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Trivelato 2008 NR15 Anexo13 Analise critica [Somente leitura]amimt.org.br/downloads/palestras/06/tarde/dr gilmar/nr15.pdf · 9 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS -

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INTRODUÇÃO

Uma substância, ou mistura de substâncias, que interage com seres vivos ou meio ambiente produzindo efeitos ou impactos adversos ou nocivos. [ou interfere com processo biológicos normais]

Agente se opõe a inerte.

O QUE O QUE ÉÉ AGENTE QUAGENTE QUÍÍMICOMICO(ou estressor qu(ou estressor quíímico) ?mico) ?

4

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Distinções importantes:

• Avaliação do risco à saúde

• Caracterização de nexo causal para doenças

diagnosticadas.

• Caracterização de insalubridade para fins de

pagamento de adicional de salário.

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Etapas básicas:

• Reconhecimento do risco (ou identificação)

• Avaliação das exposições e do risco

• Julgamento da aceitabilidade do risco

(critérios técnicos)

• Proposição ações (controle ou monitorização)

6

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Etapas básicas• Caracterização dos efeitos adversos• Formulação de hipóteses para direcionar a

investigação• Coleta de informações e caracterização de

exposições.• Julgamento profissional: estabelecimento de

relação causal entre exposições e efeitos.

7

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Etapas básicas:• Identificação da presença do agente e de

exposições• Avaliação das exposições (qualitativa ou

quantitativa).• Julgamento profissional com base no critério

legal.

HISTÓRICO DA CARACTERIZAÇÃO DA

INSALUBRIDADE

9

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOS MICOS -- histhistóóricorico

• Conceito introduzido em 1932 pelo Ministério do Trabalho

• Quadros de indústrias insalubres éapresentado nho artigo 1o. Do Decreto-lei 2.162, de primeiro de maio de 1940.

• Consolidado no Cap. V da CLT - Decreto-lei 5452, de 1o. de maio de 1943.

• Regulamentado nas décadas 1950 e 1960 por Comissão designada do MT através de portarias.• Portaria 112 de 08/dezembro/1955• Portaria 262 de 06/agosto/1962

10

Portaria MT 262 de 06/08/1962“Art. 1°. São consideradas indústrias insalubres, enquanto não se verificar haverem delas sido inteiramente eliminadasas causas da insalubridade, aquelas que, -por sua própria natureza, condições ou métodos de trabalho – exponham os trabalhadores a agentes físicos, químicos ou biológicos nocivos, possam produzir doenças ou intoxicações e constem dos quadros anexos.”

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOS MICOS -- histhistóóricorico

11

Portaria MT 262 de 06/08/1962“Art. 1°.

§ 1°. A caracterização da insalubridade e os meios de proteção do operário serão determinados pela repartição competente em higiene e segurança do trabalho.

§ 2°. A qualificação de insalubre aplica-se somente às seções e locais atingidos pelos trabalhos e operações relacionados nos quadros anexos e devidamente caracterizados de aordo com o § 1°do presente artigo.

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12

Portaria MT 262 de 06/08/1962“Art. 2°. A eliminação da insalubridade será obtida, segundo o caso, pela aplicação de medida de proteção coletiva ou recursos de proteção individual. § 1° As medidas de proteção coletivas são,

entre outras: ….§ 2°Os recursos de proteção individual….”

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13

Portaria MT 262 de 06/08/1962§ 1°. As medidas de proteção coletivas são, entre outras :

a) Substituição do processo, método ou produto nocivo;b) Isolamento da fase ou processo capaz de causar doença ou

intoxicação;c) Limitação do tempo de exposição;d) Diluição do produto nocivo por meio de ventilação artificial;e) Remoção do produto nocivo por ventilação local exaustora; f) Umedecimento de poeiras molháveis;g) Modificação do método de operação; h) vacinação

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOS MICOS -- histhistóóricorico

14

Portaria MT 262 de 06/08/1962 – Quadro de atividades e operações insalubres incluía

• Arsênico• Chumbo• Cromo (somente compostos com Cr VI)• Fósforo• Hidrocarbonetos• Mercúrio• Sílica• Sulfeto de carbono• Outros: Berílio, ácido cianídrico, cádmio, manganês, fumos

metálicos, poeiras de asbetos, ácidos minerais fortes, etc…

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOS MICOS -- histhistóóricorico

15

Nesse período:• já existiam alguns Limites de Exposição

Ocupacional propostos pela ACGIH ou outras agências;

• Mas não eram utilizados no Brasil. A única forma de caracterizar condições insalubres (ou

o desaparecimento das causas de insalubridade) era por avaliação qualitativa baseada nas observaçoes:

• das condições de exposição.• da existência de medidas de controle adequadas e

mantidas.através de inspeção no local de trabalho.

