apresentam diâmetro e número de folhas próximos ao ponto de
transplante, pois já chegam a cerca de 70 dias da semeadura, normalmente feita em abril e
com variedades precoces. O manejo das plantas daninhas na sementeira se deu de maneira
satisfatória entre grande parte dos agricultores. Alguns já se preparam para iniciar o
transplantio no final deste mês e no início de julho, através da preparação dos canteiros com
incorporação de adubos orgânicos, essencialmente cama de aviário. Nas últimas
sementeiras implantadas da variedade Crioula, as mudas também estão emergidas,
demonstrando ótima uniformidade e bom vigor. Foi dada sequência aos preparativos para a
instalação das lavouras, como o envio de amostras do solo para análise da fertilidade,
aquisição de insumos e pré-preparo das áreas a serem cultivadas.
Na regional de Pelotas, a semeadura para produção de mudas foi finalizada. As
mudas nas sementeiras apresentam bom desenvolvimento. Ambiente mais frio e com alta
umidade requer cuidados redobrados e manejo preventivo com tratamentos fitossanitários
para controle de doenças. Seguem as atividades de transplante da cebola, principalmente
das cultivares precoces. Estima-se que 6% da área já tenha sido transplantada, atividade
favorecida pela alta umidade no solo dos canteiros.
Mandioca/Aipim
Na regional de Lajeado, segue a colheita. Em Cruzeiro do Sul, onde são cultivados
320 hectares de aipim, a estiagem causou redução do número de raízes por planta, e estas
demoraram mais para engrossar, influenciando o rendimento que ficou abaixo do histórico.
A sanidade, entretanto, é elevada. O preço pago ao produtor está entre R$ 20,00 e R$
24,00/cx. de 20 quilos, na propriedade. Em São José do Hortêncio, são cultivados 550
hectares, e a colheita está quase encerrando. Não há mais registros da presença da mosca
branca. O preço médio de comercialização na Ceasa foi de R$ 25,00/cx. de 20 quilos.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 12, 25 jun. 2020
Na regional de Porto Alegre, o risco de ocorrência de geadas – prejudiciais às
lavouras – e de perda de qualidade de cozimento induz os agricultores a incrementarem a
oferta. Este contexto levou à redução de 20 centavos no preço do quilo de mandioca
congelada para as agroindústrias. Na entrega direta e nas feiras do produtor, o preço médio
é de R$ 30,00/cx. de 20 quilos. Na Ceasa, produtores recebem em média R$ 25,00/cx. de 20
quilos. O volume comercializado é baixo, desfavorecendo os produtores, pois não absorve a
oferta de mandioca em casca.
Milho verde
Em Bom Princípio, na regional de Lajeado, como ainda não ocorreu geada, os poucos
produtores que conseguiram fazer uma safrinha estão colhendo milho verde, comercializado
a R$ 0,50/unid.
Na regional de Soledade, ainda há colheita de milho verde, principalmente no Baixo
Vale do Rio Pardo (Venâncio Aires e Mato Leitão) e em Mariante. O preço está em R$
0,40/espiga.
Moranga Cabotiá
Em Cruzeiro do Sul, na de Lajeado, seguem a comercialização da moranga Cabotiá
estocada e a produção da safrinha. O preço recebido pelo produtor permaneceu em R$
15,00/sc. de 20 quilos. Em São Sebastião do Caí, produtores comercializaram a Cabotiá a R$
25,00/sc. de 20 quilos e a moranga comum, a R$ 20,00/sc. de 20 quilos.
Na de Soledade, produtores mantêm os frutos armazenados em galpões e
comercializam conforme demanda do mercado. O preço recebido pelo saco de 20 quilos de
Cabotiá é de R$ 20,00 e o de moranga vermelha é de R$ 8,00.
Pimentão
Em Bom Princípio, na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, o pimentão em
ambiente protegido segue com boa produção. Os preços de comercialização são
considerados bons e seguem estáveis. Em São Sebastião do Caí, segue a colheita, com
redução de volume. Não há registro de problemas fitossanitários significativos. O pimentão
verde foi comercializado a R$ 35,00/cx. de 10 quilos.
Na regional de Porto Alegre, a cultura está em desenvolvimento vegetativo e
colheita. Segue o manejo da lavoura com práticas culturais. A produtividade é reduzida em
função da estiagem. O produto está sendo comercializado com pequena alta na semana, a
R$ 34,00/cx. de 14 quilos para classificação extra, preço considerado razoável pelos
agricultores, visto que é um cultivo de baixo investimento.
Tomate
Na regional de Caxias do Sul, a produção de tomate mantém-se somente em cultivos
em estufa. A oferta proveniente desses cultivos não atende todo o abastecimento local, e
com isso ocorre a entrada do produto de outras regiões e estados. O mercado se mostrou
em queda na última semana, condicionada pela maior oferta oriunda de outros estados e
também pela baixa demanda, principalmente do setor de restaurantes, que reduziu
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 13, 25 jun. 2020
consideravelmente a compra em virtude da pandemia. Na Ceasa Serra, a maior variação foi
do grupo longa vida, com retração de 41,3%; o preço médio manteve-se em R$ 2,13/kg. O
preço na propriedade ficou em média a R$ 30,00/cx. de 22 quilos.
