Suplemento29 07 Final

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  • 7/21/2019 Suplemento29 07 Final

    1/142 Suplemento PVC

    Concreto + PVC

    Uma resina termoplstica leve, resistente e extrema-mente verstil envolve a rigidez e o vigor do concreto,revolucionando diversos conceitos no canteiro de obras.

    Essa novidade nem to nova assim o destaque destesuplemento. Falamos dessa mistura de concreto e PVC, de-senvolvida h mais de 25 anos no Canad e muito utilizadaem outros pases. O sistema construtivo Concreto-PVC estconstruindo sua histria no Brasil.

    Ele vem se somar a outras tecnologias e envolve empre-sas de grande porte, como a Braskem, fabricante de ter-moplsticos e fornecedora dessa matria-prima para outrasduas grandes do setor de PVC: a Royal Technologies do Bra-sil e a Vipal. Que no se assustem os desinformados com asimplicidade da proposta: o sistema representa um grandesalto qualitativo em obras de cunho social, como projetos

    habitacionais para comunidades de baixa renda, banheirospblicos, estaes compactas para tratamento de esgoto,postos de sade avanados e outras diversas aplicaes.

    O sistema construtivo constitudo por perfis modularesde PVC de encaixe perfeito, cuja leveza e simplicidade demontagem torna o processo absolutamente inovador. Seumiolo preenchido por concreto e ao. A facilidade deincorporar instalaes eltricas e hidrulicas, bem como apossibilidade de futuras ampliaes e variadas respostasde acabamento, quando desejado, do flexibilidade e ver-satilidade ao Concreto-PVC.

    A tecnologia embarcada envolve todos os avanos cien-

    tficos pelos quais os dois materiais passaram. Desde suadescoberta pelo qumico alemo Justus Von Liebig, em1835, o PVC tem se mostrado eficiente pela estanqueida-de, facilidade de higiene da superfcie, resistncia mecni-ca, durabilidade e elevada resistncia qumica. O concreto,por sua vez, tambm tem passado por constantes melhoriastcnicas. possvel obter alta performance tcnica de umdos materiais mais versteis de que se tem notcia.

    Essa unio faz do Concreto-PVC um sistema construtivodo futuro, uma alternativa eficiente para um mercado emfranca expanso. Que ningum duvide.

    Expediente

    Superviso: Luciano Nunes - Coordenao: Carlos Felipe de Almeida Nobre - Textos: Fred Paredes - Edio: Vanda Maria Mendona (MTb n 16.076)- Designers: Maurcio Colombo, Rogrio Oliveira - Fotos: Divulgao

    O sistema Concreto-PVC foi apresentadocom sucesso em Alagoas.

    Editorial

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    O sistema construtivo Concreto-PVC nasceu da junode dois importantes materiais, j consagrados pelaconstruo civil: o concreto e o PVC. Leves e modula-

    res, os perfis de PVC so unidos por um sistema per-feito de encaixe, compondo um desenho que remetes frmas convencionais de madeira usadas em con-cretagem (porm, diferentemente destas, no seroremovidas). O interior dessa estrutura, cuja espessuravaria de acordo com a destinao paredes externascom funo estrutural ou divisrias internas , en-to preenchido pelo concreto, tornando-se autoportan-te (com rigidez mecnica suficiente para se sustentarcom apoio em uma s extremidade).

    Todo o cabeamento eltrico e as instalaes hidrulicas so

    incorporadas aos perfis por meio de condutes ou perfis espe-ciais. O sistema permite futuras ampliaes e variadas respos-tas de acabamento quando desejado, tornando-o verstil e flex-vel. A rapidez de instalao, a limpeza na obra e a economia emescala esto entre as diversas vantagens desse sistema.

    Viso do cliente

    O engenheiro Guilher-me Guaragna, da Petro-qumica Paulinia, queacompanha a obra coma Odebrecht, um dosadeptos da nova tecnolo-gia por entender que elase adequou perfeitamen-te ao modo de vida dosbrasileiros, aps a con-quista do mercado euro-peu e norte-americano.

    O sistema construtivoConcreto-PVC comeou aganhar espao no Brasila partir deste milnio,sentencia.

    Casamento perfeitoDois materiais, um sistema. O casamento do concreto com o PVCconsolida-se como importante sistema construtivo.

    O caminho do PVC

    Aps serem submetidas a um processo de polimerizao, as molculasde MVC formam outra muito maior o poli cloreto de vinila (PVC), um

    p branco muito fino. Esse plstico contm 43% de eteno (derivado

    do petrleo), mas a maior parte de seu peso (57%) provm do cloro(derivado do cloreto de sdio encontrado no sal marinho).

    Guilherme Guaragna

    Conceito

    gua+ Sal

    Soda Custicae Hidrognio

    Eletrlise

    Salmoura

    Cloro

    Eteno

    Destilao

    Petrleo

    Resina de PVC:57% de cloroe 43% de eteno

    MisturaPVC +Aditivos

    Composto de PVC

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    Segundo ele, o sistema foi inicialmente desenvolvido para al-gumas regies do planeta nas quais as condies climticase o custo da mo-de-obra eram impeditivos para o cumpri-mento de um prazo razovel de construo. O Concreto-PVCest ganhando espao no Brasil por se caracterizar como umsistema mais rpido, utilizando mo-de-obra reduzida, almde ser mais competitivo em termos econmicos, uma vez quereduz encargos financeiros e tambm o custo final da obra.

