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TGI | Isabela Soave Pontello

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COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO PERMANENTE (CAP) Prof.º Dr. David Moreno Sperling Prof.º Dr. Jourbert José Lancha Prof. ª Dr.ª Lúcia Zanin Shimbo Prof. ª Dr.ª Luciana Bongiovanni Martins Schenk COORDENADOR DE GRUPO TEMÁTICO (GT) Prof.º Dr. Miguel Antonio Buzzar São Carlos, SP 2016

ISABELA SOAVE PONTELLO TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO . USP

ARQUITETURA E PAISAGEM proposta de espaço público contemporâneo e interativo

MODIFICAÇÕES

DIRETRIZES DE PROJETO

IMPLANTAÇÃO

ESPACIALIDADES

ENCAMINHAMENTOS

INTRODUÇÃO

QUESTÃO

UNIVERSO PROJETUAL

05 06

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LOCAL

REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

AMERICANA

SITUAÇÃO

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PROJETO

30 36

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ÍNDICE

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INTRODUÇÃO

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A vitalidade urbana de espaços públicos impulsionou as inquietações desde trabalho desde o princípio. Estudar o

espaço público aliado à sociabilidade urbana permite um enfoque ainda maior nas relações entre as pessoas nesse

espaço e com esse espaço. Este trabalho concentra-se nesta relação entre o espaço público e a sociabilidade urbana.

No intuito de constituir uma cidade para pessoas, como defende Jan Gehl, se considera o conceito de urbanidade,

difundido por diversos autores, como Jane Jacobs, em que coloca também a diversidade como um fator

extremamente favorável à criação de um lugar que promova essa essência da urbanidade. Foi a partir desta ótica que

observei a cidade, e elenquei as questões mais significativas para o desenvolvimento deste trabalho:

Em quais espaços públicos se têm sociabilidades?

O que fazem os espaços públicos serem atrativos?

Como o arquiteto e urbanista pode intervir para potencializar o encontro de pessoas?

O espaço público é indissociável do espaço urbano. Entende-se por espaço público um lugar atrativo às pessoas, e

que se tornam vitais para a relação entre homem e cidade. Para o homem, porque promove espaços de lazer,

descanso, percepção da cidade e sociabilidades, e para a cidade, porque esses espaços contrapõem a arquitetura

segregadora tão preocupante e tão presente no cotidiano de nossas cidades (DAROTA, 2012, p. 18).

É a partir desta escala urbana de intervenção que o arquiteto e urbanista atua em primeira instância. Nesta escala,

uma das formas de potencializar o encontro de pessoas está relacionada ao fluxo: através da mobilidade urbana. Em

trechos de cidade, ou grandes áreas, o arquiteto pode intervir em projetos da arquitetura da paisagem, como os

parques urbanos, que também são espaços públicos bastante potenciais para eventos coletivos e práticas de uma vida

urbana. Como terceira escala de intervenção, elenco as ações projetuais arquitetônicas nos edifícios e construções,

em uma escala mais próxima do usuário, intervindo diretamente nas relações de sociabilidade.

Neste trabalho, há a intenção de passar por essas três escalas de intervenção, em busca de um projeto que promova

uma diversidade de relações sociais naquele espaço.

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Escala urbana

Escala local

Escala do usuário

Projeto Arquitetônico dos

edifícios e das construções

(interatividade)

Trechos de cidade, grandes

áreas (arquitetura da

paisagem), criando uma nova

ou potencializando as

centralidades locais

existentes.

Fluxos (Mobilidade urbana)

Inserida no panorama contemporâneo, a reflexão sobre o encontro de pessoas se torna ainda mais

complexa diante das tecnologias de comunicação. Segundo Daroda, “A sociedade contemporânea, a

partir do surgimento das novas tecnologias, da evolução dos meios de transporte e de comunicação de

massa, vive constantemente alterações em sua dinâmica, as quais transformam seus espaços e suas

relações sociais.” (2012, p.22).