Na de Soledade, ainda estão em produção cultivos de tomate em estufas; no
entanto, as condições climáticas já são desfavoráveis, por isso o crescimento e
desenvolvimento são comprometidos. Além disso, aumenta a incidência de doenças
fúngicas, principalmente oídio, que muitos produtores manejam com calda bordalesa.
FRUTÍCOLAS
Na regional de Ijuí, na semana que passou foi realizada a adubação de reposição das
culturas, principalmente as rosáceas e as videiras. Culturas dos citros em colheita, com
grande oferta de bergamotas. Registrou-se aumento do ataque de mosca-das-frutas,
necessitando maior monitoramento e controle. As áreas de morangueiro implantadas neste
ano estão com excelente pegamento das mudas; folhas com desenvolvimento vigoroso. A
produção ainda é pequena nas áreas de segundo ano, mas com frutos de boa qualidade e
saborosos. Segue com muita intensidade a comercialização de mudas frutíferas dos
viveiristas de Ijuí. Inicia a poda das rosáceas nos municípios localizados mais ao Norte da
região. O preço médio da bergamota caiu para R$ 1,72/kg; da laranja, aumentou para R$
1,75/kg e o do morango permaneceu em R$ 20,00/kg.
Na regional de Santa Rosa, as temperaturas da última semana foram muito
desfavoráveis às plantas que necessitam de frio, pois a presença de calor vem quebrando a
dormência das mesmas; o pêssego, por exemplo, está com início de floração. Seguem em
plena colheita laranjas Salustiana e do Céu e bergamotas Ponkan, Caí, Dansi e comum. O
preço permanece em R$ 1,50/kg. Morango em início da produção; a boa luminosidade e as
temperaturas amenas são favoráveis à cultura, garantindo boas produtividades e excelente
sanidade; fruta comercializada a R$ 14,00/kg. Continua a entrega de mudas de morango
variedade San Andreas, encomendadas através da Emater/RS-Ascar. Agricultores iniciam o
tratamento de inverno das videiras para o controle de cochonilhas e doenças foliares.
Citros
Na regional de Porto Alegre, segue a colheita de citros. A oferta é baixa. Substituindo
a Ponkan, entrou no mercado a bergamota Caí; essa alavanca a procura de frutas. Os preços
recebidos nas propriedades para a caixa de 20 quilos são os seguintes: limão Taiti e
bergamota Caí a R$ 20,00; laranja de umbigo a R$ 25,00; do céu e Shamouti a R$ 18,00 para
mesa e Shamouti para indústria a R$ 6,00/cx.
Na regional de Passo Fundo, segue a colheita de citros: laranja Salustiana (Rubi e
Iapar), de umbigo e do céu, além da bergamota Ponkan; iniciou a colheita da Montenegrina.
Não foi realizada a colheita de laranja-lima por conta de redução da procura por essa
variedade. As frutas colhidas são de tamanho reduzido devido à seca, o que resulta em
menores preços aos produtores.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 14, 25 jun. 2020
Preços praticados na região de Passo Fundo
Produto Variedade Unidade Preço (R$)
Laranja mercado Rubi e Iapar cx. de 25 quilos 14,00
Laranja indústria Rubi e Iapar ton. 300,00
Laranja Umbigo cx. de 25 quilos 17,00
Laranja Lima cx. de 25 quilos 24,00
Laranja Céu cx. de 25 quilos 17,00
Bergamota Ponkan cx. de 25 quilos 14,00
Bergamota Montenegrina cx. de 25 quilos 25,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Passo Fundo.
Na de Erechim, bergamotas de ciclo médio foram colhidas, e grande parte foi
destinada ao mercado de suco. A Montenegrina, mais tardia, encontra-se em início de
maturação com calibre reduzido em função da estiagem. Variedades precoces de laranja
como Rubi, do Céu, Iapar e Salustiana estão em fase final de colheita. Apesar do brix baixo,
em torno de 10, produtores começam a colher a Valência. O preço pago ao produtor é de R$
0,26 a R$ 0,35/kg para indústria, e de R$ 0,50/kg de frutos para mesa.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, as condições climáticas da semana
foram bastante propícias para o desenvolvimento da cultura da bergamota, à manutenção
da sanidade das plantas e frutos e aos avanços na maturação e sabor. Plantas evidenciam
grandes cargas de frutos, pois a prática cultural do raleio foi quase que suprimida, haja vista
o estado de estressamento causado pela deficiência hídrica ao qual as plantas foram
submetidas. Esses dois fatores – excesso de carga e insuficiente suprimento de água na fase
do pico de crescimento – corroboraram para gerar frutos de calibre bem abaixo do potencial
da cultura e do esperado pelo produtor. Pomares se mantêm indenes de maiores problemas,
como a incidência da pinta-preta e do ataque da mosca-das-frutas, principal praga da
fruticultura da Serra. Além da colheita, citricultores realizam práticas de adubação de
cobertura, roçadas das ervas de ocorrência espontânea e tratamentos fitossanitários para
prevenção de infecção por fitopatias. O preço médio praticado na propriedade é de R$
1,10/kg para Caí, Pareci e Ponkan.
