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UMA ANÁLISE MULTICASO DAS
BARREIRAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA
LOGÍSTICA REVERSA DE PRODUTOS
Marina Bouzon (UFSC )
Carlos Manuel Taboada Rodriguez (UFSC )
Kannan Govindan (SDU )
Nos últimos anos, o interesse em temas como cadeia de suprimento de
ciclo fechado e logística reversa têm atraído atenção de profissionais da
indústria e do meio acadêmico. A logística reversa (LR) ganhou atenção
tanto em países desenvolvidos como em economias emergentes, como o
Brasil. Entretanto, o país enfrenta desafios como a infraestrutura logística
deficiente e pressões para o destino final adequado para os produtos em
fim de vida, recentemente colocadas pela Política Nacional dos Resíduos
Sólidos (PNRS). Neste contexto, este artigo tem por objetivo identificar as
principais barreiras, ou barreiras chaves, para a LR no Brasil. Um quadro
de investigação é proposto incluindo uma revisão de literatura sistemática
e estudo de caso múltiplo em três empresas no sul do país: uma
manufatura que oferece soluções em refrigeração, uma empresa
provedora de serviços logísticos e gestão ambiental e uma indústria de
eletrodomésticos. Este artigo contribui como uma lista abrangente de
barreiras da LR e com a identificação de barreiras chaves apontadas por
estas organizações. As três empresas estudadas consideraram como maior
desafio em implementar a LR no Brasil o fato que a LR é um investimento
incerto, uma vez que há dificuldade em prever seus benefícios econômicos.
Palavras-chaves: Logística reversa, barreiras, estudo de caso
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.
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1. Introdução
O impacto ambiental de produtos tornou-se uma preocupação corrente nas últimas décadas (GURTOO; ANTONY,
2007). Como os governos estão criando leis ambientais e consumidores estão crescentemente reconhecendo o valor
de produtos verdes, as empresas precisam reduzir o impacto ambiental de seus produtos através de sua cadeia de
suprimento. Neste contexto, a gestão da cadeia de suprimentos verde (Green Supply Chain Management – GSCM) é
considerada como um dos esforços mais relevantes com o objetivo de integrar necessidades ambientais em sistemas
de cadeias de suprimentos (GOVINDAN ET AL., 2014). De acordo com Zhu, Sarkis e Lai (2008) e Diabat e Govindan
(2011), o conceito de GSCM vai desde compras “verde” - a fim de integrar gestão de ciclo de vida desde
fornecedores, manufatura, cliente – até o fechamento do ciclo com a logística reversa (LR). Logística reversa é o
processo de movimentação de bens de seu ponto de destino final com o objetivo de recapturar valor ou disposição
final adequada. LR envolve questões como reciclagem, remanufatura, retornos, reuso e necessidades de descarte para
estar disponível para requisições de serviço adequadas (GOVINDAN ET AL., 2012).
Em GSCM, LR é considerada a iniciativa com maior dificuldade de implementação quando comparada a compras
“verde” e design for environment (HSU ET AL., 2013). Além disso, apesar da importância aparente que a LR tem
recebido, pouca pesquisa foi realizada nessa área (VAN DER WIEL; BOSSINK; MASUREL, 2012). A maior parte das
pesquisas anteriores sobre as barreiras para a implementação da LR está concentrada em países desenvolvidos
(ABDULRAHMAN; GUNASEKARAN; SUBRAMANIAN, 2014). A LR tem ganhado importância no Brasil pelos seguintes
fatores: implementação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), questões econômicas, questões sociais e
marketing verde. Por outro lado, as empresas brasileiras tem que lidar com problemas como a infraestrutura logística
deficiente do país (DA ROCHA; DIB, 2002; ARKADER; FERREIRA, 2004). Considerando esta conjuntura, este artigo
tem o objetivo de identificar as barreiras chaves que impedem o desenvolvimento da LR no Brasil. Um quadro de
investigação é proposto incluindo uma revisão de literatura sistemática e a abordagem de estudo de caso múltiplos
em três empresas no sul do país.
2. Revisão de literatura
2.1. Barreiras da logística reversa
Embora a LR tenha recebido muita atenção nos últimos anos, ainda é um conceito relativamente novo (VAN DER
WIEL; BOSSINK; MASUREL, 2012). LR compreende todas as atividades envolvidas no processamento, gestão,
redução, e disposição de resíduos perigosos e não-perigosos desde a produção, embalagem e uso dos produtos
(ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1999; ROGERS; TIBBEN‐LEMBKE, 2001; GOVINDAN; SARKIS; PALANIAPPAN, 2013).
