SUTRAS DE PATANJALI

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    SUTRAS DESUTRAS DESUTRAS DESUTRAS DE

    PATANJALIPATANJALIPATANJALIPATANJALI(Traduo do Apendix F do livro "Yoga Philosophy of Patanjali "(Traduo do Apendix F do livro "Yoga Philosophy of Patanjali "(Traduo do Apendix F do livro "Yoga Philosophy of Patanjali "(Traduo do Apendix F do livro "Yoga Philosophy of Patanjali "---- SwamiSwamiSwamiSwami

    Hariharananda Aranya, Publicado por 'Calcutta Universit Press')Hariharananda Aranya, Publicado por 'Calcutta Universit Press')Hariharananda Aranya, Publicado por 'Calcutta Universit Press')Hariharananda Aranya, Publicado por 'Calcutta Universit Press')

    Coleo dos Aforismos YoguisColeo dos Aforismos YoguisColeo dos Aforismos YoguisColeo dos Aforismos Yoguis

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    Livro ILivro ILivro ILivro I

    Sobre a ConcentraoSobre a ConcentraoSobre a ConcentraoSobre a Concentrao ---- Samaadhi PaadaSamaadhi PaadaSamaadhi PaadaSamaadhi Paada

    1. Agora iniciamos a exposio do Yga.

    2. Yoga a restrio das modificaes da mente.

    3. Ento o Observador permanece nele mesmo.

    4. Em outros momentos, o Observador parece assumir a

    forma da modificao mental.

    5. Elas (as modificaes) Tm cinco variedades, das quais

    algumas so 'Klista' e o resto 'Aklista'.

    6. (So elas) Pramana, Viparyaya, Vikalpa, sono (sem

    sonhos) e recordao.

    7. (Destas) Percepo, inferncia e testemunho

    (comunicao verbal) constituem as Pramanas.

    8. Viparyaya ou iluso o conhecimento falso formado a

    partir de um objeto como se ele fosse outro.

    9. A modificao chamada 'Vikalpa' baseada na

    cognio verbal, com relao a uma coisa que no existe. ( um tipo deconhecimento til que advm do significado da palavra, mas que no tem uma

    realidade correspondente).

    10. Sono sem sonho a modificao mental produzida

    pela condio de inrcia como o estado de vacuidade ou negao (do

    despertar e do adormecer).

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    21. Yoguis com intenso ardor alcanam concentrao e

    seus resultados, rapidamente.

    22. De acordo com a aplicao do mtodo, vagarosa,

    mdia ou rpida, mesmo entre os yoguis que tm intenso ardor, existem

    diferenas.

    23. Atravs de devoo especial a Isvara tambm

    (concentrao torna-se eminente).

    24. Isvara um Purusha em particular, no afetado por

    aflio, ao, resultado das aes ou as impresses latentes que advm delas.

    25. Nele, a semente da oniscincia alcanou seu

    desenvolvimento maior, no havendo nada mais a transcender.

    26. (Ele ) O professor dos primeiros professores porque

    com Ele no existe limite de tempo (para sua onipotncia).

    27. A palavra sagrada que o designa Pranava ou a slabaOM.

    28. (Yoguis) a repetem e contemplam seu significado.

    29. Disso vem a realizao do Ser individual e os

    obstculos so resolvidos.

    30. Doena, incompetncia, dvida, desiluso, preguia,no- abstinncia, concepo errnea, no-alcance de qualquer estado yogui

    ou instabilidade para permanecer num estado yogui, estas distraes da mente

    so os impedimentos.

    31. Tristeza, falta de entusiasmo, inquietao, inspirao

    e expirao advm de distraes prvias.

    32. Para restringi-las (isto , as distraes) prtica (da

    concentrao) em um princpio nico, deve ser feita.

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    33. A mente torna-se purificada pelo cultivo dos

    sentimentos de amizade, compaixo, boa-vontade e indiferena

    respectivamente a criaturas felizes, miserveis, virtuosas ou pecaminosas.

    34. Pela expirao e restrio da respirao tambm (a

    mente acalmada).

    35. O desenvolvimento de percepo objetiva chamada

    Visayavati tambm traz tranqilidade mental.

    36. Ou pela percepo que livre de tristeza e radiante

    (estabilidade mental tambm produzida).

    37. Ou (contemplando) uma mente que livre de desejos

    (a mente do devoto torna-se estvel).