Na Frederico Westphalen, o estado fitossanitário das laranjas é bom; há ataque de
mosca-das-frutas em algumas áreas não manejadas. Com o alto volume pluviométrico
ocorrido na primeira quinzena de junho, verificou-se a recuperação dos pomares que
vinham sofrendo com a estiagem. Consequentemente, o calibre das frutas aumentará, em
especial o das variedades Valência e Folha Murcha, favorecendo assim uma diminuição das
perdas decorrentes da estiagem. Os preços das laranjas de umbigo Navelina e Bahia
sofreram retração; as frutas são comercializadas a valores entre R$ 0,50 e R$ 0,80/kg; nas
variedades precoces de bergamota, Caí e Ponkan, o preço pago ao produtor está entre R$
0,60 e R$ 0,90/kg. Com cerca de 80% dos pomares colhidos, estão em fase final de colheita
as variedades Iapar 73, Rubi e Salustiana; o valor varia de R$ 12,00 a R$ 14,00/cx. de 25
quilos para consumo in natura e de R$ 270,00 a R$ 320,00/t da fruta destinada para a
indústria.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 15, 25 jun. 2020
Morango
Na regional de Caxias do Sul, na última semana, o volume de morangos colhidos
pelos produtores foi mediano. A alta temperatura e a intensa insolação favoreceram o
desenvolvimento e a maturação dos frutos. Em lavouras localizadas nas áreas mais quentes,
verificou-se importante incidência de Drosophila suzukii, causando danos significativos e
demandando medidas específicas de controle. Produtores continuam no aguardo das mudas
de variedades de dia neutro importadas da Argentina e do Chile, para a realização de novos
plantios e renovação de áreas de mudas velhas. A comercialização ocorreu dentro da
normalidade. Na venda direta ao consumidor, o valor recebido ficou, em média, entre R$
12,00 e R$ 16,00/kg. Na venda para mercados, fruteiras e Ceasas, o valor praticado variou
entre R$ 10,00 e R$ 15,00/kg.
Em Bom Princípio, na regional de Lajeado, são cultivados 35 hectares de morango; a
cultura se desenvolve bem com o tempo ensolarado e as temperaturas amenas, condições
adequadas à fisiologia do morangueiro. As mudas vindas do Chile e plantadas entre 40 a 60
dias atrás já estão florescendo e produzindo os primeiros frutos. Mudas nacionais, com 30
dias de plantio, já colocam as primeiras flores. Registram-se os primeiros focos de ácaro e a
incidência de oídio, que requerem atenção. A produção mais significativa do momento vem
das plantas manejadas para o segundo ciclo. O preço de venda do morango segue bom; o
valor da caixa com quatro bandejas, cerca de um quilo, varia de R$ 15,00 a R$ 20,00.
COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS
Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da
Ceasa/RS, 18 produtos ficaram estáveis em preços, quatro apresentaram alta e 13, baixa.
Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos
que tiveram variação de preços em 25% para cima ou para baixo. Dois produtos se
destacaram em alta e dois em baixa.
A tradicional queda no poder aquisitivo da população com a proximidade do final do
mês, aliada aos efeitos econômicos negativos gerados pela pandemia da Covid-19,
promoveu a continuidade de queda na demanda, situação já evidenciada na semana
anterior. A baixa nos preços de alguns produtos também teve origem no aumento dos
volumes ofertados por razão da intensificação de aprontamento das lavouras nas
respectivas regiões produtoras, como foi o caso da batata e do tomate, que apresentaram
queda de 54,17% e 54,58% respectivamente, entre 09 e 23 de junho corrente.
Produtos em baixa
Batata inglesa – de R$ 3,60 para R$ 2,20/kg (-38,89%)
Conforme o Cepea/Esalq/USP, os preços estão em queda devido à intensificação da
colheita da safra em várias regiões: Paraná, Rio Grande do Sul, Sudoeste paulista, Sul de
Minas Gerais e Cerrado mineiro e Cristalina (GO). O órgão de pesquisa comenta que, com
maior oferta e baixa demanda, a tendência é que a batata continue se desvalorizando nas
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 16, 25 jun. 2020
próximas semanas, uma vez que a oferta tende a aumentar com a intensificação da safra das
secas e com o início da safra de inverno.
Morango – de R$ 18,00 para R$ 10,00/kg (-44,44%)
Após um período de procura elevada devido ao evento do Dia dos Namorados,
quando os preços do morango tiveram alta considerável, neste momento, com a
normalização do consumo e o amadurecimento acelerado promovido pelas temperaturas
elevadas do período, a oferta é maior do que a procura, forçando os preços para baixo.
Produtos em alta
Alface – de R$ 0,50 para R$ 0,67/pé (+34,00%)
Os preços praticados apenas retornaram ao patamar em que se encontravam na
primeira quinzena deste mês. A oscilação teve origem numa momentânea alteração nos
níveis de procura, pois os volumes ofertados estão normais e a qualidade está muito boa.