    Guaragna sabe do que est falando. A Petroqumica dePaulnia onde atua como Dir. Superintendente e trabalhaem conjunto com a construtora Odebrecht, responsvel

    pelas obras de ampliao de um plo produtor de polipro-pileno, provavelmente a maior unidade em operao naAmrica Latina.

    Um dos principais quesitos era o tempo dedicado edificao;o engenheiro Santiago Iglesias Lago, que acompanhou a obrade perto, ficou impressionado com essa soluo: usamos umtempo 60% a 70% inferior ao de uma verso convencional,comemora o engenheiro, que destacou ainda a limpeza no can-teiro. Como esse sistema no produz entulho e trabalha-secom um nmero reduzido de funcionrios, isso se reverte emuma grande economia.

    Vista area dos prdios auxiliares da Petroqumica Paulnia, interior de SoPaulo, com 1.500 m2de rea.

    Montagem e limpeza do sistema Concreto-PVC em Paulnia.

    Conceito

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    O pioneiro a utilizar essa tecnologia no Brasil foi

    o arquiteto Ronaldo Rezende, atual presidente da

    Associao Brasileira dos Escritrios de Arquitetu-

    ra (AsBEA). H seis anos, Rezende se envolveu

    na pesquisa de novas tecnologias para a con-

    struo de residncias unifamiliares. Nos Estados

    Unidos, conheceu o processo de construo com

    blocos de EPS preenchidos com concreto celular(um tipo leve, formado a partir da uma mistura de

    aglomerantes e agregados finos).

    No Mxico, Rezende conheceu as construes

    feitas com componentes pr-fabricados de con-

    creto da Casas Geo, construtora mexicana desen-

    volvedora desse processo e, finalmente, visitou a

    fbrica da Royal Tecnologies, em La Plata, Argen-

    tina. Foi l que tomamos conhecimento do siste-

    ma construtivo Concreto-PVC, conta o arquiteto.

    Esse foi o sistema escolhido pelo profissional

    para a construo de um condomnio residen-

    cial na cidade de

    Canoas, vizinha de

    Porto Alegre (RS),

    em terreno da Uni-

    versidade Luterana

    do Brasil (ULBRA).

    O projeto eraconstitudo por 150

    residncias, com in-

    fraestrutura de lazer

    composta por um grande salo de festas equipa-

    do com cozinha e vestirios, alm da portaria de

    acesso, tudo executado com a mesma tecnologia,

    lembra Rezende. Apesar da obra ser realizada em

    aproximadamente 30 meses, ele se viu impressio-

    nado pelo processo construtivo em si muito sim-

    ples, se comparado ao convencional, tanto pela ve-

    locidade de execuo quanto pelo ganho de custo.

    Por essas razes, acredito que esta tecnologia tem

    ainda muito futuro.

    Experincia no Sul

    Residencial construidono sistema Concreto-PVC, Canoas - RS

    Ronaldo Resende

    Conceito

    Posto bancrio: sistema

    agiliza construo.

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    Se o crescimento do sistema construtivo Concreto-PVC de-pender apenas do sucesso de suas aplicaes, sem dvidaj conta com importantes aliados. O avano das tecnolo-

    gias da construo nos brinda com a associao de doisdos materiais mais imprescindveis de nossa rea, sinalizao presidente nacional do IAB, arquiteto Gilberto Belleza.Por ser uma soluo modular, permite uma rica diversi-dade na sua aplicao, garantindo a grande qualidade dosdois materiais empregados.

    Enquanto os desenvolvedores do PVC comemoram maisuma soluo do material destinada construo civil, vemdo concreto o parceiro essencial no recheio desse bolo o aval necessrio para assegurar desempenho ao sistema.No fazemos nada sozinhos. Precisamos agregar uma srie

    de outros materiais, para montar um sistema construtivo,afirma Renato Giusti, presidente da Associao Brasileirade Cimento Portland.

    Giusti lembra que o setorainda depende de uma mode obra qualificada, pois

    no adianta ter bons produ-tos se no soubermos utiliz-los. Queremos nos aliar comprodutos e instituies quepensem da mesma manei-ra, com objetivos prximosdaquilo que consideramosideal. Empresas comprome-tidas com projetos de sustentabilidade e com matrias-primas para preservao do meio ambiente, sentencia oexecutivo. Para ele, o maior ponto que o sistema marca ofato de privilegiar a populao de baixa renda, pois atende

    edificaes de at quatro andares com sua infra-estruturaembarcada, como saneamento bsico. Alm disso, temtima apresentao esttica, complementa.

    Logstica

    O sistema no est restrito aos gabinetes. Wagner Lopes,presidente da Associao Brasileira das Empresas de Ser-vios de Concretagem (Abesc), fala que o desenvolvimen-to do Concreto-PVC tem a seu favor a logstica adequadadas empresas fabricantes do material, viabilizando a dis-

    tribuio do sistema em territrio nacional. As empresasassociadas Abesc possuem tecnologia para desenvolverqualquer tipo de concreto, como os leves e os auto-adens-veis obtidos por meio da ao de superplastificantes, pro-porcionando maior facilidade de bombeamento, excelentehomogeneidade, resistncia e durabilidade. Isso garante oatendimento de qualquer projeto em qualquer lugar.

