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A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A postura da Escola frente a essa
realidade
Novo Repartimento – Pá
2013
Edinair Silva Araujo
Luciany Nascimento Silva
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A postura da Escola frente a essa realidade
Trabalho de curso submetido à
Universidade Uni Saber como parte dos
requisitos necessários para obtenção de
formação do curso de Pedagogia. Sob a
orientação da professora Ana Claudia
Genuíno.
Novo Repartimento – Pá
2013
Edinair Silva Araujo
Luciany Nascimento Silva
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A postura da Escola frente a essa realidade
Trabalh
o de conclusão de curso aprovado como
requisito parcial para obtenção de do
diploma de graduação em Pedagogia pela
universidade Uni Saber.
Aprovado em: ____/_____/_______
Epígrafe
Ensina
r não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção
ou a sua construção. (Paulo Freire )
Agradecimentos
Primeiramente a Deus, por nos ter dado força e
sabedoria, aos familiares pelo apoio, ao meu
esposo pela compreensão e incentivo. (Edinair
Silva Araujo ).
Primeiramente agradeço a Deus por me ter dado
paciência e sabedoria, a meu esposo por me
incentivar e me ajudar nos momentos mais
difíceis, aos amigos e familiares pelo incentivo.
(Luciane Nascimento Silva )
SUMARIO
Introdução...................................................................................................................07
Capitulo I
1. A educação inclusiva.............................................................................................08
1.1. Educação e Inclusão...........................................................................................14
1.2. Os problemas da sociedade e Inclusão..............................................................14
1.3. Os limites educacionais para a inclusão.............................................................16
Capitulo II
2. Os desafios da educação diante da inclusão.........................................................17
2.1. Uma educação inclusiva e democrática..............................................................20
2.2. As desigualdades sociais....................................................................................22
2.3. A educação e a mudança social..........................................................................24
Capitulo III
3. A educação inclusiva e os excluídos......................................................................26
3.1. Os desafios da educação Inclusiva no Brasil......................................................28
3.2. Os limites da educação inclusiva........................................................................30
3.3. A sociedade a ser transformada pela educação inclusiva..................................31
Considerações finais..................................................................................................34
Referenciais bibliográficos..........................................................................................35
Introdução
O tema deste trabalho é a educação inclusiva assumida em reunir esforços
para a inclusão social.
O objetivo deste trabalho e um conjunto de profissionais de educação que
assumira a proposta de realizar a inclusão e discente que está necessitado
desta atividade educacional especifica.
O objetivo deste trabalho e estudar aspecto relevante das atividades de
educação inclusiva e seus alcances em seus limites.
Para realizar este trabalho temos os seguintes parâmetros metodológicos.
Serão feitos leituras específicas sobre o tema. Um roteiro de entrevista será
elaborado e aplicado a docente e discente. Os dados obtidos serão analisados
e serão a base do texto deste estudo.
Este trabalho e composto de três capítulos.
No primeiro capitulo ser tratado da educação inclusiva dentro de uma
sociedade em inclusão. No segundo capitulo veremos sobre o desafio da
inclusão e no terceiro capitulo o foco está na educação inclusiva e os
excluídos.
7
Capitulo I
1 – A educação inclusiva
A Educação Especial na LDB. No Art. 58.Entende-se por Educação Especial,
para os efeito desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais.
§ 1º haverá quando necessário, serviço de apoio especializado, na sala
regular, para atender as pecularidades da clientela de Educação Especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em funçãpo das condoções específicas dos
alunos, não for possivel a sua integração nas classes comuns de
EnsinoRegular.
§ 3º A oferta de Educação Especial, dever constitucional do Estado, tem início
na faixa etária de 0 a 6 anos de idade durante a educação infantil.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurão aos educandos com necessidades
epeciais:
I – Curriculos, metodos, tecnicas, recursos educativos e organização
especificos para atender suas necessidades.
II – Terminalidade específica, para aqueles que não puderam atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental em virtude de suas
deficiencias, a aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar
para os superdotados.
III – Professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
para atendimento especializados, bem como professores donensino regular
cpacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
8
IV – Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os
órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidde
superior nas árias artisticas,m intelectual ou psicomotora.
A educação especial e sempre tratada como educação regulat, com carater
essistencial, discriminatória e, portanto, excludente, continua com tal
conotação. Na nova LDB não pe claro se o Estado assumira a Educação
Especial em todos os níveis e modalidades de ensino, ou se o poder público se
responsabilizará apenas pela educação eespecial de criança de 0 a 6 anos de
idade.
Enrender a integração como direito de todos é um trabalho continuo e
constante reflexão e análise das ações apartir do qual a esducação especial e
concebida com os mesmos obetivos da educação geral e fica excluida em
todos os níveis e modalidades de ensino.
A legislação brasileira determina que a Educação Especial deve ser ofertada
preferencialmente na rede regular de ensino, ver – se que as escolas estão em
geral desaparelhadas para esse tipo de atendimento, os professores não estão
habilitadas
Para idar com essas crianças, uma vs que, até recentimente, não reconheciam
como sua a responsabilidade de educar crianças com necessidades especiais,
em consequencia milhares de crianças e jovens foram e são colocados a
margem do sistemas escolares privados do acesso a cidadania e ao
desenvolviemnto pessoal a que tem direito.
Educação Especial é um ensino destinados a educandos portadors de
necessidades especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de
deficiencia fisica, sensorial, mental ou multipla quer de carcterísticas como
altas habilidades, superlotação ou talentos.
Este é um processo educacional definido em uma proposta pedagógica
asseguarando um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais
organizados institucionalmente para apoiar, complementar, e em alguns casos,
9
substituir os serviços educacionais comuns de modo a garantir educação
escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos
que apresentam necessidades educacionais especiais em todos os níveis,
etapas e modalidades da esducação.
Os alunos portadores de necessidades epeciais, estão a margem da educação
e não pe a instituição escolar em si a culpada, mas o proprio sistema pode
proporcionar as condições necessárias , embora o direito a educação de
pessoas com necessidades especiais, ou seja, portadores de deficiencia, de
condultas típicas de habilidades estejam garantidas na constituição
Brasileira de 1988, o percentual de crianças, jovens e adultos atendidos
educativo e sistematicamente ainda e insuficiente face a enorme demanda. A
educação inclusiva e parte da inclusão de todos, independente do seu talento,
da deficiência, origem sócio- econômica ou origem cultural.