Vagem – de R$ 5,00 para R$ 7,00/kg (+40,00%)
Nesta época, a maior parte do abastecimento de vagem é feito através de outras
regiões produtoras como o Sudeste, principalmente. A produção é variável conforme a
situação do clima, visto que a floração da vagem é bastante sensível a oscilações de
temperatura, chuvas e umidade.
Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 16/06/2020
(R$)
23/06/2020
(R$)
Aumento
(%)
Abacate kg 2,78 3,05 +9,71
Alface pé 0,50 0,67 +34,00
Brócolis unid. 1,25 1,50 +20,00
Vagem kg 5,00 7,00 +40,00
Produtos em baixa Unidade 16/06/2020
(R$)
23/06/2020
(R$)
Redução
(%)
Batata kg 3,60 2,20 -38,89
Batata-doce kg 1,67 1,50 -10,18
Chuchu kg 1,94 1,67 -13,92
Laranja suco kg 1,39 1,25 -10,07
Limão Taiti kg 1,50 1,25 -16,67
Maçã Fuji kg 5,83 5,28 -9,43
Melão Espanhol kg 3,33 3,08 -7,51
Morango kg 18,00 10,00 -44,44
Ovo branco dz. 3,89 3,83 -1,54
Pepino salada kg 2,25 2,00 -11,11
Pimentão verde kg 3,50 3,00 -14,29
Repolho verde kg 0,50 0,40 -20,00
Tomate-caqui longa vida kg 1,67 1,39 -16,77
Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 17, 25 jun. 2020
Outras Culturas
Silvicultura
Nas florestas comerciais de eucalipto da regional de Bagé, a produtividade
permanece entre 260 e 580 metros cúbicos por hectare, segundo levantamentos de
inventários florestais com idades entre oito e 12 anos, realizados por empresas. Em alguns
locais, a produção superou a expectativa inicial. A produção das florestas de acácia-negra
está entre 250 e 350 metros cúbicos por hectare em plantios com idades entre oito e 11
anos. A madeira é destinada principalmente à produção de celulose e energia, e a casca da
acácia, para produção de tanino. As florestas seguem com bom desenvolvimento das
árvores; grande parte das florestas está em estágio de engrossamento do caule para
produção de madeira. Nas áreas recém-implantadas e em estágio condizente, produtores
conduzem a brotação e realizam a prática de desbrota, deixando de um a dois brotos por
cepa. Outras práticas de manejo são controle de formigas, adubação, capina, roçada nas
florestas jovens e nas adultas, nas quais normalmente há gado na área na qual realizam a
limpeza na vegetação concorrente.
A comercialização do eucalipto do Programa Poupança Florestal é paga em duas
vezes aos produtores e permanece estável: aos 7,5 anos de idade, mediante inventário
florestal, recebem R$ 34,50/m3 em pé e com casca por 70% do volume apurado na medição;
no acerto final, por ocasião do corte, recebem de R$ 45,00 a R$ 50,00/m3 em pé mediante
novo inventário florestal que apura o crescimento ocorrido. Na estação fria, aumenta a
oferta de lenhas em Bagé; preço de R$ 80,00/m empilhado, entregue ao consumidor, com
queda de 5% no preço praticado e grande demanda no momento. O preço da casca da
acácia-negra é composto de R$ 350,00/t ao produtor mais o valor do frete para ser posto em
Montenegro ou Estância Velha. A madeira é cotada de R$ 88,00 a R$ 100,00/m, posta em
Rio Grande.
Na regional de Porto Alegre, os preços praticados são os seguintes:
Categoria Preço (R$)
Resina 2,90 a 3,20/kg
Lenha de acácia-negra 55,00/m³
Madeira 180,00/m³ ou 95,00/t
Lenha 35,00/m³
Lenha rachada 120,00 a 150,00/m³
Casca de acácia-negra 240,00/t
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.
Na regional de Soledade, é realizado o plantio de eucalipto; são áreas pouco
expressivas em função da baixa remuneração da lenha e da madeira. Por outro lado, muitos
produtores plantam para a uso de lenha e madeira na propriedade, e ocupam áreas não
mecanizadas.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 18, 25 jun. 2020
O preço da lenha de eucalipto permanece estável a R$ 40,00/m³, posta no local do
comprador. A lenha em pé (venda no mato, sem o serviço de corte, empilha e transporte) é
vendida a preços em torno de R$ 18,00/m3, valor que desestimula os produtores que não
dispõem de mão de obra para o serviço de corte e empilha da lenha. O preço pago pela
madeira de eucalipto (toras) baixou, ficando entre R$ 60,00 e R$ 90,00/m3, dependendo da
oferta local.
