Trabalho Ética

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Prudência da Ética

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CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE

DEPARTAMENTO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA

DANIELLE DA SILVA DURETTI

DEBORA LUISA LOPES JOVIANO

FELIPPE ALEXANDER MENEZES DE MORAES

JESSICA CAMPOS SOARES SILVA MOTTA

MARINA VICENTE DE OLIVEIRA

VIRTUDE PROFISSIONAL: prudncia.

BELO HORIZONTE

NOVEMBRO 2011

DANIELLE DA SILVA DURETTI

DBORA LUISA LOPES JOVIANO

FELIPPE ALEXANDER MENEZES DE MORAES

JESSICA CAMPOS SOARES SILVA MOTTA

MARINA VICENTE DE OLIVEIRA

VIRTUDE PROFISSIONAL: prudncia.

Trabalho de Final de Pesquisa apresentado ao Departamento de Cincias Exatas e de Tecnologia, Curso de Engenharia Civil, como requisito para a aprovao na disciplina tica de Graduao I.

rea de Concentrao: Virtudes profissionais

Orientadora: Prof (a). Sandra Maria Rodrigues de Morais

BELO HORIZONTE

NOVEMBRO - 2011

SUMRIO

1.INTRODUO4

2.OBJETIVO5

3.REFERENCIAL TERICO6

3.1 VIRTUDES CARDEAIS6

3.2 PRUDNCIA6

4.CONCEITUAO DO TEMA E SUBTEMA7

4.1 VIRTUDES PROFISSIONAIS:7

4.2 AS VIRTUDES CARDEAIS7

4.3 PRUDNCIA8

5.FORMAS DE APLICAO10

6.EXEMPLOS11

7.CONCLUSO12

8.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS13

INTRODUO

Virtude, segundo Amora (2009 p. 772), 1. disposio habitual para o bem, para o que justo. 2. Excelncia moral, probidade, retido.

Pode-se considerar que o fato de ter ou no virtude seja uma questo de hbito. Muitos acreditam que algo individual, onde uns tem outros no. Porm, se considerarmos como uma questo de hbito, no qual faz parte do cotidiano, em boas atitudes dirias, dessa forma, algo que se aprende e se ensina atravs de exemplos.

No mundo, a todo instante, surgem cidados no verdadeiro significado da palavra que, segundo Amora (2009, p. 144) 2. indivduo no gozo dos direitos civis e polticos de um Estado que emanam virtudes.

As virtudes so divididas em duas categorias: as teologais, e os cardeais. As virtudes teologais so: f, esperana e a caridade; e as cardeais: prudncia, fora, justia e temperana.

Ao longo desse trabalho, o foco estar sobre a virtude cardeal prudncia. Essa definida por Amora (2009, p.586) como a 1. virtude que leva o homem a conhecer e a evitar perigos ou inconvenincias. 2. Tino, moderao. 3. Precauo. e, dessa forma, resume o significado de prudncia, sendo esse, a precauo, o cuidado ao tomar decises, nas quais preserva a integridade fsica e mental de si mesmo, e da populao de uma maneira geral.

OBJETIVO

O objetivo do trabalho estudar sobre a virtude da prudncia, analisar sobre o uso no dia-a-dia, encontrar sua conceituao de acordo com pensadores do assunto e sua influncia sobre as atividades do homem.

Comumente a prudncia tem seu significado alterado, adquire o sentido de cautela. Esse trabalho possibilita a expanso da idia de prudncia, ampliando seu conceito para sentidos diferentes antes no percebidos.

Assim, expor a importncia e a aplicao dessa virtude o principal objetivo do presente trabalho.

REFERENCIAL TERICO:

3.1 PRINCPIOS, VALORES E VIRTUDES.

Segundo Mendes (2008, s/p) existe uma grande diferena entre princpios, valores e virtudes embora sua efetividade seja vlida apenas quando os conceitos esto alinhados.

Mendes (2008, s/p) continua: princpios so conceitos, leis ou pressupostos considerados universais que definem as regras pela qual uma sociedade civilizada deve se orientar. Em seguida, o mesmo autor, ainda define valores: so normas ou padres sociais geralmente aceitos ou mantidos por determinado indivduo, classe ou sociedade, portanto, em geral, dependem basicamente da cultura relacionada com o ambiente onde estamos inseridos.

Ao longo do texto, Mendes cita personalidades que possuem valores, mas no princpios, como Hitler. Aproveita tambm, para lembrar de outras que demonstraram ter as trs qualidade: princpios, valores e virtudes; como: Madre Teresa de Calcut, Mahatma Gandhi.