De acordo com o censo escolar do INEP, realizado em 2010, o universo de
alunos matriculados em escolas no país equivale a 54 milhões de pessoas. Os
dados do IBGE, por sua vez, em levantamentos feitos na Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2009, quanto as pessoas que
apresentam algum tipo de deficiência (física ou mental), apresenta um
contingente aproximado de 2 milhões e 500 mil pessoas entre os brasileiros
que tem entre 4 e 17 anos (em idade escolar).
Entre os brasileiros deficientes apurados pelo IBGE e aqueles que
efetivamente, de acordo com dados do Censo Escolar 2010 (também do INEP),
estão matriculados nas escolas brasileiras, constata-se que há mais de um
milhão e meio de pessoas que não tem acesso aos bancos escolares. O
levantamento oficial do INEP contabilizou 928 mil alunos com deficiência ou
transtorno global de desenvolvimento matriculados e frequentando salas de
aula regulares.
No Brasil há mais alunos com deficiência fora da escola regular do que em
sala de aula. A cada 10 crianças ou adolescentes em idade escolar, apenas 4
delas tem aquilo que lhes é direito previsto nas leis nacionais.
10
No entanto convém ressaltar que não existe receita pronta para trabalhar com
alunos que apresentam qualquer necessidade educacional especial. Para se
ter entendimento da educação inclusiva é imprescindível conhecer a ideia
básica sobre os direitos humanos. Não há como conciliar democracia com as
series injustiças sociais, com as formas variadas de exclusão e com as
reiteradas violações aos direitos humanos que ocorrem em nosso país.
De acordo com a LDB, Lei n. 9.394/96, o atendimento em classes escolas
especializadas somente deve ser ofertada quando for mais indicado para suprir
a necessidade do aluno. É importante mencionar que a inclusão dos alunos no
Ensino Fundamental é regulamentada pela Constituição Federal de 1988 ,Art.
208, inciso III, fazendo parte da politica governamental. Para tanto, os sistemas
educacionais devem subsidiar as instituições de ensino, tanto em caráter
estrutural e organizacional, como pedagógico e social, para que se efetive essa
ação de que todas as crianças, jovens e adultos com necessidades
educacionais especiais sejam matriculados em escolas regulares, de acordo
com as especificidade.
Gomes (2005, p. 69 – 70 ) didaticamente pode –se abranger a politica inclusiva
em dois aspectos: no âmbito social e educacional. No caso social é o
reconhecimento de que a pessoa com necessidades especiais é cidadã, tendo
o direito de estar integrada na sociedade o mais plenamente possivel. Já no
âmbito educacional a pessoa tem direito tanto à adequação do espaço escolar
quanto a acessibilidade de equipamentos e materiais pedagógicos, atendendo-
se a formação inicial e continuada com vistas a qualificação dos alunos,
professores e demais profissionais envolvidos.
Há um esforço considerável sendo realizado a cada ano no país para que a
inclusão aconteça. De 2009 para 2010, ainda com base nos dados do INEP,
houve um crescimento equivalente a 10% no total de novos alunos deficientes
que ingressaram nas escolas brasileiras, públicas ou privadas.
Nessa trilha de pensamento, Mozzatta ( 1998, p. 6 ) diz que:
11
[...] é oportuno ressaltar que um conjunto de indicações de instruções
coerentes e precisa se faz necessário para permitir que as ações
educativas de desenvolvam de modo a preservar a organicidade e
coerência do sistema escolar e, ao mesmo tempo, assegurar ao
professor as condições necessárias ao desenvolvimento de seu
trabalho, de tal modo que o seu papel de educador não seja
diminuído.
Ainda que se leve em conta os projetos relacionados à inclusão que estão
sendo criados em estados e municípios por suas secretarias de educação, que
contam com o apoio de abnegados educadores e institutos especializados a
lhes dar suporte e orientação, ainda prevalecem dificuldades de ordem
operacional, pedagógica, técnica e mesmo física (nas escolas) para atender a
todos.
A educação tem como meta evitar que as diferenças se transformem em
desigualdades para a aprendizagem e para a participação. Dessa forma todas
as crianças de uma comunidade aprendem juntas, independentemente de suas
condições sociais, culturais e individuais. (CORSE, 2001, p. 108) diz que toda
pessoa tem direito de pertencer a um grupo, a uma sociedade. E pertencer não
é fazer parte ou estar inserido; é conviver e participar efetivamente.
Ainda mais avançado nessa linha Mantoan (2001, p. 2) onde postula que:
[...] incluir significa muito mais do que simplesmente colocar juntas
crianças “deficientes” como crianças ‘normais” em sala de aula. Trata-
se de uma “mexida” bem maior. [...] uma transformação positiva e
profunda além de trazer noções básicas de respeito ao ser humano e
de seus direitos fundamentais.
A inclusão deve ser feita respeitando-se, acima de tudo, o ser humano que ali
se encontra, levando-se em conta que sua deficiência não deve criar barreiras
e impedimentos para seu convívio, participação, aprendizagem, socialização,
autoestima e realização. Neste sentido, é preciso vencer resistências e
preconceitos dentro do grupo no qual esta pessoa está inserida e isso somente
acontece com acesso à informação, cursos, intercâmbio de experiências,
leituras e vivências.
12
Diante da pluralidade que é vivenciada a cada dia no âmbito escolar, no que
tange ao processo inclusivo faz-se necessário concretizarmos escola para
todos e a escola de qualidade que, muito mais do que incluir, deve integrar,
tanto socialmente quanto em seu programa curricular, todas as crianças,
jovens e adultos, sejam deficientes ou não deficientes.
Barbosa apud Gomes (2005) situa a falta de informação e conhecimento que
educadores e administradores têm em respeito da realidade social e cultural,
como também do processo de desenvolvimento cognitivo – afetivo das
crianças atendidas pelas escolas, afirmando que conhecer seus alunos, sua
capacidade, também implica não ignorar as dificuldades para se pensar em
uma resposta educativa que contemple cada aluno em especial e a todos por
consequência.
Toda criança tem características próprias, voltadas a interesses, habilidades e
necessidade de aprendizagem que são únicas, os sistemas e programas de
ensino devem adotar a implementação de ações significativas ao processo de
ensino aprendizagem, voltadas as características e necessidade de cada um.
Na década de 90 do século XX, inúmeras reflexões significativas tem sido a
cerca da educação escolar voltada a prática inclusiva, que vem alicerçadas a
leis, acordos e conferencias mundiais: Constituição Federal do Brasil (1988),
Educação para todos em Jomtiem (1990), Declaração de Salamanca
(1994),Declaração de Guatemala (1990), Diretrizes e Bases da Educação
Especial (2001).