“O perfil do usuário da cidade contemporânea determina a necessidade de um uso associado à

interatividade; de espaços descontínuos, capazes de estimular a permanência e a troca” (GEHL, 2006)

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Mas o que são parques e praças, senão lugares de encontros, ou antes, espaços potenciais

nos quais relances, toques, sorrisos, palavras, comentários, observações, opiniões de todos

os tipos possuem a possibilidade de serem transferidos? Quarteirões urbanos são locais de

trocas de informações e relacionamento, permitindo o movimento de dados e pessoas ao

redor das co-presenças de padrões de movimentos e pausas. Essa condição pode ser

intensificada, adicionalmente, a partir de espaços não-físicos em nossas cidades, através

de telas, redes sem fios, quadros de exposições, downloads e uploads, mensagens de

textos, podcasts e broadcasts de todos os tipos. (RYAN, 2006, apud MARTINEZ p.123)

21 balançoires em Montreal. Instalação do coletivo de Design Daily Tous Les Jour. 21 balanços que tocam sons de diferentes notas quando utilizados. Fonte: http://www.dailytouslesjours.com/project/21-balancoires/

A intenção desse trabalho consiste, portanto, em criar espaços

inseridos na escala urbana que sejam cenário para as relações sociais

em que a interatividade entre os usuários e o espaço físico

desenvolvido será potencializada pelas tecnologias da comunicação.

AÇÃO PROJETUAL

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Swig Time, um espaço composto por 20 oscilações em forma de anel iluminado, que tem um efeito alterado pela velocidade dos usuários com o balanço, ficando mais brilhante, incentivando a interação. Fonte: http://mystudio.us/

A INTERATIVIDADE EM ESPAÇOS PÚBLICOS

“Marbles”, que acendem conforme a interação das pessoas com o objeto. Instalação do designer Daan Roosegaarde. Fonte: https://www.studioroosegaarde.net/project/marbles/info/

Light Drift – Intersect , Instalação realizada nos EUA, pelo My Studio. Consiste em globos em um espaço público que são conectados e mudam de cor de acordo com a interação do público. Fonte: http://mystudio.us/

A torre da D-Tower no espaço público, com 4 cores, cada uma representando o humor prevalente do dia. Fonte: http://people.ucsc.edu/~skriger/Assignment2.html

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A conexão entre os diversos níveis e a permeabilidade visual cria um ambiente dinâmico, e potencializa as relações entre pessoas que estão nos diferentes níveis. Centro cultural da Luz, Herzog e de Meuron. Fonte: https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/herzog-de-meuron-centro-cultural-sao-paulo-23-05-2012

A forma do edifício está intimamente ligada às características do local. Há um enraizamento da forma com o lugar. Grace Farms, SANAA. Fonte: http://www.gracefarms.org/sanaa

O EQUIPAMENTO

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Atualmente, os parques urbanos apresentam inúmeras

funções e contribuem para a sustentabilidade urbana.

Os benefícios para a cidade já se inicia através da

resistência de uma grande área à produção imobiliária,

em 1858, Olmsted, autor do projeto do Central Park de

Nova York, já falava sobre a importância de se ter

delimitado uma grande extensão de terra para o

parque, dizendo que “a totalidade da ilha de Nova York

seria, não fosse essa reserva, dentro de muitos anos,

ocupada por edifícios e ruas pavimentadas” (apud

KLIASS, 1993, p. 22).

Outro benefício são os atributos estéticos dos parques,

com ressalva para a importância da vegetação. Eles

desempenham funções ligadas à satisfação sensorial

e estética, como a diversificação da paisagem, o

embelezamento da cidade e a amenização da aridez e

da repetição dos prédios (MAGALHÃES; CRISPIM,

2003 apud FERREIRA 2007,).

Outra vantagem está em atender as necessidades de

lazer e de recreação, através de atividades realizadas

nos parques como exercícios físicos, passeios,

atividades lúdicas que promovem a interação das

pessoas com o espaço e potencializa as relações de

sociabilidade.

A URBANIDADE NO PARQUE CENTRAL METROPOLITANO

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Em São Paulo, o Parque do Ibirapuera cumpre sua função de parque metropolitano. Sua criação foi pensada como um marco cívico, ele abriga diversas atividades e tem alta acessibilidade por sua posição central na metrópole. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid_9/3068_188-03.jpg

Em Nova York , o Central Park configura um espaço de descompressão no meio da intensidade de Manhattam, com uma posição e um tamanho compatíveis com a escala da metrópole, o que o torna um espaço singular altamente valorizado.