Apesar de as empresas estarem progressivamente sofrendo pressão para engajar nestas atividades por motivos
ambientais, sociais e econômicos, ao mesmo tempo, há muitas barreiras para o desenvolvimento da LR que limitam a
sua implementação (KAPETANOPOULOU; TAGARAS, 2011). Em geral, a LR é considerada pelas empresas como uma
parte da cadeia de suprimentos subvalorizada por conta de vários motivos (ABDULRAHMAN; GUNASEKARAN;
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SUBRAMANIAN, 2014). A lucratividade da LR é multifacetada pois depende de diversos aspectos, tais como:
inovações tecnológicas que podem contribuir para reduzir o preço dos processos de recuperação, preço de mercado
dos materiais e as quantidades de materiais recuperados (VAN DER WIEL; BOSSINK; MASUREL, 2012).
Com base em um processo de revisão de literatura cauteloso (para mais detalhes, consultar capítulo 3), tem-se por
objetivo o desenvolvimento de uma estrutura conceitual, uma vez que “o ponto de início para a pesquisa de estudo de
caso é uma estrutura conceitual e suas questões” (VOSS; TSIKRIKTSIS; FROHLICH, 2002). A Tabela 1 apresenta uma
compilação das barreiras encontradas na literatura. As barreiras foram categorizadas com base no seu significado e
similaridades. As principais categorias são: Mercado e Competidores (M&C), Gestão (G), Tecnologia e
Infraestrutura (T&I), Governança e Processos de Cadeia de Suprimentos (G&CS), Questões Econômicas (E),
Conhecimento (C) e Leis (L).
Tabela 1 - Estrutura conceitual: Barreiras da LR.
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3. Métodos
O objetivo deste estudo é identificar as barreiras mais relevantes que impedem o desenvolvimento da LR no
Brasil. Para atingir este objetivo, um quadro de investigação está exposto na Figura 1, incluindo abordagem de
estudo de caso com o objetivo de mapeamento (identificar e descrever as variáveis críticas) (STUART ET AL.,
2002). Primeiramente (Passo 1, Figura 1), publicações de periódicos internacionais foram analisadas para
identificar as barreiras da LR e construir a estrutura conceitual da pesquisa, apresentada na Tabela 1. Miles e
Huberman (1994) recomendam a construção de uma estrutura conceitual que fundamenta a pesquisa (Passo 2.a),
a fim de ter uma visão prévia dos constructos gerais ou categorias a serem estudadas (VOSS; TSIKRIKTSIS;
FROHLICH, 2002). Esta pesquisa ajudou a melhor delinear a lacuna de pesquisa (Passo 2.b). Combinando a
lacuna de pesquisa e a estrutura conceitual, foi elaborada a questão de pesquisa (Passo 3). A fim de investigar a
questão de pesquisa, uma abordagem de pesquisa multi-caso foi escolhida incluindo três empresas brasileiras de
diferentes setores com sistemas de LR já implementados. O método de estudo de caso tem sido reconhecido
como sendo particularmente apropriado para examinar questões “por quê”, “o quê”, e “como”, a serem
respondidas com um entendimento relativamente completo da natureza e complexidade de um fenômeno (VOSS;
TSIKRIKTSIS; FROHLICH, 2002). Para isso, diretrizes da literatura foram consideradas (STUART; MCCUTCHEON ET
AL., 2002; VOSS; TSIKRIKTSIS; FROHLICH, 2002; SEURING, 2008; WEIMER; SEURING, 2009; YIN, 2009). Um
protocolo de estudo de caso foi criado para garantir a confiabilidade da pesquisa, assim como garantir
importantes informações para atividades de pesquisas seguintes (Passo 4), conforme recomenda Yin (2009). A
unidade de análise foi selecionada com base no critério de melhorar a confiabilidade e qualidade dos dados, tais
quais: (i) as empresas deveriam ser brasileiras e localizadas em território nacional; (ii) as empresas devem ter um
programa de LR já implementado; e (iii) as empresas devem concordar em participar do estudo e prover acesso
aos dados. As principais fontes de evidência (Passo 5) usadas na pesquisa foram entrevistas semiestruturadas,
que foram suportadas por conversas informais, observações pessoais, análise de documentos e websites com o
objetivo de triangulação. Desta forma, os três casos foram analisados (Passo 6) com base na estrutura conceitual
da pesquisa (Tabela 1). Por fim, uma análise cruzada dos casos foi conduzida e os resultados foram derivados
(Passo 7).
Figura 1 - Quadro de investigação.