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Portaria MT 491 de 16/09/1965 – Introduz no seu Artigo 1o. “§ 2° Na caracterização da insalubridade será levada também em consideração a verificação quantitativa do agente insalubre, quando for o caso, obedecendo a normas fixadas e revistas anualmente pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho.”

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Portaria MT 491 de 16/09/1965 – Introduz no seu Artigo 1o. a seguinte modificação em relação à portaria anterior: “§ 3° Enquanto os órgãos competentes em segurança e higiene do trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência Social não estiverem devidamente aparelhados, em material e pessoal técnico, para a verificação dos limites de tolerância dos agentes nocivos nos ambientes de trabalho, admitir-se-á o critério qualitativo apenas.”

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Decreto-lei 229 de 28/02/1967 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: “§ 1° A caracterização qualitativa ou quantitativa, quando for o caso, da insalubridade e os meios de proteção dos empregados, sendo levado em conta o tempo de exposição aos efeitos insalubres, será determinada pela repartição competente em matéria de segurança e higiene do trabalho.”

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Decreto-lei 229 de 28/02/1967 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: “§ 5° Para fins de instrução de processo judicial, a caracterização e classificação de insalubridade serão feitas, exclusivamente, por médico-perito, preferentemente especializado em saúde pública ou higiene industrial, designado pela autoridade judiciária, observadas as normas fixadas no presente artigo”..”

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Decreto-lei 229 de 28/02/1967 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: “§ 5° Para fins de instrução de processo judicial, a caracterização e classificação de insalubridade serão feitas, exclusivamente, por médico-perito, preferentemente especializado em saúde pública ou higiene industrial, designado pela autoridade judiciária, observadas as normas fixadas no presente artigo”..”

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Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: “Art. 189. São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.”

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Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: “Art. 190. O Ministério do Trabalho aprovaráo quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição a esses agentes.”

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Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: “Art. 191. A eliminação ou neutralização da insalubridade ocorrerá:

I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;

II- com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador que diminuam a intensidade do agente agresssivo a limites de tolerância. …”

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Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: “Art. 194. O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.”

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Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: “Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a carago de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.”

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NR 15 – Portaria 3214 de 08/06/1978 –regulamenta o Cap. V da CLT

15.1. São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:

15.1.1. Acima dos limites de tolerância previstos nos anexos n°s 1,2,3,5,11 e 12.

15.1.3. Nas atividades mencionadas nos anexos n°s 6,13 e 14.

15.1.4. Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constante dos anexos números 7, 8, 9 e 10.

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOSMICOS

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

O QUE O QUE ÉÉ RISCO?RISCO?

Dimensão técnica

• POSSIBILIDADE de uma perda ou dano (relação causal, que implica em necessidade)

• PROBABILIDADE de que tal perda ou dano ocorra (incerteza da ocorrência, distribuição no tempo) e a GRAVIDADE do resultado adverso.

O QUE O QUE ÉÉ RISCO?RISCO?

• Uma situação [contexto, cenário] que combina vários fatores que tornam possível a ocorrência de determinado(s) dano(s). Cada fator relevante para a determinação do dano é denominado fator de risco.

• O fator de risco pode ser um causa necessária (sem o qual não ocorre o dano) ou uma con-causa (apenas contribui para a manifestação do dano).

O QUE O QUE ÉÉ UMA SITUAUMA SITUAÇÇÃO DE RISCO?ÃO DE RISCO?

O QUE O QUE ÉÉ PERIGO?PERIGO?

Perigo é o potencial ou capacidade de causar danos.

Capacidade de causar danos depende das propriedades intrínsecas de uma substância, ou mistura de substâncias. Os danos podem ser- materiais;- à saúde humana; e- ao meio ambiente (seres vivos e funções ecológicas)

PERIGO É UM FATOR DE RISCO NECESSÁRIO.

O QUE O QUE ÉÉ PERIGO [PERIGO [hazardhazard]?]?

Produto químico quem tem o potencial de causar danos e foi classificado como tal a partir de um critério previamente definido.