Parque Nacional Yongsan, Seoul, Corea. Projetado pelo West 8 e IROJE, o parque foi desenvolvido em torno do conceito fundamental de cura. A partir disso, ele se deu em três níveis: “cura natureza”, “cura história: confronto e exposição” e “cura cultura: interface de parque-metrópole”. A proposta apresenta uma diversidade de espaços bastante interessante para o usuário ao caminhar pelo espaço e se surpreender. As duas imagens do parque apresentam ambiências bastante distintas, e é essa dimensão entre o natural e o artificial uma das exploradas neste trabalho.

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LOCAL

O Corredor Metropolitano Noroeste (RMC) é um projeto de infraestrutura viária interurbana que abrange toda a região

metropolitana de Campinas, promovendo conexões e facilidade de mobilidade entre os 19 municípios da RMC. Este

projeto promove um corredor de ônibus que conecta a cidade de Santa Bárbara D´Oeste, passando por Americana,

Nova Odessa, Sumaré, Hortolândia, com uma conexão para Monte Mor, até chegar no município de Campinas, que

possui dois Terminais (Campo Grande e Prefeito Magalhães Teixeira). O Corredor Metropolitano Noroeste está em

processo de implementação, com algumas obras já finalizadas, e outras em execução.

Dentre as ações previstas da obra, estão:

• Implementação de infraestrutura de transportes de passageiros na região com a implantação de faixas exclusivas

para ônibus, adequação e melhoria do sistema viário (sinalização e comunicação), construção de terminais de

integração e estações de embarque e desembarque;

• Reorganização da rede de transporte coletivo, promovendo a racionalização e a integração do sistema de

transporte metropolitano e municipal;

• De modo a Valorizar o entorno destas intervenções, com a criação de espaços urbanos, proporcionando mais

qualidade de vida, promovendo condições de segurança, conforto e bem estar à população em geral.

(Dados retirados da Audiência pública EMTU, Setembro de 2014).

REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS (destaque para a cidade de Americana - SP)

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17 CORREDOR METROPOLITANO NOROESTE RMC (CAMPINAS – SANTA BÁRBARA D´OESTE) REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

Fonte: http://www.emtu.sp.gov.br/emtu/images/Conteudo/Mapa-Noroeste-pequeno.jpg

CORREDOR METROPOLITANO NOROESTE RMC (CAMPINAS – SANTA BÁRBARA D´OESTE) REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

Foi realizado um levantamento do Corredor Metropolitano Noroeste

(RMC) em relação aos equipamentos de cultura e lazer que estão ao

longo do mesmo.

Através do levantamento, foi possível notar projetos de requalificação

de áreas ao longo do corredor, como o caso de Sumaré, do Parque

Ecológico e do Conjunto Ferroviário. Já outros equipamentos bastante

consolidados e de importância metropolitana, como o MIS Campinas

(Museu de Imagem e Som), o Teatro José de Castro Mendes, que

passou por um processo de reforma recente, e o Museu de Arte

Contemporânea (MACC).

Dentre esses equipamentos, é válido destacar o Jardim Botânico de

Nova Odessa (Plantarum). Ele consiste em um centro de referência em

pesquisa e conservação da flora brasileira, e foi idealizado a partir de

1990, por iniciativa do engenheiro agrônomo e botânico brasileiro Harri

Lorenzi. O Jardim foi fundado oficialmente em 2007, e atualmente o

acervo botânico vivo é constituído por quase 4000 espécies vegetais,

representando os principais grupos botânicos da flora nativa do Brasil.

É a partir dessa análise que insiro o projeto que está em

desenvolvimento neste trabalho: um parque com abrangência

metropolitana, que abriga equipamentos de cultura, lazer, atividades

esportivas, em uma área próxima a uma das estações de transferência,

a Estação Amizade.