    A nova tecnologia pretende atender a grande demanda daconstruo civil aps o Programa de Acelerao do Cres-cimento (PAC), na viso das empresas que lidam como concreto no seu dia-a-dia. Ela chega num momento

    muito propcio para a engenharia nacional. O boomqueviveremos nos prximos anos vai se fortalecer medi-

    Melhor desempenhoA parceria entre o concreto e o PVC.

    Conjunto Habitacional de cinco

    pavimentos construida com sistema

    Concreto-PVC, Mxico.

    Renato Giusti

    Aplicaes

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    da que o mercado tiver solues que viabilizem novosempreendimentos, declara Carlos Eduardo Regattieri,tcnico da Engemix.

    Regattieri ressalta a grande rede de par-ceiros selecionados, especializados emvrios sub-sistemas, para garantir odesempenho dos empreendimentos.A Engemix faz parte dessa equipe eacredita no grande potencial dessasoluo. O desenvolvimento e apli-cao dos traos de concreto deveobservar as caractersticas da fr-ma. Em Paulnia, onde estamos exe-cutando uma obra de edifcios auxi-

    liares da Petroqumica Paulnia S.A. com o sistema ConcretoPVC , os resultados tm sido encorajadores.

    Preenchimento do sistema na obra daPetroqumica Paulinia

    Carlos Eduardo Regattieri

    Aplicaes

    Aplicao industrial do sistemaConcreto-PVC, Argentina

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    Regies de difcil acesso, ocupadas por comunidades so-cialmente menos favorecidas, sempre foram pontos crticospara a implementao de programas adequados de sade,

    educao e saneamento bsico ou pelo menos eram, ato surgimento desta alternativa construtiva. O sistema cons-trutivo Concreto-PVC veio preencher uma importante lacu-na em segmentos carentes de novas tecnologias.

    Um bom exemplo desse uso aconteceu na cidade de Vit-ria (ES), cuja prefeitura elaborou estudo para implantar,em grande escala, banheiros pblicos em Concreto-PVC. Ogoverno municipal formalizou um convnio com a Funasa(Fundao Nacional de Sade) da ordem de R$ 500 milpara a construo de 175 banheiros nos morros da cida-de, que esto sendo implantados nas aldeias indgenas de

    Aracruz, Trs Palmeiras, Iraj Caieiras Velha, Pau-Brasil,Comboios e Piraquiau, alm dos municpios de Vitria,Jernimo Monteiro e Vila Valrio.

    O mdulo conta com as se-guintes peas: um vaso sani-trio de loua com tampa ecaixa de descarga; um chu-veiro de plstico; um lavatriode plstico; um reservatriode polipropileno com capaci-dade para 310 litros, acom-

    panhado de tampa e suportemetlico. Um dos detalhesque mais atraiu a ateno deMarcos Resende, engenheiroda Funasa, foi a aplicabili-dade da soluo. A logstica

    para construo em locais de difcil acesso bem maissimplificada e a construo no precisa de mo-de-obraespecializada, alm das vantagens que consideramosprincipais, que so a higienizao do material, resistnciae durabilidade, afirma.

    Um dos principais ganhos com o sistema, contudo, a pro-dutividade e o baixo custo. Um deles, o de concervao,

    reduzido drasticamente: para se ter uma idia, os banheirosem alvenaria necessitam de manuteno aps dois anos deimplantados, enquanto esta tecnologia nos d uma garantia

    de fbrica de 20 anos, comemora. J os custos de implan-tao compatveis com os dos banheiros de alvenaria fo-ram decisivos para essa escolha, afirma o engenheiro.

    Saneamento bsico

    Professor da Universidade Federal do Esprito Santo e es-pecialista em Estaes de Tratamento de Esgotos (ETEs),Ricardo Franci tem uma perspectiva bastante otimista so-bre o uso do sistema construtivo Concreto-PVC no sanea-

    mento. Atualmente, cerca de 30% da populao brasileiraconta com sistemas completos de esgotamento sanitrio

    Praticidade e economiaProgramas habitacionais, banheiros para populao carente,estaes de tratamento de esgoto, postos de sade...

    Aplicaes

    Marcos Resende

    Banheiros instalados em Vila Valrio,

    Vitria: saneamento para todos.

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    (coleta, transporte, tratamento e disposio final). Nestecontexto de carncia quase que absoluta, as tecnologias dedepurao de esgoto ditas simplificadas, apropriadas,naturais ou alternativas assumem um statusprivilegia-do, afirma o docente.

    Franci comenta a importncia das estaes de tratamentode esgoto compactas enquanto alternativas de grande inte-resse, principalmente em regies densamente urbanizadas.Isso vale para as reas onde tcnicas convencionais de en-genharia civil so dificilmente aplicveis, como solos de mqualidade, lenol fretico elevado, topografia desfavorvel,

    etc. As novas estaes de tratamento de esgoto so monta-das com perfis pr-fabricados de PVC, sendo transportadasj de acordo com a montagem in loco.