Criações
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
PASTAGENS
A última semana foi excelente para o crescimento de pastos. As pastagens perenes
de verão como tífton e campo nativo reduzem a capacidade de rebrote, mas como ocorreu
apenas geada fraca e como as temperaturas foram amenas, continua o rebrote, ainda
proporcionando pastejo de bovinos. Apesar da época, as pastagens de verão de campos
nativos continuam ofertando volumoso; o clima da semana foi favorável para essas espécies,
e a resposta em rebrote foi razoável.
No entanto, os campos nativos nos Campos de Cima da Serra apresentam péssimas
condições e volumes; resta apenas macega de péssima qualidade para os bovinos se
alimentarem. A geada agravou mais ainda a situação dos campos naturais.
As condições climáticas da semana, com temperaturas amenas, boa radiação solar e
ótima umidade do solo, favoreceram as pastagens de inverno formadas por aveia, azevém e
trigo duplo propósito, apresentando excelente desenvolvimento, melhorando a atividade
fotossintética e por consequência aumentando a área foliar e o volume ofertado.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, em locais nos quais ocorreram
maiores volumes e melhor distribuição de chuvas em maio, as pastagens de aveia foram
diferidas com a retirada dos animais. Essas pastagens se recuperam e apresentam ótimo
rebrote. Porém, as pastagens no geral ainda estão atrasadas; houve atraso na semeadura
devido ao longo período de escassez de chuvas. Produtores continuam tendo cuidado com o
pastejo das áreas de aveia, controlando a lotação de animais para evitar perdas de pasto por
pisoteio.
Na regional de Ijuí, o solo mais seco diminuiu os danos de pisoteio dos animais e o
arranquio de plantas durante o pastejo. Foi finalizada a implantação de trigo destinado à
confecção de silagem. Segue a implantação das pastagens, assim como na regional de Porto
Alegre, escalonando a semeadura. Diminuiu a utilização de azevém espontâneo com
utilização de espécies com maior valor nutricional e melhor relação colmo/folha.
Na regional de Santa Rosa, as pastagens anuais de inverno estão sendo pastejadas e
apresentam excelente rebrote; recebem a adubação nitrogenada em cobertura para ampliar
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 19, 25 jun. 2020
a oferta de forragem tanto na quantidade como na qualidade nutricional. Produtores são
orientados para que em caso de sobra de pasto, reservem alguns piquetes para posterior
corte e reservação de alimento em forma de feno ou silagem pré-secado.
BOVINOCULTURA DE CORTE
Os animais apresentam melhora no escore corporal à medida que inicia o manejo dos
rebanhos em pastagens cultivadas. Criadores que dependem do campo nativo suplementam
com sal proteinado, feno de tífton, resíduos de soja e de arroz. Contudo, os animais ainda
não estão prontos para o mercado de carnes.
Nas regionais de Bagé e Caxias do Sul, há pouca oferta de gado gordo para o abate,
não respondendo a demanda apresentada pelos frigoríficos. Na Campanha, pecuaristas
familiares formam lotes com outros criadores, viabilizando vendas para frigoríficos de Bagé,
Caçapava do Sul e Pelotas.
A venda de animais para recria e engorda ocorre de maneira regular, crescendo à
medida que aumenta a área disponível de pastagens de aveia. Com o aumento da utilização
de pastagens cultivadas e da demanda por animais, os preços de terneiros e novilhos
apresentaram elevação.
No geral, os rebanhos recuperam o escore corporal, com ganho de peso dos animais
em pastejo, em todas as categorias. As matrizes estão na fase de parição. Produtores
realizaram controle de parasitas internos, externos e clostridioses.
Comercialização
Nesta semana, os preços médios do boi e da vaca para abate no Rio Grande do Sul
continuaram em escalada de alta, que ocorre há várias semanas consecutivas. O preço do
boi foi de R$ 6,85 para R$ 7,03/kg vivo, aumentando de 2,63%; o da vaca subiu 2,35%,
passando de R$ 5,97 para R$ 6,11/kg vivo. Em comparação com valores registrados há um
ano, o preço atual do quilo vivo do boi está 26,67% maior.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2133, de 25 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 20, 25 jun. 2020
Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria
(R$ por kg/cab.)
Região de
Bagé
Região de
Porto Alegre
Região de
Caxias do Sul
Bossoroca Região de
Pelotas
Boi gordo (kg) 6,80 7,80 7,30 7,35 7,00
Vaca gorda (kg) 5,80 6,80 6,30 6,75 6,00
Vaca de invernar (kg | cab. | kg) 5,00 1.750,00 5,30 4,55 -
Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.650,00 - 3.000,00 -
Novilha (cab.| kg) - 2.150,00 5,40 6,50 -
Novilho (kg | cab. | kg) 6,50 2.300,00 6,80 6,75 -
Terneira (kg) - 6,90 - 7,25 -
Terneiro (kg) 7,00 8,00 7,20 7,40 7,65
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
BOVINOCULTURA DE LEITE
A grande maioria dos produtores está manejando as matrizes em lactação nas
forrageiras de inverno. Tal condição reflete rapidamente no aumento da quantidade de
leite; assim, aos poucos, a produção retorna ao esperado para o período. O volume de leite
produzido segue em elevação, com pouca variação no número de produtores. No entanto,
embora já estabilizadas, ainda são relatadas perdas de 32% na produção leiteira na regional
da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen.