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Corredor Metropolitano e Equipamentos de Lazer e Cultura

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Área de intervenção e as Centralidades urbanas | Cultura e lazer

Americana Santa Bárbara D´Oeste

REGIÃO DE FRONTEIRA | NOVA CENTRALIDADE

A área está localizada no município de Americana – SP, em uma região próxima à divisa com o município de Santa Bárbara

D´Oeste. É possível notar que a área se encontra relativamente distante dos principais equipamentos de cultura e lazer de

ambas as cidades. Por outro lado, está localizada em uma região de ocupação recente, e de significativo crescimento

populacional, além da implantação do Corredor Metropolitano Noroeste, que promove uma importante conexão com toda a

região metropolitana. Dessa forma, a área pode ser considerada uma nova centralidade, que apresenta grande potencial

atrativo, principalmente devido ao fluxo de pessoas que transitam nesta região.

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Santa Bárbara D´Oeste 1. Parque dos Ipês (9,6 km) 2. Parque Araçiguama (9,8 km) 3. Praça Central (Igreja Matriz) (8,4 km)

4. Teatro Municipal (9,7 km) 5. Biblioteca Municipal / Museu da

Imigração (10,1 km) 6. Parque dos Jacarandás (3,9 km)

Americana 1. Pq. Ecológico (4 km) 2. Jardim Botânico (4,7 km) 3. CCL – Centro de Cultura e Lazer 4. Teatro Municipal (3,1km)

5. Centro Cívico (6,7 km) 6. Teatro de Arena (6,4 km) 7. Praça Central (3,5 km) 8. Estação Ferroviária (3,5 km)

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Mapa da Evolução da Mancha Urbana dos Municípios de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa. Fonte: PASQUOTTO et all. A expansão urbana de Americana e a questão regional. In: RUA [online]. 2014, no. 20. Volume II - ISSN 1413-2109. p. 143-165.

Consultada no Portal Labeurb – Revista do Laboratório de Estudos Urbanos do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade. http://www.labeurb.unicamp.br/rua/

A relação entre esses municípios é percebida também a partir da conurbação

dos seus bairros. Nesta área limítrofe na cidade de Santa Bárbara D´Oeste é

“habitada em sua grande maioria pela população que trabalha e possui forte

ligação com esse centro vizinho” (CAIADO, 2002 ,apud PASQUOTTO)

Área de intervenção 72 ha

Levantamento do entorno imediato.

1.

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6.

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É a partir dessa análise que insiro o projeto que está em desenvolvimento neste trabalho: um equipamento com abrangência metropolitana,

dada sua facilidade de acesso, sua escala de intervenção, e que apresenta potencialidades para um espaço público atrativo. A conexão feita

pelo Corredor Metropolitano favorece a mobilidade interurbana e a relação entre os outros equipamentos com atividades voltadas à cultura

e lazer presentes ao longo do Corredor.

A área de do parque corresponde a 72 hectares, enfatizando sua potencialidade no panorama das cidades atuais. Sua grande dimensão

possibilita a implantação de atividades diversas, e promove uma extensão verde que se destaca em meio à ocupação urbana.

1. Área de intervenção (Avenida Europa)

2. Praça existente (lixo intenso)

3. Proximidades com a Escola Estadual Maria José de Mattos Gobbo

5. UBS e Escola Estadual Professora Risoleta Lopes Aranha

4. Estádio Municipal Décio Vitta visto da Av. Rafael Vitta.

6. Mata ciliar do córrego Pyles.

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HIDROGRAFIA

Mapa de Localização da Bacia do Córrego Pyles – Americana (SP) Fonte: SILVA, Rodolfo Dias. O método do SCS aplicado ao estudo das inundações

na Bacia do Córrego Pyles, Americana - SP. In: Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. 2015, Brasília.

TRANSPORTE PÚBLICO

Corredor Metropolitano Noroeste Ponto em destaque: Estação de Transferência da Amizade

Linha Cinza: Estrutural Outras linhas: Complementares

“A atenção aos espaços públicos representa já um

problema de urbanidade, e privilegiá-los seria uma

tentativa de reversão da tendência ao isolamento

individual e confinamento das atividades sociais que

vivemos no presente. Todavia, apesar desta inclinação

individualista e consumista, existe um potencial de

utilização dos ambientes públicos que deve ser

estimulado, visto a grande afluência de pessoas ao

Parque Ecológico nos finais de semana, e às chamas

praias da represa, a Praia Azul e a Praia dos

Namorados, que hoje tem seu uso bastante diminuído

pela poluição das águas, pela concentração das zonas

de prostituição e pelo abandono geral dos

equipamentos públicos de lazer ali instalados.” (LIMA,

2002, p.147)

Ao analisar a cidade de Americana, é possível

identificar fluxos de pessoas em determinados

espaços públicos, como o Parque Ecológico,

evidenciando o potencial de promover vivências

urbanas que podem ser estimuladas em outros

espaços. Além da sociabilidade urbana, a proposta

se atenta às questões ambientais, principalmente

devido à presença de nascentes na área de

intervenção.