4. Descrição e análises dos estudos de caso
4.1 Caso I – empresa multinacional em soluções de refrigeração
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A empresa do primeiro estudo de caso é uma multinacional brasileira com mais de 30 anos de mercado, que
oferece soluções em refrigeração. A empresa vende para mais de 80 países, com uma capacidade de produção de
mais de 30 milhões de produtos por ano. A empresa atualmente emprega aproximadamente 9.600 funcionários
no Brasil e em cinco outros países. Por razões de confidencialidade, a empresa é chamada de “Empresa I” ou
“Caso 1”. A Empresa I começou os processos de LR no Brasil no final dos anos 1980, anteriormente à legislação
ambiental para retorno de produtos. A prática da LR começou com a coleta de produtos em fim de vida do
mercado brasileiro para extrair o valor residual dos materiais. Os produtos retornados são desmontados e os
materiais são usados em processos de reciclagem. Considerando todos os componentes do produto, mais de 99%
do peso dos produtos em fim de vida é reciclado. Esta alta taxa de reciclagem é resultado da sua constituição
predominante de metal. Desta forma, o valor residual do material impulsiona o processo de recuperação. A
Empresa I opera o programa de LR em parceria com os revendedores, terceirizando o transporte de produtos em
fim de vida de volta para a planta industrial. Para encorajar a LR, a Empresa I oferece uma taxa de conversão:
cada N produtos em fim de vida retornados são equivalentes a um novo produto enviado para a o revendedor. A
taxa de conversão (N) depende do tamanho do produto retornado, variando de oito a 16. Por meio da análise de
dados, as barreiras chaves para o desenvolvimento da LR na Empresa I estão apresentados na Tabela 2.
Tabela 2 – Barreiras da LR para o Caso I.
4.2 Caso II – Um operador de Logística Reversa
O segundo estudo de caso avaliou uma empresa brasileira provedora de serviços logísticos e gestão ambiental,
fundada em 1994. Por questões de confiabilidade, a empresa é chamada de “Empresa II” ou “Caso II”. A
Empresa II trabalha com principalmente produtos em fim de vida, como: eletroeletrônicos em geral,
refrigeradores, condicionadores de ar e impressoras. A Empresa II também recebe refugo de produção de
indústrias. A empresa opera nas seguintes áreas: tratamento e destinação de resíduos sólidos e líquidos;
manufatura reversa; consultoria e engenharia em água, solo e ar; recuperação e revalorização de metais de
indústrias; gás e óleo (remediação de solos e águas subterrâneas). Para este estudo, a investigação foi realizada
na unidade de manufatura reversa. O estudo de caso focou no retorno de refrigeradores em fim de vida referentes
ao programa brasileiro de eficiência energética (EE). O principal objetivo deste projeto é reduzir o consumo de
energia na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Em paralelo, este projeto pretende reduzir a quantidade de
conexões ilegais de energia (gatos). Para isso, a Empresa II trabalha em parceria com o governo federal.
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Refrigeradores de alto consumo de energia são substituídos por novos e, ao mesmo tempo, as conexões ilegais
são desfeitas. A Empresa II coleta os refrigeradores usados e transporta até sua planta de manufatura reversa. As
barreiras encontradas no Caso II estão na Tabela 3.
Tabela 3 – Barreiras da LR para o Caso II.
4.3 Caso III – uma indústria de eletrodomésticos
A empresa do terceiro estudo de caso é uma empresa brasileira fabricante de produtos eletroeletrônicos. Por
razões de confidencialidade, será chamada de “Empresa III” ou “Caso III”. A Empresa III é uma das líderes
mundiais em eletrodomésticos, considerada uma das empresas mais importantes do setor. A Empresa III realiza
LR de produtos em fim de vida e retorno de embalagens. A empresa opera em três programas importantes: (i)
Coleta e reciclagem de embalagem de produtos que foram vendidos diretamente ao consumidor; (ii)
Similarmente à operação da Empresa II, a Empresa III realiza a substituição de refrigeradores usados com alto
consumo de energia por novos com consumo de energia reduzido. Os refrigeradores antigos são reciclados e
quase 90% dos materiais é recuperado; (iii) Há um programa recentemente implementado para a coleta de
refrigeradores em fim de vida a fim de atender à nova PNRS, com a intenção de incluir os varejistas como
pontos de descarte para os consumidores. As barreiras chaves identificadas na análise da Empresa III estão
apresentadas na Tabela 4.
Tabela 4 – Barreiras da LR para o Caso III.
4.4 Analise cruzada e discussão
A análise cruzada dos casos comparou as barreiras chaves identificadas em cada caso. O conteúdo dos casos foi
interpretado por meio de comparação com a estrutura conceitual desenvolvida para este estudo, apresentada na
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Tabela 1. A Tabela 5 mostra os resultados da análise cruzada. A principal barreira identificada nos três casos foi
a barreira “incerteza relacionada a questões econômicas” (E3). Os três casos consideraram a LR um investimento
incerto. Claramente, os acionistas exercem pressão para obter lucro (ALVAREZ-GIL; BERRONE ET AL., 2007) e o
alto investimento inicial para a LR pode influenciar os gestores a dar prioridade a outros tipos de investimentos
que tenham maior visibilidade e retornos econômicos rápidos (GONZÁLEZ-TORRE; ÁLVAREZ ET AL., 2010).