    38. Ou tomando como objeto de meditao as imagens

    dos sonhos ou dos devaneios (a mente do yogui torna-se estvel).

    39. Ou contemplando qualquer coisa que o indivduo

    queira (a mente torna-se estvel).

    40. Quando a mente desenvolve o poder de estabilizar-se

    nos objetos de menor tamanho, assim como nos maiores, ento a mente est

    sobre controle.

    41. Quando as flutuaes da mente so enfraquecidas, amente aparenta tomar as formas do objeto da meditao - seja ele o que

    conhece (Grahita), o instrumento de cognio (Grahana) ou o objeto conhecido

    (Grahya) - como uma jia transparente, e esta identificao chamada

    Samapatti ou absoro.

    42. A absoro na qual existe confuso entre a palavra,

    seu significado (isto , o objeto) e seu conhecimento, conhecida como

    Savitarka Samapatti.

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    43. Quando a memria purificada, a mente parece estar

    desprovida de sua prpria natureza (isto , da conscincia reflexiva) e somente

    o objeto (o qual est contemplando) permanece iluminado. Este tipo de

    absoro chamada Nirvitarka Samapatti.

    44. Atravs disso (o que foi dito) as absores Savichara e

    Nirvichara, cujos objetos so sutis, so tambm explicadas.

    45. Sutileza pertencente aos objetos, culmina em A-linga

    ou o imanifesto.

    46. Estes so os nicos tipos de concentrao objetiva.

    47. Ganhando proficincia em Nirvichara, pureza nos

    instrumentos internos de cognio desenvolvida.

    48. O conhecimento ganho neste estado chamado

    Rtambhara (preenchido de verdade).

    49. (Este conhecimento) diferente daquele derivado dotestemunho ou da inferncia, porque se relaciona a particularidades (dos

    objetos).

    50. A impresso latente nascida de tal conhecimento

    oposta formao de outras impresses latentes.

    51. Pela restrio disso tambm (por conta da eliminao

    das impresses latentes de Samprajnana), acontece a concentrao sem-objeto, atravs da supresso de todas as modificaes.

    Livro IILivro IILivro IILivro II

    Sobre a PrticaSobre a PrticaSobre a PrticaSobre a Prtica

    Sadhana PadaSadhana PadaSadhana PadaSadhana Pada

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    1. Tapas (austeridade ou vigorosa autodisciplina - mental,

    moral e fsica), Svadhyaya (repetio de Mantras sagrados ou o estudo da

    literatura sagrada) e Isvara-pranidhana (completa rendio a Deus) so Kriya-

    yoga (yoga em forma de ao).

    2. Este Kriya-yoga (deve ser praticado) para gerar o

    Samadhi e minimizar as Klesas.

    3. Avidya (concepo errnea sobre a natureza real das

    coisas), Asmita (egoismo), Raga (apego), Dvesa (averso) e Abhinivesa (medo

    da morte) so as cinco Klesas (aflies).

    4. Avidya o campo de crescimento das outras, sejam

    elas dormentes, atenuadas, interrompidas ou ativas.

    5. Avidya consiste em considerar os objetos

    impermanentes como permanentes, impuros como puros; misria como

    felicidade e o no-Ser como Ser.

    6. Asmita equivalente identificao de Purusha ouConscincia Pura com Buddhi.

    7. Apego esta (modificao) que segue a lembrana do

    prazer.

    8. Averso esta (modificao) que resulta da misria.

    9. Tanto no ignorante quanto no culto, o medo,firmemente estabelecido, da aniquilao, a aflio chamada Abhinivesa.

    10, As sutis klesas so abandonadas (isto , destrudas)

    cessando-se a produtividade (isto , desaparecendo) da mente.

    11. Seus meios de subsistncia ou seus estados densos

    so evitveis pela meditao.

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    22. Apesar de deixar de existir em relao quele que

    preencheu seu propsito, os objetos conhecveis no deixam de existir por

    serem teis para outros.

    23. Associao o meio de realizao da verdadeira

    natureza do objeto do Conhecedor e do Possuidor, o Conhecedor (isto , o tipo

    de associao que contribui para a realizao do Observador e do observado

    esta conexo).

    24. (A associao tem) Avidya ou ignorncia como sua

    causa.

    25. A ausncia da associao que advm da falta dela

    (avidya) liberdade, e este o estado de liberao do Observador.

    26. Conhecimento discriminativo, claro, distinto

    (desimpedido) o meio para a liberao.