    Em outras regies do Brasil, mais de 100 ETEs foram constru-das com base nessa tecnologia, atendendo a uma populao demais de um milho de pessoas. A principal ETE de San Jos,capital da Costa Rica, com capacidade de tratamento para 2,4milhes de habitantes, foi projetada com base na tecnologia daETE da UFES. O mesmo ocorreu com relao ETE da cidadede Ajman, nos Emirados rabes, que atende a 300 mil habi-tantes. H alguns projetos financiados pelo Banco Mundial no

    Camboja, no Vietn e na Tailndia, ilustra Franci.

    H mais vantagens agregadas. Por exemplo, a simplicidadeconstrutiva e operacional da estao de tratamento de es-

    goto permite o emprego de mo-de-obra local. A pr-fabri-cao simplifica o planejamento e implantao do canteiro,

    que, alm de ficar menor, tem seu tempo de durao sig-nificativamente abreviado. Isso respeita as peculiaridadesdesse nicho de mercado para pequenas localidades, nas

    quais h grandes deficincias de infra-estrutura, finaliza.

    Sade pblica

    O que esperar de um material destinado rea de sade?A versatilidade, higiene e a alta qualidade, no mnimo. So-mente nesse caso, o PVC utilizado na fabricao de tubosendotraqueais, bolsas de soro, catteres cardiovasculares,

    tubos que saem do corao do paciente e levam o sangueat a mquina de circulao extra-corprea, sondas e equi-pamentos de alimentao enteral, cnulas de perfuso eponteiras para micropipetadores, equipamentos para soro,alm de ser o nico material usado para fabricao de bol-sas de sangue. Por isso, o setor de sade um dos quemais apiam a utilizao do Concreto-PVC, enquanto siste-ma construtivo para centros mdico-hospitalares: o sistema de fcil limpeza, baixa manuteno e, principalmente,imune contaminao.

    O Concreto-PVC bem verstil, pois permite vrias com-posies de uso, rapidez de execuo e facilidade de limpe-za. O baixo peso, prprio dos perfis de PVC, facilita a mon-tagem e o transporte, principalmente para locais de difcilacesso, destaca Mei Ling, diretora e arquiteta responsvelda L+M Gets, empresa voltada para a arquitetura hospitalar.Na rea da sade, o sistema pode ser empregado em empre-endimentos de baixa complexidade (como Centros Ambula-toriais) e em outros ambientes que no possuam muitas ins-talaes embutidas e alteraes de uso futuro. A empresa,por exemplo, desenvolveu alguns modelos para Postos de

    Sade e Unidades de Sade da Famlia, com reas de 85 a130 m, que podem ser montados em apenas 45 dias.

    Posto de Sade da Famlia: rapidez de

    execuo de obra social.

    O sistema se adequa a

    estaes compactas de

    tratamento de esgoto.

    Aplicaes

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    O projeto estrutural do sistema de Concreto-PVC asse-melha-se muito ao projeto de alvenaria estrutural, jbastante difundido no Brasil, com a grande vantagem

    por sua elevada resistncia, rapidez de execuo, lim-peza e economia de mo-de-obra. Os clculos estru-turais feitos para construes convencionais e para osistema construtivo Concreto-PVC so muito parecidos,mas depois de ensaios de compresso feitos com vriostipos de concreto, a nova tecnologia levou vantagem.O engenheiro calculista Charles Simon j fez uso dasduas formas de construo e explica os pontos positivos

    do sistema combinado.

    O projeto estrutural do siste-ma Concreto-PVC assemelha-

    se muito com o de alvenariaestrutural. Neste so rompi-dos prismas de baixa altura(dois blocos) e adotado o co-eficiente 5 para cobrir defei-tos de materiais e execuo,e mais uma reduo devido esbeltez; no Sistema Concre-to-PVC, a parede rompidaem tamanho real com vincu-lao rotulado/rotulado. No

    nosso entendimento, este procedimento obrigatrio,

    pois a relao espessura x altura, que na parede de alve-naria estrutural limitada a 1:20, na de Concreto-PVCpode chegar a 1:35.

    Simon conta que, no Brasil, foram feitos ensaios comparedes de Concreto-PVC pelo Laboratrio de Ensaiose Modelos Estruturais da Universidade Federal do RioGrande do Sul (UFRGS). Foram ensaios de compres-so axial em peas de 70 cm de largura por alturasvariando de 2,40 m a 3,20 m, com diversos tipos deconcreto (desde o leve, com 2,00 MPa, at o de 25,00

    MPa). As paredes ensaiadas possuem 7,5 cm de alturae 10 cm de espessura.

    Na prtica, os resultados foram muito favorveis ao sistemaConcreto-PVC. As cargas mdias de colapso quanto ins-tabilidade do equilbrio (flambagem) ficaram em torno de

    2,2 MPa para H = 2,6 m, e = 7,5 cm e fck = 15 MPa, o quepossibilita o uso como parede portante para prdios de at2 pavimentos. Para paredes com H = 2,6, e = 10 cm e fck= 20 MPa, a resistncia compresso axial ficou em mdiae torno de 2,6 MPa, o que possibilita o uso em prdios deat 4 pavimentos.