Quatro barreiras foram destacadas por duas empresas. A barreira “Falta de capacitação técnica” (TI1) está
relacionada com o fato que os funcionários não estão bem treinados em questões ambientais (VAN DER WIEL;
BOSSINK; MASUREL, 2012) e possuem um baixo nível de conhecimento tecnológico (ABDULRAHMAN;
GUNASEKARAN; SUBRAMANIAN, 2014). Esta barreira foi apontada pelas Empresas I e III. No Brasil, há uma falta
de especialistas para as operações de LR. Alguns autores (SAAVEDRA ET AL., 2013) perceberam este problema na
indústria de remanufatura. “Falta de infraestrutura” (TI4) é uma outra barreira confirmada pelos Casos I e II.
Esta fato ratifica a afirmação que o Brasil tem uma infraestrutura logística deficiente (DA ROCHA; DIB, 2002;
ARKADER; FERREIRA, 2004), que aumenta os custos de transporte. Estes custos são principalmente resultado das
diferenças regionais na infraestrutura do país, a matrix de transporte desigual (a modalidade de transporte
rodoviário representa aproximadamente 60% do total de cargas transportadas no país), uma rede ferroviária
subdesenvolvida e altos custos portuários. Outra questão importante para os Casos II e III é a barreira
“Dificuldades com membros da cadeia de suprimentos” (GSC1). A responsabilidade compartilhada para as
atividades de retorno de produtos e especialmente os custos envolvidos nesse processo é a principal preocupação
para estas empresas. A barreira “Falta de informação sobre os canais reversos” (K2) é também um obstáculo
para os Casos I e II. Estas empresas constataram que não há disseminação apropriada de informação com relação
aos canais de retorno disponíveis para clientes para retornar seus produtos em fim de vida.
Entre as barreiras identificadas em apenas um caso, a barreira “Falta de tecnologias recentes” (TI3) foi
considerada como um impedimento chave pelo Caso III pois alguns de seus produtos enfrentam o desafio
tecnológico para as atividades de reciclagem. Similarmente, a barreira “Questões de tecnologia e de pesquisa e
desenvolvimento de produtos relacionadas à recuperação de produtos” (TI5) foi apontada pela Empresa I. Neste
caso, como afirmado previamente, a Empresa I já começou a considerar processos de fim de vida na fase de
pesquisa e desenvolvimento de seus produtos, como por exemplo técnicas de projeto para desmontagem e
projeto para reciclagem. Atualmente, a principal preocupação está no processo de desmontagem, que ainda não é
rápido e é, consequentemente, custoso. A próxima barreira é “Planejamento e previsão limitados” (GSC2),
indicada pela Empresa III. Muitas empresas tem dificuldade em prever e planejar a cadeia reversa devido ao grau
de diversidade dos produtos e dos fluxos. Finalmente, a barreira “Falta de leis motivadoras” (P4) foi identificada
no Caso II. Nesta questão, a Empresa II refere-se à regulamentação que motive as indústrias a implementar a LR
e gerenciar o meio ambiente. Ao mesmo tempo, leis podem também motivar clientes a comprar produtos mais
verdes.
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Tabela 5 – Análise dos estudos de caso com base na estrutura conceitual.
5. Considerações finais
A logística reversa - que é influenciada por questões econômicas, sociais, legislativas e ambientais - está
crescendo em importância e aplicação, conforme afirmado neste trabalho. O objetivo deste artigo foi identificar
as barreiras chaves que impedem o desenvolvimento da LR no Brasil. Para isso, um quadro de investigação foi
usado como guia incluindo um processo sistemático de revisão de literatura e uma abordagem de estudo de caso
múltiplo em três empresas no sul do país. Este estudo oferece contribuições para a implementação da LR de
forma global, pois é baseado num processo sistemático de busca de barreiras em artigos internacionais. Em
particular, este estudo inclui implicações gerenciais para o contexto industrial brasileiro. Gestores industriais
algumas vezes tem que improvisar nas subdesenvolvidas atividades da LR. Este trabalho pode auxiliar, estes
gestores na implementação efetiva da LR ao desenvolver estratégias para superar as barreiras chaves destacadas
neste estudo. O conhecimento das barreiras da LR pode ajudar as indústrias a melhor implementar e gerir os
fluxos reversos, cobrindo a lacuna entre soluções existentes e futuras para a LR. Futuras pesquisas podem
estender este estudo considerando outros casos a fim de aumentar a generalização dos resultados.
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