    27. Sete tipos de insight vm a ele (o yogui que

    desenvolveu a iluminao discriminativa).

    28. Atravs da prtica dos diferentes acessrios do yoga,

    quando as impurezas so destrudas, advm a iluminao, culminando na

    iluminao discriminativa.

    29. Yama (restrio), Niyama (observncia), Asana

    (postura), Pranayama (regulao da respirao), Pratiahara (restrio dos

    sentidos), Dharana (fixao), Dhyana (meditao atildeo) e Samadhi (perfeitaconcentrao), so os oito meios de se alcanar o yoga.

    30. Ahimsa (no-violncia), Satya (verdade), Asteya

    (abster-se do roubo), Brahmacharya (continncia) e Aparigraha (abster-se da

    avareza), so as cinco Yamas (formas de restrio).

    31. Estas (as restries), no entanto, so um grande voto

    quando tornam-se universais, no sendo restringidas por qualquer

    considerao de classe, lugar, tempo ou conceito de dever.

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    32. Pureza, contentamento, austeridade (disciplina mental

    e fsica), svadhyaya (estudo das escrituras e recitao de mantras) e devoo a

    Isvara, so as Niyamas (observncias).

    33. Quando estas restries e observncias so inibidas

    por pensamentos perversos, o oposto deve ser pensado.

    34. Aes que advm de pensamentos perversos, como

    injrias etc, so realizadas pela prpria pessoa, por outras ou aprovadas; so

    realizadas tanto pela raiva, quanto pela cobia ou pela desiluso; e podem ser

    fracas moderadas ou intensas. Saber que so causadas por uma misria e

    ignorncia infinitas, um pensamento-contrrio.

    35. Na medida em que o yogui se torna estabelecido na

    no-injria, todos os seres que se aproximam (do yogui) deixam de ser hostis.

    36. Quando a maneira de ser verdadeira, as palavras (do

    yogui) adquirem o poder de fazerem-se frutferas.

    37. Quando o no-roubo estabelecido, todas as jias se

    apresentam (ao yogui).

    38. Quando continncia estabelecida, Virya adquirida.

    39. Atingindo perfeio nas Yamas, advm conhecimento

    da existncia passada e futura.

    40. Da prtica da purificao, desapego com relao ao

    prprio corpo desenvolvido, e portanto o desapego se estende a outros

    corpos.

    41. Purificao da mente, sentimentos agradveis,

    concentrao, subjugao dos sentidos e habilidade para a auto-realizao

    so adquiridas.

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    42, A partir do contentamento, felicidade transcendente

    ganha.

    43. Pensamentos de destruio das impurezas, prtica de

    austeridades gera perfeio do corpo e dos rgos.

    44. Do estudo e repetio de Mantras, comunho com a

    divindade desejada estabelecida.

    45. Da devoo a Deus, Samadhi alcanado.

    46. Uma forma agradvel e pausada (de estar) Asana

    (postura yogui).

    47. Pelo relaxamento do esforo e meditao no infinito

    (asanas so aperfeioadas).

    48. Disso vem a imunidade com relao a Dvandvas ou

    condies opostas.

    49. Esta (asana) tendo sido aperfeioada, regulao do

    fluxo da inspirao e expirao pranayama (controle da respirao).

    50. Este (pranayama) tem uma operao externa (Vahya-

    vrtti), operao interna (Abhyantara-vrtti) e supresso (Stambha-vrtti). Isto

    ainda, quando observado de acordo com espao, tempo e nmero torna-se

    longo e sutil.

    51. O quarto pranyama trnscende operaes internas e

    externas.

    52. Atravs disso, o vu sobre a manifestao (do

    conhecimento) rarefeito.

    53, (Ento) a mente adquiri condies para Dharana.

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    54. Quando separados de seus objetos correspondentes,

    os rgos seguem a natureza da mente (no momento), isto chamado

    Pratyahara (restringir os rgos).

    55. Isto gera supremo controle dos rgos.

    Livro IIILivro IIILivro IIILivro III

    Poderes SobrenaturaisPoderes SobrenaturaisPoderes SobrenaturaisPoderes Sobrenaturais

    Vibhuti PadaVibhuti PadaVibhuti PadaVibhuti Pada

    1. Dharana a fixao da mente (Chitta) em um ponto

    particular no espao.

    2. Nela (Dharana) o fluxo contnuo de modificao mental

    similar chamado Dhyana ou meditao.