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ANÁLISE ENTORNO

[Processo] Mapa de Levantamento da Área de intervenção

VEGETAÇÃO

A vegetação presente em praticamente toda a área de intervenção é composta por Leucenas. A Leucaena leucophala,

conhecida popularmente como Leucena, pertence à família FABACEAE, e é uma espécie perene, originada da América

Central e atualmente disseminada por toda região tropical. Possui crescimento rápido, grande potencial de rebrota e

dispersão de grande quantidade de sementes, através das vagens. A Leucena foi catalogada como uma das 100

espécies mais invasoras do Planeta, conforme a União Internacional para a Conservação da Natureza – IUNC. As

exóticas são vistas como segunda causa mundial da perda da biodiversidade, competindo com as espécies nativas.

Em Unidades de Conservação, estas espécies se reproduzem e se alastram propiciando prejuízos irreversíveis,

como impedimento da regeneração e extinção de nativas.

A proposta de intervenção na área considera a retirada das árvores Leucenas, e replantio de árvores nativas

brasileiras, de forma mais heterogênea possível, com no mínimo 30 espécies diferentes.

Vegetação: predominantemente leucenas e mamonas

Vegetação: predominantemente eucaliptos

Vegetação: mata ciliar variada

VEGETAÇÃO

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PROJETO

3. Desapropriação de construções (uma casa finalizada e quatro casas em construção) Favorecer a conexão da área do parque e o Estádio Municipal. 4. Sistema viário Alterações no viário para facilitar o acesso local. (vide implantação proposta

1. Realocação da torre de transmissão (apenas transmissão, sem fiação conectada) Melhorar acesso principal do parque (Avenida Europa) 2. Desapropriação de construções Promover a conexão entre as duas extensas áreas não edificadas e a criação de um parque único.

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2. 4. 4.

Da mesma forma como foi apresentada a questão, as ações projetuais também se desenvolveram

a partir de uma escala macro, percorrendo uma intermediária, até chegar ao usuário diretamente.

Essas ações projetuais são apresentadas nas seguintes camadas:

Contexto:

Buscou-se sempre um diálogo com o entorno imediato, atentando-se principalmente à

implantação de equipamentos que se complementam à rede existente, às características

topográficas da área e a presença marcante dos corpos d´água na área de intervenção.

Fluxos e fixos:

É proposta uma rede de caminhos os quais percorrem o parque, conectando espaços de estar,

equipamentos e todas as outras atividades programáticas previstas no parque.

Interatividade:

Uma das estratégias importantes utilizada para promover a atratividade dos espaços é a

implantação de recursos interativos ao longo do parque, criando uma dimensão lúdica do espaço,

que possibilite novas experiências sensoriais e potencialize as relações das pessoas no espaço e

com o espaço.

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[EQUIPAMENTO CULTURA E LAZER] [NASCENTE]

[PERCURSO SENTIDO RIO,

E PISTA DE COOPER]

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[CONCHA ACÚSTICA] [CÓRREGO]

[PASSARELA]

[PISTA COOPER]

[PISTA COOPER]

[ARQUIBANCADA]

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34 Wi-Fi Livre

Interface sonora

Iluminação interativa

Globos de diferentes tamanhos, presente em duas regiões do parque , que podem servir de

assento, e mudam de cor com o toque das pessoas (perspectiva p. 44).

Holofotes coloridos, posicionados ao longo do percurso da concha acústica, e podem ser

controlados pelo próprio público, potencializando a dimensão lúdica das próprias luzes coloridas

em movimento. (Referência: Holofotes urbanos, Marie Sester, 2003, La Villette, Paris)

Sensores de presença: recurso interativo entre iluminação urbana e mídia , caracterizado por

um sistema de LEDs manipulado a partir de sensores de presença. As luzes mudam de

intensidade e cor, de acordo com velocidade e quantidade de usuários, é sensível aos sons e

ruídos. (Referência: Lichtschwarm, Meier Junger, Leipzig, Alemanha)

Graffiti digital, projetado nos muros das construções existentes. A ação pode ser feita

utilizando aplicativos em tablets ou smartphones que possuam telas acessíveis ao toque, que se

conectam a projetores para a reprodução das imagens desenhadas instantaneamente.