Os custos de produção foram reduzidos com a utilização de forrageiras anuais de
inverno, que apresentam excelente qualidade nutricional, permitindo diminuir o teor de
proteína da ração fornecida aos animais. O clima mais seco reduz os problemas com
acúmulo de barro, melhorando as condições de manejo dos animais.
No geral, as condições sanitárias dos rebanhos de leite permanecem satisfatórias,
mediante a utilização de práticas de manejo e de medicamentos para controle de
parasitoses.
OVINOCULTURA
De modo geral, os animais ainda apresentam boas condições corporais, na maior
parte das regiões do Estado. O outono seco favoreceu a condição de sanidade dos rebanhos
ovinos. Um manejo importante para este período é a limpeza pré-parto, com tosquia
higiênica da região da cauda, períneo e úbere. A fase predominante é a gestação dos
ventres. Alguns rebanhos de cria de raças laneiras já iniciaram a parição. Seguem os
cuidados fundamentais na parição, com revisão de partos três vezes ao dia.
Na regional de Bagé, criadores manejam o rebanho para pastagens de aveia e
azevém a fim de que os cordeiros ganhem peso até o final do ano, período que concentra a
maior demanda por esses animais. A sobrevivência em período de 72 horas pós-parto é
considerada adequada, favorecida pelas temperaturas de amenas a quentes ocorridas na
semana. Persiste o cuidado dos criadores com predadores de animais jovens e com fêmeas
em processo de parição.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 21, 25 jun. 2020
Na regional de Santa Rosa, a comercialização de ovinos está muito reduzida,
principalmente porque em muitas propriedades as matrizes continuam parindo; assim
ofertas de borregos só devem acontecer a partir de outubro, acentuando-se no final do ano.
Outro fator de redução é a queda da demanda, visto que grande parte da produção é
comercializada para churrascarias que, no momento, ou operam de forma muito reduzida
ou estão fechadas devido à pandemia.
Comercialização
Continuando com a oscilação registrada há várias semanas, o preço médio do
cordeiro para abate no Estado reduziu levemente nesta semana, passando de R$ 7,33 para
R$ 7,27/kg vivo; variação de -0,82%.
Na região de Bagé, os preços médios permaneceram estáveis: ovelha de cria – R$
300,00/cab., ovelha de consumo – R$ 250,00/cab., capão – R$ 6,00/kg vivo, cordeiro – R$
7,00/kg vivo.
Na de Pelotas, os preços de comercialização de ovinos foram os seguintes: ovelha –
de R$ 5,50 a R$ 6,00/kg vivo; capão – de R$ 6,00 a R$ 6,80/kg vivo; cordeiro – de R$ 7,00 a
R$ 8,00/kg vivo.
Na de Santa Rosa, a ovelha de descarte é comercializada a valores entre R$ 5,50 e R$
6,00/kg vivo; nas demais categorias, o preço é de R$ 6,80 a R$ 7,00/kg vivo. Na de Santa
Maria, o preço do cordeiro é de R$ 7,44/kg vivo.
APICULTURA
A semana de temperaturas amenas favoreceu o forrageamento dos enxames, que
buscam resinas em plantas nativas e coletam pólen e néctar das poucas floradas que
ocorrem na época. Foram vistas abelhas saindo de suas colmeias, embora a população tenha
reduzido significativamente em função do inverno. Eucaliptos têm trazido boa quantidade
de flores nas últimas semanas, promovendo grande movimentação de abelhas nestas
plantas. As floradas predominantes são de nabo e cipós nativos, apesar de escassas no Norte
do Estado. Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, áreas próximas ao rio Camaquã
têm floradas de plantas nativas mais resistentes à seca, como o açoita-cavalo.
Muitos apicultores já alimentaram seus enxames com alimentação proteica e
monitoram os enxames para acompanhar as reservas de alimentos. Aproveitando as
temperaturas mais elevadas, também realizaram alguns manejos com as colmeias, como
retirada de melgueiras, controle de varroa e redução de alvado. As chuvas das últimas cinco
semanas auxiliam na produção de néctar e pólen, e algumas colmeias já estão enxameando.
Na regional de Santa Rosa, apicultores ainda têm estoque de mel da última safra,
que inicia o processo de cristalização.
Comercialização
Na regional de Passo Fundo, também ocorre venda do mel fracionado das espécies
de abelhas sem ferrão a preços entre R$ 100,00 e R$ 150,00/kg.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 22, 25 jun. 2020
Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)
Bagé 4,00 24,00
Caxias do Sul 6,50 25,00
Erechim 12,00 22,00
Frederico Westphalen 10,00 20,00
Ijuí 15,00 21,00
Lajeado 5,10 a 5,70 15,00 a 20,00
Passo Fundo 12,00 22,50
Pelotas 4,80 a 15,00 13,00 a 25,00
Porto Alegre 5,00 a 10,00 20,00
Santa Rosa - 15,00 a 20,00
Soledade 7,00 a 8,00 12,00 a 15,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
PISCICULTURA
Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Erechim, Ijuí e Santa Rosa, a boa quantidade
de chuvas das últimas semanas melhorou e mesmo normalizou o nível das águas dos açudes.
