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COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO PERMANENTE (CAP) Prof.º Dr. David Moreno Sperling Prof.º Dr. Jourbert José Lancha Prof. ª Dr.ª Lúcia Zanin Shimbo Prof. ª Dr.ª Luciana Bongiovanni Martins Schenk COORDENADOR DE GRUPO TEMÁTICO (GT) Prof.º Dr. Miguel Antonio Buzzar São Carlos, SP 2016
ISABELA SOAVE PONTELLO TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO . USP
ARQUITETURA E PAISAGEM proposta de espaço público contemporâneo e interativo
MODIFICAÇÕES
DIRETRIZES DE PROJETO
IMPLANTAÇÃO
ESPACIALIDADES
ENCAMINHAMENTOS
INTRODUÇÃO
QUESTÃO
UNIVERSO PROJETUAL
05 06
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LOCAL
REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS
AMERICANA
SITUAÇÃO
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PROJETO
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ÍNDICE
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A vitalidade urbana de espaços públicos impulsionou as inquietações desde trabalho desde o princípio. Estudar o
espaço público aliado à sociabilidade urbana permite um enfoque ainda maior nas relações entre as pessoas nesse
espaço e com esse espaço. Este trabalho concentra-se nesta relação entre o espaço público e a sociabilidade urbana.
No intuito de constituir uma cidade para pessoas, como defende Jan Gehl, se considera o conceito de urbanidade,
difundido por diversos autores, como Jane Jacobs, em que coloca também a diversidade como um fator
extremamente favorável à criação de um lugar que promova essa essência da urbanidade. Foi a partir desta ótica que
observei a cidade, e elenquei as questões mais significativas para o desenvolvimento deste trabalho:
Em quais espaços públicos se têm sociabilidades?
O que fazem os espaços públicos serem atrativos?
Como o arquiteto e urbanista pode intervir para potencializar o encontro de pessoas?
O espaço público é indissociável do espaço urbano. Entende-se por espaço público um lugar atrativo às pessoas, e
que se tornam vitais para a relação entre homem e cidade. Para o homem, porque promove espaços de lazer,
descanso, percepção da cidade e sociabilidades, e para a cidade, porque esses espaços contrapõem a arquitetura
segregadora tão preocupante e tão presente no cotidiano de nossas cidades (DAROTA, 2012, p. 18).
É a partir desta escala urbana de intervenção que o arquiteto e urbanista atua em primeira instância. Nesta escala,
uma das formas de potencializar o encontro de pessoas está relacionada ao fluxo: através da mobilidade urbana. Em
trechos de cidade, ou grandes áreas, o arquiteto pode intervir em projetos da arquitetura da paisagem, como os
parques urbanos, que também são espaços públicos bastante potenciais para eventos coletivos e práticas de uma vida
urbana. Como terceira escala de intervenção, elenco as ações projetuais arquitetônicas nos edifícios e construções,
em uma escala mais próxima do usuário, intervindo diretamente nas relações de sociabilidade.
Neste trabalho, há a intenção de passar por essas três escalas de intervenção, em busca de um projeto que promova
uma diversidade de relações sociais naquele espaço.
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Escala urbana
Escala local
Escala do usuário
Projeto Arquitetônico dos
edifícios e das construções
(interatividade)
Trechos de cidade, grandes
áreas (arquitetura da
paisagem), criando uma nova
ou potencializando as
centralidades locais
existentes.
Fluxos (Mobilidade urbana)
Inserida no panorama contemporâneo, a reflexão sobre o encontro de pessoas se torna ainda mais
complexa diante das tecnologias de comunicação. Segundo Daroda, “A sociedade contemporânea, a
partir do surgimento das novas tecnologias, da evolução dos meios de transporte e de comunicação de
massa, vive constantemente alterações em sua dinâmica, as quais transformam seus espaços e suas
relações sociais.” (2012, p.22).