    3. Quando o objeto da meditao sozinho brilha na mente,

    como que desprovido at mesmo do pensamento do 'Eu' (que est meditando),

    este estado chamado Samadhi ou concentrao.

    4. Os trs juntos no mesmo objeto chamado Samyama.

    5. Dominando isto (Samyama) a luz do conhecimento

    (Prajna) emerge.

    6. Ela (Samyama) deve ser aplicada aos estgios (da

    prtica).

    7. Estas trs prticas so mais associadas do que as

    mencionadas anteriormente.

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    8. Isso tambm (deve ser visto) como externo com relao

    a Nirvija ou concentrao sem semente.

    9. Supresso das latncias das flutuaes e aparecimento

    das latncias do estado de pausa, acontecendo a cada momento de ausncia

    do estado de pausa na mesma mente, a mudana do estado de pausa da

    mente.

    10. Continuidade da mente tranqila (no estado de pausa)

    assegurada por suas impresses latentes.

    11. Diminuio da ateno voltada para tudo e

    desenvolvimento da concentrao (onepointedness) chamado Samadhi-

    parinama, ou mutao da mente concentrada.

    12. L (em Samadhi) ainda (no estado de concentrao)

    as modificaes passadas e presentes sendo similares Ekagrata-parinama,

    ou mutao do estado estvel da mente.

    13. Assim explica-se as trs mudanas, ou seja, dosatributos essenciais ou caractersticas, das caractersticas temporais, e dos

    estados das Bhutas e das Indriyas (isto , todos os fenmenos conhecveis).

    14. Aquilo que continua a sua existncia, atravs das

    vrias caractersticas, nomeadamente: o inativo, isto , passado; o emergente,

    isto , presente; o imanifesto, (mas que permanece como fora potente), isto ,

    futuro, o substrato (ou objeto caracterizado).

    15. Mudana de seqncia (das caractersticas) a causa

    das diferenas mutativas.

    16. Conhecimento do passado e do futuro pode advir de

    Samyama sobre as trs Parinamas (mudanas).

    17. Palavra, objeto implicado, e idia correspondente,

    produz uma impresso unificada. Se Samyama for praticada em cada um

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    separadamente, conhecimento do significado dos sons produzidos por todos

    os seres, pode ser adquirido.

    18 Pela realizao das impresses latentes,

    conhecimento dos nascimentos prvios adquirido.

    19. (Pela prtica de Samyama) em noes, conhecimento

    de outras mentes desenvolvido.

    20 O suporte (ou base) da noo no se torna conhecido,

    porque este no objeto de observao (do yogui).

    21. Quando a capacidade de percepo do corpo

    suprimida pela prtica de Samyama em seu carter visual, desaparecimento do

    corpo efetivado, por ficar ele alm da esfera de percepo do olho.

    22. Karma pode ser rpido ou lento em sua frutificao.

    Pela prtica de Samyama no Karma, conhecimento da morte pode ser

    adquirido.

    23. Atravs de Samyama sobre a amizade, e outras

    virtudes similares, obtm fora.

    24. (Pela prtica de Samyama) na fora (fsica), a fora de

    elefantes etc., pode ser adquirida.

    25. Aplicando a luz efulgente da percepo superior

    (Jyotismati), conhecimento dos objetos sutis, ou coisas invisveis ou colocadasa grande distncia, pode ser adquirido.

    26. (Praticando Samyama) sobre o sol (o ponto no corpo

    conhecido como a entrada solar), o conhecimento das regies csmicas

    adquirido.

    27. (Pela prtica de Samyama) sobre a lua (a entrada

    lunar no corpo), conhecimento do arranjo entre as estrelas adquirido.

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    28. (Pela prtica de Samyama) na estrela Polar, o

    movimento das estrelas conhecido.

    29. (Pela prtica de Samyama) no plexo do umbigo, advm

    conhecimento da composio do corpo.

    30. (Praticando Samyama) na traquia, fome e sede so

    restringidas.

    31. Calma alcanada por Samyama no tubo bronquial.

    32. (Pela prtica de Samyama) na luz coronal, Siddhas

    podem ser vistos.

    33. Do conhecimento denominado Pratibha (intuio),

    tudo torna-se conhecido.

    34. (Pela prtica de Samyama) no corao, conhecimento

    da mente adquirido.

    35. Experincia (de prazer ou dor) vem da concepo que

    no distingue entre duas entidades extremamente diferentes: Buddhisattva e

    Purusha. Tal experincia existe para um outro (isto , Purusha). Esta a razo

    de atravs de Samyama em Purusha (que observa todas as experincias e

    tambm sua completa cessa so) conhecimento com relao a Purusha ser

    adquirido.