Não é adequado dizer “produto não perigoso” mas produto não classificado como perigoso. A princípio, qualquer material ou produto químico, dependendo do contexto de uso, pode dar origem a uma situação de risco.

O QUE O QUE ÉÉ PRODUTO QUPRODUTO QUÍÍMICO MICO PERIGOSO?PERIGOSO?

USO SEGURO DE PRODUTOS QUUSO SEGURO DE PRODUTOS QUÍÍMICOS MICOS PERIGOSOS: PERIGOSOS:

o que o que éé??

Uso seguro de produtos químicos perigosos éaquele realizado em condições que buscam proteger:

• a segurança e a saúde das pessoas;• o meio-ambiente – natural ou construído;• o patrimônio econômico e cultural.

NÃO SIGNIFICA AUSÊNCIA DE RISCO, MAS O RISCO ESTÁ CONTROLADO E O SEU NÍVEL É

CONSIDERADO SOCIALMENTE ACEITÁVEL.

O risco pode ser observado?O risco pode ser observado?

• Risco não é observável. É uma inferência, isto é, depende do raciocínio dedutivo. Portanto, risco é uma representação simbólica da nossa mente atribuída a uma situação do mundo real.

• Os fatores de riscos ou perigos podem ser observados - pelos sentidos ou com auxílio de instrumentos.

RISCORISCO

• Dimensão técnica: possibilidade e probabilidade de ocorrência de um dano e a magnitude ou gravidade do dano. (R = P X G)

• Dimensão abrangente de risco: entram em jogo valores, crenças, experiências, interesses, etc.

REPRESENTAREPRESENTAÇÇÃO DO RISCOÃO DO RISCO

• A representação simbólica do risco (ou de uma situação de risco) depende de:– conhecimentos – valores

• As pessoas têm diferentes níveis de conhecimentos, experiências e valores – portanto representam os riscos (“percebem” os riscos) de diferentes maneiras.

• Nas polêmicas envolvendo adicional de insalubridade os principais fatores que afetam a representação de riscos são: o INTERESSE FINANCEIRO e a CULTURA E PRÁTICAS na Justiça do Trabalho.

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É o processo global de estimar a magnitude do risco para um indivíduo, grupo, sociedade e meio-ambiente e decidir se o risco é ou não tolerável ou aceitável.

Perigo (hazard) X RiscoPerigo (hazard) X Risco

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CONTAMINANTES QUCONTAMINANTES QUÍÍMICOSMICOS

SUBSTÂNCIAS OU MISTURAS (naturais ou sintéticas) que resultam em exposições não intencionais.

Formas físicas no ambiente de trabalho• Gases (sob pressão ou dissolvidos)• Sólidos• Líquidos• Dispersos no ar

• Gases e vapores• Particulados sólidos (poeiras, fumos)• Particulados líquidos (névoas) e mistos.

ProcessoSuperficies de trabalho

InalaçãoAbsorçãocutânea

ArPele/Mucosa

Olhos

Ingestão

FONTES E VIAS DE EXPOSIÇÃO NOS AMBIENTES DE TRABALHO

43

Vias de exposiVias de exposiççãoão

• Inalação de - gás, vapor e particulados (poeira, névoa, fumos, fumaças)

• Contato com a pele, mucosas e olhos (ação local)

• Contato com a pele seguida de absorção cutânea

• Ingestão (acidental, hábitos precários de higiene ou deglutição)

44

Tipos de ExposiTipos de Exposiçções (duraões (duraçção)ão)

Exposição de curta duração (de minutos a 24 horas)• Acidental • Não acidental

Exposição de longa duração ou repetida (dias, semanas, meses, anos...)

• Contínua • intermitente

Exposição singular (ou única)

45

Tipos de efeitos adversos (GHS)Tipos de efeitos adversos (GHS)

Categorias propostas pelo GHS (Sistema

globalmente harmonizado proposto pela

ONU)

• Toxicidade aguda• Irritação / corrosão da pele• Irritação / danos sérios aos olhos• Sensibilização respiratória ou da pele

46

Tipos de efeitos adversos (GHS) Tipos de efeitos adversos (GHS) (continua(continuaçção)ão)

• Mutagenicidade para células

germinativas

• Carcinogenicidade

• Toxicidade para a reprodução

humana

47

Tipos de efeitos adversos (GHS)Tipos de efeitos adversos (GHS)(continua(continuaçção)ão)

• Toxicidade para um órgão alvo

específico – exposição única

• Toxicidade para um órgão alvo

específico – exposição repetida

ClassificaClassificaçção quanto aos efeitos ão quanto aos efeitos àà sasaúúde de humanahumana -- concentraconcentraçções de corteões de corte

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• Limites de Exposição Ocupacional (LEOs)• Valores limites de exposição (VLEs)• Limites de exposição permitidos (PEL)• Valores máximos permitidos (MACs)• Limites de exposição recomendados por

razões de saúde• Limites de Tolerância (LTs)• Etc.