“O perfil do usuário da cidade contemporânea determina a necessidade de um uso associado à
interatividade; de espaços descontínuos, capazes de estimular a permanência e a troca” (GEHL, 2006)
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Mas o que são parques e praças, senão lugares de encontros, ou antes, espaços potenciais
nos quais relances, toques, sorrisos, palavras, comentários, observações, opiniões de todos
os tipos possuem a possibilidade de serem transferidos? Quarteirões urbanos são locais de
trocas de informações e relacionamento, permitindo o movimento de dados e pessoas ao
redor das co-presenças de padrões de movimentos e pausas. Essa condição pode ser
intensificada, adicionalmente, a partir de espaços não-físicos em nossas cidades, através
de telas, redes sem fios, quadros de exposições, downloads e uploads, mensagens de
textos, podcasts e broadcasts de todos os tipos. (RYAN, 2006, apud MARTINEZ p.123)
21 balançoires em Montreal. Instalação do coletivo de Design Daily Tous Les Jour. 21 balanços que tocam sons de diferentes notas quando utilizados. Fonte: http://www.dailytouslesjours.com/project/21-balancoires/
A intenção desse trabalho consiste, portanto, em criar espaços
inseridos na escala urbana que sejam cenário para as relações sociais
em que a interatividade entre os usuários e o espaço físico
desenvolvido será potencializada pelas tecnologias da comunicação.
AÇÃO PROJETUAL
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Swig Time, um espaço composto por 20 oscilações em forma de anel iluminado, que tem um efeito alterado pela velocidade dos usuários com o balanço, ficando mais brilhante, incentivando a interação. Fonte: http://mystudio.us/
A INTERATIVIDADE EM ESPAÇOS PÚBLICOS
“Marbles”, que acendem conforme a interação das pessoas com o objeto. Instalação do designer Daan Roosegaarde. Fonte: https://www.studioroosegaarde.net/project/marbles/info/
Light Drift – Intersect , Instalação realizada nos EUA, pelo My Studio. Consiste em globos em um espaço público que são conectados e mudam de cor de acordo com a interação do público. Fonte: http://mystudio.us/
A torre da D-Tower no espaço público, com 4 cores, cada uma representando o humor prevalente do dia. Fonte: http://people.ucsc.edu/~skriger/Assignment2.html
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A conexão entre os diversos níveis e a permeabilidade visual cria um ambiente dinâmico, e potencializa as relações entre pessoas que estão nos diferentes níveis. Centro cultural da Luz, Herzog e de Meuron. Fonte: https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/herzog-de-meuron-centro-cultural-sao-paulo-23-05-2012
A forma do edifício está intimamente ligada às características do local. Há um enraizamento da forma com o lugar. Grace Farms, SANAA. Fonte: http://www.gracefarms.org/sanaa
O EQUIPAMENTO
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Atualmente, os parques urbanos apresentam inúmeras
funções e contribuem para a sustentabilidade urbana.
Os benefícios para a cidade já se inicia através da
resistência de uma grande área à produção imobiliária,
em 1858, Olmsted, autor do projeto do Central Park de
Nova York, já falava sobre a importância de se ter
delimitado uma grande extensão de terra para o
parque, dizendo que “a totalidade da ilha de Nova York
seria, não fosse essa reserva, dentro de muitos anos,
ocupada por edifícios e ruas pavimentadas” (apud
KLIASS, 1993, p. 22).
Outro benefício são os atributos estéticos dos parques,
com ressalva para a importância da vegetação. Eles
desempenham funções ligadas à satisfação sensorial
e estética, como a diversificação da paisagem, o
embelezamento da cidade e a amenização da aridez e
da repetição dos prédios (MAGALHÃES; CRISPIM,
2003 apud FERREIRA 2007,).
Outra vantagem está em atender as necessidades de
lazer e de recreação, através de atividades realizadas
nos parques como exercícios físicos, passeios,
atividades lúdicas que promovem a interação das
pessoas com o espaço e potencializa as relações de
sociabilidade.