Nesse sentido a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n.
9.394/96, também garante e reforça a matricula, sem discriminação de turnos,
a todas as pessoas com necessidades educacionais especiais. A mesma tem
como objetivo integrar equipes de todos os níveis e graus de ensino com as
equipes de educação especial, em todas as esferas de dependências
administrativas e pedagógicas, do sistema educativo, desenvolvendo ações
integradas nas áreas de ação social, educação, saúde e trabalho.
13
1.1 - Educação e inclusão
O desafio pedagógico que a inclusão nos apresenta é muito mais amplo do que
aquilo que se revela num contexto educacional regular. Nessa concepção,
requer consciência social dos gestores, pais, e profissionais da educação e
comunidade, mas, especialmente, uma atitude ética e digna com os alunos.
O desenvolvimento da aprendizagem de qualquer aluno implica para o
professor, saber o que processo ensino aprendizagem e de como ele se dá.
Partindo desse pressuposto, faz-se necessário que conheça o processo de
desenvolvimento humano, em suas diversas facetas, contextualizando suas
relações com a aprendizagem.
No entendimento de que a prática pedagógica esteja centrada no respeito do
desenvolvimento emocional e cultural da criança, o sucesso da aprendizagem
dela vai depender da intenção do professor. Portanto o contexto educacional
deverá significar as suas ações com vista a tomada de consciência a uma
postura pedagógica realmente preocupada com o desenvolvimento cognitivo
de seus alunos bem como a formação inicial e continuada dos professores
autores do processo de ensino-aprendizagem.
Em decorrência dos avanços científicos que refletiram diretamente nas ações
frente a educação, especialmente na educação especial, sobre o enfoque da
educação especial bem como non processo de ensino aprendizagem do aluno
que apresenta em sua historia de vida a deficiência como limitações. Nesse
contexto concebe-se no século XIX , permeia ações voltadas a inclusão, seja
ela em qualquer instancia e nível de escolaridade.
1.2 – Os problemas da sociedade e inclusão
A inclusão é uma inovação cujo sentido tem sido muito distorcido é um
movimento muito problematizado pelos diferentes seguimentos educacionais e
sociais. No entanto inserir alunos com deficiência de toda ordem, permanentes
ou temporárias, mais graves ou menos graves no ensino regular é garantir o
direito de todos a educação.
14
O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as
pessoas com deficiência e sem duvida, a qualidade de ensino nas escolas
publicas e de modo que se tornem aptos para responder as necessidades de
cada um de seus alunos, de acordo com suas especificidades.
Toda criança precisa de escola para aprender e não para marcar passo ou ser
segregado em classes especiais e atendimentos á parte. A trajetória escolar e
comparado a um sistema organizacional de Ensino que torna esse processo
muito difícil de ser vencido. A escola mantem ativo o ensino especial, que
atende aos alunos que não conseguem corresponder as exigências e
expectativas escolares do ensino e de baixa qualidade e o subsistema de
ensino especial, desenvolvido justaposto ao regular.
Mesmo nos dias de hoje onde contamos com uma Lei Educacional que
propõem e viabiliza novas alternativas para melhoria do ensino nas escolas,
estas ainda estão longe na maioria dos casos, de se tornarem inclusivas, isto é,
abertas a todos os alunos incondicionalmente. Os projetos de inclusão parcial
já existentes não estão associados a mudanças de base nas escolas e que
continuam a atender alunos com deficiência em espaço escolar semi ou
totalmente segregados como: classes especiais, salas de recursos, turmas de
aceleração, escolas especiais e serviços de intolerância.
A justificativa que a as escolas tem para não atenderem aos alunos com
deficiências em turmas regulares na maioria das vezes e pelo despreparo de
seus professores para esse fim. Outras não acreditam nos benefícios que
esses alunos não poderiam acompanhar os avanços dos demais colegas e
serem ainda mais marginalizados e descriminados do que nas classes de
escolas especiais.
A inclusão escolar só será viável se o professor e toda comunidade escolar
mudarem seu jeito de lidar com a diferença, de formas de afetividade, de
escuta e de compreensão, suspendendo juízos de valores como pena, repulsa
e descrença.
Nas escolas não há um currículo especifico que a atenda as necessidades de
cada aluno com determinado tipo de deficiência e o que se faz é uma suposta
15
adaptação da realidade e necessidade dos alunos. Pois os currículos são os
mesmos, as disciplinas e os conteúdos são os mesmos, o se faz e uma
adaptação para as crianças.
Cabe ressaltar que sem a colaboração, sem ser uma atividade coletiva, o êxito
maior continuará sendo do discurso vazio e sem eco.
Steinbeck e Steinbeck ( 1999) a cooperação pode aumentar o sucesso da
educação inclusiva.
1.3 – Os limites educacionais para a inclusão
A Inclusão educacional como conceito, como direito, é uma preocupação e
também uma necessidade objetivas da sociedade.
A ideia de que o seres humanos são fundamentalmente iguais entre si e um
contraste muito antigo. A religião por muito tempo foi a responsável por esta
ideia “...todos são iguais aos olhos de Deus” ( OUTHWAITE, BOTTOMORE,
1996, p. 372).
Consequentemente a inclusão social dos sujeitos em todas as instâncias,
passou a ser perseguida no nível da justificativa teóricas, nas garantias legais e
na elaboração de politicas que a contemplassem. No que diz respeito a
Inclusão Educacional, as coisas não foram diferentes ( SANFELICE, 1989.
ALVES, 2004).
Os limites educacional são estruturais, pois as relações entre capital e trabalho
fundam as desigualdades. A inclusão é uma ocorrência de mão dupla, por um
lado ela corresponde as necessidades objetivas de uma sociedade urbana
industrial e, por meio da educação, prepara-se os sujeitos para mais ou menos
conviverem com essa realidade.
A inclusão educacional é uma politica compensatória dentre outra é avaliada
qualitativa e não qualitativa o estado controla mais do que nunca a educação
escolar ( VIANNA JR. 1998; NEVES, 2000;SILVA2002;SILVA JR. BRANDÃO,
2005;NEVES 2005).
16
Ainda dentre desses limites pode-se dizer juntamente com Cury (2005) que o
Brasil vivencia uma legislação avançada tentando promover direitos universais
em vista de maior igualdade.