Na de Ijuí, o aumento do volume de água nos tanques possibilitou a despesca de espécies de
carpas destinadas aos pesque-pague. É baixa a comercialização de pescado das espécies de
carpas.
Já na de Passo Fundo, as chuvas ainda não foram suficientes para reestabelecer o
nível total de todos os reservatórios utilizados para a criação de peixes. Nesse período de
entressafra, os produtores realizam adequações e manejo dos açudes para a próxima safra.
Foi registrada a ocorrência de endoparasitas durante despesca em alguns tanques.
A elevação da temperatura em relação à semana anterior propiciou maior consumo
de alimento. Os cuidados são redobrados no manejo de alevinos, devido às baixas
temperaturas, ao fornecimento de ração para os peixes em horários determinados e
suspensão nos períodos mais frios. Com a chegada do frio, as encomendas de alevinos estão
suspensas, devendo ser retomadas somente na entrada da primavera-verão.
Em Santa Rosa, foram elaborados projetos de microaçudes do convênio entre
Prefeitura Municipal e SEAPDR.
Comercialização
A comercialização é realizada basicamente em feiras municipais.
Preços pagos aos piscicultores Espécie Ijuí
(R$/kg vivo)
Erechim
(R$/kg)
Santa Rosa
(R$/kg)
Carpa Húngara 6,71 10,00 10,00
Carpa Prateada 6,40 10,00 10,00
Carpa Cabeça grande 6,67 10,00 10,00
Carpa Capim 7,65 12,00 12,00 a 15,00
Cascudo - - 18,00
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 23, 25 jun. 2020
Dourado - 29,00 -
Jundiá 8,66 18,00 -
Pacu - 15,00 -
Piava - - 18,00
Tilápia 5,52 25,00 (filé) -
Traíra - 13,00 -
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios regionais de Ijuí, Erechim e Santa Rosa.
PESCA ARTESANAL
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, a semana foi de sol e
nenhuma chuva, mar calmo, águas limpas e ausência de correntes marítimas frias. Tais
condições não foram favoráveis à pesca artesanal marítima, pois a ausência de correntes
frias e de ventos afasta os peixes da costa, prejudicando as capturas. É o caso da Tainha; em
pleno período de safra, não têm ocorrido capturas significativas, pois a ausência de
correntes frias não permite à espécie encostar nas águas do Litoral Norte. De maneira geral,
tais condições climáticas favoreceram as demais atividades de pesca, como a colocação das
redes no mar, e modalidades como a pesca de bote, porém com baixa produtividade nas
capturas. Aos poucos, devido à recuperação dos níveis de água nas lagoas, a pesca artesanal
em águas interiores apresentou melhores condições de captura. A pesca de rede fixa na
Lagoa dos Patos e Casamento foi viável na semana, mas com baixa produtividade.
Na região de Pelotas, a captura na pesca artesanal na Lagoa Mirim continua
melhorando; na Lagoa dos Patos, o defeso permanece até 30 de setembro. Em São José do
Norte, foi encerrada a pesca do Camarão; a safra ficou abaixo do esperado.
Na regional de Santa Rosa, com a redução do nível dos rios, pescadores devem
intensificar a pesca, aumentando a disponibilidade de pescado.
Comercialização
Na região de Pelotas, o Camarão com casca foi vendido a R$ 7,00/kg na Lagoa dos
Patos e a R$ 13,00/kg na Lagoa do Peixe.
Preços do pescado artesanal vendido inteiro na região de Pelotas Espécie R$/kg
Corvina 2,50 a 4,00
Tainha 3,00 a 6,00
Traíra 3,75 a 5,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.
Na regional de Porto Alegre, os preços permaneceram estáveis. A comercialização
tem apresentado sensível melhora com a oferta diversificada de peixes e de produtos
incidentais da pesca, como minhoca para isca, maçambique e marisco, esse dois
comercializados a R$ 20,00. Estes produtos movimentam a comercialização local e criam
novas possibilidades de renda. O preço médio do Camarão vendido diretamente ao
consumidor ficou a R$ 10,00/kg com casca e a R$ 37,50/kg descascado.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 24, 25 jun. 2020
Preços do pescado artesanal na região de Porto Alegre Espécie R$/kg peixe inteiro R$/kg peixe eviscerado R$/kg filé
Abrótea 4,00 - 19,00
Anchova - 13,50 -
Corvina 8,00 - -
Linguado - - 25,00
Merluza - - 25,00
Pampo - 6,00 -
Papa-terra - 12,00 16,00
Peixe-anjo - - 20,00
Pescada 18,00 - -
Pescadinha 6,00 - 16,00
Tainha 10,00 19,00 -
Violinha 12,00 - -
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre. Nota: Peixe-rei sem produção; Bagre, pesca proibida.