A URBANIDADE NO PARQUE CENTRAL METROPOLITANO
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Em São Paulo, o Parque do Ibirapuera cumpre sua função de parque metropolitano. Sua criação foi pensada como um marco cívico, ele abriga diversas atividades e tem alta acessibilidade por sua posição central na metrópole. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid_9/3068_188-03.jpg
Em Nova York , o Central Park configura um espaço de descompressão no meio da intensidade de Manhattam, com uma posição e um tamanho compatíveis com a escala da metrópole, o que o torna um espaço singular altamente valorizado.
Parque Nacional Yongsan, Seoul, Corea. Projetado pelo West 8 e IROJE, o parque foi desenvolvido em torno do conceito fundamental de cura. A partir disso, ele se deu em três níveis: “cura natureza”, “cura história: confronto e exposição” e “cura cultura: interface de parque-metrópole”. A proposta apresenta uma diversidade de espaços bastante interessante para o usuário ao caminhar pelo espaço e se surpreender. As duas imagens do parque apresentam ambiências bastante distintas, e é essa dimensão entre o natural e o artificial uma das exploradas neste trabalho.
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O Corredor Metropolitano Noroeste (RMC) é um projeto de infraestrutura viária interurbana que abrange toda a região
metropolitana de Campinas, promovendo conexões e facilidade de mobilidade entre os 19 municípios da RMC. Este
projeto promove um corredor de ônibus que conecta a cidade de Santa Bárbara D´Oeste, passando por Americana,
Nova Odessa, Sumaré, Hortolândia, com uma conexão para Monte Mor, até chegar no município de Campinas, que
possui dois Terminais (Campo Grande e Prefeito Magalhães Teixeira). O Corredor Metropolitano Noroeste está em
processo de implementação, com algumas obras já finalizadas, e outras em execução.
Dentre as ações previstas da obra, estão:
• Implementação de infraestrutura de transportes de passageiros na região com a implantação de faixas exclusivas
para ônibus, adequação e melhoria do sistema viário (sinalização e comunicação), construção de terminais de
integração e estações de embarque e desembarque;
• Reorganização da rede de transporte coletivo, promovendo a racionalização e a integração do sistema de
transporte metropolitano e municipal;
• De modo a Valorizar o entorno destas intervenções, com a criação de espaços urbanos, proporcionando mais
qualidade de vida, promovendo condições de segurança, conforto e bem estar à população em geral.
(Dados retirados da Audiência pública EMTU, Setembro de 2014).
REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS (destaque para a cidade de Americana - SP)
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17 CORREDOR METROPOLITANO NOROESTE RMC (CAMPINAS – SANTA BÁRBARA D´OESTE) REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS
Fonte: http://www.emtu.sp.gov.br/emtu/images/Conteudo/Mapa-Noroeste-pequeno.jpg
CORREDOR METROPOLITANO NOROESTE RMC (CAMPINAS – SANTA BÁRBARA D´OESTE) REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS
Foi realizado um levantamento do Corredor Metropolitano Noroeste
(RMC) em relação aos equipamentos de cultura e lazer que estão ao
longo do mesmo.
Através do levantamento, foi possível notar projetos de requalificação
de áreas ao longo do corredor, como o caso de Sumaré, do Parque
Ecológico e do Conjunto Ferroviário. Já outros equipamentos bastante
consolidados e de importância metropolitana, como o MIS Campinas
(Museu de Imagem e Som), o Teatro José de Castro Mendes, que
passou por um processo de reforma recente, e o Museu de Arte
Contemporânea (MACC).
Dentre esses equipamentos, é válido destacar o Jardim Botânico de
Nova Odessa (Plantarum). Ele consiste em um centro de referência em
pesquisa e conservação da flora brasileira, e foi idealizado a partir de
1990, por iniciativa do engenheiro agrônomo e botânico brasileiro Harri
Lorenzi. O Jardim foi fundado oficialmente em 2007, e atualmente o
acervo botânico vivo é constituído por quase 4000 espécies vegetais,
representando os principais grupos botânicos da flora nativa do Brasil.
É a partir dessa análise que insiro o projeto que está em
desenvolvimento neste trabalho: um parque com abrangência
metropolitana, que abriga equipamentos de cultura, lazer, atividades
esportivas, em uma área próxima a uma das estações de transferência,
a Estação Amizade.