    36. Portanto (do conhecimento de Purusha), advmPratibha (intuio), Sravana (poder sobrenatural de ouvir), Vedana (poder

    sobrenatural de tocar), Adarsa (poder sobrenatural de ver), Asvada (poder

    sobrenatural gustativo) e Varta (poder sobrenatural de cheirar).

    37. Eles (estes poderes) so impedimentos ao Samadhi,

    mas so (vistos como) aquisies no estado normal-mutante da mente.

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    38. Quando as causas do aprisionamento so

    enfraquecidas, e os movimentos da mente conhecidos, a mente pode entrar em

    outro corpo.

    39. Conquistando a fora vital (da vida) chamada Udana, a

    possibilidade de imerso em gua ou lama e envolvimentos dolorosos, so

    evitados, e a sada do corpo pela vontade assegurada.

    40 Conquistando a fora vital chamada Samana,

    efulgncia adquirida.

    41. Atravs de Samyama na relao entre Akasa e o

    poder de ouvir, capacidade divina de ouvir adquirida.

    42. Atravs de Samyama na relao entre o corpo e

    Akasa, e pela concentrao na leveza do algodo ou da l, passagem atravs

    do cu assegurada.

    43. Quando a concepo inimaginvel pode ser mantida

    fora, isto , no conectada com o corpo, chamada Mahavideha ou a grandedesencarnao. Atravs de Samyama nisso, o vu que cobre a iluminao (de

    Buddhisattva) removido.

    44. Atravs de Samyama no denso, no carter essencial,

    no sutil, a inerncia e a objetividade, que so as cinco formas de Bhutas ou

    elementos, maestria sobre Bhutas conseguida.

    45. Ento se desenvolve-se o poder de minimizao assimcomo outras aquisies corpreas. Deixa de existir tambm, resistncia a suas

    caractersticas.

    46. Perfeio do corpo consiste em beleza, graa, fora e

    firmeza adamantinas.

    47. Atravs de Samyama na receptividade, carter

    essencial, sentido de Eu, qualidade inerente e objetividade dos cinco sentidos,

    maestria sobre eles obtida.

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    48. Ento advm poderes de movimentos rpidos da

    mente, ao dos rgos independente do corpo e maestria sobre Pradhana, a

    causa primordial.

    49. Para aquele estabelecido no discernimento entre

    Buddhi e Purusha, vem a supremacia sobre todos os seres assim como

    oniscincia.

    50. Atravs da renunciao mesmo disto (conquista de

    Visoka), vem a liberao em conseqncia da destruio das sementes do mal.

    51. Quando convidado pelos seres celestiais, este convite

    no deve ser aceito, nem deve ser causa de vaidade, pois envolve a

    possibilidade de conseqncias indesejveis.

    52. Conhecimento diferenciado do Ser e do no-Ser

    advm da prtica de Samyama no momento e sua seqncia.

    53. Quando espcie, carter temporal e posio de duas

    coisas diferentes so indiscernveis, elas aparentam iguais, no entanto podemser diferenciadas (por este conhecimento).

    54. O conhecimento do discernimento Taraka ou

    intuitivo, compreende todas as coisas e todo o tempo, e no tem seqncia.

    55. (Se o discernimento discriminativo secundrio

    adquirido ou no) quando igualdade estabelecida entre Buddhisattva e

    Purusha na sua pureza, liberao acontece.

    Livro IVLivro IVLivro IVLivro IV

    Sobre o SerSobre o SerSobre o SerSobre o Ser----nelenelenelenele----mesmo ou Liberamesmo ou Liberamesmo ou Liberamesmo ou Liberaoooo

    Kaivalya PadaKaivalya PadaKaivalya PadaKaivalya Pada

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    1. Poderes sobrenaturais advm com o nascimento, ou

    so conseguidos atravs de ervas, encantamentos, austeridades ou

    concentrao.

    2. (A mutao do corpo e dos rgos para aquele nascido

    em espcie diferente) acontece atravs do preenchimento de sua natureza

    inata.

    3. Causas no colocam a natureza em movimento,

    somente a remoo de obstculos acontece atravs delas. Isso como um

    fazendeiro quebrando a barreira para permitir o fluxo de gua. (Os obstculos

    sendo removidos pelas causas, a natureza penetra por ela mesma).