    Nos projetos da Simon Engenharia, o profissional adotacoeficiente de segurana 3 em relao aos ensaios em ta-manho real por vrios motivos. O primeiro deles quantoao controle de qualidade na origem dos materiais usados o PVC, o concreto usinado e o ao. O sistema executivo

    racionalizado, reduzindo ao mximo a possibilidade deerros construtivos como desaprumo, falhas de concretageme posicionamento de armaduras, argumenta Simon.

    O terceiro ponto est relacionado interao Concreto-PVC:a ruptura, que acontece por flambagem, no brusca,como ocorre nos sistemas de alvenaria estrutural no ar-mada. Por isso, o engenheiro acredita que o sistema umprimeiro e importante passo para um futuro mais tecnol-gico e racional alm disso, est disponvel para obras debaixo custo, o que impactar muito a indstria da constru-o civil, possibilitando atender uma demanda de moradias

    bem maior do que a que se atende hoje.

    Testado e aprovado

    Para a comprovao de sua versatilidade, testes com o sis-tema Concreto-PVC foram feitos pela Fundao de Cincia eTecnologia do Rio Grande do Sul (Cientec) para financiamen-to de unidades habitacionais pela Caixa Econmica Federal.Foram testados determinao da resistncia aos impactosde corpo duro; determinao da resistncia aos impactosde corpo mole; ensaios de flexo (para avaliar a resistncia

    elica); ensaios de compresso; anlise de conforto trmicoe ensaio de estanqueidade. Foi realizada ainda uma vistoria,

    Tecnologia puraH um concreto ideal para o sistema? O que muda no clculo estrutural?

    Charles Simon

    Tecnologia

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    acompanhando a constru-o de um prottipo parao registro do sistema cons-trutivo, seus encaixes eparticularidades.

    De acordo com Ronaldo Bas-tos Duarte, chefe do labora-trio da UFRGS, o resultadofoi extremamente satisfa-trio. A Cientec realizouensaios de desempenho em

    casas construdas com pai-nis de PVC e concreto, ob-

    tendo bons resultados luz das recomendaes brasileiras, quedemonstraram que essas edificaes so durveis, resistentese apresentam conforto trmico satisfatrio quando comparadascom casas tradicionais de alvenaria revestidas por argamassa.

    Duarte ressalta como vantagem adicional a possibilidade deuma construo mais rpida sem a necessidade de mo deobra qualificada. Esse sistema construtivo se presta paraa construo de casas de qualquer padro de acabamento,

    desde habitaes de inte-

    resse social at casas dealto luxo, pois abarcamdiferentes possibilidadesarquitetnicas.

    Essa opinio compar-tilhada por Everton Eltz,arquiteto da Caixa Econ-mica Federal, que acom-panhou os testes. Almde proporcionar a raciona-lizao de todas as etapas

    de construo, a principalvantagem do sistema con-siste na estanqueidade e

    no excelente acabamento dos painis de parede decorren-tes da alta tecnologia e do material empregado pela RoyalTechnologies do Brasil, contribuindo com o seu comprova-do desempenho para manter as condies de habitabili-dade da edificao por longo tempo e para a reduo doscustos de manuteno, comenta.

    A preocupao com constantes testes para avaliao do sis-tema surgiu j quando da primeira implantao residencial,

    em Canoas (RS), no projeto assinado pelo arquiteto Ronal-do Rezende. Todo o projeto, incluindo portaria, salo de

    festas e residncias, foi desenvolvido e construdo dentrodo sistema construtivo Concreto-PVC. O PVC passou comnota mxima por todos os testes possveis com relao adesign e arquitetura, bem como flexibilidade de aplicao.Assim, constituiu-se numa nova forma de realizar empre-endimentos desta natureza com qualidade, custos e prazosaltamente competitivos, lembra Eltz.

    Sustentabilidade

    O docente Vanderley John,professor-doutor do Depar-tamento de Engenharia daConstruo Civil da Esco-la Politcnica da USP, va sustentabilidade comoa qualidade principal dosistema construtivo. Umagrande tendncia no se-tor a diversificao dassolues construtivas, deforma a atender variadasdemandas com maior eco-eficincia. Neste cenrio,o sistema de Concreto-PVCtem um grande potencialde crescimento, comenta.

    John lembra o conceito de construo sustentvel, que im-plica na busca de solues que otimizem o impacto am-biental ao longo do ciclo de vida do edifcio e maximizemos benefcios sociais e econmicos. Nesta equao, im-portante a durabilidade do sistema: uma soluo de baixoimpacto ambiental de construo pode no ser a mais sus-tentvel, se exigir uso de recursos (e impactos ambientais)

    adicionais nas manutenes freqentes, ou apresentar vidatil reduzida, exigindo sua reposio prematura, ilustra.