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Área de intervenção e as Centralidades urbanas | Cultura e lazer
Americana Santa Bárbara D´Oeste
REGIÃO DE FRONTEIRA | NOVA CENTRALIDADE
A área está localizada no município de Americana – SP, em uma região próxima à divisa com o município de Santa Bárbara
D´Oeste. É possível notar que a área se encontra relativamente distante dos principais equipamentos de cultura e lazer de
ambas as cidades. Por outro lado, está localizada em uma região de ocupação recente, e de significativo crescimento
populacional, além da implantação do Corredor Metropolitano Noroeste, que promove uma importante conexão com toda a
região metropolitana. Dessa forma, a área pode ser considerada uma nova centralidade, que apresenta grande potencial
atrativo, principalmente devido ao fluxo de pessoas que transitam nesta região.
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Santa Bárbara D´Oeste 1. Parque dos Ipês (9,6 km) 2. Parque Araçiguama (9,8 km) 3. Praça Central (Igreja Matriz) (8,4 km)
4. Teatro Municipal (9,7 km) 5. Biblioteca Municipal / Museu da
Imigração (10,1 km) 6. Parque dos Jacarandás (3,9 km)
Americana 1. Pq. Ecológico (4 km) 2. Jardim Botânico (4,7 km) 3. CCL – Centro de Cultura e Lazer 4. Teatro Municipal (3,1km)
5. Centro Cívico (6,7 km) 6. Teatro de Arena (6,4 km) 7. Praça Central (3,5 km) 8. Estação Ferroviária (3,5 km)
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Mapa da Evolução da Mancha Urbana dos Municípios de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa. Fonte: PASQUOTTO et all. A expansão urbana de Americana e a questão regional. In: RUA [online]. 2014, no. 20. Volume II - ISSN 1413-2109. p. 143-165.
Consultada no Portal Labeurb – Revista do Laboratório de Estudos Urbanos do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade. http://www.labeurb.unicamp.br/rua/
A relação entre esses municípios é percebida também a partir da conurbação
dos seus bairros. Nesta área limítrofe na cidade de Santa Bárbara D´Oeste é
“habitada em sua grande maioria pela população que trabalha e possui forte
ligação com esse centro vizinho” (CAIADO, 2002 ,apud PASQUOTTO)
Área de intervenção 72 ha
Levantamento do entorno imediato.
1.
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5.
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6.
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É a partir dessa análise que insiro o projeto que está em desenvolvimento neste trabalho: um equipamento com abrangência metropolitana,
dada sua facilidade de acesso, sua escala de intervenção, e que apresenta potencialidades para um espaço público atrativo. A conexão feita
pelo Corredor Metropolitano favorece a mobilidade interurbana e a relação entre os outros equipamentos com atividades voltadas à cultura
e lazer presentes ao longo do Corredor.
A área de do parque corresponde a 72 hectares, enfatizando sua potencialidade no panorama das cidades atuais. Sua grande dimensão
possibilita a implantação de atividades diversas, e promove uma extensão verde que se destaca em meio à ocupação urbana.
1. Área de intervenção (Avenida Europa)
2. Praça existente (lixo intenso)
3. Proximidades com a Escola Estadual Maria José de Mattos Gobbo
5. UBS e Escola Estadual Professora Risoleta Lopes Aranha
4. Estádio Municipal Décio Vitta visto da Av. Rafael Vitta.
6. Mata ciliar do córrego Pyles.
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HIDROGRAFIA
Mapa de Localização da Bacia do Córrego Pyles – Americana (SP) Fonte: SILVA, Rodolfo Dias. O método do SCS aplicado ao estudo das inundações
na Bacia do Córrego Pyles, Americana - SP. In: Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. 2015, Brasília.