A inclusão educacional e parte do processo do modo de produção capitalista e
o seu limite essencial é posto não pela escola mas pelo lugar social que os
sujeitos ocupam.
As escolas não são iguais qualitativamente os conhecimentos não se
democratizam, o trabalho se desqualifica, as diferentes culturas são
estigmatizadas e a distribuição de riquezas agudizam as distâncias. A
educação, portanto, precisa ser pensada de uma maneira larga. Não podemos
nos restringir a uma politica de inclusão à educação escolar é formal.
MÉSZÁROS nos faz entender que não é possível uma inclusão educacional
concebida apenas como inclusão na educação escolar formal. É preciso eleger
também a perspectiva de uma inclusão na cultura geral da sociedade, não se
trata, portanto de incluir um gueto ou um nicho.
MÉSZÁROS (2005) não fala sobre a inclusão na educação em específico.
Reivindicar pura e simplesmente a sua universalização, na prática uma
inclusão de todos os sujeitos, nem em qualquer educação vigente, mas em
uma educação para a desalie nação de uma nova internalização de valores,
visando a construção de uma sociedade superior. Não na inclusão apenas a
penas na educação formal mas uma inclusão na cultura geral que também é
educativa ao longo da vida.
Capitulo II
2. Os desafios da educação diante da inclusão.
O esforço pela inclusão escolar de pessoas com necessidades especiais e a
resposta para uma situação dessas pessoas e cerceava o seu pleno
desenvolvimento. Até o inicio do século 21, o sistema educacional brasileiro
abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial – o aluno
17
frequentava uma ou outra na ultima década nosso sistema escolar se
modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotada a
regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequadas e
oferece apoios aos que encontram barreiras par a aprendizagem.
A educação inclusiva compreende a educação especial dentro da escola
regular e transforma a escola num espaço para todos. No entanto há
necessidade que interferem de maneira significativa na aprendizagem do aluno
e que exige da escola uma atitude educativa específica como utilização de
recursos e apoio especializados para garantir a aprendizagem de todos os
alunos.
A educação inclusiva significa educar todas as crianças em um mesmo
contexto escolar. Com a inclusão as diferenças não são vistas como um
problema, mas como diversidade.
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do
processo de educação inclusiva estamos considerando a diversidade
de aprendizes e seus direitos a equidade. Trata-se de equiparar
oportunidades, garantindo-se a todos inclusive as pessoas em
situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o
direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e
aprender a conviver ( CARVALHO, 2005).
A educação inclusiva e um processo que amplia a participação de crianças
com deficiências no sistema regular de ensino. Pela constituição a criança com
deficiência tem direto de estar na escola essa é uma das metas do Plano
Nacional de Educação, a meta 4, prevê universalizar para toda população de 4
a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos
globais e desenvolvimento de altas habilidades ou superdotação.
Apesar das escolas disponibilizarem de vagas ainda não está preparado para
receberem esses estudantes. Não possui estrutura de capacitação de
professores, e organização curriculares. A educação especial tem que cada
vez mais atuar em conjunto com a escola comum, a escola precisa ter um
especialista para dar suporte ao professor, dependendo do tipo de deficiência
da criança.
18
As barreiras enfrentadas pela educação inclusiva são muitas e a principal é a
falta de informação da família sobre o que é direito da criança, e essa falta de
informação acaba criando neles uma ideia equivocada de que eles têm que
lutar pela coisa errada.
Outro desfio estar em como dar uma aula apresentável com crianças que
possui deficiência, com ritmos diferentes de aprendizado ou que precisam de
recursos especiais, e consequentemente, necessitam ser ensinados de
maneiras diferentes.
Educação inclusiva, no que se refere à educação especial reside no
despreparo do professor para o trabalho com alunos portadores de
necessidades de deficiências, além da prática curricular com base no ensino
regular.
Para Staimback e Staimback (1999), o educador pode desempenhar um
importante papel na percepção dos alunos de que esses têm potencialidades e
limitações diferentes. Sugerem propostas de atividades em que os alunos
sejam estimulados sobre suas habilidades e identificadas suas limitações.
Faltam a muitos dos professores informações sobre estratégias que deram
certo, não para que sejam feitas cópias, mas para que sejam tomadas como
ponto de partida para outros sejam pensadas, tendo em vista o conhecimento
sobre o que esta sendo feito e que pode funcionar. Para isso e fundamental
que sejam conhecidos os processos de ensino aprendizagem, assim como
aspectos relativos às diferentes etapas do desenvolvimento humano e nesse
sentido, faz-se necessário a formação continuada do educador constituindo-se
cada vez mais como pesquisador de sua própria prática pedagógica.
FERREIRA (2006, P. 3.4) afirma que:
[...] A construção de escolas com qualidade e inclusiva para todos
deve, dessa forma necessariamente envolver o desenvolvimento de
politicas escolares de desenvolvimento profissional docente com vista
a prepara-lo pedagogicamente para trabalhar com pluralidade sócio
cognitiva e especial dos estudantes por meio de enriquecer
conteúdos curriculares que promovam a igualdade, a convivência
pacifica a aprendizagem mutua, a tolerância e a justiça social.
19
Dessa forma, para FERRERA (2006, p. 6):
O processo de mudança da pedagogia tradicional para uma
pedagogia inclusiva, pouco a pouco transforma o docente em
pesquisador de sua prática pedagógica, pois a nova dinâmica de
ensino faz com que adquira habilidades para refletir sobre sua
docência e aperfeiçoa-la continuamente.
O docente aprende a reconhecer o valor à importância do trabalho colaborativo
e da troca de experiência com seus colegas professores, os quais podem
contribuir de forma sistemática sobre novas formas de ensinar, de lidar com
velhos problemas e de se desenvolver profissionalmente.
Algumas possibilidades de mudanças de atitudes que podem propiciar efetiva
inclusão de estudantes com dificuldades, nas escolas com ajuda de
profissionais da educação especial, são apontadas por AMARO e MARCEDO
(2002), que estudaram a concepção de ed7ucadores sobre alunos com
deficiência.
Mais para uma educação que atenda a verdadeiramente a todos, (CARVALHO,
1997), ressalta a necessidade de os professores, os técnicos na educação, os
diretores e suas equipes, entre outros trabalhadores da escola e das famílias
dos alunos discutam cotidianamente formas de melhorar a qualidade de
educação oferecida. Nota-se ainda a necessidade e urgência de politicas
publicas que assegurem a qualidade de formação inicial e continuada do
educador.