Zonas de livre acesso Wi-Fi, uma das estratégias aplicadas ao parque para atrair pessoas. É um

recurso já utilizado em alguns espaços de cultura e lazer ao longo do Corredor Metropolitano e

bastante eficaz para atrair a população (como por exemplo nos espaços públicos em Nova

Odessa).

Reprodução de sons produzidos nas salas da escola de música ou na concha acústica

instantaneamente.

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36 AMPLIAÇÃO 01 | IMPLANTAÇÃO

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37 Escadaria entre calçada e equipamento, até vencer o desnível

Corredor

Metropolitano

Acesso escada

Acesso rampa Estacionamento

Forma do edifício respeita os 50m

de raio de APP da nascente

Vãos na laje que promovem

iluminação zenital no edifício

(e efeito das cores dos vidros)

Acesso principal pela cobertura

mirante do equipamento (ponto alto)

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Estádio

Passarela

Mobiliário desenhado

de forma a incentivar a

sociabilidade

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Muro da exposição: proposta de apropriação do muro existente

pelos alunos através da representação de ideias por frases e

desenhos utilizando a técnica silk, ou outras propostas pela escola.

Esse muro faz parte da interface entre o equipamento proposto e a

escola existente, e esta é uma das formas de fortalecer a relação de

pertencimento com o lugar e o vínculo escola -equipamento.

Acesso ao equipamento através de um grande mezanino que

compõe um dos pavimentos. Dele, é possível observar o térreo,

com pé direito ampliado e grandes vidros em que se observa o

bosque ao fundo.

Concha acústica Estádio

Nascente e uma vegetação densa

que a protege ambientalmente (mín.

raio 50m) e proporciona um

ambiente tranquilo para a biblioteca

e os espaços de leitura do

equipamento.

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40 AMPLIAÇÃO 02 | IMPLANTAÇÃO

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Redário e slackline Pista de cooper Bosque de eucaliptos existente

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Vista para o Córrego Pyles

Globos interativos: mudam

de cor através do toque

Acesso passarela – próximo

à pista de skate.

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7.

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7. 11. 12. 9.

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Pretende-se dar continuidade neste trabalho no TGI.02

com foco em desenvolver o equipamento de acesso

principal ao parque. Como mencionado anteriormente,

neste edifício é proposto um uso diverso, com

atividades de cultura e lazer, alimentação, cinema, uma

escola de música, e espaço para oficinas.

DARODA, Raquel Ferreira. As novas tecnologias e o espaço público na cidade contemporânea. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura. Porto Alegre, 2012. FERREIRA, Liz Ivanda Evangelista Pires. Paisagem Ambiente: ensaios - n. 23 - São Paulo - p. 20 - 33 - 2007 GEHL, Jan. Cidade para pessoas. São Paulo, Perspectiva, 2013. GEHL, Jan. Life between buildings: using public space. Copenhagen: The Danish Architectural Press, 2006. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo, Martins Fontes, 2000. KLIASS, Rosa Grena. Os parques urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini, 1993. LIMA, Daniela Morelli de. Americana em um século. A evolução de uma cidade industrial de porte médio. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. São Paulo, 2002. MARTINEZ, Andressa Carma Pena. Pequenas intervenções em espaços livres públicos: itinerância, flexibilidade e interatividade. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2008. PASQUOTTO et all. A expansão urbana de Americana e a questão regional. In: RUA [online]. 2014, no. 20. Volume II - ISSN 1413-2109. p. 143-165. Consultada no Portal Labeurb – Revista do Laboratório de Estudos Urbanos do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade. http://www.labeurb.unicamp.br/rua/ SILVA, Rodolfo Dias. O método do SCS aplicado ao estudo das inundações na Bacia do Córrego Pyles, Americana - SP. In: Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. 2015, Brasília. Resumos.. Bauru: UNESP, 2015.

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