    A soluo de construo em Concreto-PVC possui, justamen-te, os dois elementos: baixo custo de concervao e uma lon-ga vida til. Em muitos ambientes quimicamente agressivosou que necessitem permanecer limpos, a superfcie apresen-tar durabilidade muito elevada, se comparada com soluesmais convencionais. John d outra referncia sustentvel aosistema: o enchimento dos painis pode ser feito com o usode agregados reciclados e com concretos com relativamentepouco cimento, pois as cargas so baixas e a proteo s

    armaduras ser feita pela parede de PVC, o que reduz aindamais o impacto ambiental do sistema.

    Tecnologia

    Ronaldo Bastos Duarte

    Everton Eltz

    Vanderley John

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    11/1412 Suplemento PVC

    O engenheiro Roberto Souza, consultor e

    diretor do Centro de Tecnologia de Edificaes

    (CTE) -, tem como um dos seus focos o geren-

    ciamento de obras visando minimizar os riscos

    tcnicos de contratantes e construtores em re-

    lao a prazos, custos e qualidades. Ele analisa

    os pontos positivos dos programas e o apareci-

    mento do sistema construtivo.

    O sistema construtivo Concreto-PVC chega

    em momento importante do mercado imobili-

    rio, que elegeu o segmento de habitao popular

    como seu novo foco de atuao. A construo

    habitacional requer escala, padronizao, repe-

    titividade e controle da qualidade dos insumos e

    processos. Este desafio s pode ser vencido com

    a utilizao de sistemas construtivos industriali-

    zados que permitam a reduo do ciclo de pro-

    duo, o aumento

    da produtividade,

    a reduo de cus-

    tos e a garantia da

    qualidade do pro-

    duto final e do em-

    preendimento.

    O sistema cons-

    trutivo Concreto-

    PVC rene muitas destas caractersticas e, com

    certeza, constitui-se em uma alternativa tecno-

    lgica para empreendedores, projetistas e cons-

    trutores privados. Vem tambm contribuir com

    as polticas pblicas para habitao de interes-

    se social dos governos nas esferas federal, esta-

    dual e municipal, que tem como foco a reduo

    do dficit habitacional no Brasil.

    Industrializao do sistema

    Tecnologia

    Roberto Souza

    Perfis Royal 64/100/150 mm(verificar especificaes com o fabricante)

    Vista

    Corte

    Vista

    Corte

    Vista

    Corte

    Vista

    Corte

    Vista

    CorteVista

    Corte

    cantoneira principal

    adaptador demarco

    intermo tampabase

    marco dejanela

    marco de

    porta

    Perfis Vipal 75 mm(verificar especificaes com o fabricante)

    Painel Cantoneira Marco bsico parajanelas e portas

    CanalEltrico

    Arrancador Painel 3 vias

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    12/14Suplemento PVC 13

    Expressivo concurso orga-nizado pelo Instituto dosArquitetos do Brasil (IAB),

    o Opera Prima tem ofereci-do aos recm-formandos dearquitetura e urbanismo aoportunidade de exercitar acriao e encontrar manei-ras de aplicar as novas solu-es construtivas oferecidaspelo mercado. Lembrandoapenas que foram recebidos527 aps a seleo dos tra-balhos nas faculdades so-

    lues construtivas oferecidas pelo mercado. Na edico

    de 2007 foram recebidos 527 trabalhos de 121 escolasbrasileiras, dentre as quais 100 foram selecionadas e cin-co foram classificados para a categoria Projetando com PVCe dois [remiados pela Braskem O grande vencedor, TiagoSantana Caldas, foi orientado pelo arquiteto e professorSrgio Ricardo Palhares no trabalho Habitao Experi-mental, Novos Modos de Vida Perfil dos Usurios.

    O projeto de Caldas tinha como foco a adequao das mo-radias s novas atividades e valores de vida, e a composi-o do ciclo familiar. A preocupao com a escolha demateriais, de forma a minimizar os impactos ao meio am-

    biente, deveria ser uma prtica recorrente aos profissionaisda rea, e deve compreender o ciclo como um todo, desdeo projeto, origem, extrao eescolha da matria-prima paraa produo dos diversos com-ponentes, afirma o arquiteto.

    No apenas justificado pelocomprometimento com o de-senvolvimento sustentvel, oPVC responde s demandassolicitadas pelo projeto Habi-

    tao Experimental, atenden-do de maneira plena s neces-

    sidades de acoplamento, vedao e flexibilidade interna eexterna. O material potencializa e viabiliza tecnicamente oconceito defendido com seu emprego intensivo. A alta re-

    sistncia e durabilidade do PVC, associadas s tecnologiasj desenvolvidas, tambm vm justificar seu emprego emprojetos com fins habitacionais, complementa Caldas.

    Ele cita a estendida garantia do material como elementofacilitador para financiamento, pois dessa forma os prazosse estendem proporcionalmente ao tempo de vida estimadodo imvel. E, acima de tudo, h um Custo Unitrio Bsico(CUB) inferior ao do sistema construtivo convencional, co-mumente eleito pelos profissionais da rea, a alvenaria.

    O docente Srgio Ricardo Palhares defende a opo pela

    nova tecnologia por se ajustar s grandes mudanas sociaisao longo dos anos. O trabalho assume uma postura crticaquando se prope a repensar os espaos da habitao de ma-neira a responder positivamente s transformaes. Os novosmodos de vida acabam por impor anecessidade de espaos indetermi-nados, que possam ser apropriadospelos usurios ao longo de todo ociclo de vida familiar das maneirasmais diversas, justifica.