2.1 – Uma educação inclusiva e democrática
A inclusão não pode ser vista em partes. E preciso enxergar o aluno com
deficiência em sua totalidade e só teremos escolas melhores quando todas
elas forem inclusivas. Precisa realizar as ações da busca incessante pela
educação inclusiva, como acessibilidade dos prédios escolares, material
didático específico, diretrizes curriculares, contratação de pessoas qualificadas
para desenvolver cada caso em sua especificidade e o mobiliário adaptado.
20
E importante ressaltar a importância da escola como espaço de conquista da
cidadania. Ao levar o aluno com deficiência para dentro da escola, também
levamos capacitação para os professores e novas tecnologias.
Fruto de um longo caminho percorrido na história a inclusão é uma construção
de um novo modo da sociedade se relacionar com a diversidade humana e
garantir que cada um contribua com sua parte na realização de si mesmo,
individuo e da coletividade.
Num cenário politico onde vige a democracia e com elas os pilares da
liberdade, de igualdade e as fraternidades, incluir não é opção, é necessidade.
Se assim não for, o principio democrático falha.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela assembleia
geral das nações unidas em 1948, trouxe compromissos para os países
membros e, portanto signatários. O Brasil e um deles e tem neste documento
um dos referenciais legais iniciais para seu projeto nacional de educação
democrática. A Declaração afirma em seus artigos 1º e 26º que todos são
iguais em direitos e não devem sofrer discriminações de qualquer natureza,
toda pessoa tem direito a educação e esta deve oferecer a expansão da
personalidade de cada um, reforça os direitos humanos, as liberdades e ajudar
na compreensão, na tolerância e na amizade entre todos.
Em 1990 o Brasil esteve em Jomtien, na Tailândia, participando da conferencia
mundial sobre educação para todos. Ao assinar a declaração de Jomtien o
Brasil se comprometeu a erradicar o analfabetismo e a proporcionar uma
cultura de progresso e de tolerância por meio da educação. Chegando a
conferencia de Salamanca, na Espanha em 1994, o Brasil ingressou na
comunidade dos países empenhados em promover a educação inclusiva para
crianças com necessidades especiais. Um dos artigos da declaração elaborada
na conferencia mundial sobre necessidades educativas especiais. Acesso e
qualidade, diz que aqueles que possuem necessidades educativas especiais
serão aceitos e integrados em escolas comuns, que terão uma pedagogia
voltada a criança e capaz de atender suas necessidades. Escolas estas que
trabalham a integração e combaterão discriminações criando compreensão de
tolerância as diferenças ( MEC, 2004, p. 16).
21
Em 1996 o Brasil, tem a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases 9. 394/96,
em atual vigência tendo como parâmetro maior a constituição, a LDB normatiza
o ensino no país. O projeto educacional brasileiro que tem por base a formação
de cidadãos capazes de serem críticos, cientes de seus direitos e deveres,
habilitados para o trabalho, independentes, autônomos amplamente sociáveis,
em cada escola do país, tem por guia o que diz a Lei, são também cidadãos
beneficiados pelas normas, os deficientes. Para integra-los o sistema de ensino
brasileiro lança mão de ações voltadas a educação Inclusiva.
Em 2010 a Conferencia Nacional da Educação veio reavaliar o PNE (Plano
Nacional de Educação) e tratar de reelaborar estratégia de ação a inclusão, a
igualdade e a diversidade para que o Brasil chegasse finalmente a mecanismos
de inclusão como escola.
Para entender melhor a educação brasileira no que tange a inclusão, e preciso
olhar para as escolas. Porém mesmo que se tente, não e possível abraçar todo
aspecto nacional com suas particularidades.
A educação e direito constitucional. Todavia as escolas são autônomas para
implantar seus projetos pedagógicos. Deste modo a proposta e fazer um
recorte tênue para abrir uma minúscula janela para onde se pode observar o
dia a dia de educadores, e alunos com deficiências e enxergar o plano de ação
que começa com o Estado e termina com relação professor/aluno.
2.2 – As desigualdades sociais
As desigualdades sociais nas escolas entre os alunos são provenientes das
diferentes classes sociais alimentados pelos sistemas educativos na produção
da igualdade de oportunidade nas sociedades democráticas, ou pelo contrario
na reprodução das desigualdades.
As transformações no sistema educativo justificam um olhar permanente sobre
esta questão. O Brasil ainda e um desses países mais desiguais do mundo.
Apesar da desigualdade gritante que impera reconhecemos que esta tem
reduzido de forma muito lenta que tem ocorrido em função dos aumentos dos
22
ganhos reais do salario mínimo de geração de empregos, formais e das
transferências governamentais.
Um dos fatores responsáveis pela elevada desigualdade e o acesso à
educação de qualidade. E esta desigualdade especialmente grave num país
em que insiste em pagar um custo elevado em razão da baixa escolaridade. A
desigualdade e existente oriunda principalmente da falta de acesso à escola de
qualidade observa-se que não só em relação salarial, mas também em relação
a empregabilidade.
Não podemos ver as vantagens de uma maior e melhor educação apenas
circunscrita no campo econômico, mas ter uma visão mais abrangente e
ampliada dos benefícios que uma população melhor escolarizada pode obter.
Embora considerando que a educação não se da estreitamente nos limites da
escola, é importante lembrar que ela e um espaço privilegiado de formação
humana que oferece a possibilidade de uma vivenciam plural. Se as relações
tanto com os indivíduos como o conhecimento forem estabelecidas ali, a partir
de uma rede de negociação em que todos tenham oportunidades iguais,
podemos pensar que este e um processo de aprendizagem do exercício
democrático. Essa postura ponderar ser uma alternativa que devamos buscar
se realmente almejamos a transformação da sociedade, para que ela se torne
inclusiva, sem discriminação, e, portanto, para todos.
Na década de 80, por exemplo, Costa (1987, p. 10) em sua pesquisa sobre o
fracasso escolar de crianças de classes populares discute:
Muito dos modelos comumente utilizados para definir e enquadrar
essa criança com fracasso como deficiente normal, ou portadoras de
distúrbios específicos de aprendizagem não só não basta, na teoria
para explicar esse fracasso ou enquadrar essa criança, como são
negados pela própria pratica.
Em 1997 Mantoan, já considerava a integração escolar como uma forma de
inserção condicional que depende do aluno, ou seja, do nível de sua
capacidade de adaptação às opções do sistema escolar [...] trata-se de uma
alternativa em que tudo se mantem, nada se questiona do esquema em vigor.