3.1 VIRTUDES CARDEAIS

Barth define as 4 virtudes cardeais:

So os princpios de todas as virtudes morais que levam a agir corretamente: prudncia (cuidar para que tudo agradece a Deus), justia (respeito aos direitos dos outros), temperana (dominar nossos sentimentos) e fortaleza (tudo enfrentar pelo servio de Deus). (BARTH, 2003 p. 63).

Lima, tambm define as quatros virtudes cardeais:

Dizem-se cardeais estas quatro virtudes porque qualquer outra virtude humana, de alguma maneira, deve se relacionar com uma delas. Todas as demais virtudes se agrupam em torno delas, como que giram em seu redor. As virtudes cardeais, de modo geral, descrevem, de maneira unitria e articulada, as atividades fundamentais da vida moral. (LIMA, 1999 p. 49).

So Toms de Aquino (II-II,47,2) falava que das quatro virtudes cardeais, a prudncia que deve regrar as outras trs (Temperana, coragem e justia) porque dispe a razo prtica a discernir, em qualquer circunstncia, sobre o nosso verdadeiro bem e a escolher os meios adequados para realiz-lo. Sendo ela a regra certa da ao.

3.2 PRUDNCIA

Lima, (1999, p.50) analisa que a prudncia faz-nos cautelosos no agir em qualquer circunstncia; faz-nos discernir nosso verdadeiro bem, escolher os meios adequados para realiz-lo, evitar o que prejudica, buscar o que favorece a glria de Deus e a prpria salvao. A prudncia aperfeioa a mente.

Segundo Aristteles (tica a Nicmaco, VI,5,1104.) a prudncia uma virtude intelectual, que permite deliberar sobre o que bom ou mal para o homem, e agir em consequncia como convier. Para os Filsofos orientais nela que encontramos todas as virtudes de fato.

CONCEITUAO DO TEMA E SUBTEMA

4.1 VIRTUDES PROFISSIONAIS:

A virtude no meio profissional imprescindvel. A busca pelos melhores em cada setor envaidece essa qualidade. De que adianta ser o melhor, porm, no o mais virtuoso? importante, unir essas habilidades para que desta forma, o profissional supra a necessidade do mundo corporativo. Com isso, so excludos inmeros candidatos sem princpios, e atrados os que colaboram para uma convivncia pacfica e com esprito de equipe.

O fato de a prudncia ressaltar a cautela faz com que essa seja a de maior destaque nesse meio.

4.2 PRUDNCIA

Figura 1: A virtude cardinal da prudncia esculpida na tumba do Papa Clemente II na Catedral de Bamberg.

Fonte: GIORDANO, 1686. s/p.

Figura 2: Prudncia

Prudncia a virtude do reto agir racionalmente e honestamente considerada a rainha das virtudes morais. A prudncia auxilia a escolher os melhores meios para se fazer o bem.

Essa virtude importante em diversos setores do dia-a-dia, como no trabalho, no trnsito, e nas escolhas pessoais. Juntamente a ponderao que, segundo Amora (2009, p. 557) 1. refletir maduramente, avaliar, estudar. 4. Refletir, meditar. pode trazer segurana e bons resultados.

FORMAS DE APLICAO

A prudncia utilizada constantemente no nosso dia-a-dia, principalmente por aquelas pessoas que fazem necessitam de fazer escolhas de alta importncia durante o dia, sejam profissionais ou pessoais. Esse fato que a torna a principal virtude cardeal.

Como somos seres livres possuidores de livre arbtrio, estamos condenados escolher cada ao que vamos tomar, sendo baseadas de acordo com nosso julgamento tico. Ao realizar escolhas e tomar atitudes mais equilibradas possveis, estamos praticando a prudncia.

A prudncia como que a me e guia das virtudes. Ordena-se a ela a memria, a inteligncia, a docilidade, o raciocnio, etc., sendo assim podem afirmar que sempre que utilizamos uma de nossas virtudes, estamos tambm utilizando a prudncia, mesmo que de forma inconsciente.

A prudncia se aplica a todos os mbitos da vida e no apenas ao explicitamente religioso ou filosfico. preciso utilizar a prudncia no discernimento vocacional, na deciso de comprar um carro novo, mudar de faculdade ou namorar esta ou aquela garota, este ou aquele rapaz.