    Palhares fala de um pensar da

    habitao social considerando ohomem na sua diversidade cultu-ral, poltica e social, e no comoum ser universalizante, confir-mando o entendimento da neces-sidade de espaos e mobilirios ativos. O PVC se despon-tou como o material mais adequado viabilizao tcnicadestes conceitos, justifica.

    Novato e premiadoSistema Concreto-PVC se consagra no prmio Opera Prima.

    Gilberto Belleza

    Tiago Santana Caldas

    Sergio Ricardo Palhares

    Opera Prima

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    1- Que tipo de concreto utilizado no sistema construtivoConcreto-PVC?Todos tipos de concreto. Desde o concreto convencional, atoutros tipos, como concreto auto-adensvel, concreto leve, con-creto celular, entre outros.

    2-Qual a resistncia do Concreto-PVC em relao aos sistemas deconstruo tradicionais?A resistncia igual ou superior aos sistemas de construo

    mais utilizados. Seguindo sempre o projeto do fabricante.

    3- Quais os diferenciais do sistema Concreto-PVC em relao construo convencional?Velocidade expressivamente maior.Reduo expressiva de custos com mo-de-obra, custos indi-

    retos e canteiro.Facilidade de limpeza e manuteno.Material imune a fungos e bactrias.Contribui para o isolamento trmico e acstico.Alta resistncia a intempries.Aumento da rea til interna nas construes.Simplicidade na edificao.Versatilidade de projeto.Facilidade de transporte (no requer equipamentos especiais).Total controle nos clculos de oramento de materiais e

    outros custos.Obra limpa, sem entulho, lixo ou desperdcio, gerando uma

    construo sustentvel que alia tecnologia preservao domeio ambiente.

    Reduo do consumo de gua potvel.Elevada durabilidade.

    4-Que opes de cores esto disponveis para os painis de PVC?As cores convencionais so o branco e o bege, mas h a possibi-lidade sob encomenda, como do verde claro e cinza.

    5-O sistema Concreto-PVC aceita revestimentos internos e externos?O sistema in natura dispensa revestimentos porque pos-sui altssima durabilidade e resistncia. Porm, poss-vel aplicar praticamente todos os tipos de revestimentoexistentes, tanto interna quanto externamente como pin-tura, textura, revestimentos cermicos, azulejos, papelde parede e outros.

    6-Como fao para aplicar os revestimentos?A superfcie do PVC deve receber um primerconvencional paradepois ser aplicado o material desejado. H tambm a possibi-lidade de lixar a superfcie dos perfis, tornado-a spera para aaderncia dos revestimentos.

    7-Que tipo de tinta e fornecedores podem ser usados na pintura?No h restries quanto aos tipos de tinta ou fornecedores.

    8- Quantos pavimentos podem ser erguidos usando o sistemaConcreto-PVC?O sistema permite construir at cinco pisos (trreo e mais 4pavimentos), independente de vigas e colunas. recomendveluma verificao final com os fabricantes.

    9-As paredes do sistema Concreto-PVC so ocas?No, so preenchidas com concreto e reforadas com ao, deacordo com o projeto e as necessidades estruturais. H a pos-

    sibilidade de usar paredes ocas quando estas tiverem apenas afuno de fechamento, sem carga estrutural.

    10-Como so feitas as instalaes eltricas e hidrulicas?De acordo com as normas convencionais. Para a instalao el-trica, alm dos condutes possvel adotar um perfil especialpara a passagem de fios, telefone e informtica. A instalaohidrulica usa o mesmo critrio tanto pode ser feita uma ins-talao convencional, embutida, quanto externa.

    11-Como embutir na parede o quadro de distribuio de energia(quadro de disjuntores)?Para paredes com espessura superior a 10 cm o embutimentodo quadro pode ser feito normalmente, apenas para dimensesinferiores, a pea ficar sobreposta ou parcialmente embutida.Recomendamos verificar com os fabricantes a necessidade dereforo.

    12-Que tipo de fundao utilizada? possvel adotar o sistemaConcreto-PVC em terrenos com declive?As fundaes so de acordo com as normas da ABNT, ou seja, exe-cutadas idnticas s adotadas na alvenaria convencional, atenden-do as condies do terreno em que a construo ser realizada.

    13-O sistema Concreto-PVC aceita qualquer tipo de esquadria?Sim, no h restries.

    14-Que tipo de cobertura pode ser usada?Qualquer cobertura indicada, como nas construes convencionais

    15-Como a interface entre as lajes e o sistema?Os painis da planta inferior (trreo), preenchidos com concre-to, do suporte aos prximos pavimentos. A resistncia mecni-ca linear das paredes suficientemente adequada para suportaros andares subseqentes. recomendvel verificar projeto deacordo com os fabricantes. Para lajes cheias, prmoldadas outreliadas, o apoio simples e de contato direto com o topoda parede de PVC j preenchida anteriormente. A estrutura deao proveniente da planta inferior, mais alta que o p-direitodo PVC, dobrada acima da laje, conseguindo-se a vinculaoestrutural. Com o acabamento, as bordas que sobressaem das

    faces do PVC entre cada andar podem ser acabadas com rebocoou peas do prprio sistema.