Já a inclusão escolar significa a inserção de uma maneira radical. Sua meta e
23
não deixar ninguém fora do sistema escolar que por sua vez terá de adaptar as
particularidades de todos os alunos (1997, p. 8)
Retomando Mantoan, em sua primeira luta pela educação inclusive no Brasil.
Ela vem nos lembrar de suas antigas palavras (2003, p. 24).
A inclusão não implica numa mudança de perspectiva educacional,
pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam
dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham
sucesso na corrente educacional geral. Os alunos com deficiência
constituem uma preocupação para os educadores inclusivos. Todos
sabem porem que a maioria dos que fracassaram na escola são
alunos que não vem do ensino especial, mas possivelmente acabarão
nele.
No Brasil as modificações introduzidas no sistema educacional a cerca da
exceção dos alunos na escrita comum tem inicio nos anos 60 com a Lei 4024
de 20 de dezembro de 1961, que estabelece as diretrizes para a educação
nacional, em seu artigo 88 apresenta um caráter segregativo. A educação de
excepcionais deve no que for possível enquadrar-se no sistema geral de
educação, a fim de integrara-los na rede comum de educação.
2.3 – A educação e a mudança social
Segundo Fernando de Azevedo a escola deveria nortear-se pelos princípios de
liberdade de igualdade e de cooperação, os quais ganham contornos nítidos na
sociedade industrial moderna.
A educação nova é uma obra de cooperação social, que atrai solicita
e congregam para um fim comum todas as forças e instituições
sociais como a escola e família, pais e professores, que antes
operavam, sem compreensão reciproca, sem sentidos divergentes
senão oposto ( AZEVEDO, 1958. 18 ).
As instituições escolares teriam de se desenvolver interesses de caráter social,
coletivo e racional.
24
Uma educação inovadora e transformadora da vida humana em todos os seus
aspectos, seria capaz de mediar o choque que havia entre o Brasil arcaico que
deveria esvarria-se mediante a força da industrialização e da urbanização, e o
país moderno que surgiria em razão desses dois últimos processos e imporia
novos fins sociais a todas as instituições e a todos os indivíduos.
A escola deveria ensinar aos alunos que suas ações deveriam também estar
orientados no respeito a personalidade do outro. A universalidade do ensino
no processo educacional, o ponto de partida de todos os indivíduos
independentemente da classe social, deveria ser o mesmo, ou seja, deveria ser
uma base comum, universal pela quais todos passariam. A escola publica tinha
de promover o encontro entre pessoas de meio diversos.
Apesar de muitas adaptações ocorridas ainda, restaria muito a fazer pra que as
escolas se adaptassem as mudanças efetuadas na vida social e as teorias
básicas da educação fossem reformadas para que contivesse em si, como
elemento essencial, o reconhecimento da própria mudança, permanente,
rápida e crescente.
Quanto a educação esta foi apontada geneticamente como necessários para
as mudanças, principalmente devido ao desenvolvimento no setor industrial,
mas, principalmente no caso do Brasil, ressaltou-se a expansão do sistema
educacional da década de 1950, sua relação com o rápido crescimento
populacional e o nível excessivamente baixo do perfil escolar da população
brasileira.
No entanto a educação publica institucionalizada só poderia surtir efeitos
dentro de um meio que apresentasse certas condições sócias econômicas, ou
seja, por causar desenvolvimento como pré- requisitos, por exemplo, ricos,
aprendem mais, ou frequentam mais as escolas do que os pobres. Os
crescimentos dos sistemas escolares não seriam simultaneamente
acompanhados das transformações qualitativas correspondentes às mudanças
determinantes daquele crescimento.
Pela conceituação de Fernandes (1960) no estudo das relações entre
mudanças, evolução e desenvolvimento social no Brasil, entende-se a
25
mudança social como uma noção genética abrangendo quaisquer espécies de
alterações sistema social, independente de condições particulares de tempo e
de espaço.
Capitulo III
3 – Educação inclusiva e os excluídos
A exclusão da escola e do direito de aprender na idade própria faz com muita
criança deixam de completar um numero mínimo de anos de escolaridades
sem os quais esses indivíduos não terão instrumentos básicos para se inserir
na sociedade contemporânea com condições dignas de trabalho e cidadania.
A historia nos revela que desde a antiguidade vivemos em um mundo
excludente e desigual. Vejamos como define Limoncic, Carvalho e Henriger
( 1994, p. 20 ) a condição de exclusão social:
[...] A maneira pela qual convivem uma pequena parcela da
população que tem acesso a renda, consumo, serviço, e bens
culturais e uma grande maioria que encontra-se privada destes bens
materiais e simbólicos. São excluídos socialmente aqueles que
impedidos estruturalmente de ter acesso a estes bens constrói uma
identidade individual e coletiva baseada nestas impossibilidades de
acesso, e em relação aos quais e é geralmente construídas uma
imagem negativa e preconceituosa associada a determinados
atributos sociais, raciais, culturais.
Batista ( 2002 ) afirma que :
[...] incluir socialmente implica mais do que ter condições a
sobrevivência e convivência social [...] a utopia cotidiana nessa
suposição obriga a pensar outros varias concretas que condicionam a
busca da inclusão social. Um dos critérios da inclusão e a equidade
ou o convívio com a diversidade, mas julga-se que os obstáculos á
sua conquista te de outras ordem, além das politicas ou econômicas.
26
Essa e a situação das crianças com deficiência de aprendizagem, meu objeto
de estudo. Elas também são alvo de estranhamento, discriminação e
marginalização social. Elas sempre existiram em todas as sociedades,
compondo um grupo de excluídos, porém, a maneira pela qual vem sendo
tratados socialmente foi se transformando ao longo do tempo.
Batista (2002, p. 59 ) sintetiza a historia da convivência social de pessoas com
deficiência em três momentos significativos:
O primeiro e marcado pela exclusão pelo abandono ou pelo
encarceramento. O segundo pode ser convivência regulador e
caracteriza-se pela denominada de integração ou institucionalização
de ações boas condições de aprendizagem e de ensino na escola e
que podem receber uma educação em sua versão ordinária, comum,
ou seja, não- especial ou excepcional ( 2002, p. 02 )
A chamada educação inclusiva e um movimento histórico da época
contemporânea que podem receber uma educação inclusiva em movimento
histórico da época contemporânea que vem adquirindo forças, sobretudo a
partir de 1990, data da promulgação da Declaração Mundial sobre Educação
para todos. A visão da inclusão não e hegemônica existem discordâncias a
cerca do entendimento e das praticas inclusivas.