TRANSPORTE PÚBLICO
Corredor Metropolitano Noroeste Ponto em destaque: Estação de Transferência da Amizade
Linha Cinza: Estrutural Outras linhas: Complementares
“A atenção aos espaços públicos representa já um
problema de urbanidade, e privilegiá-los seria uma
tentativa de reversão da tendência ao isolamento
individual e confinamento das atividades sociais que
vivemos no presente. Todavia, apesar desta inclinação
individualista e consumista, existe um potencial de
utilização dos ambientes públicos que deve ser
estimulado, visto a grande afluência de pessoas ao
Parque Ecológico nos finais de semana, e às chamas
praias da represa, a Praia Azul e a Praia dos
Namorados, que hoje tem seu uso bastante diminuído
pela poluição das águas, pela concentração das zonas
de prostituição e pelo abandono geral dos
equipamentos públicos de lazer ali instalados.” (LIMA,
2002, p.147)
Ao analisar a cidade de Americana, é possível
identificar fluxos de pessoas em determinados
espaços públicos, como o Parque Ecológico,
evidenciando o potencial de promover vivências
urbanas que podem ser estimuladas em outros
espaços. Além da sociabilidade urbana, a proposta
se atenta às questões ambientais, principalmente
devido à presença de nascentes na área de
intervenção.
VEGETAÇÃO
A vegetação presente em praticamente toda a área de intervenção é composta por Leucenas. A Leucaena leucophala,
conhecida popularmente como Leucena, pertence à família FABACEAE, e é uma espécie perene, originada da América
Central e atualmente disseminada por toda região tropical. Possui crescimento rápido, grande potencial de rebrota e
dispersão de grande quantidade de sementes, através das vagens. A Leucena foi catalogada como uma das 100
espécies mais invasoras do Planeta, conforme a União Internacional para a Conservação da Natureza – IUNC. As
exóticas são vistas como segunda causa mundial da perda da biodiversidade, competindo com as espécies nativas.
Em Unidades de Conservação, estas espécies se reproduzem e se alastram propiciando prejuízos irreversíveis,
como impedimento da regeneração e extinção de nativas.
A proposta de intervenção na área considera a retirada das árvores Leucenas, e replantio de árvores nativas
brasileiras, de forma mais heterogênea possível, com no mínimo 30 espécies diferentes.
Vegetação: predominantemente leucenas e mamonas
Vegetação: predominantemente eucaliptos
Vegetação: mata ciliar variada
VEGETAÇÃO
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3. Desapropriação de construções (uma casa finalizada e quatro casas em construção) Favorecer a conexão da área do parque e o Estádio Municipal. 4. Sistema viário Alterações no viário para facilitar o acesso local. (vide implantação proposta
1. Realocação da torre de transmissão (apenas transmissão, sem fiação conectada) Melhorar acesso principal do parque (Avenida Europa) 2. Desapropriação de construções Promover a conexão entre as duas extensas áreas não edificadas e a criação de um parque único.
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1. 2.
3.
1. 3.
2. 4. 4.
Da mesma forma como foi apresentada a questão, as ações projetuais também se desenvolveram
a partir de uma escala macro, percorrendo uma intermediária, até chegar ao usuário diretamente.
Essas ações projetuais são apresentadas nas seguintes camadas:
Contexto:
Buscou-se sempre um diálogo com o entorno imediato, atentando-se principalmente à
implantação de equipamentos que se complementam à rede existente, às características
topográficas da área e a presença marcante dos corpos d´água na área de intervenção.
Fluxos e fixos:
É proposta uma rede de caminhos os quais percorrem o parque, conectando espaços de estar,
equipamentos e todas as outras atividades programáticas previstas no parque.
Interatividade:
Uma das estratégias importantes utilizada para promover a atratividade dos espaços é a
implantação de recursos interativos ao longo do parque, criando uma dimensão lúdica do espaço,
que possibilite novas experiências sensoriais e potencialize as relações das pessoas no espaço e
com o espaço.
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Globos de diferentes tamanhos, presente em duas regiões do parque , que podem servir de
assento, e mudam de cor com o toque das pessoas (perspectiva p. 44).