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São definidos em termos de:• Concentração máxima admitida

– ppm (só para gases e vapores)– mg/m3 (particulados, mas também para gases e vapores)

• Tipo de efeito crítico e duração da exposição– Efeitos crônicos:

• Longa duração (ex. exposição média ponderada para jornadas de 8 horas diárias e 40 horas semanais)

– Efeitos agudos• Curta duração – concentração média para 15 minutos• Instantânea ou de curtíssima duração (valores teto)

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Dose Avaliação da exposição

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01-0,5 LEO Baixa

0,5-1,0 LEO Moderada

> LEO Excessiva

APLICAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DO ANEXO 13 DA

NR 15

61

NR 15 – Anexo 13. AGENTES QUÍMICOS1. Relação das atividades e operações, envolvendo

agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOSMICOS

62

NR 15 – PROBLEMAS:1. O MTE não regulamentou em toda a

extensão os aspectos previstos no Cap. V. Ex. Medidas de controle, como eliminar a insalubridade para uma série de operações.

2. Contradições internas da própria Portaria 3214.

3. O atendimento da NR 09 implica em não ter ambiente insalubre.

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOSMICOS

63

Anexo 13– Principais equívocos na aplicação:

• Caracterizar apenas com base no tipo de atividade, sem ínspeção no ambiente de trabalho.

• A mera presença do agente no ambiente ésuficiente para caracterizar a insalubridade.

• A utilização de EPI “neutraliza” a insalubridade.• A insalubridade não pode ser evitada. A

caracterização é definitiva.• “Forçar a barra” para enquadrar determinadas

atividades como insalubres. (Ex. Contato com a pele)

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOSMICOS

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Anexo 13– Termos ambíguos para definir as atividades

• Extração• Fabricação• Manipulação• Aplicação• EmpregoNem sempre há relação clara com contato ou

exposição ao agente.

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Sugestão de passos mínimos para caracterização de uma situação insalubre:

1. Identificar a presença do agente – na matéria prima em concentração superior aos limites de corte (GHS) ou na forma que permite entrar em contato com o trabalhador.

2. Identificar contato ou exposição do trabalhador com o agente (em intensidade, duração e frequência capaz de causar um efeito nocivo). Buscar apoio na literatura científica e observações feitas durante a inspeção.

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Busca de informações sobre o agente químico

• Propriedades fisico-químicas• Vias de exposição• Risco inalatório• Efeitos devidos a exposições de curta

duração• Efeitos devido a exposições repetidas ou de

longa duraçãoUSAR FONTES CONFIÁVEIS (Ver roteiro)

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOSMICOS

67

3. Identificar as fontes de exposição4. Identificar a existência ou não de

medidas de controle adequadas ao tipo de exposição ou contato, e analisar a efetividade das medidas existentes.

5. Identificar se há casos de doenças jádiagnosticadas relacionadas com o agente.

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6. Julgamento profissional segundo os critérios

Insalubre– Há exposições que têm o potencial de

causar danos e não existem medidas de controles ou elas são deficientes.

– Há casos de doenças diagnosticadas para situações análogas.

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6. Julgamento profissional segundo os critérios

Não insalubre– Ausência do agente no ambiente de

trabalho– Não há exposição ou as exposições

identificadas não têm o potencial de causar danos (pode ser questionado)

– As medidas de controle são efetivas e “neutralizam” a condição insalubre.

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Critérios para julgar a efetividade das medidas de controle

– Adequação ao tipo de exposição e agente.

– Capacidade de reduzir a exposição abaixo dos limites (medir a exposição e considerar o fator de proteção do respirador, usando critérios ACGIH)

– Evidências de que as medidas são mantidas adequadamente.

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71

Elementos mínimos do laudo– Introdução, com explicitação dos

objetivos.– Procedimentos, incluindo critérios

utilizados– Resultados– Conclusão– Referências bibliográficas.Importante: Explorar de forma fundamentada

as lacunas da lei.