Para Mantoan (1995, p. 08) educação inclusiva e o processo de inserção
radical de alunos com deficiência ou distúrbio de aprendizagem nas classes de
rede comum de ensino em todos os níveis, nesses aspectos todos devem
aprender juntos cada um dentro de suas possibilidades.
Retomando Mantoan (2003, p. 24) em sua pioneira luta pela educação
inclusiva no Brasil ela vêm nos lembrar de suas antigas palavras:
A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional pois não
atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam
dificuldades de aprender mais todos os demais e espaço específicos
onde os portadores de deficiências estão separados do convívio com
outras pessoas . O terceiro momento e caracterizado pelo movimento
atual da inclusão
27
As nomenclaturas e classificações utilizadas para denominar as pessoas com
deficiência conforme propositalmente são intitulados conforme as praticas
segregativas.
As denominações mais recentes como portadores de necessidades especiais
(PNE) ou deficiente tem provocado discursões entre os diferentes estudiosos
do assunto. Na década de 80, Costa (1987, p. 10) em sua pesquisa sobre
crianças de classes populares, discute :
Muitos modelos comumente utilizados pra definir e enquadra essas
crianças que fracassa com deficiência anormal ou portadores de
distúrbios específicos de aprendizagem não só bastam na teoria para
explicar esse fracasso ou enquadrar essa criança como são negados
pela própria pratica.
Marcedo considera que os excluídos são a maioria e, portanto a educação
inclusiva é proposta tardia de colocar essa maioria junto aos que tem acesso a
educação regular.
3.1 – Os desafios da educação Inclusiva no Brasil
O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades
especiais no Brasil, é a resposta para uma situação que perpetuava a
segregação dessas pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento. Até o
inicio do século XXI , o sistema educacional brasileira abrigava dois tipos de
serviços: A escola regular e a escola especial – ou o aluno frequentava uma ou
outra. Na ultima década nosso sistema escolar modificou-se com a proposta
inclusiva e um único tipo de escola foi adotada. A regular que acolhe todos
alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio aqueles que
encontram barreiras para a aprendizagem.
A educação inclusiva compreende a educação especial dentro da escola
regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela falava a
diversidade na medida em que se considera que todos os alunos podem ter
necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
28
No entanto há necessidades que interferem de maneira significativa no
processo de aprendizagem e que exige uma atitude educativa especifica da
escola, como por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para
garantir aprendizagem a todos os alunos.
Educação inclusiva significa educar todas as crianças em um mesmo contexto
escolar. Com a inclusão as diferenças não são vistas como problemas mas
como diversidades.
O fato e que muitas vezes os profissionais envolvidos com a educação tem se
mostrado apático diante da estrutura educacional existente no país e resistem
a mudar o jeito de trabalhar, não vendo saída para alterar sua pratica
pedagógica cotidiana. Acrescenta-se a isso o fato das classes serem muito
numerosas por vezes com mais de quarenta alunos piorando a situação.
Persenoud ( 1993 ) que há necessidade de formulações na formação inicial do
professor de ensino básico. Porém não existem receitas acabadas, mesmo
porque cada educador é único, assim como são únicos as diferentes situações
de aprendizagem.
Carvalho ( 1997 ) ressalta que embora tenha ocorrido avanços no que diz
respeita a remoção de barreiras arquitetônicas nas escolas, muitas vezes os
alunos estão no mesmo espaço físico que os demais, sem participar
efetivamente das atividades escolares e verdadeiramente incluídas na
aprendizagem, acrescentando que para que a inclusão realmente ocorra a
pratica pedagógica precisa ser mudada.
Ferreira ( 2006, p. 3-4 ) afirma que:
A construção de escolas de qualidades e inclusiva para todos deve,
dessa forma, necessariamente envolver o desenvolvimento, de
politicas escolares de desenvolvimento profissional docente com
vistas a prepara-los pedagogicamente para trabalhar com a
pluralidade sócio cognitivo e experiencial dos estudantes por meio de
enriquecer conteúdos curriculares que promovam a igualdade, a
convivência pacifica, a aprendizagem mutua, a tolerância e a justiça
social.
29
Assim se faz importantes que as formas de preconceitos sejam combatidas
para além do discurso, de ações afetivas. Torna-se necessário como formas de
enfrentamento dos preconceitos e estereótipos existentes no ambiente
educacional, ações de politicas publicas voltadas a formação inicial e
continuada dos educadores buscando uma educação que estimule as
potencialidades de seus educandos e que assegure o aprendizado sem ignorar
a pluralidade dos alunos reais existentes nas escolas.
3.2 – Os limites da educação Inclusiva
Quando falamos de inclusão os nossos olhos se voltam para aquelas crianças
que vem sofrendo um processo perverso de exclusão social e educacional, a
educação dos alunos com necessidades especiais são inúmeras.
A década de 1990 caracterizou-se no plano da politica educacio0nal brasileira
por expressivo enfoque na ampliação do acesso a escolaridade básica
entendida a todos os alunos. No que tange a educação especial, esta
tendência se refletiu na defesa pela escolarização de pessoas consideradas
com deficiência no ambiente de ensino comum ou regular.
Resguardados dos diversos vezes pelos quais a concepção de educação
especial esteve pautada, frente a própria especificidade dos distintos
momentos históricos para os efeitos estudo. Sousa e Prieto ( 2002, p. 125 ), se
refere,
[...] As condições requeridas pela demanda em seu processo de
aprendizagem auxílios ou serviços não comumente presentes na
organização escolar. Caracterizam essas condições, por exemplo, a
oferta de materiais e equipamentos específicos e eliminação de
barreiras arquitetônicas e de mobiliário, as de comunicação e
sinalização e as de currículos, a metodologia adotada e o que é
fundamental a garantia de professores especializados, bem como de
formação continuada para o conjunto do magistério.
Ao mesmo tempo em que articula-se a proposta da inclusão aos determinantes
econômicos e por esta razão se conhece os limites estruturais para sua
concretização dada a contraposição de interesses de uma sociedade dividida
30
em classes, também entende-se que estas tendência só se revela no bojo dos
próprios embates sociais, como também sendo produto destes, pode-se
traduzir, doravante em determinadas conquistas. Sanfelice (2006, p. 35)
analisa que:
[...] mesmo nos limites estruturais em que vem ocorrendo a inclusão
educacional ela também acontece muito provavelmente, para além
das necessidades objetivas da lógica posta pela primazia do capital
[...] a inclusão educacional é obtidas por seguimentos sociais que
mobilizam com esta finalidade talvez surpreendendo planos oficiais,
planejamentos estratégicos, recursos previstos [...] , e enfim
implodindo uma certa politica educacional conduzida pelo estado.