Holofotes coloridos, posicionados ao longo do percurso da concha acústica, e podem ser
controlados pelo próprio público, potencializando a dimensão lúdica das próprias luzes coloridas
em movimento. (Referência: Holofotes urbanos, Marie Sester, 2003, La Villette, Paris)
Sensores de presença: recurso interativo entre iluminação urbana e mídia , caracterizado por
um sistema de LEDs manipulado a partir de sensores de presença. As luzes mudam de
intensidade e cor, de acordo com velocidade e quantidade de usuários, é sensível aos sons e
ruídos. (Referência: Lichtschwarm, Meier Junger, Leipzig, Alemanha)
Graffiti digital, projetado nos muros das construções existentes. A ação pode ser feita
utilizando aplicativos em tablets ou smartphones que possuam telas acessíveis ao toque, que se
conectam a projetores para a reprodução das imagens desenhadas instantaneamente.
Zonas de livre acesso Wi-Fi, uma das estratégias aplicadas ao parque para atrair pessoas. É um
recurso já utilizado em alguns espaços de cultura e lazer ao longo do Corredor Metropolitano e
bastante eficaz para atrair a população (como por exemplo nos espaços públicos em Nova
Odessa).
Reprodução de sons produzidos nas salas da escola de música ou na concha acústica
instantaneamente.
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37 Escadaria entre calçada e equipamento, até vencer o desnível
Corredor
Metropolitano
Acesso escada
Acesso rampa Estacionamento
Forma do edifício respeita os 50m
de raio de APP da nascente
Vãos na laje que promovem
iluminação zenital no edifício
(e efeito das cores dos vidros)
Acesso principal pela cobertura
mirante do equipamento (ponto alto)
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Muro da exposição: proposta de apropriação do muro existente
pelos alunos através da representação de ideias por frases e
desenhos utilizando a técnica silk, ou outras propostas pela escola.
Esse muro faz parte da interface entre o equipamento proposto e a
escola existente, e esta é uma das formas de fortalecer a relação de
pertencimento com o lugar e o vínculo escola -equipamento.
Acesso ao equipamento através de um grande mezanino que
compõe um dos pavimentos. Dele, é possível observar o térreo,
com pé direito ampliado e grandes vidros em que se observa o
bosque ao fundo.
Concha acústica Estádio
Nascente e uma vegetação densa
que a protege ambientalmente (mín.
raio 50m) e proporciona um
ambiente tranquilo para a biblioteca
e os espaços de leitura do
equipamento.
Vista para o Córrego Pyles
Globos interativos: mudam
de cor através do toque
Acesso passarela – próximo
à pista de skate.
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Pretende-se dar continuidade neste trabalho no TGI.02
com foco em desenvolver o equipamento de acesso
principal ao parque. Como mencionado anteriormente,
neste edifício é proposto um uso diverso, com
atividades de cultura e lazer, alimentação, cinema, uma
escola de música, e espaço para oficinas.
DARODA, Raquel Ferreira. As novas tecnologias e o espaço público na cidade contemporânea. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura. Porto Alegre, 2012. FERREIRA, Liz Ivanda Evangelista Pires. Paisagem Ambiente: ensaios - n. 23 - São Paulo - p. 20 - 33 - 2007 GEHL, Jan. Cidade para pessoas. São Paulo, Perspectiva, 2013. GEHL, Jan. Life between buildings: using public space. Copenhagen: The Danish Architectural Press, 2006. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo, Martins Fontes, 2000. KLIASS, Rosa Grena. Os parques urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini, 1993. LIMA, Daniela Morelli de. Americana em um século. A evolução de uma cidade industrial de porte médio. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. São Paulo, 2002. MARTINEZ, Andressa Carma Pena. Pequenas intervenções em espaços livres públicos: itinerância, flexibilidade e interatividade. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2008. PASQUOTTO et all. A expansão urbana de Americana e a questão regional. In: RUA [online]. 2014, no. 20. Volume II - ISSN 1413-2109. p. 143-165. Consultada no Portal Labeurb – Revista do Laboratório de Estudos Urbanos do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade. http://www.labeurb.unicamp.br/rua/ SILVA, Rodolfo Dias. O método do SCS aplicado ao estudo das inundações na Bacia do Córrego Pyles, Americana - SP. In: Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. 2015, Brasília. Resumos.. Bauru: UNESP, 2015.
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