    4. Todas as mentes criadas so construdas a partir do

    sentido-de-Eu.

    5. Uma mente (principal) direciona as vrias mentes

    criadas na variedade de suas atividades.

    6. Delas (mentes com poderes sobrenaturais) as obtidas

    atravs da meditao no tm impresses subliminares.

    7. As aes do Yogui no so nem brancas, nem pretas,

    enquanto as aes dos outros so de trs tipos.

    8. Ento (das trs variedades de karma) manifestam-se as

    impresses subconscientes apropriadas s suas consequncias.

    9. Em funo da semelhana entre a memria e suas

    impresses latentes correspondentes, as impresses subconscientes dos

    sentimentos aparecem simultaneamente, mesmo quando so separadas por

    nascimento, espao e tempo.

    10. Desejo de bem-estar sendo eterno, se segue que a

    impresso subconsciente da qual ele advm deve ser sem comeo.

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    11. Em funo de serem mantidas juntas pela causa,

    resultado e objetos suportes, quando isso se ausenta, as Vasanas

    desaparecem.

    12. O passado e o futuro so em realidade, presente, em

    suas formas fundamentais, tendo diferenas apenas nas caractersticas das

    formas tomadas em tempos diferentes.

    13. Caractersticas, que so presentes em todos os

    tempos, so manifestas e sutis, e so compostas das trs Gunas.

    14. Em funo da mutao coordenada das trs Gunas,

    um objeto aparece como uma unidade.

    15. Apesar da semelhana entre os objetos, em funo de

    haverem mentes separadas, eles (os objetos e seu conhecimento) seguem

    caminhos diferentes, essa a razo deles serem inteiramente diferentes.

    16. Objeto no dependente de uma mente, porque se

    assim fosse, o que aconteceria quando ele no fosse mais cognizado por estamente?

    17. Objetos externos so conhecidos ou desconhecidos

    para a mente na medida em que colorem a mente.

    18. Em funo da imutabilidade de Purusha, que mestre

    da mente, as modificaes da mente so sempre conhecidas ou manifestas.

    19. Ela (a mente) no auto-iluminada, sendo um objeto

    (conhecvel).

    20. Alm disso, ambos (a mente e seus objetos) no

    podem ser cognizados simultaneamente.

    21. Se a mente fosse iluminada por uma outra mente,

    ento haveria repetio ad infinitum de mentes iluminadas e inter-mistura de

    memria.

  • 8/14/2019 SUTRAS DE PATANJALI

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    22. (Portanto) Intransmissvel, a Conscincia

    metempirica, refletindo sobre Buddhi torna-se a causa da conscincia de

    Buddhi.

    23. A matria mental sendo afetada pelo Observador e o

    observado, torna-se toda-compreensiva.

    24. Ela (a mente) apesar de marcada pelas inimerveis

    impresses subconscientes, existe para um outro, desde que age

    conjuntamente.

    25. Para aquele que conheceu a entidade distinta, isto

    Purusha, inquirio sobre a natureza do prprio Ser, cessa.

    26. (Ento) A mente se inclina ao conhecimento

    discriminativo e naturalmente gravita em direo ao estado de liberao.

    27. Atravs de suas ramificaes (isto , quebras no

    conhecimento discriminativo) surgem outras flutuaes da mente devido simpresses latentes (residuais).

    28. Tem-se dito que sua remoo (isto , das flutuaes)

    segue o mesmo processo da remoo das aflies.

    29. Quando o indivduo torna-se desinteressado mesmo

    pela oniscincia, ele adquiriu iluminao discriminativa perptua de onde vem

    a concentrao conhecida como Dharmamegha (nuvem que despeja virtude).

    30. A partir disso, aflies e aes cessam.

    31. Ento em funo da infinitude do conhecimento, livre

    da cobertura das impurezas, os objetos conhecveis aparentam poucos.

    32. Depois de sua emergncia (nuvem que despeja

    virtude) as Gunas tendo cumprido seu propsito, a seqncia de suas

    mutaes cessam.

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    33. O que pertence aos momentos e indicado pelo

    trmino de uma mutao particular, seqncia.

    34. O estado do Ser-nele-mesmo ou liberao, se realiza

    quando as Gunas (tendo promovido experincia e liberao para Purusha) no

    tm mais propsito a cumprir e desaparecem em sua substncia causal. Em

    outras palavras, Conscincia absoluta estabelecida em seu prprio Ser.