Esse conflito faz com que as relações sociais se movimentem por
caminhos nem sempre desejados pelo capital ou pelo estado, mas
ainda assim é administrável.
Nesse sentido as necessidades básicas das pessoas com deficiências
requerem atenção especial. E preciso tomar medidas que garantem a
igualdade de acesso aos portadores de toda e qualquer tipo de deficiência
como parte integrante do sistema educativo. Embora os sujeitos com
deficiência necessitam de metodologia adaptada recursos específicos,
instalações adequadas a educação especial constitui-se em educação, suas
finalidades são as mesmas tornar indivíduos com e sem deficiência capazes de
agirem de modo mais independente possível.
Dessa forma compreende-se que o processo educacional pode levar o homem
da sua condição primitiva a forma cultural ultrapassando o determinismo
biológico, entendendo que a deficiência não retira do homem a sua
possibilidade de humanização, pois não é em si uma doença mas uma
condição com a qual a pessoa convive.
3.3 – A sociedade ser transformada pela Educação inclusiva
Atualmente tem sido presenciado transformações significativas e rápidas em
todos os setores da nossa sociedade. Tais transformações nos afetam social
econômico e culturalmente modificando nosso modo de pensar, interagir, agir
31
e nos comunicar. A Educação Inclusiva e uma das maiores das transformações
que vem ocorrendo.
Os alunos com capacidades de aprendizagem diversas ou sujeitos de qualquer
etnia, credo, nível econômico, a escola inclusiva pressupõe o acolhimento de
alunos com deficiências – a chamada escola especial. Esse aluno muitas vezes
estigmatizados por suas características físicas , mentais ou sensoriais tem
agora oportunidade de compartilhar espaços com os “normais” possibilitando a
aceitação pelo menos a aproximação do diferente.
No Brasil uma das Leis que primeiramente estabeleceu o direito das pessoas
portadoras de necessidades especiais a um ensino regular em escolas publica
foi a lei Federal Direito das Pessoas Portadoras de Deficiências, no. 7853 de
24/10/1989. No parágrafo único a legislação garantia, principalmente que a
oferta da Educação Especial em estabelecimentos públicos de ensino fosse
obrigatório que a oportunidade de educação deveria ser oferecida em todos os
níveis de escolarização.
O processo de inclusão escolar para os deficientes se intensificou a partir da
Declaração de Salamanca – Espanha em 1994, quando o Brasil, juntamente
com mais de 87 países, assinou um tratado de compromisso para com a
educação para todos, reconhecendo a necessidade e urgência do
providencialmente de educação para crianças, jovens, e adultos com
necessidades especiais dentro do sistema regular de ensino. ( Declaração de
Salamanca, 1994).
A Educação Inclusiva e uma tentativa das instituições escolares publicas e
privadas – de se adaptar a novas realidades desencadeada pelas mudanças
do chamado pós – moderno e por Lei, todas as escolas regulares da rede
publica e privada devem receber também portadores de desde os primeiros
anos da Educação Formal.
O cumprimento da Lei não dá opção nem a professores, nem a alunos
deficientes de escolher assumir ou não a identidade requerida pela Educação
Inclusiva. Há professores que não estão dispostos a mudar suas abordagens e
estratégias de ensino em função dos alunos com limitações físicas ou
32
sensorial, eles teriam de assumir um postura de professor agente de
letramento ao invés de transmissor de conteúdos.
Algumas escolas se adaptaram as novas medidas governamentais e tem
trabalhado no sentido de concretizar o processo de inclusão social de forma
eficaz. Como uma possibilidade para a inclusão escolar, podemos destacar a
convivência entre os pares. Embora haja praticas discriminatórias a
convivência de crianças com diferentes realidades promovem atitudes, mas
justas e solidárias que contribuem para o processo que não obscureça as
singularidades.
Carvalho ( 2010 ) argumenta que em um espaço inclusivo de fato, todos são
bem unidos, valorizados como sujeitos de potencialidades com direito de
prender: por outro lado chama a atenção para o foco de aprendizagem. Firma
que “a educação escolar consiste na apropriação da cultura humana traduzida
sob a forma de conhecimento que contribuem para a outra produção do
homem como ser histórico” ( CARVALHO, 2010, p. 49 ).
Nas escolas faltam adaptações aos portadores de necessidades especiais e ter
acessibilidade. Acessibilidade significa um conjunto de ações para promover
acesso a permanecia e a efetiva participação dos alunos ( Brasil, 2008 ). São
ações que envolvem o planejamento e a organizações de recursos e serviços
para a promoção da acessibilidade arquitetônica nas comunicações, nos
sistemas de informação, nos matérias didáticos e pedagógicos ( CARVALHO,
2010 ).
Promover acesso e permanência garantindo aprendizagem é uma preocupação
constante dos sistemas de ensino vem tentando programar ou incrementar
uma proposta na perspectiva da educação inclusiva. Trata-se de uma pratica
complexa que denominada muito mais que adaptações físicas. Envolvem
aspectos desde as praticas de gestão, recursos financeiros, parcerias,
formação de professor, criação de espaços para atendimento educacional
especializado, tecnologias, adaptações curriculares, planos de trabalho, até as
praticas pedagógicas em nível de sala de aulas.
33
Considerações finais
A educação inclusiva e um projeto mundial que esta em andamento no Brasil
há quase cinco décadas. Nessa caminhada o contexto escolar na escola de
rede Publica no município de Novo Repartimentos revelam que em termo de
inclusão das pessoas com deficiência, podemos encontrar diversas praticas
escolares. Algumas são favoráveis a essa proposta, mais os professores
sentem-se incapazes de lidar com a diversidade dos alunos.
Outras apresentam resistência a presença da criança com deficiência. Ainda
existem aquelas que mesmo estando disponíveis ao recebimento de alunos
com deficiência, suas praticas pedagógicas apresentam contradições que
levam a inclusão dos alunos.
Essa pesquisa revelou que em Novo Repartimento existem escolas particulares
e publicas buscando formas de acolher os alunos com deficiência. No entanto
essas tentativas não se apoiavam em uma proposta educativa consistente,
com objetivos claros, voltados a inclusão escolar dos alunos com deficientes.
34
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