    Perguntase RespostasFreqentes

    Perguntas e Respostas

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    16-Como o acabamento da interface externa entre a pa-rede e o piso?O acabamento fica em PVC e concreto, mas possvel dar qual-

    quer outra soluo, como rodap. Recomendamos verificar comos fabricantes a necessidade de impermeabilizao.

    17-O sistema Concreto-PVC intercambivel com os demais sis-temas construtivos?Sim, o sistema possui vrios tipos de perfis que facilitam suaadaptao a todo tipo de material, sendo geralmente utilizadospara ampliao ou reforma.

    18-Quando o morador deseja ampliar o imvel (o famoso pu-xadinho), os fabricantes oferecem um kit pronto para quartoou sala adicional?Existe a possibilidade do fornecimento dos kits prontos, pormestes ainda no esto disponveis.

    19-Como devo cortar a parede no caso de ampliao ou aberturade porta ou janela?O ideal sempre prever todas as aberturas em projeto. Po-rm, possvel abrir vos com o auxlio de maquinrio dotipo Makita, com disco de corte. A manobra deve ser feitamarcando dos dois lados da superfcie (interna e externa),pois muitas vezes o disco no vence espessuras iguais ousuperiores a 10 cm. Outros casos de ampliao ou corte deparede devem ser analisados caso a caso.20- possvel reformar ou mudar as paredes de lugar?Sim, lembrando que a regra no se aplica s paredes com funoauto-portante. As paredes sem essa carga podem ser remanejadas.

    21-O sistema requer mo-de-obra especializada para montagem?No. O servio pode ser executado com mo-de-obra convencio-nal, desde que seguidas as orientaes dos fabricantes.

    22-Qual a garantia e a durabilidade do sistema?A garantia dada de acordo com cada fabricante, varia de 5 a20 anos e contempla a radiao solar.

    23- Como so feitos os reparos de hidrulica e eltrica?H kits de reparo?Os reparos so feitos no ponto com problema, ao qual sechega cortando a pele do perfil e retirando o enchimento

    de concreto. Aps o reparo, o concreto reposto e uma peacortada sob medida, fazendo o acabamento. Problemas maisgraves nas instalaes costumam afetar reas grandes; nes-ses casos possvel utilizar materiais convencionais para re-parar esses danos, pois os reparos do PVC so muito simplese no necessitam de kits prontos.

    24-Como eliminar riscos da superfcie?Todas as marcas, riscos ou arranhes profundos podem sertratados de diferentes formas. Pequenas marcas ou riscos soeliminados com o polimento da superfcie (o procedimento similar ao realizado com a chaparia de um carro). Arranhesprofundos e muito visveis devem ser preenchidos com massaepxi e, depois, pintados com pintura sinttica convencional

    da mesma cor. H tambm a possibilidade de substituio daplaca por meio de colagem.

    25-Como limpar superfcies sujas (caneta, por exemplo)?A limpeza ideal feita com gua e sabo neutro. Dependendodo tipo de sujeira, podem ser utilizados outros produtos, desde

    que no possuam acetona ou derivados em sua frmula.27-Como posso executar paredes em ngulo de 90?O sistema possui perfis especiais para os cantos.

    28-Como feita a instalao de quadros, espelhos, armrios, etc?Para quadros, espelhos e adornos mais leves podem

    29-O sistema homologado pela Caixa Econmica Federal?Sim, esse sistema est aprovado junto Caixa para financia-mento de construes de moradias trreas e prdios de atquatro pavimentos.

    30-Todas as espessuras disponveis de perfil podem ser usadas

    como fechamento externo?Sim, desde que a construo siga o projeto original do fabrican-te, onde ser prevista a espessura ideal de parede.

    31-Como feito o preenchimento do concreto no sistema?Inicialmente feita a montagem, alinhamento, escoramentoe colocao da armadura de ao. Depois so identificados ospontos de eltrica e hidrulica para que suas redes sejam insta-ladas no sistema, e s ento se inicia o enchimento dos perfis.O preenchimento pode ocorrer de duas formas:

    a)Manualmente com uma betoneira convencional e baldes,quando o projeto no for muito grande. Se houver problemas deespao para a manobra de bombas, possvel fazer o preenchi-mento convencional, como o utilizado para as lajes cheias.

    b)Com concreto usinado com mangote adequado, no maiorque a espessura da parede do projeto. Esse mtodo permite opreenchimento rpido.

    IMPORTANTE:Nos dois casos, deve-se respeitar a manobra deenchimento em espiral. O preenchimento feito linearmentecircundando-se as empenas a serem preenchidas, carregando-se o perfil at uma altura aproximada de um metro. Uma vezterminada a volta, volta-se ao ponto inicial, seguindo o mesmopercurso anterior, dando tempo para a cura do concreto aplica-do anteriormente. O enchimento no pode sofrer vibrao as

    laterais do perfil devem ser delicadamente acionadas com mar-telo de borracha no nvel do concreto, ao longo do trabalho, paraque a massa o preencha uniformemente.

    Perguntas e Respostas