INSALUBRIDADE POR EXPOSIINSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÇÃO A ÃO A AGENTES QUAGENTES QUÍÍMICOSMICOS

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NR 15 – Anexo 13 – Alguns problemas. CARVÃO

Está implícito que se trata de carvão mineral, e não vegetal.

CHUMBOTodas as atividades relacionadas envolve a

exposição a poeiras ou fumos de chumbo e seus compostos inorgânicos. Há limite de tolerância estabelecido para chumbo no Anexo 11 ( 0,1 mg/m3)

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NR 15 – Anexo 13 – Alguns problemas. CROMO

Todas as atividades relacionadas envolve a exposição a particulados contendo cromo VI. . Hálimite de tolerância estabelecido no Anexo 11 para névoa de ácido crômico – Cr VI ( 0,04 mg/m3).

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONONo Anexo 11 há limites de exposição pára vários

hidrocarbonetos: tolueno, xileno, etilbenzeno, n-pentano.

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Efeitos à saude relacionados à exposição a hidrocarbonetos

- Efeitos narcóticos – todos os hidrocarbonetos- Dermatose por contato repetido – todos, exceto

hidrocarbonetos mais pesados.- Irritação de vias áereas superiores – todos os

hidrocarbonetos voláteis (baixa pressão de vapor)- Efeitos tóxicos específicos – alguns (ex. Tolueno e n-

Hexano são neurotóxicos)- Carcinogênicos – Benzeno e Hidrocarbonetos

Aromáticos Polinucleares (HAPs)

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NR 15 – Anexo 13 – Alguns problemas. HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Destilação do alcatrão da hulha e do petróleo – a exposição crítica é ao Benzeno (mas não se discute pois nessas atividades fica caracterizada a periculosidade e há norma específica para o benzeno).

Pintura a pistola usando hidrocarbonetos aromáticos / ou limpeza de peças : o teor de benzeno está limitado, tolueno e xileno (os mais comuns) tem limites de tolerância estabelecidos pelo Anexo 11.

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NR 15 – Anexo 13 – Alguns problemas.

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONOManipulação de alcatrão, breu betume,

antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins. – exceto a parafina, todos os outros podem conter HAP – Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (Carcinogênicos Cat. 2), cuja principal via de absorção é a pele.

Mas e os óleos minerais refinados que não contém HAPs?

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NR 15 – Anexo 13 – Alguns problemas. MERCÚRIO

Qualitativo somente para compostos orgânicos. Vapor de mércúrio há LT.

SILICATOSA norma se limita a operações em minas ou túneis,

operações com talco e fabricação de material refratário. A maioria das poeiras também contém sílica cristalina, que possui LT.

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NR 15 – Anexo 13 – Alguns problemas. SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS

Não deve ser permitida nenhuma exposição ou contato, por qualquer via, para as seguintes substâncias…

Nenhuma exposição ou contato signfica hermetizar o processo ou operação, através dos melhores métodos praticáveis de engenharia, sendo que o trabalhador deve ser protegido adequadamente de modo a não permitir nehum contato com o carcinogênico.

Problema: E as emissões fugitivas??? Teor do produto? Conc. Corte 0,1% (GHS)

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NR 15 – Anexo 13 – Alguns problemas. OPERAÇÕES DIVERSAS• “Operações com as seguintes substâncias… “

Refere-se a substância pura? E quando estiver apenas como contaminante a baixas concentrações? Conc. Corte 0,1% (GHS)

• Operações de galvanoplastia: Nem todas formam contaminantes atmosféricos, algumas são de baixo risco, para cromagem (maior risco) há LT para névoas de acido crômico.

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NR 15 – Anexo 13 – Alguns problemas. OPERAÇÕES DIVERSAS• Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos

O que é manuseio? Trata-se da substância pura? E se for diluída?

Critério para cáustico (corrosivo): PH > 11,5 (GHS)

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OUTROS PROBLEMAS.

Critérios para caracterizar o direito ao benefício da aposentadoria especial. NR 15 e Anexo VI (do INSS) são diferentes.

Ex. O adicional de insalubridade não era pago em função do recebimento do adicional de periculosidade. Hoje, com a aposentadoria especial, a situação é diferente.

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OUTROS PROBLEMAS????

DÚVIDAS ????

POR QUE NÃO SE MUDA A LEI???

A QUEM NÃO INTERESSA ESSA MUDANÇA???

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