A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios
regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de
Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 25, 25 jun. 2020
Preços Semanais
COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES
(Cotações Agropecuárias nº 2133, 25 jun. 2020)
Produtos Unidade
Semana
Atual
Semana
Anterior
Mês
Anterior
Ano
Anterior
Médias dos Valores da
Série Histórica –
2015/2019
25/06/2020 18/06/2020 28/05/2020 27/06/2019 GERAL JUNHO
Arroz 50 kg 61,35 61,36 60,29 45,28 49,47 48,70
Boi kg vivo 7,03 6,85 6,60 5,55 6,13 6,31
Cordeiro kg vivo 7,27 7,33 7,23 6,65 6,91 6,84
Feijão 60 kg 204,47 208,13 196,18 150,01 202,28 199,13
Milho 60 kg 43,55 42,95 43,44 32,21 36,83 37,82
Soja 60 kg 102,03 97,01 98,95 74,71 82,20 82,75
Sorgo 60 kg 35,20 35,20 36,20 25,45 30,28 31,57
Suíno kg vivo 4,17 4,15 4,04 3,64 4,30 4,39
Trigo 60 kg 53,76 53,27 51,67 41,85 41,20 43,64
Vaca kg vivo 6,11 5,97 5,67 4,86 5,38 5,58
22-26/06 15-19/06 25-29/05 24-28/06
Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2133 (25 jun. 2020).
Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano
Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do
quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da
série histórica 2014-2018.
Notas Agrícolas
China aprova soja Intacta 2
A variedade passou por um longo processo de revisão e aprovação
A China aprovou nesta quarta-feira a tecnologia Intacta 2 Xtend, da Bayer. A
liberação é decisiva para o início do cultivo comercial em escala no Brasil, que vai exportar
para o gigante asiático. De acordo com a empresa, a decisão é “muito importante para o
lançamento da Plataforma Intacta 2 Xtend® no Brasil, previsto para a safra 2021/22”. Confira
o pronunciamento oficial da Bayer, enviado em primeira mão ao Agrolink:
Temos a satisfação de comunicar que o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da
China (MARA) concedeu certificado de segurança para importação de soja Intacta 2 para uso
em alimentos/ração. A Intacta 2 Xtend® será a próxima biotecnologia em soja que a Bayer se
prepara para trazer ao mercado brasileiro.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1612, p. 26, 25 jun. 2020
A Intacta 2 passou por um longo processo de revisão e aprovação conduzido pelo
governo Chinês e obter essa aprovação é muito importante para o lançamento da
Plataforma Intacta 2 Xtend® no Brasil, previsto para a safra 2021/22.
Após a aprovação chinesa, a biotecnologia aguarda aprovação na União Europeia. A
revisão científica da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) em relação à
biotecnologia foi concluída em 25 de setembro de 2019 e está pendente de autorização da
Comissão Europeia, que está prevista para o final deste ano.
Apesar desse importante passo em relação à China, continuaremos com todos os
requisitos de segurança (Stewardship) em nossos campos de testes, para a condução da
Safra 2020/21, até que a aprovação da biotecnologia ocorra na União Europeia.
Fonte: Agrolink (publicado em 24/06/2020).
Agricultura monitora nuvem de gafanhotos que avança pela Argentina
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e o Ministério
da Agricultura estão monitorando o avanço de uma nuvem de gafanhotos que vem
percorrendo a Argentina e hoje está na região de Santa Fé, a 250 quilômetros da fronteira
com o Rio Grande do Sul. O alerta às autoridades brasileiras foi feito pelo Serviço Nacional
de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa).
“É uma distância relativamente próxima. Se essa nuvem persistir e as condições
meteorológicas forem favoráveis ao ingresso da praga no Estado, pode afetar algumas
culturas e pastagens inclusive", conta o fiscal agropecuário Ricardo Felicetti, chefe da Divisão
de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.
O secretário Covatti Filho afirma que a pasta está monitorando junto com o
ministério para saber se haverá o ingresso na região da fronteira. “Estamos atentos a todo o
movimento e discutindo ações para preparar o Estado caso haja avanço da nuvem de
gafanhotos. O risco existe e não podemos ignorar” ressalta Covatti.
Relatos da mídia argentina dão conta de que a nuvem de gafanhotos teria vindo do
Paraguai e das províncias de Formosa e Chaco, onde há produção de mandioca, milho e
cana-de-açúcar. Seu deslocamento é influenciado pela direção dos ventos e a ocorrência de
altas temperaturas.
Flávio Varone, meteorologista da Seapdr, analisou as condições climáticas do período
atual para avaliar os riscos destes insetos chegarem ao Rio Grande do Sul. "A aproximação
de uma frente fria oriunda do sul vai intensificar os ventos de norte e noroeste,
potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto
Vale do Rio Uruguai. Contudo, a tendência de queda nas temperaturas e previsão de chuva
para todo o Estado nesta quinta-feira tende a amenizar o risco de dispersão da praga",
detalha.
Caso algum produtor identifique a presença destes insetos em grande quantidade, a
orientação é informar a inspetoria de defesa agropecuária da sua localidade.
Fonte: Seapdr (publicado em 23/06/2020).