EXEMPLOS

A prudncia pode ser exemplificada na atual situao que se encontra o bairro buritis, na regio oeste de Belo Horizonte. Segundo o Jornal O Tempo (edio de 30 de Outubro de 2011, p. 23) o bairro expandiu 1.400% em 10 anos sobre o solo perigoso, a maior parte das edificaes foram construdas sobre terreno argiloso de filito, um mineral que, em contato com a gua, se decompe e vira argila, aumentando o risco de deslizamento. Pode-se notar que as atividades das construtoras em busca de crescimento financeiro levam a construes cada vez mais arriscadas, aumentando o nvel de responsabilidade nas etapas de estudo que antecedem a construo, por parte de seus engenheiros.

Atualmente ocorreram casos de desmoronamentos de edificaes e deslizamento de terras no bairro Buritis que fizeram necessria a evacuao de seus moradores, em um dos casos a edificao ainda se encontrava em obras.

A ao dos engenheiros nas construes arriscadas deve ser baseada na prudncia, pois a avaliao do risco de desmoronamento e possveis danos s pessoas devem ser considerados. A m avaliao dos riscos ou a negligencia de normas tcnicas de construo podem levar a um acidente com perda material e risco de perdas humanas. As aes dos engenheiros devem ser apoiadas na prudncia, garantindo o sucesso e segurana da construo.

Fonte: Jornal O Tempo, 2011.

Figura 3: Crescimento da demanda de imveis no bairro Buritis

CONCLUSO

Com o estudo da prudncia e seu papel em nossa vida, podemos resumir a pratica dessa virtude em trs palavras: Retido, Inteleco, Ao. So trs passos do mecanismo do discernimento. uma estrutura que leva at a prudncia. So trs aspectos da f: a f que ouve; a f que pensa; e a f que age.

A prtica da prudncia essencial para qualquer pessoa que deseje tomar decises dentro de um padro equilibrado e mais justo possvel. Estamos todos fadados a viver com a utilizao dessa virtude, enquanto possuirmos o livre arbtrio.

A utilizao da prudncia um fato inevitvel e indispensvel para a formao de bons profissionais e, principalmente cidados.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

AMORA, Antnio Soares. Minidicionrio Soares Amora da lngua portuguesa. 19 ed. So Paulo: Saraiva, 2009. 818p.

BARTH, Adalbio. Oraes e devoes populares. 9 ed. So Paulo: Loyola, 2003. 101p.

CALCAGNO, Andr Luiz T. gora grega: Um espao de reflexo Filosfica e Teolgica. In: Entre a Aret e Moral Crist: Um deleite virtuoso IV. Disponivel em: . Acesso em: 08 de nov. 2011.

BRANDES, Dom Orlando. As virtudes cardeais: So quatro como quatro so os pontos cardeais. Cano nova, 2007. Disponvel em: . Acesso em: 08 nov. 2011

GIORDANO, Luca. Prudncia. Florena: 1686.

GIZA, Cludia. Em dez anos, oferta de imveis no Buritis aumentou 1.400%: Risco de queda de prdios denuncia fragilidade de muitas construes. O tempo. Belo Horizonte, 30 out. 2011. Disponvel em: < http://www.otempo.com.br/otempo/acervo/?IdEdicao=2204HYPERLINK "http://www.otempo.com.br/otempo/acervo/?IdEdicao=2204&IdNoticia=186492"&HYPERLINK "http://www.otempo.com.br/otempo/acervo/?IdEdicao=2204&IdNoticia=186492"IdNoticia=186492>. Acesso em: 8 nov. 2011.

JUNIOR, Paulo Ricardo de Azevedo. Prudncia: me de todas as virtudes. Disponvel em: . Acesso em: 9 nov. 2011.

LIMA, Joo Marcos de. Esperar: Deciso da f para o nosso retiro mensal. So Paulo: Loyola, 1999. 105p.

LYCURGO, Tassos. Caderno de estudo. Texto 11: As virtudes de Giotto. In: Vivncia, Natal/RN (UFRN/CCHLA), v. 26, p. 135-140, 2004. Disponvel em: Acesso em: 9 nov. 2011.

LYCURGO, Tassos. Caderno de estudo. Texto 13: Virtudes Profissionais. In: Vivncia, Natal/RN (UFRN/CCHLA), v. 26, p. 135-140, 2004. Disponvel em: Acesso em: 9 nov. 2011.

MENDES, Jernimo. Princpios, valores e virtudes. Disponvel em: . Acesso em: 13 nov. 2011.