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POPULISTAS AUTORITÁRIOS
“Não é possível compreender plenamente a política educacional nos EUA sem prestar bastante atenção à Direita Cristã.” Alberto Tosi Rodrigues
A “Nova Direita” populista autoritária é excepcionalmente poderosa e influente, vinda do enorme compromisso de seus ativistas sua ampla base financeira, suas posições retóricas populistas e suas agressividade no cumprimento de sua agenda.
Embasa suas posições em visões particulares da autoridade bíblica, na “moralidade cristã” nos papéis de gênero e na família.
Na cabeça de tais grupos o ensino público é uma
espaço de enorme perigo.
É exatamente este sentimento de “um controle alienígena e elitista”, a perda das conexões bíblicas e a destruição das estruturas familiares e morais “dadas por Deus” que guia a agenda populista autoritária.
O poder desse grupos é visível, por exemplo, na “autocensura” em que entram os editores. Na política de currículo dos estados isso é muito claro, no Texas, são recomendados textos que enfatizem o patriotismo a obediência à autoridade e que desencorajem o “ desvio”.
Sua desconfiança das escolas públicas tem fomentado apoio às políticas neoliberais
como as dos voucher (ingresso) e dos
choice plans (planos de escolha).
Mesmo tendo uma percepção tendenciosa dos efeitos da
competição global e da reestruturação econômica,
eles veem as propostas para a privatização educacional com um caminho pelo qual podem usar tais “reformas”
para seus próprios propósitos.
Isto é exatamente o que está acontecendo nos Estados Unidos, onde as esperanças e especialmente os medos de uma categoria de eleitores descontentes tem criado uma aliança tensa, mas muito eficaz.
NOVA CLASSE MÉDIA
PROFISSONAL
“O último grupo que oferece algum apoio as políticas de modernização conservadora.” Alberto Tosi Rodrigues
São pessoas com conhecimentos de gerenciamento e técnicas de eficiência que fornecem base técnica e “profissional” para as responsabilidades neoliberais e neoconservadoras.
Os membros desta fração em ascensão
não necessariamente acreditam nas posições da base conservadora. Em outros aspectos de suas vidas podem ser
consideravelmente mais moderados e
liberais politicamente .
Essa fração está na verdade preocupada com a mobilidade futura de seus filhos e com o mundo econômico incerto.
De qualquer modo, este grupo não está imune às
artimanhas ideológicas da
direita.
CONCLUSÃO
“A restauração conservadora é dirigida por uma tensa coalizão de forças, sendo que
alguns de seus objetivos
contradizem em parte outros.” Alberto Tosi Rodrigues
Somente se há conteúdo e avaliação padronizada o mercado pode funcionar livremente. A racionalidade do mercado, baseada na “escolha do consumidor”, garantira que as escolas supostamente boas ganhem estudantes, e que as ruins desapareçam.
Quando os pobres “escolherem” deixar
seus filhos em escolas decadentes
(devido a decadência e ao
custo do transporte, informação escassa,
falta de tempo e condições
econômicas decadentes) eles, os
pobres, serão acusados de terem feitos más escolhas.
Assim o sistema funciona
perfeitamente.
Contudo, está coalizão não permanece sem contestação nem é
sempre vitoriosa. Há resultados de programas e
possibilidades contra-hegemônicas.
Nenhum desses movimentos tem o suporte organizacional e financeiro que tem os grupos neoliberais, neoconservador e populista autoritário.
O fato é que as políticas e práticas educacionais não caminham numa direção unidimensional. Todos estes grupos, não hegemônicos provam que a diferença de
fato é possível, e que o sucesso das políticas conservadoras nunca é garantido.
Referências Bibliográficas:
RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da Educação. Rio de Janeiro. DP&A, 2001